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Gramática Direção de Arte
7o ano do Ensino Fundamental Hilka Fabielly

Lécio Cordeiro
Multi Marcas Editoriais Ltda.
Editor: Rua Neto Campelo Jr, 37 – Mustardinha
Lécio Cordeiro Recife – PE – CEP: 50760-330
CNPJ: 00.726.498 / 0001-74
Revisão de texto: I. Est.: 021 538-37 | I. Munic.: 252.009-5
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Marcelo Bernardo Ltda. pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições
futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
Projeto gráfico, editoração
eletrônica e ilustrações:
Box Design Editorial Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam,
sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original,
Capa uma nova pontuação.
Gabriella Correia/Nathália Sacchelli/
Sophia Karla
Fotos: StefanoT - stock.adobe.com

ISBN Aluno: 978-65-5638-381-1


ISBN Professor: 978-65-5638-375-0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e
Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Impresso no Brasil

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Apresentação

É muito comum ouvirmos comentários de que a nossa língua é muito difícil. Você
já ouviu alguém dizer isso? Normalmente essa opinião é seguida de comparações com
outras línguas. Quem pensa que o português é uma língua difícil comumente acredita
que o inglês, por exemplo, é uma língua fácil, que o alemão é feio, que o chinês é extre-
mamente confuso. Mas será mesmo? As pesquisas mostram que esses posicionamentos
sobre as línguas são equivocados.
Na maioria das vezes, essas opiniões negativas surgem da confusão que se faz entre
o que é a língua e o que é a gramática. Por uma série de motivos, é comum as pessoas
entenderem que ambas são a mesma coisa, mas, na verdade, não são. A gramática é
apenas um dos componentes da língua. Apesar disso, na nossa sociedade ela é muito
valorizada. Por isso, existem hoje nas livrarias inúmeros livros de gramática. Mas você
já percebeu que todos eles abordam o assunto sempre da mesma forma? Regras e mais
regras para se decorar, frases sem sentido e sem contexto adequado para ilustrar o es-
tudo, construções linguísticas que nunca usaremos na vida, nenhuma relação entre a
gramática e os outros componentes curriculares.
Foi pensando nisso que tivemos a ideia de escrever uma gramática diferente. Nosso
objetivo foi preparar um livro que realmente ensinasse o conteúdo gramatical como ele
Daniel M Ernst/Shutterstock.com

é: interessante, vivo, real, repleto de possibilidades! Esperamos que você goste e que
passe a ver a gramática de forma diferente.

Bom estudo!
Lécio Cordeiro

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Sumário

Capítulo 1 Capítulo 3
Preposição----------------------------------- 6 Verbo e advérbio-------------------------- 30

1. Conceito-----------------------------------------6 1. Verbo------------------------------------------ 30
2. Combinação e contração--------------------7 2. Advérbio-------------------------------------- 36
3. Locução prepositiva--------------------------8 Atividades------------------------------------ 41
Atividades---------------------------------------10 Desafio---------------------------------------- 48
Desafio-------------------------------------------12 Questões de escrita------------------------ 52
Questões de escrita---------------------------15 Verbos de elocução------------------------ 52
Uso do x e do ch-------------------------------15
Uso das consoantes s e z--------------------16

Capítulo 4
Verbo (2)------------------------------------ 54
Capítulo 2
Pronomes possessivos e indefinidos--- 17 1. Formas nominais dos verbos------------ 54
2. A estrutura dos verbos-------------------- 56
1. Pronomes possessivos-----------------------17 Atividades------------------------------------ 64
2. Pronomes indefinidos------------------------20 Desafio --------------------------------------- 71
3. Pronomes substantivos e Questões de escrita------------------------ 76
pronomes adjetivos---------------------------22 Verbos regulares e
Atividades---------------------------------------23 verbos irregulares-------------------------- 76
Desafio-------------------------------------------26
Questões de escrita---------------------------29
Os pronomes e a coesão--------------------29

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Capítulo 5 Capítulo 7
Sujeito e predicado----------------------- 79 Transitividade verbal---------------------- 114

1. Classificar------------------------------------- 79 1. O que é transitividade verbal?-------------114


2. Gramaticalidade e agramaticalidade--- 81 2. Pronomes pessoais como
3. Sujeito e predicado------------------------- 82 complementos verbais-----------------------117
4. Tipos de sujeito------------------------------ 85 Atividades---------------------------------------119
5. Oração sem sujeito------------------------- 87 Desafio-------------------------------------------122
Atividades------------------------------------ 88 Questões de escrita---------------------------124
Desafio---------------------------------------- 92 Os complementos verbais e
Questões de escrita------------------------ 98 a construção de sentidos -------------------124
O uso do sujeito indeterminado-------- 98

Capítulo 8
Capítulo 6 Predicados e concordância nominal-----130
Concordância verbal--------------------- 99
1. Os predicados----------------------------------130
1. Conceito--------------------------------------- 99 2. Concordância nominal-----------------------132
2. Regra geral------------------------------------ 99 Atividades---------------------------------------134
3. A concordância verbal na língua Desafio-------------------------------------------139
falada espontânea------------------------- 102 Questões de escrita---------------------------142
Atividades------------------------------------ 103 Casos especiais de
Desafio---------------------------------------- 107 concordância nominal------------------------142
Questões de escrita------------------------ 110
Casos específicos de
concordância verbal----------------------- 110

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CAPÍTULO
1
Preposição

1. Conceito
Para entender o que é uma preposição, teremos de voltar às classes de palavras que estudamos
até agora, principalmente os substantivos e os adjetivos. Vamos em frente? Acompanhe o nosso
raciocínio analisando as duas palavras a seguir.
Iasha ; Jezper | Shutterstock

garrafa + água

Na nossa comunicação, raramente palavras como essas são usadas de forma individualizada, in-
dependente. No geral, construímos nossa fala agrupando palavras de acordo com as relações de
sentido que queremos alcançar. Para expressar algumas dessas relações de forma clara, utilizamos
palavras bem específicas: as preposições. Observe:

garrafa de água
garrafa com água
garrafa sem água

Como você pode ver, nessas três situações as palavras destacadas expressam diferentes relações
de sentido. Quando falamos garrafa de água, temos a ideia de uma garrafa na qual colocamos água.
No entanto, ela pode estar eventualmente com água ou sem água.

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Como você sabe, nesses casos a palavra garrafa é um substantivo. Já os termos de água, com
água e sem água são considerados locuções adjetivas, pois qualificam o substantivo garrafa de di-
ferentes modos. Chegamos, portanto, a uma definição importante.

Chamamos de preposições as palavras que conectam dois ou mais termos estabelecen-


do relações de sentido.

De acordo com essa definição, as preposições desempenham papéis de conectores. Assim, se


isoladas, as preposições não possuem sentido próprio.
Além da função conectiva, as preposições possuem outra característica fundamental: elas são in-
variáveis. Diferentemente dos substantivos, adjetivos e artigos, por exemplo, as preposições não se
flexionam. Ou seja, elas se apresentam sempre da mesma forma, não variam em gênero e número,
independentemente das palavras que conectam. Veja mais alguns exemplos:

copos de água
REFLITA
opiniões sobre os temas
presentes para amigos
Como vimos, as preposi-
ções são palavras invariá-
2. Combinação e contração veis, ou seja, não variam
em gênero, número e
Quando a preposição a se junta aos artigos definidos mascu- grau. Diante dessa afir-
linos o, os ou à palavra onde, dizemos que houve combinação, mação, reflita: por que as
uma vez que não se deu a redução da preposição. Observe os preposições destacadas
exemplos a seguir. nos exemplos a seguir es-
tão flexionadas?
Em áreas de alta altitude, é possível encontrar animais
adaptados ao ar rarefeito, como a lhama. Cerca de 27 milhões de
pessoas vivem no bio-
Você quer chegar aonde com este carro? ma caatinga.
A caatinga é marcada
Quando ocorre perda de fonema na ligação da preposição (a, pelo clima semiárido.
de, por, com e em) com outra palavra, dizemos que houve contra- Espera-se que o aluno perceba que a
ção, já que se deu a redução. Observe: flexão ocorre em virtude da junção
da preposição com os artigos.

A estepe é um bioma que se caracteriza pelo (por + o) clima seco e frio.


A vegetação de estepe é caracterizada pela (por + a) adaptação à baixa umidade.
A vegetação herbácea e pouco arbustiva é característica das (de + as) estepes.
Nas (em + as) estepes, a variedade da (de + a) fauna é limitada.

Nas palavras destacadas, observe que ocorreu variação de gênero e número nas palavras que se
ligaram às preposições.
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3. Locução prepositiva
Como vimos, as preposições podem se contrair ou se combinar com outras palavras, formando
outras preposições. Mas é possível também combinar preposições com outras palavras para formar
grupos de palavras que, juntas, também equivalem a preposições. São as locuções prepositivas.

O avião passou por cima da Cordilheira dos Andes (lugar).


As estepes muitas vezes se tornam desertos por causa do desmatamento (causa).
Este ambiente era domínio de estepe antes de se tornar deserto (tempo).
Nos cactos, os espinhos são folhas adaptadas em virtude da aridez (causa).
A caravana está passando através da estepe da Mongólia (lugar).

APRENDA MAIS

Normalmente, o substantivo que entra para formar essas locuções está no singular, mas o uso
no plural também é possível.

Ela vive à custa da mãe.


Ela vive às custas da mãe.
O acordo está em via de conclusão.

Mehendra_art/Shutterstock.com
O acordo está em vias de conclusão.

É comum o uso de locuções prepositivas em vez da preposição correspondente. Veja:

O assaltante fugiu através da janela.


O assaltante fugiu pela janela.
O gato passou por cima da mesa.
O gato passou sobre a mesa.

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APRENDA MAIS

Emprego das preposições

O emprego das preposições está relacionado ao valor com que cada uma delas contribui
para a expressão dos enunciados. Vejamos algumas mais usadas diariamente.

Preposição Significado Exemplo


a Direção a um destino Iremos a Portugal.
Coincidência, concomitância A criança adormeceu ao meu lado.
ante Proximidade ou posição frontal Parou ante o perigo que surgiu à sua
frente.
após Posterioridade Voltou após uma semana.
até Aproximação Arrastou-se até a cozinha.
com Companhia Saio do trabalho todos os dias com
meus amigos.
contra Direção contrária Desesperada, ela apertava-se contra ele.
de Procedência, origem, meio Ele veio de longe. Viajou de carro.
desde Espaço ou tempo Desde 1990, não vou ao Chile.
em Lugar Eles entraram em casa calados.
entre Posição no interior de dois Não há desentendimentos entre nós.
limites indicados, interioridade
para Finalidade Estude para passar de ano.
perante Proximidade ou posição frontal Permaneceu alegre perante meu olhar.
por (per) Percurso O pobre animal arrastou-se pelo mato e
fugiu.
Resultado do movimento de Ela veio por lá.
aproximação
sem Subtração, ausência, Entrou sem pedir licença.
desacompanhamento
sob Posição de inferioridade Trazia um presente sob o pano.
sobre Posição de superioridade, Ele pôs os pratos sobre a mesa.
assunto Falei sobre política.

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Atividades

1. Analisando o sentido das orações, faça a correspondência indicando a relação estabelecida


pela preposição destacada.

a. assunto b. causa c. companhia d. direção e. finalidade


f. lugar g. matéria h. modo i. posse j. tempo

a. h Ela sempre agia com tranquilidade. i. c Quero jantar com você.


b. e Corri para chegar cedo. j. d Fui a Porto Alegre.
c. i Comprei o violão de Lucas. k. j Estamos no Recife desde ontem.
d. f Moramos em Olinda há 6 anos. l. d Continue olhando para frente.
e. g A cerca era de arame. m. f Sempre preferi viver no campo.
f. d Iremos a São Paulo. n. b Ela está chorando de emoção.
g. a Conversamos sobre Márcia. o. j Após o jogo, comemoramos.
h. i Esta casa é de Regina. p. a Estávamos falando de você.

2. Preencha as lacunas com a preposição mais adequada.


a. Ao pé da letra, a palavra região significa área ou espaço de vida.
b. A ciência define bioma como um conjunto de ecossistemas em equilíbrio e que têm
particularidades em comum.
c. Um dos fatores mais importantes para identificar um bioma é a sua vegetação, pois é
sempre influenciado pelo clima.
d. Em biomas cujo clima é quente e com pouca chuva, por exemplo, é comum encontrar-
mos plantas que acumulam água em seu interior, como os cactos.
e. Nós faremos um estudo sobre os biomas encontrados no Brasil.

Floresta
Amazônica Cerrado
Caatinga

Pantanal

Mata Atlântica

Pampa
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3. Leia o texto a seguir preenchendo as lacunas com as preposições adequadas. Atenção: em
algumas lacunas será necessário utilizar uma locução prepositiva.

