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Central de automação residencial - Hardware

Central de automação residencial -


Hardware de aquisição de dados e
comunicação com a central.

Pedro Henrique Bordim Rosa


Orientador: Prof. Dr. Galdenoro Botura Junior

SOROCABA
2011

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Central de automação residencial - Hardware

PEDRO HENRIQUE BORDIM ROSA

Central de automação residencial - Hardware de aquisição


de dados e comunicação com a central.

Trabalho de graduação apresentado ao


Curso de Engenharia de Controle e
Automação, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como
requisito parcial para a obtenção do grau
de Engenheiro de Controle e Automação.

Orientador: Prof. Dr. Galdenoro Botura Junior

SOROCABA
2011
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Central de automação residencial - Hardware

FICHA CATALOGRÁFICA

Bordim Rosa, Pedro Henrique

Central Para Automação Residencial: Hardware de aquisição de dados e


comunicação com a central. – Sorocaba, 2011.

Nº de páginas 76

Orientador: Prof. Dr. Galdenoro Botura Jr.

Trabalho de Graduação – UNESP Universidade Estadual Paulista “Júlio de


Mesquita Filho”

1.Automação Residencial; 2.Hardware; 3. Zigbee

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Central de automação residencial - Hardware

A todos aqueles que acreditaram, junto comigo, que um dia eu seria Engenheiro.

Dedico

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Central de automação residencial - Hardware

AGRADECIMENTOS

Aos meus amigos e parceiros de projeto, Bruno e Danilo, sem os quais


não teria atingido o sucesso deste trabalho.

A minha família pelo apoio, seja qual foi à forma pela qual este veio.

A minha namorada, Cristina, pela compreensão e carinho nos momentos


em que mais precisei.

Ao Prof. Dr. Galdenoro Botura Jr., pelas sábias orientações durante o


período de trabalho e graduação que servirão ao longo de minha vida.

Ao Prof. Milton Evangelista de Oliveira, pela dedicação e prazer ao


ensinar.

À banca examinadora, não escolhida apenas por área de atuação dos


profissionais que a compõe, todavia também pelos conhecimentos técnicos
fornecidos que foram necessários para o desenvolvimento deste trabalho.

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Central de automação residencial - Hardware

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”


José Saramago
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Sumário
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ................................................................................................................. 9
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................................10
Resumo.......................................................................................................................................11
Abstract ......................................................................................................................................12
1. Introdução ..........................................................................................................................13
2. Objetivo ..............................................................................................................................14
3. Estudos preliminares ..........................................................................................................15
3.1 Conceitos relacionados à Domótica .................................................................15
3.2. Adaptação de ambientes .................................................................................17
3.3. Mercado, viabilidade e tendências. ...............................................................18
4. Metodologia. .......................................................................................................................24
4.1. Especificações do sistema ...................................................................................24
4.2. Especificações do hardware .............................................................................26
4.3. Escolha dos sensores e atuadores. ....................................................................27
4.4. Definição da planta à ser automatizada. ..........................................................30
4.5. Rede de comunicação. .....................................................................................31
4.6. Dispositivo de controle .....................................................................................33
4.7. Adequações realizadas. .....................................................................................35
5. Desenvolvimento...................................................................................................................37
5.1 .Visão geral do sistema. ........................................................................................37
5.2. Circuito de Alimentação .....................................................................................39
5.3. Circuito para atuação na persiana ......................................................................42
5.4 Circuito Atmega8 – Zigbee ..................................................................................43
5.5. Circuito Dimer.....................................................................................................44
5.6 Circuitos LDR, Indutivo e Temperatura. ..............................................................49
5.7 Circuitos atuadores diretos (Relês) .....................................................................51
5.8 Circuito detector de pulso do botão. ...................................................................53
5.9. Programação do Microcontrolador. ...................................................................56
5.10 Testes de Hardware ...........................................................................................61
6. Resultados ..............................................................................................................................63
6.1 O Layout...............................................................................................................63
6.2 A Placa de Circuito Impresso. ..............................................................................66
6.3 Placa para detecção de pulsos do botão. .............................................................69
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6.4 Aplicações ............................................................................................................70
6.5 Testes Gerais com Integração de Sistemas. .........................................................71
6.6 Melhorias .............................................................................................................72
7. Conclusões..............................................................................................................................72
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................75

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Vicchi e Ogata -Estrutura de um edifício inteligente .....................................................16


Figura 2 - Representação do sistema Active Home........................................................................19
Figura 3 - Cardio, tela de acionamento. .........................................................................................20
Figura 4 - Interface do Mordomus .................................................................................................20
Figura 5 - Módulo IN22TWd da IVV Automation ...........................................................................21
Figura 6 - Módulo IN5AWD da IVV Automation.............................................................................21
Figura 7 -Tablet do 3NYX ................................................................................................................22
Figura 8 - Módulo do 3nyx .............................................................................................................22
Figura 9 - Diagrama de bloco das funções do Hardware ...............................................................26
Figura 10 - Exemplo de sensor indutivo .........................................................................................27
Figura 11 - Sensor LM35 .................................................................................................................28
Figura 12 - Motor com redutor ......................................................................................................29
Figura 13 - Chave óptica .................................................................................................................29
Figura 14 - Modelo de planta à ser automatizada .........................................................................30
Figura 15 - Rede Zigbee Mesh ........................................................................................................31
Figura 16 - Alcance x Velocidade ....................................................................................................33
Figura 17 - Pinagem do Atmega8 ...................................................................................................34
Figura 18 - Gravador Universal.......................................................................................................35
Figura 19 - tela do Programa Bascom ............................................................................................36
Figura 20 - Modelo de gravador "caseiro" .....................................................................................37
Figura 21 - Modelo de comunicação ..............................................................................................38
Figura 22 - Esquemático das aplicações na planta real..................................................................39
Figura 23 - Esquema do circuito de alimentação ...........................................................................40
Figura 24 - Funcionamento do Regulador de Tensão ....................................................................40
Figura 25 - Modelo genérico do regulador de tensão ....................................................................40
Figura 26 - Configuração LM1117 (Rogercom) ..............................................................................41
Figura 27 - Diagrama de blocos para a fonte de alimentação .......................................................41
Figura 28 - Ligação do Motor no L298............................................................................................42
Figura 29 - Modelo do componente L298 ......................................................................................43
Figura 30 – Modelo desenvolvido para representar o Chip Zigbee ...............................................44
Figura 31 - Circuito Dimer ..............................................................................................................45
Figura 32 - Situações para o disparo do Garte ..............................................................................46
Figura 33 - Onda CA de alimentação ..............................................................................................47
Figura 34 - Circuito LDR ..................................................................................................................49
Figura 35 - Circuito de Temperatura ..............................................................................................51
Figura 36 - Relê AX1RC -5V .............................................................................................................51
Figura 37 - Diagrama elétrico do relê .............................................................................................52
Figura 38 - Circuito esquemático do funcionamento do relê. .......................................................52
Figura 39 - a) FF tipo D e tabela verdade - b) ondas ......................................................................54
Figura 40 - Efeito debouncing ........................................................................................................55
Figura 41 - Porta NAND ..................................................................................................................55
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Figura 42 - Circuito de acionamento do botão ..............................................................................56
Figura 43 - Configurações ...............................................................................................................56
Figura 44 - rotina de leitura e cérebro do programa .....................................................................57
Figura 45 - Fragmento da função Dimer ........................................................................................58
Figura 46 - Função detecta zero .....................................................................................................59
Figura 47 - Função de atuação no motor .......................................................................................59
Figura 48 - Função Persiana ...........................................................................................................60
Figura 49 - Funções finais ...............................................................................................................61
Figura 50 - Hardware montado para teste .....................................................................................62
Figura 51 - Gravação do Microcontrolador ....................................................................................63
Figura 52 - Layout da vista superior da PCI ....................................................................................64
Figura 53 - Layout da furação à ser aplicada na PCI .......................................................................65
Figura 54 - Layout do posicionamento de Componentes na PCI ...................................................65
Figura 55 - Layout da vista inferior da PCI......................................................................................66
Figura 56 - Vista superior da PCI. ...................................................................................................67
Figura 57 - Vista inferior da PCI. .....................................................................................................67
Figura 58 - Placa de circuito impressa ............................................................................................68
Figura 59 - Vista superior da placa do botão. ................................................................................69
Figura 60 - Vista inferior da placa do botão. ..................................................................................70

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 -Comparativo entre principais tecnologias......................................................................32
Tabela 2- Combinações das saídas do L298 para atuação no Motor CC (anexos) .........................43
Tabela 3 - Ângulos de disparo do Gate. .........................................................................................48

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Central de automação residencial - Hardware

Resumo

O alto preço pago pela qualidade de vida e pelo bem estar faz com que o
homem cada vez mais automatize os processos a fim de buscar soluções para
tarefas cotidianas. A automação residencial (Domótica) visa promover o conforto
utilizando-se de equipamentos eletrônicos e redes de comunicação. Tendo tais
princípios como trilho guia, este trabalho é parte de um sistema de automação
residencial, cuja característica marcante é a independência total de fios, assim o
usuário pode atuar na residência através de um tablete ou aparelho celular.
A comunicação da central e seus módulos é feita por meio de uma rede
Zigbee cuja característica Mesh é crucial na execução de uma rede móvel,
podendo assim ser aplicável em uma residência.
O desenvolvimento de um hardware capaz de receber dados de uma
rede Zigbee e atuar nas variáveis de controle e monitoramento de uma
residência tais como presença, temperatura e luminosidade gerou o proposto dei
desenvolver uma PCI (Placa de Circuito Impresso) capaz de atuar de acordo
com as ordens geradas pelo usuário através de uma IHM e tecnologia de
comunicação, sendo necessário para a interação usuário – residência.

