ANOMALIAS DE ANEIS VASCULARES: REVISÃO DE LITERATURA
BÁRBARA GONÇALVES BARBOSA; LUCIANA CAMPOS DA SILVA; ERICK EWDRILL
PEREIRA DE MACEDO; JADE TERRA SCHWARZENBERG
Introdução: as anomalias de anéis vasculares resultam do desenvolvimento anormal dos arcos
aórticos três, quatro e seis. Elas consistem em malformações congênitas dos grandes vasos e de seus ramos, gerando como consequência a obstrução do esôfago e sinais clínicos de diferentes graus, de acordo com o grau de estenose esofágica e estruturas vasculares envolvidas. O tipo de anomalia mais comum e o arco aórtico direito persistente ou AADP. Este resumo tem como objetivo realizar uma breve revisão de literatura sobre anomalias de aneis vasculares. Metodologia: No presente estudo foi realizada uma revisão de literatura sobre o tema abordado, utilizando como materiais e método a busca de informações em livros didáticos da área de cirurgia veterinária e artigos científicos. Resultados: o ligamento arterioso conecta a artéria pulmonar esquerda e a aorta descente. O esôfago está envolvido por esse ligamento, à esquerda, e pelo arco aórtico, à direita. Dada a constrição por esse anel vascular, ocorre uma dilatação em sua porção cranial quando o alimento se acumula, levando a um quadro de regurgitação crônica e, consequentemente, predispondo à pneumonia por aspiração. Os animais acometidos são, frequentemente, magros e pequenos, e apresentam tosse com dificuldade respiratória. A radiografia pode revelar a dilatação esofágica cranial ao coração, além do desvio focal à esquerda ou ventral da traqueia. O tratamento cirúrgico consiste na transecção da estrutura constritora ou das estenoses antes do agravamento da dilatação esofágica. A divisão do ligamento arterioso através da toracoscopia é uma possível forma de tratamento. A maioria dos animais apresenta melhora do quadro clínico após a cirurgia, porém o prognóstico é ruim com a dilatação esofágica caudal à constrição. Conclusão: as anomalias de anis vasculares, especialmente o AADP, são de grande relevância na clínica cirúrgica de cães e gatos e devem ser tratadas cirurgicamente o mais breve possível.