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Uma das condições fundamentais do surgimento da vida está ligada ao


surgimento de pequenas mas complexas moléculas albuminosas. Estas
moléculas interagem com o meio ambiente buscando nutrientes para a sua
sobrevivência, segregando aquelas que não são necessárias ao seu
organismo. Estes dois processos
– assimilação e desassimilação - constituem parte integrante do processo
do metabolismo destas células albuminosas. As células albuminosas são
organismos que possuem a capacidade de reagir positivamente aos estímulos
de luz e de calor por estes serem o principal mecanismo para desencadear o
processo do metabolismo. Isto significa que, estes organismos só reagem
positivamente aos estímulos de luz e calor porque é a partir destes estímulos
que eles se alimentam.

Por outro lado, estímulos super-fortes tais como sons e efeitos químicos não
contribuem para o processo do metabolismo para estes organismo.

Portanto, há uma reacção negativa perante sua presença. Isto significa que os
coacervatos ou células albuminosas se orientam no meio ambiente através do
processo de excitabilidade ou de irritabilidade que é a capacidade de reagir
só aos estímulos que provocam o processo do metabolismo e não reagem
àqueles que não provocam esse processo.

Fazem parte deste grupo as plantas e as algas marinhas (vida vegetativa).

Estes organismos, por exemplo, se alimenta da luz solar, isto é a luz do sol é a
fonte principal para o desencadeamento do processo do metabolismo. Pense
portanto na planta que está em sua casa. Para ela sobreviver deve coloca-la
em direcção à luz solar, caso contrário ela morre, mesmo que a fonte de luz
esteja muito próximo. Estes organismos têm por outro lado a capacidade de
conservar e transmitir este elementos de uma geração para outra o que deixa
antever que eles possuem uma espécie de memória primitiva. Neste nível de
desenvolvimento dos organismos não se pode falar de existência do psiquismo.

Estágio de vida animal


Na vida animal começando mesmo pelos protozoários os organismos reagem
não só às substâncias que integram o processo imediato de metabolismo mas
também com todos os estímulos que anunciam esse processo. O que quer
dizer que na vida animal existe um processo de procura. Os organismos podem
se deslocar à procura de alimentos para a sua sobrevivência. Esta capacidade
observa-se em organismos mais minúsculos da vida animal como é o caso
dos protozoários. Sabe-se que o que desencadeia o processo de metabolismo
nos protozoários é o calor.

Foi confirmado que estes organismos em circunstâncias onde existe a luz e


sabendo-se que a luz é também fonte de calor, elas podem se deslocar e
concentrarem-se no ponto de incidência de luz esperando-se que se produza
um calor suficiente que desencadeie o processo de metabolismo.

Este nível de desenvolvimento é chamado de sensibilidade – a capacidade que


os organismos têm de reagir aos estímulos que dão sinal para o surgimento de
substâncias que integram o processo de metabolismo.

Neste nível de desenvolvimento já se pode falar do indício biológico e objectivo


do surgimento do psiquismo diferentemente do estágio da vida vegetal. O que
diferencia os dois níveis é que no estágio animal desencadeia-se o processo
de resposta aos estímulos que sinalizam o aparecimento de substancias que
integram o metabolismo, enquanto no estágio vegetal a planta pode morrer
tento por perto uma bacia de água.

Origem do sistema nervoso e suas formas mais simples

O sistema nervoso começa com a transição dos organismos unicelulares – que


tem uma célula (os protozoários por exemplo) para os pluricelulares (que tem
mais que uma célula). Estes organismos pluricelulares orientam-se activamente
pelo meio à procura de comida. Para tal estes organismos devem estar
dotados de mecanismos para executar movimentos especiais que lhes
facultam a obtenção do alimento desejado. Isto significa que a estrutura do seu
corpo deve ser mais complexa para se adaptar às condições do meio.
Pertencem a esta classe a medusas, anêmona-do-mar, estrela-do-mar que
possuem já o indício do sistema nervoso que ainda não é centralizado.
Contudo o seu sistema nervoso é descrito como sistema nervoso reticulado ou
difuso (em forma de rede) e não possui uma extremidade. Cada ponto que se
lhe toca transforma-se no principal centro de excitação.
O sistema nervoso ganglionar

