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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR


LICENCIATURA EM CARDIOPNEUMOLOGIA
ULTRASSONOGRAFIA CARDÍACA I

IMPORTÂMCIA DO ECO NAS ALTERAÇÕES ELÉCTRICAS


CARDÍACA

 ALTERAÇÕES NA DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR


Docente
11/2023 CPL Esménia Baba
AUTORES:

1. Alberto Faustino

2. Bernardo Albino

3. Adelaide Cassuque

4. Débora Sardinha

5. Elizabeth Pedro

6. Francisca dos Santos

7. Josué Manuel

8. Telma Quimonha

9. Tiezi Manuel
INTRODUÇÃO

O ecocardiograma é uma parte


integral da cardiologia, com
importantes aplicações no
diagnóstico inicial, no
gerenciamento clínico e na
tomada de decisão em relação
aos pacientes com doenças
cardiovasculares dos mais
diversos tipos.
OBJECTIVOS

Geral
o Abordar sobre a importância do ecocardiograma nas alterações elétricas cardíaca.

Específicos
 Descrever o sistema de condução elétrica do coração;
 Citar e descrever as causas das alterações elétricas ventriculares;
 Explicar o papel do ecocardiograma nas alterações elétricas ventricular.
SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICO DO CORAÇÃO
Mecanismo de contração na célula muscular cardíaca
• Características microfuncionais
ALTERAÇÕES NA DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR

A despolarização ventricular
fisiologicamente explicasse pela
condução do impulso elétrico pelo
feixe de His passando pelos ramos
direito e esquerdo até as fibras distais
de purkinje, neste contexto qualquer
mecanismo que interrompa a condução
do impulso compromete a
despolarização normal dos ventrículos.
Deste modo, segundo as bibliografias analisadas no presente trabalho, podemos descrever algumas
das condições que podem desencadear alterações na condução do impulso pelo complexo His-
purkinje, que provocam alterações na despolarização ventricular, como: Bloqueio AV de terceiro
grau , bloqueios interventriculares (ramos direito e esquerdo do feixe de His) e intraventricular.
BLOQUEIO
AV

Bloqueio atrioventricular (AV) é um distúrbio elétrico cardíaco


definido como condução deficiente (tardia ou ausente) dos átrios
para os ventrículos. O único meio pelo qual os impulsos
normalmente podem passar dos átrios para os ventrículos é pelo
feixe AV.

Isquemia do nodo A V ou das fibras do feixe AV

Compressão do feixe AV

Inflamação do nodo AV

Estimulação extrema do coração pelos nervos vagos


BLOQUEIO AV DE 3º GRAU

Definido como bradiarritmia, em


que o ritmo de base é idioventricular
de escape, fixo e totalmente
dissociado da atividade atrial. Esta
tem frequência maior que a
ventricular e nenhum estímulo atrial
despolariza os ventrículos.
ECOCARDIOGRAMA NAS
BRADIARRITMIAS

O Ecocardiograma além de ajudar na identificação


das causas, pode auxiliar no prognóstico, ou seja,
avaliar se uma determinada arritmia pode colocar a
pessoa em risco. Indivíduos que apresentam arritmia,
mas com ecocardiograma normal, apresentam em
geral menor taxa de complicações. Ou seja, o
ecocardiograma pode ajudar no diagnóstico da causa,
mas mesmo quando ele não é capaz disto, ajuda na
avaliação de risco futuro (Prognóstico) e dos fatores
associados.
BLOQUEIOS DE RAMO

O termo consagrado como bloqueio de


ramo refere-se, na verdade, a um atraso
na condução do estímulo elétrico pelo
sistema de condução do coração. Tal
atraso pode ser em diferentes graus,
acarretando diferentes alterações na
morfologia e na duração do complexo
QRS. O critério de duração desse
complexo está associado ao tempo de
condução e à massa ventricular a ser
ativada
BLOQUEIO DE RAMO DIREITO (BRD)

Causas dos bloqueios direito:

Miocardite;

Cardiomiopatia valvar;

Cardiomiopatia isquémica – insuficiência

coronariana

Endocardite bacteriana.
Bloqueio de ramo esquerdo

Causas do bloqueio do ramo esquerdo: o bloqueio

do ramo esquerdo está associado a doenças

cardíacas na maioria dos casos. As principais

delas são: hipertrofia ventricular esquerda,

insuficiência cardíaca, doença arterial

coronariana, doença cardíaca/valvular,

miocardiopatias e doença degenerativa do sistema

de condução.
EFEITOS MECÂNICOS DOS BLOQUEIOS NO CORAÇÃO

O bloqueio atrioventricular de terceiro grau é uma arritmia cardíaca (ritmo cardíaco anormal)
grave que afeta a capacidade de bombeamento do coração

O bloqueio de ramo esquerdo pode ocasionar a chamada Dissincronia.


