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1.

Sobre o período colonial da história jurídica brasileira, pode-se afirmar que:


( ) A instituição do Governo Geral (1549) implicou a retirada progressiva da jurisdição
do capitão donatário, extinta em 1628. Ao mesmo tempo, a jurisdição portuguesa foi em
parte transposta( juízes de fora e relações) e me parte sobreposta à brasileira
(desembargador do paço e casa de suplicação de lisboa).

( ) os juízes brasileiros podiam ser leigos (ex.municipais) ou formados em direito ( juiz


de fora), caso em que sua formação jurídica seria obtida, preferencialmente na
Universidade de Coimbra, em Portugal.

( ) o direito vigente no Brasil-Colônia era apenas aquele das Ordenações do Reino de


Portugal, supridas em suas lacunas pelos estilos de julgar, pelos costumes e direitos
Romano e Canônico.

2. A independência política brasileira desencadeou o processo de construção da


independência jurídica nacional, no qual:
( ) o desembargador do paço e a casa de suplicação foram extintos com a criação do
Supremo Tribunal de Justiça(1828). Este passou a ser o vértice da jurisdição brasileira,
composta predominantemente por juízes de direitos escolhidos por concurso público
nas províncias que quisessem.

( )a constituição imperial de 1824 estabeleceu um império unitário com poder central


articulado em Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador( os dois últimos atribuídos
ao imperador). Também adotou a religião católica como religião oficial a pena de morte
e reconheceu a instrução fundamental como responsabilidade do Império.

( ) para fomentar a autonomia do pensamento jurídico brasileiro, foram instituídos os


cursos jurídicos de São Paulo e Olinda/Recife.

3. A constituição imperial de 1824, em seu art.179, 18, determinava a imediata codificação


de leis criminais e civis para o Brasil, processo no qual:
( ) O Brasil não teve um código comercial porque Teixeira de Freitas unificou as
obrigações civis e comerciais em uma única normativa no Esboço (1865), convertido em
Código Civil brasileiro em 1916.
( ) Dispositivos do Livro IV das Ordenações Filipinas- e suas normas subsidiárias-
perduram como direito vigente no Brasil até 1858, quando a Consolidação das Leis
Civis foi aprovada.
( ) Foram aprovados Códigos sobre as principais áreas do direito, como o Código
Criminal (1830) e o de Processo Criminal (1832), que revogaram, respectivamente, os
livros V e III ( parcialmente) das Ordenações.
4. Sobre os antecedentes da codificação civil brasileira:
( ) Teixeira de Freitas, jurista brasileiro formado em Recife inspirou-se para a confecção
do Esboço, exclusivamente no modelo da Codificação Civil francesa de 1804 e nos
seus ideias de clareza, objetividade e simplicidade das normas codificadas, porque
concordavam que as normas jurídicas não deveriam depender de intérpretes para sua
aplicação e nem de juristas para a sua determinação.

( ) Após 1858, o Brasil passou a contar com uma Consolidação das Leis Civis, de
autoria de Augusto Teixeira de Freitas, na qual estava reunida e organizada a normativa
de direito civil vigente no país.

( ) O Esboço de Código Civil de Augusto Teixeira de Freitas (1865) propunha a


unificação da categoria de sujeito de direito, reconhecendo direitos civis ao nascituro e
aos estrangeiros, sem a necessária reciprocidade, mas expressamente excluindo os
escravos, porque defendia a manutenção da escravidão.

5. No período colonial da história jurídica brasileira


( ) um conflito que envolvesse a transmissão de bens móveis em vida ( compra e
venda) seria resolvido mediante normas de regimentos e alvarás emanados
especificamente para o Brasil sobre tais matérias, caso existissem. Na falta destes, por
normas previstas no livro IV das Ordenações do Reino de Portugal e, se ainda estas
fossem omissas, até mesmo por regras do Direito Romano.

( )Os Tribunais de Relação eram, via de regra, instância recursal das decisões dos
ouvidores/capitães donatários e dos juízes de fora.