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Central de automação residencial - Hardware

Abstract

The high price paid for the quality of life and well being makes a man
increasingly automate processes in order to seek solutions to everyday tasks.
The home automation (Home Automation) aims to promote the comfort of using
electronic equipment and communication networks. Having such principles as a
guide rail, this work aims at the development of a hardware capable of receiving
data from a Zigbee network and act on the variables of control and monitoring of
a residence such as presence, temperature and luminosity. The proposed
hardware has been developed on a PCB (Printed Circuit Board) and is capable
of acting in accordance with the orders generated by the user via an HMI and
communication technology, is required for interaction user - residence.

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1. Introdução

O interesse em automatização de ambientes está em evidente


crescimento. Segundo o engenheiro José Roberto Muratori , membro fundador
da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside), referiu que o
seguimento de automatização de ambientes teve uma queda significativa nos
valores (50% em média) nos últimos cinco anos (Revista Veja, 2010). Tal fato
mostra que os avanços em pesquisas e em tecnologia na área possibilitaram
uma melhor inserção no mercado e maiores buscas por estas tecnologias.

Fernandes (2005) cita que alguns campos do saber humano passaram a


tratar a inteligência de forma científica, visando aspectos práticos e comerciais,
é neste sentido que se encaixa a engenharia, precisamente a domótica.

Segundo Mota (2003), a domótica tem como base o gerenciamento


automático de recursos como: energia, temperatura, presença, etc.

O termo derivado das palavras domus (casa) e robótica (controle


automatizado de algo), domótica define-se como a possibilidade de controlar
uma residência de forma automatizada visando à utilização racional dos meios
de consumo.

A domótica tem como proposta a melhoria na qualidade de vida, redução


dos afazeres domésticos e segurança domiciliar, além de permitir a gestão de
todos os recursos residenciais, ou seja, “adaptativa às necessidades dos
habitantes e às resoluções de problemas e gerenciamento de recursos”
(Takiuchi, Melo, Tonidandel, 2004).

A comunicação sem fio (wireless) esta inclusa na sociedade e desde sua


comercialização tem conquistado o mercado devido seu baixo custo e
facilidade de implantação, bem como sua flexibilidade e exequibilidade. Além
disso, estão mais confiáveis e mais rápidas e apresenta como vantagem a
rápida instalação, redes flexíveis e não utiliza cabos elétricos ou qualquer outra
ligação física (Montebeller, 2006).

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Central de automação residencial - Hardware
O ZigBee iniciou no ano de 2002 e trouxe soluções para o mercado das
redes sem fios (Malafaya, Tomás e Sousa, 2005). Assim, o protocolo de
comunicação Zigbee, visa integrar as diversas partes do projeto como
sensores, atuadores e central, é fator facilitador na construção e
implementação.

A definição de uma rede Zigbee (Mesh) neste projeto caracteriza-o como


Retrofiting, ou seja, adaptação tecnológica das instalações elétricas e dos
principais equipamentos instalados nas áreas comuns da residência. Tal fato
visa à automatização sem a necessidade de alterar a instalação elétrica já
estabelecida, o que desvincula a implantação de um projeto de domótica com a
construção do imóvel.

A proposta deste trabalho foi desenvolver um controle residencial


baseado em uma rede de comunicação wireless utilizando o protocolo Zigbee,
fundamentalmente em Hardware, integrando com demais projetos de Software
e Comunicação, o que resulta em um protótipo que busca melhorar a qualidade
de vida, aumentar o bem estar, reduzir os afazeres domésticos e por fim
diminuir consideravelmente os gastos com instalação.

2. Objetivo

Este projeto visa desenvolver uma plataforma de hardware (módulos) que


por meio da comunicação Zigbee, interaja com uma central de controle a fim de
automatizar processos pertinentes em uma residência.

Todo o projeto está relacionado com outros dois trabalhos de


graduação, cada um em um nível de abstração (software e comunicação),
sendo estes “Central para Automação Residencial: desenvolvimento de
um software de monitoramento e controle” desenvolvido pelo aluno Bruno
Carbonari Pilon (2011) e “Central para Automação Residencial: Controle
por dispositivo portátil com rede de sensores/atuadores sem fio” por
Danilo Henrique Esteves (2011). Este conjunto proporciona o desenvolvimento
completo da Central de Automação Residencial e suas aplicabilidades.
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Central de automação residencial - Hardware

3. Estudos preliminares

3.1 Conceitos relacionados à Domótica

A automação residencial não deve ser vista sob a concepção de luxo ou


excentricidade, disponível a poucos com mais recursos financeiros. Como
qualquer novidade, a automação residencial, inicialmente, é percebida pelo
cliente como um símbolo de status e modernidade. No momento seguinte, o
conforto e a convivência por ela proporcionados passam a ser decisivos. Por
fim, ela se tornará uma necessidade e um fator de economia (Aureside).

Vecchi e Ogata (1999) definem a domótica como um novo domínio de


aplicação tecnológica, tendo como objetivo básico melhorar a qualidade de
vida, reduzindo o trabalho doméstico, aumentando o bem estar e a segurança
de seus habitantes e visa também uma utilização racional e planejada dos
diversos meios de consumo. Segundo escritores do artigo EasyLiving:
Technologies for Intelligent Environments, podemos admitir que um ambiente
inteligente é um espaço que contém dispositivos que trabalham juntos para
fornecer aos usuários o acesso à informação e serviços, uma outra visão da
automação residêncial.

Na Figura 1 temos uma visão de como as partes constituintes de um


projeto de automação residencial devem se correlacionar. O Edifício, para nós
residência, requer uma gestão plena de seus insumos e derivativos ou seja,
uma boa gestão é de acordo com Quaresma (2009) o conjunto de práticas
econômicas e empresariais que visão combinar de forma ótima os meios
técnicos, humanos e financeiros. As relações com as demais partes envolvidas
(Organização e Utilizador) requer uma comunicação como viés da informação
objetivando a integração ambiente/usuário nas formas mais diversas de
controle, como por exemplo, segurança.

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 1 - Vicchi e Ogata -Estrutura de um edifício inteligente

O usuário objetiva uma ferramenta que consiga integrar a estética, a


facilidade, o controle, a ética (ambiental, humana, etc.) e a gestão do meio de
forma clara e precisa, sendo assim, a domotização deve ser estruturada com
base em necessidades e objetivos, fazendo então a ligação entre a
organização1, usuário e a residência.

Assim, de maneira cômica, Sharples (1999) define o motivo para que


não sejamos Ludicos2 com relação a tecnologia, “A idéia de um edifício
inteligente, provavelmente gera imagens de ocupantes indefesos lutando para
manter sua sanidade e liberdade enquanto travam uma luta de vida ou morte
contra o todo-poderoso computador escondido no porão! Felizmente a
realidade é bem diferente, sendo que edifícios inteligentes, como alguns
descrevem, já existe a algum tempo. A indústria de construção usa o termo
inteligente, para descrever a forma como a concepção da construção e gestão

1 Entende-se como a equipe responsável por proporcionar a automação do ambiente, pontualmente é possível
correlacionar com o trabalho vigente, ou seja a Central de Automação Residencial.

2 Ludico é todo aquele que é contra o avanço tecnológico, tal qual Ned Ludd 1779.
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Central de automação residencial - Hardware
em um edifício pode garantir que o mesmo seja flexível, adaptável e rentável
durante sua vida útil.”

3.2. Adaptação de ambientes

Ao integrar uma residência com este tipo de tecnologia, deve-se


salientar o modelo de implantação, ou seja, como a casa será automatizada.
Na fase inicial da construção de um imóvel o projeto de Domótica pode ser
dimensionado para acompanhar a estrutura, todavia a automação de
ambientes pode surgir como uma necessidade após o imóvel ter sido
construído, neste sentido se aplica o Retrofit.

