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RESUMO
Este artigo analisa o primeiro livro do historiador e sociólogo Clóvis Moura, Rebeliões
da Senzala (1959) com o objetivo de destacar alguns elementos relevantes para
compreendermos as interpretações do autor sobre o processo histórico brasileiro no período
escravista, e suas contribuições para a historiografia econômica e social. Moura foi pioneiro em
interpretar o Brasil Colonial e Imperial a partir das lutas dos escravizados contra a opressão
senhorial, e a atribuir significado político às rebeliões negras daquele período. O autor
considerou que os conflitos entre escravizados e escravocratas não foram episódicos, ao
contrário, foram sistemáticos e constantes, expressões do antagonismo entre estas duas classes
fundamentais do sistema escravista. Em suas análises relacionou a dimensão social das
insurreições negras com as estruturas materiais do sistema escravista. Para Moura, os
quilombos, as insurreições e diferentes expressões da rebeldia negra devem ser levados em
consideração para melhor compreendermos a estrutura e a dinâmica das relações de produção
escravistas, e sua formação social correspondente. Com Rebeliões da Senzala, Clóvis Moura
inaugurou uma nova abordagem sobre a história da luta de classes no Brasil.
A produção intelectual de Clóvis Moura no campo das ciências humanas nos apresenta
um projeto de interpretação e análise do capitalismo no Brasil buscando compreendê-lo desde
seus antecedentes, o escravismo colonial, à sociedade contemporânea, periférica no sistema
capitalista mundial, em condição de semicolônia das potências ocidentais do hemisfério norte
(FARIAS, 2019). Sua análise privilegia às diferentes manifestações de luta de classes desde o
escravismo ao regime assalariado.
*
Universidade de São Paulo. Graduado em História, mestre em História Social, doutorando em
História Econômica.
2
Embora Moura tenha se notabilizado com seus estudos sobre escravidão, mais
especificamente sobre as insurreições dos escravizados, sua obra tem uma abrangência temática
que perpassa a literatura, a crítica literária, a imprensa, as religiões, a questão agrária, a questão
militar, estudos teóricos sobre história e sociologia.
II. Relações sociais de produção e rebeldia: uma análise marxista da agência histórica do
escravizado
O problema dos escravos negros ainda era considerado, na época em que iniciamos
nossas pesquisas em arquivos e outras fontes, um tema esporádico, secundário e,
quando muito, manifestações de movimentos antiaculturativos. Tirava-se, com isto, o
conteúdo que produzia o dinamismo interno desses movimentos, elidia-se a
contradição fundamental que os produzia – a luta de classes no sistema escravista –
para reduzi-los a um mero jogo de choques entre padrões, traços e complexos
culturais que os negros trouxeram da África e os da cultura ocidental que os recebeu.
Esta posição teórica e sua continuação metodológica levavam a que sempre se
procurasse uma interpretação culturalista para o conflito social que se desenvolvia
em consequência das contradições do sistema escravista que se formava no Brasil. O
modo de produção escravista, gerador de contradições, era substituído pela visão
harmônica dessa estrutura e os movimentos antiaculturativos representavam apenas
uma rejeição por parte do negro dos padrões culturais do senhor e não uma
decorrência da sua situação de escravo; da sua posição de homem desumanizado,
transformado em simples coisa (MOURA, 2014: P.34).
Quanto aos pares marxistas de Clóvis Moura, estes quando abordavam o passado
escravista pouco davam atenção para a agência do escravizado, o qual era visto apenas em sua
5
dimensão de mercadoria e capital fixo, ignorando que era também sujeito produtivo1; e as
insurreições negras daquele período eram vistas como movimentos episódicos, esporádicos e
pré-políticos. Moura não apenas demonstra que tais lutas eram constantes e sistemáticas, como
atribui significado político a elas. Mais do que um trabalho sobre escravidão, Rebeliões da
Senzala é “um clássico sobre a luta de classes no Brasil como demonstra José Carlos Ruy:
1
O escravizado não vende sua força de trabalho, ele próprio é submetido a condição de mercadoria.
Porém, é ele também o produtor de mercadorias no sistema escravista, logo, é sujeito da produção.
Ver Jacob Gorerender, O Escravismo Colonial.
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negro submisso que não se importava com sua situação de cativo, e a colocar em
pauta a questão de sua participação no processo abolicionista e libertário,
habilitando-o como sujeito de sua história e da história do Brasil e tirando-o da
posição de mero objeto de pesquisa acadêmica (MUNANGA, 2014: P. 14).
Ao dar centralidade para a rebeldia dos escravizados e a ela atribuir significado político,
Clóvis Moura também foi pioneiro em mostrar o negro escravizado como agente social e
protagonista na luta por emancipação2. Em sua obra o negro é visto como importante agente no
processo de transformação social e na própria superação do sistema escravista, como nos mostra
Augusto Buonicore:
2
O sociólogo Fábio Nogueira de Oliveira (2009) define Clóvis Moura como um intelectual da práxis
negra.
