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CENTRO UNIVERSITÁRIO APARÍCIO CARVALHO – FIMCA

CURSO DE ZOOTECNIA

ALLAN ROGÉRIO MONTEIRO SOARES

FERNANDO BALDOÍNO REIS

GUILHERME VINÍCIUS CLEMENTE

ESTUDO DE CASO: DINÂMICA DA OCORRÊNCIA DA SÍNDROME DE MORTE


SÚBITA DE PASTAGENS COM CAPIM MARANDU

PORTO VELHO/RO
2023
ALLAN ROGÉRIO MONTEIRO SOARES

FERNANDO BALDOÍNO REIS

GUILHERME VINÍCIUS CLEMENTE

ESTUDO DE CASO: DINÂMICA DA OCORRÊNCIA DA SÍNDROME DE MORTE


SÚBITA DE PASTAGENS COM CAPIM MARANDU

Projeto de trabalho de conclusão de curso


elaborado como requisito parcial para
aprovação de disciplina de Projeto de Trabalho
de Conclusão de Curso.

Orientadora: Profa.Dra. Valéria Ana Corvalã dos Santos

PORTO VELHO/RO
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO 6 2.1. Brachiaria brizantha cv. BRS
MARANDU 5
2.2. RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS DO CAPIM MARANDU À SMB 7
2.3. IMPACTO PRODUTIVO DA SMB NAS PASTAGENS 8
3. OBJETIVOS 9
3.1. OBJETIVO GERAL 9
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 9
4. MATERIAL E MÉTODOS 10
4.1. ÁREA DE ESTUDO 10
4.2. PROTOCOLO DE AMOSTRAGEM 13
4.3. ANÁLISE DE DADOS 14
5. RESULTADOS ESPERADOS 14
6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 15
7. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO 16
REFERÊNCIAS 17
1. INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de carne


bovina, onde basicamente as pastagens são a base da bovinocultura, tornando-se o
meio mais acessível e prático de produzir e propiciar alimentos para os bovinos (DIAS-
FILHO, 2014).
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE o Brasil
possui uma área de 113,2 milhões de hectares de pastagens cultivadas e conta com
um rebanho bovino de 234,4 milhões de cabeças (IBGE, 2022).
No Estado de Rondônia, somam-se em mais de 6,1 milhões de hectares as
áreas utilizadas para pastagem (IBGE, 2023). Porém, a maioria das áreas de
pastagem encontram-se em solos que apresentam uma fertilidade natural reduzida,
destacando-se pela elevada acidez, capacidade de troca catiônica diminuta e altos
níveis de alumínio trocável. Essas características restringem a produtividade das
pastagens cultivadas, resultando em um desempenho zootécnico insatisfatório para a
criação de gado de corte e/ou leite. As áreas ocupadas com pastagem em Rondônia
apresentavam aproximadamente 30% de degradação (LAPIG, 2018). A ação de
degradação ocorre em decorrência de um grande quantitativo de pragas e doenças,
bem como o manejo inadequado do sistema solo-planta-animal (TOWNSEND;
PEREIRA; COSTA, 2009). A escolha incorreta da espécie forrageira para o meio
ambiente. Isso, teoricamente, torna necessária a derrubada de novas áreas para a
manutenção dos rebanhos, resultando em uma pecuária itinerante (DIAS-FILHO,
2017).
Dentre as espécies forrageiras, destacam-se do gênero Brachiaria ssp.,
principalmente a espécie Brachiaria Brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. BRS
Marandu, está forrageira possui boa adaptabilidade a diferentes condições climáticas,
o que é particularmente importante em uma região com variações climáticas, como
Rondônia, podendo ser utilizada no pastoreio de bovinos e produção de feno, suporta
de 2 a 3 unidade animal (UA) por hectare, em áreas altas com fertilidade variando de
média a alta (CRISPIM; BRANCO, 2002). Contudo, na região Norte do Brasil, e em
algumas áreas do centro-oeste, que se encontram o bioma Amazônico, onde há um
regime intenso de chuva e solos mal drenados ou de baixa permeabilidade, ocorre o
alagamento ou encharcamento do solo, que desencadeiam a ocorrência da morte
súbita do capim Marandu.
A síndrome, a qual também é chamada de morte súbita, é conhecida desde a
década de 1990, quando começou a ocorrer no estado do Acre. O problema é comum
na região Norte do país e em áreas do Centro-Oeste mais próximas da Amazônia,
como o norte de Mato Grosso, locais com um regime intenso de chuvas, passando
dos 2.000 mm anuais. Ocorre em solos mal drenados ou de baixa permeabilidade,
com ocorrência de alagamento ou encharcamento do solo, reduzindo a oxigenação
das raízes. Uma das principais respostas que ocorre pela morte súbita é a queda de
produção da forrageira (GABRIEL FARIA, 2014).
A cultivar BRS Marandu da espécie Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa
brizantha) demonstra limitada tolerância à hipóxia do solo, enfrentando significativas
dificuldades de manutenção da saúde vegetal quando os poros do solo se encontram
saturados de água, a hipóxia sofrida pelo sistema radicular altera o metabolismo
celular, provocando queda imediata na respiração das raízes, tanto em plantas
tolerantes como nas intolerantes ( LIAO e LIN, 2001).
A Síndrome da Morte Súbita do Capim Marandu (SMB) representa um impacto
significativo na produção a pasto, e consequentemente na produtividade pecuária no
estado de Rondônia, afetando produtores de todos os portes. No entanto, é importante
destacar que esta síndrome permanece pouco estudada e pouco debatida em nossa
região, resultando em um nível de conhecimento limitado sobre o assunto. Através
dessa pesquisa buscamos analisar fatores edafoclimáticos que afetam
morfologicamente e como ocorre a evolução da morte da Brachiaria brizantha (Syn.
Urochloa brizantha) cv. BRS Marandu.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. BRS Marandu.