O Retrofit é o termo utilizado no meio da Domótica para opções de


automação de residências já construídas, tendo então de adaptar a
implantação as limitações do meio estabelecido. Então, para a reforma do
imóvel visando a implantação do sistema sem a necessidade de, por exemplo,
alterar as instalações elétricas e cabeamentos, Bolzani (2004) refere que
equipamentos sem fio e um bom planejamento permitem que várias funções e
serviços sejam implementados com o mínimo de problemas possível.

O conceito de Retrofit então vem acompanhado de algumas


características como as descritas a seguir:

 Estudo: Deve-se levar em conta em qualquer projeto de


automação de ambientes, um estudo da casa para que possa
avaliar os equipamentos e condições de implantação. Após o
levantamento da planta à ser automatizada e as funções que
nela serão implementadas deve-se definir o nível necessário de
automação bem como a segurança a ser implantada e a
comunicação com o sistema.

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Central de automação residencial - Hardware
 Comunicação: Cabe ao sistema à ser implantado uma definição
dos padrões de comunicação à serem usados na automação. 

 Interfaceamento com equipamentos: deve-se estudar o nível de


alteração dos sistemas pré-estabelecidos na residência para que
seja possível conectar os equipamentos existentes ao sistema à
ser implantado. 

 Documentação, Planta e desenhos do sistema: Para a


efetividade na atuação do sistema de controle residencial deve-
se ter um manual detalhado contendo pontos de supervisão e
controle, método de funcionamento dos sensores e atuadores,
funcionamento dos sistemas de segurança, integração com
sistemas antigos e um detalhamento técnico de conexões e
funcionamento do sistema.

O Retrofit servirá de pilar deste projeto, visando não apenas atender as


necessidades de implantação de um sistema automatizado junto à construção
do imóvel, bem como a implantação futura em uma obra já estabelecida. A
visão então de modelos sem fio (Wireless) vinculada ao bom planejamento da
integração fez o diferencial deste projeto.

3.3. Mercado, viabilidade e tendências.

O mercado de automação de residências acompanha um crescimento


acelerado, sendo assim pesquisas e estudos relacionados à domótica
proporcionam uma gama de aplicações e sistemas projetados usando
diferentes formas de atuação.

Alguns sistemas, que serão explanados a seguir, tem por base uma
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Central de automação residencial - Hardware
tecnologia conhecida como X-10, um protocolo que utiliza a rede elétrica como
meio de comunicação entre os dispositivos. Esta arquitetura descentralizada,
não foi foco neste projeto, pois ao efetuar o levantamento do estado da arte
bem como a viabilidade e exequibilidade definiu-se que este protocolo não
atende as especificações do Trabalho.

Alguns projetos desenvolvidos seguem padrões de automação e podem


ser correlacionados ao presente projeto, todavia particularidades e melhorias
podem ser destacadas. São estes:

Active Home (www.activehometechnologies.com): Este sistema foi


desenvolvido na França e é baseado no protocolo X-10, portanto dispensa
cabeamento, pois utiliza a rede elétrica para o envio de dados. Um sistema
relativamente simples, sem uma interface intuitiva como a sugerida no presente
projeto, pois tem seus comandos partindo de um dispositivo de rádio
frequência, como na Figura 2.

Figura 2 - Representação do sistema Active Home.

Cardio (www.cardio.pt): Sistema desenvolvido em Portugal, tendo uma


flexibilidade maior de atuação, pois já possui um painel touch-screen (Figura 3),
que acoplado a residência possibilita a integração com o usuário. Todavia, sua
tela é reduzida e o fato de ser fixa, impossibilita ao usuário uma maior
mobilidade no ambiente.

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 3 - Cardio, tela de acionamento.

Mordomus (www.mordomus.com): Outro sistema Português, que


utiliza parte do protocolo X-10, todavia possui recursos mais incorporados
como, por exemplo, integração multimídia (TV, Home- Theater e Som) e
segurança (Vídeo-Porteiro e alarme), podendo ser controlados via painel ou
celular do usuário. Possui uma interface homem máquina (IHM) como a Figura
4, possibilitando assim uma melhor integração com o ambiente.

Figura 4 - Interface do Mordomus

As Figuras 5 e 6 mostram Hardwares desenvolvidos pela IVV


Automation, empresa que fabrica o Mordomus, Tais módulos tem a função de
leitura de contato de portas e janelas para informação de arrombamentos, além
da leitura de temperatura, luminosidade e humidade. Tais módulos tem funções
específicas e necessitam de ligação por fio até as unidades de monitoramento
(sensores).

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 5 - Módulo IN22TWd da IVV Automation

Figura 6 - Módulo IN5AWD da IVV Automation

3NYX (www.3nyx.com): Desenvolvido pela Jet Home Automation , com


fundador brasileiro e sede estadunidense. Sistema baseado no protocolo IP,
largamente utilizado em aplicações na internet, e controlado por meio de um
dispositivo do tipo Tablet. Usa também o protocolo Wi-fi, possui ainda uma
ventral fixa no ambiente além do tablet móvel. Tal sistema se assemelha
bastante ao proposto no projeto descrito, todavia ainda com algumas limitações
que serão consideradas melhorias no projeto.

O 3NYX possibilita a criação de cenários, controle de iluminação,


segurança e monitoramento de câmeras, acesso a internet e acionamento de
equipamentos utilizando um módulo de controle sem fio.

21
Central de automação residencial - Hardware

Figura 7 -Tablet do 3NYX

A Figura 8 mostra o módulo utilizado no 3nyx, percebe-se que por se


tratar de uma tecnologia mais avançada o equipamento possui a função de
central e tem sua arquitetura baseada em um computador convencional.

Figura 8 - Módulo do 3nyx

Com esta visão de mercado foi possível estabelecer metas tangíveis de


melhorias que poderiam ser aplicadas e então, possibilitar o desenvolvimento
de um sistema de controle residencial completo que gerisse de forma plena
quaisquer recursos de uma residência.

O mercado de automação residencial tem fortes conceitos agregados, o


que proporciona uma discussão estruturada das tendências deste ramo. Tais
conceitos podem ser ressalvados abaixo:

 Eficiência Energética: uma das expressões mais utilizadas no


momento. É um argumento forte para impulsionar e difundir os
sistemas de controle residencial uma vez que com o controle
inteligente do ambiente é possível reduzir o consumo de energia

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Central de automação residencial - Hardware
elétrica e o aproveitamento melhor dos recursos naturais. 

 Sustentabilidade: esta é possível com a inteligência aplicada


numa série de processos e materiais inovadores e menos
abrasivos. Para exemplificar este item podemos descrever uma
pia inteligente a qual já separa os recicláveis dos orgânicos.

 Acessibilidade: além do conforto que pode ser trazido com a


instalação de um sistema de automação, a acessibilidade é um
item fundamental, por exemplo, para um cadeirante, que poderia
monitorar toda a casa sem a necessidade de mobilizações
frequentes, as quais estão comprometidas pela deficiência. Além
deles, para idosos tais sistemas podem ser considerados de
grande utilidade. 

 Popularização com o uso de padrões abertos: com a tendência


de acabarem com os protocolos fechados, os sistemas se
disseminaram e se tornarão mais comuns com o passar do
tempo. O fato de utilizarem-se protocolos abertos permite que
desenvolvedores possam aplicá-los para os mais diversos fins e
utilidades. 

 Soluções Plug-and-Play: este conceito é fundamental uma vez


que através da implantação do sistema é possível a expansão
rápida e fácil das funcionalidades por meio de módulos que uma
vez inseridos no sistema já podem operar sem a necessidade de
intervenção de um técnico. 

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Central de automação residencial - Hardware
4. Metodologia.

4.1. Especificações do sistema

A descrição do sistema pode ser baseada em um diagrama de blocos


como o apresentado nano Diagrama 1. Logo após o início do programa, a rotina
de conexão é iniciada. Essa rotina aguarda até que um cliente, nesse caso a
central de comunicação, esteja apto para conectar-se.

Diagrama 1 – Fluxo de funcionamento do sistema

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Central de automação residencial - Hardware

Assim que o processo de conexão é realizado o software começa a


aguardar pela ocorrência de eventos, que são ações a serem executadas pelo
usuário, tais como alteração de uma intensidade luminosa ou acionamento de
uma lâmpada, por exemplo. Caso nenhum evento ocorra, o software passa a
verificar se existem informações recém-enviadas, vindas do sistema e, se essas
informações estiverem disponíveis, utiliza-as para atualizar as telas mostradas
ao usuário. Caso ocorra um evento, imediatamente o programa executa as
rotinas responsáveis por montar e enviar o frame com o comando determinado
pelo usuário para a central de comunicação. Ao receber o frame, a Central de
comunicação avaliará se há alguma alteração no sistema – verificando se o
status de algum dos sensores foi alterado ou não. Caso nenhuma alteração seja
identificada, o frame Wi-Fi recebido é convertido para um frame ZigBee e
enviado para ao hardware do sistema, onde ficam ligados os módulos ZigBee.
Caso o atuador que executará o comando esteja ligado diretamente no módulo
ZigBee, o próprio módulo executará a ação, do contrário o comando será
interpretado pelo microcontrolador e executado pelo mesmo.

