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Imunidade

Humoral
Componente Curricular: Imunologia Básica
Período: 2°
Docente: Dra. Grazielle P. Lourenço S. Bittencourt
E-mail: glsantos.vic@ftc.edu.br

Vitória da Conquista, Bahia


Maio/2023

06/05/2023 1
Principais Pontos

01 Conceituação

02 Tipos de resposta humoral

03 Características dos anticorpos

04 Mecanismos efetores dos anticorpos


Imunidade Humoral
x
Imunidade Celular

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)


Imunidade Humoral
O termo humoral vem do latim humore que quer dizer fluido ou
líquido corporal

Principal função das células B e dos plasmócitos em produzir e


liberar anticorpos nos líquidos corporais

Consiste no mais importante mecanismo de defesa contra


microrganismos extracelulares e as substâncias tóxicas que são
produzidas por alguns patógenos

(MURPHY, 2014; ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; RODRIGUES, 2022; SILVA e SILVA, 2022)
Maturação dos Linfócitos B

Medula óssea Primeira célula da Expressão a Saem da medula e Desenvolvimento de


linhagem linfoide. cadeia pesada se dirigem ao baço, linfócitos B foliculares
Ainda não da Ig (µ), que onde completam a e linfócitos B da zona
expressa BCR associa-se a sua maturação, marginal
outras proteínas antes de
para formar o pré- participarem de
BCR respostas imunes
(SILVA e SILVA, 2022)
Tipos de Linfócitos B

Plasmócitos de vida longa

Plasmócitos de vida curta

(MURPHY, 2014; SILVA e SILVA, 2022)


Célula B
madura,
IgM+ e IgD+

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)


Tipos de Linfócitos B e Respostas
Humorais

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)


Resposta Humoral a Antígenos
T-Dependentes

Esse tipo de resposta requer a ajuda dos linfócitos T CD4+ efetores

Os anticorpos produzidos têm uma maior afinidade com o antígeno, e ocorre


troca de isotipos (classe) da imunoglobulina

A IgM é inicialmente secretada, mas sob a influência das citocinas dos linfócitos
T CD4+ efetores ocorre mudança de classe para outro tipo de imunoglobulina,
como IgG ou IgE

(MURPHY, 2014; ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; SILVA e SILVA, 2022)


Resposta Humoral a Antígenos
T-Dependentes

(MURPHY, 2014)
Resposta Humoral a Antígenos
T-Dependentes

Os plasmócitos migram dos centros germinativos para a medula óssea, onde podem viver por muitos
anos. Esses plasmócitos de vida longa secretam continuamente anticorpos que proporcionam
proteção imediata sempre que um MO que pode ser reconhecido por esses anticorpos infecta o
indivíduo;
As células B de memória sobrevivem em um estado de repouso, sem secretar anticorpos, por muitos
anos; mas elas montam respostas rápidas em encontros posteriores com o antígeno.
(MURPHY, 2014; ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)
Resposta Humoral a Antígenos
T-Dependentes

As células T auxiliares
ativam as células B que
reconhecem o mesmo
antígeno –
RECONHECIMENTO
LIGADO

(MURPHY, 2014)
Resposta Humoral a Antígenos
T-Independentes
O entendimento desse tipo de resposta humoral tem início com o
conhecimento da natureza do antígeno alvo (não-proteica) - polissacarídeos,
glicolipídios ou ácidos nucleicos - chamados de antígenos T-independentes.

Linfócito B interagindo com um


Antígeno polissacarídeo
polissacarídeo multivalente
(MURPHY, 2014; ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; SILVA e SILVA, 2022)
Resposta Humoral a Antígenos
T-Independentes
Após o reconhecimento do antígeno não proteico pelo BCR dessas células B,
ocorre rápida ativação e diferenciação desses linfócitos em plasmócitos
secretores de anticorpos da classe IgM

Não são gerados linfócitos B de memória

(MURPHY, 2014; SILVA e SILVA, 2022)


Resposta Humoral a Antígenos
T-Independentes
Macrófagos da zona marginal do baço desempenham papel importante na
ativação dos linfócitos B da zona marginal

Os macrófagos aprisionam os antígenos presentes no sangue em seus


receptores de membrana chamados de SIGN-1

Esse aprisionamento do antígeno facilita o seu reconhecimento pelos linfócitos


B da zona marginal

(MURPHY, 2014; SILVA e SILVA, 2022)


