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FACULDADE SÃO BASÍLIO MAGNO

CURSO DE BACHARELADO EM FILOSOFIA

Profª Me. Teresinha Colleone


Alunos: Phaulo Rycardo Souza Guilhon

DISCIPLINA: PROBLEMAS METAFÍSICOS II - COSMOLOGIA


EXERCÍCIO ESCRITO - VALOR = 8.5 PTS
2º BIMESTRE 2021 - DATA DE POSTAGEM, PARA ENTREGA: 08/09/2021

QUESTÕES PARA RESPONDER


1. Sobre o filme “Ponto de Mutação” apresente: (2,4)
1.1 Breve comentário e apreciação sob a perspectiva da Filosofia da Natureza.
Tempo, realidade, perspectiva, vida, morte, ruptura do homem com a natureza,
máquina, cosmo dentre outras características presentes que o filme nos proporciona a
refletir. Uma reflexão que parte de seu contexto histórico a qual o homem entra numa
grande jornada. O filme logo no seu começo, ou melhor dito, todo o filme se passa por
um diálogo rico, ou ainda, um diálogo intelectual. Os problemas, as soluções, todos os
argumentos apresentados nos direciona a rever as nossas ações perante o mundo. Quem
deve pagar? O que deve morrer? Como o homem evoluiu em tecnologia, mas não
evoluiu como concertar de fato as coisas? O efeito estufa na atmosfera, problemas
globais, tudo isso foi ignorado juntamente com aquilo que se conecta a ela.
Pensa-se em dá soluções para algo, enquanto deveria dar soluções aos nossos
hábitos. Não se cura uma doença, mas busca bloquear a dor ou a causa daquela dor e
não resolver ou consertar a sua origem, isto é, de onde provém aquela dor. Sonia, tem
uma forte representação da ciência, mas uma cientista que se preocupa com o mundo e
como ele está se desenvolvendo. A leitura que Sonia faz, parte de princípios que foram
ignorados ou pior, esquecidos. A natureza sofre em todos os seus sentidos, terra, água,
ar, animais e principalmente a humanidade.
As mudanças que acontece na mão do homem causa sérios danos na natureza.
Oceanos, florestas, toda a atmosfera passa por mudanças, porém, não significa que a
natureza fica de braços cruzados, pelo contrário, a reação da natureza podem trazer
grandes catástrofe para a vida humana. Uma exploração seja ela qual for, pode custar
muito caro para toda a humanidade.
Descartes, Francis Bacon, Isaac Newton, foram os nomes mais citados,
principalmente sobre o sonho de Descartes, porém, segundo a física Sonia, foi Newton
que realizou, foi quase venerado como deus por sua capacidade tão alta de
intelectualidade. Depois, o diálogo partiu para uma explicação do que seja “átomo”. Em
resumo, átomo é a menor parte da matéria, é um espaço vazio. Sonia apresenta o
exemplo da laranja, ou seja, para ver o átomo da laranja é preciso deixá-la do tamanho
da terra para ver do tamanho de cereja.
Os exemplos de cada um dentro do diálogo, visam teorias diferentes que levam
ao mesmo sentido, apesar de terem recebidos formações totalmente diferentes. A física
fala do movimento da luz, a qual viaja numa velocidade impressionante. No hinduísmo
o deus Shiva era o responsável pela movimentação do universo, por meio da dança.

1.2 Fio condutor ou ideia central.


O fio condutor ou a ideia central do filme é apresentar um verdadeiro diálogo, a
qual temos a presença da física Sonia, do político Jack e do poeta Thomas. Em suma,
cada qual tem sua visão de mundo e complementam seus pontos de vista a partir do
diálogo.

1.3 Relações com os conteúdos vistos (só mencionar, sem desenvolver).


Primeiramente com a Carta de Seattle, ética ecológica, o conceito de natureza e
as pautas estruturais, a questão do dinamismo próprio, a relação do conceito de “physis”
com os filósofos da costa Jônica. Depois, a presença de uma analogia da física quântica
e a cosmologia e o desenvolvimento das visões do mundo.

2. Enumere as principais características do conceito pré-socrático de “physis”,


desenvolva um aspecto à sua escolha e ilustre com o filme. (2,5)
Physis é uma palavra que vem do grego. Jaeger diz que a palavra physis designa
o processo de surgir e desenvolver-se. A palavra physis indica aquilo que por si brota, se
abre, emerge, o desdobramento, pondo-se no manifesto. Physis também é arké,
princípio de tudo aquilo que vem a ser. Heidegger diz que a physis é o próprio ser,
graças ao qual o ente se torna e permanece observável.
Para os gregos, o psíquico também pertence à physis. Tales de Mileto numa frase
que lhe é atribuído em declarar que “tudo está cheio de deuses”, ora, esta ideia de que o
deus pertence em algum sentido à physis é característica de todo o pensamento pré-
socrático. A physis pertence, portanto, um princípio inteligente, que é reconhecido
através de suas manifestações e ao qual se emprestem os mais variados nomes: Espírito,
Pensamento, Inteligente, Logos etc. A physis compreende a totalidade de tudo o que é.
A palavra physis designa outra coisa que o nosso conceito de natureza. Pensar o todo do
real a partir da physis é pensar a partir daquilo que determina a realidade e a totalidade
do ente.
Mediante os fundamentos da palavra physis, o filme nos proporciona vários
elementos em relação a essa palavra, contudo, o avanço do diálogo entre os três podem
levar o homem uma reflexão, e principalmente o homem que se encontra cega, não
propriamente de sua vista, mas de noção de mundo, ora, novamente repito, as mudanças
que acontece na mão do homem causa sérios danos na natureza. Pois, a physis indica
aquilo que por si brota, se abre, emerge, o desdobramento, pondo-se no manifesto e não
precisa do “homem” para uma transformação. Na visão da física Sonia, o homem
evoluiu de fato, tecnologicamente falando sim, mas não evoluiu em como continuar
conectada a natureza, a relação entre homem e natureza sucumbiu-se lentamente e a
física Sonia nos alerta que uma exploração seja ela qual for, pode custar muito caro para
toda a humanidade.

4. Vocês perceberam que o filme trata de um diálogo entre três pessoas que
representam, respectivamente, a política, a ciência e a arte. Tal diálogo é possível?
Justifique sua posição. (Obs.: pode ser em forma de um questionamento,
consideração filosófica ou outra qualquer). (1,1)
Tal diálogo em primeiro lugar é raro, depois, não apenas por ser raro que seria
impossível, contudo, tal diálogo que o filme nos apresenta, significa a importância dos
pontos de vistas, ou seja, em uma pergunta: “Como eu vejo o mundo?” a problemática
pode partir daquilo que está certo no mundo ou daquilo que está errado no mundo. O
diálogo entre um político, uma física, e um poeta, transforma de maneira surpresa ao
interlocutor quase que uma impossibilidade, depois, uma acirrada bate-boca de quem
está certo. Em suma, não aconteceu nada de negativo, pelo contrário, aconteceu tudo de
maneira positiva. Esse diálogo nos ensinar a chegar a uma conclusão: “discordar sem
perder a amizade e sem perder o conhecimento”.
Ciência, política e arte podem ser conciliadas em um diálogo? Sem
dúvidas é um evento raro, porém, não impossível! Isso é o que nos mostra
o filme em questão; como relacionar a teoria dos átomos com harmonia
musical ou questões ambientais da política de um pais

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