( )Com o Governo Geral, as estruturas de jurisdição da Corte portuguesa como a Casa


de Suplicação e o Desembargo do Paço ( com sede em Lisboa até 1808) e os Tribunais
de Relação ( estabelecidas no Brasil), foram inseridos em condição hierarquicamente
superior às estruturas locais de jurisdição de primeira fase das Capitanias Donatárias.

( )Suprimida a jurisdição dos capitães donatários e de seus ouvidores, os únicos juízes


atuantes no território da colônia passaram a ser os juízes de fora, indicados pela Coroa
portuguesa( Rei ou Desembargo do Paço) entre homens com formação técnico-juridica
obtida em Coimbra.
6. Sobre o processo de independência jurídica- evolução do pensamento, das normas e
da jurisdição durante o império brasileiro
( ) O Brasil adotou em sua constituição a ‘separação de poderes’ entre Executivo,
Moderador, Legislativo e Judiciário. Juízes de direito e senadores ocupavam cargos de
livre designação pelo Imperador, com a diferença que os juízes de direito eram
necessariamente pessoas com formação técnico-jurídica.

( ) A Constituição Imperial manteve os Tribunais de Relação, que ficaram subordinados


ao Supremo Tribunal de Justiça a partir de 1828.

( ) Com base nas regras constitucionais, o império do brasil era católico, mas
assegurava aos cidadãos de outras religiões liberdade de crença e de culto público.
( ) Formar os juristas brasileiros com enfoque nas especificidades normativas e
jurisdicionais próprias, assim como atentos às questões atinentes ao Brasil, foi o motivo
da criação dos cursos jurídicos de Olinda/Recife e São Paulo em 1827.
7. A Constituição Imperial de 1824, no art.179, XVIII, determinava a codificação de leis
criminais e civis para o Brasil, iniciando o movimento no qual
( ) As Ordenações do Reino de Portugal- direito geral subsidiário em vigor no Brasil
foram progressivamente revogadas a começar pela não recepção do seu Livro I pela
Constituição Imperial ao instituir a nova estrutura jurisdicional brasileira.
( ) Seguindo o exemplo francês, o Império do Brasil aprovou, em 1850, um Código
Comercial destinado a regular as relações entre comerciantes, no exercício de atividade
comercial.
( ) O Livro IV das Ordenações Filipinas - sobre matéria de direito civil- foi revogado em
1858, com a aprovação do Projeto de Código Civil de autoria de Augusto Teixeira de
Freitas.
( ) O Código de Processo Criminal ( 1832) revogou completamente o Livro III das
Ordenações Portuguesas (Filipinas).
8. Com a transição republicana
( ) Entre as garantias constitucionais de 1891 estavam a liberdade religiosa de crença e
culto: a vedação da pena de morte, exceto a militar em tempo de guerra, e a instrução
fundamental gratuita, fornecida pelo poder público.
( ) A Constituição Republicana de 1891 adotou o Federalismo de 3 esferas-asegurada
a autonomia municipal- e a divisão das funções do Poder nos órgãos Executivo, Legislativo e
Judiciário.
( ) O STF ( criado por decreto em 1890) assumiu o topo da hierarquia jurisdicional
brasileira, que possuía em sua base juízes federais e juízes de direito estaduais, assumidos
todos mediante concurso público de provas e títulos.
( ) O Superior Tribunal de Justiça era instância recursal das decisões Tribunais de
Relação e, estes, das decisões dos Juízes de Direito estaduais.
9. Sobre o Código civil brasileiro de 1916 e seus antecedentes
( ) Peculiaridade do Código Civil brasileiro de 1916-fruto do projeto de Clóvis Beviláqua-
foi ser uma obra jurídica autônoma, embora influenciada pelas codificações civis mais
importantes da época: o Code Civil francês, de 1804, e o Código Civil alemão ( BGB) de
1900.
( ) No Esboço de Código Civil( 1865), Teixeira de Freitas optou por assumir o
reconhecimento dos direitos civis também aos estrangeiros, sem a necessária
reciprocidade, ao contrário do Code Civil Francês a exigia.
( ) Após 1858, o Brasil adotou a Consolidação das Leis Civis, de autonomia de Teixeira
de Freitas, que compilava toda a normativa de direito civil vigente no país e revogava
formalmente o livro IV das Ordenações do Reino de Portugal.
( ) O Esboço de Teixeira de Freitas, que não chegou a ser convertido em Código Civil
vigente no Brasil, influenciou em boa medida a projeto de Clóvis Beviláqua- aprovado
em 1916- e as legislações civis de outros países latino-americanos.
10. ( ) Durante o período colonial, os Municípios eram núcleos de poder local com
jurisdição própria exercida por juízes municipais sem formação técnico-jurídica.
