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CASO LOAYZA TAMAYO VS. PERÚ.

REPARACIONES Y COSTAS – Sentencia de


27 de noviembre de 1998.

SOBRE O CASO

Vítimas(s): María Elena Loayza Tamayo (principal).


Paul Abelardo Zambrano Loayza e Gisselle Elena Zambrano Loayza (filhos da vítima).
Julio Loayza Sudario e Adelina Tamayo Trujillo (genitores da vítima).
Delia Haydee Loayza Tamayo, Carolina Maida Loayza Tamayo, William Julio Loayza
Tamayo, Olga Adelina Loayza Tamayo, Elizabeth Giovanna Loayza Tamayo e Rubén
Edilberto Loayza Tamayo (irmãos da vítima).
Representante(s) Vítima(s): a advogada Carolina Maida Loayza Tamayo assumiu a
representação da vítima perante as autoridades peruanas.
Os advogados Juan Méndez, José Miguel Vivanco, Carolina Loayza, Viviana Krsticevic,
Verónica Gómez e Ariel E. Dulitzky representaram a vítima perante a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos.
Posteriormente, os mesmos advogados, com exceção do Sr. Méndez, que renunciou ao
patrocínio de defesa, representaram a vítima durante o procedimento de mérito perante a
Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Os advogados Carolina Loayza Tamayo, Ariel Dulitzky, Viviana Krsticevic, Marcela
Matamoros e José Miguel Vivanco representaram a vítima durante o processo de reparações e
custas ante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Estado Demandado: Peru/PE
Síntese do caso: Os fatos do presente caso se referem à detenção, em 06 de fevereiro de 1993,
de Maria Elena Loayza Tamayo pelo DIRCOTE (Divisão Nacional contra o Terrorismo),
ramo da Polícia Nacional do Peru, por suspeita de vinculação com grupo maoísta 1
denominado “Sandero Luminoso”. Da detenção, a vítima permaneceu isolada por 10 dias,
sem possibilidade de contato com familiares ou com advogado, período no qual sofreu lesões
à sua integridade física, moral e sexual, com intuito de que se declarasse culpada. Contudo, ao
negar os fatos, a vítima foi indiciada por traição à pátria e por terrorismo, permanecendo em
cárcere durante toda a persecução penal em seu País, bem como durante o processo em
âmbito internacional, sendo colocada em liberdade apenas após a sentença de mérito proferida
1
em 17 de setembro de 1997 pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, a qual
reconheceu que a vítima sofreu violações ao seu direito à vida, à integridade pessoal, à
liberdade pessoal e à proteção judicial, estabelecidos pela Convenção americana Sobre
Direitos Humanos. A sentença de reparações e custas, proferida pela Corte Interamericana de
Direitos Humanos, inovou ao tratar e reconhecer o direito da vítima em ser indenizada pela
interrupção ao chamado “projeto de vida”.

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