Resposta Humoral a Antígenos
T-Independentes

(SILVA e SILVA, 2022)


(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)
Resposta Humoral Primária
Ocorre quando o linfócito B virgem entra em contato pela primeira vez com o
antígeno X nos órgãos linfoides secundários

Alguns se ativam, proliferam e diferenciam-se em plasmócitos de vida longa


com a ajuda dos linfócitos Tfhs, outros diferenciam em linfócitos B de memória

Nessa resposta, a produção de anticorpos é reduzida e são secretados mais


IgM do que IgG (IgM > IgG)

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; SILVA e SILVA, 2022)


Resposta Humoral Primária
Alguns plasmócitos de vida longa migram para a medula óssea e continuam a
secretar Igs na corrente sanguínea. Essas Igs apresentam baixa afinidade pelo
antígeno

Alguns linfócitos B de memória ficam nos órgãos linfoides secundários em que


foram gerados

Outros linfócitos B de memória entram na circulação e ficam próximos à porta


de entrada preferencial dos antígenos, como sentinelas, prontas para o
reencontro
(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; SILVA e SILVA, 2022)
Resposta Humoral Secundária
Tem início quando o linfócito B de memória reencontra o antígeno que o gerou
no primeiro encontro e é ativado rapidamente

Ocorre a produção de grandes quantidades de IgGs e também maturação da


afinidade do anticorpo com o antígeno (IgG > IgM)

Novos plasmócitos de vida longa são gerados e migram para a medula óssea
para ficar repondo, ao longo dos anos, os anticorpos que são degradados

Novos linfócitos B de memória são gerados e ficam como sentinelas, prontos


para um terceiro ou posteriores encontros com o mesmo antígeno
(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; SILVA e SILVA, 2022)
(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)
Resposta humoral a
antígenos T-dependentes

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)


Troca de Isotipos (Classes)
Resposta humoral a Resposta humoral a
antígenos T-independentes antígenos T-dependentes

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)


Maturação da Afinidade

Observada apenas em resposta


humoral a antígenos T-dependentes

A mutação de genes V de Ig também é


chamada de hipermutação somática

A taxa de mutação é extremamente


elevada

(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)


Memória Imunológica

(RODRIGUES, 2022)
Memória Imunológica
Os linfócitos B de memória são células de longa duração, descendentes de
células que foram uma vez estimuladas pelo antígeno e proliferaram no centro
germinativo

Elas dividem-se lentamente, mas não secretam anticorpos, ou o fazem apenas


em níveis muito baixos

Os linfócitos de memória sobrevivem por longos períodos, aparentemente sem


estimulação antigênica contínua, pois expressam altos níveis da proteína
anti-apoptótica BCL-2

(MURPHY, 2014; ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015; SILVA e SILVA, 2022)


Produção de Anticorpos

(Disponível em: https://newslab.com.br/e-assim-que-anticorpos-atravessam-a-barreira-placentaria/)


Produção de Anticorpos

HIPOGAMAGLOBULINEMIA
TRANSITÓRIA OU FISIOLÓGICA

Período compreendido entre a


queda dos anticorpos maternos e
a produção sustentada de
anticorpos próprios

(Disponível em: https://www.sanarmed.com/fisiologia-da-lactacao-delineamento-da-bebida-mais-valiosa-do-mundo-colunista


Molécula do Anticorpo

Ponte
Região
dissulfeto
variável

Cadeia leve
Região
Cadeia pesada constante

(Disponível em: https://www.lecturio.com/pt/concepts/celulas-t/)


Classes de Imunoglobulinas

(RODRIGUES, 2022)
Mecanismos Efetores dos Anticorpos

Neutralização Opsonização Ativação do Complemento

(MURPHY, 2014; RODRIGUES, 2022)


Mecanismos Efetores dos Anticorpos
Citotoxicidade

(MURPHY, 2014; RODRIGUES, 2022)


Mecanismos Efetores dos Anticorpos
Ativação de Mastócitos

(MURPHY, 2014; RODRIGUES, 2022)


(ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2015)
Referências
▪ ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2015;

▪ MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014;

▪ RODRIGUES, C. P. F. Imunologia Básica: uma revisão aplicada a estudantes. Faculdade


Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni. Teófilo Otoni: Núcleo de Investigação Científica e
Extensão, 2022.

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