11. ( ) Um conflito sobre a sucessão hereditária dos bens móveis deixadas pelo falecido
Capitão Hereditário seria resolvido com o uso das regras especiais das Cartas de
Doação. Com relação à posse do bem imóvel ( a capitania hereditária em si) herdaria o
filho mais velho do sexo masculino com base nas mesmas regras de direito objetivo.
12. ( ) O conflito entre dois particulares no território de uma Capitania no ano de 1560
poderia ser julgado pelo ouvidor ou pelo juiz-de-fora. Da sentença do ouvidor, caberia
recurso ao Capitão Hereditário e da sentença do juiz-de-fora, ao Tribunal de Relação.
13. ( )No Brasil colonial, sob o sistema do Governo Geral, exerceram a jurisdição
juízes-de-fora bacharéis em direito formados em Portugal e sua atuação podia ser
fiscalizada por corregedores do Desembargo do Paço.
14. ( )No Brasil Colônia, um conflito sobre a compra e venda de uma carga de charque
entre um produtor gaúcho e um comprador paulista, seria resolvido pela jurisdição com
o uso, na falta de regra especial sobre o tema, do Livro IV das Ordenações do Reino e,
subsidiariamente, do direito tomano das glosas e dos comentários, até o advento da lei
da boa razão.
15. ( )Vigoravam no território do Brasil-colônia as Ordenações do Reino de Portugal,
estruturadas em livros organizados por matéria, com norma de remissão( em caso de
lacunas) no livro III aos regimentos, decretos e alvarás régios.
16. ( ) A independência política proclamada em 1822 desencadeou a construção da
independência jurídica nacional, refletida na Constituição Imperial de 1824, na
determinação para a criação de cursos jurídicos próprios e na gradual revogação das
normas do direito anterior por códigos e leis nacionais.
17. ( ) A constituição imperial de 1824 implicou na revogação do primeiro Livro das
Ordenações do Reino e reestruturação de toda a jurisdição. Nenhuma estrutura de
jurisdição da época colonial foi mantida pela nova Constituição.
18. ( ) Um conflito sobre herança, em 1850, seria levado ao Juiz de Direito. Da sentença
deste, eventual recurso caberia ao Tribunal de Relação e, em última instância, à Casa
de Suplicação.
19. ( ) Um conflito entre dois particulares, sobre a propriedade de escravos no império,
seria decidida com uso das regras do livro IV das Ordenações, e, em caso de lacunas,
dos estilos dos tribunais, costumes, direito canônico e direito romano, desde que
conforme a boa razão.
20. ( ) A constituição de 1824 adotava a ‘separação de poderes’ entre Executivo,
Moderador, Legislativo e Judiciário. Juízes de direito ocupavam cargos de livre
indicação do imperador, não sendo exigida, necessariamente, formação técnico-jurídica.
21. ( ) Sob a vigência da primeira constituição republicana, uma sentença do juiz de direito
estadual poderia ser reformada em recurso pelo Tribunal de Relação e o acórdão (
decisão colegiada) do Tribunal de Relação pelo STJ. As sentenças dos Juízes Federais
poderiam ser corrigidas pelo STJ a partir de recurso de uma das partes diretamente a
este Tribunal.
22. ( ) Na primeira república, um conflito entre um comerciante e o exército brasileiro sobre
a aquisição de suprimentos do primeiro pelo segundo, seria levado ao juiz de direito e,
da sentença deste, caberia recurso ao Tribunal de Justiça.
23. ( ) Em 1900, o conflito entre dois vizinhos sobre a propriedade de um terreno na cidade
de Porto Alegre ( regido, portanto, pelo direito civil), seria resolvido pela jurisdição com
base em normas do livro IV das Ordenações ou das fontes indicadas no livro III,
inclusive o direito romano, porém já compiladas na consolidação das leis civis.
24. ( ) O livro V das ordenações do reino de portugal foi formalmente revogado no Brasil
pelo Código Civil brasileiro de 1916, mas antes disso já havia sido organizada a matéria
criminal na Consolidação das Leis de Teixeira de Freitas.
25. ( ) A primeira constituição republicana dividiu o poder sob critérios funcionais
Executivos, Legislativos e Judiciários e territoriais com o Federalismo ( união, estados e
municípios). A estrutura jurisdicional não sofreu alterações em relação ao império.
26. ( ) Sob o império foi projetada e executada a Consolidação das Leis Civis, por Teixeira
de Freitas, o responsável pelo projeto de Código Civil aprovado em 1916, na primeira
República.
27. ( ) Os Códigos Civis de 1916 e 2002 carregam influências das obras do jurista Teixeira
de Freitas, especificamente a Consolidação das Leis Civis e o Esboço.