A fase seguinte de desenvolvimento do sistema nervoso está relacionado com


o desenvolvimento de gânglios frontais em alguns organismos da vida animal.
Se reparar para minhoca notará que possui um glânglio frontal na sua
extremidade composto por antenas hidroreceptores que lhe permitem
identificar a humidade. A actividade de procura obedece essas características,
isto é, ele se desloca em direcção à humidade onde vai encontrar os seus
alimentos. É nas minhocas onde começa a surgir o principio de centralidade do
sistema nervoso. A extremidade nervosa da minhoca se localiza no gânglio
frontal desta. Aí que constitui o centro da actividade nervosa, o sistema nervoso
centralizado.

O surgimento de formas complexas de comportamento (o comportamento


instintivo)

Se você olhar para um insecto (mosca, abelha, vespa, etc.), notará uma
diferença em relação aos outros organismos já estudados. Notará que na
extremidade frontal da mosca aparece um aparelho de recepção da luz (o
olho).

Este aparelho permite assimilar a informação altamente especializada que


provem do mundo exterior. Para além do receptor de luz os insectos possuem
vários outros receptores altamente especializados. Eles possuem também
receptores químico-tácteis especializados que se situam nas antenas, os
receptores de sabor localizados na cavidade bucal e nas patas, e os receptores
de vibração que se localizam nos tímpanos das pernas que permitem receber
vibrações ultra-sónicas de mais de 600.000 vibrações por segundo. Esses
aparelhos receptores permitem transmitir estímulos até ao gânglio frontal para
a sua descodificação. O insecto reage posteriormente. O comportamento dos
insectos permitiu especular que fosse um comportamento racional, contudo
conclui-se que este tipo de comportamento é apenas instintivo e não racional.
O que acontece é que estes organismos estão dotados de programas
congénitos (hereditários) que lhes permitem executar movimentos complexos
que se confundem com actos inteligentes.

O comportamento individualmente variável dos animais vertebrados e o


aparecimento do sistema nervoso central
A vida dos vertebrados é totalmente diferente da dos invertebrados tanto nas
formas de comportamento como na sua constituição. As condições de
alimentação são mais complexas. O alimento deve ser preparado antes de ser
consumido. Tudo isto eleva a actividade mental destes seres bem como a
estrutura do sistema nervoso. Nos vertebrados os estímulos são captados
pelos órgãos nervosos e transportado para o cérebro onde são analisados e
estabelecidos novas conexões. Isto equivale dizer que a informação recebida
não é consumida tal como está mas senão analisada e estabelecidas novas
ligações apropriadas para cada animal. Isso permite a que cada um reaja de
acordo com as suas necessidades. O órgão especializado que se encarrega
em fazer estas analises ó cérebro. As respostas aos estímulos do exterior são
diversificadas dependendo do tipo de vertebrado. Mas importa dizer que a
diferença parte mesmo dos invertebrados inferiores até aos superiores
incluindo o homem.

