SOCIOLINGUÍSTICA - 1º DIURNO/2023 Prof.ª Ana Carolina Siani Lopes
LISTA DE EXERCÍCIOS
Júlia Ribeiro Yamassashi
Tarsilia Francisca Penheiro de Goes
RESPOSTAS
1. Se denomina como ciência que estuda a relação existente entre a língua e a
sociedade que a utiliza em suas diferentes formas, analisando essa diversificação contextualizando social e culturalmente, considerando a historicidade, a política, os aspectos econômico-culturais em suas manifestações linguísticas e sua prática de linguagem. 2. São as diferenças que se apresentam nas formas em que a língua se manifesta, estando associadas aos elementos sociais, regionais, histórico-culturais. Um indivíduo, morador da região Nordeste brasileira possui forma diferente na pronúncia da língua portuguesa, em relação ao povo da região Sul; cada comunidade com a sua peculiaridade. 3. Variações Diatópicas são as diferenças que ocorrem em diferentes regiões, como por exemplo, a palavra: Mandioca – tem esse nome no Sul. Aipim – nomeado assim, no Sudeste. Macaxeira – tem essa denominação, no Nordeste. Variações Diastráticas são ocorridas, em razão da comunicação muito próxima de grupos sociais, quando se utiliza a linguagem de gírias, comum aos surfistas por morarem em regiões praianas; a linguagem de advogados, quando se compartilha de do mesmo local de trabalho, como o fórum, entre outros. Variações Diafásicas ocorrem dependendo do contexto em que se faz a comunicação, escolhendo o modo adequado à situação, como a fala informal (menos prestigiada), quando se conversa com amigos e familiares: - E aí? Beleza? e a fala/comunicação formal, quando se dirige ao Prefeito: - Vossa Excelência está de acordo com o projeto? Variações Diacrônicas ocorrem em tempos diferentes, ao longo da história, substituindo uma palavra antiga/em desuso por uma vigente, como é o caso de: balbúrdia por confusão/ defluxo por resfriado. 4. Variável - um aspecto da língua em que se encontra a variação. Exemplo: cor dos olhos/fumante ou não. Variante – forma individualizada que concorre com uma variável, dentro da língua. Exemplo: pronomes – TU e VOCÊ. No 1º quadrinho da tirinha, há a concorrência entre EU e TU, entre ELE e ELA. No 2º quadrinho, há concorrência entre NÓS e VÓS, entre ELES e ELAS. No 4º, há concorrência entre VOCÊ, EU e TU. À essas concorrências (dos 1º e 2º quadros), dá-se o nome de variantes. À concorrência que existe no 4º quadrinho, é o pronome VOCÊ, está dentro do contexto de pronome TU – TU, concorre com VOCÊ - a essa, dá-se o nome de concorrência variável. 5. As variações linguísticas sincrônicas, decorrem em conformidade com o momento em que a língua está sendo veiculada. Portanto, não há mudança, porque para isso acontecer, o objeto de estudo necessitaria de base histórica (algo que já ocorreu anteriormente), ou seja, diacrônica. 6. O preconceito linguístico, já vem da escolarização, em que se ensina a norma-padrão como determinante de prestígio. Quando um indivíduo menos instruído, pronuncia uma palavra que a gramática normativa classifica como errada, aponta o estigma, no conceito do errado. O que se tem esquecido é que cada comunidade possui seu código comunicativo comum em uma diversidade sociocultural existente: cada cidade, cada região, cada bairro, cada família, possui um vocabulário inerente, justamente pelos vários contextos comunicativos marginalizados. Os prestigiados dominam a norma culta e os estigmatizados falam de uma maneira personalizada e, portanto, são apontados como sem-língua.