Caso a central de comunicação receba um frame ZigBee o mesmo será


interpretado convertido para um frame Wi-Fi e enviado pela central para o
software – interface com o usuário – que, por sua vez retornará para a rotina de
verificação de ocorrência de eventos, em caso negativo, a informação recebida
será interpretada e usada para, como descrito anteriormente, atualizar as telas
apresentadas ao usuário.

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Central de automação residencial - Hardware
4.2. Especificações do hardware

O sistema de Hardware, foco deste documento, visa os seguintes


objetivos:

 Monitorar e atuar: parte inteligente representada pelo


microcontrolador que monitora as entradas do sistema e emite
sinais para atuar nas saídas.
 Receber informações: As entradas do sistema foram estipuladas
baseando-se nas opções que o usuário terá para interagir com o
ambiente, sendo resultado do processo de transmissão Wireless.
 Concentrar de forma dinâmica todos os circuitos necessários para
o funcionamento deste projeto.

O diagrama de blocos da Figura 9 ilustra o funcionamento do


Hardware, suas atuações e variáveis de monitoramento.

Figura 9 - Diagrama de bloco das funções do Hardware

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Central de automação residencial - Hardware
4.3. Escolha dos sensores e atuadores.

De modo geral, os sensores e Atuadores do sistema de automação


residencial devem ser bem escolhidos, visando todos os itens supracitados
(3.3). Sendo assim os componentes explicitados adiante foram definidos com
base em todo o estado da arte apresentado bem como visando a
exequibilidade e versatilidade.

Sensores indutivos foram utilizados para monitoramento e segurança de


janelas e portas. Tais sensores são responsáveis por enviar a central um sinal
caso houvesse, por exemplo, violações na residência. Seu funcionamento é
simples, como o exemplo da Figura 10, uma parte é presa na porta (ou janela)
em sua parte móvel e a outra extremidade na parte onde esta fixada a porta
(batente), posiciona-se as partes de tal maneira que uma esteja alinhada com a
outra.

O baixo custo agregado a simplicidade de funcionamento faz com que


este dispositivo seja amplamente utilizado no mercado, o que justifica o uso do
mesmo.

Figura 10 - Exemplo de sensor indutivo

A escolha do sensor de temperatura adequado para a proposta foi


decisiva para facilitar o sistema tanto em sua visão hardware quanto software.
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Central de automação residencial - Hardware
O dispositivo Lm35 é um sensor de temperatura que tem como saída uma
tensão linearmente proporcional a temperatura em Graus Celcius (Centigrados
- ºC). Tal sensor não necessita de calibração, respondendo muito bem a
aplicação mostrando precisão de 0,5 ºC.

Mais uma vez a simplicidade, baixo custo e eficiência definiram a


escolha deste sensor que é exemplificado na Figura 11.

Figura 11 - Sensor LM35

Os sensores de Temperatura juntamente com os sensores de


luminosidade (LDR´s) foram usados para o monitoramento do ambiente, tanto
internamente como comparado com partes externas.

Quanto ao uso dos LDR´s a justificativa detêm-se em simplicidade e


objetividade, tendo seu funcionamento binário, definindo a ausência ou não de
intensidade luminosa.

Para o controle da intensidade luminosa do ambiente foi utilizado o


circuito dimer (que será melhor mitigado posteriormente).

Para atuar na posição da persiana da janela foi utilizado um motor com


redutor como o exemplificado na Figura 12.

28
Central de automação residencial - Hardware

Figura 12 - Motor com redutor

O controle do estado da persiana foi feito utilizando-se um sensor


denominado chave óptica ou encoder. A forma deste sensor é mostrada na
Figura 13.

Figura 13 - Chave óptica

As chaves ópticas são sensores formados por um emissor de luz


infravermelho (Led) e um foto-sensor que pode ser um foto-transistor ou um
foto-diodo.

Quando um objeto passa pela abertura do sensor a luz do emissor que


incide no foto-diodo é cortada gerando um sinal elétrico, que é mantido
enquanto o objeto permanecer obstruindo a passagem da luz.

Mais adiante será mostrado como foi efetuado o acoplamento entre o


motor e o encoder.

O acionamento de um ventilador foi efetuado utilizando-se uma das


saídas do microcontrolador que pudesse acionar um relê. Tal processo foi

29
Central de automação residencial - Hardware
desenvolvido visando o conforto e eventual diminuição de temperatura do
ambiente.

Os demais dispositivos empregados na execução deste projeto são


definidos e explicados ao longo do desenvolvimento deste documento visando
a compreensão do material.

4.4. Definição da planta à ser automatizada.

Neste ato do projeto é necessário a definição da planta à ser


automatizada. A Figura 14 mostra um exemplo de planta que foi baseada para
a execução do projeto.

Figura 14 - Modelo de planta à ser automatizada

Um cômodo apenas foi escolhido com base nos estudos preliminares e


também com fundamento no protocolo escolhido para implementação o Zigbee.
Tal fato se deve a justificativa de ao implantar o sistema proposto em um único
ambiente e este funcionar perfeitamente, é possível a alocação do controle em
outros cômodos da residência sem maiores problemas devido ao tipo de
protocolo e rede (mesh) que será usado.

Os sensores e atuadores estarão vinculados primeiramente a este


cômodo, posteriormente pode-se agregar mais ferramentas para o restante da
casa.

30
Central de automação residencial - Hardware

4.5. Rede de comunicação.

Um grupo de empresas se uniu em uma aliança conhecida como Zigbee


Alliance com o objetivo de preencher um buraco no mercado, assim
desenvolveram o protocolo Zigbee que é altamente confiável e seguro, possui
consumo baixo de potência e o principal é um padrão aberto.

A tecnologia Zigbee utiliza a especificação para rádio frequência IEE


802.15.4, além de ser acessível, devido a seu objetivo maior que é atender o
mercado de produtos comerciais os dispositivos são simples e de baixo custo.

A rede Mesh (Figura 15) que esta tecnologia posibilita é um diferencial


das demais (poin-to-point e point-to- multi point). Esta rede permite que
determinados elementos, como neste caso chamados de End-devices possam
atuar como roteadores, deixando a rede mais robusta o que permite a inserção
de novos dispositivos sem necessidade de reestruturar a rede. Tal fato
possibilita o uso em ambientes com muitos obstáculos o que no caso de
residências o fato é extremamente comum.

Figura 15 - Rede Zigbee Mesh

31
Central de automação residencial - Hardware

O baixo consumo de potência possibilita maior autonomia, que


conciliado com a estrutura robusta possibilita alta confiabilidade na transmissão
de dados e maior segurança.

A Tabela 1 mostra um comparativo com outras tecnologias já bem


difundidas.

A tecnologia Zigbee se mostra mais interessante e eficaz para a


aplicação domiciliar em todos os quesitos, ressalvando a baixa complexidade e
a topologia de rede.

Tabela 1 -Comparativo entre principais tecnologias.

A empresa Albacore, uma das distribuidoras da tecnologia no Brasil em


seus cursos de “Start up Zigbee” cria um comparativo entre distância e
velocidade de transmissão de dados, tais quesitos são apresentados na Figura
16.

32
Central de automação residencial - Hardware

Figura 16 - Alcance x Velocidade

Esta tecnologia se demonstra apropriada para a aplicação de domótica


devido as suas características e o conceito novo de rede Mesh.

4.6. Dispositivo de controle

Para o presente projeto foi escolhido o microcontrolador Atmega8,


microcontrolador que realizará a função de armazenamento das variáveis e será
responsável pela inteligência do hardware. Sua vasta gama de aplicações, bem
como sua arquitetura robusta e sua alta performance foram fatores decisivos na
escolha de tal componente.

Tendo sua pinagem exemplificada na Figura 17 pode-se salientar suas


especificações:

 28 pinos sendo 23 I/O´s (Entradas/Saídas)

33
Central de automação residencial - Hardware
 Opera a uma tensão de 4,5 a 5,5V
 Tem seu consumo padrão (4 Mhz, 3V, 25°C) sendo de 1,0 mA em
modo ativo e até 0,5 em “power-down”

Figura 17 - Pinagem do Atmega8

Para programar a memória flash do Atmega8 foi utilizado o compilador


Bascom – MCS Eletronics (www.mcselec.com). Este software é de simples uso
e de linguagem de programação própria de fácil compreensão, é comumente
usado para programar Atmel-Avr´s.

