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Produção Rendimento Despesa

Os rendimentos são gerados na atividade produtiva e são repartidos aos elementos


que contribuíram e participaram na produção: fator capital e o fator trabalho

O conceito de rendimento está intimamente associado à atividade produtiva, visto que


corresponde ao dinheiro recebido como remuneração dos fatores produtivos (trabalho e
capital) detidos pelas pessoas.

Mas o dinheiro disponível para utilização não se reduz ao rendimento, porque os indivíduos
pagam e recebem quantias devido a outras atividades que nada têm a ver com a produção:
pagam impostos, contribuições para a segurança social, multas diversas, etc., e recebem
subsídios (abono de família, reforma, etc.). A estes movimentos pecuniários desligados da
produção chamamos transferências, cabendo-lhes um papel importante na correção da
repartição primária dos rendimentos (ou seja, dos rendimentos dos fatores produtivos) que
será estudada brevemente, explicitando em que consiste a redistribuição dos rendimentos.

Não confundir: Repartição dos rendimentos ( = distribuir os rendimentos gerados na


atividade produtiva ) e Redistribuição dos rendimentos ( = fazer uma 2ª distribuição
dos rendimentos)

A repartição dos rendimentos pode ser estudada por 2 perspetivas:

- pela perspetiva da repartição funcional que estuda a forma como os rendimentos


são distribuídos de acordo com a função de cada agente económico ( o fator capital e
o fator trabalho)

O fator trabalho recebe rendimentos sob a forma de salários

O fator capital recebe rendimentos sob a forma de lucros, rendas e juros

-pela perspetiva da repartição pessoal que estuda a forma como os rendimentos são
distribuídos pelos agregados familiares e a composição dos rendimentos entregues
às famílias.

É preciso distinguir:

-Rendimentos primários = são os rendimentos gerados na actividade produtiva de


um país. Exemplo: salários, lucros, rendas, juros
-Rendimentos secundários = são os rendimentos resultantes das transferências
sociais, realizadas nomeadamente pelo Estado e que se destinam a atenuar as
desigualdades sociais. Exemplos: subsídios, pensões, abonos, etc

O salário é a forma de rendimento entregue aos trabalhadores assalariados, isto é,


trabalhadores por conta de outrem (trabalhadores dependentes)

Os salários variam conforme as qualificações, assim como das condições do mercado


de trabalho num certo momento

Os salários são uma receita para os trabalhadores, e uma despesa para os


empregadores

Os salários tem uma parte fixa (salário-base) e uma parte variável (ex.: comissões,
prémios, subsídio de alimentação, ajudas de custo)

Podemos distinguir:

->Salário Direto: quantidade de moeda que o empresário paga aos trabalhadores


pela sua participação no processo produtivo, este salário inclui todos os encargos
que o trabalhador e o empresário têm de pagar ao Estado, como os impostos diretos
e as contribuições para a Segurança Social.
->Salário Indireto: quando se verifica o recebimento de moeda que não derivou de
uma participação direta no processo produtivo, como as transferências do Estado,
sob a forma de subsídios, para algumas famílias.

Outra distinção:

-salário bruto ou ilíquido = é o valor da remuneração que o trabalhador recebe antes


de serem efetuados quaisquer descontos

-salários líquido = é o valor de remuneração que é realmente recebido pelo


trabalhador, depois de serem efetuadas as deduções dos impostos e contribuições
sociais

Podemos distinguir ainda:


-salário nominal= é a quantidade de moeda recebida pelo trabalhador

-salário real = é a quantidade de bens e serviços que o salário nominal permite


adquirir

A taxa de inflação registada influenciará o salário real.

Se a taxa de inflação for maior que a subida do salário nominal, isso significará que o
salário real diminuirá.

Se a taxa de inflação for menor que a subida do salário nominal, isso significará que
o salário real aumentará.

Exemplo:

O salário nominal foi de 1000 euros e o IPC(índice dos preços ao consumidor, isto é, a
inflação) foi de 105. Qual foi o salário real?

Salário real = salário nominal/IPC x100

Salário real = 1000/105 x 100 = 952,4

Exemplo:
Aumento do salário nominal = 20%
Índice de preços no consumidor = 110 / Taxa de inflação = 10%
Aumento do salário real = (120/110) x 100 = 109

Apesar do aumento do salário nominal ter sido de 20%, o salário real apenas
aumentou 9%,
pois a taxa de inflação foi de 10%.
Exemplo:

Sabendo que em 2014 o rendimento de um agregado familiar foi de 277.000 u.m e


que no ano de 2015 o mesmo agregado revê um rendimento de 250.000 u.m., calcule
a taxa de variação de rendimentos daquela família

Taxa de variação =

rendimento do ano X - rendimento do ano base/rendimento do ano base x100

277.000 – 250.000/277.000 x100 = -9,7%

A taxa e variação do rendimento daquela família entre 2014 e 2015 foi de -9,7%

Para realizar a atividade da pág 225 os alunos devem seguir os seguintes passos:

1º) calcular o salário nominal de 2013

2º) calcular o salário real de 2013

3º) calcular a taxa de variação entre o salário de 2012 e o salário real de 2013
Atividade 001

Se em 2009 a população de um país foi de 5.637.713 tendo passado em 2010 para


5.636.979, calcule a taxa de variação da população em 2010

Actividade 002

Se em 2009 o PIB de um país foi de 168.503,6 u.m. tendo passado em 2010 para
172.669,7 u.m., calcule a taxa de variação do PIB em 2010

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