A tundra
A tundra é um bioma muito característico porque só existe em regiões muito altas
ou próximas aos polos. O clima nesses lugares é sempre muito frio, o que influencia
bastante na vida dos organismos que neles vivem.
Como nas regiões em que a tundra se desenvolve o solo permanece gelado ou
coberto de gelo durante a maior parte do ano, esse tipo de vegetação
é rasteiro e rico em musgos e liquens.
A diversidade não é muito grande. Em geral, as plantas são muito pequenas, e há
apenas algumas árvores. Os animais são sempre adaptados ao frio: normalmente,
guardam alimento durante o inverno, e alguns até hibernam.
Os ursos-polares são animais perfeitamente adaptados a esse tipo de am-
biente. Eles têm pelos brancos (se confundem com a paisagem, onde prevalece o gelo),
são excelentes nadadores (podem nadar até 80 km sem parar) e têm uma grossa
camada de gordura por baixo da pele (a gordura os protege do frio e serve
como fonte de energia).
Bob Pool/Shutterstock.com

Paisagem de tundra no Parque Nacional Denali, no território do Alaska.

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Desafio

Texto 1

1. As preposições atuam como conectivos e podem estabelecer diferentes relações de sentido,


dependendo do contexto em que estão inseridas. Assim, no texto acima, a palavra pra contri-
bui para expressar:

1. A noção de movimento/deslocamento em direção a.


2. A ideia de condição.
3. O sentido de que a nossa vida depende da natureza.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. 1.
b. 2.
c. 3.
d. 1 e 2.
e. 2 e 3.

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2. Leia.

Cuidar da natureza é cuidar da vida.

Sobre as palavras destacadas no período, analise as afirmações.

1. Resultam da contração entre uma preposição e um artigo.


2. São uma combinação de duas palavras, mas com perda fonética.
3. Concordam em gênero e número com as palavras que as antecedem.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. 1. b. 2. c. 3. d. 1 e 2. e. 2 e 3.

Texto 2

A savana

A savana é encontrada em ambientes tropicais secos, principalmente no continente africa-


no. Os domínios de savana apresentam vegetação arbustiva e arbórea, com as árvores afasta-
das umas das outras, o que permite a circulação de grandes mamíferos: zebra, elefante, leão,
rinoceronte, hipopótamo, etc.
No Brasil, o domínio que se desenvolve em áreas de clima tropical seco é o cerrado. Sua ve-
getação apresenta semelhanças com a savana, com espécies arbustivas retorcidas, gramíneas
e árvores esparsas. O cerrado brasileiro é encontrado principalmente no Centro-Oeste do País.

Maciej Czekajewski/Shutterstock.com
Típica paisagem de savana localizada no Quênia, leste da áfrica.

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Tanto a savana quanto o cerrado têm sofrido um impacto ambiental enorme decorrente das
atividades econômicas que provocam a sua degradação, como as práticas agrícolas de plantation
e monocultora, voltadas para o abastecimento externo; e a exploração ilegal da madeira.
As espécies vegetais mais conhecidas desse bioma são os baobás, árvores centenárias que
possuem um tronco bastante largo e podem alcançar dezenas de metros de altura. Seu fruto
possui uma casca muito dura, que suporta a queda quando maduro. Em terra, o único animal
capaz de quebrar a sua casca é o elefante: ao digerir o fruto com suas sementes, ele acaba por
disseminá-las por meio de suas fezes, funcionando como um agricultor natural.
PERNAMBUCO, Heitor. Geografia sem Fronteiras. 7º ano. 2. ed. Recife: Construir, 2018, p. 212.

3. A respeito do Texto 2, é correto afirmar que:


a. Foi extraído de um livro didático de Geografia, sendo, portanto, um texto predominan-
temente argumentativo.
b. Tem como objetivo comunicativo informar o leitor.
c. Apresenta-se como um texto descritivo, pois expõe as características da savana.
d. Tem como função social a defesa do bioma da savana, um dos mais ameaçados do mundo.
e. Deve ser classificado como relato de viagem, pois apresenta o olhar de um viajante (o
autor) sobre a região visitada (a savana).

4. Considerando os recursos linguísticos presentes no Texto 2, analise as afirmações a seguir.

1. No trecho “[...] é encontrada em ambientes tropicais secos” (primeiro parágrafo), a prepo-


sição expressa uma indicação de lugar, do mesmo modo que a palavra no em “no Centro-
-Oeste do País” (segundo parágrafo).
2. No trecho “[...] voltadas para o abastecimento externo” (terceiro parágrafo), a preposição
expressa uma ideia de finalidade.
3. No trecho “[...] ele acaba por disseminá-las por meio de suas fezes” (último parágrafo), a lo-

Michail_Vorobyev/Shutterstock.com
cução prepositiva pode ser substituída pela preposição sobre, para dar mais objetividade ao
texto.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. 1. b. 2. c. 3. d. 1 e 2. e. 2 e 3.

Mundialmente conhecida, a Alameda dos Baobás, em Madagascar, concentra


dezenas de árvores. As mais antigas datam de, aproximadamente, 100 anos.

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Questões de escrita

Uso do x e do ch
1. Analise o emprego do x nos grupos de palavras a seguir e, em seguida, formule uma regra para
cada um desses usos.

a. feixe — caixa — deixar — baixo

Regra: Emprega-se a letra x depois de ditongos.

b. enxada — enxame — enxurrada — enxaqueca

Regra: Emprega-se a letra x depois da sílaba inicial en-. Importante: essa regra não se aplica a
palavras derivadas de outras escritas com ch, como enchapelar (de chapéu) e encharcar (de charco),
por exemplo. Há exceções: encher, enchova, etc.

c. México — mexer — mexerica

Regra: Emprega-se a letra x depois da sílaba inicial me-. Exceção: mecha.

2. Complete as lacunas das palavras abaixo com x ou ch.


a. frou x o b. en ch iqueirar c. en ch arcado
d. rou x inol e. me x e-me x e f. salsi ch a
g. en x uto h. en ch ente i. ma ch ucar
j. en x oval k. au x ílio l. me x ilhão
m. deslei x ado n. en ch ova o. en x ofre
p. encai x ar q. en x ergar r. pei x ada

3. Use sua intuição e suas experiências linguísticas para fazer a correlação abaixo. Considere pa-
lavras escritas com x a partir de sua origem.

a. De origem africana a. c xerife e. a orixá


b. De origem indígena b. b xará f. b abacaxi
c. De origem inglesa
c. a axé g. b xiquexique
d. c xampu h. b xavante

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Uso das consoantes s e z
4. Agora, leia com atenção os grupos de palavras abaixo, observando o emprego das letras s e z.
Em seguida, procure formular uma regra para esses usos.

a. freguês — freguesa — oleoso — poetisa — aquosa — recifense

Regra: Emprega-se s nas palavras terminadas em -ês, -esa, -isa, -osa, -oso e -ense.

b. deusa — coisa — faisão — Neusa — Eusébio

Regra: Emprega-se s depois de ditongos.

c. grávida — gravidez — esperto — esperteza — certo — certeza

Regra: Grafam-se com z substantivos abstratos femininos terminados em -ez e -eza que têm
origem em adjetivos.

5. Observe:

pesquisa — pesquisar
canal — canalizar
aviso — avisar
escravo — escravizar

Na grafia de verbos, às vezes ficamos na dúvida se terminam em -isar ou -izar. Como podemos
resolver essa dúvida?
Escrevemos -isar quando a base das palavras correspondentes termina em -s. Se a base não
terminar em -s, escrevemos -izar.

6. Complete as lacunas com -isar ou -izar.


a. avisar . b. pisar . c. civilizar .
d. improvisar . e. motorizar . f. alisar .
g. frisar . h. simbolizar . i. cicatrizar .

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CAPÍTULO
2
Pronomes possessivos
e indefinidos

1. Pronomes possessivos
Analise o texto a seguir.

Disponível em: http://revistapegn.globo.com/Como-comecar/


noticia/2015/01/os-destaques-da-pequenas-empresasgrandes-
negocios-de-janeiro-2015.html. Acesso em: 06/10/2019.

Diariamente, nas mais diversas situações comunicativas, senti-


mos necessidade de informar que algo nos pertence ou pertence
a alguém. Nessas situações, utilizamos os pronomes possesivos,
palavras que, do ponto de vista semântico, indicam relação de
posse entre algo e as pessoas do discurso. Nesse sentido, dize-
mos que algo (o que é possuído) pertence a uma das pessoas do
discurso (quem possui). No título da matéria principal da revista
analisada acima, a palavra seu assume essa função. Veja:

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100 ideias para montar o seu negócio.

O pronome seu se refere à 2a pessoa do discurso, isto é, a pessoa com quem se fala (você).

REFLITA

No contexto comunicativo do título da matéria, quem é a 2a pessoa do discurso (a quem se


refere o pronome seu)?
No contexto, o pronome se refere ao leitor da revista que está interessado em criar uma
empresa.

Veja outro exemplo de uso dos pronomes possessivos.

Nesse caso, o pronome nossa se refere à 1a


pessoa do discurso (plural), isto é, à pessoa que
fala mais alguém (nós). De acordo com a com-
preensão global do texto, o papel da 1a pessoa
é exercido pelo mico-leão-dourado e demais es-
pécies animais que compõem a fauna da Mata
Disponível em: https://www.sosma.org.br/106246/exposicao-metro- Atlântica.
linha4/. Acesso em: 06/10/2019.

Já no anúncio a seguir, o pronome seu se refere ao leitor ou à leitora que são pai ou mãe.

Disponível em: http://milc.net.br/2012/10/menos-presentes-


mais-presenca/#.WhoJXlWnHow. Acesso em: 06/10/2019.

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Assim, os pronomes possessivos estabelecem uma relação de posse, permanente ou não, entre o
objeto ou assunto de que se fala e cada uma das pessoas gramaticais. Observe:

Meu livro.
Tua bolsa.
Teu carro.
Nossa casa.
Seus pertences.
Vossas testemunhas.

Como você pode ver, esses pronomes concordam em número e gênero com a coisa possuída.
Apenas as formas dele, dela, deles, delas e de vocês concordam com o possuidor.

A casa dele.
O tio de vocês.
O time deles.
O amigo delas.

No português brasileiro, os pronomes possessivos podem ser agrupados em dois subsistemas: o pri-
meiro é mais adequado para quando escrevemos ou falamos em contextos formais, e o segundo é mais
apropriado em situações de comunicação menos formais, como na conversação espontânea. Observe:

Subsistema I (contextos formais)


1 pessoa do singular (eu)
a
meu, minha, meus, minhas
2a pessoa do singular (tu) teu, tua, teus, tuas
3a pessoa do singular (ele, ela) seu, sua, seus, suas
1a pessoa do plural (nós) nosso, nossa, nossos, nossas
2a pessoa do plural (vós) vosso, vossa, vossos, vossas
3a pessoa do plural (eles, elas) seu, sua, seus, suas

Subsistema II (contextos informais)


1a pessoa do singular (eu) meu, minha, meus, minhas
2a pessoa do singular (tu) teu, tua, teus, tuas
2a pessoa do singular (você) seu, sua, seus, suas
3a pessoa do singular (ele, ela) dele, dela
1a pessoa do plural (nós) nosso, nossa, nossos, nossas
2a pessoa do plural (vocês) de vocês
3a pessoa do plural (eles, elas) deles, delas

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Se estiverem relacionados a formas de tratamento, os pronomes possessivos concordam na 3a
pessoa (seu, sua, seus, suas), e não na 2a do plural. Veja:

Vossa Excelência traiu seus eleitores.


Vossa Senhoria pretende viajar para a sua cidade natal?
Vossa Majestade está no seu direito.

2. Pronomes indefinidos
Agora, leia a tirinha a seguir.

Como você pode observar, os termos todo mundo, quase todo mundo, a maioria, vários e al-
guns representam, gradualmente, quantidades indefinidas de pessoas. Nessa gradação, consiste o
humor da tira, pois, ao longo do texto, o menino percebe que não conseguirá convencer o adulto de
que deve ter certo brinquedo apenas porque todo mundo tem.

Os pronomes indefinidos são palavras que representam quantidades indefinidas ou se


referem à 3a pessoa do discurso de forma imprecisa ou indeterminada.

Veja alguns exemplos.

Conheço alguns atletas que já competiram.


Neste mês, tivemos poucos dias ensolarados.
A loja distribuiu muitos brindes na inauguração.
Já ouvimos bastantes histórias hoje.

