Você está na página 1de 60

Fonologia intermediárias.

Dividem-se em ditongo,
tritongo e hiato
Fonologia é ramo da linguistica que • Ditongo: vogal (1) + semivogal (1/2).
estuda os sons e as sílabas. Fonema é o menor Podem ser crescentes, quando a semivogal
elemento sonoro capaz de estabelecer uma vem antes, ou decrescentes, quando a vogal
distinção de sentido entre as palavras. Ou seja, vem antes. Assim como as vogais, podem
fonema é som, enquanto as letras são os ser orais ou nasais
símbolos representativos do som. O mesmo • Tritongo: semivogal + vogal + semivogal,
fonema pode ser representado por mais de uma SEMPRE nessa ordem, numa mesma sílaba.
letra, assim como uma letra pode representar Também pode ser oral ou nasal (marcado
mais de um fonema. pelo “~” ou pelo “m”
Os fonemas são classi cados em • Hiato: sequencia de duas vogais em uma
vogais, semivogais e consoantes. As vogais mesma palavra que pertencem a saladas
podem orais, quando o ar sai apenas pela boca, diferentes ou o encontro entre uma
ou nasais, quando o ar sai também pelas fossas semivogal e uma vogal que pertencem a
nasais. As vogais podem ser ainda átonas ou silabas diferentes (ex: ge-lei-a, pa-pa-gai-o
tônicas (mais intensa) e em toda silaba há etc
apenas uma vogal. A semi vogal sempre se agarra à
Com exceção da letra “a”, as demais primeira vogal que aparecer
vogais podem ser semivogais, quando não são
pronunciados de maneira completa, O encontro consonantal é o
especialmente “i” e “u”. OBS: o “m” no m agrupamento de duas ou mais consoantes sem
das palavras junto com “e” e “a” também é que haja vogal intermediária. Existem 3 tipos
considerado semivogal • Consoantes + r ou l: ocorrem numa mesma
Os encontro vocálicos são agrupamento sílaba
de vogais e semivogais, sem consoantes

1
)

fi
fi
:

• As duas consoantes estão em sequencia na “qu” NÃO são dígrafos. Por m, também não
palavra, mas pertencem a silabas diferentes há dígrafo os casos seguidos de “a” ou “o”
• Grupos consonantes que surgem no início
dos vocábulos, por isso, são inseparáveis Sílabas são grupos pronunciados numa
(ex: pneu, gnomo, psicólogo). Geralmente emissão de voz. Precisam de uma vogal inteira.
são consoantes “mudas” Quanto ao número de silabas, são classi cadas
em
Os dígrafos ocorrem quando duas letras • Monossílabas: uma única sílab
são usadas para representar um único fonema. • Dissílaba: duas sílaba
Podem ser: • Trissílaba: três sílaba
• Consonantais • Polissílaba: quatro ou mais sílaba
l
n Na divisão silábica, deve-se respeitar
c 1. Não se separam ditongos e tritongos
r 2. Não se separam os dígrafos “ch”, “lh”,
s “gu” e “qu”
qu (quando u não é pronunciável 3. Não se separam os encontros consonantais
gu (quando u não é pronunciável que iniciam a sílaba
s 4. Separam-se as vogais dos hiatos
s 5. Separam-se as letras dos dígrafos “rr”, “ss”,
x “sc”, “sç” e “xc”
• vocálicos 6. Separam-se os encontros consonantais das
ã (am ou an sílabas internas, executando-se aqueles em
~e (em ou en que a segunda consoante é “l” ou “r” (ex:
~i (im ou in ap-to
õ (om ou on
~u (um ou un OBS: depois do pre xo, se houver vogal, segue
a regra normal (ex: bi-sa-vó
OBS: “gu” e “qu” são dígrafos somente
quando, seguido de “e” ou “i”, representam Quanto a classi cação da sílaba tônica
fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nestes • Oxítonas: quando for a últim
casos, a letra “u” não corresponde a nenhum • Paroxítonas: quando for a penúltim
fonema. Há palavras, no entanto, em que o “u” • Proparoxítonas: quando for a antepenúltim
represente uma vogal ou semivogal (ex:
aguentar, linguiça, aquífero). Nelas, “gu” e
2
:

fi
;

fi
.

fi
a

fi
.

Acentuação gráfica, eles mantêm), e formas verbais com pronomes


oblíquos (ex: observá-los, repô-los)
ortografia e
significação das As paroxítonas, apresentam sílaba
tônica na penúltima posição e estão em maior
palavras quantidade na lingua portuguesa, devem ser
acentuadas quando terminadas em: r, i(s), n, l,
Como já foi dito, as proparoxítonas tem
u(s), x, ps, on(s), ditongos crescentes e
a antepenúltima sílaba como tônica. Devem ser
decrescentes (seguidos ou não de s), ã(s), ão(s)
SEMPRE acentuadas.
e um(uns)
As palavras monossilábicas, por outro
lado, são classi cadas em tônicas e átonas.
OBS:
• Tônicas: Não necessariamente as tônicas 1. as paroxítonas terminadas em “n” são
serão acentuadas. Diz-se que as
acentuadas, mas em “ens” NÃO (ex: hífen
monossílabas tônicas tem autonomia
→ hifens
fonética, isto é, existem na frase sem
2. N Ã O s ã o a c e n t u a d o s o s p r e x o s
precisar de outra palavra. Nesta regra,
terminados em “i” e “r” (ex: semi, super
acentuam-se as monossílabas tônicas
3. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em
terminadas em: a(s), e(s) e o(s)
ditongo crescente: ea(s), oa(s), (eo(s),
• Átonas: não possuem autonomia fonética,
(ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s) e io(s)
são proferidas fracamente, como se fossem
4. Não há consenso sobre os encontros
sílabas dos vocábulos nos quais se apoiam.
vocálicos das palavras mágoa, vídeo,
São representados por artigos, pronomes
níveo, área e espontâneo serem ditongos
oblíquos, elementos de ligação (preposição
e conjunção). Ex: o(s), a(s), um, uns, me, te,
As regras especiais são destinadas a pôr
lhe, nos, de, em, e, que
em evidencia alguns detalhes sonoros das
palavras. Não eram um problema até a reforma
OBS: Há monossílabas que são tônicos em
ortográ ca em que caíram os acentos dos
uma frase e átonos em outra. Ex: Há sempre
ditongos abertos nas palavras paroxítonas (ex:
um mas para questionar (tônico) / Eu sei seu
assembleia, boia, colmeia, coréia, estreia etc).
nome, mas não me recordo agora (átono)
Os ditongos abertos éi, éu e ói continuam
As oxítonas, cuja sílaba tônica é a
sendo acentuados quando tiverem pronuncia
última, são acentuadas quando terminadas em:
aberta em oxítonas (ex: anéis, trofeu, herói)
a(s), e(s), o(s), em ou ens. Assim, entram nessa
regra os verbos conjugados (ex: ele mantém,
3

fi
)

fi

fi
)

OBS: a palavra destróier é acentuada por ser Já os vermos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”
um paroxítona terminada em “r”, não por são acentuados no singular “crê”, “dê”, “lê” e
possuir um ditongo aberto (ói). “vê” mas quando no plural, dobra-se a vogal e
Quanto aos hiatos, acentuam-se as não há acento. Pela nova ortogra a, também
vogais “i” e “u” tônicas que estiverem sozinhas não são acentuadas as paroxítonas com hiato
na sílaba ou seguidas de “s” (ex: ju-í-zes, e-go- “o-o” seguidos ou não de “s” (ex: voos, enjoo,
ís-ta, fa-ís-ca, he-ro-í-na etc ebençoo
O acento diferencial foi excluído,
OBS: mantendo-se nestas 4 palavras, para distinguir
1. Não se coloca acento ajudo no “i” e no “u” uma da outra que se grafa de igual maneira
quando, precedidos de vogal que, com eles • Pôde (verbo poder no passado) / pode (verbo
não forma ditongo, e são seguidos de “l”, poder no presente
“m”, “n”, “r”, “z” e “nh” que não iniciam • Pôr (verbo) / Por (preposição
sílabas (ex: com-tri-bu-in-te, ju-iz, ra-i-nha
etc A ortogra a é o emprego das letras,
2. Pela nova regra ortográ ca, quando as devendo assim seguir algumas regras
vogais “i” e “u” ocorrem na sílaba tônica
de palavras paroxítonas, não recebem • Uso do x
acento se precedidas de ditongo (ex: bai-u- - Após um ditongo (ex: ameixa, peixe
ca e fei-u-ra - Depois de sílaba inicial “en” (ex:
3. Não recebi acento agudo no “u” tônico enxurrada, enxaqueca). Mas encher e
precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” seus derivados são exceção
ou “i” nas exões rizotônicas (quando a - Depois de me inicial (ex: mexer,
sílaba tônica ca dentro do radical de um mexerica). Mas mecha é exceção
verbo) dos verbos arguir, redarguir, aguar, - Palavras de origem indígena, africana, e
apaziguar, averiguar, obliquar, enxaguar, inglesa que foram aportuguesadas (ex:
delinquir xingar, xará, xerife, xavante, xangô
4. Nos verbos anteriormente e a ns ou são
acentuadas no u, mas sem acento grá co • Uso do g
ou têm a forma averíguo, enxáguo, - Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”,
delinquem, águo etc “ógio” e “úgio” (ex: refúgio, pedágio,
relógio, colégio
Os verbos “ter” e “vir”, assim como - Nas terminações “agem”, “igem”,
seus derivados, são acentuados na terceira “ugem” (ex: viagem - substantivo,
pessoa do plural malandragem, coragem, fuligem,
4
)

fl
fi
)

fi
.

fi

fi
.

fi
)

fi
:

ferrugem etc). Pajem e lambujem são - Ve r b o s g r a f a d o s c o m “ c e d ” e


exceções substantivos “cess” (ex: ceder → cessão,
exceder → excesso, interceder,
• Uso do j intercessão). Porem, exceder → exceçã
- Verbos terminados em “jar” (ex: viajar, - Verbos grafados com “ter” e substantivos
arranjar, desejar etc “tenção” (ex: deter → detenção, abster →
- Palavras de origem indígena e africana abstenção, conter → contenção
(ex: pajé, canjica, jiboia, manjericão, - Verbos grafados com “mitir/cutir” e
jerico substantivos “miss/cuss” (demitir →
demissão, repercutir → repercussão,
• Uso do s
discutir → discussão, transmitir →
- Adjetivos terminados em “oso/osa” (ex:
transmissão
honrosa, saboroso, maravilhosa
- Após ditongos (ex: lousa, náusea, pouso
Sobre a signi cação das palavras, tem-
- Em su xos “esa/isa/ense/ês” indicadores
se antônimos (ex: ausência - presença) e
de títulos, pro ssões ou origens (ex:
sinônimos (agradável - aprazível). Os
burguês, marquesa, baronesa, poetisa,
sinônimos sempre consideram o contexto. Há
chinesa
ainda os hiperônimos, que são palavras cujo
signi cado abrangem outras, demonizadas
• Uso do z
hipônimo (ex: veículo é hiperônimo de carro
- Em su xos “ez/eza” que formam
pois pode signi car carro, carroça, trem.
substantivos abstratos (ex: rigidez, surge,
Assim, carro é hipônimo de veículo). Essa
maciez, singeleza
relação é muito útil para retomada de
- No su xo “izar” formando verbos (ex:
elementos textuais
humanizar, hospitalizar, colonizar,
Os parônimos, por sua vez, são palavras
civilizar). A não ser que a palavra que deu
que se assemelham na gra a e na pronuncia,
origem ao verbo seja com “s” (ex: análise
entretanto, diferem no sentido (ex: absolver -
→ analisar
perdoar / absorver - aspirar). Os principais
parônimos que caem em concurso são
• Uso do “s”, “c”, “ç”, “sc” e “ss”
• Cavaleiro (que cavalga) / cavalheiro (gentil
- Verbos grafados com “nd” e substantivos
• Delatar (denunciar) / dilatar (expandir
“ns” (ex: ascender → ascensão,
• Despercebido (não notado) / desapercebido
suspender → suspensão, pretender → (desprovido de algo
pretensão

5
fi
)

fi
fi
)

fi
:

fi
)

fi
.

fi
fi
)

• Eminente (elevado) / iminente (prestes a Começando pela estrutura, da-se o


ocorrer nome de morfema às unidades signi cativas
• Flagrante (evidente) / fragrante (perfumado mínimas das palavras. São morfemas livres
aqueles que podem gurar sozinhos como
Os homônimos são palavras iguais e vocábulos e morfemas presos aqueles que não
podem ser divididos em tem autonomia vocabular.
• Homônimos perfeitos: Ex: rua-zinha-s / “rua” existe independente ,
- Fonética (som): igua por isso é morfema livre, enquanto “zinha” e
- Gra a (escrita): igua “s” necessitam de uma palavra de apoio, sendo
- Signi cado: diferent então morfemas presos
Ex: caminho (substantivo - itinerário) / Classi cação dos morfemas
caminho (verbo caminhar - “eu caminho por • Radicais: Os morfemas bases, que dão
aqui” origem a outras palavras, são chamados de
• Homófonas: radical. Eles são elementos formadores,
- Fonética (som): igua capazes de fornecer uma noção signi cativa
- Gra a (escrita): diferent à palavra que integra. Além disso, nenhum
- Signi cado: diferent deles pode sofrer nova divisão. Assim,
Ex: Cerrar (fechar, terminar) / Serrar (cortar quando adicionados pre xos ou su xos, tem-
com serra se os cognatos, que são as palavras derivadas
• Homógrafas: deste radical, formando uma família de
- Fonética (som): diferent signi cação
- Gra a (escrita): igua • A xos: os a xos são elementos de apoio,
- Signi cado: diferent integrados ao radical para formar um
Ex: Li apenas o começo do livro (substantivo - cognato. Podem ser
início) / Eu começo amanhã (verbo - começar - Pre xos: quando colocados antes do
radical para se formar uma nova palavra

Estrutura e processo - Su xos: quando colocados depois do


radical
de formação das • Desinências: são morfemas que indicam a
palavras exão das palavras. Surgem na parte nal
das palavras variáveis. Podem ser nominais
(indicam gênero e número) ou verbais
A morfologia estuda a estrutura, a
(indicam exões do verbo: número, pessoa,
formação, a classi cação e as exões das
tempo e modo
palavras

6
fl
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
)

fl
.

fi
fi
)

fi
e

fi
fi
:

fi
:

fl
fi
fi
.

fi
)

• Vogais temáticas: é o morfema que liga o - Derivação pre xal: acréscimo de pre xo
radical às suas desinências, constituindo o à palavra primitiva, alterando seu
chamado tema (radical + vogal temática). É signi cado (ex: de-compor
ao tema que se acrescentam as desinências. - Derivação su xal: acréscimo de su xo à
Tanto os verbos quanto os nomes podem palavra primitiva, que pode sofrer
apresentar vogal temática. Nos verbos elas alteração de signi cado ou classe
indicam a conjugação a que pertencem (1ª gramatical (ex: jardinagem
verbos terminados em “a”, 2ª verbos - Derivação pre xal e su xal: acréscimo de
terminados em “e” ou 3ª verbos terminados um pre xo e um su xo ao radical (ex: in-
em “i”) feliz-mente
• Vogais ou consoantes de ligação: são - Derivação Parassintética: acréscimo
morfemas que surgem para possibilitar a simultâneo de pre xo e um su xo à
leitura de determinada palavra (ex: gas-ô- palavra primitiva (ex: des-alm-ado
metro, pau-l-ada, cafe-t-eira
OBS: A diferença de derivação pre xal e
Na língua portuguesa, a formação de su xal para a parassintético é que na pre xal e
uma palavra pode ser su xal, se você tirar o pre xo, o su xo ou
• Primitiva: não se forma de outra existente no amos, a palavra continua fazendo sentido (ex:
idiom in-feliz-mente / sem pre xo → feliz-mente /
• Derivada: tem a formação baseada em uma sem su xo → in-feliz / sem amos → feliz). O
única palavra (ou radical) já existent mesmo não ocorre na derivação parassintética
• Composta: formada por duas (ou mais)
palavras já existentes - Derivação regressiva: consiste na redução
da palavra derivante por uma falsa
OBS: existem palavras que são ao mesmo análise de sua estrutura. Normalmente
tempo compostas e derivadas (ex: porto- forma substantivos indicadores de ação,
alegrense). abstratos (ex: chorar - choro, errar - erro).
A ideia precede a ação
A derivação e a composição são - Derivação imprópria: muda a classe
considerados processos básicos de formação gramatical de uma palavra, sem alterar
das palavras sua forma (ex: jantar / verbo: vou jantar /
substantivo: vou servir o jantar)
• Derivação: consiste na modi cação de
determinada palavrada primitiva com • Composiçã
acréscimo de a xos
7
fi
fi
fi
a

fi
fi
.

fi
fi
fi
fi
fi
.

fi
.

fi
.

fi
fi
)

fi
.

fi
)

fi
fi
e

fi
fi
fi
fi
.