1. V-V-F
2. F-F-V
3. F-V-V
4. F-V-F
5. V-V-V-F
6. V-V-F-V
7. V-V-F-F
8. F-V-F-F
9. V-V-F-V
10. V
11. F
12. V
13. V
14. V
15. F
16. V
17. F
18. F
19. V
20. F
21. F
22. F
23. V
24. F
25. F
26. F
27. V

Simulado HD 2 (BRASIL COLÔNIA)


Marque com V ou F e justifique as falsas. Respostas na próxima página.
( ) Durante o período colonial, situado entre 1500 e 1822, vigorava o sistema de Capitanias
Hereditárias. Após este período, os Governos Gerais.
( ) Até 1549, a jurisdição seria exercida pela estrutura de Juiz Municipal subordinado ao
Ouvidor. Além disso, poderia recorrer para a casa de suplicação.
( )Uma pessoa que morava, em 1650, em Recife, Salvador, São Luiz ou Rio de Janeiro,
poderia resolver um conflito diretamente em um Tribunal de Relação, sem a necessidade de
procurar as instâncias inferiores.
( )As Cartas de Doação tratavam sobre posse, administração, defesa, entre outros temas,
porém, a Jurisdição era definida pela Constituição Federal.
( ) É correto afirmar que cada Capitania possuía um sistema de regras especiais (Carta de
Doação e Carta de Foral) diferentes.
( ) O Rei estava no topo da jurisdição, podendo conceder graça e anistia. Além disso, os
moradores de Recife, Salvador, São Luiz ou Rio de Janeiro poderiam procurar diretamente
a jurisdição do rei, visto que são estas cidades privilegiadas.
( ) O sistema jurisdicional configura-se por uma ordem específica de instâncias
jurisdicionais. No entanto, se o Juiz de fora estivesse na cidade, ele poderia ser diretamente
acessado para resolver um caso, sendo possível entrar com recurso para o Ouvidor, que
detinha o poder máximo da região.
( ) José Fischer, insatisfeito com uma sentença da Juíza Municipal Isadora Laitano, decide
entrar com um recurso. É correto afirmar que ele poderia fazê-lo para o Ouvidor Carlos
Reverbel, ou, sabendo que a Juíza de Fora Dalva Tonato se encontrava na cidade,
diretamente para ela.
( ) Na ausência de um direito brasileiro, podemos afirmar que vigoraram as Ordenações do
Reino português, inicialmente as Manuelinas, e posteriormente as Afonsinas e Filipinas.
( ) Em 1769, Marquês do Pombal estimulou o uso do Bartolismo por meio da Lei da Boa
Razão, deixando o direito natural como subsidiário.

1) F. Vigoraram durante o período colonial as Capitanias e os Govenros Gerais.