7
Sem desconsiderar o fato da alienação social4, Moura defendeu que o negro escravizado
afirmava sua humanidade ao lutar contra as estruturas opressivas e desumanizadoras da
escravidão. A rebeldia do escravizado contra os mecanismos que buscavam sua alienação social
– ou coisificação –, sua insubordinação, era uma expressão de sua humanidade. O conjunto de
lutas dos negros contra os escravocratas, nas mais variadas dimensões, constituem um processo
de constante afirmação de humanidade, de luta pela superação da condição reificada de
escravizado. Moura foi pioneiro em afirmar a agência histórica do escravizado, e o fez na
3
Os autores mais conhecidos desta “escola” são: Florestan Fernandes, Octavio Ianni e Fernando
Henrique Cardoso.
4
O termo recorrentemente aparece na literatura sobre o tema como “cosificação”. Historiadores
marxistas como Clóvis Moura, Emília Viotti da Costa e Jacob Gorender abordam a “coisificação” ou
“alienação” do ponto de vista social, e não subjetivo. Do ponto de vista subjetivo, generalizar o fato da
alienação para toda a população escravizada é um erro, já superado na historiografia. No entanto,
algum historiador ou cientista social discordaria que a condição de bem semovente caracteriza uma
forma de alienação social?
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mesma medida em que analisava a própria estrutura e a dinâmica das relações de produção do
sistema escravista.
Caio Prado Jr. enviou uma carta em resposta a Clóvis Moura datada de 8 de março de
1949, em tom cordial, onde diz estar providenciando a remessa de um exemplar de Quilombo
dos Palmares de Édison Carneiro – também militante do PCB – e prometendo enviar
posteriormente uma segunda edição de seu História Econômica do Brasil logo que fosse
publicada. Prado comentou a proposta do jovem Moura de escrever sobre as rebeliões de
escravizados, porém, o aconselhando buscar outro tema de estudo:
Não pretendo com isso desanimá-lo. Mas pelo contrário, sentido pela sua carta uma
grande ânsia de criação e produção intelectual, contribuir para que não se perca e
desoriente essa sua qualidade. Ao propor-se um assunto para estudo, um intelectual
não deve ir buscá-lo no seu íntimo, trabalhar como que de dentro para fora. O
caminho a seguir é o inverso: é procurar inspiração no mundo ou no meio que o
rodeia. Vejamos o caso concreto do assunto que V. escolheu: as revoltas de escravos
no Brasil. V. vive numa região onde a escravidão nunca teve grande papel.
Acrescente-se a isso o fato de não encontrar a seu alcance fontes informativas
conveniente, e a conclusão se impõe: para realizar seu trabalho, V. terá que
desenvolver um esforço descomunal, e ele não alcançará com certeza o nível que V.
aspira (PRADO JÚNIOR, 1949).
9
Então, Prado sugeriu que Moura fizesse um estudo sobre a população local, ribeirinha
e sertaneja de Juazeiro e proximidades:
No entanto, não faltam à sua volta assuntos de maior interesse em que não somente
V. se sentiria a vontade, como ainda estaria em condições de trazer contribuição
apreciável para as nossas letras. Sua situação é no coração de uma das mais
características regiões brasileiras, aliás duplamente interessante: como sertão e
como ribeirinha de uma das grandes artérias históricas do Brasil. (...) Basta-lhe
pegar a pena e contar com toda simplicidade o que V. observa a sua volta, e estará
fornecendo a todos quantos se interessam pelas coisas brasileiras, informações
preciosas (PRADO JÚNIOR, Idem).
Em 1952, Rebeliões da Senzala estava pronto. Ao procurar uma editora para publicá-lo
Moura mais uma vez recorreu a Caio Prado Jr. No entanto, a resposta foi negativa. Em carta de
21 de julho daquele ano, o editor e proprietário da Brasiliense elogiou o estudo do jovem
pesquisador, parabenizou-o, mas alegou falta de recursos para publicação, além do investimento
em um projeto de edição das obras de Monteiro Lobato, também proprietário da editora, ao qual
estavam empenhados naquela ocasião:
O que você apresenta e traz para o melhor conhecimento de nossa história, já é muito,
e representa por certo um ponto de partida, que nos faltava, para a sistematização e
compreensão geral de um assunto de considerável importância para nossa
historiografia, que são as lutas de classe entre escravos e senhores. Aceite por isso
minhas felicitações.