- Composição por justaposição: quando as


palavras se juntam, conservando cada
Hífen
qual a sua integridade, não se perde
O emprego do hífen é uma convenção.
fonema e pode ou não ter hífen (ex: beija-
Estabeleceu-se que só se ligam por hífen os
or, girassol
elementos das palavras compostas que
- Composição por aglutinação: quando as
guardam a sua independência fonética,
palavras se juntam e existe a perda de
conservando cada um a sua própria acentuação,
fonema (ex: aguardente - água + ardente,
porém formando um novo conjunto de perfeita
embora - em + boa + hora
unidade de sentido. Não existe um único
critério para saber se uma palavra tem ou não
Existem outros processos de formação
hífen. A única solução é praticar e tentar
de palavras. São eles
memorizar algumas regras especí cas. Assim,
• Abreviação vocabular: consiste na
deve-se empregar o hífen
eliminação de um segmento de uma palavra
• Nos compostos cujos elementos, reduzidos
a m de se obter uma forma mais curta (ex:
ou não, perderam sua signi cação própria:
cinematógrafo - cinema, pneumático - pneu,
água-marinha, arco-íris, para-choque, bel-
metropolitano - metrô)
prazer, és-sueste, monta-carga, marca-passo,
• Siglonimização: é a formação de palavras a lero-lero, mata-mata et
partir de siglas (ex: FGTS, CPF, AIDS
• Palavra-valise: resulta do acoplamento de OBS: os seguintes casos são aglutinações:
duas palavras, permitindo a realização de
girassol, madressilva, passatempo, pontapé,
verdadeira acrobacias verbais (ex: a u,
paraquedas, paraquedismo et
portunhol
• Hibridismo: palavra que se origina da união
• Nos compostos com o primeiro elemento de
de elementos (radicais) de idiomas
forma adjetiva, reduzida ou não: afro-
diferentes (ex: automóvel / auto - grego,
asiático, galego-português, greco-romano,
móvel - latim
histórico-geográ co, ínfero-anterior, latino-
• Onomatopéia: imitação de sons (ex: tique-
americano, luso-brasileiro, lusitano-
taque
castelhano etc
• Neologismo: são palavras inventada
• Nos topônimos compostos iniciados pelos
• Empréstimos linguísticos: apropriação de adjetivos grã ou grão, ou por forma verbal,
palavras de outra cultura (ex: show, stress,
ou quando os elementos estão ligados por
abajur)
artigo: grã-bretanha, grão-pará, passa-
quadro, todos-os-santos, mas Belo

8
fl
fi
)

fi
:

fi
fi
s

fl
fl
Horizonte, Cabo Verde, Santa Catarina não em formações por recomposição com
se enquadram na regra pseudopre xos (gregos ou latinos) como
• Em palavras compostas que designam “aero”, “agro”, “arqui”, “auto”, “hio”,
espécies botânicas e zoológicas, que estejam “eletro”, “geo”, “hidro”, “inter”, “macro”,
ou não, ligadas por preposição ou outro “maxi”, “micro”, “mini”, “multi”, “neo”,
elemento: bem-me-quer, ervilha-de-cheiro, “pan”, “plurí”, “proto”, “pseudo”, “retro”,
formiga-brava, bem-te-vi etc. Malmequer é “semi”, “tele” etc, só se usa hífen quando
exceção - Nas formações em que o segundo
• Nos compostos com advérbio de “bem” e elemento começa por “h”: anti-
“mal”, quando o elemento seguinte começa histamínico, pan-helênico, sobre-humano,
por vogal ou “h”: bem-educado, bem- sub-hepático, super-homem et
humorado, mal-agradecido, mal-humorado
OBS: como exceção a essa regra “co”, “des”,
OBS: o adverbio de bem, ao contrário de mal, “dis”, “in” e “re” se aglutinam com o segundo
pode não se aglutinar com o segundo elemento elemento, eliminando o h: coabitar, coerdeiro,
quando ele começa por consoante: bem- desumano, inábil, reabilitar, reospitalizar etc
nascido, malnascido, bem-falante, malfalante,
bem-mandado, malmandado etc. Mas, em - Nas formações em que o pre xo ou
muitos compostos, bem aglutina-se com o pseudopre xo terminam na mesma vogal
segundo elemento: benfazejo, benfeito, pela qual começa o segundo elemento:
benfeitor, benquerença et anti-in amatório, neo-ortodoxo, semi-
interno, supra-auricular, arqui-inimigo,
• Nos compostos com “sem”, “além”, sobre-edi car, ante-estrei
“recém”, “pós”, “pré”, “vice”, “ex”, “pró”:
sem-cerimonia, além-mar, aquém-fronteiras, OBS: são exceções a essa regra “co” e “re”:
recém-casado, ex-senador, pós-graduação, coordenar, coobrigação, reeleição, reerguer etc
pré-vestibular, pró-reitor, vice-governador
et • Nas formações com o pre xo “circim” e o
pseudopre xo “pan”, quando o segundo
Emprega-se hífen por pre xação, elemento começa por vogal, “m” ou “n”
recomposição e su xação nos seguintes casos (além do “h” já mencionado): circim-
• Nas formações com pre xos como “ante”, navegação, circum-mediterrâneo, circum-
“anti”, “circum”, “co”, “contra”, “entre”, oceânico, pan-oftalmico, pan-nacionalismo
“extra”, “hiper”, “infra”, “intra”, “pós”, • Nas formações com pre xos “hiper”, “inter”
“pré”, “sobre”, “sub”, “super”, “ultra” etc, e e “super”, quando o segundo elemento
9
c

fl
.

fi
fi
fi
fi
fi
.

fi
c

fi
a

fi
c

fi
fi
:

começa por “r”: hiper-religioso, inter- • Em locuções de qualquer tipo, salvo as


relacionado, super-resistente seguintes exceções: água-de-colônia, arco-
• Nas formações com os pre xos “ex” (estado da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-
anterior), “sota”, “vice” (ou “vizo”): ex- de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
aluno, ex-presidente, sota-piloto, sota- Portanto: m de semana, sala de jantar, cor
mestre, vice-almirante, vice-governador, de café, cada um, quem quer que seja, à
vizo-rei vontade, depois de amanha, a m de, acerca
• Nas formações com pre xos tônicos “pós”, de, contanto que, visto que etc
“pré” e “pró” (as formas átonas se aglutinam
com o segundo elemento): pós-graduação, OBS: nas formações por su xais, só se
pré-universitário, pró-african emprega hífen em vocábulos terminados em
• Com “ab”, “ad”, “ob”, “sob” e “sub”, su xos de origem tupi-guarani, que
quando seguidos de radical iniciado por “r” representam formas adjetivas (como “açu”,
ou plea mesma consoante que termina o “guaçu” e “mirim”) quando o primeiro
pre xo: ab-rogar, ad-rogação, ab-reptício, elemento termina em vogal acentuada
sob-roda, sub-reino, ad-digital, sub- gra camente ou quando a pronuncia exige a
bibliotecário distinção dos dois elementos: amoré-guaçu,
andá-açu, ceará-mirim, capim-açu
Por outro lado, NÃO se usa hífen
• Nas formações em que os pre xos ou Substantivo e Artigo
pseudopre xos terminam em vogais e o
segundo elemento começa em “r” ou “s”, Substantivo é toda palavra que dá nome
que devem ser duplicados: contrarregra, a seres, coisas, lugares, objetivos, sentimentos,
suprarrenal, pseudorreação, antisséptico, ações, acontecimentos, conceitos etc. Quando
ultrassom, minissaia você completar a sentença “isto se chama …” a
• Nas formações em que o pre xo ou palavra em questão é substantivo. Outra
pseudopre xo termina em vogal e o segundo maneira de fazer o reconhecimento é usando
elemento começa por vogal diferente ou um artigo antes da palavra
consoante (com exceção dos casos
• Comum: denomina todos os seres de uma
particulares já mencionados de “h”, “r” e mesma espécie (ex: cidade, pedra, mundo
“s”): extraescolar, antiaéreo, autoeducação,
• Próprio: dá nome a um único ser de uma
autodidata, extracurricular, determinada espécie (ex: Brasília, Isabel
supramencionado, hidreletricidade,
• Primitivo: não se forma de outra palavra (ex:
microcâmera, intracelular et cidade, Ceará

10
fi
fi
fi
.

fi
fi
fi
.

fi
.

fi
c

fi
fi
.

fi
fi
)

• Derivado: forma-se de outra palavra (ex: OBS: coletivos que podem se referir a mais de
cearense, beleza, infeliz uma família devem ser especi cados. Por ex:
• Simples: formado por uma única palavra feixe, que pode ser de lenha ou de capim. Por
(ex: cidade, desinteresse outro lado, coletivos de única referencia, como
• Composto: formado por mais de uma arquipélago, não devem ser especi cados, para
palavra (ex: lobisomem, sexta-feira evitar a redundância
• Concreto: nomeia seres de existência
própria, real ou imaginária (ex: cidade, Com relação as exões, os substantivos
Deus, alma, fantasma são classes variáveis de acordo com gênero,
• Abstrato: nomeia ações, sensações, número e grau
sentimentos, conceitos, características e
estados (ex: escolha, dor, medo, beleza, • Gênero dos substantivos
vida) - Masculino: anteposição do artigo “o
- Feminino: anteposição do artigo “a
OBS: “período” é substantivo concreto,
podendo ser veri cado nos seguintes critérios Quando se trata de seres que não tem
1º: tem existência própria, real ou imaginária? sexo, o gênero é xado convencionalmente no
Sim idioma (ex: a blindagem, a alface, a agravante
2º: é uma ação? Sensação? Emoção? Quanto à terminação, dos substantivos
Sentimento? Não, não, não e não terminados em “ão”, os concretos são
masculinos e os abstratos são femininos (ex: o
• Coletivo: substantivo comum, mesmo algodão, a educação, o balcão, a produção.
estando no singular, denomina um conjunto Exceto “mão” que embora concreto, é
de seres de uma mesma espécie (ex: feminino
serpentário → coletivo de cobras; junta → Os substantivos que designam pessoas
bois, médicos, credores, examinadores; e animais tem geralmente uma forma para o
plêiade → poetas, artistas; panapaná → masculino e o feminino (ex: peixe-boi / peixe-
borboletas) mulher, lebrão / lebre, caxarelo / baleia)
OBS: elenco é o coletivo de atores. Muitas Há também os casos de substantivos
vezes as pessoas falam sobre “elencar” algo, femininos derivados de radical no masculino.
como sinônimo de listar. Esse emprego é Aqueles terminados em “o” átomo formam
errôneo. A palavra “elencar” não existe normalmente o feminino substituindo essa
desinência por “a” (ex: gato / gata). Entretanto,
há casos em que a substituição é feita por

11
.

fi
fi
.

fl
)

fi
.

fi

desinências especiais (ex: diácono / diaconisa,


maestro / maestrina, silfo / síl de) Os substantivos uniformes podem ser
Os substantivos terminados em divididos em 3 tipos
consoante formam, normalmente, o feminino • Epicenos: são os nomes de animais que
com acréscimo da desinência “a” (ex: possuem um só gênero-gramatical para
camponês / camponesa designar um ou outro sexo (ex: a água, a
Já os substantivos terminados em “ão” cobra, o jacaré). Nestes casos, para
podem formar o feminino de 3 maneiras especi car o seco, juntam-se ao substantivo
A. Mudando a terminação “ão” em “oa” (ex: as palavras macho ou fêmea (ex: o macho
patrão / patroa ou a fêmea do jacaré
B. Mudando a terminação “ão” em “ã” (ex: • Sobrecomuns: tem um só genro gramatical
ancião / anciã para designar pessoas de ambos os sexos
C. Mudando a terminação “ão” em “ona” (ex: (ex: o algoz, o apóstolo, o cônjuge, o
solteirão / solteirona, folião / foliona indivíduo, o verdugo). Analogamente, usa-se
“masculino” e “feminino” para
OBS: alguns substantivos terminados em “ão” identi cação
são anômalos, ou seja, não basta mudar • Comuns de dois gêneros: apresentam uma
conforme as 3 regras anteriores (ex: cão / só forma de escrever, mas podem ser
cadela, zangão / abelha) distinguidos pelo artigo ou por algum
Alguns substantivos terminados em determinante que acompanha (ex: o / a
“or”, “dor” e “tor” formam femininos em cliente
“eira” ou “triz” (ex: ator / atriz).
Porém para “embaixador” tem-se 2 Mudanças de sentido na mudança de
casos gênero podem ocorrer. São exemplos
I. Embaixatriz: casada com o embaixado O cabeça = líde
II. Embaixadora: mulher que exerce o carg A cabeça = parte do corpo human
Substantivos que designam títulos de O guia = pessoa realiza o ato de guia
nobreza formam o feminino em “esa”, “essa” e A guia = documento com que se recebem
“isa” (ex: Principe / princesa, sacerdote / mercadorias ou encomendas ou que as
sacerdotisa, conde / condessa acompanha para poderem transitar livrement
Há ainda um número pequeno de São masculinos os substantivos: ágape,
palavras que trocam o “e” por “a” (ex: clã, diabete, gengibre, soprano
elefante / elefanta, presidente / presidenta, São femininos os substantivos:
hóspede / hóspeda, monge / monja, parente / sentinela, juriti, omoplata, aluvião, loxera
parenta, gigante / giganta
12
:

fi
fi
)

fi
.

fi
)

Já na formação do plural, quando 4. Para alguns substantivos nalizados em


terminados em vogal ou ditongo, basta “ão” não há ainda uma forma plural
acrescentar o “s” ao singular (ex: mesas, de nitivamente xada, porém é mais
chapéus, leis, mães). Incluem-se a esta regra os comum a preferencia pela formação com
substantivos terminados em vogal nasal. Como “ões”
a natalidade das vogais /e/, /i/, /o/ e /u/, em
posição nal, é representada gra camente por Singular Plural
“m” e não se pode escrever “ms”, muda-se o
Aldeão Aldeões, aldeães, aldeãos
“m” por “n” (ex: bem → bens
Ancião Anciões, anciães, anciãos
Substantivos terminados em “r”, “z”,
Charlatão Charlatões, charlatães
“s” e “n” ganham “es” à pessoa no singular
Cirurgião Cirurgiões, cirurgiães
(ex: hambúrgueres, mares, gravidezes, gizes).
Cortesão Cortesãos, cortesões
No caso do “n”, pode-se ainda acrescentar
Faisão Faisões, faisães
“enes” ou só “s” (ex: hífen - hifens - hífenes,
cânon - cânones). Alguns substantivos Hortelão Hortelões, hortelãos

terminados em “s” são invariáveis como atlas, Ru ão Ru ões, ru ães

lápis, ônibus, pires, vírus Sultão Sultões, sultães, sultão

Os substantivos terminados em “ão” Vilão Vilões, vilães, vilãos

mudam para o plural de três maneiras Zangão Zangões, zangãos


1. A maioria muda a terminação “ão” para Anão Anões, anãos
“ões”, isso inclui os aumentativos (ex: Castelão Castelões, castelãos
balão → balões, casarão → casarões
Corrimão Corrimões, corrimãos
2. Um número reduzido troca “ão” por “ães”
Ermitão Ermitões, ermitãos,
(ex: charlatão → charlatães ermitães

3. Um número pequeno de oxítonas e todos Guardião Guardiões, guardiães

os paroxítonos acrescentam-se “s” à forma Refrão Refrãos, refrões


singular (cidadão → cidadãos). Incluem-se Sacristão Sacristãos, sacristães
ainda os monossílabos tônicos: chão, grão, Verão Versões, verãos
mão, vão. Artesão quando signi ca Vulcão Vulcões, vulcãos
“arti ce” vira “artesãos” no plural. Mas
quando no sentido de “adorno
Os casos de plural com alteração de
arquitetônico”, o seu plural pode ser
timbre da vogal são chamados de matefonia.
“artesãos” ou “artesões”
Neles, a vogal fechada “o”, além de receberem
a desinência “s”, mudam de [ô] para [ó] (ex:
13
fi
fi
fi
fi
.

fi
fi
fi
.

fi
)

fi
)

fi
esforço → esforços, olho → olhos). A palavra Plural nos substantivos compostos
“molho”, tanto representando condimento, seguem algumas normas
quanto “feixe” (ex: molho de chaves), não • Quando o substantivo composto é
muda seu timbre quando no plural “molhos” constituído de palavras que se escrevem sem
hífen, forma o plural como se fosse um
OBS: caráter → caracteres; cós → cose substantivo simples (ex: aguardentes,
claraboias, varapaus, malmequeres
Nos substantivos terminados em “x” • Quando os termos são ligados por hífen,
não há variação para plural. podem variar apenas um componente ou
Já os terminados em “al”, “el”, “ol” e ambos. Uma boa dica é observar se a
“ul”, substituem-se no plural o “l” por “is” (ex: palavra sozinha pode ir para o plura
papel → papéis, álcool → álcoois, paul → Singular Plural
pauis). São excessões as palavras: mal → Couve- or Couve- ores
males, real (moeda) → réis, cônsul → Obra-prima Obras-primas
cônsules Grão-mestre Grão-mestres
Para os substantivos terminados em
Guarda-marinha Guardas-marinha
“il”, quando oxítonos: trocamos o “l” por “s”
Guarda-roupa Guarda-roupas
(ex: ardil → ardis, redil → redis). Já quando
são paroxítonos, substituímos o “il” por “eis”
OBS: Quando o primeiro termo do composto é
(ex: réptil → repteis)
verbo ou palavra invariável e o segundo é
Nos deminutivos terminados com os
substantivo ou adjetivo, só o segundo vai pro
su xos “zinho” e “oito”, tanto o substantivo
plura
primitivo como o su xo vão para o plural,
desaparecendo o “s” do plural do substantivo Singular Plural

primitivo (ex: balões + zinhos → balõezinhos) Guarda-chuva Guarda-chuvas

Há ainda substantivos que só se Sempre-viva Sempre-vivas

empregam no plural como cãs, fezes, Vice-precidente Vice-presidentes


primícias, anais, condolências, núpcias, Bate-boca Bate-bocas
arredores, exéquias, óculos, espadas, belas- Abaixo-assinado Abaixo-assinados
artes, olheiras, férias, pêsames
Grão-duque Grão-duques
Há também substantivos que se usam
Quando os termos componentes se
habitualmente no singular e a mudança para
ligam por preposição, com ou sem hífen, só o
plural altera o sentido (ex: ferro → metal,
primeiro termo toma a forma de plural
ferros → ferramentas ou aparelhos)

14
fi
l

fl
fl
.

fi
:

Singular Plural • Aumentativo: com signi cação exagerada,


Chapéu de sol Chapéus de sol
intensi cada, disforme ou desprezível (ex:
bocarra / forma sintética; boca enorme /
Pão de ló Pães de ló
forma analítica
Pé de cabra Pés de cabra
• Diminutivo: com signi cância atenuada ou
Peroba-do-campo Perobas-do-campo
valorizada afetivamente (ex: boquinha /
João-de-barro Joões-de-barro
forma sintética; boca minúscula / forma
Mula sem cabeça Mulas sem cabeça
analítica