O AVR é um microcontrolador RISC de chip único com uma arquitetura


Harvard modificada de 8-bit (µC) desenvolvido pela Atmel em 1996. Foi um dos
primeiros da família de microcontroladores a utilizar uma memória flash com o
intuito de armazenar a programação, diferentemente de seus concorrentes da
época, que utilizavam memórias do tipo PROM, EPROM ou EEPROM.

Para a gravação do programa no chip, foi utilizado o gravador Universal


Top Max II da empresa “ee tools” (www.eetools.com), que esta disponível para o
uso em pesquisas e estudo para alunos da Universidade Estadual Paulista –
Júlio de Mesquita Filho Campus de Sorocaba. O modelo é apresentado na
Figura 18.

34
Central de automação residencial - Hardware

Figura 18 - Gravador Universal

4.7. Adequações realizadas.

A definição assertiva dos componentes e métodos utilizados neste projeto


foi, de início, conturbada.

O levantamento do “Estado da Arte” foi ícone fundamental ao início do


estudo e proporcionou a realização de uma pesquisa que definiu os sensores,
atuadores, microcontrolador e equipamentos que foram utilizados na construção
da plataforma de hardware.

Sendo assim deve-se fazer uma ressalva as barreiras encontradas


comuns em qualquer projeto, inclusive neste.

A escolha do software à ser usado para programação passou por


diversos testes antes mesmo de se optar pelo Bascom. Fora usados os
softwares PonyProg 200 (software livre) e o Avr studio da própria Atmel. Ambos
não atenderam às necessidades do projeto, cada qual por fatores diversos.

O PonyProg, apesar de ser de simples manuseio, é limitado quanto a


sua funcionalidade, portanto não se comunica com todos os gravadores e sua
interface não permite por exemplo uma simulação da programação. Tais
fatores foram decisivos para não optar por este modelo.

O Avr Studio, ao contrário do anterior é demasiado completo, todavia


tem suas versões pagas, ou seja, visando a necessidade diminuir os gastos
35
Central de automação residencial - Hardware
com o projeto, bem como a não necessidade atual de se contratar uma licença,
foi opcional a não utilização do mesmo.

O Bascom, software escolhido, apesar de ser pago, disponibiliza uma


versão demo, que para o projeto foi suficiente. Tal software é de funcionamento
simples e acessível permitindo simulações e a geração de arquivos como .hex,
.bin .bas entre outros. Além de apresentar funcionalidades diferenciadas que
auxiliam, de certa forma, a programação por exemplo, disponibiliza uma
ilustração do microcontrolador à ser programada com a definição de suas
portas, além de ser possível associar documentos como .pdf´s que podem ser
abertos na mesma janela de programação e auxiliar durante o processo. Segue
a tela Bascom, representada na Figura 19.

Figura 19 - tela do Programa Bascom

A escolha do gravador também foi decisiva para o andamento do projeto,


mediante a disponibilidade de uso do gravador da Universidade, em primeira
instância foi feita uma pesquisa na rede de Internet sobre possíveis gravadores
“caseiros” que poderiam ser usados no projeto, inclusive também há projetos de
gravadores similares no manual de usuário do Bascom (Anexo).

A execução de gravadores comuns na rede não atendeu as


necessidades, apesar do desenvolvimento correto via hardware, os softwares
36
Central de automação residencial - Hardware
utilizados para programação nem sempre detectavam o gravador desenvolvido,
o que tornou necessário a utilização de um gravador universal como o citado
anteriormente. O modelo de um dos gravadores desenvolvidos é exposto na
Figura 20.

Figura 20 - Modelo de gravador "caseiro"

As demais escolhas efetuadas ao longo do projeto foram embasadas em


pesquisas e adequação as necessidades, não apenas processuais bem como
orçamentárias.

5. Desenvolvimento.

5.1 .Visão geral do sistema.

A proposta de desenvolver um protótipo e aplicá-lo em uma planta real


propiciou uma melhor visualização da complexidade do projeto.

O sistema proposto é composto baseado na Figura 21, onde a IHM


(Interface Homem Maquina) se comunica por Wi-fi com outra máquina que
processa a informação e efetua a comunicação Zibee com a placa de Hardware
para que os sensores e atuadores efetuem seus respectivos papéis.

37
Central de automação residencial - Hardware

Figura 21 - Modelo de comunicação

O protótipo foi pensado seguindo a aplicação na planta real apresentada


esquematicamente pela Figura 22, sendo possível assim visualizar a
aplicabilidade da proposta. Os atuadores e sensores são apresentados na
legenda. Para que fosse possível a realização deste modelo foram necessárias
três (3) placas de Hardware, não justificadas pela distância, porém baseadas na
simulação da rede Mesh e possível aplicação futura para uma planta mais
complexa.

Tratando-se da parte de Hardware os circuitos que seriam necessários


para a exequibilidade do proposto foram estipulados e serão explicados a seguir,
sendo eles o circuito de alimentação, o de acionamento da persiana, controle de
intensidade luminosa, circuito de ligação do microcontrolador Atmega8 com o
Zigbee e circuitos atuadores diretos. Para os demais circuitos, presença,
temperatura e LDR será apresentado o modelo de ligação porém deve-se citar
que por motivos de facilidade lógica a ligação dos mesmos foi diretamente feita
ao chip zigbee ao invés de passar pelo microcontrolador.

Vale salientar que todo o software necessário para a comunicação e IHM


foi desenvolvido em Pilon (2011) e Esteves (2011).

38
Central de automação residencial - Hardware

Figura 22 - Esquemático das aplicações na planta real

5.2. Circuito de Alimentação

O circuito de alimentação é de fundamental importância para a


composição da placa de circuito impresso tendo em vista que na mesma devem
circular tensões de 127V CA para alimentação da placa e também de alguns
acionamentos, 12V CC para o acionamento do motor da persiana e 5V CC que
serve de alimentação para toda a parte eletrônica e do microcontrolador exceto
a alimentação do Zigbee que necessita de 3,3V CC.

Tendo as tensões necessárias para alimentar todos os circuitos da placa,


foi utilizado o esquema da Figura 23 (www.ivarijis.vilabol.uol.com.br) como
modelo para representação do circuito montado.

39
Central de automação residencial - Hardware

Figura 23 - Esquema do circuito de alimentação

A alimentação da placa foi determinada com base no padrão brasileiro


estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
(www.aneel.gov.br), ou seja 127V CA e 60Hz.

O transformador é responsável por abaixar a tensão e fazer o isolamento


do circuito. Por segurança foi adicionado um fusível antes da entrada de tensão
no transformador para garantir que, em casos de sobrecarga, a placa não fosse
danificada.

A ponte de diodos é responsável pela retificação da onda, gerando uma


tensão média de 18V aproximadamente.

Na Figura 23 foi utilizado um regulador de tensão cujo papel é manter


estável (regulação linear) a tensão requerida. Segue modelo Figuras 24 e 25.

Figura 24 - Funcionamento do Regulador de Tensão

Figura 25 - Modelo genérico do regulador de tensão


40
Central de automação residencial - Hardware

A regulação em 12V constante posteriormente alimenta mais dois


circuitos semelhantes para a redução a 5V e enfim 3,3. Respectivamente foram
usados os seguintes reguladores LM7812, LM7805 e LM 1117.

È necessário pontuar que para o regulador LM1117 que possui


configuração diferenciada no circuito, seguindo o modelo da Figura 26 retirado
da página da Rogercom (www.rogercom.com.br).

Figura 26 - Configuração LM1117 (Rogercom)

Na Figura 27 é apresentado um diagrama de blocos para exemplificar o


sistema proposto de uma fonte de alimentação com tensão regulada na saída.

Figura 27 - Diagrama de blocos para a fonte de alimentação

41
Central de automação residencial - Hardware
5.3. Circuito para atuação na persiana

O acionamento da persiana é feito pela atuação de um motor de corrente


contínua (Motor CC) de 12V conectado como mostrado na Figura 28 que faz
parte do datasheet (Anexos) do componente L298 que é apresentado na Figura
29.

Figura 28 - Ligação do Motor no L298

A ligação apresentada é feita para que possamos usar o motor CC de


forma que o mesmo aplique torque para os dois sentidos de rotação (horário e
anti-horário). O circuito muitas vezes utilizado para efetuar este tipo de atuação
é a ponte H, que para este projeto é representada pelo CI L298.

A habilitação do componente integrado possibilita que se possa atuar no


motor apenas mudando o sinal das saídas do componente e conforme a

42
Central de automação residencial - Hardware
combinação tem-se a função desejada. Tais funções são apresentadas na
Tabela2.

Figura 29 - Modelo do componente L298

A análise da Tabela 2 (datashhet) permite compreender como parar e


mover o motor para o sentido requerido. A combinação e programação para
execução destas atividades pelo microcontrolador são apresentadas mais
adiante quando é explicado o método de programação.