Pertencente ao gênero Brachiaria, classificada dentro da espécie Brachiaria


brizantha (Hochst ex A.RICH.) STAPF. cv. BRS Marandu, atualmente reclassificada
dentro do gênero Urochloa, é originária de uma região vulcânica da África, onde os
solos geralmente apresentam bons níveis de fertilidade, com precipitação
pluviométrica anual ao redor de 700 mm e cerca de 8 meses de seca no inverno
(RAYMAN, 1983). A Brachiaria brizantha foi introduzida no Brasil em 1967
(ALCÂNTARA, 1987). Ocupou grande espaço na pecuária devido a sua fácil
adaptação ao clima e resistência a cigarrinhas. Entre os anos de 1976 a 1980, a
Embrapa desenvolveu o Projeto de Melhoramento de Pastagens da Amazônia Legal
- PROPASTO, em 1984 B. brizantha. cv. Marandu (IRI 822; BRA 000591),
germoplasma originário do Zimbabwe Grassland Station, foi liberada pela Embrapa
para o plantio em regiões do Brasil (CAMARÃO; FILHO, 1984).
O desenvolvimento das espécies de Brachiaria na região do bioma amazônico
difundiu com grande extensão territorial em diferentes ecossistemas. A Amazônia
Legal ocupa cerca de 49% do território brasileiro, incluindo os Estados do Acre,
Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e partes dos estados do Tocantins, Maranhão,
Mato Grosso e Rondônia (IBGE, 2016). O desenvolvimento de pastagens na
Amazônia começou inicialmente no sistema tradicional de preparo da área, com
desmate, queima e plantio de gramíneas. Na década de 80 foi introduzido o capim
braquiarão (Brachiaria brizantha cv. Marandu), que hoje representa cerca de 80% da
área plantada na região (LOURENÇO et.al., 2006).
A Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. BRS Marandu apresenta
como principais características a resistência às cigarrinhas-das-pastagens, elevada
produção de forragem, durabilidade, ótima capacidade de rebrota, tolerância ao frio,
à seca e ao fogo, alta produção de sementes viáveis (Porzecanski et aI., 1979). Mas
requer solos com boa drenagem, com fertilidade média a alta, alcançando uma
produção de 8 a 20 toneladas de matéria seca por hectare, ao ano.
Entretanto, existem vários fatores que podem influenciar na produtividade e
rigorosidade da forrageira, como manejo inadequado, implantação da espécie errada
em relação a adaptação às condições edafoclimáticas, como o plantio do capim
Marandu em áreas com ocorrência de alagamentos. Os primeiros relatos da síndrome
da morte do capim do Marandu no Brasil foram registrados no Acre, em 1994 outros
Estados vêm registrando a ocorrência da mesma, principalmente na região Norte e
Centro Oeste do país (ALMEIDA, 2011).