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Os pronomes indefinidos podem resultar da recategorização de outras palavras. Observe:

Equivale a corretos, adequados


Seus conselhos estavam certos.
Adjetivo

Equivale a alguns
Certos conselhos não são bons.
Pronome indefinido

Equivale a bastante
Ele estudou muito hoje.
Advérbio

Equivale a vários
Ele comeu muitos biscoitos.
Pronome indefinido

Tradicionalmente, os pronomes indefinidos são classificados quanto à sua capacidade de se fle-


xionar. Assim, podem ser variáveis ou invariáveis.

Pronomes indefinidos
Variáveis Invariáveis
algum, alguma, alguns, algumas alguém
nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas ninguém
todo, toda, todos, todas tudo
outro, outra, outros, outras outrem
muito, muita, muitos, muitas nada
pouco, pouca, poucos, poucas cada
certo, certa, certos, certas algo
vário, vária, vários, várias
tanto, tanta, tantos, tantas
quanto, quanta, quantos, quantas
qualquer, quaisquer

APRENDA MAIS

De acordo com a gramática normativa, os pronomes nenhum e nenhuma são variáveis, po-
dendo apresentar a forma plural: nenhuns e nenhumas. No entanto, essas formas já foram
abolidas no português brasileiro.

21

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É importante notar que os pronomes indefinidos qual, quanto, que, o que e quem introduzem
frases interrogativas, o que os levou a serem classificados por muito tempo como pronomes inter-
rogativos.

O que você sabe sobre mim?


Que aconteceu na sala?
Qual é a sua dúvida?
Quanto você tem?
Quem é aquela atriz?

Por essa lógica, esses mesmos pronomes


deveriam ser classificados como exclamativos
em frases como estas:

Que susto!
Qual não foi meu desgosto quando ela morreu!
Quanta sorte!
Quem diria!

3. Pronomes substantivos e pronomes adjetivos


Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.

Carla chegou. → Ela chegou.


Os bebês nasceram. → Eles nasceram.

Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extensão de seu significado,


dizemos tratar-se de pronome adjetivo.

Esta casa é antiga.

Meu livro é antigo.

Minha namorada chegou.

22

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Atividades

1. Leia, a seguir, o início do conto Da utilidade dos animais, de Carlos Drummond de Andrade, e
responda às questões propostas.

Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram animais
de todos os feitios. “É preciso querer bem a eles (1)”, diz a professora, com um sorriso que
envolve toda a fauna, protegendo-a (2). “Eles (3) têm direito à vida, como nós, e, além disso,
são muito úteis. Quem (4) não sabe que o cachorro é o maior amigo da gente (5)? Cachorro
faz muita falta. Mas não é só ele (6), não. A galinha, o peixe, a vaca... Todos (7) ajudam. [...]”
ANDRADE, Carlos Drummond de. Da utilidade dos animais. In: Para gostar de ler. 4. ed. São Paulo: Ática, 1979. v. 4, pp. 17–20.

a. O pronome eles (1) retoma que termo expresso anteriormente?


O pronome retoma o termo animais.

b. O pronome oblíquo a (2) foi utilizado junto à forma verbal protegendo para evitar a repeti-
ção de que palavra?
Fauna.

c. O pronome eles (3) foi utilizado pela professora de forma repetida. Para evitar essa repeti-
ção, o autor poderia substituí-lo por um pronome indefinido. Preencha a lacuna a seguir,
realizando essa substituição.

Todos têm direito à vida, como nós, e, além disso, são muito úteis.

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d. Como se classifica o pronome quem (5)?
O pronome quem é indefinido ou interrogativo.

e. O termo da gente faz referência a qual pessoa do discurso?


O pronome faz referência à 1a pessoa do discurso no plural (nós).

f. A palavra ele (6) evita a repetição de que substantivo?


O pronome ele evita a repetição do substantivo cachorro.

g. Como se classifica o pronome todos (7)?


O pronome todos é indefinido.

2. Analise o título da matéria a seguir.

Cidades onde não passar pelo estádio é quase uma ofensa


Disponível em: https://catracalivre.com.br/viagem-livre/cidades-onde-nao-passar-pelo-estadio-e-quase-uma-ofensa/. Acesso em:
11/10/2019.

a. Como você pode perceber, a palavra cidades pode ser antecedida por um artigo definido ou
por um pronome indefinido, dependendo da intenção de quem produziu o texto. Imagine
que o objetivo da matéria não é citar todas as cidades, afinal existem muitas no mundo, vá-
rias delas com belos e importantes estádios. Como você escreveria esse título? Importante:
para chamar ainda mais a atenção do leitor, comece com o verbo conhecer flexionado no
modo imperativo.
Sugestão de resposta: Conheça algumas cidades onde não passar pelo estádio é quase uma
ofensa.

b. Agora, leia o subtítulo que originalmente acompanha o título da matéria.

Há certas cidades que mesmo quem não é doente por esportes precisa dar uma passada pelo
estádio e conferir toda a história que aconteceu ali
Disponível em: https://catracalivre.com.br/viagem-livre/cidades-onde-nao-passar-pelo-estadio-e-quase-uma-ofensa/. Acesso em:
11/10/2019.

A intenção do autor do texto é citar na matéria todas as cidades onde os estádios são impor-
tantes pontos turísticos? Como essa intenção é evidenciada no subtítulo? Explique.
Não. A intenção do autor é citar algumas cidades onde os estádios são importantes pontos
turísticos. Essa intenção é evidenciada pelo emprego do pronome indefinido certas.

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3. As frases seguintes apresentam ambiguidade devido ao mau emprego do pronome possessi-
vo. Desfaça esse problema de sentido, usando o pronome possessivo adequado.

a. Ela viajou com sua mãe.


Ela viajou com a mãe dela.

b. Iraldo e Anny estão viajando. O seu filho também.


Iraldo e Anny estão viajando. O filho deles também.

c. Sílvia e João chegam cedo ao colégio porque sua casa fica perto.
Sílvia e João chegam cedo ao colégio porque a casa deles fica perto.

d. Zé e seu pai decidiram pintar o muro da sua casa.


Zé e o pai dele decidiram pintar o muro da casa deles.

e. Vanessa anotou o endereço novo de Lucas na sua agenda.


Vanessa anotou o endereço novo de Lucas na agenda dela (ou dele).

4. Leia.

Quem optar por não comprar um computador novo pode reaproveitar o antigo micro e
deixá-lo com cara de novo, trocando alguns componentes por versões mais atuais. Esse
procedimento é chamado de upgrade. Nele, os técnicos recomendam especial atenção à
memória, à placa de vídeo e ao disco rígido (HD).

Sobre as palavras destacadas no texto, é correto afirmar que:


a. Esse retoma a compra de aparelhos muito danificados ou antigos que precisam ser rea-
proveitados; nele retoma equipamentos usados.
b. Esse retoma o antigo micro; nele refere-se ao procedimento de troca por peças novas.
c. Esse remete à troca de memória, da placa de vídeo e do disco rígido; nele diz respeito ao
grupo de técnicos que faz o upgrade.
d. Esse se refere à troca de alguns componentes por versões mais atuais; nele diz respeito ao
upgrade, isto é, ao procedimento de troca de componentes por versões atualizadas.
e. Esse diz respeito ao aproveitamento de computadores usados por algumas empresas;
nele refere-se ao micro que irá ficar com cara de novo assim que for realizado o upgrade.

5. Assinale a alternativa em que há uso de pronome indefinido.


a. As amigas não puderam ajudá-la.
b. Anime-se, meu amigo, o jogo ainda não acabou.
c. Um pinheiro caiu na estrada.
d. Aproveite esta oportunidade, pois é o momento certo.
e. Certa hora, o pobre homem foi pego de surpresa.
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Desafio

Texto 1

1. De acordo com a interpretação global do Texto 1, é correto afirmar que:


a. A fala do menino no primeiro quadrinho demonstra uma concordância sua em relação a
algum projeto de mobilidade urbana.
b. A ideia do menino visa, primordialmente, beneficiar os animais que vivem no ambiente
urbano.
c. O menino propõe uma medida de mobilidade que indica o oposto do que ele provavel-
mente ouviu, isto é, “cortar os parques para duplicar as estradas”.
d. A intenção do menino é propor uma mudança na configuração do traçado urbano para
favorecer a mobilidade.
e. O menino está interessado exclusivamente em contribuir para a preservação dos animais.

2. Sobre os recursos linguísticos utilizados no Texto 1, analise as afirmações a seguir.

I. No primeiro quadrinho, a palavra eu indica a pessoa que fala. Desse modo, expressa um
ponto de vista baseado no senso comum.
II. No segundo quadrinho, o termo pra gente indica a pessoa que fala mais alguém, nesse
caso, o menino e o adulto.
III. De acordo com a compreensão global da tirinha, o termo pra gente permite a referência
geral a todas as pessoas, incluindo a que fala.
IV. No último quadrinho, a palavra deles funciona como pronome indefinido, pois se refere
aos animais em geral.
V. A palavra deles se classifica como pronome possessivo. Assim, indica a posse dos passari-
nhos que moram na cidade.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I e II. b. II e III. c. III e IV. d. IV e V. e. I e V.

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Texto 2

Bill Watterson. Disponível em: http://tiras-do-calvin.tumblr.com/image/26502826556. Acesso em: 06/10/2019.

3. De acordo com a interpretação global do Texto 2, é correto afirmar que:


a. O pai do menino não atendeu à exigência feita no terceiro quadrinho.
b. É possível compreender completamente a proposta do autor da tirinha dispensando-se
os textos verbais.
c. O pai do menino se mostra assustado diante da sua solicitação.
d. A expressão idiomática mão de vaca, utilizada no último quadrinho, indica uma crítica
do pai à exigência que o filho lhe fez.
e. De acordo com a leitura do último quadrinho, pode-se entender que o pai do menino o
colocou de castigo.

4. O destaque nas palavras meu e minha, no segundo quadrinho do Texto 2, indica:


a. Revolta do pai em relação à exigência feita pelo menino.
b. Uma ironia pelo fato de o pai do menino ser o dono da garagem e ter de pagar para es-
tacionar nela seu próprio carro.
c. Indiferença do pai diante da proposta feita pelo filho, pois não entendeu sua intenção.
d. Uma crítica do pai em relação ao pagamento de 50 centavos para estacionar seu carro
na garagem do menino.
e. Os bens possuídos pelo pai, isto é, o carro e a garagem.

5. A resposta do menino no terceiro quadrinho indica que ele faz:


a. Uma exigência. b. Uma ameaça.
c. Um pedido de desculpas. d. Uma reclamação.
e. Um planejamento.

6. Sobre os recursos linguísticos utilizados no Texto 2, analise as afirmações a seguir.


I. O pronome você, empregado no primeiro quadrinho, refere-se ao pai do menino.
II. Os pronomes meu e minha flexionam em gênero e número para concordar com as pala-
vras garagem e carro, respectivamente.
III. Os pronomes meu e minha indicam a primeira pessoa do discurso, isto é, a pessoa que fala.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I. b. II. c. III. d. I e II. e. II e III.

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Texto 3 Texto 4

Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/


Disponível em: https://www.bienaldolivrosp.com.br/pt-BR/
MLB-675591188-revista-sua-saude-n06-_JM. Acesso em:
Exhibitors/4686340/EDITORA-VOZES/Products/1393417/Qual-e-a-
31/01/2020.
tua-obra-Inquietacoes-propositivas-sobre-gestao-lideranca-e-etica.
Acesso em: 31/01/2020.

7. Sobre os pronomes possessivos empregados no nome da revista (Texto 3) e no título do livro


(Texto 4), analise as afirmações seguintes.

I. Com a intenção de falar diretamente ao leitor, o uso do pronome sua, no Texto 3, é mais
formal que o emprego do pronome tua, no Texto 4.
II. Os dois pronomes foram empregados com o objetivo de se referir ao leitor.
III. Ambos indicam posse, por parte do leitor, referindo-se ao substantivo saúde (Texto 3) e ao
substantivo obra (Texto 4).

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I. b. II. c. III. d. I e II. e. II e III.

8. Leia o período abaixo.

Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos.

As palavras destacadas são, respectivamente:


a. Adjetivo e pronome.
b. Pronome adjetivo e adjetivo.
c. Pronome substantivo e pronome adjetivo.
d. Pronome adjetivo e pronome indefinido.
e. Adjetivo anteposto e adjetivo posposto.

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Questões de escrita

Os pronomes e a coesão
1. Nos textos, os pronomes desempenham uma função muito importante: eles são uma ferra-
menta que contribui bastante para a coesão textual. A coesão é um recurso de conexão lógico-
-semântica que nos auxilia na expressão de nossas ideias, tornando nosso texto mais claro,
direto e atraente para nosso leitor/ouvinte. E os pronomes entram nesse jogo para possibilitar
a indicação das pessoas do discurso, dos objetos de que falamos, dos nossos sentimentos, ou
seja, eles funcionam como elementos de referenciação e nos ajudam a não repetir palavras e
expressões de maneira desnecessária. Pensando nisso, leia com atenção o cartum a seguir.

a. No período abaixo, o pronome pessoal o evita a repetição de que termo expresso anterior-
mente?

