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SISTEMA CIRCULATÓRIO -

ANÁTOMOFISIOLOGIA
Coração e
§ Sistema fechado Vasos
Sanguíneos
§ Bomba contráIl-propulsora

§ Transporta
§ Nutrientes/Resíduos
§ Cel. de defesa
§ Linfa
§ Gases
§ Eletrólitos
§ Hormônios
SISTEMA

CIRCULATÓRIO
Sistema Sistema
Sanguíneo Linfático
Sangue é um tecido conjuntivo líquido
que consiste em células circundadas
por matriz extracelular líquida
O sistema linfático consiste em vasos linfáticos que
transportam a linfa, em diversas estruturas e órgãos que
contêm tecido linfático (linfócitos dentro de um tecido de
filtragem), e em medula óssea.

ü Drenar o excesso de
líquido intertiscial

ü Transportar lipídios
oriundos da dieta

ü Desempenhar
respostas imunes
CORAÇÃO - EMBRIOLOGIA
ü 4a e 5a SEMANAS
Início - 3a Semana Gest. § Septação
Tecido - Mesoderma ü 7a e 8a SEMANAS
esplâncnico § Cone cardíaco e tronco
arterial
LOCALIZAÇÃO

- Mediastino Médio (T5-T8)

- Desvio de 40º a esquerda


Rev Bras Cardiol. 2011;24(3):192-195 Almeida, et al.
maio/junho Dextrocardia em Situs Inversus
Relato de Caso

Relato
de Caso Dextrocardia em Situs Inversus - O Errado Pode Estar Correto
Dextrocardia with Situs Inversus - Wrong May Be Right

3
Gustavo Luiz Gouvêa de Almeida1, Luiz Claudio Maluhy Fernandes2

Resumo Abstract

Paciente ambulatorial, sexo feminino, 58 anos de idade, A 58-year-old female ambulatory patient reported
com queixa de dor atípica em hemitórax direito. As atypical right chest pain. Heart sounds were heard in the
bulhas cardíacas eram ouvidas no precórdio direito, right hemithorax, with no anormalies. The chest
normais. A radiografia torácica evidenciou dextrocardia radiograph showed dextrocardia with situs inversus. On
em situs inversus. No ECG as ondas P eram negativas em the ECG, the P waves were negative in D1 and aVL while
D1 e aVL, enquanto nas derivações precordiais havia in the thoracic leads the QRS decreased from V1 to V6.
regressão do QRS de V1 a V6. Após a inversão dos After reversing the arm electrodes and repositioning the
eletrodos dos braços e do reposicionamento dos eletrodos chest leads on the right side, the electrocardiogram
no hemitórax direito, o ECG mostrava “normalização”. became “normal”. The vectorcardiogram showed
O vetorcardiograma evidenciava inversão das alças da inversion of the atrial and ventricular activation loops,
ativação atrial e ventricular confirmando o diagnóstico confirming the electrocardiographic diagnosis.
eletrocardiográfico.

Palavras-chave: Cardiopatias congênitas/radiografia; Keywords: Heart defects, congenital/radiography;


Dextrocardia; Situs inversus/radiografia Dextrocardia; Situs inversus/radiography

Introdução (arranjo normal das outras vísceras) é devida à má


posição congênita, sendo geralmente acompanhada
Malposições cardíacas congênitas são distúrbios de de outros defeitos. Dextrocardia em situs inversus total
lateralidade que têm fascinado clínicos, cardiologistas, (DSI) denota uma disposição inversa das vísceras,
anatomistas e geneticistas desde antigos relatos de porém mantendo as respectivas relações. O eixo
situs inversus por Aristóteles em animais e por cardíaco longitudinal aponta para a direita sendo seu
Hieronymus Fabricius em seres humanos1. ápice formado pelo ventrículo esquerdo. É o tipo mais
comum de dextrocardia primária, porém não é uma
A classificação simplificada do posicionamento condição patológica per se, pois, a maioria dos
cardíaco refere que a colocação do ápice cardíaco pacientes não porta outros defeitos congênitos, e a
indica as condições de levocardia, dextrocardia e expectativa de vida é presumidamente idêntica à da
mesocardia2. Dextrocardia primária é uma anomalia população geral. Não obstante, a frequência de
congênita em que o coração é posicionado no defeitos cardíacos congênitos na DSI é maior do que
hemitórax direito com seu eixo base-ápice orientado nos pacientes com situs solitus (3% versus 0,08%)3.
para a direita e inferiormente. É uma condição
intrínseca ao coração não sendo causada por alterações Além disso, 20-25% dos casos de DSI apresentam
extracardíacas. Já a dextrocardia em situs solitus associação com a síndrome de Kartagener. A DSI é rara
1
Faculdade de Medicina - Universidade Gama Filho - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
2
GMF Exames - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
Correspondência: Gustavo Luiz Gouvêa de Almeida | Av. Ilha das Enxadas, 195 - Ilha do Governador - 21910-097 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
E-mail: glgouvea@cardiol.br
Recebido em: 16/05/2011 | Aceito em: 01/06/2011
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CONSTITUIÇÃO
•MÚSCULO - MIOCÁRDIO
(MECÂNICA)