2.3 RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS DO CAPIM MARANDU À SMB

A extensa extensão de terras dedicadas a essa única cultura, considerando a


diversidade climática e de solo presente nessas vastas áreas, certamente cria um
novo nível de pressão seletiva para insetos e doenças. Com o tempo de uso contínuo
para pastagem, é possível estabelecer relações significativas entre esses elementos
e suas influências no ecossistema (Macedo, 2006).
As cultivares de Brachiaria brizantha exibem notável capacidade de adaptação
fenotípica, sendo indicadas para uma ampla gama de condições edafoclimáticas.
(PHILP et al., 2019; VERAS et al., 2020).
Estudos e observações de campo da Embrapa (2018) destacaram que a
síndrome se manifesta durante a época chuvosa, principalmente em áreas que
apresentam solos de baixa permeabilidade, e seria ocasionada, principalmente, à
associação da falta de adaptação desse capim Marandu ao excesso (temporário) de
água no solo com o ataque de fungos dos gêneros Pythium, Fusarium e Rhizoctonia,
que seriam favorecidos pela condição de saturação de água no solo (DIAS-FILHO,
2005).
Os primeiros relatos da síndrome da morte do capim do Marandu no Brasil
foram registrados no Acre, em 1994 outros Estados vêm registrando a ocorrência da
mesma, principalmente na região Norte e Centro Oeste do país (ALMEIDA, 2011). Em
situações de inundação, a capacidade de crescimento das folhas da planta da cultivar
Marandu são notavelmente diminuídas. Essa redução começa logo no primeiro dia de
inundação do solo e a quantidade de amido presente nas folhas, medido seis dias
após o início da inundação, está inversamente relacionada à resistência relativa dessa
planta forrageira ao estresse de inundação do solo. As vias metabólicas principais
relacionadas aos açúcares foram modificadas nessa cultivar.
Em plantas mais vulneráveis à inundação, a redução no crescimento e
metabolismo das raízes diminui a demanda por carboidratos. Simultaneamente, a
inundação limita o transporte de carboidratos das folhas para as raízes (LIAO & LIN,
2001). Esses fatores combinados levam ao acúmulo de compostos fotossintéticos,
especialmente amido, nas folhas.
Conforme relatos de Dias Filho e Andrade (2005) e Dias Filho (2005), sob a
situação alagamento temporário o capim Marandu apresenta redução de 89% na
fotossíntese líquida e de 40% na alocação de carbono para as raízes quando está
submetida a essas condições, que ocasionam a degradação da pastagem. Portanto,
quando o capim-marandu é exposto ao excesso de água no solo durante a estação
chuvosa, sofre alterações fisiológicas e morfológicas que afetam seu metabolismo e
o torna mais suscetível aos agentes patogênicos da SMB (DIAS FILHO, 2005).
A detecção da SMB durante a estação chuvosa, é observada pelas reboleiras
de plantas mortas que surgem na pastagem. A manifestação ocorre por meio de
sintomas como amarelecimento, secamento e morte de touceiras de gramínea em
áreas específicas da pastagem (ANDRADE; VALENTIM, 2004), observando também
a presença de fungos patogênicos, que aproveitam o enfraquecimento da forrageira
para se desenvolver, notadamente o Fusarium sp e o Rhizoctonia solani, que
contribuem para a aceleração do fenômeno conhecido como a 'Síndrome da Morte
Súbita' (FARIA, 2014).