Sempre o deixei ter o que queria e fazer o que queria.

O pronome o evita a repetição do termo meu filho.

b. Identifique as estratégias textuais utilizadas pelo autor do texto para evitar a repetição do
termo meu filho.

Para evitar a repetição do termo meu filho, o autor utilizou os pronomes o e lo. Além disso,
optou pela sua omissão no período “hoje, [meu filho] é um adolescente muito bem-criado”.
c. As três ocorrências do pronome o possuem a mesma classificação?

Não. Enquanto na primeira ocorrência a palavra o é pronome pessoal do caso reto, na segunda
e terceira é pronome demonstrativo (equivale a aquilo).
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CAPÍTULO
3
Ve r b o e a d v é r b i o

1. Verbo
Conceito
Leia com atenção o início da crônica Tempos de amnésia obrigatória, de Martha Medeiros.

Com diferença de poucos dias, uma amiga carioca e um leitor gaúcho me enviaram
vídeos protagonizados pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano. Em um, ele dá uma
entrevista e, no outro, lê os próprios textos. Ambos os programas estão acessíveis pelo
YouTube. Respeito as coincidências [...].
MEDEIROS, Martha. Tempos de amnésia obrigatória. In: A graça da coisa. Porto Alegre: L&PM, 2012.

No capítulo anterior, vimos que os pronomes são palavras que variam em gênero e número, isto
é, eles flexionam para se adaptar às condições em que são utilizados. As palavras destacadas no
texto acima, por sua vez, variam de maneira diferente dos pronomes. Por exemplo, não há nelas in-
dicação de gênero. Na verdade, de forma simples, dizemos que suas variações ocorrem para indicar
cinco categorias fundamentais: tempo, aspecto, modo, número e pessoa. Veja:

Verbo Tempo Aspecto Modo Número Pessoa


enviaram passado processo concluído indicativo plural 3a
dá presente processo não concluído indicativo singular 3a
lê presente processo não concluído indicativo singular 3a
estão presente processo não concluído indicativo plural 3a
respeito presente processo não concluído indicativo singular 1a

Chamamos de verbo a palavra que expressa essas cinco categorias simultaneamente.

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Tempo
Dessas cinco categorias, o tempo é a que mais identifica os verbos, pois por meio dela podemos
associar suas formas às noções cronológicas de presente, passado e futuro. Observe:

Presente Passado Futuro


enviam enviaram enviarão

REFLITA

Analise com atenção as fra- Martha Medeiros escreve crônicas.


ses ao lado e discuta com Martha está escrevendo mais uma crônica.
seus colegas e seu professor Ela escreveu um texto muito bom.
a respeito das diferenças de Ela escrevia para um jornal de São Paulo.
tempo expressas pelos ver- Martha tinha escrito uma crônica quando faltou energia.
bos em cada uma delas. Martha escreverá mais um livro de crônicas.

Aspecto
O conceito de aspecto se refere ao sentido especial expresso pelo verbo ou à duração do pro-
cesso verbal, indepen­dentemente da época em que esse processo ocorre. Essa duração pode ser
momentânea ou permanente, passageira ou habitual, concluída ou não concluída, etc.

Leia estas frases:

(1) O rio está limpo. (5) Retorcer (de torcer), esbravejar (de bravejar)
(2) O rio é limpo. (6) Adocicar (de adoçar), escrevinhar (de escrever)
(3) O rio continua limpo. (7) Pestanejar, balancear, choramingar, etc.
(4) O rio estava limpo. (8) Engatinhar, mugir, etc.

Você consegue perceber a diferença de sentido entre essas frases? Como você pôde ver, muda-
mos apenas o verbo, mas há importantes diferenças de aspecto entre elas. Em 1, entendemos que
limpo é uma qualidade passageira, temporária, do rio. Em 2, limpo é uma qualidade permanente. Já
em 3, limpo é uma qualidade que se iniciou no passado e está se prolongando no presente. Por fim,
em 4, limpo era uma qualidade que teve certa duração no passado, mas terminou.
Já nos exemplos de 5 a 8, os verbos expressam sentidos especiais. Em 5, os verbos adquirem valor
aumentativo devido ao acréscimo das partículas re- e es-. Ao contrário, os verbos indicados no item
6 ganham valor diminutivo, resultado do acréscimo das partículas -icar e -inhar. Já os verbos apre-
sentados no item 7 expressam valor frequentativo ou iterativo, indicando repetição do processo. Por
fim, no item 8 os verbos expressam valor imitativo ou onomatopaico, expressando a ação própria
dos nomes de que são originados.

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Modos verbais

Por meio dos verbos, podemos nos posicionar em relação aos eventos verbais de três formas ou
modos: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo.

• Indicativo
Empregamos o modo indicativo quando desejamos expressar algo que indique certeza. Observe:

A porta está fechada.


Certeza
A porta estava fechada.
Modo indicativo
A porta estará fechada.

Como você pode perceber, quem fala essas três frases tem certe­za sobre o que está falando
(modo indicativo).

A expressão do modo indicativo pode se dar no presente, no passado e no futuro.

• Presente – Expressa eventos ou estados verbais que ocorrem no momento da fala ou que se
estendem a esse momento. Pode, também, expressar eventos futuros e até progressivos.

Eu sou professor.
Pedro gosta de pizza.
O céu está claro.
Vou para a casa do meu pai e só volto amanhã.
Meu irmão vive no Canadá há vários anos.
Manu está lendo um livro de crônicas.

• Passado (pretérito) – Expressa eventos ocorridos antes do momento presente. Pode ocor-
rer de três formas:

Marcelo almoçou cedo.


Pretérito perfeito (ação concluída)

Marcelo almoçava cedo.


Pretérito imperfeito (ação não concluída)

Marcelo almoçara quando passou mal.


Pretérito mais-que-perfeito (indica uma ação concluída antes do pretérito perfeito)

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APRENDA MAIS

No português brasileiro, o pretérito mais-que-perfeito está cada vez menos em uso, mes-
mo em textos cultos escritos. Em geral, preferimos expressar esse tempo verbal de forma
composta, utilizando os verbos ter ou haver no imperfeito seguido do verbo principal no
particípio.

João criara uma confusão antes do início do jogo.


Pretérito mais-que-perfeito

João tinha (ou havia) criado uma confusão antes do início do jogo.
Pretérito mais-que-perfeito composto

• Futuro – Expressa eventos que ainda não ocorreram. Pode se processar de três formas. Veja:

Carpinejar lançará um livro de crônicas.


Futuro simples (ou futuro do presente)

Carpinejar vai lançar um livro de crônicas.


Futuro composto (forma mais usual)

Carpinejar lançaria um livro de crônicas se recebesse uma proposta.


Futuro do pretérito

• Subjuntivo
O modo subjuntivo é empregado nas situações em que expressamos suposições, hipóteses, pos-
sibilidades, isto é, eventos verbais que dependem de algumas condições. Da mesma forma que o
indicativo, o subjuntivo pode se expressar no presente, no passado (pretérito) e no futuro.

Talvez a porta esteja fechada.


Presente do subjuntivo

Pensávamos que a porta estivesse fechada.


Pretérito imperfeito do subjuntivo

Toque a campainha se a porta estiver fechada.


Futuro do subjuntivo

Nesses exemplos, observe que não há certeza sobre “o estado da porta” (modo subjuntivo). Essa
dúvida é colocada nas frases de duas formas: de um lado, por meio dos itens talvez, pensávamos e
se; e, de outro, por meio das formas verbais esteja, estivesse e estiver.

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• Imperativo
O modo imperativo é utilizado para expressar ordens, pedidos, conselhos, súplicas.

Volte logo.
Não jogue lixo aqui.
Feche a porta.
Prefira as boas amizades.
Tire-me daqui, por favor.

É importante perceber que a forma verbal é que indica o modo imperativo, não o sentido do que
se diz. Assim, é um engano pensar que só podemos dar ordens a alguém utilizando o modo impera-
tivo. Nesse sentido, podemos expressar uma ordem empregando o modo indicativo, como em Você
pode fechar a porta?, ou mesmo por meio de palavras isoladas, como ocorre na tira a seguir.

APRENDA MAIS

O imperativo é usado comumente em textos instrucionais, que têm como objetivo mostrar
formas de realizar algo por meio de um passo a passo, como nas receitas culinárias e nos
manuais de usuário.

A ação verbal expressa no modo imperativo pode ser afirmati­va ou negativa. Como no imperati-
vo quem fala se dirige diretamente a alguém, o verbo só pode ser flexionado considerando a pessoa
com quem se fala:

• A 2a pessoa do singular (tu) e do plural (vós).


• A 3a pessoa do singular e do plural, quando a pessoa com quem se fala é tratada por meio de
um pronome: senhor(a), senhores(as), você(s).

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• A 1a pessoa do plural (nós), indicando que quem fala também cumprirá a ordem, a orientação,
o pedido, etc., expresso pelo verbo.

No imperativo afirmativo, a 2a pessoa do singular (tu) e a 2a pessoa do plural (vós) têm origem
na 2a pessoa do presente do indicativo (singu­lar e plural) sem o -s. Já as outras formas do imperativo
afirmativo corres­pondem às formas do presente do subjuntivo.
No imperativo negativo, as formas verbais correspondentes a to­das as pessoas são as mesmas
do presente do subjuntivo. No quadro a seguir, observe a conjugação dos verbos entender e sair no
modo imperativo.

Entender
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
eu entendo — que eu entenda —
tu entendes -s entende tu que tu entendas não entendas tu
ele entende entenda você que ele entenda não entenda você
nós entendemos entendamos nós que nós entendamos não entendamos nós
vós entendeis -s entendei vós que vós entendais não entendais vós
eles entendem entendam vocês que eles entendam não entendam vocês

Sair
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
eu saio — que eu saia —
tu sais -s sai tu que tu saias não saias tu
ele sai saia você que ele saia não saia você
nós saímos saiamos nós que nós saiamos não saiamos nós
vós saís -s saí vós que vós saiais não saiais vós
eles saem saiam vocês que eles saiam não saiam vocês

Número e pessoa
As categorias de número e pessoa não são específicas dos verbos. Elas só aparecem em sua
estrutura quando eles se flexionam para indicar o tempo. Na maioria das vezes, essa especificação
ocorre de acordo com o número e a pessoa do sujeito da oração, o que caracteriza o fenômeno que
chamamos de concordância verbal.

Sujeito (3ª pessoa do plural – eles)


Os alunos estudaram uma crônica de Carpinejar.
Desinência número-pessoal

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Sujeito desinencial (1ª pessoa do plural – nós)
Gostamos muito do texto Prontuário de meu pai.
Desinência número-pessoal

No capítulo 5, estudaremos com mais detalhes a função sintática sujeito.

2. Advérbio
Conceito

O planisfério abaixo indica a localização do território brasileiro. Observe-o com atenção e leia a
frase que segue.

O L

0 2.604 km 5.208 km

O Brasil está localizado inteiramente no Hemisfério Ocidental.

Você certamente se lembra de que adjetivos são palavras que qualificam substantivos. Nessa
frase, por exemplo, a palavra Ocidental atua como adjetivo, pois delimita, especifica, o sentido do
substantivo Hemisfério.
A mesma situação ocorre com a palavra localizado, que adjetiva o substantivo Brasil, e as palavras
Pacífico, Atlântico e Índico, que adje­tivam Oceano. E, no termo Círculo Polar Antártico, o adjetivo An-
tártico qualifica o substantivo Círculo, do mesmo modo que o adjetivo Polar. Ou seja, dois adjetivos
para um substantivo.
As regras de funcionamento da nossa língua não permitem que um adjetivo qualifique outro ad-
jetivo. Adjetivos qualificam apenas pa­lavras (ou termos) com valor de substantivos.

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Mas é possível modificar um adjetivo? É, sim. Para isso, usamos os advérbios. Para entender o
funcionamento dessa classe de palavras, vamos voltar à frase que analisamos ainda há pouco.

Substantivo
O Brasil está localizado inteiramente no Hemisfério Ocidental.
Adjetivo

Nesse exemplo, o adjetivo localizado é modificado pela palavra inteiramente, que funciona como
advérbio. Para chegar a essa conclu­são, tivemos de analisar as características que marcam os ad-
vérbios. A primeira delas é a capacidade de modificar adjetivos, sempre acrescentando algo ao seu
sentido. Se dizemos que os adjetivos são os grandes modificadores dos substantivos, podemos dizer
também que os advérbios são os grandes modificadores dos adjetivos. Constante­mente, os advér-
bios intensificam o sentido dos adjetivos. Veja:

O território brasileiro é muito extenso.