•ESQUELETO CARDÍACO
(TEC. CONJ. FIBROSO)
TÚNICAS CARDÍACAS:

- ENDOCÁRDIO

- MIOCÁRDIO

- EPICÁRDIO
TÚNICAS CARDÍACAS:

ENDOCÁRDIO
• Camada mais interna do coração
• Endotélio - epitélio pavimentoso simples
• Subendotélio - tecido conjuntivo frouxo (fibras colágenas e elásticas e células
musculares lisas
• Subendocárdica – tecido conjuntivo frouxo (fibras colágenas e elásticas, veias,
nervos, fibras de purkinje
• É similar a camada íntima dos vasos
TÚNICAS CARDÍACAS:
MIOCÁRDIO
Fibras musculares
• Cardiócitos contráteis
• Cardiócitos mioendócrinos
• Cardióctitos nodais

Estrias (proteínas contráteis)

Discos intercalados
PERICÁRDIO
CAMADAS

•EXTERNA – P. FIBROSO

•INTERNA – P. SEROSO
Lâmina PARIETAL
Lâmina VISCERAL (EPICÁRDIO)

CAVIDADE PERICÁDICA
LÍQUIDO CAPILAR
50ml de líquido com
a mesma composição
que o suor.
TÚNICAS CARDÍACAS: EPICÁRDIO
- Tecido conjuntivo denso – interna

- Epitélio pavimentoso simples - mesotélio – parte externa

- Camada subepicárdica:

§ tecido adiposo unilocular


MORFOLOGIA
INTERNA
MORFOLOGIA
INTERNA

Coração – PULMÃO - Coração

Coração – ART – CAPILAR – VEIA - Coração

Coração – CORPO - Coração


VALVAS (CÚSPIDES)
• AVD – TRICÚSPIDE
• AVE – BICÚSPIDE/MITRAL
•CORDAS TENDÍNEAS
•Mm. PAPILARES

• SEMILUNARES
•PULMONAR E AÓRTICA

TRABÉCULAS CÁRNEAS
VENTRÍCULOS
FORMA (cônica)

BASE

ÁPICE
5º espaço intercostal
na linha
hemiclavicular a esq.

SITUAÇÃO
MEDIASTINO MÉDIO

EIXO OBLÍQUO – 400


VENTRÍCULO DIREITO (TRONCO PULMONAR)

ART. PULMONAR DIR ART. PULMONAR ESQ

Cap. PULMONAR – HEMATOSE – (CO2 O2)

VEIA PULMONAR DIR VEIA PULMONAR ESQ

ÁTRIO ESQUERDO
VENTRÍCULO ESQUERDO (ARTÉRIA AORTA)

SE DISTRIBUEM PELAS ARTÉRIAS DO CORPO

CORPO – PERFUSÃO (O2 + NUTRIENTES Co2 + RESÍDUOS)


VEIAS DO CORPO (RETORNO VENOSO)

(VEIA CAVA SUPERIOR ou INFERIOR) ÁTRIO DIREITO


(UFSCar – 2004 – modificada) Se pudéssemos marcar uma única hemácia do

sangue de uma pessoa, quando de sua passagem por um capilar sanguíneo do

olho, e seguir seu trajeto a partir dali, detectaríamos sua passagem,

sucessivamente, pelo interior de:

a) artérias – veias – coração – artérias – pulmão – veias – capilares

b) veias – artérias – coração – veias – pulmão – artérias – capilares

c) artérias – coração – veias – pulmão – veias – coração – artérias – capilares

d) veias – coração – artérias – pulmão – veias – coração – artérias – capilares

e) veias – pulmão – artérias – coração – veias – pulmão – artérias – capilares


SISTEMA DE CONDUÇÃO
Sistema de Purkinje
Sistema especial de condução: Transmite impulsos com #
velocidade.
Origina-se no nodo SA, saindo em feixes que passam pelas
paredes atriais até o nodo atrioventricular (AV), na parede
inferior no átrio direito. Desse modo, um grande feixe de
fibras passa p/ os ventrículos, dividindo-se, à partir do septo
interventricular, em ramo esquerdo e direito.

