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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO –
CAMPUS GUANAMBI

PRESENÇA DE FOLHAS NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE


AMOREIRA-PRETA

MARCO AURÉLIO GUEDES TEIXEIRA


GUANAMBI-BA
, fevereiro de 2021.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO –
CAMPUS GUANAMBI

MARCO AURÉLIO GUEDES TEIXEIRA

PRESENÇA DE FOLHAS NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE


AMOREIRA-PRETA
Revisão de literatura apresentada como
requisito parcial para obtenção de créditos do
componente curricular Estáágio II em
Eengenharia Aagronômica do Instituto Ffederal
de Eeducação, Cciência e Ttecnologia Bbaiano
de Guanambi-BA.

Orientador: Prof. DrMsc. Aglair Cardoso


Alves.

GUANAMBI-BA
2021GUANAMBI-BA, fevereiro de 2021.

SUMÁRIO

RESUMO..........................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................5
2. REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................6
3. MÉTODO................................................................................................................10
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................11
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................12
RESUMO
PALAVRAS- CHAVE:
ABSTRACT
KEY WORDS:
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA

O cultivo da amoreira-preta vem crescendo nos últimos anos. Este aumento da


demanda é atribuído a vários fatores, de econômicos a sociais, que também ocorre
devido às suas qualidades fitoquímicas, que podem trazer benefícios à saúde, a partir da
busca por uma alimentação mais saudável. Além disso, trata-se de uma cultura com
características, que a tornam uma opção viável para a pequena propriedade (INSERIR
CITAÇÃO).
A amoreira-preta é um arbusto cujas espécies pertencem ao gênero Rubus. Embora
haja espécies nativas do Brasil, as cultivares utilizadas atualmente no País são oriundas
de cruzamentos envolvendo material genético nativo dos Estados Unidos. É considerada
uma cultura de retorno rápido, tendo em vista que entra em produção já no segundo ano
de cultivo. Outra característica interessante é a possibilidade de comercialização, pois
trata-se de uma fruta que possibilita a elaboração de uma grande variedade de produtos,
tais como, iogurtes, geleias, doces e sucos, além de ser comercializada in natura e
também na forma de polpa (INSERIR CITAÇÃO).
O preço médio pago ao produtor varia em função da época de produção e da forma
de comercialização (in natura ou indústria). A comercialização na forma in natura ainda
é pequena e praticada geralmente em feiras dos principais centros consumidores da
região Sul e Sudeste do País. Por outro lado, a industrialização é mais comum devido ao
baixo período de conservação da fruta. Informações sobre comercialização desta
cultura, no Brasil, são escassas (INSERIR CITAÇÃO).
Em geral a amoreira-preta tolera uma ampla gama de solos, porém desenvolve-se
melhor em solos arenosos com bom teor de matéria orgânica (GRANDALL, 1995;
GAZDA; KOCHMANSKA-BEDNARZ, 2010). A produção de amora-preta no Brasil
estende-se de outubro a fevereiro, não havendo oferta interna do produto fora deste
intervalo (ANTUNES et al., 2006a). Entretanto, a produção fora de época pode ser uma
opção bastante interessante economicamente, uma vez que a remuneração pode ser até
700% superior ao período normal da safra (INSERIR CITAÇÃO).
Em relação ao manejo, as técnicas mais eficazes para a alteração do período de
produção são a poda extemporânea e a aplicação de reguladores de crescimento. A
poda da amoreira-preta é realizada em dois momentos: uma no verão, momento
em que se eliminam as hastes que produziram e encurtam-se as novas hastes
emergidas do solo, e outra no inverno, reduzindo-se as hastes laterais
(GONÇALVES et al., 2011; CAMPAGNOLO; PIO, 2012).
Outra possibilidade para a produção fora de época é o uso de reguladores de
crescimento. Essa é uma técnica empregada em larga escala pelos produtores de
amora-preta no México, que a chamam de produção forçada. Consiste na
aplicação de reguladores de crescimento, como o thidiazuron (TDZ) (N-fenil-N-
1,2,3-tidiazol-5- ilurea), a cianamida hidrogenada (CH) (H2CN2), o ácido giberélico
(AG3), associados à supressão da irrigação e da desfolha (INSERIR CITAÇÃO).
A propagação da amoreira-preta se faz através de estacas de raízes
(CALDWELL, 1984) as quais estas, por ocasião do repouso vegetativo, são
preparadas e enviveiradas em sacolas plásticas. Podem também ser usados brotos
(rebentos), originados das plantas cultivadas. O uso de estacas herbáceas é uma