Tabela 2- Combinações das saídas do L298 para atuação no Motor CC (anexos)

5.4 Circuito Atmega8 – Zigbee

A Figura 30 representa a pinagem do chip Zigbee. A alimentação com 3,3


V CC foi conectada aos pinos 1 e 14 e o Terra (GND) ao pino 10.

O Zigbee é responsável por encaminhar ao microcontrolador os sinais


para o controle do motor da persiana e também do controle de dimer

43
Central de automação residencial - Hardware
(intensidade luminosa). Para tal, as portas do zigbee foram configuradas como
saídas de sinal.

As portas 16 e 17 sendo as responsáveis pelo sinal referente ao motor e


as portas 11,12 e 7 são responsáveis pela combinação do circuito dimerizador.

O LDR, o sensor indutivo e o de Temperatura, como citado anteriormente


foram ligados diretamente ao Zigbee, portando em portas de entrada de sinal,
são estas 18,19 e 20 respectivamente.

Figura 30 – Modelo desenvolvido para representar o Chip Zigbee

Na visão do microcontrolador (Figura 17), a Porta B, de 0 a 5, recebe


todos os dados enviados pelo Zigbee para que possam ser manipulados.

Todas as configurações e ligações citadas ao longo do projeto estão no


Apêndice que consta o circuito elétrico esquematizado.

5.5. Circuito Dimer

O circuito dimer consiste no controle da intensidade luminosa através da


porção de potência entregue a carga, neste caso uma lâmpada halogênica. A
Figura 31 mostra a configuração do circuito dimer.

44
Central de automação residencial - Hardware
O relê mostrado no esquema foi colocado para garantir o não desperdício
de energia no modo “Standby”, ou seja o consumo de energia elétrica no modo
de espera.

O optoacoplador 4N35 é responsável por detectar a passagem da onda


de alimentação CA por zero, emitindo um sinal a cada transição.

A parte inferior do circuito, onde encontra-se o Triac BT138 e o


optoacoplador MOC3021 é responsável pelo controle do ângulo disparo do Gate
do triac, assim limitando a onda conforme o necessário.

Para exemplificar o ângulo de disparo do Gate do Triac, a Figura 32


retirada do site Elétron Livre (www.blog.eletronlivre.com.br) representa três (3)
situações distintas do tempo de disparo e o comportamento resultante da onda
de entrada.

Percebe-se que a quantidade de energia entregue a carga muda


conforme controla-se o ângulo de disparo, tal resultado proporciona o controle
da intensidade luminosa na lâmpada.

Figura 31 - Circuito Dimer

45
Central de automação residencial - Hardware

Figura 32 - Situações para o disparo do Garte

46
Central de automação residencial - Hardware

Através do controle do ângulo de disparo do triac, seria possível manter a


lâmpada teoricamente apagada, porém estaríamos consumindo energia
desnecessária devido ao Standby, para isso como citado anteriormente o relê
microcontrolado proporciona uma melhor economia de energia e, portanto um
controle mais adequado.

A Figura 33 mostra a onda de alimentação no detalhe, onde T representa


o período da onda e foi calculado para auxiliar na divisão da onda conforme os
tempos de disparo necessários para o controle proposto.

Figura 33 - Onda CA de alimentação

(EQ.1)

(EQ.2)

(EQ.3)

Como o circuito dimer será microcontrolado, ou seja o


microcontrolador receberá uma combinação de três bits do zigbee para definir
qual estado ou intensidade luminosa, o usuário deseja que a lâmpada esteja.
47
Central de automação residencial - Hardware
Três bits geram oito (8) combinações, porém como uma delas será a lâmpada
desligada que apenas seria tirar a tensão que alimenta a bobina do relê abrindo-
o, para as demais situações pode-se dividir meia onda (8,35 ms) em sete (7)
partes iguais.

Cada porção resultante da divisão proporcionará um momento de disparo


do Gate e assim o acionamento da lâmpada. Então após efetuado os cálculos
tem-se a Tabela 3 contendo cada ângulo que o Gate deve ser disparado para a
obtenção do estado desejado pelo usuário.

Tabela 3 - Ângulos de disparo do Gate.

Estado da
D0 D1 D2 Ângulo de disparo [ms]
Lâmpada

0 0 0 - Apagada

0 0 1 1/140 15%

0 1 0 1/168 30%

0 1 1 1/210 45%

1 0 0 1/280 60%

1 0 1 1/420 75%

1 1 0 1/840 90%

1 1 1 0 100%

48
Central de automação residencial - Hardware
5.6 Circuitos LDR, Indutivo e Temperatura.

Para o circuito de LDR (Light Dependent Resistor ou em português


Resistor Dependente de Luz) que é um componente eletrônico que quando
incidimos luz sobre ele o mesmo diminui sua resistência, foi montado conforme a
Figura 34.

Este circuito funciona como um sensor de luz, ou seja, quando há luz


sobre o LDR ele vai acionar o transistor que acionará o LED. Quando o existe
alguma luminosidade o LDR diminui sua resistência fazendo assim a tensão
sobre a base do transistor subir acima de sua tensão de saturação, o que leva a
saturação do transistor (acionando o LED). Quando não há mais incidência de
luz o LDR aumenta sua resistência, fazendo assim a tensão sobre a base do
transistor cair abaixo da tensão de saturação (desativando o LED).

Figura 34 - Circuito LDR

O circuito é composto por um divisor de tensão, assim pode-se calcular o


valor da tensão no Led seguindo a Equação 4.

Deve-se salientar que para efeito de cálculo e disposição na placa o Rv1


(resistor variável) foi substituído por R4.

(EQ.4)

49
Central de automação residencial - Hardware
O valor de resistência do LDR foi obtido experimentalmente para duas
situações uma com luz ambiente (dia) e outra com intensidade luminosa
reduzida (noite), seus valor são apresentados pelas Equações 5 e 6.

(EQ.5)

(EQ.6)

Baseando-se no datasheet (Anexos) do BC548 e tendo os valores de


resistência e tensão de entrada apresentados calcula-se a tensão de saída.

(EQ.7)

(EQ.8)

(EQ.9)

(EQ.10)

(EQ.11)

(EQ.12)

Assim percebe-se que durante o dia o Led permanece acesso e o sinal no


bit de entrada do zigbee é 1, durante a noite o Led não acende e o bit de entrada
recebe 0.

Para o sensor indutivo foi conectado diretamente a uma porta definida


como entrada do Zigbee e alimentado por 3,3 V também, assim seu
funcionamento é simples emitindo 0 (zero) quando não a contato entre as partes
do sensor (Figura 10) e 1 (um) quando existe o contato para o bit de entrada.

Como instalaremos em portas e janelas, quando as mesmas estiverem


fechadas o zigbee recebe 1 (um), se forem violadas, ou seja, abertas o zigbee
recebe 0 (zero).

50
Central de automação residencial - Hardware
Para o circuito de temperatura foi usado o LM35, e conectado diretamente
ao Zigbee conforme o proposto no datasheet do mesmo (Anexos) e
representado na Figura 35.

Figura 35 - Circuito de Temperatura

5.7 Circuitos atuadores diretos (Relês)

Neste projeto coube ao escopo incluir dois circuitos que foram definidos
como atuadores diretos, pois apenas é acionado um relê que ao fechar o contato
ativa por exemplo um ventilador ou uma lâmpada.

O relê utilizado foi o AX1RC -5V, apresentado na Figura 36, ele tem sua
bobina ativada a 5V e tem capacidade do contato com 125 V CA ou 24 V CC.

Figura 36 - Relê AX1RC -5V

51
Central de automação residencial - Hardware

O esquema elétrico extraído do datasheet (Anexos) é representado na


Figura 37.

Figura 37 - Diagrama elétrico do relê

O circuito para o qual foi utilizado o relê é apresentado na Figura 38.


Aciona-se a bobina através de uma porta do Atmega8 configurada como saída
que ao acioná-la fecha o circuito e torna possível a alimentação da carga.

Vale salientar que visando o objetivo de tornar esta estrutura On/Off


genérica, pode-se conectar aparelhos diversos que funcionam (neste caso) com
127 V. O acionamento da carga vem por um sinal Zigbee que é processado no
microcontrolador e por sua vez atua diretamente na bobina do relê.

Figura 38 - Circuito esquemático do funcionamento do relê.

52
Central de automação residencial - Hardware

5.8 Circuito detector de pulso do botão.

O acendimento das luzes do quarto não apenas poderia ser controlado


pela IHM, todavia o usuário pode, por exemplo, acionar um ou mais interruptores
do cômodo, tal atitude deve mudar o status no programa e assim quando o
usuário desejar usara IHM esta efetue seu papel.