O território brasileiro é bonito demais.
A localização geográfica do Brasil é extremamente privilegiada.

Observando bem todos esses exemplos, percebemos a caracte­rística mais marcante dos advér-
bios: eles são invariáveis, isto é, não flexionam em gênero (masculino ou feminino) e número (sin-
gular ou plural).
Além dos adjetivos, os advérbios também podem modificar ver­bos, enunciados e até outros
advérbios.

APRENDA MAIS

Chamamos de enunciado todo ato real de comunicação verbal praticado por uma pes­soa
em uma situação única no tempo e no espaço.

O Brasil se localiza exatamente no centro da Placa Sul-americana.


Verbo Advérbio

A cana-de-açúcar se adaptou bem ao solo e ao clima brasileiro.


Verbo Advérbio

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Advérbio
A cana-de-açúcar se adaptou muito bem ao solo e ao clima bra­sileiro.
Verbo Advérbio

Advérbio
Infelizmente, o Brasil foi transformado em colô­nia de exploração.
Enunciado

Advérbio
Muito infelizmente, o Brasil foi transformado em colônia de ex­ploração.
Advérbio Enunciado

Como você pode observar, nos dois últimos exemplos os advér­bios modificam todo o enunciado,
deixando clara a opinião (e até mes­mo a emoção) do enunciador sobre o que disse. Esses advérbios
(em geral terminados em -mente) são chamados de modalizadores.
Concluindo o que vimos até agora, podemos dizer que:

Advérbio é toda palavra invariável que modifica adjetivos, ver­bos, enunciados ou ou-
tros advérbios, indicando circunstâncias.

A terminação -mente é a marca de grande parte dos advérbios. Na verdade, podemos dizer que
toda palavra, ao aceitar essa termina­ção, transforma-se em um advérbio. Veja:

Adjetivo Advérbio Observe que a palavra que dá origem a esse


feliz felizmente tipo de advérbio é sempre um adjetivo.
suave suavemente Mas, como vimos nos exemplos analisados
claro claramente até agora, nem todos os advérbios se formam
sábio sabiamente a partir de adjetivos. Então você pode estar se
intenso intensamente perguntando: há outra maneira de reconhecê-
-los? Há, sim.

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Em ge­ral, podemos colocar um intensificador antes dos advérbios (tão, bem, mais ou muito, depen-
dendo da situação).

O Brasil se localiza bem exatamente no centro da Placa Sul-americana.


A cana-de-açúcar se adaptou muito bem ao solo e ao clima brasileiro.
Nas linhas mais abaixo, vamos ver muito mais exemplos.
Andamos tão depressa que chegamos muito cedo.
Estudamos bem muito a localização geográfica do Brasil.

APRENDA MAIS

Alguns advérbios não admitem o uso de um advérbio intensificador antes, como agora, hoje,
ontem, amanhã, nunca, sem­pre, demais e meio. Apesar disso, são palavras invariáveis que de-
sempenham naturalmente o papel modificador típico dos advérbios.

Locuções adverbiais

Quando duas ou mais palavras funcionam como advérbio, temos uma locução adverbial. Observe:

= Inicialmente
No início, a corte portuguesa não encontrou metais preciosos no Brasil.

= atualmente
A extração do pau-brasil, espécie em extinção nos dias de hoje, foi uma alternativa.

Classificação
Considerando o sentido que exprimem, os advérbios comumen­te são estruturados em inúmeras
classes. No entanto, empregamos a maioria deles para localizar no tempo (advérbios de tempo) ou
no es­paço (advérbios de lugar) os objetos de que falamos.
Veja os principais advérbios em português e alguns exemplos de­les.

1. Lugar – aqui, aí, ali, lá, cá, perto, longe, abaixo, debaixo, acima.

Você vai ficar aqui?


João ainda está trabalhando lá.
Fique perto.

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2. Tempo – ontem, agora, cedo, tarde, nunca, jamais, sempre, dia­riamente, anualmente.

Ontem houve uma prova.


Agora eu tenho que ir.
Chegue cedo para tomarmos café.

3. Modo – depressa, bem, calmamente, devagar, tristemente, rapi­damente.

Júlia saiu depressa.


Você fala bem em público.
Marcela agiu calmamente.

4. Intensidade – muito, pouco, bastante, tanto, bem, mais, menos, meio.

Meu irmão estuda muito.


Ela está bastante cansada.
Fale mais alto!

5. Afirmação – sim, realmente, efetivamente.

Iremos, realmente.
Vamos, sim.
Estou efetivamente empenhado.

6. Negação – não, nunca, jamais, tampouco.

Não entendi o que você falou.


Jamais entenderei o que você falou.
Nunca a vi preocupada.

7. Dúvida – talvez, provavelmente, porventura, acaso, possivel­mente.

Talvez ele acerte tudo.


Provavelmente você precisará viajar.
Se, porventura, a proposta for aceita, teremos de nos mudar.

8. Adição – também, inclusive, até, ainda.

Eu também vou para a praia.


Eu falei, inclusive, que a sua opinião é importante.
Marta até comentou que você viria.

9. Focalização – só, apenas, sobretudo, principalmente.

Estou pensando só em descansar.


Ela apenas tem uma opinião diferente da sua.
Pedro gosta, principalmente, de bolo de chocolate.

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Atividades

Texto 1

O impressionante ciclo de vida


da libélula
Uma libélula vive até 4 anos. Existem três fases do ciclo de vida desse
inseto: o ovo, a ninfa e o adulto. A maior parte desse ciclo se passa no estágio
de ninfa, e raramente podemos acompanhá-lo, pois ocorre dentro da água, em um lago.
A fêmea deposita seus ovos em uma planta na água. Caso não exista uma planta por
ali, ela simplesmente deixa os ovos caírem na água. Quando eles eclodem, o ciclo de vida
da larva começa como uma ninfa. Ela não tem asas e vive na água durante muito tempo,
passando por vários estágios de desenvolvimento. Esse estágio de vida pode du­rar 4 anos
para ser concluído. Até lá, as ninfas se alimentam de larvas de peixe, girinos, larvas de
mosquitos, etc.
Assim que a ninfa está totalmente desenvolvida, chega o momen­to de sair da água
para a metamorfose. Para isso, ela rasteja e escala o caule de uma planta ali perto da água.
A ninfa adere seu exoesqueleto ao caule, onde fica até que o adulto resolva emergir. Du-
rante esse pe­ríodo, ela se mantém muito quieta, não come e não se mexe.
Quando a libélula passa da fase de larva para a fase adulta, vai dei­xando o corpo antigo
para trás. A pele que a ninfa deixa para trás é cha­mada de exúvia, e não é muito difícil
encontrar essa casquinha ainda presa ao caule, perto de um local de água doce. Quando a
libélula deixa a exúvia, ela ainda se mantém ali, esperando que o contato com o ambien­te
seque suas asas. Logo que estão prontas, ela sai à procura de alimento e de um compa-
nheiro. Uma vez que a libélula encontra um companhei­ro, o ciclo recomeça. Os adultos
vivem somente cerca de 2 meses.
BUARQUE, Francisco; AMBROSIA, Maria. Ciências e Cotidiano. 7º ano. Recife: Construir, 2019.

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1. Sobre o Texto 1, responda às questões a seguir.

a. Neste capítulo, vimos que os verbos podem se apresentar de três modos: indicativo, sub-
juntivo e imperativo. Qual desses mo­dos predomina nesse texto?
O modo indicativo.

b. Qual tempo verbal é predominante no texto?


O tempo presente.

c. Caso fossem utilizados verbos no passado, o sentido se mante­ria? Justifique.


Não. Caso fossem empregados no passado, esses verbos indicariam que os eventos que ex-
pressam não ocorrem mais, o que não é verdade.

d. Como você pôde ver, os verbos no modo indicativo, ao expres­sar certeza, são os mais ade-
quados em textos expositivos, isto é, textos nos quais predomina a exposição de informa-
ções. Pensan­do nisso, explique: por que o tempo presente foi mais adequado para esse tipo
de texto?
O emprego dos verbos no presente foi mais adequado porque indica que as características
expostas sobre o ciclo de vida das libélulas são permanentes.

2. Na questão anterior, vimos que o modo indicativo, por expressar certeza, constatação, sobre o
que se diz, é o modo mais adequado para textos expositivos, isto é, textos em que a exposição
de in­formações é predominante. Pensando nisso, discuta com os seus colegas e o seu profes-
sor: o modo imperativo é mais adequado para que gêneros textuais?
O modo imperativo é muito utilizado em textos que orientam o leitor a ter determinados com-
portamentos ou a realizar certas ações, como as receitas culinárias e os manuais de instrução.

3. Releia o período a seguir, retirado do segundo parágrafo do Texto 1.

Até lá, as ninfas se alimentam de larvas de peixe, girinos, larvas de mosquitos, etc.

a. Em que modo e tempo está flexionada a forma verbal destacada?


O verbo alimentar está flexionado no modo indicativo, tempo presente.

b. A forma verbal destacada poderia ser flexionada no mesmo modo, mas em um tempo dife-
rente sem alterar o sentido da frase? Explique.
Sim. O verbo alimentar pode ser flexionado no futuro simples, também chamado de futuro do
presente: alimentarão.

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Texto 2

O viajante e seu cachorro


Um viajante estava prestes a começar sua jornada quando disse a seu cão, que se espreguiçava
ao lado da porta:
— Vamos, pare de bocejar. Apresse-se e prepare-se. Você vem co­migo.
Mas o cão apenas abanou o rabo e disse calmamente:
— Eu estou pronto, mestre. É você que eu estou esperando.
SANTOS, Laura. Fábulas de Esopo. Recife: Prazer de Ler, 2014.

4. Identifique no texto a(s) forma(s) verbal(is) flexionada(s) no modo imperativo.

Vamos, pare, apresse-se e prepare-se.

5. Transcreva a forma verbal que foi empregada no tempo presente com a finalidade de expres-
sar o futuro.
Vem.

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6. Agora, leia o quadrinho e responda às questões propostas.

a. Identifique a locução adverbial presente no texto.


Aqui no Brasil.

b. O termo no Brasil poderia ser retirado do texto sem prejudicar o seu sentido? Explique.
Não. Se o termo no Brasil for retirado, o sentido ficará prejudicado, pois ele especifica o senti-
do do advérbio aqui, ressaltando a insegurança vivida no contexto brasileiro em geral.

c. Localize as locuções verbais presentes no texto.


Pode seguir, deve ter e pode ser.

d. Qual dessas locuções expressa uma possibilidade?


Pode ser.

7. Reescreva as frases seguintes substituindo as locuções adverbiais pelo advérbio correspon-


dente.

a. Quando estuda com calma, Amanda tira boas notas.


Calmamente.

b. Ele falou comigo com pressa.


Apressadamente.

c. Você decidiu sem reflexão.


Irrefletidamente.

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d. Ela sempre age com frieza.
Friamente.

e. Na vida de artista, tive de aprender a cantar e tocar ao mesmo tempo.


Simultaneamente.

f. Sempre procurei agir com paciência.


Pacientemente.

8. Identifique os advérbios e as locuções adverbiais e a circunstância por eles indicada.

a. Vanina é muito bonita.


Muito – intensidade.

b. O avião chegou bastante cedo.


Bastante – intensidade / cedo – tempo.

c. Talvez não tenha sido uma boa escolha.


Talvez – dúvida / não – negação.

d. Eu jamais me esquecerei da sua ajuda.


Jamais – negação ou tempo (em momento algum).

e. Ela entrou cuidadosamente na emergência do hospital.


Cuidadosamente – modo / na emergência do hospital – lugar.

f. Procurei as chaves às pressas, mas encontrei.


Às pressas – modo.

g. O Real Madrid jogou ontem.


Ontem – tempo.

h. Tive que chegar perto para reconhecê-la.


Perto – lugar.

i. De vez em quando, falavam alto para os outros ouvirem.


De vez em quando – tempo / alto – modo.

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9. Entre as frases abaixo, indique aquelas em que o advérbio expres­sa um intervalo de tempo de
duração incerta.

a. A escola não abriu ontem.


b. Vamos fazer uma prova amanhã.
c. Depois a gente conversa.
d. Quero falar com você agora.
e. Cheguei bem antes de você.
f. Depois eu te explico esse assunto.
g. Agora a gente estuda.
h. Estava pensando nisso muito antes de ouvir você.

10. Por meio dos advérbios, muitas vezes expressamos uma opinião sobre o que declaramos. Sa-
bendo disso, compare estas duas frases:

I. O jogo está no segundo tempo.


II. O jogo já está no segundo tempo.

a. Em qual delas há apenas uma constatação?


Na frase I.

b. Como se classifica a palavra já na frase II?