Outro caso em que só o primeiro termo Muitas formas originariamente


varia para o plural é quando o segundo é um aumentativas ou diminutivas adquiriram com o
substantivos que atua como determinante passar do tempo signi cados especiais, por
especí co vezes desassociados do sentido da palavra

Singular Plural derivante. Passam a ser palavras em acepção


normal (ex: cartão, portão, corpete, cartilha,
Navio-escola Navios-escola
vidrinho, pastilha)
Salário-família Salários-família

Banana-prata Bananas-prata
Artigos são palavras antepostas ao
Manga-espada Mangas-espada
substantivo para generaliza-lo ou particulariza-
lo. Os artigos de nidos “o(s)” e “a(s)” indicam
Geralmente, ambos os elementos um ser já conhecido do leitor ou ouvinte. Já os
tomam a forma de plural quando o composto é artigos inde nidos “um(ns)” e “uma(s)”
constituído de dois substantivos, ou de um indicam um simples representante de uma dada
substantivo e um adjetivo espécie ao qual não se faz menção anterior
Singular Plural Os artigos podem ainda ser combinados

Carta-bilhete Cartas-bilhetes às preposições a seguir

Tenente-coronel Tenentes-coronéis Prepos. O A Os As

Amor-perfeito Amores-perfeitos A Ao À Aos Às

Gentil-homem Gentis-homens De Do Da Dos Das

Vitória-régia Vitórias-régias Em No Na Nos Nas

Por/per Pelo Pela Pelos Pelas

O grau do substantivo pode ser


• Normal (ex: boca

15
fi
fi
)

fi
)

fi
)

fi
fi
.

fi
:

Quanto a crase, o artigo feminino, Há casos que merecem ser analisados


quando vem precedido da preposição “a”, • No plural, anteposto ou posposto ao
funde-se com ela formando a crase substantivo, “todos” vem acompanhado de
artigo, a menos que haja um determinativo
OBS: quando a preposição que antecede o que o exclua (ex: conheceu todos os salões. /
artigo está relacionada ao verbo (no in nitivo), Todos estes costumes vão desaparecer
e não ao substantivo que o artigo induz, os • Não se usa artigo antes de numeral em
elementos cam reparados (ex: não veio ao depois da palavra “todos” (ex: elas são, todas
colégio pelo fato de as ruas estares alagadas. / duas, minhas irmãs). No entanto, se o
Não se usa das substantivo estiver claro, o artigo é de regra
(ex: todas as duas irmãs eu ajudei a criar
O artigo inde nido pode contrair-se • No singular, “todo”
com as preposições “em” e “de”, originando: - Virá acompanhado de artigo, quando
duma, duns, dumas, num, numa, nuns, numas. indicar a totalidade das partes (ex: Toda a
Mas, analogamente, não é aconselhável a praia é um único grito de ansiedade
contração com a preposição que se relaciona - Poderá vir ou não acompanhada de artigo
com o verbo (no in nitivo) e não com o quando exprimir a totalidade numérica
substantivo que o artigo introduz (ex: não (ex: todo o homem é bicho, embora nem
houve aula pelo fato de uns professores todo o bicho seja homem). Neste
estarem adoentados / não duns) exemplo, o uso do artigo distingue “todo”
sinônimo de “qualquer” e “todo”
OBS: antes de nome próprio, o artigo de nido sinônimo de inteiro (ex: toda casa, cedo
pode apresentar tom de afetividade ou ou tarde, precisa de reforma / qualquer;
familiaridade toda a casa foi reformada / a casa inteira)

O uso de “ambos”, “todos” e artigos se OBS: anteposto ao artigo inde nido, “todo”
faz de acordo com signi ca “inteiro”, “completo”. Evita-se o
• Se o substantivo determinado pelo numeral artigo inde nido antes de expressões denotadas
“ambos” estiver claro, é de regra o emprego de quantidade indeterminada, constituídas por
do artigo de nido substantivos, como: coisa, gente, in nidade,
• A presença ou ausência do artigo depois da multidão, número, parte, pessoa, porção,
palavra “todo” depende de tal determinação quantia, quantidade, soma etc, ou adjetivos,
admitir ou rejeitar o substantivo (ex: todo o como: escasso, excessivo, su ciente etc (ex:
Brasil pensa assim / Todo Portugal pensa Havia grande número de pessoas)
assim)
16
fi
.

fi
fi
fi
.

fi
fi
fi
.

fi
.

fi
fi
)

fi
:

- Compostas ou locuções prepositivas:


Preposição e quando constituídas de dois ou mais
vocábulos, sendo o último deles uma
conjunção preposição simples (geralmente de) :
abaixo de, acima de, acerca de, a m de,
As preposições e conjunções são pontes
além de, a par de, apesar de, antes de,
na lingua portuguesa
depois de, ao invés de, diante de, em vez
• Preposição: une palavras para estabelecer
de, graças a, junto com, junto de, à custa
harmonia entre elas. São palavras
de, defronte de, através de, em via de, de
invariáveis que relacionam dois termos, de
encontro a, em frente de, em frente a, sob
tal modo que o sentido do primeiro
pena de, a respeito de, ao encontro de
(antecedente) é explicado ou completado
etc
pelo segundo (consequente). Isso signi ca
que, entre os termos ou orações ligados por
Embora as preposições apresentem
preposição, haverá uma relação de
grande variedade de usos, é possível
dependência em que um termo será
estabelecer para cada uma delas uma
subordinante e o outro subordinado
signi cação fundamental, marcada pela
- Simples: quando expressas por um só
expressão de movimento ou de situação
vocábulo. O quadro a seguir mostra as
resultante (ausência de movimento) e aplicável
preposições essenciais
aos campos espacial, temporal e nocional.
A De Por - Fixa: quando não é exigida mas aparecem
Ante Desde Per em estruturas da lingua (ex: de tempos em
Até Em Sem tempos, estudo para concursos importantes
Após Entre Sob - Necessária: a preposição exigida pelos
Com Para Sobre verbos/nomes os relaciona com seus

Contra Perante Trás


complementos (ex: assisti a vários lmes
- Livre: a preposição não é usada por
Há ainda palavras que, pertencendo
motivação sentaria, mas por razões
normalmente a outras classes, funcionam, às
estilísticas (ex: procuramos por uma pessoa
vezes, como preposições e, por isso, se dizem
desaparecida / procuramos uma pessoa
preposições acidentais: afora, conforme,
desaparecida
consoante, durante, exceto, fora, mediante,
menos, não obstante, salvo, segundo, senão,
Como já foi tido, as preposições tem
tirante, visto etc
valores, assim

17
A

fi
)

fi
fi
.

fi

- Movimento: direção a um limit • Em - na, nos, nesse, nele


No espaço (ex: do leme ao posto 6 • Per - pela, pelo
No tempo (ex: daqui a uma semana… • Para - pro, pra
Na noção (ex: de mal a pior
- Situação: coincidencia, concomitânci OBS: após algumas preposições acidentais
No espaço (ex: meu pai, à cabeceira, (exceto, salve, inclusive…) a presença de uma
saboreava… preposição essencial em razão da sua exigência
No tempo (ex: ao entardecer, avistei por verbo ou nome torna-se facultativa (ex:
uma povoação… tanto a frase “discordo de todos, exceto dela”
Na noção (ex: gastava dinheiro à toa / quanto “discordo de todos, exceto ela” estão
os outros não pareciam à vontade certas). A repetição de preposições torna-se
• At obrigatória quando necessária para o sentido
- Movimento: aproximação de um limite (ex: falou com o professor e diretor da escola
ou insistência nele → dá a ideia que a mesma pessoa exerce os
No espaço (ex: arrastou-se até o dois cargos / falou com o professor e com o
quarto diretor da escola → falou com duas pessoas
No tempo (ex: até meados do mês que diferentes). Já nas sequencias de termos ou
vem orações coordenadas, a repetição é facultativa
(ex: lutamos pela musica, (pela) literatura e
OBS: “até” quando rege substantivo (pela) arte
acompanhado de artigo, pode vir, ou não,
seguida da preposição “a”. É necessário ainda • Conjunção: une orações ou dois termos
distinguir a preposição até, que denota semelhantes da mesma oração. São palavras
movimento, do advérbio de inclusão “até” (ex: invariáveis que servem para relacionar duas
todos foram à peça, até eu orações ou dois termos semelhantes da
mesma oração. Podem ser coordenativas ou
As preposições podem combinar-se e subordinativas
contrair-se. Isso é feito a partir da união de - Coordenativas (síndeto): relacionam
uma preposição à outras palavras. Quando não termos ou orações de idêntica função
há redução, chame-se combinação. Já quando gramatical (independentes
sofre redução, denominam-se contrações. São Aditiva
preposições que se contraem Adversativa
• A - à(s), àquele(s Alternativa
• De - do(s), da(s), dum, duma, deste(s), Conclusiva
desta(s), dele(s), doutro, daqui
18
é

Explicativa I. Porporcionai

Certas conjunções coordenativas Integrantes: servem para introduzir


podem assumir diferentes signi cados, de uma oração que funciona como
acordo com a relação que estabelecem entre sujeito, objeto direto ou indireto,
palavras e orações coordenadas predicativo, complemento nominal ou
• E aposto. São as conjunções “que” e
- Valor adversativo ou concessiv “se”. Quando o verbo exprime uma
- Indicar consequência, conclusã certeza, usa-se “que”. Quando o verbo
- Expressar nalidad exprime incerteza, usa-se “se”
- Valor consecutiv
- Introduzir uma explicação enfátic Polissemia conjuncional se dá quando
- Iniciar frases de alta intensidade afetiva, conjunções subordinativas (que, como, porque,
com valor próximo ao de interjeiçõe se etc) podem pertencer a mais de uma classe.
- Facilitar a passagem de uma ideia para Seu valor está condicionado ao contexto
outr Locuções conjuntivas são a junção de
• Mas duas ou mais palavras que tem função de
- Restriçã conjunção. Grande parte é formada por
- Reti caçã advérbios, preposições e particípios, segundos
- Atenuação ou compensaçã da conjunção “que” (ex: já que, uma vez que,
- Adiçã por mais que, sem que, posto que, visto que

- Subordinativas: ligam duas orações, uma Numeral e


das quais determina ou completa o
sentido da outra (orações subordinadas).
Interjeição
Elas podem ser
Numeral: indicar a quantidade exata de
Adverbiai
pessoas ou coisas ou assinala o lugar que elas
A. Casuai
ocupam numa série
B. Concessiva
• Cardinai
C. Condicionai
• Ordinais
D. Finai
• Multiplicativo
E. Temporai
• Fracionário
F. Consecutiva
As interjeições são palavras invariáveis
G. Comparativa
que exprimem sensações, emoções, estados de
H. Conformativa
19
:

fi
:

fi
s

fi
s

espírito, ou que procuram agir sobre o • Compostos: mais de um radical. Apenas o


interlocutor, levando-o a adotar determinados último elemento pode ser exionado para
comportamentos sem que se faça uso de indicar gêneros e números. Há apenas uma
estruturas linguisticas. Devem vir exceção, que costuma cair em concurso:
acompanhadas de ponto de surdo-mudo, surda-muda, surdos-mudos,
surdas-mudas

Adjetivo
OBS: adjetivos pátrios compostos devem ser
unidos por hífen
São todas as palavras que caracterizam
o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito,
Adjetivos apresentam exões de
estado, condição etc. Há as vezes a
gênero, número e grau. Quanto ao gênero,
substantivação de um adjetivo, quando
podem ser uniformes e biformes (ter masculino
gramaticalmente, antecipa-se o determinativo
e feminino). Já sobre o número, eles são
(geralmente artigo) ao adjetivo (ex: o céu
exionados para concordar com o substantivo.
cinzento indica chuva / o cinzento do céu
O adjetivo que tem origem em substantivo, no
indica chuva)
entanto, não sofrem exão (ex: vestidos rosa).
Quando tem-se o adjetivo anteposto ao
Sobre os graus, os adjetivos tem grau
substantivo, há uma mudança de sentido do
• comparativo: que pode indicar
adjetivo (não necessariamente o mesmo é
- Superioridad
substantivado)
- Igualdad
As locuções adjetivas são um conjunto
- Inferioridad
de palavras com valor de adjetivo. Compostas
• Superlativo: que pode indicar
normalmente por preposição e substantivo ou
- O grau de determinada qualidade
preposição e advérbio, costumam ter um
(superlativo absoluto
adjetivo correspondente (ex: conselho de pai /
- Que, em comparação à totalidade de uma
conselho paterno). Mas em outros casos, não
mesma categoria, um se sobressai
há relação literal, é apenas conhecimento
(superlativo relativo
popular (ex: tecnologia de ponta / tecnologia
avançada)
OBS: é possível usar as formas analíticas (ex:
• Primitivos: apenas o radica
“mais bom”, “mais grande”) quando se
• Derivados: presença de a xos confrontam duas qualidades de um mesmo ser
• Pátrios ou gentílicos: referem-se a (ex: ele é mais bom que inteligente)
continentes, países, regiões etc
• Simples: um único radica
20
fl
e

fl
)

fi
l

fl

fl
.

Pronomes pessoais e ainda ser tônicas, quando precedidos por


preposição (ex: trouxe o livro para mim) ou
possessivos átonas, sem preposição (ex: eu o amei por
anos)
Pronomes são palavras variáveis que
Obliquos
Retos Oblícos átonos
representam os seres ou se referem a eles. tônicos

Podem ser Eu Me Mim, comigo

• Pessoai Tu Te Ti, consigo

• Possessivo
Ele, ela O, a, se, lhe
Ele, ela, si,
consigo
• Demonstrativo
Nós Nos Nós, conosco
• Inde nido
Vós Vos Vós, convosco
• Interrogativo
Eles, Elas, si,
• Relativo Eles, Elas Os, as, se, lhes
consigo

Os pronomes pessoais caracterizam-se


Os oblíquos o, a, os, as colocados
por
depois do verbo (pronome enclítico) podem
• Denotar as três pessoas gramaticais
- Quem fala (eu • Ser empregados normalmente se o verbo
terminar em vogal ou ditando ora
- Com quem se fala (tu, vós
- De quem se fala (ele, ela, eles, elas • Ganhar a letra l (lo, la, los, las) se o verbo
terminar em “r”, “s” ou “z
• Na terceira pessoa, podem representar uma
forma nominal anteriormente expressa (ex:
• Ganhar a letra n (no, na, nos, nas) se o verbo
terminar em ditongo nasa
cuidem desta alma para que ela se una a
Deus). A pessoa com quem se fala também
OBS: no futuro do presente e no futuro do
pode ser expressa por pronomes de
pretérito, o pronome oblíquo não pode ser
tratamento, que se constroem com o verbo
enclítico (depois do verbo). Usa-se o problem
na terceira pessoa (ex: vossa senhoria
no meio do verbo e tem-se por exemplo:
deveria comparecer à reunião) Entender o
Vender + ei = vende-lo-e
pronome de tratamento como “você” que é
um pronome de tratamento mais comum
Pronomes re exivos e recíprocos
apresentam três formas próprias: “se, si,
Os pronomes pessoas podem ser retos,
consigo”, que se aplicam a terceira pessoa do
quando funcionam como sujeito da oração ou
singular e do plural. São empregados também
oblíquos, quando assumem outras funções (ex:
para exprimir a reciprocidade da ação. Como
objeto direto e indireto). Suas formas podem
21
:

fi
.

fl
i

são idênticas as formas dos pronomes é sujeito (ex: o milagre de ele existir nunca se
recíprocos e re exivas, pode haver dera
ambiguidade com um sujeito plural. Remove-
se a dúvida usando-se expressões reforçativas Os pronomes de tratamento são
• Para marcar re exão: a mim mesmo, a ti palavras e locuções que valem por pronomes
mesmo, a si mesmo et pessoais, como: você, o senhor, vossa
• Para marcar reciprocidade: um ao outro, uns excelência. Embora designem a pessoa da sala,
aos outros, entre si, reciprocamente, esses pronomes levam o verbo para a terceira
mutuamente pessoa

Pronome Emprego
Os pronomes retos empregam-se como
Você Tratamento informal
• Sujeit
Tratamento formal ou
Os senhores
• Predicad cerimonioso

• “Tu” e “vós” podem ser vocativo Vossa alteza


Principes, princesas,
duques

Vossa eminencia Cardeais


Os pronomes retos podem ser
empregados em Vossa excelencia Altas autoridades

• Plural de modéstia: evita o tom impositivo Vossa Magni cencia Reitores de universidades

ou muito pessoal das opniões (nós em lugar Vossa majestade Reis, imperadores

de eu Vossa reverendissima Sarcedotes

• Fórmula de cortesía (terceira pessoa pela Autoridades, tratamento


respeitoso,
primeira) geralmente vista em documentos Vossa senhoria
correspondencia
formais comercial

Vossa santidade Papa, Dalai Lama

Tem-se o realce do pronome sujeito


com as palavras mesmo e próprio (ex: eu O pronomes possessivos “vossa” dos
mesmo não aprovei) ou com a expressão “é pronomes de tratamento devem ser substituídos
que” (ex: eu é que lhe devia desculpas) por “sua” quando o pronome de tratamento se
refere não a pessoa com que de fala (2ª) mas a
As preposições “de” e “em” contraem- pessoa de quem se fala (3ª
se com o pronome reto na terceira pessoa
“ele(s), ela(s)”, resultando nas formas: dele(s), Os pronomes oblíquos tônicos “mim, ti,
dela(s), nele(s), nela(s). Mas é preciso ter ele(a), nós, vós, eles(a)” só se usam
atenção, não há construção quando o pronome antecedidos de preposições. Se a preposição

22
)

fi
.

fl
fl
c

for “com”, dir-se-à “comigo, contigo, conosco, sua(s). Mas estes pronomes nem sempre
convosco”. Mas o emprego de “com nós” e indicam posse, eles podem
“com vós” quando os pronomes vem • Indicar afetividade (ex: não faça isso, minha
reforçados com “outros, mesmo, próprios, lha
todos, ambos” ou qualquer numeral, está • Indicar calculo aproximado (ex: deve ter
correto. Além disso, depois da preposição seus 20 anos
“entre” usam-se as formas obliquas (ex: foi um • Atribuir valor inde nido ao substantivo (ex:
duelo entre mim e a velhice) Marisa tem lá seus defeitos

