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"D.

FERNANDO,
12ºA

INFANTE DE
Nº6
CAROLINA SILVA

PORTUGAL"
Mensagem, Fernando Pessoa
O COMEÇO
FERNANDO PESSOA

• "D. Fernando, Infante de Portugal" foi um dos


primeiros poemas de Mensagem a ser escrito por
Fernando Pessoa (1913);

• Objetivo:
- Homenagear o Infante Santo, D. Fernando;
- Evocar o nome do “Infante” para inspirar as novas
gerações.

EXALTAÇÃO PATRIÓTICA
D.FERNANDO, O INFANTE SANTO
UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

• Nasceu em Santarém (1402) e morreu em Fez (1443) aos 40 anos;


• Filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre (8º filho);
• Pertenceu à dinastia de Avis;
• Pertenceu à Ínclita Geração, composta pelo rei D. Duarte e pelos Infantes D.
Pedro, D. Henrique, D. Isabel, D. João.

Ínclita Geração : Refere-se ao valor individual de cada príncipe ou


princesa (filhos adultos de D. João I) adquirido nas mais diversas áreas,
como por exemplo, na educação, na política ou na militar
Procura pelo
As Cruzadas O Cativeiro A Morte
prestígio

• Serve a várias figuras • Influenciado pelos • Foi levado para o cativeiro • Resigna-se ao seu
europeias importantes, irmãos, passa a dedicar- em Fez; destino fatal, a morte
como o Papa; se às cruzadas no Norte em cativeiro.
de África; • Caso Portugal cedesse as
• É lhe oferecido o título terras de Ceuta aos
de Cardeal, o qual • Após o fracasso numa Marroquinos, o Infante
seria libertado;
recusou. das expedições,
sacrificou-se e serviu
• D. Fernando preferia
como penhor da
morrer em cativeiro a
devolução de Ceuta.
perder terras portuguesas.

A VIDA DO INFANTE D. FERNANDO


Brasão / III- As Quinas
Brasão As Quinas
(Bellum sine bello)

GUERRA SEM GUERRA AS CHAGAS DE PORTUGAL -CRISTO


Era uma guerra sem armas, pois o povo Símbolo dos 5 heróis sofredores de Portugal
português agia segundo a vontade divina Os Mártires da Pátria:
(Destino) e também pela sua ânsia de D. Duarte, D. Fernando, D. Pedro, D. João e
Absoluto. D. Sebastião.

NASCIMENTO DO IMPÉRIO
PORTUGUÊS
"D. FERNANDO, INFANTE DE
PORTUGAL" . Deu-me Deus o seu gládio, por que faça
. A sua santa guerra.
. Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Estrutura:
. Às horas em que um frio vento passa
-Métrica: 3 Quintilhas.
5 Por sobre a fria terra.
Vv. 1, 3 e 4 são decassilábicos.
Vv. 2 e 5 são hexassilábicos. . Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
-Esquema rímico: . A fronte com o olhar;
Rima interpolada e emparelhada (abaab).
. E esta febre de Além, que me consome,
. E este querer grandeza são seu nome
10 Dentro em mim a vibrar.
Verbos:
- Pretérito Perfeito/Presente do Conjuntivo . E eu vou, e a luz do gládio erguido dá
- Presente do Indicativo . Em minha face calma.
- Futuro . Cheio de Deus, não temo o que virá,
. Pois, venha o que vier, nunca será
15 Maior do que a minha alma.
1ª PARTE • Geral: descrição da vida de D. Fernando antes do
cativeiro e do seu sofrimento depois de ser preso;

• Metáforas: referência à espada de Deus em “o seu


gládio” (v.1) que é entregue ao Infante D. Fernando,
afim deste agir em seu nome na sua "santa guerra"
"D. FERNANDO, INFANTE DE (v.2);
PORTUGAL"
• Martirização do Infante : O "seu" (v.3) Destino é
entregue a Deus, para que este o preencha, neste
Deu-me Deus o seu gládio, por que faça caso, de "honra" e "desgraça" (v.3), ou seja, de
A sua santa guerra. sofrimento;
Sagrou-me seu em honra e em desgraça, • Paradoxo: "Sagrou-me seu em honra e em
Às horas em que um frio vento passa desgraça,/ Às horas em que um frio vento passa/
5 Por sobre a fria terra. Por sobre a fria terra." (v.v 3-5).
2ª PARTE • Imagem: o Infante pode ser visto como um cavaleiro,
que olha de frente para o Deus que o armou e
abençoou: “Pôs-me as mãos sobre os ombros e
doirou-me/ A fronte com o olhar”
(vv.6 e 7);
"D. FERNANDO, INFANTE DE
PORTUGAL" • Resignação Cristã: D. Fernando aceita o destino que
Deus lhe reservou, mesmo que isso signifique viver
Pôs-me as mãos sobre os ombros e em cativeiro;
doirou-me
• Martirização do Infante: sofre em silêncio,
A fronte com o olhar;
envolvido numa “febre de Além” (v.8) e num "querer
E esta febre de Além, que me consome, grandeza" (v.9). Este forte desejo faz "vibrar“ (v.10)
E este querer grandeza são seu nome algo "dentro“(v.10) de si que o motiva a superar a dor.
10 Dentro em mim a vibrar.
3ª PARTE • Geral: Pessoa concluí o poema mostrando um D.
Fernando ciente da sua importância e do seu destino
enquanto escolhido de Deus;

• Tranformação: D. Fernando torna-se num “Infante


Santo” e segue em frente, tendo a "luz do seu gládio“
"D. FERNANDO, INFANTE DE (v.11) a iluminar-lhe a "face calma“ (v.12);
PORTUGAL"
• Estado de Espírito: demonstra agora uma clara
E eu vou, e a luz do gládio erguido dá determinação e coragem perante o seu desfecho
final, pois encontra-se "cheio de Deus“ (v.13);
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá, • Conclusão: o Infante termina afirmando que "Venha
Pois, venha o que vier, nunca será o que vier" (v.14), nada irá superar a sua "alma" (v.15)
15 Maior do que a minha alma.

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