das alternativas viáveis (RASEIRA et al., 1984; PERUZZO et al., 1995). Além
destes, a multiplicação através da cultura de tecidos já é bem conhecida.
Segundo PERUZZO et al. (1995), a multiplicação rápida de mudas de
amoreira-preta pode ser conseguida através do enraizamento de estacas herbáceas,
sob nebulização e preparadas com quatro a cinco gemas, sendo que a produção de
mudas por este método pode ser conseguida durante todo o período de crescimento
da planta matriz. STOUTEMYER et al. (1933) citam como método rápido de
propagação da amoreira-preta e framboeseira a utilização de um pequeno
segmento da haste da planta com gema foliar, colocadas sob nebulização e em
substrato constituído por areia.
A utilização de estacas lenhosas na propagação da amoreira-preta não é uma
prática usual, entretanto, após o período de dormência, face à poda realizada,
obtém-se um grande número de estacas. Caso estas estacas possuam bom potencial
de enraizamento, podem ser utilizadas para este fim (INSERIR CITAÇÃO).
A estaquia é o método de propagação mais utilizado na produção comercial de
diversas espécies medicinais, com a vantagem de manter as características da
planta matriz, além da uniformidade das populações e facilidade de propagação
(HARTMANN et al., 2002).
Um fator que influencia no enraizamento de estacas é a presença ou ausência
de folhas (BEZERRA e LEDERMAN, 1995).
A auxina produzida pelas folhas reduz o tempo necessário ao enraizamento
e, consequentemente, a morte das estacas por déficit hídrico (DIAS et al., 1999).
Ainda segundo Pacheco e Franco (2008), é provável que o enraizamento e a
sobrevivência das estacas com folhas estejam relacionados à síntese de compostos
fenólicos pela parte aérea, que são utilizados como cofatores de enraizamento.
SOUSA et al. (2013) argumentaram ainda que cada tipo de estaca possui
condições específicas para o enraizamento, como quantidade de reservas
armazenadas nos tecidos e sensibilidade desses tecidos em responder a estímulos
exógenos. A resposta da formação de raízes em estacas com folhas pode estar
associada, possivelmente, com a síntese de fotoassimilados, substâncias
nitrogenadas, hormônios, cofatores e compostos fenólicos. LIMA et al. (2007)
relataram que estes compostos, ao serem translocados para a base das estacas,
acumulam-se na zona de regeneração e favorecem o enraizamento.
Segundo Paiva; Gomes (1995), o método de estaquia e o consequente
enraizamento das estacas apresentam-se fortemente influenciados por inúmeros
fatores, entre eles a variabilidade genética do material, a presença de folhas e o
teor endógeno e exógeno de auxinas nas estacas. Tais fatores são bastante variáveis
e podem atuar de maneira isolada ou em interações com os demais, de modo que,
através de uma simples modificação em uma ou mais condições, pode-se viabilizar
a propagação de espécies consideradas de difícil enraizamento (HARTMANN;
KESTER, 1978).
A presença de folhas em estacas semilenhosas tem-se mostrado fundamental
para o sucesso da propagação por estaquia em algumas espécies perenes, sendo
importante determinar o número de folhas ideal (Reuveni & Raviv, 1981; Morales,
1990).
Existem vários fatores que afetam o enraizamento de estacas, sendo
divididos em fatores químicos (endógenos e exógenos que promovem o
enraizamento), intrínsecos da planta (juvenilidade, tipo de estaca, presença de
folhas e gemas), do meio ambiente (umidade, luz, temperatura, fotoperíodo) e
outros, como o substrato (Couvillon, 1988).
ANDRADE et al. (2007), avaliando o enraizamento de estacas de amoreira-
preta, utilizando diferentes concentrações de AIB, observaram 83% de
sobrevivência de estacas no tratamento sem AIB, valor inferior ao relatado no
presente trabalho.
Para FACHINELLO et al. (2005), tem-se observado que reservas mais
abundantes se correlacionam com maiores percentuais de enraizamento e
sobrevivência. Segundo DIAS et al. (2011a), o aumento nos teores de açúcares da
parte aérea com relação às raízes pode indicar que a parte aérea atuou como fonte
de fotoassimilados e, dentre eles, açúcares solúveis, para promover as brotações.
A presença de folhas proporciona maior porcentagem de enraizamento de
estacas lenhosas de amoreira-preta, sendo indispensáveis para a propagação das
cultivares 'Guarani', 'Tupy' e 'Xavante' através desse método. As cultivares 'Tupy'
e 'Xavante' apresentam maior porcentagem de enraizamento do que 'Guarani',
além de sistema radicular de melhor qualidade.
3. MATERIAL E MÉTODOS
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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