Quanto à edição de seu trabalho, estamos ainda no ponto que tive ocasião de lhe
comunicar verbalmente: a Editora encontra-se com suas atividades paralisadas no
que diz respeito a obras extra-programa. Estamos concentrados exclusivamente, por
motivos de ordem comercial e financeira de que infelizmente não podemos nos
afastar, nas edições de Monteiro Lobato, e daí não podemos, tão breve, desviar
nossas atenções e recursos. A Editora teria a maior satisfação e desvanecimento em
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editar seu livro, mas para isso seria preciso que você não tivesse pressa. Não conheço
suas disposições a respeito, e deixo por isso o assunto a seu critério (PRADO
JÚNIOR, 1952).
Não sabemos qual era o nível da pressa de Clóvis Moura em publicar seu trabalho.
Sabemos que naquela ocasião o texto estava pronto, e inferimos que sua intensão era ao menos
encaminhá-lo para publicação naquele mesmo ano. Porém o livro só veio a público sete anos
depois daquela carta, em 1959, por outra editora, a Edições Zumbi. Uma pequena empresa com
poucos recursos financeiros fundada em 1957 por Elvio Eligio Romero, Maria Antonietta Dias
de Moraes e Emiliano Daspett, na cidade de São Paulo, localizada na Rua Barão de Tatuí, nº
214, Vila Buarque.
porque o negro era tido como inferior. Raça inferior que não contribuiu para o
processo civilizatório (MOURA, 1995: P.53).
Clóvis Moura, em seu notável livro Rebeliões da Senzala, fornece uma boa análise
sobre o preço pago pelos quilombolas brasileiros, especialmente os de Palmares, por
sua consolidação socioeconômica. Bem sucedidos em cultivar a terra e organizar a
produção, para sustentar uma grande comunidade, os quilombolas perderam com
frequência sua flexibilidade militar, pois tiveram de desistir de táticas específicas
(como, por exemplo, os ataques de surpresa), a fim de defenderem suas famílias, lares
e meios de subsistência. Assim, ao mesmo tempo que um número cada vez maior de
quilombolas tornava possível uma defesa sólida contra ataques frontais, procurava
também evitar a ocorrência desses confrontos diretos. Sem uma massa expressiva de
camponeses com os quais pudessem misturar-se, à maneira da guerrilha clássica, as
oportunidades dos quilombolas se reduziam a duas possibilidades: ataques
fulminantes a partir de pequenas bases que não podiam aprovisionar-se e requeriam
periodicamente perigosos movimentos de avanço, ou adoção do padrão comum de
defesa dos redutos quilombolas. A primeira tática funcionou bem para pequenos
grupos; a segunda tornou-se indispensável para os grandes quilombos, ao mesmo
tempo que os tornava vulneráveis ao poder de fogo superior de seus inimigos
(GENOVESE, 1979: P.83).
Em primeiro lugar, seu livro: li-o com proveito e agrado; usei-o em meus trabalhos
e, ainda recentemente, na Formação Histórica do Brasil, que a Brasiliense vai lançar
agora em maio. (...) Seu trabalho é pioneiro; considero por escrever a história das
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rebeliões brasileiras, e é uma grande história. Há quem sustente não haver, no Brasil,
tradição de luta camponesa. Tenho dúvidas. Parece-me ao contrário, que há falta de
história das lutas camponesas. Que parece a você? O seu livro está emprestado por
mim a um estudioso na matéria, como fonte indispensável no assunto. Tenho tal livro
em alta conta, portanto. Penso que merece uma reedição, com as correções de forma
a que você se refere. Se mexer também no fundo não será mau; mas não é
indispensável. Acrescente as partes que está elaborando, e fará um grande trabalho.
(...) Tenho emprestado o seu livro a várias pessoas, a estudantes de história inclusive,
e todos lhe afirmam as qualidades. E não lhe estou escrevendo isto por gentileza,
creia. Não é dos meus hábitos o elogio gratuito (SODRÉ, 1962).
Outra contradição antiga foi a que se levantou entre escravos e senhores de escravos:
a história corrente tem omitido de forma sistemática os traços dessa contradição. Nos
quatro séculos em que durou o trabalho escravo, entretanto foram importantes os
acontecimentos que a assinalaram. Nos três primeiros, de que nos ocupamos agora,
sucederam-se os motins da escravaria, as resistências, as fugas, os atentados, as
violências particularmente caracterizados nos episódios dos quilombos. Ocultar uma
contradição dessa natureza e dessa importância corresponde a desfigurar a história:
só a sonegação reiterada vem afastando da atenção dos estudiosos um problema tão
profundo (SODRÉ, 1979: P.162).
