Você está na página 1de 2

FILOSOFIA

TURMA 311, MA
ÁGATHA MEREGALI, DAVI PACHECO E MARIA ANTÔNIA SOUZA
11.03.24

POSITIVISMO

O Positivismo é uma vertente filosófica que defende uma rejeição aos


pensamentos fortemente teocêntricos do século IXX e afirma que a ciência é o único
e verdadeiro modo de compreender a realidade, principalmente através da
observação e experimentação.
Há duas orientações no Positivismo: a científica, que busca efetivar uma
divisão das ciências, e a psicológica, uma linha teórica da sociologia, a qual
investiga toda a natureza humana verificável.
O termo “positivismo” foi utilizado como conceito pela primeira vez para
designar o cientificismo enquanto método, pelo filósofo francês, Claude-Henri de
Rouvroy, Conde de Saint-Simon (1760-1825). Porém, será Augusto Comte
(1798-1857), seu discípulo, quem irá se apropriar do termo para denominar sua
corrente filosófica.
Sua obra fundamental, o "Curso de Filosofia Positiva", escrita entre 1830 e 1842, é o
tratado metodológico positivista. Contudo, como morreu alguns anos antes de
Darwin publicar “A Origem das Espécies” (1859) e Marx escrever “O Capital”
(1867-1894), Augusto não se influenciou pelas ideias desses autores, apesar da
semelhança entre certos pensamentos e ideais.
A metodologia básica positivista é a observação dos fenômenos. Dela, se
privilegia a observação à imaginação dos fatos, desconsiderando completamente
todo conhecimento que não possa ser comprovado cientificamente.
A ideia-chave do Positivismo Comtiano é a "Lei dos Três Estados". Seriam
eles: o Teológico, onde o ser humano busca explicações para a realidade por meio
de entidades supranaturais; o Metafísico, do qual os deuses são substituídos por
entidades abstratas, como "o Éter", para explicar a realidade; e o Positivo, onde não
se explica o "porquê" das coisas, mas sim o "como", a partir do domínio sobre as leis
de causa e efeito.
Com a obra “Sistema de Política Positiva” (1851-1854), Augusto Comte criou
a Religião da Humanidade, ou a religião positiva. Unidade espiritual é estabelecida
pela ciência, a religião da humanidade, única capaz de regeneração social e moral.
Essa religião também possui um "Ser Supremo", ele seria a "Humanidade
Personificada" e sua força emana do conjunto de inteligências convergentes de
todas as gerações, passadas, presentes e futuras, as quais irão aperfeiçoar o
gênero humano.
É curioso notar que a religião positivista também utilizava símbolos, sinais,
estandartes, vestes litúrgicas, dias de santos (grandes tipos humanos), sacramentos
e comemorações cívicas com um calendário próprio de base lunar e com 13 meses
de 28 dias.
No Brasil, um notório adepto do Positivismo foi Marechal Deodoro da
Fonseca, uma das figuras centrais da Proclamação da República. Tanto na
imagética governamental como na primeira Constituição do Brasil, Deodoro
utilizou-se de um Positivismo mais moralista e identitário para defender a ordem, o
rigor, a disciplina e a justiça dentro da República. Ainda, a bandeira do Brasil foi
idealizada a partir de princípios Positivistas, sendo que a posição das estrelas
representa as constelações, reproduzindo o aspecto do céu na cidade do Rio de
Janeiro às 8h30 do dia 15 de novembro de 1889, o Dia da Proclamação da República,
além de fazer alusão aos 27 estados, mais o Distrito Federal. Além disso, “Ordem e
Progresso” pode ser interpretado como o primeiro grande lema Positivista do Brasil.
Conclui-se, então, que é inegável a influência do Positivismo no modo de
pensar contemporâneo e na construção da própria filosofia como ciência, moldando
os ideais brasileiros que permeiam as estruturas sócio-culturais até os presentes
dias.

Você também pode gostar