Para que fosse possível identificar o estado do botão, ou seja se a luz foi
acionada mecanicamente, foi necessário o desenvolvimento de um circuito
detector de pulsos pois o mecanismo que temos em botões convencionais é
mecânico e não seria plausível atuar no mesmo. Assim, foi desenvolvido o
circuito da Figura 42.

Para que fosse possível guardar o estado da entrada utilizou-se um Flip-


Flop tipo D, apresentado na Figura 39.

A cada pulso positivo de clock o circuito integrado mostra na saída o valor


que tem na entrada, e enquanto não houver outra subida no pulso de clock o
sinal é mantido.

A detecção de borda de subida e a transferência da informação da


entrada para a saída juntamente com o armazenamento do dado, caracteriza o
circuito dentro da funcionalidade necessária.

53
Central de automação residencial - Hardware

Figura 39 - a) FF tipo D e tabela verdade - b) ondas

Todos os interruptores mecânicos apresentam a existência de dois


contatos metálicos que serão apertados quando em manobra de apertar o botão
ocorre, este contato gera oscilações indesejadas antes e depois do contato
(Figura 40), ou seja, uma quantidade finita de pulsos decorrentes do efetivo de
fechamento ou abertura da chave. Para circuitos elétricos tais como lâmpadas e
campainhas, este comportamento não é perceptível, mas certamente não são
desejados em circuitos digitais.

Este fenômeno descrito é caracterizado como efeito debouncing e para


corrigi-lo é necessário a geração de um atraso na porta, para que o circuito
digital não perceba a oscilação. Tal atraso pode ser realizado via software ou
hardware.
54
Central de automação residencial - Hardware
Devido ao posicionamento do circuito (dentro da caixa que se encontra o
botão de acionamento da luz) foi proposto um atraso via hardware através da
utilização de uma porta NAND como a apresentada na Figura 41.

Figura 40 - Efeito debouncing

Figura 41 - Porta NAND

A porta Nand propicia um atraso na informação de detecção do pulso, o


que resulta em uma maior precisão no sinal. Deve-se salientar que o efeito
debouncig é indesejável na aplicação para que não haja por exemplo, com um
“click” do botão uma oscilação entre ascendimento e desligamento da lâmpada,
ou até mesmo uma disfunção no programa.

O circuito resultante é apresentado na Figura 42, foi simulado no Software


ISIS do Proteus.

55
Central de automação residencial - Hardware
Neste ponto é importante ressaltar que cada circuito quando necessário
foi simulado antes da montagem de testes no Protoboard. Para outros circuitos o
teste foi mais em Protoboard foi mais pertinente.

Figura 42 - Circuito de acionamento do botão

5.9. Programação do Microcontrolador.

Todo o programa desenvolvido e comentado encontra-se no Apêndice,


sendo assim esta seção dedica-se a explicar partes necessárias para o
funcionamento do mesmo.

56
Figura 43 - Configurações
Central de automação residencial - Hardware

A Figura 43 mostra a declaração do microcontrolador usado e


posteriormente configura as portas de entradas e saída do sistema.

A Figura 44 mostra a rotina criada para a leitura das portas de entrada e


aquisição de seus sinais.

A leitura é efetuada antes de qualquer ação do programa, além disso, as


funções que são declaradas posteriormente apenas são chamadas se houver

Figura 44 - rotina de leitura e cérebro do programa

variação no estado anterior como forma de agilizar o processamento, por isso há


uma série de comparações à serem feitas.

57
Central de automação residencial - Hardware

Caso haja uma alteração em uma das variáveis de comparação o estado


deve ser atualizado, sendo assim, como resultado das comparações as funções
são chamadas e após suas ações serem efetuadas o programa retorna para o
ponto de início.

Um fragmento da função Dimer pode ser analisado na Figura 45.

Figura 45 - Fragmento da função Dimer

Pode-se destacar da função Dimer os seguintes pontos, cada combinação


das entradas digitais define um estado para a lâmpada dimerizada e por sua vez

58
Central de automação residencial - Hardware
um tempo de disparo (ângulo de disparo) do Gate do Triac que proporciona a
intensidade desejada.

Figura 46 - Função detecta zero

A Figura 46 mostra a função criada para detectar a passagem por zero da


onda de 127V CA que alimenta o sistema, após a detecção do zero o programa
aguarda um tempo exato, indicando o tempo de disparo e então envia um para a
saída correspondente conectada ao Gate do Triac.

Figura 47 - Função de atuação no motor

A Figura 47 ilustra o funcionamento da função de escolha da ação do


motor, ou seja, baseado na leitura das portas digitais pode-se compreender qual
posição o usuário deseja que a persiana esteja. Uma outra função (Figura 48) foi
criada visando simplificar o programa.

59
Central de automação residencial - Hardware
A função denominada Persiana é responsável por diagnosticar a posição
anterior da persiana e calcular quanto a mesma deve se mover, sabendo já a
resposta da função Motor que indica se é para cima ou para baixo que o motor
deve atuar.

Figura 48 - Função Persiana

A Figura 49 demonstra a função do ventilador que é responsável por


adquirir o sinal encaminhar para a saída. Ainda temos a função teste, um
exemplo que roda continuamente para mostrar se a memória foi gravada
corretamente e se o funcionamento da placa esta correto.

Por fim o programa esta em Loop infinito, ou seja, nunca é finalizado, sempre
esta atualizando entradas e atuando por meio das funções.

60
Central de automação residencial - Hardware

Figura 49 - Funções finais

5.10 Testes de Hardware

A Figura 50 mostra o hardware desenvolvido para testes. Após a


definição dos circuitos a serem utilizados a fase de testes dos mesmo se iniciou,
gerando uma infinidade de montagens e uma sequência de testes tanto de
programação quanto de sistema físico.

A figura apresentada é apenas um dos modelos que foram montados e


desmontados diversas vezes tais testes realizados permitiram o refinamento do
esquema elétrico proposto (Apêndice) bem como e exequibilidade dos circuitos.

61
Central de automação residencial - Hardware

Figura 50 - Hardware montado para teste

Nesta etapa de testes o sistema não tinha qualquer comunicação com o


sistema Zigbee (Esteves, 2011) ou com a IHM (Pilon,2011) sendo assim os
testes foram efetuados visando a simulação dos circuitos e quando necessárias
as entradas e saídas de sinal foram forçadas e/ou substituídas por botões.

Nesta fase coube a compilação do programa para o microcontrolador, de


forma simultânea, muitas vezes, pra que fosse possível a confiabilidade no
sistema proposto.

O programa, após compilado, foi gravado com sucesso com o uso do


Gravador Universal apresentado previamente e seu resultado é exposto na
Figura 51. O software utilizado para a gravação é o Max Loader fornecido pela
própria empresa do Gravador (www.eetools.com.br).

62
Central de automação residencial - Hardware

Figura 51 - Gravação do Microcontrolador

6. Resultados

6.1 O Layout

Depois de decorrido o desenvolvimento, os testes preliminares e o


refinamento do esquema elétrico (Apêndice), o esquema proposto permitiu a
contratação de uma empresa terceirizada, especialista no desenvolvimento de
placas de circuito impresso (PCI), para a confecção do layout e posteriormente
da placa à ser utilizada como protótipo na instalação.

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Central de automação residencial - Hardware

A escolha de uma empresa para a realização deste serviço, além é claro


da experiência no método utilizado, visou agilizar o projeto e finalizar o protótipo
que seria usado na integração. Deve-se salientar que o desenvolvimento do
layout, bem como a confecção de uma placa de circuito impresso estavam fora
do escopo do projeto e servem para agregar funcionalidade ao proposto.

O desenvolvimento do layout é apresentado nas Figuras 52 a 55 cada


qual apresentando a vista superior, a furação e a vista inferior da placa.

Figura 52 - Layout da vista superior da PCI

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 53 - Layout da furação à ser aplicada na PCI

Figura 54 - Layout do posicionamento de Componentes na PCI

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 55 - Layout da vista inferior da PCI

6.2 A Placa de Circuito Impresso.

O layout proposto foi confeccionado e posteriormente utilizado para a


formulação da Placa de Circuito Impresso (PCI) apresentada nas Figuras 56 e
57.

A execução deste passo foi fundamental para a proposta contida no


escopo do projeto, a integração propriamente dita. A placa fabricada tem a
função de, através da comunicação Zigbee, interagir com o proposto por Pilon
(2011) e Esteves (2011).

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Central de automação residencial - Hardware
O posicionamento e soldagem dos componentes foi aferida e pode gerar
a PCI final exemplificada pela Figura 58.

Figura 56 - Vista superior da PCI.

Figura 57 - Vista inferior da PCI.

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 58 - Placa de circuito impressa

A Confecção da PCI propiciou uma visão realista do protótipo e seu


aplicabilidade se torna mensurável após a integração.

