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Poema Conde D.

Henrique

Introdução
Contextualização – Quem foi? Porque está na obra?
Onde se situa na obra
Leitura e análise
Recursos expressivos e sua expressividade

Introdução

No âmbito da disciplina de português hoje irei realizar uma análise ao


poema “Conde D. Henrique” da obra “Mensagem” de Fernando Pessoa.
Nesta análise começarei por contextualizar quem foi o Conde D. Henrique
e qual a sua relevância, depois situarei onde o poema se situa na obra e de
seguida irei fazer a leitura e análise deste.

Quem foi?

Henrique de Borgonha, conhecido em Portugal por Conde D. Henrique


nasceu no ano de 1066 em Dijon e morreu em 22 de maio de 1112 em
Astorga. Apesar de ser filho de uma família importante, por ser filho mais
novo e ter poucas possibilidades de governar ou receber grandes
heranças, decide ir para a Península Ibérica para dedicar-se à reconquista
contra os mouros. Dedicou-se toda a vida a estas conquistas bem como a
espalhar a fé cristã e foi conde de Portucale desde 1096 até à sua morte.
Casou-se com D. Teresa de Leão com o qual teve D. Afonso Henriques,
primeiro rei de Portugal.
Onde se situa na obra?

O poema Conde D. Henrique situa-se na primeira parte da Mensagem,


como sabemos a Mensagem é dividida em 3 partes: o “Brasão” (dedicado
aos fundadores de Portugal), o “Mar Português” (dedicado às consquistas
marítimas e seus impulsionadores) e “O Encoberto” (dedicado ao declínio
da nação e ao possível renascimento desta). Este situa-se no Brasão uma
vez que o Conde D. Henrique foi um impulsionador importante das
conquistas do território português e por dar início a um processo de
independência levado a cabo pelo seu filho.

Poema

Todo começo é involuntário.


Deus é o agente.
O herói a si assiste, vário
E inconsciente.
À espada em tuas mãos achada
Teu olhar desce.
"Que farei eu com esta espada?"

Ergueste-a, e fez-se.

Nos primeiros dois versos do poema está presente a ideia do destino


predestinado do qual “Deus” (agente divino) confere ao Herói (Deus quer,
o homem sonha, a obra nasce). O facto de “Deus” ser o agente também
pode conferir um estatuto divino ou aproximar o feito ou o herói a um
plano superior.
O herói assiste de forma inconsciente, o herói sonha e segue o destino e
cumpre uma missão sem ele mesmo ter pura consciência de tal, isto é, o
Conde foi um alicerce importante para o nascimento de Portugal, porém
não sonhou tal e nem viu isso acontecer em vida, porém sem ele e sem
seu filho e herança que o deixou, Portugal não teria sido criado.

“À espada em tuas mãos achada” – referência ao guerreiro que foi e às


conquistas que ele realizou.

Interrogação – mostra como o herói é vário à missão que o divino deseja.


Também pode estar relacionado ao facto de ele escolher reconquistar na
península.

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