2.3 IMPACTO PRODUTIVO DA SMB NAS PASTAGENS

Segundo estudos de MANZATTO (2017) uma das principais causas de


degradação de pastagens no estado do Mato Grosso, nas áreas da Amazônia legal é
a SMB – síndrome da morte do capim Marandu. De acordo com DIAS-FILHO (2019),
as principais causas de degradação das pastagens na região Amazônica, assim como
em outras regiões, são bem semelhantes às demais, como a superlotação das
pastagens e a ausência de adubações de manutenção. Entretanto, a SMB nos últimos
anos está sendo um dos principais causadores de degradação de pastagens em toda
região Norte e partes das regiões do Centro-Oeste do Brasil.
Essas Regiões historicamente lideram as maiores produção de carne bovina,
porém com a grande utilização do capim marandu tem se prejudicado, devido à baixa
tolerância da planta ao excesso de umidade do solo, causando deficiência de
oxigênio, e consequentes alterações morfofisiológicas no sistema radicular da
espécie, a tornam suscetível a ataques de agentes bióticos, como fungos patogênicos,
que provocam o amarelecimento da parte aérea e sua morte (DIAS-FILHO, 2005).
Em um estudo de caso realizado na região de Porto Velho, relataram que a
MSB ocasionou 50% de redução da produção de forragem na pastagem,
apresentando 34% a mais de plantas invasoras demonstrando que a pastagens
encontrava-se em estado de degrada moderado a forte. Diante da ocorrência da morte
súbita do capim Marandu, os produtores devem buscam outras forrageiras mais
tolerantes e adaptadas às condições edafoclimáticas de alta pluviosidade e
encharcamento do solo, e assim reavaliar as suas práticas de manejo da pastagem.
Entretanto, a necessidade de substituir o capim Marandu pode criar oportunidades
econômicas para produtores de sementes, viveiros, fornecedores agrícolas e
prestadores de serviços envolvidos na produção e cultivo de forragem. Isto pode
estimular as economias locais e criar oportunidades de emprego no sector agrícola.
(ROBLES; CASSIANO, 2023.
3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Analisar e descrever as características edafoclimáticas e morfofisiológicas das


plantas de Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa Brizantha) cv. Marandu que
influenciam na ocorrência da síndrome da morte súbita da pastagem.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Identificação das características edafoclimáticas que influenciam na morte súbita


da planta Brachiaria Brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. Marandu.

● Avaliar a influência da síndrome da morte na dinâmica de crescimento e


desenvolvimento de perfilho Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv.
Marandu em populações que apresentam diferentes estádios morfológicos.

● Descrever a estrutura morfológica de raízes e parte aérea de Brachiaria


brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. Marandu em populações que
apresentam diferentes estádios morfológicos

● Avaliar o geo espaçamento das reboleiras do capim Brachiaria brizantha (Syn.


Urochloa brizantha) referente a síndrome da morte súbita.
4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. ÁREA DE ESTUDO

O presente trabalho tem a natureza quantitativa e por meio do estudo de caso


buscamos entender os meios de evolução da síndrome da morte subida do capim
Marandu.
A Fazenda Cassiano, propriedade estudada, localiza-se no estado de
Rondônia, no Assentamento Joana D'Arc I, linha 05, no município de Porto Velho
(8°57 '42,74 " 64°13' 47,22"). A região apresenta um clima do tipo Am, de acordo com
a classificação de Köppen, ou seja, possui um clima tropical chuvoso, com
precipitação média anual de 2.161 mm. Os meses de outubro a abril são os mais
chuvosos, enquanto os meses de junho a agosto são mais secos. A temperatura
média é de 25°C, variando entre 31°C e 21°C (TEJAS et al., 2012).
A propriedade possui uma área total de 500 hectares, dos quais 170 hectares
são de pastagem utilizável, divididos em oito piquetes de 20 hectares cada.

Figura 01. Mapa de localização da Fazenda Cassiano, Assentamento Joana D’arc I.

Fonte: Imagem de satélite Google Earth, 2023.


Dois desses piquetes são compostos por capim Brachiaria (Syn. Urochloa)
brizantha cv. MG5, e os outros seis piquetes são compostos pela forrageira Brachiaria
(Syn. Urochloa) brizantha cv. BRS Marandu. Infelizmente, quatro desses piquetes
atualmente estão apresentando sintomas da súbita morte do capim Marandu.
O piquete utilizado como “controle” está na área mais alta da propriedade, o
qual não apresenta o encharcamento no solo e também não está afetado pela
ocorrência da síndrome da morte súbita, o mesmo possui aproximadamente 20 ha
pela (Syn. Urochloa) brizantha cv. BRS Marandu. Para fins de estudo da síndrome,
será selecionado um desses piquetes mais similar ao piquete de controle.

Figura 02. Piquetes acometidos pela morte súbita.

Fonte: Imagem de satélite Google Earth, 2023.