As formas átonas são próprias do Quando há necessidade de realçar a


objetivo direto “o, a, os, as”, do objeto indireto ideia de posse, costuma-se usá-los com a
e complemento nominal “lhe, lhes”. Podem palavra “próprio” ou “mesmo”. Mas por vezes
empregar-se como objeto “me, te, nos, vos”. os pronomes possessivos também exprimem
O pronome obliquo pode ser átono de ideia de ironia, malícia ou sarcasmo
um in nitivo (ex: mandei-o sair / são 2 verbos:
mandei e sair)
Pronomes
O pronome de interesse é um recurso
expressivo de que se serve a pessoa que fala
demonstrativos,
para mostrar que está vivamente interessada no indefinidos, relativos
cumprimento da ordem emitida ou da
exortação feita (ex: não me faça uma coisa
e interrogativos
dessas)
O pronome átomo (me, te, lhe, nos, vos, Relembrando que pronomes são termos

lhes) tem valor possessivo quando se aplicam a que representam seres ou se referem a eles, os

parte do corpo de uma pessoa ou a objetos de pronomes demonstrativos indicam a posição

seu uso particular (ex: beijo-te as mãos) desses seres designados em relação às pessoas

Podemos empregar um só pronome do discurso, situando-os no espaço, no tempo

como complemento de vários verbos quando ou no próprio discurso. São eles: este(s),

estes admitem a mesma regência. esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s),

Os pronomes possessivos indicam aquela(s), aquilo. Podem funcionar como

posse como o próprio nome já diz, estão pronomes adjetivos e como substantivos. As

relacionados aos pronomes pessoais e podem formas invariáveis (isto, isso e aquilo) são

ser adjetivos ou substantivos. São eles “meu(s), sempre substantivo.

minha(S), teu(s), tua(s), seu(s), suas(s), Os pronomes demonstrativos

nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s), seu(s), combinam-se com as preposições “de” e “em”
23
fi
)

fi
.

fi

e contraem-se com a preposição “a”. Também sentados, estes sentados em pedras, aqueles
podem ser pronome demonstrativo os termos: o encostados ao muro…
(a, os, as), mesmo, próprio, semelhante e tal Por aproximarem ou distanciarem no
Valores gerais espaço e tempo as pessoas e coisas a que se
• Este, esta, isto: indicam proximidade da referem, esses pronomes permitem a expressão
pessoa que fala ou tempo presente em de valores afetivos, em especial os irônicos.
relação à pessoa que fal Intensi cam, com entonação e contexto
• Esse, essa, isso: proximidade da pessoa com • Surpresa, espanto (ex: ainda mais esta!
quem se fala ou o tempo passado ou futuro • Admiração, apreço (ex: aquilo é que é
com relação à época em que se coloca a coragem!
pessoa que fala • Indignação (ex: isto não ca assim!
• Aquele, aquela, aquilo: denotam o que está • Pena (ex: aquela mulher, or de poesia, era
afastado tanto da pessoa que fala como da agora aquilo
pessoa a quem se fala, um afastamento no • Ironia (ex: este cara! Esse cara! Não lhes
tempo de modo vago, ou uma época remota. digo nada!
• Sarcasmo ou desprezo (ex: isso era até uma
Função dêitica é a capacidade de vergonha
mostrar um objeto sem nomeado e caracteriza • Acentuando valor irônico ou depreciativo
essa classe de pronomes. Mas os pronomes nos neutros isto, isso e aquilo, quando
demonstrativos também podem lembrar o aplicados a pessoas (ex: aquilo é um
receptor o que já foi mencionado ou o que se desgraçado!
vai mencionar (função anáfora, quando o termo • Alto apreço por determinada pessoa (ex:
vem antes e função catafórica, quando o termo aquilo é que dava um bom deputado
vem depois) • Sentido intensivo, superlativante (ex: outro
Em referencia a dois elementos já homem não poderia existir com aquela força
citados, empregam-se “aquele, aquela, aquilo” nos braços, aquele riso na boca e aquele
para retomar o primeiro elemento citado e calor no peito
“este, esta, isto” o último elemento • As formas “esta” e “essa” xaram-se em
Pode-se ainda empregar “esse” no lugar construções elípticas (ex: ora essa! Essa é
de “este” quando tem0se uma atitude de boa!
desinteresse ou de desagrado para com algo • A forma “isto” xou-se como equivalente a
que esteja perto de nós. Por vezes também, o “com referencia a”, “no tocante a”, “com
pronome demonstrativo tem valor inde nido respeito a” (ex: isso de lhos é um
(ex: e vimos isto: homens de todas as idades, aborrecimento!
tamanhos e cores; uns de cócoras, outros
24
)

fi
)

fi
:

fi
fl
fi
fi
.

fi
.

Na utilização de “o(s), a(s)” como


pronome demonstrativos, eles serão sempre O pronome “que” com antecedente
pronomes substantivos, podendo ser usando substantivo, pode ser substituído por: o qual (oi
quando as devidas viáveis). Além disso, o relativo
• Vem determinado por uma oração ou “que” emprega-se, preferencialmente, após as
expressão adjetiva e tem signi cado de preposições “a, com, de, em e por”. As demais
“aquele(s), aquela(s), aquilo preposições, constroem-se obrigatoriamente
• No masculino equivale a isto, isso, aquil com o pronome “o qual”
“O qual” também é usado como
Os substitutos são usados da seguinte partitivo após certos inde nidos, numerais e
forma superlativos. “Qual” quando repetido
• Tal simetricamente, equivale a “um…outro”.
- Sinônimo de: este, esta, isto, esse, essa, “Quanto” tem por antecedente “tudo, todos ou
isso, aquele, aquela e aquil todas” mas estes podem ser omitidos, deixando
- Sinonimo de semelhante (ex: em tais o valor inde nido.
ocasiões Já “quem,” só se empresa com
• Mesmo e próprio são demonstrativos referencia a pessoa ou coisa personi cada.
quando tem sentido de: exato, idêntico, em Analogamente, utiliza-se “onde” apenas para
pessoa (ex: foi a própria Camila quem fez o lugares e “aonde” para verbos que indiquem
convite movimento. Uma boa dica, quando houver
• Semelhante serve como demonstrativo de dúvida, é tentar substituir por “para onde".
identidade (ex: ela recorreu as formulas “Cujo”, por sua vez, é relativo e possessivo,
usadas em semelhante conjunturas) equivalente a “do qual, de quem, de que” e
emprega-se apenas como pronome adjetivo,
Pronomes relativos referem-se a um concordando com a coisa possuída em gênero e
termo anterior, substituindo-o na segunda número
oração e conectando as sentenças. Sempre
terão a função sintática do termo que Os pronomes interrogativos (que,
representam. Podem ser quem, qual e quanto) são usados pata formular
• Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, uma pergunta direta ou indireta. “Que” e
cujo(s), cuja(s), quanta(s “quem” são invariáveis enquanto “qual”
• Invariáveis: “quem” quando equivale a “o exiona-se em número e “quanto” em gênero e
qual” e exões, “onde” quando equivale a número
“no qual” e exões. Antecedido de “a” e • Que
“de”, “onde” → “aonde” e “donde”.
25
fl
:

fl
fi
fl

fi

fi
.

fi
- Pronome substantivo quando signi ca feminino (alguma). “Nenhum”, reforçado por
“que coisa negativa, equivale ao inde nido “um”
- Pronome adjetivo quando signi ca “que “Cada” é empregado como pronome
espécie de” (referindo-se a coisas e adjetivo, quando não há substantivo, usa-se
pessoas “cada um(s), cada qual”. Pode preceder numera
• Quem é pronome substantivo e se refere cardinal ou ter valor intensivo em frases do
apenas a pessoas ou algo personi cad tipo “voce tem cada uma!”
• Qual tem valor seletivo e refere-se tanto a “Nada” signi ca “nenhuma coisa” mas
pessoas como a coisas. Usa-se como equivale a “alguma coisa” em frases
pronome adjetivo. A ideia seletiva pode ser interrogativas negativas (ex: ele não come
reforçada com o emprego da expressão nada?). Quando com adjetivo ou verbo
“qual dos” e seus similares intransitivo tem força adverbial (ex: o cavalo
• Quanto é quantitativo inde nido, refere-se a não correu nada)
coisas e pessoas e usa-se como pronome “Outro” pode empregar-se como
substantivo ou adjetiv adjetivo na acepção de “diferente”, “mudado”,
“novo”. Por m, “qualquer”, por vezes tem
Tem-se o emprego dos exclamativos denotação pejorativa, principalmente quando
dos interrogativos, denotando admiração (ex: precedido de artigo inde nido.
que vovozinha que nada! “Todo” anteposto a um elemento
nominal, tem sentido de inteiramente, em todas
Os pronomes inde nidos fazem as suas partes, muito. Já “tudo” refere-se a
referencia de forma vaga, a 3ª pessoa do coisas, mas pode ser aplicado a pessoas, só que
discurso. costuma dar sentido pejorativo.
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, Há ainda as locução pronominais
muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, inde nidas, são elas: cada um, cada qual, quem
qualquer quer que, todo aquele que, seja quem for, seja
Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, qual for, etc
outrem, nada, cada, algo
Anteposto a substantivo, “algum” tem
Verbos
valor positivo, sendo o contrario de “nenhum”.
Verbos são palavras que denotam ação,
Posposto a um substantivo, algum assume
movimento, estado ou fenômeno
valor negativo. Isso acontece em frases que já
meteorológico. Possui exões de modo
existem formas negativas (não, nem, sem).
(indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo
Pode ter ainda valor afetivo quando no
(passado, presente e futuro), numero (singular
26
fi
)

fi
.

fi
o

fi
.

fi
.

fi
fl

fi

fi
fi
o

fi
e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) e voz (ativa ou • Presente: não só representa uma ação atual,
passiva) mas dá a ideia de regularidade ou

Conjugação Terminação Exemplo


permanência. Deve-se considerar o presente
histórico (afetivo), como em “em 2020 surge
1ª ar Viajar
a pandemia do coronavirus”
2ª er Viver
• Pretérito perfeito: a ação foi concluíd
3ª ir Sorrir
• Pretérito imperfeito: uma ação anterior ao
presente, mas ainda não concluída.
OBS: os poucos verbos terminados em “or” Dependendo do contexto, pode exprimir
(ex: pôr, compor, depor etc) são considerados uma rotina do passado
da segunda conjugação porque tem origem no
• Pretérito mais que perfeito: indica um fato
latin. Ponere → poer → pôr concluído antes de outro fato também
concluído
Antes da vogal temática, temos o • Futuro do presente: a ocorrência se dá
radical dos verbos. Quando a silaba tônica está depois da fal
dentro do radical do verbo, chamamos de • Futuro do pretérito: exprime uma ação
formas rizotônicas (ex: ando). Já quando o futura em relação a outra já concluída.
acento tônico recai na terminação, chamamos Também pode exprimir dúvida, apesar de
de formas arrizotônicas (ex: andava estar no indicativo (ex: segundo os
paleontólogos, o fóssil encontrado seria um
O modo possibilita ao falante revelar herbívoro). Em sua forma composta,
sua própria atitude em relação ao fato expresso exprime fatos cuja realização, no passado,
pelo verb só teria sido possível se um outro fato
• Indicativo: atitude de certez também tivesse ocorrido (ex: ele teria ido à
• Subjuntivo: hipótese, dúvida, desej festa, se nós o tivéssemos convidado /
• Imperativo: ordem, pedido, conselho, relação condicional)
ameaça, convite. Pode aparecer na forma O modo subjuntivo possui os seguintes
negativa ou a rmativa tempos verbais
• Presente: ação no presente que é incerta (ex:
O tempo do verbo exprime se o fato tomada que ele analise a proposta
ocorreu no momento da fala, antes da fala ou • Pretérito imperfeito: exprime um verbo no
após a fala. O presente é único, mas há passado dependente de uma ação também já
diferentes formas para o pretérito e o futuro passada. Tem relação com o pretérito
No modo indicativo imperfeito ou com o futuro do pretérito do

27
.

fi
:

indicativo (ex: se hoje fosse sábado e você pesquisar isso). Esta construção só não é
estivesse aqui, iriamos ao jogo errada quando indica um processo com certa
• Futuro: a ação irá se realizar dependendo de duração que ainda vai acontecer (ex: amanhã,
outra ação futura (ex: quando eles tiverem enquanto você passeia, eu vou estar
lido, carão informados estudando o que é gerundismo)
• Particípio: exprime o resultado, verbo
O modo imperativo apresenta-se apenas concluído. Pode ser regular (terminando em
no presente e tem forma negativa e a rmativa, “ado(a)” e “ido(a)”) ou irregular (terminando
como foi dito. Ele é formado a partir do em “to” e “so”). Pode ter papel de adjetivo
presente do indicativo e do subjuntivo.
Algumas combinações podem ser feitas de Os verbos podem ser
forma a suavizar o tom de ordem, mas não • Regulares: mantem o radical em todos os
deixam de ser imperativo tempos e modos conjugado
• Irregulares: se afastam do radical durante a
Formas nominais tem papéis de verbo conjugação (ex: pedir → “eu peço”). Se
ou de nome. Apenas essas formas não diferem dos anômalos pois estes mudam de
apresentam exão de tempo e modo radical (ex: ser → “você é” / ir → “eu vou”)
• In nitivo: forma que expressa ação em si, • Defectivos: não se conjugam em todos os
sem demarcar temp modos, tempos e pessoas. Podem ser
- Pessoal: varia em número e pessoa. É conjugados de forma arrizotônica. Entre os
usado quando o sujeito é de nido, defectivos estão os verbos impessoais,
quando queremos de ni-lo, quando o o usados apenas na 3ª pessoa do singular (ex:
sujeito da segunda oração é diferente e chover, ventar
quando indicar reciprocidade • Abundantes: possuem 2 formas equivalentes
- Impessoal: quando manifesta a ação. Não no particípio, uma regular e outra irregular
é exionado e deve ser usado sem sujeito
de nido, quando uma preposição rege o OBS: particípio regular → usar na voz ativa
verbo, com sentido imperativo, quando o com verbos auxiliares “ter” e “haver”.
sujeito da segunda oração é igual e em Particípio irregular → usar na voz passiva com
locuções verbais os verbos auxiliares “ser” e “estar”
• Gerúndio: terminado em “ndo”, não sofre
exão e é um fato em desenvolvimento. Pode Os verbos impessoais nao tem sujeito e
ter função de advérbio, adjetivo. O aparecem sempre na 3ª pessoa do singular. São
gerundismo é o uso inadequado do gerúndio eles: verbos que exprimem fenômenos da
(ex: vou estar pesquisando isso → vou
28
fl
fl
fi
fi
fi
fl
)

fi
)

fi
:

fi
.

natureza, “haver” no sentido de existir e • Intransitivo: quando não necessitam de um


“fazer” quando indica tempo, certos verbos que termo regido pois já expressão ideia
dão ideia de necessidade, conveniência ou completa
sensações, quando regidos de preposição. O
verbo ser indicando tempo também é O fato expresso pelo verbo pode ser
impessoal, mas se exiona. representado como
Quanto a função, o verbo pode ser • Voz ativa: praticado pelo sujeit
principal, com signi cação plena, nuclear de - Verbo auxiliar “ser” + verbo no particípi
uma oração, ou auxiliar, desprovido total ou - Pronome passivo “se” e terceira pessoa
parcial de acepção própria, juntando-se as verbal, em concordância com o sujeit
formas nominais de um verbo principal, • Voz passiva: sofrido pelo sujeit
constituindo assim as locuções verbais. Os • Voz re exiva: praticado e sofrido pelo
verbos auxiliares mais comuns são “ser, estar, sujeito. Exprime-se juntando-se às formas
ter, haver”. “Ir” e “andar” também podem ser verbais na voz ativa os pronomes oblíquos
auxiliares de tempo que lhe servem de objeto direto (ou
Os auxiliares modais indicam desejo, raramente indireto) e representam a mesma
intenção e possibilidade. Assim, o verbo pessoa que o sujeito
principal aparece no gerúndio (ando, indo,
indo) ou no in nitivo. Já os auxiliares A voz ativa pode ser transformada em
acurativos indicam ação, continuidade e passiva. Para isso, o objeto direto passa a ser
repetição da ação verbal, acrescentando sujeito, acrescenta-se o pronome apassivador e
signi cado ao verbo principal. Neste caso, o não há agente da passiva
verbo principal também aparece no gerúndio
ou no in nitivo
A regência dos verbos é a ligação entre
Advérbios
o verbo e seu complemento. Ela pode ser feita É uma palavra invariável que se
• Diretamente (VTD): não há preposição relaciona essencialmente ao verbo para indicar
fazendo ligação com o complemento, que diferentes circunstâncias (modo, tempo,
será objeto direto intensidade, lugar, etc) relativas ao tempo
• Indiretamente (VTI): há preposição fazendo verbal. Quando modi cam toda a oração
ligação com o complemento, que é objeto devem ser isolados por virgula
indireto Os chamados advérbios de intensidade
• Direta e indiretamente (VTDI): há um e formas semanticamente correlatas podem
complemento direto e outro indiret reforçar sentido
• De um adjetiv
29
fi
fl
.

fi
.

fl
fi
:

fi
fi
.

