Os alunos devem analisar os textos abaixo e criar um texto interpretativo a respeito do
que o ambos descrevem abaixo a respeito das questões raciais no Brasil. Os alunos podem utilizar as anotações do caderno para fazer a atividade, individualmente e deve ser entregue. Os debates entre Freyre e Florestan devem ser citados, além dos tópicos abaixo dissertadas por Lilia Schwarcz.
Texto I – LILIA SCHWARCZ
A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, destaca cinco
pontos para observarmos uma iconografia da escravidão: 1. A IMAGEM QUE TEMOS DA ESCRAVIDÃO É CONSTRUÍDA; 2. A HISTÓRIA FOI RETRATADA DE FORMA A ANIQUILAR A INDIVIDUALIDADE DOS ESCRAVOS; 3. AS INTERPRETAÇÕES ARTÍSTICAS DA ESCRAVIDÃO PERPETUAVAM A DOMINAÇÃO; 4. A FOTOGRAFIA DEIXOU ESCAPAR A INDIVIDUALIDADE SUFOCADA; 5. É PRECISO POLITIZAR AS IMAGENS DA ESCRAVIDÃO. (GELEDÉS, 2018)
TEXTO II – O negro no mundo dos brancos
“[...] a sociedade colonial foi montada para o branco. A nossa história também é uma história do branco privilegiado para o branco [...]. O negro foi exposto a um mundo social que se organizou para os segmentos privilegiados da raça dominante. Ele não foi inerte a esse mundo. Doutro lado, esse mundo também não ficou imune ao negro. [...] O negro permaneceu sempre condenado a um mundo que não se organizou para tratá-lo como ser humano e como ‘igual’. Quando se dá a primeira grande revolução social brasileira [a Abolição da escravatura], na qual esse mundo se desintegra em suas raízes, [...] nem por isso ele contemplou com equidade as ‘três raças’ e os ‘mestiços’ que nasceram do seu intercruzamento. Ao contrário, para participar desse mundo, o negro e o mulato se viram compelidos a se identificar com o branqueamento psicossocial e moral. Tiveram de sair de sua pele, simulando a condição humana-padrão do ‘mundo dos brancos’”. (FERNANDES, 2007)