De acordo com os proprietários, o evento começou a ocorrer devido ao


alagamento do solo. Diferentes fatores possivelmente passaram a atuar, influenciando
a morte súbita do capim marandu. A construção da Hidrelétrica de Santo Antônio
próxima à área afetou significativamente o solo da região, tornando o solo mais
alagado e com lençol freático mais alto. Este evento inicia-se com o alagamento do
solo, onde diversos fatores passaram a atuar na morte súbita do capim marandu. A
construção da usina próxima à área afetou significativamente o solo da região,
tornando o solo mais alagado e com lençol freático mais alto.
4.2. PROTOCOLO DE AMOSTRAGEM

● Amostragem do Solo

A Coleta de solo será realizada nos piquetes controle (sem a ocorrência) e no


piquete acometido, sendo nesta retirada amostras da área da reboleira e fora das
reboleiras. Todas amostras serão retiradas na camada de 0-20 cm e de 20 – 40cm de
profundidade, com um auxílio de um trado holandês, após serem separadas e
identificadas, em seguida prosseguiram para o laboratório para análise química do
solo no laboratório de Solos da Fimca

● Amostragem da Forragem
Serão realizadas mensurações da altura do dossel e será realizada com uma
régua graduada em centímetros, onde vai ser medidos ao acaso 50 pontos por
piquete, sendo que foi considerada a média dessas observações. As forrageiras serão
cortadas sempre no mesmo dia, considerando a cultivar Marandu como indicador do
momento do corte (DOS ANJOS et al., 2016).
Para estimar a massa de forragem, com o auxílio de um quadrado de 1 m², será
coletada uma amostra cortando rente ao solo, dentro da moldura. O material
amostrado será acondicionado em saco plástico e encaminhado ao laboratório de
bromatologia da Fimca, para conhecimento da matéria seca. Serão realizadas
subamostragem, para matéria seca total, e para os componentes morfológicos da
forragem. Sendo obtido de toda amostra coletada no campo, uma subamostra
representativa de cada piquete, será coletada para a separação dos componentes
morfológicos, lâmina foliar, colmo (caule + bainhas) e material morto.
Após a separação, será pesado cada componente individualmente, e secos em
uma estufa de ventilação forçada, com temperatura de 55 °C por 72 horas. Após a
secagem as amostras serão retiradas e pesadas novamente para determinação da
massa seca.
● Amostragem da Raiz

Para coletar da raízes serão escolhidas aleatoriamente plantas (touceiras),


em cada ponto de estudo, sendo os pontos: no centro das reboleiras, nas bordas,
plantas fora das reboleiras que apresentem os sintomas da SMB, e plantas sadias,
no piquete acometido e no piquete controle, com o auxílio de uma enxada,
retirando-se toda raiz na profundidade mínima de 20 cm. Após coletadas a planta
inteira será levada ao laboratório de solos Fimca, onde, da touceira serão
escolhidos perfilhos centrais ligados a raiz, da parte inferior da touceira será cortado
as raízes de maior diâmetro e dos perfilho serão retirada segunda folha da base,
para a avaliação microscópica e observação da presença de fungos. Para obter um
número significativo de amostras será coletado material de no mínimo três amostra
em cada ponto amostrado, e em diferentes reboleiras com a distância mínima de
50 m de distância entre elas (RIBEIRO JUNIOR et al.,2017).

● Mapeamento das reboleiras


Será realizado o mapeamento dos piquetes afetados com a morte súbita da
Brachiaria Brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. Marandu utilizando o drone para
capturar imagens de alta resolução, com o intuito de realizar o mapeamento da área
afetada pela síndrome, distâncias entre as reboleiras e pontos acometidos.

4.3. ANÁLISE DE DADOS

Será computado os dados médios das variáveis de produção de forragem e


massa de raiz, para a pastagem acometido pela SMB e pastagem controle (sem
ocorrência), e comparadas pelo teste t Student.
Das plantas selecionadas aleatoriamente para morfometria das raízes serão
comparados os estádios morfológicos quanto às variáveis quantitativas, e de presença
dos fungos. Os dados serão submetidos à análise de variância pelo teste F e as
médias serão comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade (FERREIRA,
2011).
5. RESULTADOS ESPERADOS

● Identificação dos fatores específicos que contribuem para essa síndrome da morte
súbita Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. Marandu.

