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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Procedimento Laboratorial Nº 3- DETERMINAÇÃO


DO COEFICIENTE DE PARTILHA SOLO - ÁGUA

Isabel Fagundes| up202004650

Realizada(o) no âmbito do
Mestrado em Engenharia de Minas e Geo-ambiente

31/10/2023
Índice:
Introdução..............................................................................................................3
Objetivos................................................................................................................3
Parte experimental................................................................................................. 4
Materiais e reagentes:............................................................... 4

Procedimento laboratorial:........................................................ 4

Resultados..............................................................................................................6
Bibliografia............................................................................................................7

Índice de Figuras:
 Figura 1 Diferentes corantes orgânicos utilizados.................................................4
 Figura 2 Agitador mecânico..................................................................................5
 Figura 3 amostras secas na estufa..........................................................................5
Introdução

Com o propósito da elaboração de um estudo ou avaliação de Impacte ambiental é


necessária a caracterização da fonte poluidora em áreas possivelmente contaminadas por metais
pesados ou outros contaminantes para uma melhor determinação da concentração total de
poluentes nas fases solida, líquida e gasosa no solo. Contudo, é necessário conhecer a
biodisponibilidade do poluente, como esta relacionada a sua mobilidade e respetiva pluma de
contaminação e respetivamente as diferentes fases, deve-se utilizar programas computacionais
que permitam fazer essa avaliação, baseada em medidas experimentais de laboratório e/ou de
campo.
A determinação da distribuição e mobilidade dos poluentes, principalmente dos metais
pesados no sistemas solo-água, é realizada através da medição do Kd. O Kd é definido como a
relação entre a concentração do contaminante associado com o solido (solo) e a concentração do
contaminante na solução aquosa (água), quando o sistema está em equilíbrio. Este coeficiente
permite a comparação do comportamento de elementos em diferentes sistemas e a determinação
da quantidade de metal adsorvido pelo solo originalmente na solução. Segundo CETESB
(2001), uma área é classificada como contaminada quando for detetada a presença de poluentes
no solo ou na água subterrânea em concentrações acima dos valores de intervenção.

Objetivos

Este ensaio laboratorial tem como objetivo, o cálculo do coeficiente de partilha solo-
água de um composto não volátil. É assim determinada por várias propriedades físicas do
composto e do adsorvido em termos de um só parâmetro.
Este coeficiente permite a comparação do comportamento de elementos em diferentes
sistemas e a determinação da quantidade de metal adsorvido pelo solo originalmente na solução.
Baixos valores de Kd indicam que a maior parte do metal presente no sistema permanece em
solução, por outro lado, os valores altos de Kd refletem uma grande afinidade dos componentes
sólidos do solo com o elemento (Capacidade de retenção).

¿
Kd C ₛ
C
Parte experimental
Materiais e reagentes:
 Amostra de solo;
 Corante orgânico de concentração conhecida;
 Água destilada;
 Gobelés;
 Agitador mecânico;
 Buretas graduadas;
 Papel de filtro;
 Funis;
 Vidros de relógio.

Procedimento laboratorial:
 Pesagem de duas amostras de solo , uma com 20g outra com 15g;
 Colocar as respetivas amostras em gobelés identificados de 500mL;
 Medir um volume de 150mL de solução do corante orgânico com concentração de
18mg/L;
 Medir um volume de 150mL de solução do corante orgânico com concentração de
30mg/L;

Figura 1 Diferentes corantes orgânicos utilizados


 Introduzir a solução de concentração 18mg/L no gobelé com a amostra de 15g, e a de
concentração 30mg/L na amostra de 30g;
 Colocar os gobelés nos agitadores mecânicos numa velocidade media durante 16 horas.

Figura 2 Agitador mecânico

Após as 16 horas de agitação:


 Pesar os papeis de filtro e vidros de relógio;
 Filtrar as soluções;
 Medir as soluções e guardar num recipiente com tampa devidamente identificadas;
 colocar o resíduo solido num vidro de relógio e pesar;
 Levar à estufa a 60ºC durante 1hora e pesar o solo seco.
Figura 3 amostras secas na estufa

Resultados
Tabela 1 resultados laboratoriais

Massa da Amostra 1 = 20.02±0.01g Amostra 2 = 15.03±0.01g


amostra de solo

Concentração do corante 30mg/L 18mg/L


Papel de Filtro 0.83±0.01g 0.84±0.01g
Vidro de relógio 69.05±0.01g 78.26±0.01g
Volume da solução 130mL 136ml
M. amostra molhada 30.34±0.01g 22.01±0.01g
M. amostra seca 19.74±0.01g 14.97±0.01g
Água perdida na secagem 10.6mL 7.04mL

Através dos resultados obtidos é percetível que uma pequena percentagem (0.2-1%) 1
de amostra é perdida durante o processo assim como de solução.
As amostras encontram-se assim prontas para a realização do procedimento de
determinação de concentrações com a utilização de um espectrofotómetro de absorção
visível.

1 Cálculos realizados com base nos resultados obtidos entre a massa da amostra inicial e a
massa da amostra final seca.
Bibliografia

Borba, R. P., & De Camargo, O. A. (n.d.). VARIAÇÃO DOS VALORES DE KD DE


METAIS PESADOS AO LONGO DO PERFIL DO SOLO. Aguas Subterrâneas,
https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/22003/14364.
Santos, M. M. (2013). Determinação Experimental do Coeficiente de Distribuição (Kd)
de Chumbo e Bário em Solos da Região Semiárida do Estado da Bahia. ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENERGIA NUCLEAR - ABEN.
Soares, M. R. (2015). Coeficiente de distribuição (Kd) de metais pesados em solos do
estado de São Paulo. https://doi.org/10.11606/t.11.2005.tde-31052005-170719

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