O desenvolvimento intelectual e suas fases


De acordo com o epistemólogo suíço Jean William Fritz Piaget, considerado um dos
mais importantes pensadores do século XX, existem quatro períodos de
desenvolvimento intelectual, sendo que cada um deles prepara o indivíduo para as fases
seguintes, de forma que as aquisições de uma fase acabam constituindo uma pré-
condição para a próxima.
Os estudos de Jean Piaget apontam que o aprendizado é, portanto, um processo gradual.
O ponto de partida para o desenvolvimento intelectual de uma pessoa é a posição
egocêntrica, ou seja: aquela em que a criança ainda não é capaz de distinguir a
existência de um mundo externo. A partir daí, Piaget divide o processo de
desenvolvimento cognitivo em quatro períodos:
 1º período: sensório motor (0 a 2 anos);
 2º período: pré-operatório (2 a 7 anos);
 3º período: operações concretas (7 a 11 ou 12 anos);
 4º período: operações formais (11 ou 12 anos em diante).
Vale destacar que cada um desses períodos se caracteriza por aquilo que o indivíduo
consegue fazer e não depende necessariamente da faixa etária da pessoa, mas de suas
características biológicas e de fatores educacionais e sociais específicos. A divisão de
idade apresentada acima, portanto, é apenas uma referência e não uma norma rígida.
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As quatro fases do desenvolvimento intelectual
Agora que você sabe como é o processo de aprendizado e como ele promove o
desenvolvimento intelectual dos indivíduos, chegou o momento de entender as suas
fases. Importante destacar que estas fases são definidas pelo epistemólogo Jean Piaget.
Confira as quatro fases:
1 – Sensório motor
Durante o período sensório motor, a criança baseia-se exclusivamente em percepções
sensoriais e em esquemas motores para resolver seus problemas, que são essencialmente
práticos. Embora a criança já tenha uma conduta inteligente, considera-se que ela ainda
não possui pensamentos, pois nessa idade não dispõe da capacidade de representar
eventos, evocar o passado e pensar no futuro.
Os esquemas sensórios motores são construídos a partir de reflexos inatos, usados pelo
bebê para lidar com o ambiente. A partir da construção de esquemas pela transformação
de sua atividade sobre o meio, a criança vai construindo e organizando noções. Nesse
mesmo período, as concepções de espaço, tempo e casualidade são construídas,
possibilitando que a criança desenvolva novas formas práticas de lidar com o meio.
2 – Pré-operatório
Este período é marcado pelo aparecimento da linguagem oral, em que a criança começa
a construir esquemas de ações interiorizadas, chamados de esquemas representativos ou
simbólicos. Nesta fase, a criança pode substituir objetos, ações, situações e pessoas por
símbolos, que são as palavras.
Outras características do pensamento da etapa pré-operatória é o animismo, que é a
atribuição de sentimentos e intenções às coisas e aos animais.
3 – Operações concretas
Nesta fase, o pensamento lógico e objetivo prevalece. Ao longo do período das
operações concretas, as ações interiorizadas vão se tornando cada vez mais reversíveis
e, consequentemente, móveis e flexíveis. O pensamento torna-se menos egocêntrico e a
criança é capaz de construir um conhecimento mais compatível com o mundo que a
rodeia.
4 – Operações formais
A principal característica desta fase é o pensamento livre das limitações da realidade
concreta. Nesta etapa a criança se torna capaz de raciocinar logicamente, libertando seus
pensamentos e passando a trabalhar com as realidades concretas e possíveis.
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Dicas para estimular o desenvolvimento intelectual de seus filhos
Com certeza, depois de entender um pouco melhor cada uma das fases do
desenvolvimento intelectual do ser humano, você deve estar se sentindo animado e
animada, para estimular ainda mais este processo em seus filhos, não é mesmo?!
Então, continue conosco, e veja, nos próximos parágrafos, o que você pode fazer, para
potencializar este desenvolvimento intelectual:
Brincadeiras
É claro, que a primeira dica seria essa. Brincar é uma das formas mais eficazes de levar
ensinamentos e aprendizados às crianças, pois isso vai proporcioná-los a oportunidade
de explorar novos conhecimentos, de maneira prazerosa, com todo o divertimento que
tanto gostam.
Afetividade
Brincar é motivador e estimulante, mas é importante também receber afeto, pois as
relações afetivas da criança, vão fazê-la se sentir segura para aprender e ousar, não só na
infância, mas ao longo de toda a sua vida.
Interatividade
Através das interações familiares e com outras crianças, os pequenos sentem-se
estimulados a desenvolver funções cognitivas, como resolução de
problemas, autocontrole, organização, atenção, entre diversas outras, que o ajudarão
em sua adolescência e em toda vida adulta

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