● Conhecer o processo de evolução de senescência morfológica na planta


ocasionada pela síndrome da morte das pastagens Brachiaria brizantha (Syn.
Urochloa brizantha) cv. Marandu.

● Conhecer o processo de evolução espacial da síndrome da morte súbita das


pastagens Brachiaria brizantha (Syn. Urochloa brizantha) cv. Marandu.

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Tabela 1. Cronograma de execução da pesquisa de 2023 a 2024.

2023.2 2024.1
ETAPAS
Ago Set Out Nov Dez Fev Mar Abr Mai Jun

Pesquisa
X X X X
bibliográfica

Elaboração do
X X X X
projeto

Apresentação do
X
TCC1

Coleta dos dados X X X

Análise de dados X X X

Elaboração do
X X X
TCC

Entrega do TCC X

Apresentação do
X
TCC 2
7. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

Tabela 2. Cronograma de desembolso para execução da pesquisa de 2023 a 2024.

MATERIAL QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL


Xerox 90 pags R$ 0,35 R$ 31,50
Lápis 5 R$ 2,00 R$ 10,00
Prancheta 1 R$ 6,00 R$ 6,00
Computador* 3 R$ 1.500,00 R$ 4.500,00
Combustível 36 L R$ 6,59 R$ 237,24
Trena 50 metros* 1 R$ 60,00 R$ 60,00
Facão 2 R$ 80,00 R$ 160,00
Alimentação 88 R$ 30,00 R$ 2.640,00
TOTAL DE GASTOS PREVISTOS: R$ 7.644,74
* Equipamentos necessários já adquiridos serão cedidos pela propriedade do local de
execução do projeto
REFERÊNCIAS

Crispim, S.M.A.; BRANCO, O.D. Aspectos gerais das Braquiárias e suas


características na sub-região da Nhecolândia, Pantanal, MS / Sandra Mara
Araújo Crispim, Oslain Domingos Branco – Corumbá: Embrapa Pantanal, 2002. 25p.
– (Embrapa Pantanal. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 33).

Andrade, C.M.S.; Valentim, J.F. (2022). Soluções tecnológicas para a síndrome da


morte do capim-marandu.

Ribeiro Júnior, N.G., da Silva, I.V., de Araújo, C.F., Fagundes, O.S., & Gervazio, W.
2015. Anatomia e morfometria de raízes e folhas de Urochloa brizantha cv.
Marandu em diferentes estádios de acometimento da síndrome da morte das
pastagens. Iheringia, , 6. 2017.

Alves, C. M.; Ferreira, M. M. (2022). Condições favoráveis à síndrome da morte do


capim braquiarão e indicações tecnológicas.

DIAS FILHO, M. B. (2008). Síndrome da morte do capim-marandu. In: ENCONTRO


INTERNACIONAL DA PECUÁRIA DA AMAZÔNIA, 1., 2008, Belém, PA. Meio
ambiente e pecuária: [anais]. Belém, PA: FAEPA; Instituto Frutal; SEBRAE-PA, 2008.
Embrapa Amazônia Oriental.

Junior, N. G. R.; Silva, I. V.; Araujo, C. F.; Fagundes, O. S.; Gervazio, W. (2017).
Anatomia e morfometria de raízes e folhas de Urochloa brizantha cv. Marandu
em diferentes estádios de acometimento da síndrome da morte das pastagens.

BATISTA, Keverson Marques. (2021). Desempenho agronômico de forrageiras


híbridas do gênero urochloa. 28 f. Monografia (Graduação) - Zootecnia,
Universidade Federal do Norte do Tocantins, Araguaína, 2021.

DIAS FILHO, M. B. Degradação de pastagens: processos, causas e estratégias


de recuperação. 2. ed. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2005. 173 p

DIAS FILHO, M. B.; ANDRADE, C. M. S de. Pastagens no ecossistema do trópico


úmido. In: SIMPÓSIO SOBRE PASTAGENS NOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS,
2005, Goiânia. Anais... Goiânia: SBZ., 2005. p 95-104

Ferreira, D.F. 2011. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e


Agrotecnologia 35(6): 1039-1042

MANZATTO, C. V.; PEREIRA, S. E. M.; PEDREIRA, B. C. Zoneamento do risco de


ocorrência da síndrome da morte do capim-marandu do Estado do Mato Grosso.
2017.

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