PAPEL DO ECOCARDIOGRAMA NA DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS DE BLOQUEIOS

• ECO NAS MIOCARDIOPATIAS

Insuficiência e estenose das valvas cardíacas.

Dilatação das câmaras cardíacas e aumento da espessura

das paredes cardíacas.

Avaliação de hipertrofia septal e ventricular.

Diâmetro do VE e hipercontratilidade.

Disfunção sistólica e diastólica.

Aumento dos diâmetros cavitários.


ECO NAS VALVULOPATIAS

Estenose mitral

Nesta entidade o diagnóstico ecocardiográfico, na maioria

das vezes, é indubitável e baseia-se em alterações da

dinâmica diastólica deste aparelho valvar. A presença da

fibrose e/ou calcificação das cúspides é perfeitamente

identificável pela ecocardiografia. O grau de abertura

valvar, que até certo ponto caracteriza a gravidade da

lesão, e satisfatoriamente analisado pela técnica

bidimensional.
INSUFICIÊNCIA MITRAL

A identificação de alguns fatores etiológicos que podem determinar incompetência da valva mitral

como a calcificação do anel valvar, a presença de degeneração mixomatosa e a disfunção de

cordoalhas ou musculo papilar pode ser feita pela ecocardiografia.


Insuficiência aórtica

A exemplo do que pode ocorrer na


insuficiência mitral, a maioria dos sinais
ecocardiográficos observados na
incompetência de valva aórtica relacionam-se
a sobrecarga de volume do ventrículo
esquerdo e a presença do fluxo regurgitante
diastólico incidindo na cúspide anterior da
valva mitral.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Doença coronária é a causa mais frequente, sendo a


hipertensão e a diabetes fatores de risco. Outras causas
de IC sistólica são as seguintes: infeção viral prévia,
doença valvular, cardiopatia congénita, arritmias,
pericardite, miocardite, abuso de álcool, quimioterapia
e miocardiopatia dilatada idiopática, entre outras.
DISSINCRONIA INTERVENTRICULAR
DISSINCRONIA INTRAVENTRICULAR

A ecocardiografia deve permitir avaliar a presença e extensão da dissincronia Intraventricular para


melhor prever o benefício da terapêutica. A dissincronia Intraventricular é caraterizada por alterações
da ativação mecânica ventricular, com segmentos com contração precoce e outros contração tardia.
ECOCARDIOGRAFIA MODO-M

Atraso entre o pico de excursão sistólica da parede posterior em relação ao SIV.


A - Modo-M convencional. B - Modo-M por TDI cor
Doppler tecidular

Atraso no pico sistólico entre


paredes opostas avaliado por TDI
cor.
TSI (Tissue Synchronization Imaging) demonstrando atraso entre o septo e a parede lateral
PAPEL DO ECO NA DISSINCRONIA OU ASSINCRONIA VENTRICULAR CAUSADA POR
BLOQUEIOS DE RAMO
Na dissincronia ventricular causada por BR, o ecocardiograma é usado para avaliação
da dissincronia e planejamento terapêutico, sendo o método de escolha para indicação
da terapia de ressincronização ventricular.

Ecocardiograma Bidimensional

1- Volume diastólico final do ventrículo esquerdo


(VDFVE);

2- Volume sistólico final do ventrículo esquerdo (VSFVE);

3- fração de ejeção do ventrículo esquerdo


ECOCARDIOGRAMA NA TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO VENTRICULAR

A terapia de recincronização cardíaca consiste na implantação de 3 elétrodos (auricular,


VD septal e VE no seio coronário ou epicárdico na parede livre) e permite sincronizar a
ativação e contração aurículo-ventricular, e entre ambos os ventrículos.
METODOLOGIA

Para o presente trabalho realizou-


se uma pesquisa de levantamento
bibliográfico .

As bases de dados utilizadas foram: SciELO, DOCERO e ARTIGO CENTRUS


CONCLUSÃO

Em suma, a condução elétrica a nível dos ventrículos é


feita pelos ramos do feixe atrioventricular (ramos direito e
esquerdo do feixe de His), e pelos feixes subendocárdicos
(fibras de Purkinje), e consequentemente as céluas
ventriculares despolarizam. Miocardiopatias,
valvulopatias, insuficiência cardíaca, infarto e isquemia
são potenciais causas que interropem de forma parcial ou
total a condução normal do estímulo elétrico a nível dos
ventrículos, alterando assim a despolarização dessas
estruturas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Pastore CA, Samesima N, Munerato R. ABC do ECG 5ª edição. São Paulo;


MEDCEL, 2013.

• Hall JE, Guyton A. Tratado de fisiologia médica, 13ª ed. - Rio deJaneiro: Elsevier,
2017.

• Reis HJL, Guimarães HP, Zazula AD, Vasque RG,Lopes RD, ECG Manual prático
de electrocardiograma. São Paulo: Editora Atheneu, 2013.
COMO DIZIAM AS/OS NOSSAS/OS
EX: TERMINAMOS!

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