2) F. Não poderia recorrer para a casa de suplicação, visto que esta existe de 1549 até
1807.
3) V
4) F. A Carta de Doação versava sobre Jurisdição. Não havia Constituição.
5) V
6) F. Estas cidades poderiam, no máximo, buscar o Tribunal de Relação
7) F. O Juíz de Fora encontra-se em um patamar superior ao Ouvidor.
8) V
9) F. Primeiro foram as Afonsinas, depois Manuelinas e, por fim, Filipinas.
10) F. A Lei da Boa Razão buscou eliminar o Bartolismo para aplicar o direito português
e, subsidiariamente, o Direito Natural.

Sobre processo de independência jurídica durante o Império brasileiro


( ) O Brasil adotou em sua constituição a separação de poderes entre órgãos Executivo,
Moderador, Legislativo e Judiciário. Juízes de direito e senadores ocupavam cargos de
livre designação pelo imperador, com diferença de que os juízes de direito eram pessoa
necessariamente com formação tecnico-juridica.
( ) Com base nas regras constitucionais, o Império do Brasil era católico, mas
asseguravam aos cidadãos de outras religiões liberdade de crença e de culto publico.
( ) A Constituição Imperial manteve os Tribunais de Relação que ficaram subordinados
ao Supremo Tribunal de Justiça a partir de 1828.

A Constituição Imperial de 1824 determinava a codificação de leis criminais e


civis para o Brasil, iniciando o movimento no qual:
( ) O Código de Processo Criminal (1832) revogou completamente o Livro III das
Ordenações Portuguesas.
( ) As Ordenações do reino de Portugal foram progressivamente sendo revoadas, a
começar pela não recepção do seu Livro I pela Constituição Imperial ao instituir a nova
estrutura jurisdicional brasileira
( ) Seguindo o exemplo Frances, o império brasileiro aprovou, em 1850, um código
comercial, destinado a regular a atividades dos comerciantes, no exercício de atividade
comercial.

Com a transição republicana:


( ) A Constituição Republicana de 1891 adotou o federalismo de três esferas -
assegurada a autonomia municipal- e as divisões das funções do poder em legislativo,
executivo e judiciário
( ) Entre as garantias constitucionais de 1891 estavam a liberdade religiosa de crença e
culto; a vedação da pena de morte, exceto militar em tempos de guerra; e a instrução
fundamental gratuita, fornecida pelo poder publico
( ) O STF criado por um decreto em 1890, assumiu o topo da hierarquia jurisdicional
brasileira, que possuía em sua base juízes federais e juízes de direito estaduais,
assumidos todos mediante concurso publico de provas e títulos.
GABARITO:
VFVFVVVFF