Advérbio de tempo.

c. Explique com suas palavras um sentido que a palavra já pode acrescentar à frase II.
Sugestão de resposta: O advérbio pode acrescentar ao enunciado a opinião de que não há
mais tempo para se reverter o resultado do jogo.

11. Agora leia.

O jogo ainda está no segundo tempo.

Podemos dizer que a essa frase apresenta um juízo equivalente à frase II, analisada na questão
anterior? Explique.
Não. O advérbio ainda expressa que o conteúdo do que se declara ainda terá certa duração.
Assim, podemos inferir que ainda há tempo para se reverter o resultado do jogo, por exemplo.

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12. Como vimos, ao acrescentar a terminação -mente a adjetivos, for­mamos advérbios. É muito
comum vermos nas gramáticas que esses advérbios expressam a noção de modo. No entanto,
sabe­mos que o sentido desses advérbios varia de acordo com o funcio­namento dos adjetivos
de que se originaram. Pensando nisso, leia as frases a seguir e indique o sentido indicado pelo
advérbio. Utilize a numeração do quadro.

1 - Tempo/frequência
2 - Ponto de vista/opinião
3 - Delimitação/enquadramento
4 - Extensão/intensidade
5 - Focalização

Algumas alternativas aceitam mais de uma resposta.

a. 4 A cidade ficou totalmente alagada.

b. 1 A professora raramente chega atrasada.

c. 3 Este fato está cientificamente comprovado.

d. 4 A rua está parcialmente interditada.

e. 2 Provavelmente eles já se conheciam.

f. 1 Ela vai à padaria diariamente.

g. 4 O carro saiu da oficina inteiramente recuperado.

h. 5 Cheguei pontualmente às 8h.

i. 3 Atravessar esse rio nadando é humanamente impossível.

j. 2 Francamente, não entendo por que você torce por aquele time.

k. 5 Vim aqui unicamente para cortar o cabelo.

l. 1 Ele pagou regularmente as parcelas do carro.

m. 2 O homem estava visivelmente feliz.

n. 1 Comumente eu tenho dor de cabeça.

o. 5 Hoje eu quero comer exclusivamente carne.

p. 3 A Floresta Amazônica não está localizada totalmente no Brasil.

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Desafio

Texto 1

1. As afirmações a seguir se referem ao Texto 1. Analise-as com atenção.

I. No último quadrinho, a professora esperava que a turma lhe respondesse que a forma
verbal sou corresponde ao pretérito mais que perfeito.
II. Na frase Eu era bonita, o aspecto indica que o processo verbal teve certa duração no pas-
sado e se concluiu.
III. A construção Se eu disser [...], empregada no último quadrinho, é típica do futuro do pre-
sente.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I.
b. II.
c. III.
d. I e II.
e. II e III.

2. O tempo presente do modo indicativo pode ser empregado para designar processos verbais
que ocorrem de maneira permanente, independentemente do momento da fala. Isso pode ser
verificado em:
a. João anda preocupado com o filho mais novo.
b. A Dinamarca é um dos países com melhor qualidade de vida para a população.
c. Na Dinamarca, a população desfruta de uma boa qualidade de vida.
d. A água congela quando atinge 0 °C.
e. Estamos muito felizes com o desempenho dos alunos na Olimpíada de Matemática.

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3. O presente do indicativo comumente é usado para designar algo permanente, rotineiro, que
ultrapassa o momento presente. Avalie as sentenças abaixo e identifique aquela que não con-
firma esse posicionamento.
a. Lucas sempre faz as três principais refeições do dia.
b. Estou procurando passagens aéreas para São Paulo.
c. Luciana se exercita todos os dias.
d. Cláudio é pai de Mateus e Marcele.
e. A febre é uma reação do organismo.

4. Indique o valor do futuro do pretérito na frase abaixo.

Quando cheguei ao internato em 1920, a cidade teria apenas uns dez mil habitantes.

a. Fato futuro, anterior a outro fato futuro.


b. Fato futuro, relacionado com o passado.
c. Suposição, relativamente a um momento futuro.
d. Suposição, relativamente a um momento passado.
e. Configuração de um fato já passado.

Texto 2

5. (Unifesp–Adaptada) A charge é uma ilustração que tem como objetivo fazer uma sátira de
alguém ou de alguma situação atual por meio de desenhos caricatos. Com base no Texto 2,
avalie as afirmações a seguir.

I. O advérbio já indica um juízo do autor em relação ao tema abordado.


II. Podemos afirmar que a população de idosos atingiu um patamar inédito no País.
III. A análise do advérbio já nos permite concluir que, na época em que a charge foi produzi-
da, a população de idosos no Brasil estava estagnada.
IV. A imagem sugere uma interpretação bastante reduzida a respeito da ocupação dos idosos.
V. A forma verbal são poderia ser substituída por soma sem prejuízo do sentido.

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Está correto o que se afirma apenas em:
8. Entre as opções a seguir, indique a única
a. I, II e III.
em que a palavra meio não atua como ad-
b. I, II e IV.
vérbio.
c. II, III e IV.
a. O mar parece meio agitado, mas os
d. I, III e V.
pescadores zarparam mesmo assim.
e. III, IV e V.
b. Comprei um carro que está com o
motor meio estranho.
6. Leia.
c. Meio nervoso, João preferiu adiar o
pedido de casamento a Sofia.
Idosos já são 10% no País.
d. Com o tumulto das crianças, o venti-
lador caiu no meio da sala.
Nessa frase, as palavras destacadas com­
e. A sua ideia não é ruim, ela só parece
portam-se, respectivamente, como:
meio desorganizada.
a. Substantivo – adjetivo – advérbio.
b. Advérbio – verbo – preposição.
9. A palavra bastante também é muito con-
c. Substantivo – adjetivo – verbo.
fundida. Há situações em que ela funciona
d. Substantivo – advérbio – substantivo.
como pronome indefinido, em outras atua
e. Advérbio – verbo – locução adverbial.
como advérbio de intensidade. Sabendo
que a impossibilidade de flexão é uma ca-
7. É comum alguns advérbios serem confun-
racterística marcante dos advérbios, indi-
didos com outras clas­ses de palavras. Isso
que a opção em que bastante está empre-
acontece porque, como sabemos, é possí-
gado nessa classe de palavras.
vel que uma mesma palavra seja emprega-
a. Marcelo é bastante feliz.
da de formas diferentes, o que muitas vezes
b. Júlia tem bastante responsabilidade.
implica uma mudança de classe. No entan-
c. Visitamos bastantes lugares nas férias.
to, essa confusão pode ser resolvida de for-
d. O valor do aluguel sofre bastante va-
ma simples, pois uma das principais carac-
riação nesta cidade.
terísticas dos advérbios, conforme a norma
e. A reportagem de capa despertou
culta, é a sua impossibilidade de flexionar.
bastante atenção.
De posse dessa informação, analise o em-
prego da palavra meio nas frases a seguir.

Texto 3
I. O meio em que ele vive é perigoso.
II. Comi meio pão.
III. Elas estão meio sonolentas.
Como o ser humano
envelhece
Podemos afirmar que a palavra meio fun-
O principal motor do envelhecimento huma-
ciona como advérbio em:
no fica dentro de nossas células. Lá, as mitocôn-
a. I, apenas.
drias fazem a respiração celular para produzir
b. II, apenas.
energia, mas acabam gerando como resíduo
c. III, apenas.
radicais livres, moléculas com um elétron a
d. I e II.
menos e que reagem facilmente, danificando a
e. II e III.
própria célula. Com o tempo, os danos se acu-

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mulam, fazendo o corpo envelhecer. Além dis-
12. Sobre a expressão game over, empregada
so, a divisão celular desordenada também ajuda
na última frase do Texto 3, é correto afir-
a envelhecer. Ao longo da vida, algumas células
mar que:
se multiplicam constantemente. A cada divisão,
a. Funciona como locução adverbial.
fragmentos de DNA são perdidos, causando pe-
b. Sugere, conotativamente, que a vida
quenos erros genéticos que são passados para
acaba como em um jogo.
as células-filhas. Isso acontece até que a célula
c. Permite a compreensão de que a
não consiga mais se dividir ou seja destruída
vida continua após a morte.
pelo próprio organismo por conter muitos erros.
d. Atua como verbo, sendo equivalente
Aí, game over.
Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-o-
a finalizar em português.
ser-humano-envelhece. Acessado em: 25/10/2019. e. Deve ser compreendida de forma
denotativa.
10. A palavra aí é empregada de forma muito 13. Assinale a alternativa em que a locução
variada na nossa comunicação diária, de- destacada exerce função adjetiva.
sempenhando diferentes papéis. Sobre o a. Depois da crise alérgica, passei a me
uso dessa palavra no texto, é correto afir- alimentar com receio.
mar que: b. As montadoras de automóveis, em
a. Equivale a então, sendo classificada, geral, estão investindo em novas for-
portanto, como adjetivo. mas de energia.
b. Foi empregada como advérbio de lu- c. Ela sempre fala com a voz baixa,
gar. para não chamar a atenção.
c. É um substantivo, pois indica um lu- d. Expliquei, em resumo, a ideia de nos
gar específico. mudarmos para outro país.
d. Pode ser compreendida como advér- e. Resolvi chamar a atenção de Flávio
bio de tempo. para que vizinhos sem escrúpulos
e. Deve ser classificada como substan- não se apoderassem do que era dele.
tivo.
14. Assinale a opção em que pelo menos um dos
termos destacados exerce função adverbial.
11. Sobre o emprego dos adjetivos no texto,
a. Desde que voltou das férias, João
analise as afirmações abaixo e marque a
anda sem ânimo.
alternativa correta.
b. Cuidado com a sua alimentação du-
a. Motor qualifica o substantivo prin-
rante a viagem, pois a comida da re-
cipal.
gião é muito rica em pimenta.
b. O termo moléculas com um elétron a
c. Amanda procurava responder à
menos (adjetivo) esclarece o sentido
prova bem devagar, para não errar
do termo radicais livres (substantivo).
questões de nível básico.
c. Envelhecer atua como adjetivo, qua-
d. Logo que se conheceram, Jorge e
lificando o substantivo corpo.
Helena se entregaram a um amor
d. Ao substantivo genéticos se ligam
sem fim.
dois adjetivos: pequenos e erros.
e. A produção de café brasileira tem
e. Na expressão por conter muitos er-
papel de destaque no cenário eco-
ros, a palavra muitos é classificada
nômico mundial.
como advérbio.
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Questões de escrita

Verbos de elocução
1. Os verbos podem nos ajudar bastante na expressão das nossas ideias. Em textos narrativos, por
exemplo, é muito comum ver­mos o emprego de verbos que caracterizam a fala dos persona­
gens, os chamados verbos de elocução, ou dicendi (de dizer). Esses verbos indicam emoções,
sen­timentos, opiniões, etc., emitidos pelos personagens ao falar. Leia a fábula a seguir procu-
rando identificar esses verbos. Circule-os.

O lobo e o cordeiro
Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho
che­gou e também começou a beber, um pouco mais para baixo.
O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
— Como ousa sujar a água que estou bebendo?
— Como sujar? — respondeu o cordeiro. — A água corre daí
para cá, logo eu não posso estar sujando sua água.
— Não me responda! — falou o lobo. — Há seis meses seu
pai me fez a mesma coisa!
— Há seis meses eu nem tinha nascido. Como é que eu
posso ter culpa disso? — perguntou o cordeiro.
— Mas você estragou todo o meu pasto — replicou o lobo.
— Como posso ter estragado seu pasto se nem dentes
eu tenho?
O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro,
não disse mais nada: pulou sobre ele e o devorou.
ABREU, Ana Rosa. Alfabetização. V. 2. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p.
103.

2. Como você pode ver, em textos narrativos, como a fábula que você acabou de ler, a fala dos
personagens pode ser caracterizada por verbos de elocução, que são empregados com o dis-
curso di­reto ou discurso indireto e podem indicar algo sobre as emoções e os sen­timentos
de quem fala. Pensando nisso, explique: o que os verbos de elocução responder e perguntar,
utilizados pelo narrador para caracterizar as falas do cordeiro, permitem ao leitor saber sobre
o sentimento do cordeiro ao falar?
Os verbos nos levam a pensar que o estado emocional do cordeiro era de neutralidade ao falar.

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APRENDA MAIS

Nos textos narrativos, o narrador normalmente utiliza dois recursos linguísticos para re-
passar a fala dos persona­gens: o discurso direto e o discurso indireto.

• Discurso direto – O nar­rador transcreve a fala do personagem diretamente, como se ele


próprio esti­vesse falando. Nesse caso, a fala é indicada com tra­vessão (—). Já nos textos
jornalísticos, a fala dos entrevistados é indicada por aspas (“ ”).

— Como sujar? — respon­deu o cordeiro. — A água corre daí para cá, logo eu não
posso estar sujando sua água.

