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Apresentação oral de Português

“D. João I”, Mensagem, Fernando Pessoa

 Dados Biográficos:
 D.João I nasceu em Lisboa, em 1357, e é conhecido como o
príncipe de boa memória;
 Foi fundador da segunda dinastia, durante a crise de 1383-85;
 Foi responsável pela ordem de avis e enquanto rei de Portugal
lutou contra Castela;
 Casou com D. Filipa de Lencastre e iniciou a expansao
portuguesa;
 Após um longo reinado de 43 anos, morreu em 1433, em Lisboa.

 “D. João O Primeiro” – análise do poema:


D. JOÃO O PRIMEIRO
O homem e a hora são um só
1º momento
Quando Deus faz e a história é feita.
Interligação entre Deus e o ser O mais é carne, cujo pó
humano A terra espreita.

Mestre, sem o saber, do Templo


2º momento Que Portugal foi feito ser,
Que houveste a glória e deste o exemplo
Elogio pelo seu patriotismo
De o defender.

Teu nome, eleito em sua fama,


3º momento
É, na ara da nossa alma interna1,
Imortalização do rei A que repele, eterna chama,
A sombra eterna2

1 - "na ara da nossa alma interna"- no altar do nosso espírito nacional.


2 - "repele a sombra eterna"- repele o repouso, que seria o destino de Portugal
se perdesse a sua identidade como nação.
V. 1 e 2
“O homem e a hora são um só
Quando Deus faz e a história é feita.”
• A hora é a altura em que uma nação encontra um problema que tem de ser
resolvido.
• O destino é traçado por Deus;
• A História não foge ao Destino;

Homem (O homem vive a ocasião, a ocasião é criada


pelo Destino, o Destino é dominado por Deus.)
Ocasião

Destino

Deus
V. 3 e 4
“ O mais é carne, cujo pó
A terra espreita”
• Quando o homem enfrenta a ocasião, criada pelo Destino e feita por Deus,
torna-se imortal;
• Por isso, tudo o resto é carne, que um dia se torna pó quando a morte física
acontece.

V. 5 e 6
“Mestre, sem o saber, do Templo
Que Portugal foi feito ser”

• Templo diz respeito à Ordem do Templo --> A mais rica e poderosa ordem
de Portugal;
• D. João I foi Mestre do Templo sem saber porque foi pai de Infante
D.Henrique, que foi mestre na Ordem de Cristo;
• O Templo pode ser considerado como símbolo do Homem, e do Mundo.
Para se ter acesso ao Templo celeste, é preciso que nos conheçamos
primeiramente a nós próprios, vivendo a vida espiritual;
V. 7 e 8
“Que houveste a glória e deste o exemplo
De o defender.”
• um grande homem e guerreiro que alcançou a glória pois fez tudo para
defender e salvar o país do domínio castelhano.
V. 9 a 12
“Teu nome, eleito em sua fama,
É, na ara da nossa alma interna,
A que repele, eterna chama,
A sombra eterna.”
• O nome e a fama do rei são imortais, pois estão na memória coletiva do
povo;
• A antítese “eterna chama”/ “sombra eterna”, pretende dar a ideia que D.
JoãoI nunca será esquecido e estará sempre vivo em todos os portugueses
(eterna chama). No entanto, fisicamente ele já está morto (sombra eterna).

Conclusão:

Neste poema, Fernando Pessoa mostra que D. João I e sua esposa D. Filipa
de Lencastre foram a origem da geração de Avis, pelos seus filhos (Infante D.
Henrique).
D. João I estava predestinado por Deus para defender a Pátria e a eterna
chama de Portugal, divinizando o território nacional.
Fernando Pessoa apresenta o rei como alguém eleito por Deus, que fez tudo
para salvar o país.

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