• De um advérbi adverbial, o grupo inteiro transforma-se numa


locução propositiva.
Os advérbios podem ser Os advérbios que modi cam um
• A rmaçã adjetivo, um particípio isolado, ou um outro
• Dúvid advérbio, colocam-se de regra antes destes
• Intensidad Os advérbios que modi cam o verbo
• Luga aparecem após os mesmos se exprimirem
• Mod modo, mas devem anteceder o verbo em caso
• Negaçã de negação. Já os de tempo e lugar podem ser
• Temp colocados antes ou após o verbo
O realce do adjunto adverbial deve ser
Denomina-se advérbios interrogativos expresso antes do verbo
aos advérbios de causa, lugar, modo e tempo Quando em uma frase, dois ou mais
empregados nas interrogações diretas e advérbios terminados em “-mente” são usados
indiretas em sequencia, pode-se juntar o su xo apenas
• De causa: por que ao último deles. No entanto, se a intenção é
• De lugar: onde realçar as circunstâncias expressas pelos
• De modo: como advérbios, costuma-se omitir a conjunção “e” e
• De tempo: quando acrescentar o su xo a cada um dos advérbios
Certos advérbios, principalmente de
O relativo “onde” pode desempenhar modo, podem apresentar comparativo e
normalmente a função de adjunto adverbial (= superlativo. Assim, o grau comparativo pode
o lugar em que, no qual), é considerado por ser
alguns advérbio relativo • Superioridade: antepondo “mais” e
A locução adverbial é formada pela pospondo “que” ou “do que
associação de uma preposição e um • Igualdade: antepondo “tão” e pospondo
substantivo, um adjetivo ou um advérbio e “como” ou “quanto
funciona como advérbio. Analogamente, as • Inferioridade: antepondo “menos” e
locuções adverbiais podem ser de a rmação, pospondo “que” ou “do que
dúvida, intensidade, lugar, modo, tempo e
negação. Já o superlativo pode ser absoluto
Quando uma preposição vem antes do • Sintético: acréscimo de su xo (ex:
advérbio, não muda a natureza deste. Quando muitíssimo). Nos advérbios terminados em
ela aparece após o advérbio ou locução “mente”, essa terminação se pospõe (ex:
lentissimamente
30
fi
:

fi
?

fi
fi
fi
fi
fi
:

• Analítico: com a ajuda de um advérbio É a fusão da preposição “a” + artigo


indicador de excesso de nido “a” ou determinados pronomes
iniciados pela vogal a (aquele e similares ou a

Regência Verbal e qual e similares)


Casos obrigatórios
Nominal 1. Antes de complementos (verbais ou
nominais) que são substantivos femininos
Regência verbal é a relação que se
precedidos pelo artigo “a”. Podemos testar
estabelece entre um verbo (termo regente) e
a substituição por uma palavra masculina.
seu complemento (termo regido). Quando um
Se o “a” virar “ao”, então deve-se por
verbo é intransitivo (não precisa de
crase. Nestes casos, a preposição “a”
complemento) ou transitivo direto
também pode ser substituída por “para” e
(complemento sem preposição), diz-se que ele
você consegue ver se o artigo feminino
não é regido por preposição
continua presente na frase
As perguntas “o que” e “quem” são
2. Quando os pronomes demonstrativos
sempre feitas ao verbo e a resposta é objeto
relativos (aquele(s), aquela(s), aquilo) e os
direto pois não há preposição
pronomes relativos exercem função de
Já quando o verbo é transitivo indireto,
complemento indireto. Pode estar implícito
diz-se que uma preposição “rege” esse verbo,
(ex: não me re ro a essa, mas à da
ou seja, que a preposição é necessária para
esquerda)
ligá-lo ao seu complemento e dar signi cado
3. Com palavras femininas que acompanham
adequado ao enunciado.
verbos que indicam destino como: voltar,
Há verbos que admitem mais de uma
ir, vir, chegar, dirigir-se.
regência. Isso se dá pela variação de
4. Antes de locuções adverbiais, prepositivas
signi cado do mesmo (ex: aspirar = respirar →
e conjuntivas femininas, que expressam
verbo transitivo direto / aspirar = desejar →
ideia de tempo, lugar e modo (ex: à tarde, à
verbo transitivo indireto)
vontade, às vezes). A locução “a distancia”
É válido salientar que os adjuntos não
só recebe crase se essa distancia estiver
são complementos e sim termos modi cadores,
determinada
por isso não se deve confundi-los com a
5. Com expressões que indicam horas
regência dos verbos.
especi cas, exceto quando estas forem
acompanhadas de preposições (para, desde,
Crase após, perante, com)
6. Antes de palavras masculinas precedidas
de palavra feminina implícita, como as
31
fi
fi
fi
.

fi
.

fi
fi
locuções “à moda de”, “à central de” e “à 3. Antes da palavra “casa”, o uso exige que o
maneira de” (ex: ele comprou sapatos à termo esteja determinado com um adjunto
(moda de) Luís XV / Bife à cavalo) adnominal (ex: vou à casa dos meus pais)
7. Para evitar duplo sentido (ex: ensino à
distancia - não é presencial / ensino a
distancia - alguém que explica a distancia
Frase, oração,
entre elementos) período e tipos de
sujeito
Não se usa crase
1. Antes de palavra masculin Frase é um enunciado de sentido
2. Antes de verbo completo, a unidade mínima de comunicação.
3. Antes da maior parte dos pronome A sintaxe descreve as regras para as palavras se
4. Em expressões com palavras repetida combinarem, formando as frases. Estas
5. Antes de palavras femininas no plural se o poderão se construídas de uma só palavra ou de
“a” tiver no singular (ex: não pessoa favor várias palavras. Quando a frase contém verbo,
a pessoas de caráter duvidoso) ela também pode ser uma oração. Toda oração
é frase mas nem toda frase é oração
Casos facultativos A frase pode conter uma ou mais
1. Antes de substantivos próprios femininos orações. Contém uma só oração quando
no singula apresenta uma só forma verbal. Analogamente,
2. Antes dos pronomes possessivos femininos contém mais de uma oração quando possui
(minha, tua, nossa) e inde nido (outra). mais de uma forma verbal
Nestes casos, quando no plural, é As locuções verbais são uma sequencia
obrigatório o uso da crase de dois ou mais verbos que juntos exercem a
3. Depois da locução prepositiva “até a função morfológica de um só verbo, então é
necessário car atento. Mesmo havendo dois
Há ainda casos especí cos para o uso verbos, não há duas orações neste caso. Elas
da crase são formadas por verbos auxiliares e um verbo
1. Antes de nomes de localidades. Dica: volta principal, que são a ideia central da ação
a, volto da → crase no a O período é a frase organizada em
2. Antes da palavra terra, só se usa crase orações. Pode ser
quando o termo se referir ao planeta ou • Simples: quando só houver uma oração
uma localidade especí ca (ex: fui à terra • Composto: quando houver duas ou mais
onde nasci). No sentido de chão, não se orações
usa
32
.

fi
s

fi
:

fi
.

fi
s

O período sempre se inicia com letra • Inexistente: não há relação entre o sujeito e
maiúscula e termina por uma pausa bem o verbo porque o verbo é impessoal
de nida que pode ser ponto nal, exclamação - Verbos que denotam fenômenos da
interrogação, reticencias ou até mesmo dois naturez
pontos - Verbo “haver” no sentido de existi
Sujeito e predicado são termos - Verbos “haver, fazer e ir” quando
essenciais da oração. O sujeito é o ser sobre o indicam tempo decorrid
qual se faz uma declaração e é o elemento que - Verbo “ser” quando indica tempo em
estabelece concordância com o verbo. O gera
predicado é tudo que se declara sobre o sujeito.
É em torno desses dois elementos que as
orações são estruturadas.
Tipos de predicado
O núcleo do sujeito é a palavra com
O predicado é a parte da oração que
cara mais signi cativa em torno do sujeito.
contém o verbo e que traz informações sobre o
Pode ser expresso por qualquer palavra
sujeito, pode ser verbal, nominal ou verbo-
substantivada
nomina
O sujeito pode ser determinado
• Nominal: quando no predicado o verbo é de
(simples, composto, oculto), indeterminado ou
ligação e a informação mais importante não
inexistente
está centrada no verbo, tem-se um predicado
• Simples: possui um só núcle
nominal. Verbos de ligação expressam:
• Composto: possui mais de um núcleo - Estado permanent
• Oculto: não está materialmente expresso na - Estado transitóri
oração mas pode ser identi cado ou pela
- Mudança de estad
desinência verbal, ou pela presença do
- Continuidade de estad
sujeito em outra oração do mesmo período
- Aparência de estad
ou de período contíguo
• Verbal: quando o núcleo do predicado for o
• Indeterminado: ocorre quando o verbo não verbo, geralmente em verbos de ação, tem-
se refere a uma pessoa determinada, ou por
se um predicado verbal
se conhecer quem executa a ação, ou por
• Verbo-nominal: ocorre quando temos um
não haver interesse em seu conhecimento.
verbo signi cativo (de ação) mas o
Nestes casos, o verbo pode aparecer na 3
predicativo refere-se ao sujeito, como se
pessoa do plural, na terceira pessoa do
houvesse um verbo de ligação oculto (ex:
singular com o pronome “se” ou no
maria viajou cansada / maria viajou e estava
in nitivo impessoal (ex: era penoso estudar
cansada)
todo aquele conteúdo
33
fi
fi
l

fi
o

fi
e

fi
fi
r

É importante estar atento ao fato de que • Termos integrantes: objeto direto e indireto,
alguns verbos atuam ora como ligação, ora predicativo do sujeito, predicativo do objeto,
como signi cativos. Logo, deve-se olhar o complemento nominal e agente da passiva
contexto • Termos acessórios: adjunto adnominal,
O predicativo pode ser verbal e apost
• Substantiv
• Adjetiv O vocativo é um termo isolado
• Pronom
• Numera Os complementos verbais são os
• Oração substantiva predicativ objetos (direto e indireto). O objeto direto é o
complemento de um verbo transitivo direto,
O pronome “o” quando funciona como normalmente ligado ao verbo sem preposição e
predicativo, é demonstrativo. O predicativo indica o ser para o qual se dirige a ação verbal.
pode referir-se ao objeto. Quando se deseja dar Pode ser: substantivo, pronome (substantivo),
ênfase ao predicativo, costuma-se repeti-lo (ex: numeral, pronome pessoal, expressão
tive motivo para crer que o perverso fora-o ele substantivada, oração substantivada.
próprio). É o que se chama de predicativo Há casos particulares em que o objeto
pleonástico. direto é preposicionado pela preposição “a”
• Com verbos que exprimem sentimento

Termos integrantes • Para evitar ambiguidade


• Quando vem antecipado (ex: a medico e
da oração letrado nunca enganes
• Quando expresso por pronome pessoal
A sintaxe estuda a estrutura da frase, obliquo tônico (ex: não odeio a ti
analisando as funções que as palavras
desempenham numa oração e as relações que O objeto direto pleonástico ocorre
estabelecem entre si. A análise morfológica quando se quer chamar atenção para o objeto
estuda a palavra independente da posição que direto que precede o verbo. Costuma-se repetí-
ela ocupe na oração. Já a análise sintática lo e para isso, utiliza-se pronome pessoal
veri ca a relação estabelecida pela palavra com átono
os outros termos, ou seja, sua função. A análise O objeto indireto, por sua vez, é o
sintática está dividida em complemento de um verbo transitivo indireto,
• Termos essenciais: sujeito e predicad liga-se por preposição e pode ser: substantivo,
pronome, numeral, expressão substantivada ou
oração substantivada (objetiva indireta). É
34
fi
.

fi
o

importante salientar que não vem precedido de introduzido pela preposição “por” e algumas
preposição o objeto indireto representado pelos vezes por “de” pode ser representado por
pronomes oblíquos “me, te, lhe, nos, vos, lhes” • Substantiv
e pelo re exivo “se”. Note que o pronome • Pronom
“lhe(s)” é essencialmente objeto indireto • Numera
Analogamente, o objeto indireto • Oração substantivad
pleonástico é repetido para ser realçado. Usa-se
um pronome pessoal átomo O complemento nominal vem sempre
O predicativo do sujeito é o termo da ligado por preposição ao substantivo abstrato,
oração que atribui característica ao sujeito. ao adjetivo ou ao adverbio cujo sentido integra
Aparece majoritariamente no predicado ou limita. É um termo que completa o sentido
nominal, juntamente com um verbo de ligação. dos nomes. Pode ser
A função do predicativo pode ser • Substantiv
desempenhada por: • Pronom
• Adjetivo ou locução adjetiv • Numera
• Substantiv • Expressão substantivad
• Pronom • Oração completiva nomina
• Numera
• Oração substantiva predicativa
Termos acessórios
Tanto o objeto direto como indireto da oração
podem ser modi cados por predicativo. Assim
como do sujeito, o predicativo do objeto pode
Os termos acessórios podem ser
vir antecedido por preposição ou pelo
retirados sem alterar sua estrutura sintática.
conectivo “como”. O predicativo do objeto
Entretanto, podem ser importantes para a
aparece apenas no predicado verbo-nominal e
compreensão da mensagem transmitida. São
pode ser
termos acessórios
• Substantiv
• Adjunto adverbia
• Adjetiv • Adjunto adnomina
• Apost
O agente da passiva é o complemento
que, na voz passiva analítica, designa o ser que
pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito.
Esse complemento verbal, normalmente

35
o

fl
o

fi
l

Adjunto adnominal, Concordância verbal


complemento A concordância verbal é a relação que

nominal e precisamos estabelecer entre sujeito e verbo. É


necessário car atento às particularidades.
predicativo Quando o sujeito é constituído por expressão
partitiva (ex: parte de, uma porção de, o resto
O complemento nominal associa-se a de, metade de, etc) e um substantivo ou
nome e é sempre indicado por preposição. O pronome plural, o verbo pode ir para o singular
adjunto adnominal também está associado a ou para o plural. A expressão “menos de dois”
nome e pode ser iniciado por preposição. O leva o verbo para o plural, enquanto a
que diferencia os dois é que o complemento é expressão “mais de um” deixa o verbo no
termo integrante, seu anterior precisa ser singular
complementado porque tem transitividade. Já o
adjunto é acessório, pode ser retirado sem
prejuízo. Concordância
O adjunto adnominal modi ca Nominal
substantivo concreto ou abstrato. O
A concordância nominal diz que todos
complemento nominal só completa substantivo
os determinantes (adjetivo, numeral, pronome
abstrato, adjetivo ou advérbio. A maior dúvida
adjetivo e artigo) devem harmonizar-se quanto
então é em torno dos substantivos abstratos. Se
ao gênero e numero do substantivo
o termo for agente da ação → adjunto
Com adjetivos pospostos, deve
adnominal (ex: a leitura do aluno agradou a
concordar com o substantivo mais próximo ou
todos = adjunto adnominal / a leitura do livro
com todos eles. Neste caso, assume forma
foi boa = complemento nominal).
plural masculina se houver substantivo
Analogamente, se o termo em estudo é
feminino e masculino.
paciente (ele quem sofre) da ação, ele será
Quando o adjetivo é anteposto, ele
complemento nominal.
também deve concordar com o substantivo
A diferença entre predicativo e adjunto
mais próximo. Se os substantivos forem
adnominal se dá porque o predicativo exprime
próprios ou exprimam graus de parentesco,
característica nova, circunstancial, atribuída ao
devem car no plural.
nome, enquanto o adjunto exprime
Se o adjetivo for predicativo do sujeito,
característica xa, constante, já conhecida do
ele teve concordar com todos os elementos do
nome
sujeito. Neste caso, se o predicativo estiver

36
.

fi
.

fi
fi

fi
anteposto, pode concordar só com o núcleo entretanto, no entanto, não obstante”. As
mais próximo. alternativas são a ideia de alternância ou
Analogamente, adjetivos que são exclusão mútua “ou, ora…ora, já…já, quer…
predicativos do objeto, ele deve concordar em quer”. As conclusivas expressam uma
gênero e numero com o núcleo do objeto e ir conclusão lógica que se deu a partir da oração
para o masculino plural se houver mais de um anterior e são marcadas por “por isso, logo, por
núcleo e gêneros diferentes. tanto, pois, assim, então, por conseguinte, de
Quando houver oração com numerais modo que, em vista disso”. Finalmente, tem-se
ordinais, todos antecedidos por artigo, o as explicativas, que justi cam uma ordem,
substantivo pode car no singular ou no plural. sugestão ou suposição com “que, porque,
Se o substantivo estiver posposto e não houver pois”
artigos, deve ser pluralizado. Os artigos Para não confundir explicação com
permanecem no singular, concordando com o causa, lembre-se que a explicação é sempre
numeral posterior ao fato que a gerou e a causa é
anterior a sua consequência.

Orações No mesmo período podem ocorrer


orações coordenadas sindéticas de vários tipos.
Coordenadas Nem todas as conjunções encabeçam uma
oração, podem variar de posição.

As orações coordenadas são


sintaticamente independentes, ou seja, não Orações
exercem entre si função sintática. Quando Subordinadas
iniciadas por conjunção, são chamadas
sindéticas, já aquelas que não tem conjunção
Substantivas
são assindéticas. A classi cação destas orações
As orações subordinadas funcionam
levará em conta a relação que se estabelece
sempre como termos essenciais, integrantes ou
entre elas, podendo ser: aditivas, adversativas,
acessórios de outra oração. As orações
alternativas, conclusivas ou explicativas.
subordinadas classi cam-se em substantivas,
As orações coordenadas sindéticas
adjetivas e As orações subordinadas
aditivas tem papel de somar e geralmente são
substantivas vem normalmente introduzidas
conectadas por “e, nem, mas também, como
pela conjunção integrante “que” e as vezes por
também”. As adversativas exprimem oposição
“se” e podem ser
entre fatos e conceitos e são marcadas pelo uso
• Subjetiva: quando exercem função de
das conjunções “mas, porém, contudo, todavia,
sujeito. O verbo da oração principal ca
37
.

fi
fi
fi
fi

fi
sempre na terceira pessoa do singular. Funcionam como adjunto adverbial do
Geralmente tem-se: verbo de ligação + verbo da oração principal e vem, normalmente,
predicativo / verbo na voz passiva sintética introduzidas por uma das conjunções
ou analítica / verbos como convir, cumprir, subordinativas que expressam circunstancia. É
acontecer, importar, ocorrer, parecer, comum que aparecem antes da oração
constar, urgir na terceira pessoa do singular principal. Podem ser
• Objetiva direta: são objeto indireto. Nas • Casual: se a conjunção subordinativa é
frases interrogativas indiretas, as orações causal (ex: porque, como, pois, já que, uma
subordinadas substantivas objetivas diretas vez que, visto que). É preciso ter atenção
podem ser introduzidas pela conjunção “se” para mão confundir explicação com causa.
e por pronomes ou advérbios interrogativos. Explicação é sempre posterior ao fato que a
• Objetiva indiret gerou
• Completiva nomina • Temporal: exprimem ideia de tempo, como
• Predicativ em: quando, enquanto, assim que, mal (ex:
• Apositiv mal cheguei e recebi a noticia = assim que
• Agentes da passiva: quando desempenham cheguei, quando cheguei), sempre que, antes
função de agentes da passiva iniciam-se por que, depois que desde qu
pronomes inde nidos (quem, quantos, • Final: exprimem a intenção, a nalidade do
qualquer etc) precedidos de uma preposição que se declara (ex: a m de que, para que ou
por ou de porque quando = para que
• Proporcional: a ideia de proposcionalidade é
A conjunção integrante “que” pode ser expressa com “à medida que, à proporção
omitida em algumas situações. Após verbos que, quanto mais, quanto menos, tanto mais,
que exprimem ordem, desejo ou súplica, por tanto menos
exemplo. Num período composto é normal que • Condicional: denotam a condição através
um conjunto de orações subordinadas das conjunções “se, caso, contanto que,
substantivas crise uma unidade sintática e desde que, salvo se, exceto se, a menos que,
semântica. sem que, uma vez que
• Concessiva: a ideia de concessão está

Orações diretamente ligada a ideia de contraste,


quebra de expectativa (embora, contanto,
Subordinadas ainda que, mesmo que, se bem que, apesar

Adverbiais de que). Podem aparecer de forma


intensi cada (ex: por mais que, por melhor
que…) ou reduzida a palavra “que”
38
.

fi
a

fi
l

fi

fi
.