• Discurso indireto – O nar­rador se apropria da fala do personagem e a reproduz de ma-


neira indireta. Nesse caso, não se usa travessão.

O cordeiro não entendeu por que sujaria a água. Em seguida, explicou que, como a
água corria de cima para baixo do rio, não poderia estar sujando-a.

3. Observando o texto como um todo, podemos dizer que os verbos de elocução empregados
para caracterizar as falas do lobo estão adequados? Explique.
Não. Como o lobo denota agressividade ao falar, seria mais adequado empregar verbos de
elocução que expressassem melhor esse estado de ânimo.

4. Agora, considerando o sentido do texto e o papel dos personagens, coloque verbos de elocu-
ção adequados nas lacunas do texto. Sugestões de resposta.

Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho che­gou e também começou
a beber, um pouco mais para baixo.
O lobo arreganhou os dentes e esbravejou :
— Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que estou bebendo?
— Como sujar? — falou tremendo o cordeiro. — A água corre daí para cá, logo eu não
posso estar sujando sua água.
— Não me responda! — rosnou o lobo. — Há seis meses seu pai me fez a mesma
coisa!
— Há seis meses eu nem tinha nascido. Como é que eu posso ter culpa disso? —
gaguejou o cordeiro.
— Mas você estragou todo o meu pasto — insistiu o lobo.
— Como é que posso ter estragado seu pasto se nem dentes eu tenho?
O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada: pulou sobre ele e
o devorou.

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CAPÍTULO
4
Ve r b o ( 2 )

1. Formas nominais dos verbos


As formas nominais do verbo cumprem funções semelhantes às dos nomes, ou seja, de substan-
tivos, adjetivos e advérbios. Ocorrem de três maneiras: infinitivo, gerúndio e particípio.

• Infinitivo
No infinitivo, o verbo se apresenta com valor de um substantivo. A marca do infinitivo é a termi-
nação -r, como em duplicar, respirar, andar, rir e brincar.

• Particípio
O particípio apresenta o valor de adjetivo. A marca do particípio é a terminação -do, que varia
conforme a palavra à qual se refere. Observe:

1. Governo recolhe água de praias atingidas por óleo no litoral para análise
Disponível em: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/10/24/governo-recolhe-agua-de-praias-atingidas-por-oleo-no-litoral-
para-analise.ghtml. Acessado em: 25/10/2019.

2. Caminhão carregado de batatas-doces tomba na BR-232 e motorista fica preso às ferragens


Disponível em: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/10/23/caminhao-carregado-de-batatas-doces-tomba-na-br-232-em-
pombos.ghtml. Acessado em: 25/10/2019.

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Como você pode ver, na manchete 1 a palavra atingidas é o particípio do verbo atingir e qualifica
o substantivo praias, concordando com ele em gênero e número.
Já na manchete 2, carregado é o particípio de carregar e qualifica o substantivo caminhão, con-
cordando com ele em gênero e número.
Por fim, preso é particípio de prender e qualifica o substantivo motorista, concordando com ele
naturalmente. O verbo prender apresenta duas formas de particípio, uma regular (prendido) e uma
irregular (preso). Por esse motivo, dizemos que prender é um verbo abundante.
Veja, no quadro a seguir, alguns verbos abundantes que têm mais de uma forma de particípio.

Verbos Particípios Verbos Particípios


absolver absolvido, absolto imprimir imprimido, impresso
aceitar aceitado, aceito incluir incluído, incluso
acender acendido, aceso incorrer incorrido, incurso
anexar anexado, anexo inserir inserido, inserto
assentar assentado, assente isentar isentado, isento
benzer benzido, bento limpar limpado, limpo
contundir contundido, contuso matar matado, morto
despertar despertado, desperto morrer morrido, morto
dispersar dispersado, disperso nascer nascido, nato, nado
(pouco usado)
eleger elegido, eleito pagar pagado, pago
entregar entregado, entregue pegar pegado, pego (ê ou é)
erigir erigido, ereto prender prendido, preso
expelir expelido, expulso romper rompido, roto
expressar expressado, expresso sepultar sepultado, sepulto
exprimir exprimido, expresso soltar soltado, solto
expulsar expulsado, expulso submergir submergido, submerso
extinguir extinguido, extinto suprimir suprimido, supresso
frigir frigido, frito surpreender surpreendido, surpreso
ganhar ganhado, ganho suspender suspendido, suspenso
gastar gastado, gasto tingir tingido, tinto

De acordo com a norma-padrão, com os verbos auxiliares ter e haver, usamos o particípio regular. Veja:

Os dois times já tinham aceitado a realização de uma nova partida.


As escolas da região haviam suspendido as aulas.

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Já com os verbos ser e estar, usamos o particípio irregular.

O navio estava submerso desde o século passado.


Não vi que os pneus desse carro estão gastos.

• Gerúndio

Por fim, o gerúndio se caracteriza pela terminação -ndo. Essa forma nominal apresenta o valor de
adjetivo ou de advérbio.

Valor adjetival
O jogo entre o Liverpool e o Real Madrid está esquentando.

Os manifestantes passaram gritando palavras de ordem.


Valor adverbial

2. A estrutura dos verbos


Agora, leia a frase a seguir.

Povos bárbaros conquistaram o Império Romano do Ocidente em 476 d.C.

APRENDA MAIS

Essa conquista do Império Romano pelos povos bárbaros representa simbolicamente o fim
do mundo antigo e o início da Idade Média, um dos períodos mais longos da história da hu-
manidade, pois durou até 1453 d.C., quando os turcos otomanos conquistaram a cidade de
Constantinopla.

Como vimos no capítulo anterior, os verbos são uma classe de palavras que possui muitas carac-
terísticas. E a principal delas é a capacidade de se adaptar às pessoas gramaticais. Assim, se analisar-
mos a palavra conquistaram isoladamente, perceberemos a sua adaptação à 3ª pessoa gramatical
(plural): eles. Veja:

Povos bárbaros conquistaram o Império Romano.


Eles

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REFLITA

Considerando o que vimos sobre os modos e tempos verbais no capítulo anterior, que ou-
tras informações podem ser percebidas na análise da forma verbal conquistaram?
A forma conquistaram representa a ação de conquistar; essa ação ocorreu, de fato (modo
indicativo) e foi realizada por muitas pessoas (na verdade, povos…).

Por outro lado, se analisarmos isoladamente a forma verbal conquistamos, perceberemos que a
ação foi praticada no passado e por mais de uma pessoa, incluindo a que fala (nós).
Essa análise é possível porque os verbos são constituídos de três pequenas partes que nos pas-
sam essas informações: o radical, a vogal temática e a desinência.

O radical é a parte da estrutura dos verbos que possui seu significado básico. Geralmente, o
radical é o mesmo em todas as formas do verbo, como conquistar (conquistei, conquistou,
conquistaremos, conquistaram). Mas há verbos que, ao flexionar, apresentam variações no
radical, como trazer (trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem). Veremos mais detalhes
sobre isso ainda neste capítulo.
A vogal temática aparece depois do radical e indica a conjugação à qual o verbo pertence.
Exemplo: no verbo conquistar, a vogal temática é a. Ela indica que esse verbo pertence à 1ª
conjugação (verbos terminados em -ar).
A desinência indica a pessoa, o modo, o tempo e o número. Exemplo: na forma verbal con-
quistaram, a terminação -ram é a desinência — indica o modo (indicativo), o tempo (pretéri-
to perfeito), a pessoa (3a) e o número (plural).

Reprodução.
A invasão de Roma pelos povos bárbaros não se deu num momento
específico. Eles foram se aproximando, ultrapassando fronteiras e mis-
turando, gradativamente, sua cultura com a dos romanos. O Curso do
Império: Destruição, 1836, de Thomas Cole. Óleo sobre tela, 99,7 cm x
161 cm. Museu da Sociedade Histórica de Nova York.

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Para ficar mais claro, veja a estrutura do verbo conquistar e da forma verbal conquistaram:

Conquist a r
+ +
Radical Vogal temática Desinência do infinitivo

Conquist a ra m
+ + Desinência de + Desinência de
Radical Vogal temática
modo e tempo pessoa e número

• Flexão verbal
As variações, indicadas pelas desinências, são o que chamamos de flexões. O quadro a seguir
detalha essas flexões de acordo com a norma-padrão.

1. Modo Indicativo Subjuntivo


2. Tempo Presente Presente
Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
Pretérito imperfeito Futuro
Pretérito mais-que-perfeito
Futuro do presente
Futuro do pretérito
3. Número Singular
Plural
4. Pessoa 1ª pessoa – quem fala
2ª pessoa – com quem se fala
3ª pessoa – de quem se fala

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• Flexão do indicativo

Como vimos no capítulo anterior, o modo indicativo se caracteriza por expressar certeza sobre o
que se declara. Ele é usado quando se quer expressar algo que seguramente acontece, aconteceu
ou acontecerá.
De acordo com a norma-padrão, no modo indicativo, o presente, o passado e o futuro flexionam
da seguinte forma:

• Presente – O verbo indica algo que ocorre no momento da declaração. Tanto pode se referir
ao momento imediato quanto a fatos habituais ou permanentes.

A conquista do Império Romano do Ocidente representa o fim da Idade Antiga.


Estabelecemos as invasões bárbaras como causa da queda do Império Romano.
Roma é uma cidade.

APRENDA MAIS

De acordo com a norma-padrão, a flexão de tempo deve ser feita tendo em vista o mo-
mento em que a ação verbal ocorre. Assim, seria um erro empregar o presente, por exem-
plo, para indicar ações passadas. No entanto, na prática, não é bem assim que ocorre. Em
manchetes de jornais e revistas, por exemplo, o tempo presente é muitas vezes empregado
indicando fatos já ocorridos. A intenção é reforçar o sentido de novidade sobre o que se
noticia.

Ao vivo: STF retoma julgamento sobre prisão em segunda instância


Disponível em: https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/nacional/noticia/2019/10/24/ao-vivo-stf-retoma-julgamento-sobre-
prisao-em-segunda-instancia-391227.php. Acessado em: 24/10/2019.

Mega-Sena sorteia nesta segunda-feira prêmio acumulado de R$ 30 milhões


Disponível em: https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2019/10/24/mega-sena-sorteia-nesta-segunda-
feira-premio-de-r-30-milhoes-390434.php. Acessado em: 24/10/2019.

Já em textos que tratam de temas históricos é comum que os verbos sejam conjugados no
presente, mesmo que se refiram a eventos passados. Nesse caso, a intenção é aproximar o
leitor dos fatos apresentados. Chamamos esse emprego de presente histórico.

• Pretérito perfeito – Expressa eventos verbais concluídos no passado.

A crise interna romana gerou a sua debilidade e criou condições que dificultaram a rea-
ção do império.

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• Pretérito imperfeito – Expressa eventos verbais que ocorreram repetidas vezes ou que tive-
ram certa duração no passado.

Os bárbaros eram povos que viviam fora dos limites de Roma, não falavam latim e pos-
suíam uma cultura diferente da dos romanos.

• Pretérito mais-que-perfeito – Exprime eventos verbais ocorridos no passado, mas anteriores


a outros eventos verbais também já passados.

Antes da sua fase final, o Império Romano fora dividido em duas partes: uma ocidental e
outra oriental.

Reprodução.
Representação em xilogravura das muralhas de Constantinopla, capital do Império
Romano do Oriente. Crônica de Nuremberg, 1493, Hartmann Schedel (1440–1514).

• Futuro do presente – Expressa eventos verbais que ainda acontecerão.

Farei uma prova sobre a Idade Média.


No próximo capítulo, estudaremos outro tema.

• Futuro do pretérito – Indica um evento verbal que aconteceria, com certeza, desde que outro
evento se realizasse. Observe, no exemplo a seguir, que o evento indicado pelo futuro do pre-
térito pode remeter a um tempo passado.

Os romanos resistiriam às invasões bárbaras se estivessem fortalecidos politicamente.

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Na tabela a seguir, veja a conjugação de alguns verbos regulares no modo indicativo, conforme a
norma-padrão.