Os que acreditam que a vigência do escravismo brasileiro foi tranquila, entre os quais
se destacam aqueles que acreditam ter sido a escravidão mansa, estão apenas
embalados pelas ilusões de uma historiografia viciada na repetição, fornecedora de
imagem deformada da realidade histórica. O escravismo brasileiro, como, de resto,
todo o escravismo, o antigo e o moderno, foi turbulento na sua crueldade inata,
sanguinolento, marcado por rebeliões as mais variadas. A investigação desse quadro
que tanto contrasta com aquele fornecido pela historiografia oficial, está apenas no
início. Entre as obras pioneiras, no assunto, a de Clóvis Moura se destaca,
particularmente nesta reedição ampliada [2ªedição], em que coloca em novos termos
as lutas dos escravos (SODRÉ, 1997: P.79).
Quanto a isso vale destacarmos o fato de Michel Löwy em sua antologia O marxismo
na América Latina: uma antologia de 1909 aos dias atuais, ter inserido o livro de Moura no
capítulo sete, intitulado “A História Econômica e Social Marxista”. Trata-se de um excerto
sobre o quilombo dos Palmares que, acertadamente, não está em um capítulo específico sobre
escravidão ou relações raciais5. Uma demonstração de que os temas abordados por Clóvis
Moura são pertinentes à história econômica e social marxista em geral.
Moura trata as relações sociais escravista sem perder de vista a escravidão como modo
de produção. Faz o mesmo ao tratar o tema do racismo no pós-escravidão. Não desvincula a
ideologia racista dos fatores econômicos: as bases materiais que produzem o racismo ao mesmo
tempo que são por ele reproduzidas. Na república, a população negra passou a ser o setor mais
explorado e precarizado no processo de acumulação e reprodução do capital, além de ser
majoritariamente o setor que compõe a população desempregada.
5
Além de Moura, estão na referida seção Caio Prado Jr., C.R.L. James, Sergio Bagú, Marcelo Segall, Milcíades
Peña e Rodney Arismendi. Michel Löwy (org.), O marxismo na América Latina.
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Conclusões
ausência – dada ao problema racial em seus trabalhos. Nos debates em torno da historiografia
da escravidão, Moura também se contrapôs ao antimarxismo de autores que consideravam as
análises sistêmicas e econômicas (sobre o modo de produção), e a apreensão da luta de classes,
como ultrapassadas ou limitadas.
O autor considera que a sucessão do escravismo para o trabalho assalariado no Brasil
resultou em uma economia de capitalismo dependente, que manteve o país subordinado aos
interesses econômicos e geopolíticos das potências do capitalismo mundial. No âmbito
nacional, no pós-abolição, o trabalhador negro outrora escravizado foi colocado às margens das
relações de produção, situado nas esferas mais precarizadas e exploradas do mercado de
trabalho, ou entre a maioria da população subempregada ou desempregada; e nos mostra como
a questão racial vincula-se à formação e à dinâmica das classes sociais no passado e no presente.
(...) segundo pensamos, a sua relevância numérica, o seu tempo de duração e forma
como a escravidão foi abolida no Brasil foram os que determinaram a emergência do
modelo de capitalismo dependente em que vivemos até hoje; estrangularam a
possibilidade da formação de uma burguesia nacional nos moldes clássicos;
permitiram a penetração do capital monopolista nos ramos mais dinâmicos e
estrategicamente relevantes de nossa economia e reelaboraram uma ideologia reflexa
das relações de produção escravistas: o racismo (MOURA, 2014: P.42).
Moura como intérprete do Brasil abordou nossa formação histórico-social por uma
perspectiva marxista na qual considera a questão racial como elemento fundamental na
compreensão da gênese e da dinâmica do capitalismo: as relações sociais de produção e a
estratificação social são historicamente marcadas pelo racismo, logo, um projeto de
transformação radical da sociedade – uma revolução brasileira e socialista – deve aliar
antirracismo e anticapitalismo em uma mesma luta. O autor observou a realidade como síntese
de múltiplas determinações históricas, em seu pensamento a categoria marxista de totalidade é
fundamental na apreensão das relações entre racismo e capitalismo.
A obra e de Clóvis Moura, por um lado, nos possibilita compreender a pertinência do
pensamento marxista nos estudos sobre o escravismo, e as relações raciais no pós-abolição: nos
permite entender como o marxismo pode contribuir na análise do problema racial e na práxis
política antirracismo. Por outro lado, ao inserir a questão racial na luta de classes, Moura
16
contribui para a efetivação do marxismo enquanto ciência que busca apreender o movimento
do real em sua totalidade.
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FONTES
Carta de Caio Prado Júnior, 08/03/1949. CEDEM-UNESP. Fundo Clóvis Moura, Caixa 1,
Correspondência recebida.
Carta de Caio Prado Júnior, 12/07/1952. CEDEM-UNESP. Fundo Clóvis Moura, Caixa 1,
Correspondência recebida.
Carta de Nelson Werneck Sodré, 17/04/1962. CEDEM-UNESP. Fundo Clóvis Moura, Caixa 2,
Correspondência recebida.
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