• Consecutiva: exprimem o efeito, a esclarecem melhor sua signi cação, como


consequência daquilo que se declara. É um aposto. Não são indispensáveis ao
caracterizada por ter termos intensivos na sentido essencial da frase. A oração
oração principal (ex: tal, tão, tamanho) e a subordinada explicativa é separa da oração
conjunção “que” fazendo a ligação. A principal por vírgula
conjunção pode estar omitid
• Comparativa: a comparação é explícita pelos
termos: como, tão…como/quanto, mais que,
Orações
menos que Subordinadas
• Conformativa: exprimem uma regra, um Reduzidas
modelo, um caminho para a execução do
que se declara (ex: conforme, consoante, São consideradas reduzidas as orações
segundo, como subordinadas que não se iniciam por conjunção
subordinativa, nem por pronome relativo, e que

Orações o verbo está em uma das suas formas nominais


(in nitivo, gerúndio ou particípio)
Subordinadas As orações subordinadas substantivas,
Adjetivas adjetivas e adverbiais podem estar
• Desenvolvidas: quando encabeçadas por
São um adjetivo em forma de oração. A nexo subordinativo e com verbo no
conexão entre a oração adjetiva e o termo da indicativo ou subjuntivo
oração principal que ela modi ca é geralmente • Reduzidas: quando não apresentam nexo
um pronome relativo. Essas orações são subordinativo e o verbo está no in nitivo,
adjuntos adnominais de um substantivo gerúndio ou particípio
antecedente.
Quanto ao sentido, as orações Orações reduzidas de in nitivo podem
subordinadas adjetivas podem ser restritivas e vir ou não regidas de preposição e classi cam-
explicativas. se em
• Restritivas: limitam a signi cação do • Substantivas: subjetivas, objetivas diretas,
substantivo, ou pronome, antecedente. São objetivas indiretas, predicativas e apositiva
indispensáveis ao sentido da frase e não são • Adjetivas: a redução mais comum é de
separados dos termos a que se referem gerúndi
• Explicativas: acrescentam ao antecedente • Adverbiais: causais, concessivas, nais,
uma qualidade acessória, ou seja, condicionais, consecutivas e temporais

39
fi
:

fi
fi
fi
fi
:

fi
.

fi
.

fi
s

Orações reduzidas de gerúndio podem refere, pode relacionar-se com outra


ser adjetivas ou adverbiais. Quando usada de coordenada, mas em sua integridade. Pode
forma adjetiva, pode gerar ambiguidade. Já no ser que ela seja principal em relação à
caso das adverbiais, como o gerúndio exprime oração seguinte.
principalmente tempo, as orações subordinadas
adverbiais na maioria dos casos serão
temporais. Entretanto, também podem ser
Pontuação
causais, concessivas e condicionais.
Os sinais de pontuação podem ser
As orações reduzidas de particípio
classi cados em dois grupos
também podem ser adjetivas ou adverbiais.
• Os que são destinados a marcar as pausas
Estas são mais comuns quando temporais, mas
- Virgul
analogamente podem ser causais, concessivas
- Pont
ou condicionais.
- Ponto e virgul
• Os que são destinados a marcar a entonação
Período Composto - Dois ponto

por Coordenação e - Ponto de interrogaçã


- Ponto de exclamaçã
Subordinação - Reticencia
- Aspa
Já sabemos que a análise sintática é a - Parênteses, colchete
parte interna da oração, composta por termos - Travessã
essenciais, integrantes e acessórios. Na análise
de um período composto, precisamos ter em A vírgula marca uma pausa de pequena

mente duração. É utilizada não só para separa

• A oração principal não exerce nenhuma elementos de uma oração, mas também orações

função sintática em outra oração do período. de um período. Quando no interior de uma

• A oração subordinada desempenha sempre oração, serve para

função analítica (sujeito, objeto direto ou • Separar os elementos que exercem a mesma
indireto, predicativo, complemento nominal, função sentaria (sujeito composto,

agente da passiva, adjunto adverbial ou complementos e adjuntos) que não vem

aposto) em outra oração, uma vez que ela é unidos por conjunção “e, ou e nem”.

termo ou parte do termo Quando estas conjunções vem repetidas

• A oração coordenada, como a principal, numa enumeração (ex: abrem-se os lírios, e

nunca é termo de outra oração nem a ela se


40
o

fi
:

jasmins, e rosas), convém separa por virgula vem reiterada (ex: e eles riem, e eles cantam, e
os elementos coordenados. eles dançam
• Para separar elementos que exercem funções
sintáticas diversas, geralmente com a • Conjunções adversativas. “Mas” emprega-se
nalidade de realçá-los sempre no começo da oração; “porém, no
- Isolar aposto (ou qualquer elemento entanto, todavia, entretanto, contudo”
apenas explicativo podem vir ora no inicio, ora após algum
- Isolar o vocativ termo. Quando no início, a circula vem antes
- Isolar elementos repetido da conjunção.
- Isolar o adjunto adverbial antecipad • Conjunções conclusivas. “Pois” vem sempre
posposto a um termo da oração a que
OBS: quando os adjuntos adverbiais são de pertence e, portanto, isolado por virgulas. As
pequeno corpo (advérbios, por exemplo), demais conjunções conclusivas podem
costuma-se dispensar a virgula. Mas, ela é encabeçar a oração ou pospor um de seus
regra quando pretende-se realçá-los termos e escrevem-se com virgula anteposta
ou entre virgulas.
• Separar, na datação de um escrito, o nome • Isolar orações intercalada
do luga • Isolar orações subordinadas adjetivas
• Para indicar supressão de uma palavra explicativa
(geralmente verbo) ou de um grupo de • Separar as orações subordinadas adverbiais,
palavras (ex: no céu azul, dois apos de principalmente quando antepostas à
nuvens → suprime-se o verbo havia / no céu principa
azul havia dois apos de nuvens • Separar as orações reduzidas de in nitivo,
gerúndio e particípio, quando equivalentes a
Já entre orações, são usadas para orações adverbiais
• Separar orações coordenadas assindética
• Separar as orações coordenadas sintéticas, Em suma, toda oração ou termo
salvo as introduzidas pela conjunção “e meramente explicativo é pronunciado entre
pausas e, por isso, isolados por vírgula na
OBS: Separam-se geralmente por virgula as escrita. Os termos essenciais e integrantes
orações coordenadas unidas pela conjunção “e” ligam-se sem pausa, logo, não podem ser
quando tem sujeito diferente (ex: o sol já ia separados por virgula. Há poucos casos em que
fraco, e a tarde era amena). Costuma-se o emprego da virgula não represente uma pausa
também separar por virgula as orações real na fala (ex: sim, senhor
introduzidas por essa conjunção quando ela
41
fi
r

fi

fi
.

fi

A virgula é proibida nos seguintes início da oração coordenada. Com o


casos alongamento da pausa, acentua-se o sentido
• Entre sujeito e predicad adversativo ou conclusivo das referidas
• Entre o verbo e o complement conjunções.
• Entre o nome e o adjunto adnomina
• Entre o nome e o complemento nomina Os dois pontos são usados para marcar,
na escrita, uma sensível suspensão de voz na
A visual só é possível nestes casos para melodia de uma frase. Enunciam
isolar um termo deslocado (ex: muitos países, • Uma citação
felizmente, estão investindo em energia limpa) • Uma enumeração explicativa
• Um esclarecimento, uma síntese ou uma
O ponto assinala a pausa máxima de consequência do que foi enunciad
um grupo fônico. Indicam o término de uma
oração declarativa mas também são Ponto de interrogação é o sinal que se
obrigatórios após abreviaturas. usa em internações diretas, ainda que a
pergunta não exija resposta. Nos casos que a
O ponto e virgula é intermediário entre pergunta envolve dúvida, o ponto de
o ponto e a vírgula, por isso, seu emprego interrogação costuma ser seguido por
depende do contexto. Ele divide longos reticencias (ex: então?…). Já nas perguntas que
períodos em partes menores e em geral, é denotam surpresa, ele é seguido por ponto de
usado quando exclamação (ex: ah, é a senhora?!). Mas ele
• Deseja-se separar num período as orações da nunca será usado em interrogações indiretas
mesma natureza que tenham certa extensão (ex: diga-me quem chegou)
(ex: não sabe mostrar-se magoada; é toda O ponto de exclamação pode exprimir
perdão e carinho espanto, alegria, entusiasmo, cólera, dor,
• Deseja-se separar as partes de um período, súplica etc. Logo, o leitor interpretará o
das quais uma pelo menos esteja subdivida contexto. Normalmente é empregue
por vírgula (ex: chamo-me Inácio; ele, • Depois de interjeições ou termos
Benedito equivalentes, como vocativos intensivos e
• Deseja-se separar os diversos itens de apóstrofe
enunciados enumerativo • Depois de um imperativ
• Substitui a virgula antes de conjunções
adversativas (ex: mas, porem, todavia, As reticencias marcam uma interrupção
continuo, no entanto…) e das conclusivas da frase, suspendendo a sua melodia.
(logo, portanto, por isso…) colocadas no Empregam-se em casos variados
42
:

• Para indicar que o narrador ou a personagem As aspas empregam-se principalmente


interrompe uma ideia que começou a • No inicio e no m de uma citação para
exprimir, e passa a considerações acessórias distingui-la do resto do context
• Para marcar suspensões provocadas por • Para fazer sobressair termos ou expressões,
hesitação, surpresa, dúvida ou timidez de geralmente não peculiares à linguagem
quem fal normal de quem escreve ou de origem
• Para assinalar certas in exões de natureza estrangeir
emocional (ex: Há tempos que eu não • Para acentuar o valor signi cativo de uma
chorava!… Pois me vieram lágrimas… palavra ou expressã
• Para indicar que a ideia que se pretende • Para realçar ironicamente uma palavra ou
exprimir não se completa com o término expressã
gramatical da frase e que se deve ser suprida • Para indicar mudança de interlocutor nos
com a imaginação do leitor diálogos
• Para reproduzir, nos diálogos, o corte da • Falar o título de uma obr
frase de um personagem pela interferência
da sala de outro (ex: o senhor ia dizer Os parênteses são utilizados para
que… intercalar num texto qualquer indicação
• Para realçar uma expressão (ex: e as acessória, como
pedras… essas… pisa-as toda a gente! • Explicação dada ou circunstancia
mencionada incidentement
As reticencias não sinalizam • Re exão, um comentário à margem do que
necessariamente o nal de um período e, por se a rm
isso, não precisam ser seguidos por letra • Uma nota emocional, expressa geralmente
maiúscula. Podem ser combinados a outros em forma exclamativa ou interrogativ
sinais e formam
• Sinal pausa, quando unem-se a virgulas ou Entre as explicações que costumam ser
ponto e vírgul escrita entre parênteses, incluem-se
• Sinal melódico, quando usem-se a pontos de • Referencias a datas, indicações
interrogação, exclamação ou os dois bibliográ cas et
conjugado • Citação textual de uma palavra ou frase
traduzida
É preciso se atentar para não confundir • Indicações cênica
reticencias com três pontos. Estes indicam que
foram suprimidas palavras em uma citação Os colchetes são uma variedade de
parênteses mas seu uso estão restritos
43
fl
fi
)

fi

fi
o

fi
fl
a

fi
o

• Quando, numa transcrição de texto alheio, o • Palavras negativas: não, nada, jamais, nem
autor intercala observações próprias et
• Quando se quer isolar uma construção • Advérbios: aqui, lá, talvez, sempre,
internamente já separada por parêntese rapidamente, muito, já etc. Apenas quando
• Quando se deseja incluir, numa referencia não está isolado por virgula
bibliográ ca, indicação que não conste da • Pronomes relativos: que, quem, qual, onde
obra citada et
• Pronomes inde nidos: alguém, tudo, outros,
O travessão é utilizado muitos, alguns et
• Para indicar mudança de interlocutor nos • Pronomes demonstrativos: este, aquela,
diálogo aquilo, isto et
• Para isolar, num contexto, palavras ou frase • Conjunções subordinativas: que, quando se,
porque, embora etc
Os parênteses angulares “< >” são
usados para indicar grafemos ou fonemas A próclise é opcional se o verbo não
iniciar a oração e não houver fator atrativo,

Colocação como os enunciados acima. Também são


opcionais os casos em que há preposição (de,
pronominal com, e, para etc), ou palavra negativa, e o
verbo está no in nitivo (ex: desejaria nunca me
Em relação aos verbos, os pronomes lembrar do que aconteceu / desejaria nunca
átonos podem estar lembrar-me do que aconteceu)
• Euclítico: depois del Quando o verbo está no futuro do
• Proclítico: antes del presente ou do pretérito, pode-se usar próclise
• Mesoclítico: no meio dele, fato que só ou mesóclise. Se o verbo, no futuro, não iniciar
ocorre no futuro do presente ou do pretérito a oração, é valido empregar tanto a mesóclise
(ex: calar-me-ei quanto a pirólise, exceto se houver fator de
próclise, quando a mesma é obrigatória. Na
Quando tem função de objeto direto, a variedade padrão, NUNCA ocorre ênclise no
posição normal destes pronomes é a ênclise. futuro. Quando o verbo iniciar a frase, deve-se
Não se inicia período com pronome usar mesóclise ou adaptar para que seja
átono e eles também não são aceitos após possível a próclise (ex: enviar-te-ei os
qualquer sinal de pontuação documentos / eu te enviarei os documentos)
A próclise é obrigatória quando A próclise é preferida quando

44
c

fi
.

fi
)

fi
c

• Houver ideia de negação e entre o termo inde nido (tudo, todo, alguém, outro,
negativo e o verbo não houver pausa qualquer etc
• Nas orações iniciadas com pronomes e • Há orações alternativas (ex: ou as faz ou as
advérbios interrogativo faço eu
• Nas oração iniciadas por palavras
exclamativas, bem como orações que Sempre que houver pausa entre um
exprimem desejo (ex: que deus o abençoe! elemento capaz de provocar a próclise e o
• Nas orações subordinadas desenvolvidas, verbo, pode ocorrer ênclise (ex: pouco depois,
ainda que com conjunção ocult detiveram-se de novo)
• Com gerúndio regido pela preposição em O posicionamento mais comum do
(ex: Em se tratando de contar vantagens, ele pronome oblíquo é entre o verbo auxiliar e o
é o campeão principal. Nas locuções verbais em que o verbo
principal está no in nitivo ou no gerúndio pode
Não se dá ênclise nem próclise com os dar-se
particípios. Quando o particípio vem • Sempre a ênclise ao in nitivo ou ao
desacompanhado de auxiliar, usa-se sempre a gerúndio
forma oblíqua regida de preposição (ex: dada a • Mesóclise no auxiliar (por estar no futuro)
mim a explicação, saiu ou ênclise no principal
Com in nitivos soltos, mesmo quando • Próclise no verbo auxiliar quando as
modi cados por negação, é permitida a condições exigidas para a anteposição
próclise ou a ênclise (ex: para não tá-lo, pronominal ocorrer
deixei cair os olhos - Locação verbal precedida de negativa
A ênclise é de rigor quando o pronome sem paus
tem a forma “o” (principalmente no feminino - Orações iniciadas por pronomes ou
“a”) e o in nitivo vem regido pela preposição advérbios interrogativo
“a” (ex: logo os outros começaram a imitá-la) - Orações iniciadas por palavras
Há tendencia também para a próclise exclamativas, bem como as que
quando exprimem desej
• Verbo vem antecedido de certos advérbios - Orações subordinadas desenvolvidas,
(bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez etc mesmo com conjunção ocult
• A oração, disposta em ordem inversa, se • Ênclise no verbo auxiliar quando não são
inicia por objeto direto ou predicativ veri cadas as condições que aconselham
• O sujeito da oração, anteposto ao verbo, próclis
contém numeral ambos ou algum pronome

45
fi
fi
fi
:

fi
)

fi
o

fi
:

fi
a

fi
)

Quando o verbo está no particípio, o preposições acidentais “salvo, exceto e


pronome átono não pode vir depois dele. Deve senão” (ex: temos que estudar para as
haver próclise ou ênclise ao verbo auxiliar. provas
Quando há ênclise no auxiliar o hífen é • Advérbio de modo: substitui “como” (ex:
facultativo que cama mal arrumada era aquela / como
aquela cama era mal arrumada

