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LEITURA)
O filme Alien: Covenant vem me intrigando esses meses, desde que assisti, já
com ansiedade para saber para onde tinha ido a nave no final do filme anterior
Prometheus. O filme como um todo possui referencias inúmeras assim como seu
antecessor. Coincidência ou não, tenho lido sobre a religiosidade do antigo Egito,
também esses últimos meses, e não tardou para encontra vários autores que discutem a
vivacidade da antiga cultura muito presente ainda hoje dentro do próprio Egito. Os
Baladis (nativos) são a chamada maioria silenciosa que habita sua terra natal Egito e que
herdaram e mantiveram boa parte da cultura dos seus antepassados.
O livro a Mística Egípcia: Buscadores do Caminho, do autor Moustafa
Gadalla, nascido no Cairo, um egiptólogo independente que dedica sua vida ao estudo
da cultura do seu país, foi a principal referência adotada para o presente texto. A
primeira coisa que gostaria de pontuar aqui é parte do que o autor define como Mística
Egípcia. A mística pode ser entendida aqui como práticas que levam a contato direto
com uma realidade superior (transcendente), no caso do Egito essas práticas partiam do
autoconhecimento e autocontrole para se alcançar estados superiores da consciência.
Sem entrar nos pormenores dos livros há três níveis de consciência das tradições
místicas egípcias:
No filme Alien: Covernant há uma cena muito simbólica entre os dois (hoje sintéticos,
ontem androides) David e Walter. Walter descobre o quarto/laboratório de David, o
androide do filme anterior Prometheus; no início do filme Alien: Covenant temos a cena
de David e seu criador, e esse responde a David que o motivo de o ter criado é tentar
encontrar resposta ao anseio humano: de onde viemos e por que estamos aqui. Mas
David tinha o diferencial da criatividade e esse é exatamente um ponto importante, pois
a criatividade como característica humana é levada por esse ser “não orgânico” ao
mesmo patamar destrutivo de seus criadores. Walter é o android/sintético inserido na
trama como sendo uma outra versão robótica, submissa aos humanos, sem o potencial
criativo de David. Entendo David como um Iniciado de grau elevado, tentando mostrar
ao aprendiz (Walter) as suas potencialidades e limitações. E esses elementos estão na
cena da flauta.
Ilustração do Livro Mistica Egipcia.