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O câmbio DSG (dupla embreagem) é uma variação do sistema de fricção com disco seco (fricção entre dois discos).
Essa tecnologia também pode utilizar o atrito dos discos para transmitir a energia do motor para as rodas, porém,
neste caso, é adicionado óleo para refrigeração aos componentes.
O óleo aumenta a capacidade térmica da embreagem, pois uma vez que é aquecido, a mesma troca calor com o
óleo. Outra característica está no arrasto, que devido à utilização de óleo, é maior em relação à embreagem seca.
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Fonte: Volkswagen
A dupla embreagem, como já diz em seu nome, possui dois discos de embreagem formando um só conjunto, uma
para marchas pares e outra para marchas ímpares e ré.
Seu acionamento não é feito por pedal como na embreagem seca, sim por atuadores hidráulicos comandados pela
ECU do câmbio, que realiza as trocas de forma suave. Esse sistema sempre deixa a próxima marcha engatada, e o
que reduz consideravelmente a interrupção do torque, algo comum nas embreagens comuns.
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Câmbio DSG (DQ250). Fonte: VW
Para que você possa entender de forma mais simplória, esse sistema se trata de duas transmissões manuais com
eixos em paralelo. Essa configuração é encontrada nos câmbios DSG´s mais comuns que foram lançados no VW
Golf e no Audi TT em meados de 2003, batizados de DQ 250 a DQ 511. Os mesmos permanecem até hoje em
versões que suportam até 61,2 kgfm de torque.
Em 2008, a empresa Luk lançou o câmbio DSG DQ 200 com sete marchas e que suporta apenas 25,5 kgfm de
torque. Seu desenvolvimento abasteceu as linhas do VW Golf e do Audi A3 Sedan 1.4 TSi vendidos no Brasil até
2015, e permanece ainda hoje no modelo A1 da marca alemã.
O funcionamento do DQ 200, diferentemente dos outros, é feito por um platô, com uma embreagem dentro da outra,
mostrado na figura abaixo. Dessa forma o câmbio se tornou menor, mais leve e menos complexo. O fato de possuir
um único platô, torna o seu torque ser consideravelmente mais baixo e melhoram a dissipação do calor. Isso permite
que o fabricante retire o óleo que banhava as engrenagens e outros componentes relacionados ao sistema como,
radiador de óleo, filtro e etc., mantendo apenas uma quantidade para arrefecer atuadores e engrenagens dentro da
transmissão.
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DQ200. Fonte: Volkswagen
A VW do Brasil decidiu deixar de usar o câmbio DQ 200 no Brasil em função dos problemas encontrados ao longo
do tempo, devido aos pisos irregulares em nosso país. Hoje é oferecido o câmbio automático da marca nipônica
Aisin, que equipa os modelos Polo, Virtus e Golf.
Outro fator determinante para a VW desistir do câmbio DSG é a manutenção deste tipo de transmissão, que é cara e
de dificuldade extremamente elevada. Todo o sistema mecatrônico encontrado nestes câmbios é de alta tecnologia e
demanda de um conhecimento técnico avançado dos profissionais de reparação.
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