Funções do “que”, “se” • Advérbio de intensidade: intensi ca o termo


ao qual se refere (ex: que inocente fui em
e “porquês” acreditar nas suas juras!
• Partícula expletiva ou de realce: não tem
Começando pela palavra “que”, esta função na oração, serve apenas para realçar
pode exercer diferentes funções no enunciado, um termo (ex: há muito tempo que não vou
como à minha cidade natal
• Substantivo: vem acompanhada do artigo • Partícula interativa: o “que” é repetido para
inde nido “um” e pede a preposição “de”. dar ênfase ou realce (ex: que saudades que
Além disso, deve estar acentuado (ex: essa eu tenho dos nossos momentos juntos
menina tem um um quê de chique • Interjeição: sempre acentuado (ex: QUÊ!
• Pronome adjetivo: o “que” poderá ser Não acredito que vai custar tudo isso!
interrogativo, exclamativo ou inde nido (ex: • Conjunção coordenativa
que maravilha! / que horas são? - Aditiva (ex: mexe que mexe e não
• Pronome relativo: recupera termos citados encontra nada
antes dele, fazendo-lhes referência - Alternativa (ex: que aceitem ou que não
• Pronome interrogativo: inicia uma aceitem, eu vou falar assim mesmo
internação direta ou indireta e pode ter - Adversativa (ex: pode falar a vontade que
função de um dos termos da oração (ex: não vai fazer efeito
queremos entender o que você quis dizer - Explicativa (ex: escutem, que é muito
com isso / núcleo do objetivo direto do importante
verbo entender • Conjunção subordinativa
• Pronome inde nido: aparece em unidades - Integrante: aparece no inicio de uma
exclamativas com a função de adjunto oração subordinada substantiva e não tem
adnominal (ex: que noticia maravilhosa voce função sintática (ex: falou que não iria
acaba de me dar - Comparativa: inicia uma oração
• Preposição: típico da coloquialidade, o subordinada adverbial comparativa (ex:
“que” é usado para substituir o “de” após o viajar de avião é mais prazeroso que de
verbo “ter”. Também pode ter valor das carro
46
fi
)

fi
)

fi
)

fi
)

- Casual: inicia uma oração subordinada função de objeto direto, indireto ou


adverbial causal (ex: ele nunca me visita, sujeito de um in nitivo, assumindo o
que o trabalho o impede de viajar sentido de “a si mesmo” (ex: ela
- Concessiva: exprime exceção a regra (ex: machucou-se com o canivete do pai
relevante que seja essa informação, não - Partícula de realce:liga verbos
me interessa intransitivos, indicando uma ação
- Consecutiva: expressa uma consequência proferida pelo sujeito. Acompanha verbos
do que foi a rmado (ex: é tão pequeno de movimento que exprimem ações do
que não alcança a geladeira corpo da própria pessoa (ex: foi-se o
- Final: liga a oração principal à tempo que não haviam preocupações)
subordinada adverbial nal (ex: vamos
torcer que a economia melhore O uso e a gra a dos porquês depende
do sentido que queremos dar à frase. A forma
Analogamente, a palavra “se” também “por que” equivale a “pelo qual, pelos quais (e
pode ser classi cado como semelhantes), por qual razão, por qual motivo
• Substantivo: quando antecedido de ou motivo pelo qual”. Há contextos que
determinante, como artigo, pronome etc, ou admitem também o “para que”
especi car outro substantiv Quando separado e com acento, o “por
• Pronome: oblíqu quê” indica por qual razão ou motivo e é usado
- Pronome apassivador ou partícula no m das frases. Este também é utilizado
apassivadora: relaciona-se a verbos quando ocorre omissão do verbo usado da
transitivos diretos ou indiretos, na voz oração anterior (ex: muitos cachorros
sintétic morreram no bairro. Descobrir por quê é a
- Índice de indeterminação do sujeito: não nossa prioridade)
possui função sintática e acompanha O “porque” é uma conjunção causal ou
verbos que não admitem voz passiva (ex: explicativa e tem o mesmo valor de “pois, já
aspira-se uma vida melhor que, visto que, uma vez que ou em razão de”.
- Parte integrante do verbo: há verbos que Pode ser usado também como termo de realce
necessariamente trazem para junto de si (ex: a história fará justiça. Porque, não
pronome oblíquo, denotando quase duvidem: a verdade é sempre soberana)
sempre sentimentos e atitudes próprias do Já quando escrito junto e acentuado,
sujeito (ex: queixar-se, arrepender-se, “porquê” é um substantivo usado como
vangloriar-se, submete-se… sinônimo de razão ou motivo e admitindo
- Pronome re exivo: dependendo da plural (ex: eu procuro um porquê para a minha
predicação, o pronome “se” pode exercer existência)
47
fi
fi
a

fi
fl
fi
o

fi
fi
fi
)

Variação linguística isto é, a ocasião determina o modo como


falaremos com o interlocutor, podendo ser
formal ou informal.
Linguagem é um sistema de sinais que
• Variação histórica ou diatônica: resulta da
serve de meio de comunicação entre os
passagem de tempo, já que a lingua está em
indivíduos
constante modi cação. Também está
Lingua é um sistema gramatical
associada a processos históricos, como a
pertencente a um grupo de indivíduos e é o
in uencia norte-americana no brasil, por
meio pelo qual se manifesta a expressão da
exemplo, ou a diferença etária. Há palavras
consciência de uma coletividade. Vive em
que caem em desuso e outras que surgem
evolução porque a sociedade evolui
nesse process
Discurso é o ato de utilização
• Variação diamésica: ocorre entre a fala e a
individual e concreto da lingua no quadro do
escrita ou entre os gêneros textuais, ou seja,
processo complexo da linguagem. A linguagem
suportes de transmissão de uma informação
mais comum é a falada, que se concretiza
que contenham características quase
através do discurso.
regulares. A distinção entre fala e escrita não
As variações linguisticas são
é estática, considerando-se que se pode
reinvenções de escrita e fala que envolvem
construir um texto escrito marcado por
aspectos históricos, sociais, culturais e
expressões orais. O elemento distintivo é a
geográ cos, por exemplo. Elas são elementos
instantaneidade ou não da formulação.
formadores de identidades e capazes de manter
estruturas de poder
O uso da linguagem padrão e informal
• Variação regional ou diatópica: falares
depende da situação em que nos encontramos.
locais, regionais ou intercontinentais. Ocorre
A língua padrão é feita a partir de regras
em razão de diferenças geográ cas entre os
gramaticais que norteiam seu uso, de modo que
falantes
os falantes de uma mesma lingua, apesar das
• Variação sociocultural ou diastrática:
variações existentes, consigam entender-se por
decorre de diferenças de escala social, sendo
um padrão comum a todos. Essa linguagem
exemplos as gírias, que são expressões
formal é utilizada principalmente em
culturais de determinado grupo social ou os
ambientes de trabalho e acadêmicos
jargões, que compõe o linguajar de um
Em ambientes informais, no entanto,
grupo especí co, podendo ser pro ssional,
pede-se o uso de expressões coloquiais, pois há
cultural ou social.
liberdade na maneira de falar. Esta é a
• Variação estilística, situacional ou diafásica:
linguagem informal, que admite o uso de
se dá em razão do contexto comunicativo,

48
fl
fi
.

fi
o

fi
.

fi
.

fi

gírias, frases feitas, interjeições, desvios de gêneros literários o lírico, o narrativo e o


gramaticas etc. dramático
O preconceito linguistico é relacionado • Lírico: escrito em verso, expressa emoções e
com as variações existentes, julgando-as como sentimentos, tem caráter subjetivo, usa
superiores ou inferiores a partir de um sistema guras de linguagem, rimas, palavras com
de valores que a rma que determinadas sentido conotativo, musicalidade. Os temas
variações são “mais corretas” do que outras. são amor e natureza. O eu lírico é ctício,
Assim, gera-se um juízo de valor negativo uma criação do poeta e faz papel de narrador
àqueles que falam “diferente”. Entretanto, não do poema, ele é a voz da poesia. Poesia é a
há uma única maneira de expressar-se e, linguagem, poema é o formato
consequentemente, uma correta. A língua e sua - São tipos de poema
expressão variam de acordo com uma série de A. Soneto: duas estrofes com quatro
fatores e sua principal função é o de expressar, versos e duas estrofes com três
ser compreendida e adequada as expectativas verso
no ato da fala. B. Balada: três estrofes de oito versos e
uma de quatro verso
C. Randó: estrofes de quatro versos ou
Tipologia e gênero estrofes de quatro e oito versos

textual combinada
D. Heical: poema japonês de três versos,
sendo que o primeiro e o terceiros
Os gêneros textuais são categorias de
tem 5 sílabas poéticas e o segundo 7
qualquer tipo de texto. A tipologia textual é
E. Ode: poema entusiástico, “canto”.
classi cada de acordo com a estrutura e
Geralmente, estrofes de quatro
nalidade de um texto. Assim, leva-se em
versos e sua temática é ligada à
conta as características linguísticas como
natureza.
tempo verbal, escolha de vocabulário, relações
F. Hino: glori cação da pátria ou
de lógica, construções orais etc.
louvor à entidades religiosas. A
Gêneros literários correspondem às
estrutura assemelha-se à Ode
categorias das quais fazem parte somente os
G. É c l o g a : d i á l o g o e n t r e t e m a s
textos literários, como contos, poemas,
bucólicos e pastoris
romance, crônicas etc. A divisão dos gêneros
H. Idílio: curto e de caráter bucólico,
leva em conta fundamentos formais e comuns
pastoril. Difere-se da écloga por não
às obras literárias e é feita através da estrutura,
apresentar diálog
contexto, semântica entre outros. São exemplos
I. Elegia: tristeza e mort
49
fi
fi
s

fi

fi

fi
e

fi
J. Sátira: censura os defeitos humanos, assim, tem: introdução, desenvolvimento
evidenciando o ridículo de uma e conclusão. Comum em provas,
situaçã editoriais, cartas de opinião, ensaios e
K. Vilancete: uma estrofe de quatro artigos cientí cos.
versos, ou estrofes de quatro versos - Expositivo: expõe uma informação por
combinados com oito versos. meio da explanação, conceitualização,
L. Epitalamio: homenagem às núpcias comparação etc. Não tem nalidade de
de alguém. persuadir o leitor. São exemplos as
• Narrativo: escrito quase sempre em prova e palestras, seminários, entrevistas,
também conhecido por épico, este gênero verbetes de dicionários e enciclopédias.
conta com um narrador que fala sobre um • Narrativo: conta uma sequencia de fatos
evento e narra acontecimentos reais ou baseados no ponto de vista do narrador,
imaginários. Há uma sequência de fatos em pode ser fábula, crônica, romance, novela
que os personagens atuam em um etc.
determinado espaço e tempo - Narrador
• Drama: escrito para ser encenado de forma A. Narrador personagem: história
que se divida em atos e cenas. A história é contada em primeira pessoa, ele
contada por meo de fala das personagens e participa do enredo
encenação é favorecida com uso de B. Narrador Observador: a história é
subterfúgios cênicos. Pode ser contada em terceira pessoa porque o
- Aut narrador está do lado de fora, sem
- Comédi participar das ações. Há certa
- Tragédi neutralidade
- Tragicomédi C. Narrador Onisciente: apensar de
- Fars narrar em terceira pessoa, permite as
vezes intromissões, narrando em
Os tipos textuais são xos, mas primeira pessoa. Ele conhece tudo
abrangentes. São a base dos gêneros textuais sobre os personagens, inclusive
• Dissertativ emoções e pensamentos, sendo capaz
- Argumentativo: possui como nalidade de revelá-los, em primeira pessoa,
defender uma ideia. Visa persuadir o com discurso interesso livre
leitor a concordar com a construção do - Enredo: apresenta o desenvolvimento da
pensamento e com os argumentos história com surgimento de personagens e
propostos. A principal característica é o existência de con itos. Pode ser linear,
desenvolvimento e defesa de uma tese, não linear, psicológico ou cronológico. É
50

fi

fl
.

fi

fi
fi

composto por: introdução → - Dissertativa: apresenta explicitamente a


desenvolvimento → clímax → desfech opinião do autor sobre algo cotidiano,
- Personagens: compõe a história, podendo sendo escrita na primeira pessoa do
ser principais ou secundário singular ou terceira do plural.
- Tempo: pode ser cronológico, quando - Narrativa-descritiva: intercala os dois
segue a ordem dos acontecimentos, ou per s no decorrer do texto, com
psicológico, quando a ação já ocorreu e o acontecimentos retratados em uma
narrador apenas lembra os fatos, sequencia temporal
característico por tanto do narrador - Humoristica: utiliza ironia, humor e
onisciente ou personagem sarcasmo para tratar de assuntos que
- Espaço: lugar onde se passa a história. impactam a sociedade, como política e
- Discurso: pode ser direto, quando a economia.
própria personagem fala, indireto, quando - Lírica: linguagem poética e metafórica
o narrador interfere na fala do que exprimem emoções como saudade e
personagem, ou indireto livre, quando há paixão
proximidade entre narrador e personagem - Poética: versos poéticos em forma de
sem que haja separação na fala de ambos crônic
- Histórica: baseada em fatos reais e de
São textos narrativos linguagem leve e coloquiai

• Romance: narrativa longa, escrita em prosa, - Crônica-ensaio: crítica à instituições de


centrado em um personagem principal e poder e relações sociais por meio de
outros secundário ironia e sarcasm

• Conto: é marcado plea concisão, poucos - Crônica losó ca: re exão sobre fato ou
personagens, espaço e tempo restritos e um event
con ito único que apresenta apenas um - Jornalista: apresenta notícia ou fatos
clímax misturando narrativa e argumentativa

• Cronica: retrata o cotidiano, pode ser para apresentar uma re exão nal
- Descritiva: expõe mais detalhadamente • Descritivo: ricos em detalhes sobre o tema,
os locais e personagens que aparecem; usam uma grande quantidade de adjetivos.
- Narrativa: feita em primeira ou terceira Em geral, apresentam-se em: diários, relatos
pessoa e não admitindo longos trechos de viagem, biogra as, anúncios de
re exivos ou argumentativos, sua classi cados, listas, cardápios, notícias,
principal característica é a presença de currículos, etc. Mas di cilmente voce verá
humor, ação ou crítica um texto exclusivamente descritivo

51
fl
fl
fi
o

fi
a

fi

fi
o

fl
.

fl
fi
fi
.

fi

• Injuntivo: orientam ações e funcionam como indagar, responder. Na falta dos mesmos, cabe
ordens, por isso, sua principal característica aos recursos grá cos como dois pontos, aspas e
é o uso do imperativo. São exemplo as travessão, indicar a fala do personagem
propagandas, manuais de instrução, bula de O discurso indireto, por sua vez,
medicaments, receitas culinárias, livro de preocupa-se em passar ao leitor apenas o
regras etc conteúdo da mensagem, sem respeito à forma
• Prescritos: instruções que devem ser linguistica que teria sido de fato empregada.
seguidos a risca, são inquestionáveis, como Embora também contem com os verbos
clausulas de contrato, regras gramaticais, declarativos, estes aparecem em uma oração
editais de concurso, código penal subordinada substantiva, em geral
desenvolvida
Generos textuais surgem a partir da A transposição do direto para o indireto
função especí ca de cada forma de merece atenção. Ao passar-se de um tipo de
comunicação, possuindo padrão comum ao relato ao outro, certos elementos do enunciado
qual outros textos, que cumprem a mesma se modi cam, por acomodação ao novo molde
função, devem se adequar. São subcategorias sintático. As principais transformações são
dos tipos textuais e seus elementos são Discurso direto Discurso indireto
• Tema: conteúdo com base na ideologia de Enunciado em 1ª ou 2ª
Enunciado em 3ª pessoa
quem escrev pessoa

• Forma composicional: escolhas do autor Verbo enunciado no Verbo enunciado no


presente preterito imperfeito
para vocabulário e estrutura de registr
Verbo no pretérito Verbo enunciado no
• Estilo: forma como o genero é escrito, perfeito pretérito mais que perfeito
também sendo importante o vocabulário e Verbo no futuro do Verbo no futuro do
estrutura textual, de forma a cumprir a presente pretérito

interação social. Verbo no imperativo Verbo no subjuntivo

Enunciado subordinado,
Enunciado justaposto geralmente introduzido

Tipos de discurso pela integrante “que”

Enunciado interrogativo Enunciado interrogativo


direto indireto

Discurso direto é marcado pela Pronomes este, esta, isto, Pronomes aquele, aquela,
esse, essa, isso aquilo
reprodução exata das falas dos personagens.
Advérbio de lugar “aqui” Advérbio de lugar “ali”
Estes, por sua vez, são chamados para
apresentar suas próprias palavras. Uma marca
deste discurso é a presença de palavras como O discurso indireto livre concilia o

dizer, a rmar, ponderar, sugerir, perguntar, direto e o indireto. Há uma aproximação entre
52
fi
fi
.

fi

fi

o narrador e o personagem, dando-nos a mensagem, garantindo o contato entre


impressão de que passam a falar em uníssono. emissor e recepto
Dentre suas características são a absoluta • Mensagem: objeto da comunicação,
liberdade sintática do escritor e sua completa conteúdo das informações transmitida
adesão à vida do personagem. Evita-se o • Referente: contexto ao qual a mensagem se
acumulo de “quês”, característico do discurso refere.
indireto; bem como o corte de aposições
dialogadas, do discurso direto. O discurso Dentre as funções de linguagem, a
indireto livre apresenta uma narrativa mais referencial ou denotativo é uma das mais
uente, de ritmo e tom mais artisticamente utilizadas no cotidiano. Tem caráter
elaborados. O elo psiquico que se estabelece informativo, sendo marcada pelo emprego da
entre narrador e personagem torna-o preferido ordem direta nas frases e do discurso em
dos escritores memorialistas em páginas de terceira pessoa. A mensagem é clara e objetiva,
monólogo interior. não permitindo interpretações. Por isso, é
predominante em textos cientí cos,