FUNÇÃO: Transmissão do impulso cardíaco pelos átrios e,


após pequena pausa no nodo AV, p/ ventrículos"
Coordenação bombeamento
Potencial de ação no músculo cardíaco

ü Pot. ação prolongado e Platô:


Causado pela abertura de canais
rápidos de Na+ e canais lentos de Ca2+
(têm abertura mais lenta, mas
permanecem abertos por mais tempo).

ü Prolongado período de despolarização


(provoca platô)
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA
Ritmicidade Automática do Músculo Cardíaco
• Nodo sinoatrial (NSA) - Formado por pequenas fibras
cardíacas na parede do átrio direito. Mantém o ritmo de
contração de todo coração (marcapasso).

Gera Pot. Ação rítmicos porque as membranas das fibras


NSA são muito permeáveis ao Na+, mesmo em repouso.

Esse processo dura, sem interrupção, por toda a vida,


mantendo a frequência normal, em repouso, de 75
bat/min.

• Pot. Ação originados no nó NSA são propagados por


todo o coração, produzindo contração rítmica.
OBS: No coração, o Pot. Ação dura mais que no
músculo esquelético (platô) [ contração do
músculo cardíaco dura por mais tempo pela lentidão
da membrana em se repolarizar.

ØCausa principal: Na despolarização, entram, além


dos íons Na+, # íons Ca2+, que continuam a entrar
após ter cessado a entrada de Na+, o que mantém o
estado de positividade interna durante todo o platô,
impedindo a repolarização.
Controle nervoso do coração
Embora possua sistema de controle intrínseco,
podendo continuar a funcionar s/ influências
nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito
melhorada por meio de impulsos reguladores
originados no SNC.
Ø Frequência cardíaca (FC): O débito cardíaco (DC)
depende tanto da FC quanto do volume sistólico. A
mudança da FC é mecanismo principal do corpo, a
curto prazo, para controle do DC e pressão
sanguínea.
ØO nodo SA estabeleceria uma FC invariável, mas
necessidades sanguíneas (sg) do corpo ativam
mecanismos regulatórios
4
O Sistema Nervoso é ligado ao coração por 2
grupos de nervos:
Ø Parassimpáticos (vagos): estimulação leva a
$ FC e força de contração, condução
retardada dos impulsos pelo nodo AV
Ø Simpáticos: estimulação leva a # FC e força
de contração, e # velocidade de condução do
impulso nervoso, aumentando a capacidade de
bombeamento (exercícios, calor excessivo,
doenças " exigência de fluxo sg rápido)
ØCentro cardiovascular : Grupo de neurônios no
bulbo, de onde partem fibras nervosas:
Ø Simpáticas: fazem trajeto na medula espinhal e p/
fora dela, inervando o sistema condutor, átrios e
ventrículos.
Qdo essa parte do centro cardiovascular é
estimulada, impulsos nervosos são conduzidos pelas
fibras simpáticas, que liberam noradrenalina, #FC e
força das contrações.
A NA # permeabilidade ao Na+ (Pot. Ação) e ao Ca++
(força de contração)
Ø As fibras Parassimpáticas chegam ao coração
via nervo vago, inervando, principalmente, os
nodos.
Ø Quando estimuladas, liberam acetilcolina, que
diminui a frequência de batimentos cardíacos e
força de contração por desaceleração dos nodos.
A ACh liberada # muito a permeabilidade ao K+
(hiperpolarização)
TIPOS DE VASOS SANGUíNEOS
ARTÉRIA VEIA