Foram confeccionadas 3 (três) placas visando a composição e integração


total do ambiente, cada qual desempenhando uma função de monitoramento
e/ou controle específico do cômodo para que fosse possível a utilização da
analogia de um cômodo a uma residência.

Se comparada às Figuras 5 e 6 a PCI desenvolvida se apresenta mais


robusta e versátil podendo ser aplicada a mais funcionalidades que as citadas.
Quando comparada ao módulo do 3NYX(Figura 8), por se tratar de um protótipo,
o módulo desenvolvido esta perto de um produto de grande porte, futuramente é
cabível o desenvolvimento e aperfeiçoamento de uma central mais próxima do
produto disponibilizado pela Jet Home Automation (www.3nyx.com).

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Central de automação residencial - Hardware
6.3 Placa para detecção de pulsos do botão.

Como citado anteriormente, para a aplicação proposta é necessária a


confecção de uma placa para correção do efeito deboucing e ainda aquisição do
sinal gerado através do acionamento do botão (pulso).

Para esta aplicação não se detectou necessidade de terceirizar o serviço


visto a logística e manipulação simples e isolada do circuito.

Assim, foi utilizado o método de corrosão de placas de cobre utilizando o


ácido Percloreto de Ferro (Anexo). Tal método é comumente usado para
confecção de placas simples e de protótipos para testes.

O resultado esta exposto nas Figuras 59 e 60 e a placa atingiu o proposto


funcionando adequadamente.

Figura 59 - Vista superior da placa do botão.

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Central de automação residencial - Hardware

Figura 60 - Vista inferior da placa do botão.

A confecção destes módulos de hardware deve ser repetida para cada


interruptor presente no ambiente, ou então substituída por um método de
software.

6.4 Aplicações

A inclusão desta seção visa apenas a consolidação das informações


passadas durante o projeto conectando-as com suas aplicações propostas.

A PCI, juntamente com a placa do botão, mais os sensores e atuadores


formam o conjunto de Hardware necessário para a atuação e integração de uma
residência, assim as partes foram confeccionadas visando não apenas o
atendimento da aplicação específica, entretanto uma gama de ambientes
similares.

Com a placa fabricada temos a opção de:

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Central de automação residencial - Hardware
 Controlar um motor CC de 12V bidireccionalmente.
 Acionar dois atuadores (eletrodomésticos etc.) que utilizam alimentação
127V CA.
 Dimerizar uma lâmpada, ou conjunto de lâmpadas, conectados a placa.
 Proporciona a obtenção do sinal de ausência ou presença de iluminação.
 Proporciona a obtenção do sinal de temperatura gerado pelo sensor.
 Proporciona o sinal de abertura de portas e janelas por meio do sensor
indutivo.
 Fornece alimentação em três tensões CC, 12V, 5V e 3,3V.

A placa ainda possui o circuito de isolamento e proteção em caso de


descargas altas de tensão além de propiciar a comunicação entre módulos
Zigbee visando a integração e monitoramento da residência.

6.5 Testes Gerais com Integração de Sistemas.

A dificuldade na execução paralela e vinculada aos projetos citados em


Pilon (2011) e Esteves (2011), bem como as barreiras impostas durante o
caminhar do projeto como, por exemplo, fabricação da placa de circuito
impressa, não conformidade de gravadores do Atmega8 caseiros entre outros,
gerou um atraso em cronograma, assim não foi possível a conclusão dos testes
envolvendo todas as variáveis monitoradas e controladas.

Alguns testes já foram realizados e obtiveram sucesso em sua execução,


são estes o acionamento da persiana, o monitoramento da temperatura interna e
externa, os sensores indutivos monitorando a abertura e fechamento de portas e
janelas e por fim, o acionamento de um ventilador como proposta de atuar na
temperatura. Neste ponto vale salientar que demais objetos 127V CC podem ser
conectados e acionados com união do projeto como um todos continuado pelo
software de comunicação (www.blog.eletronlivre.com.br) e a IHM (Pilon, 2011).

A interação até o presente momento da entrega deste trabalho se


mostrou satisfatória, ou seja, a transmissão através das redes Wi-fi e Zigbee
propiciou a atuação remota através de uma IHM em todas as varáveis testadas.
71
Central de automação residencial - Hardware

6.6 Melhorias

Como qualquer protótipo ou projeto desenvolvido, a primeira versão


requer um refinamento e uma melhoria contínua em suas funcionalidades e
exequibilidades, sendo assim tal projeto não escapa à regra.

Melhorias devem ser feitas em diversos pontos do protótipo visando sua


inserção no mercado para sua comercialização, tais melhorias abrangem tanto
hardware como software.

Podemos citar nesta seção apenas alguns pontos identificados ao longo


da integração, são eles dentre outros:

 Reposicionamento do LDR para que o mesmo não fique


centralizado na placa.
 Inclusão de um botão On/Off na placa.
 Correção de circuitos propostos.
 Avaliar uma proposta para substituir a comunicação via Bit´s
(digital) entre Atmega8 e Zigbee por exemplo por protocolo serial.

O primeiro passo para a execução de um produto futuro no mercado,


visando uma aceitação excepcional é a aceitação das falhas e a busca
constante por melhorias, o projeto propicia esta visão.

7. Conclusões

Para a concepção do projeto foi utilizado o conceito S.M.A.R.T (Specific,


Measurable, Action-Oriented, Realistic and Time-Limited) (Marquez,2011) o que
possibilitou a ordenação das ideias e a consolidação das informações.

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Central de automação residencial - Hardware
Os pressupostos e objetivos adotados no início do trabalho foram
trilhados e focaram o desenvolvimento da PCI e outros módulos de Hardware,
assim atingindo a proposta.

O hardware desenvolvido permite a integração com os demais projetos


(Pilon,2011; Esteves,2011), visando a automação residencial, portanto o sistema
é capaz de receber comandos gerados pelo usuário na IHM recebidos via
Zigbee e atuar nos comandos e monitoramentos da cômodo proposto. Tais
fatores me permitem vincular os feitos concluídos do trabalho em questão, bem
como agregar resultados dos projetos vinculados que constituem uma central de
automação residencial.

A proposta de execução de uma PCI flexível no sentido de utilização foi


alcançada mediante a possibilidade de utilização em um ambiente não
necessariamente igual ao proposto, passando apenas por atualizações.

No presente ato deste trabalho pode-se criar um efeito comparativo com


demais tecnologias apresentadas na área, assim se compararmos com o
exemplo em (Muratori,2010), o sistema proposto parece atender a uma
demanda real de um sistema de automação residencial disponível no mercado.
A definição de um dispositivo móvel para atuação no ambiente permite um maior
conforto e mais facilidades agregadas a usuários incluindo neste grupo uma
grande facilidade gerada para deficientes físicos, por exemplo, que não
necessitariam se deslocar até uma central fixa.

Uma abordagem mais intuitiva gerada pela aplicação de uma interface


simulando a planta ambiente facilita a utilização do usuário e permite uma maior
compressão do ambiente ao redor, assim nota-se mais um ponto de melhoria se,
em uma visão macro, adotarmos um novo objetivo que seria a inserção do
protótipo no mercado.

Relacionado da mesma maneira, o proposto pela Aureside (Assprciação


brasileira de Automação Residencial) permite uma integração com a internet,
mesmo que com variáveis limitadas, porém é um diferencial que pode ser
agregado a um futuro produto, o que sem dúvida traria uma vantagem
competitiva se visado este mercado potencial em crescimento, que atualmente,
no Brasil, engloba 1 (um) milhão de residências (UOL,2011).

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Central de automação residencial - Hardware
Neste ponto deve-se salientar que uma proposta ainda inalcançada,
apenas por limitações de módulos Zigbee e conceitos que fogem ao escopo do
trabalho, a rede Mesh citada como um diferencial não foi totalmente abrangida,
todavia, sendo a aplicação funcional a dois ambientes (quarto e banheiro),
aparentemente não há bloqueios que empesam uma utilização expandida a uma
residência completa.

Uma estrutura de comunicação mais robusta entre o Zigbee e o Atmeg8


poderia, por exemplo, agregar uma maior facilidade quando aplicado a uma
residência como um todo, visando uma maior complexidade do fluxo de
informações.

Por fim o projeto proposto tem grande probabilidade de ser inserido no


mercado, é claro que atendendo à melhorias (inclusive algumas mencionadas)
gerando assim uma integração entre o usuário e sua residência de modo a
facilitar ações e gerar conforto e satisfação vinculados a um baixo custo se
comparado com sistemas similares correntes atualmente.

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Central de automação residencial - Hardware

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICES

 [1] Programa.
 [2] Esquema elétrico
 [3] Layout da placa

ANEXOS

 [1] Datasheets
 [2] Tutorial Bascom
 [3] Tutorial como corroer placas

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