Funções de jornalísticos, informativos e correspondências


comerciais.
linguagem A função conativa, ou apelativa, tem
ênfase no destinatário, para persuadi-lo. Há uso
A linguagem, falada e escrita, varia em do discurso em segunda ou terceira pessoa e é
função de suas nalidades. Os estudiosos apresentada em discursos políticos,
apontam a existência de pelo menos 6 funções publicidades e propagandas (podendo utilizar
de linguagem, ligadas a elementos da ambiguidades), livros de autoajuda, horóscopo
comunicação: emotiva, conativa, e receitas culinárias. Utiliza vocativo, verbos
metalinguística, tática, poética e referencial. no imperativo e pontos de exclamação.
A comunicação pode ser verbal (escrita, A função emotiva ou expressiva é
falada) ou não verbal. Ela se manifesta a partir centrada nos sentimentos, logo, é focada na
de elementos pessoa que diz. Por essa razão, há muita
• Emissor: quem emite a mensage subjetividade, deve-se atentar a voz, ao olhar e
• Receptor: a quem se destina a mensage ponto de vista do sujeito nos acontecimentos.
• Código: maneira pela qual a mensagem se O discurso é feito na primeira pessoa do
organiz singular e usamos esta para expressar nossos
• Canal de comunicação: meio físico ou pensamentos e emoções.
virtual, que assegura a circulação da A função metalinguística é identi cada
quando a mensagem utiliza o próprio código
53
fl

fi

fi
fi

A função poética ou estética relacionadas com os signi cados das palavras


caracteriza-se pela preocupação com a forma ou expressões
do discurso. O objeto exaltado é a palavra, que • Denotação: emprego do sentido real, literal
deve ser trabalhada e comunicada para atrair o das palavras
leitor, assim, tem-se • Conotação: emprego do sentido subjetivo,
• Palavras com função estétic gurado de palavras
• Utilização de sentido gurado ou conotativ
• Textos bem elaborado Dependendo da sua função, as guras
• Figuras de linguagem como metáfor de linguagem são classi cadas como
• Subjetividad • Figuras de sintaxe ou construção: interferem
• Surpres na estrutura gramatical da frase (alípse,
zeugma, hipérbato, polissíndeto, anacoluto,
Para diferenciar a função emotiva e pleonasmo, silepse e anáfora
poética é valido lembrar que nesta o importante • Figuras de palavras ou semântica: estão
é a mensagem, enquanto a emotiva busca associadas ao signi cado das palavras
emocionar ao mesmo tempo que se preocupa (metáfora, comparação, metonímia,
com o emissor catacrese, sinestesia e perífrase
• Figuras de pensamento: combinam ideias e
A função fática é chamada também de pensamentos (hipérbole, eufemismo, pinote,
função de contato por enfatizar o veículo de ironia, personi cação, paradoxo, gradação e
comunicação a m de manter a comunicação. apóstrofe
Assim, o emissor busca estratégicas para • Figuras de som ou harmonia: sonoridade da
perpetuar a interação com o receptor. Há palavra (aliteração, paronomásia,
presente de cumprimento, despedida e assonância, onomatopéia
vocativos, chamando a atenção do receptor
Nem sempre as palavras se organizam

Figuras de em absoluta coesão gramatical. As vezes, a


coesão é signi cativa, condicionada pelo
linguagem contexto. Os processos expressivos que
provocam essas particularidades são guras de
sintaxe, como
As guras de linguagem são recursos
usados para dar ênfase à comunicação e torná- • Elipse: omissão de um termo que o contexto
permite suprir, sendo responsável por casos
la mais bonita. Para isso, é preciso diferenciar
de derivação imprópria, no qual o termo
as manifestações da linguagem que estão

54
fi
a

fi
.

fi
fi
fi
:

fi
s

fi
fi
)

fi
a

fi
fi
.

expresso absorve o conteúdo signi cativo do • Anástrofe: tipo de inversão que consiste na
omitido, como em “a (cidade) capital” anteposição do determinante, preposição +
• Zeugma: é uma forma de elipse. Consiste substantivo, ao determinado
em fazer um termo expresso em apenas um • Prolepse: é a antecipação, consiste na
enunciado, participar de dois ou mais (ex: na deslocação de um termo de uma oração para
vida dela houve só mudança de outra que a preceda, com o qual adquire
personagens; na dele, mudança de excepcional realce.
personagens e de cenários). Denomina-se • Sínquise: inversão de tal modo violenta das
simples o zeugma em que o termo omitido é palavras e uma frase, que torna difícil a sua
exatamente igual ao anteriormente interpretação
empregado. Ela também pode ser complexa, • Assíndeto: orações ou palavras se sucedem
quando subentende-se um termo já expresso, sem conjunção coordenativa
mas sob outra exão. • Polissíndeto: emprego reiterado de
• Pleonasmo: superabundância de palavras conjunções coordenativas, especialmente
para enunciar uma ideia. Quando nada das aditivas
acrescenta à força da expressão, sendo • Anacoluto: mudança de construção sintática
resultado da ignorância do sentido exato dos no meio de um enunciado, geralmente
termos, uma falta grosseira, é chamado de depois de pausa sensível.
pleonasmo vicioso. O pleonasmo de • Silepse: a concordância não se faz com a
natureza é aquele com adjetivo como epíteto forma gramatical, pode ser de número,
de natureza (ex: céu azul, mar salgado). gênero, pesso
Quanto ao objeto do pleonasmo, para realçá- • Anáfora: repetição de termo ou expressão no
lo, costuma-se colocá-lo no início da frase e início de uma sentença, é muito comum em
repetí-lo com a forma pronominal o, a, os, música ou poemas mas pode ocorrer
as. O pronome lhe pode reiterar o objeto também em textos publicitários pois a
indireto, bem como os pronomes átonos repetição chama atenção
• Hipérbole: separação de palavras que
pertencem ao mesmo sintagma, pela Anáfora e catapora podem ser
intercalação de um membro frasico. É um diferenciadas pela primeira referir-se a um
termo genérico que designa a inversão de elemento de coesão textual, retomando este
ordem normal das palavras na oração, por elemento via outra expressão para não haver
nalidade expressiva (ex: essas que ao vento repetição. Na catáfora, por outro lado, ocorre a
vem, belas chuvas de junho! antecipação de um elemento posterior, que
ainda será explicado

55
fi
.

fl

fi
.

Nas guras de semantica, tem-se • Antítese: uso de termos de sentidos oposto


• Metáfora: comparação de palavras com • Paradoxo: representa o uso de ideias de
signi cado diferentes cujo termo sentidos opostos, não apenas de termos e
comparativo ca subentendid essas ideias opostas causas contradição ao
• Comparação: feita de forma explícita, possui aparecerem junta
conectivos de comparaçã • Gradação: apresentação de ideias que
• Metonímia: transposição de signi cado, progridem de forma crescente ou
podendo ser: da parte pelo todo, causa pelo decrescent
efeito, autor pela obra, inventor pelo • Apóstrofe: interpelação feita com ênfas
invento, marca pelo produto, matéria pelo
objeto, singular pelo plural, concreto pelo As guras de com podem ser
abstrato, continente pelo conteúdo, gênero • Aliteração: repetição de sons consonantais
pela espéci • Paranomália: repetição de palavras cujos
• Catacrese: emprego impróprio de uma sons são parecido
palavra por não existir outra mais especí c • Assonância: repetição de sons vocálico
• Sinestesia: associação de sensações por • Onomatopéia: palavras que imitam sons
órgãos de sentidos diferentes, há uma
mistura de impressões sensoriais.
• Perífrase: ou antonomásia, é a substituição
Polissemia e
de uma ou mais palavras por outra que a ambiguidade
identi que

A polissemia e a ambiguidade tem


Quando consideradas as guras de
grande impacto na interpretação. Quando há
pensamento, tem-se
mais de uma interpretação possível, dizemos
• Hipérbole: exagero intencional a expressã
que o enunciado está ambíguo. Isso pode
• Eufemismo: suavização de discurs ocorrer devido à colocação especí ca de uma
• Litote: também é uma forma de suavizar um palavra em uma frase. Palavras polissêmicas
discurso e é oposição da hipérbole (ex: não é
induzem as pessoas a fazerem mais do que uma
que sejam más companhias… - ou seja,
interpretação, necessitando estar atento ao
também não são boas
contexto. Esse recurso amplia o sentido da
• Ironia: é a representação do contrário do que mensagem e contribui para a expressividade do
se a rm
texto, ao passo que instiga a capacidade de
• Personi cação ou prosopopéia: atribui
compreender jogos de signi cação dos
qualidades e sentimentos humanos aos seres
enunciados
irracionais
56
fi
fi
fi
a

fi
e

fi
e

fi
fi
s

fi
o

fi
fi
:

fi
s

fi
o

Assim, ambiguidade é aquilo que pode contexto. É um elemento estrutural da


ter ais de um signi cado ou sentido, sendo uma linguagem e seu oposto é a monossemia.
gura de linguagem e podendo ser usada como As palavras polissemias guardam uma
recurso estilístico. Podemos classi cá-la em relação de sentidos entre si, característica que
• Estrutural: provocada pela posição das as diferencia de palavras homônimas. Estas
palavras em um enunciad tem signi cando distintos porém mesma gra a
• Lexical: uma palavra assume dois ou mais e fonemas.
signi cados

É muito comum a ambiguidade se dar


Compreensão,
pelo uso dos pronomes possessivos “seu” e interpretação de
variantes. Isso por que não ca claro de QUEM
texto e
é o objeto em frases onde há mais de um
personagem. A colocação das palavras também intertextualidade
pode deixar ambiguidade, por exemplo “as
crianças felizes correram para a piscina”. Caso Compreensão de texto é a
as crianças sejam felizes, está correto. Mas decodi cação da mensagem, análise do que
caso elas estejam felizes, seria mais adequado está explícito, sendo objetiva ao assimilar
dizer “felizes, as crianças correram para a palavras e ideias presentes no enunciado. As
piscina”. O mesmo ocorre para o uso das expressões que geralmente se relacionam com
formas nominais. Em “ajudei a colega exausta a compreensão são
no m do dia” não está claro se quem está
• Segundo o autor
exausta sou eu ou a colega. Também geram
• De acordo com o autor
ambiguidades os pronomes relativos e as
• No texto
conjunções integrantes
• O texto informa que
• O autor sugere
A polissemia é um conceito da área
linguistica para se referir a algo que tem muitos Interpretação de texto é o que fazemos
signi cados. Ex: vela → pode ser vela de do conteúdo, quais conclusões chegamos por
barco, vela de cera feita pra iluminar ou a meio da conexão de ideias e, por isso, vai além
conjugação do verbo velar, que signi ca vigiar. do texto. Ocorre de modo subjetivo, estando
As diferentes variantes podem depender da relacionada a dedução do leitor. Hermenêutica
a nidade etimológica do vocábulo, do seu uso é um ramo da loso a que explora a
metafórico ou, em última instancia, do interpretação de texto em áreas como literatura,

57
fi
fi
fi
fi
fi
fi

fi

fi
:

fi

fi
fi
fi
fi

fi
religião e direito. Analogamente a compressão, preciso que o signi cado reconhecido faça
há frases associadas à interpretação de textos, realmente parte do campo de sugestões do
como poema
• Diante do que foi exposto É preciso lembrar-se que os textos
• Infere-se do texto que podem conter linguagem verbal, com palavras,
• O texto nos permite deduzir que não-verbal, com imagens, ou híbridos. Os
• Conclui-se do texto que verbais são considerados de fácil interpretação,
• O texto possibilita o entendimento de a depender do seu grau de conhecimento sobre
as palavras inseridas. Já os não-verbais,
Informações explícitas são demandam maior conhecimento de mundo e
manifestadas pelo próprio texto, ela é clara. As capacidade de relação com fatos extratextuais.
informações implícitas não são manifestadas Os híbridos, por m, exigem uma habilidade
pelo autor do texto, mas podem ser de criar sentido a partir da conexão entre as
subentendidas. Assim, devem ser interpretadas. partes verbais e não-verbais.
Três erros clássicos podem acontecer Charges e tirinhas podem ser textos
quanto ao entendimento de um texto. O não-termais ou híbridos. A diferença está na
primeiro é a extrapolação, quando quantidade de quadros. A charge apresenta
apresentamos ideias que não estão no texto. O apenas um, bastante impactante, enquanto a
segundo é a redução, quando nos prendemos a tirinha traz dois ou mais para apresentar uma
um aspecto menor e menos importante do texto história a ser acompanhada. Geralmente,
que é insu ciente para explicar o conjunto. ambas abordam temas atuais e com tom crítico
Finalmente, tem-se a contradição, que ocorre A intertextualidade explícita faz
quando interpretamos o sentido de maneira referencia ao texto-fonte de forma clara e de
contrária ao seu conteúdo. Sendo o mais grave, fácil percepção, não sendo necessários
é muitas vezes fruto da falta de atenção na conhecimentos prévios especí cos por parte do
leitura. leitor. Já a intertextualidade implícita ocorre
A interpretação de um texto poético é quando é menos evidente e exige do leitor
geralmente mais complexo que a interpretação conhecimentos prévios
da prosa, porque a linguagem poética é Dentre os tipos mais comuns de
carregada de sentidos, intensidades e intertextualidade, está a citação, que ocorre
signi cados. Não se pode ler apenas em quando as ideias de um autor são trazidas para
sentido literal, há polissemia. É necessário outra obra. Pode ser direta, copiadas e coladas
sensibilidade e tem-se um maior risco de do texto original, ou indiretas, ou seja, rescritas
extrapolação. Entretanto, não vale qualquer em outras palavras. São comuns em trabalhos
coisa, por se tratar de um texto poético. É
58
fi
:

fi
fi

fi
.

fi

acadêmicos e devem sempre indicar o nome do


autor da ideia.
Coesão e coerência
A parodia é um recurso intertextual,
A coerência é resultante da não-
geralmente utilizado com nalidade cômica.
contradição entre seguimentos textuais. Como
Ela subverte um texto, dando-lhe novo sentido
cada seguimento é pressuposto do seguinte,
A paráfrase, por sua vez, ocorre quando
tem-se uma cadeia e nela as conexões devem
um autor reescreve a ideia de outro com suas
ser harmônicas. Perde-se a coerência quando
palavras, sem alterar o sentido da mensagem.
há contradição ou quebra dessa concatenação.
Altera-se apenas a estrutura e as palavras
A coerência também é resultante da
escolhidas. Ela diferencia-se da citação indireta
adequação entre o que se diz e o contexto
por não necessitar da referencia ao texto fonte
extraverbal, ou seja, aquilo que se faz
A alusão é uma menção a elementos de
referencia e precisa ser conhecido pelo
outro texto. Essa intertextualidade ocorre de
receptor
maneira indireta e sutil, podendo não se
A coerência pode ser
compreendida pelo leitor se ele não conhecer a
• Sintática: relacionada à coesão entre os
referência
elemento
Tem-se ainda a tradução, que é
• Semântica: relacionada ao sentido entre os
considerada uma intertextualidade porque para
termos os expressõe
fazê-la é necessário interpretar o texto original
• Temática: quando não há desvio de tema ou
e reescrevê-lo da maneira mais próxima ao que
falta de continuidade no assunto
pretendia o autor. Isso signi ca que traduzir
- Dissertativa: na dissertação apresentamos
uma obra não é apenas reescrevê-la em outro
argumentos, dados, exemplos, opiniões a
idioma.
m de defender uma determinada ideia
Outros exemplos de intertextualidade
ou questionar um assunto. Todos estes
são o crossover, quando há encontro ou diálogo
devem estar alinhados para o seu
de personagens de universos ctícios
propósito
diferentes, e a epígrafe, trecho de um texto
- Narrativa: se obedece uma lógica entre
colocado no início de uma obra e que serve
ações e personagens. Cada ação obedece
como elemento introdutório, pois dialoga com
um tempo que permite conhecer a ordem
o conteúdo apresentado a seguir.
dos acontecimentos sem que haja
contradição
- Descritiva: faz-se relato de pessoas,
coisas e ambientes com detalhes sobre
suas particularidades. São usadas guras

59
fi

fi
fi
.

fi
fi

que condizem com a cena, o ambiente e o pronomes, advérbios, preposições), uma vez
tempo em que estão situados os que são unidade aos textos, sendo responsáveis
personagens e fatos. pela “amarração” das ideias. A troca de uma
• Pragmática: relaciona-se ao contexto conjunção por outra não-equivalente, bem
extralinguístico. Pondera considerações de como o uso de pronomes relativos sem
ordem prática, realista e objetiv antecedência, ou com mais de um antecedente
• Estilística: ocorre quando a variedade possível, quebra a coesão.
linguistica utilizada está de acordo com a Quando o elemento coesivo faz
situação comunicativ referencia a um termo apresentado
• Genérica: ocorre quando o gênero textual anteriormente, tem-se a anáfora. Deste modo,
utilizado é o adequado (romance, conto, quando o elemento vem depois, tem-se a
fábula, lenda, notícia, carta, bula de catáfora. Não são apegas elementos
remédio, lista de compras, cardápio etc gramaticais os responsáveis pela coesão, a
substituição de um termo por outro também
A coerência textual apresenta três cumpre essa função
princípios A coesão pode ser
• Não-contradição: ocorre quando as ideias • Referencial: os termos conectivos anunciam
não se contradizem e a lógica não é ou retomam as frases, sequencias e palavras
interrompid que indicam conceitos e fatos (anáfora e
• Não-tautologia: ocorre quando um mesmo catáfora). Os principais mecanismos são a
termo não é repetido exaustivamente, elipse e a reiteração
prejudicando a mensage • Sequencial: maneiro como os fatos se
• Relevância: ocorre quando o interlocutor organizam no tempo do texto. Trata-se de
percebe a obediência à relação de ideias em um mecanismo coesivo que ocorre por meio
uma sequencia. Não há quebra de marcadores verbais e conectivos os quais
indicam essa progressão
A coesão textual é o elemento
facilitador para a compreensão de um texto, A coesão também atua com o uso dos
mas é a coerência que lhe da sentido. Se um conectivos. Sem ela, o texto não é linear e a
texto tem coesão, não necessariamente há mensagem não pode ser compreendida.
coerência e vice-versa. A coesão está ligada a
mecanismos de natureza lexical e gramatical
em que os referentes pertencem ao próprio
texto. Para tanto, insistimos no emprego
adequado dos elementos coesivos (conjunções,
60
:

Você também pode gostar