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TRABALHO DE PORTUGUÊS
-2023-
Vida e Obra de Clarice Lispector
Clarice Lispector foi uma das mais destacadas escritoras da terceira fase do
modernismo brasileiro, chamada de "Geração de 45".Recebeu diversos prêmios, dentre
eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.
Diante disso, chegam ao Brasil em 1921 e vivem nas cidades de Maceió, Recife e Rio de
Janeiro, onde passaram algumas dificuldades financeiras.
Desde pequena, Clarice estudou várias línguas (português, francês, hebraico, inglês,
iídiche) e teve aulas de piano. Era boa aluna na escola e gostava de escrever poemas.
Após a morte de sua mãe em 1930, Clarice termina o terceiro ano primário no Collegio
Hebreo-Idisch-Brasileiro.
Mais tarde, sua família vai viver no Rio de Janeiro. Em 1939, com 19 anos ingressa na
Escola de Direito da Universidade do Brasil e começa a dedicar-se totalmente à sua
grande paixão: a literatura.
Após a morte de seu pai, em 1940, Clarice começa sua carreira de jornalista. Nos anos
seguintes, trabalha como redatora e repórter na Agência Nacional, no Correio da Manhã
e no Diário da Noite.
Clarice se apaixonou por quem viria a ser seu grande amigo confidente, o escritor Lúcio
Cardoso , contudo, não ficaram juntos porque Lúcio era homossexual.
Em 1943, casa-se com o Diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos. Seu
primogênito, Pedro, foi diagnosticado com esquizofrenia. Seu segundo filho, Paulo, foi afilhado
do escritor Érico Veríssimo..
Devido à profissão de seu marido, Clarice viveu em muitos países, desde Itália,
Inglaterra, Suíça e Estados Unidos. O relacionamento durou até 1959 e, quando
resolveram se separar, Clarice retornou ao Rio com seus filhos.
Um episódio marcante de sua vida foi o incêndio que ocorreu em sua casa, em 1966,
provocado por um cigarro. Como consequência, ficou hospitalizada durantes meses e
quase teve de amputar sua mão.
Nordestina órfã de pai e mãe, e criada por uma tia que a maltratava muito, Macabéa é
uma alagoana pobre de 19 anos que possui um corpo franzino e só come cachorro-
quente. Além disso, ela é feia, virgem, tímida, solitária, ignorante, alienada e de poucas
palavras.
No Rio de Janeiro, Macabéa mora numa pensão e divide o quarto com quatro moças.
Todas elas são balconistas das Lojas Americanas e chamadas de “as quatro Marias”: Maria
da Penha, Maria Aparecida, Maria José e Maria.
Um de seus maiores prazeres nas horas vagas é ouvir seu rádio relógio, emprestado por
uma das Marias.
Mesmo destituída de beleza, Macabéa (ou Maca, seu apelido) consegue encontrar um
namorado, o nordestino ambicioso e metalúrgico Olímpico de Jesus Moreira Chaves. O
namoro termina quando Glória, ao contrário de Macabéa, bonita e esperta, rouba seu
namorado.
É ali que ocorre sua "hora da estrela", o momento em que todos a enxergam e ela se
sente uma estrela de cinema. A obra possui uma grande ironia em seu término, visto que
só no momento da morte é que Macabéa obtém a grandeza do ser.
Em A Hora da Estrela Clarice projeta suas angústias e medos pouco antes de falecer.
Isso, claro, sem deixar marcada uma de suas singularidades como escritora: o
aprofundamento psicológico das personagens.
O drama “A Hora da Estrela” ganhou diversos prêmios: Festival de Berlim (1986), Festival
de Brasília (1985) e Festival de Havana (1986).