PRÉ PROVA
1. ( ) As principais fontes do direito egípcio eram as leis escritas emanadas pelo Faraó,
que interpretava a vontade de Maat, deusa da justiça e da verdade.
2. ( ) Os direitos antigos eram caracterizados por uma forte influência da administração
pública na jurisdição, visto que os titulares da jurisdição eram, muitas vezes,
funcionários que também desempenhavam funções administrativas e governativas.
3. ( ) O direito hebraico tinha como fonte central a Thorá, livro sagrado dos judeus, e, de
forma subsidiária, os costumes.
4. ( ) O direito vigente na Grécia Antiga não era unitário, visto que cada cidade gozava
de um ordenamento jurídico próprio. Nesse contexto, Atenas se destaca por ter tido
um direito dissociado da religião e um pensamento jurídico incipiente (expresso nas
obras de retórica e de ciência política), mesmo que não houvesse presença de
doutrina ou jurisprudência especializadas.
5. ( ) O tribunal dos heliastas, ou helieia, foi o primeiro órgão na história com funções
exclusivamente jurisdicionais, sendo a única expressão da jurisdição em Atenas.
6. ( ) Na parte final da República Romana, os senatusconsultus passam a ser menos
frequentes, pois o Senado têm dificuldade de se reunir em virtude da rápida expansão
territorial de Roma e dos tumultos internos da República.
7. ( ) Com a ascensão de Otávio Augusto e o início do Principado Romano, o titular da
jurisdição passa a ser o Juiz Oficial, que detém também cargos administrativos e
governativos.
8. ( ) O direito canônico contempla critérios de competência pessoal (conflitos envolvendo
pecados, sacramentos etc) e critérios de competência material (conflitos envolvendo
ordenados da Igreja, órfãos e viúvas pobres).
9. ( ) Durante o início do segundo milênio, os juristas de Bolonha começam a estudar o
Corpus Iuris Civilis pela dialética (mos italicus). Em um primeiro momento, tal
metodologia é utilizada para alterar alguns aspectos do direito romano para as
finalidades europeias da época (glosadores). Entretanto, a partir de 1250, os
glosadores entram em crise e surge, também em Bolonha, a Escola dos
Comentaristas, que retorna seu foco à uma interpretação mais fiel dos textos
justinianeus.
10. ( ) A partir do século XIV, a Escola dos Comentaristas entra em crise, em especial
pela centralização do poder político e pelo progresso econômico e social da Europa da
época, além da ausência de pressupostos específicos nos textos romanos - como o
direito público, comercial e criminal. Ascende, então, a Escola Humanista, (mos
gallicus) na França e o Usus Modernus Pandectarum na Alemanha.
11. ( ) Durante o início da Idade Moderna, os recém criados Estados Nacionais Modernos
aceitam a supremacia do direito romano e tardam em criar um direito próprio.
12. ( ) Tanto o BGB quanto o Code Civil de Napoleão foram baseados na ideia liberal de
criação de uma codificação que poderia ser replicada para todas as sociedades e
culturas.
13. ( ) Os códigos civis do início da contemporaneidade tiveram o intuito de romper com a
ancient régime, mas conservando diversos aspectos oriundos do direito romano e
foram fundamentados nos pressupostos da propriedade privada, da autonomia
privada, da família e da igualdade formal dos indivíduos.
14. ( ) A Lei da Boa Razão, promovida por Marquês de Pombal em 1769, quebra a
tradição dialética nas universidades portuguesas e, na prática, impõe a elas o uso do
humanismo jurídico.
15. ( ) Devido à sua condição de colônia, até 1822, as fontes do direito e a jurisdição
brasileiros seguiam o direito português e não tinham elementos próprios.
16. ( ) O direito romano vigorou no Brasil até a promulgação da Constituição Imperial de
1824, que instituiu um ordenamento jurídico próprio brasileiro.
17. ( ) O direito brasileiro no período da Primeira República é marcado pelo predomínio do
positivismo jurídico e pela intensa atividade jurisprudencial do Supremo Tribunal
Federal.
18. ( ) A Constituição Federal de 1891 instituiu formalmente o federalismo no Brasil, com a
separação da jurisdição entre a União e os Estados; os municípios, entretanto,
conservam parte de sua capacidade jurisdicional com os juízes municipais, que só são
abolidos pela Constituição Federal de 1988.
19. ( ) O Código Civil de 1916, redigido por Clóvis Beviláqua, revogou as últimas partes
das Ordenações Filipinas ainda vigentes no Brasil (Livros IV e V) e foi fortemente
baseado no BGB alemão, com cláusulas gerais e pouco detalhistas.
20. ( ) Uma das características do Código Civil de 1916 é a união das obrigações civis e
comerciais, já defendida por Teixeira de Freitas desde o início do processo codificatório
civil brasileiro.
21. ( ) Já na segunda metade do século XX, o Código de Beviláqua ficou defasado devido
às intensas mudanças sociais, políticas e constitucionais que ocorreram no Brasil
naquela época. Nesse contexto, o Congresso Nacional criou uma comissão para
propor um novo Código Civil, processo que culminou na promulgação do atual Código
Civil Brasileiro em 2002.

1. F
2. V
3. V
4. V
5. F
6. F
7. V
8. F
9. F
10. V
11. F
12. F
13. V
14. V
15. F
16. F
17. F
18. F
19. F
20. F
21. V

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