• Parede Grossa • Parede Fina


• A parede corresponde • A parede corresponde
25% do diâmetro total do 10% do diâmetro total do
vaso vaso
• Não possuem válvulas • Possuem válvulas
• Pulsa • Não Pulsa
• Maior distensão
CAMADAS DOS VASOS SANGUíNEOS
ARTÉRIAS MUSCULAR ARTÉRIAS ELÁSTICA
CAPILARES SANGUÍNEOS
São órgãos do sistema circulatório com a forma de tubos de pequeníssimos calibre.
Consktuem a rede de distribuição e recolha do sangue nas células.
SISTEMA LINFÁTICO
CONCEITO
Sistema paralelo ao circulatório, constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos
linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares
sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. É constituído pela linfa, vasos e órgãos
linfático.
FORMATO EM FUNDO CEGO E COM VÁLVULAS
Explique como ocorre o
processo de Perfusão
(passagem de substâncias
pelos capilares), com o intuito
de nutrir o tecido, enfatizando
a importância dos capilares
sanguíneos e linfáticos.
LINFONODOS E ÓRGÃOS LINFÓIDES
CONCEITO
Pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do
canal do sistema linfákco. Armazenam células brancas
(linfócitos) que tem efeito bactericida.

FUNÇÃO
-DEFESA
- PRODUÇÃO DE GB E LINFÓCITOS
BAÇO
É o maior dos órgãos linfáticos e faz parte do Sistema Retículo-Endotelial, participando
dos processos de hematopoiese (produção de células sangüíneas, principalmente em
crianças) e hemocaterese (destruição de células velhas, como hemácias senescentes –
com mais de 120 dias). Tem importante função imunológica de produção de
anticorpos e linfócitos, protegendo contra infecções
TIMO
Órgão bilobado que faz parte do
sistema imunológico encarregado de
detectar e repelir a invasão de
diferentes tipos de microorganismos
LOCALIZAÇÃO - RETROESTERNAL
1- A partir do texto abaixo, responda os itens que se seguem.
Principalmente os hipertensos ou que têm pré-
disposição para a doença, precisam ter mais cuidado
O trânsito já se tornou banal na vida urbana. No
entanto, embora seja comum testemunhar um
congestionamento, isso não significa que ele não
provoque aborrecimentos. Aliás, mais do que
irritação, ficar estagnado atrás do volante pode
causar até problemas cardíacos.
O tempo é o principal vilão dentre as combinações
prejudiciais a saúde. "Quando você se programa
para chegar em determinado local e não consegue
atingir o prazo isso estressa e eleva a pressão
arterial", justifica o cardiologista, Carlos Augusto
Lima Gomes dos Santos (Diário do Nordeste, 03.04.2013).

a) A lentidão do trânsito de veículos provoca engarrafamentos que se tornam demasiadamente


estressante para os indivíduos. Da mesma forma, quando há diminuição do fluxo sanguíneo
nas artérias e veias, pode se tornar prejudicial. No entanto, em alguns vasos sanguíneos essa
diminuição da velocidade é necessária e importante. De quais vasos sanguíneos estamos nos
referindo? Justifique a resposta. (0,75 pt)
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b) Sabe-se que o coração está constantemente realizando sístole e diástole. Dessa forma, cite
três eventos cardíacos que ocorrem no momento em que a valva atrioventricular encontra-se
fechada: (0,75 pt)
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1) CONTROLE NERVOSO

O Sistema Nervoso Simpático é o mais importante


para o controle da circulação.
Tônus (descarga contínua) vasoconstritor
simpático

Ø Centro cardiovascular do bulbo ð grupo de


neurônios simpáticos (centro vasomotor)

Ø Impulsos mantêm estado parcial de contração


dos vasos (NA)

Ø Centro vasomotor controla, ao mesmo tempo, a


atividade do coração (FC # juntamente c/ vaso
constrição)
ØA NA é a substância secretada nas terminações dos nervos
vasoconstritores. Atua diretamente sobre os chamados
receptores alfa1 do músculo liso causando vasoconstrição.

Ø Impulsos simpákcos são transmikdos às medulas adrenais


ao mesmo tempo que para os vasos, essas secretam, então,
Adr e NA para o sangue circulante, fazendo com que os
hormônios transportados atuem diretamente sobre os vasos
sanguíneos.
2) CONTROLE HORMONAL
• Regulação por substâncias secretadas ou absorvidas para os
líquidos corporais, como hormônios e íons.
• Algumas são formadas em glândulas e transportadas no sangue
para todo o corpo. Outras são formadas no próprio tecido ou
liberadas por terminações nervosas.
•Regulam o fluxo sanguíneo e ocasionam efeitos circulatórios
locais.

Ø Noradrenalina e adrenalina
Ø Angiotensina
Ø Vasopressina
Vasoconstritores
Ø Endotelina

Ø Bradicinina Vasodilatadores
Ø Histamina
Ø Prostaglandinas

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