Modo indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
Presente
eu conquisto eu vivo eu parto
tu conquistas tu vives tu partes
ele conquista ele vive ele parte
nós conquistamos nós vivemos nós partimos
vós conquistais vós viveis vós partis
eles conquistam eles vivem eles partem
Pretérito imperfeito
eu conquistava eu vivia eu partia
tu conquistavas tu vivias tu partias
ele conquistava ele vivia ele partia
nós conquistávamos nós vivíamos nós partíamos
vós conquistáveis vós vivíeis vós partíeis
eles conquistavam eles viviam eles partiam
Pretérito perfeito
eu conquistei eu vivi eu parti
tu conquistaste tu viveste tu partiste
ele conquistou ele viveu ele partiu
nós conquistamos nós vivemos nós partimos
vós conquistastes vós vivestes vós partistes
eles conquistaram eles viveram eles partiram
Pretérito mais-que-perfeito
eu conquistara eu vivera eu partira
tu conquistaras tu viveras tu partiras
ele conquistara ele vivera ele partira
nós conquistáramos nós vivêramos nós partíramos
vós conquistáreis vós vivêreis vós partíreis
eles conquistaram eles viveram eles partiram
Pretérito mais-que-perfeito composto
eu tinha conquistado eu tinha vivido eu tinha partido
tu tinhas conquistado tu tinhas vivido tu tinhas partido
ele tinha conquistado ele tinha vivido ele tinha partido
nós tínhamos conquistado nós tínhamos vivido nós tínhamos partido
vós tínheis conquistado vós tínheis vivido vós tínheis partido
eles tinham conquistado eles tinham vivido eles tinham partido

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Futuro do presente
eu conquistarei eu viverei eu partirei
tu conquistarás tu viverás tu partirás
ele conquistará ele viverá ele partirá
nós conquistaremos nós viveremos nós partiremos
vós conquistareis vós vivereis vós partireis
eles conquistarão eles viverão eles partirão
Futuro do pretérito
eu conquistaria eu viveria eu partiria
tu conquistarias tu viverias tu partirias
ele conquistaria ele viveria ele partiria
nós conquistaríamos nós viveríamos nós partiríamos
vós conquistaríeis vós viveríeis vós partiríeis
eles conquistariam eles viveriam eles partiriam

• Flexão do subjuntivo
Também no capítulo anterior, vimos que o modo subjuntivo indica que um processo verbal incer-
to está subordinado a alguma condição. Assim, esse modo verbal é empregado quando se deseja dar
o sentido de incerteza ou de possibilidade de um evento verbal vir a acontecer.

O presente, o passado e o futuro flexionam da seguinte forma no modo subjuntivo:

• Presente – Indica um desejo ou um acontecimento provável, mas sobre o qual não há certeza.
Em geral, essa flexão ocorre depois de expressões como é possível que, talvez, tomara que, etc.

Não era possível que os romanos percebessem as mudanças culturais introduzidas pelos
bárbaros.
Tomara que eu faça uma boa prova.

• Pretérito imperfeito – Expressa um fato que poderia ter acontecido mediante certa condição.
Essa condição é introduzida pela palavra se. O emprego desse tempo é acompanhado normal-
mente de outro verbo, flexionado no futuro do pretérito do indicativo.

Pretérito imperfeito do subjuntivo


Se eu soubesse o assunto, faria boa prova.
Futuro do pretérito do indicativo

Pretérito imperfeito do subjuntivo


Os romanos resistiriam às invasões bárbaras se estivessem fortalecidos politicamente.
Futuro do pretérito do indicativo

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• Futuro – Expressa um fato possível de se realizar. Esse emprego é introduzido pelas palavras se
e quando e seguido de um verbo flexionado no futuro do presente do indicativo.

Futuro do subjuntivo
Quando as provas estiverem corrigidas, passarei as notas.
Futuro do presente do indicativo

Futuro do subjuntivo
Se nós estudarmos juntos, aprenderemos melhor.
Futuro do presente do indicativo

Na tabela a seguir, veja a conjugação de alguns verbos regulares no modo subjuntivo, conforme
a norma-padrão.

Modo subjuntivo
Presente
que eu conquiste que eu viva que eu parta
que tu conquistes que tu vivas que tu partas
que ele conquiste que ele viva que ele parta
que nós conquistemos que nós vivamos que nós partamos
que vós conquisteis que vós vivais que vós partais
que eles conquistem que eles vivam que eles partam
Pretérito imperfeito
se eu conquistasse se eu vivesse se eu partisse
se tu conquistasses se tu vivesses se tu partisses
se ele conquistasse se ele vivesse se ele partisse
se nós conquistássemos se nós vivêssemos se nós partíssemos
se vós conquistásseis se vós vivêsseis se vós partísseis
se eles conquistassem se eles vivessem se eles partissem
Futuro
quando eu conquistar quando eu viver quando eu partir
quando tu conquistares quando tu viveres quando tu partires
quando ele conquistar quando ele viver quando ele partir
quando nós conquistarmos quando nós vivermos quando nós partirmos
quando vós conquistardes quando vós viverdes quando vós partirdes
quando eles conquistarem quando eles viverem quando eles partirem

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Atividades

Texto

Em 338 a.C., o Rei Filipe II vence os exércitos das cidades de Tebas e Atenas na Batalha de
Queroneia, conquistando a hegemonia na região. Possuía um filho chamado Alexandre, nas-
cido em 356 a.C., que, desde os dezesseis anos, era regente do seu reino, ou seja, ajudava seu
pai a governar a Macedônia. Alexandre era aluno do filósofo Aristóteles, de quem recebeu
formação intelectual e moral.
Em 336 a.C., o Rei Filipe é assassinado, e Alexandre assume o trono. O novo rei marca pro-
fundamente seu início de governo enfrentando uma revolta na cidade de Tebas. Após vencer
os tebanos, ele destrói toda a cidade, para servir de exemplo aos outros que quisessem se
revoltar. Seu próximo passo é mais ousado: libertar as cidades gregas na Ásia Menor que eram
dominadas pelo Império Persa. Reunindo um exército formado por soldados de todas as cida-
des gregas — 30 mil soldados de infantaria e 5 mil de cavalaria (montados) —, Alexandre segue
para onde hoje é o território da Turquia para encontrar o poderoso exército persa. Em grandes
batalhas contra os persas, Alexandre conquista imensos territórios e constrói o maior império
que um grego já havia construído. Em 332 a.C., Alexandre conquista a cidade fenícia de Tiro,
responsável pelos navios persas, e, no mesmo ano, marchando pela Palestina, toma o Egito
sem nenhuma resistência. A essa altura, toda a costa mediterrânea já pertence a Alexandre.
MENEZES, Fernando; CARVALHO, Paula. História Contextualizada. 6º ano. 2 ed. Recife: Construir, 2015. p. 185. Adaptado.

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1. Embora esse texto aborde fatos históricos, portanto ocorridos no passado, podemos perceber
inúmeras formas verbais empregadas no presente do indicativo. Esse emprego corresponde
ao que chamamos de presente histórico, um recurso muito comum em textos que tratam de
temas históricos. Identifique quatro exemplos desse uso.
Sugestão de resposta: Vence, é, marca, destrói, segue, conquista, constrói, toma e pertence.

2. Discuta com os seus colegas e o seu professor: por que razão os autores empregaram verbos
flexionados no presente do indicativo para se referir a eventos passados?
O emprego do presente do indicativo no texto confere certa atualidade aos fatos passados, o
que contribui para cativar a atenção do leitor.

3. Releia o parágrafo a seguir.

Em 338 a.C., o Rei Filipe II vence os exércitos das cidades de Tebas e Atenas na Batalha de
Queroneia, conquistando a hegemonia na região. Possuía um filho chamado Alexandre,
nascido em 356 a.C., que, desde os dezesseis anos, era regente do seu reino, ou seja, ajuda-
va seu pai a governar a Macedônia. Alexandre era aluno do filósofo Aristóteles, de quem
recebeu formação intelectual e moral.

a. Em que modo e tempo verbal estão flexionados os verbos destacados?


Os verbos destacados estão flexionados no pretérito imperfeito do indicativo.

b. O emprego do presente histórico nesses verbos seria adequado? Explique.


Não. Como os verbos destacados expressam eventos verbais não concluídos no passado (pre-
térito imperfeito), o emprego do presente histórico seria inadequado.

4. Leia.

O feudo, em geral, (I) é dividido em três partes: o manso senhorial, que (II) correspondia
às terras do senhor; o manso servil, que (III) eram as terras habitadas e cultivadas pelos
servos; e as terras comunais, onde (IV) ficavam os bosques e pomares, que (V) serviam
tanto aos servos quanto aos senhores.
MENEZES, Fernando; CARVALHO, Paula. História Contextualizada. 7º ano. 2 ed. Recife: Construir, 2015. p. 33. Adaptado.

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a. Em qual flexão verbal há equívoco? Explique.
Na flexão verbal I. Como o sistema feudal não existe mais, é inadequado o emprego da forma
verbal flexionada no presente do indicativo.
b. Identifique o tempo e o modo verbal assinalados nas formas eram e serviam.
Pretérito imperfeito do indicativo.

5. O texto que você vai ler agora servirá de base para um trabalho interessante que faremos com
os verbos. Leia-o com atenção, observando, principalmente, o emprego das formas verbais.

O feudo

O feudo era uma propriedade na qual o seu dono, o senhor feudal, exercia seus poderes.
Era a principal unidade produtiva medieval e tinha caráter autossuficiente. Em geral, os feudos
dividiam-se em:

Manso senhorial (1) – Eram as melhores terras e onde ficava o castelo, que reunia um
conjunto de armazéns, oficinas, estábulos e a morada do senhor.
Manso servil (2) – Local habitado e cultivado pelos servos.
Manso comunal (3) – Eram terras comuns, em geral uma área de floresta ou pântano
destinada à caça e à coleta de lenha, sementes comestíveis, raízes, frutas, ervas e mel.
Nessas terras, o direito de caça ficava com a nobreza.

66 2

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A sociedade medieval era estamental, e a mobilidade social era quase inexistente. A Igreja
pregava que as pessoas nasciam com dons diversificados: uns seriam padres ou fariam parte
do clero em geral; outros pertenceriam ao exército, atuando como guerreiros; e os demais
nasciam para o trabalho. Neste último caso, encaixavam-se os servos, que deveriam trabalhar
para sustentar os padres e os nobres e pagar impostos.

Entre esses impostos, destacam-se:

Corveia – Consistia em trabalhar cerca de três dias por semana, de graça, no manso
senhorial.
Talha – Era o imposto que correspondia a uma parte de tudo o que os servos produziam
no manso servil. Geralmente pagava-se com 2/3 ou 1/2 da produção.
Banalidades – Eram as taxas pagas pelo uso das instalações do feudo, tais como celeiro,
moinho e forno.
Tostão de Pedro – Era o dízimo, ou seja, o pagamento feito para a Igreja, correspondente
à décima parte da produção agrícola. Era utilizado para a manutenção da capela local.

APRENDA MAIS

Estamental era a forma de divisão social em camadas que classificavam os indivíduos


segundo questões relacionadas ao seu nascimento.

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Agora, tendo em vista as informações presentes no texto, complete as lacunas das legendas a
seguir com as formas verbais adequadas. Importante: todas devem estar flexionadas.
Sugestões de resposta.

a. Os camponeses plantavam legumes em pequenos jardins próximos às suas casas.

b. No outono, os camponeses trabalhavam a colheita das culturas, como o trigo.

c. O senhor feudal vivia em uma grande casa de pedra ou mesmo em um castelo.

d. A igreja do feudo era construída em um pequeno pedaço de terra que

pertencia ao senhor.

e. As ovelhas pastavam em campos gramados, e os moradores as tosquiavam


para fazer roupas.

f. Os servos pagavam para usar o forno, como as demais instalações do feudo de

uso comum.

g. O trigo colhido era levado ao moinho. Lá, os servos o transformavam em farinha,

que era usada para fazer pão. Do mesmo modo que o forno, o moinho também

tinha um custo.

h. Na sociedade estamental, o servo podia até sonhar, mas jamais seria


senhor.

i. No manso senhorial, ficavam as melhores terras, onde os servos tinham de

trabalhar ao menos três vezes por semana, sem que recebessem nada por isso.

6. Para sermos mais objetivos, principalmente na escrita, às vezes podemos substituir um bloco
de palavras por apenas um verbo. Faça isso nas frases a seguir. Observe o modelo:

O País tem necessidade de crescer.


O País necessita crescer.

a. Minha mãe sempre teve cuidado conosco.


Minha mãe sempre cuidou de nós.

b. Ela tem amor por você.


Ela ama você.

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c. A escola tem precisado firmar parcerias com os pais.
A escola precisa firmar parcerias com os pais.

d. Tive admiração pelo seu trabalho.


Admirei o seu trabalho.

e. Meu filho tem medo do escuro.


Meu filho teme o escuro.

f. Ela tinha respeito pelo pai.


Ela respeitava o pai.

g. Ter ódio não ajuda ninguém a crescer.


Odiar não ajuda ninguém a crescer.

h. A reunião teve início às 10h.


A reunião iniciou às 10h.

i. Era muito difícil ele ter arrependimento.


Era muito difícil ele se arrepender.

j. Ela tinha a intenção de ser mãe.


Ela tencionava ser mãe

7. Nesta atividade, substitua o verbo destacado por outro mais específico.

a. Ela pôs maquiagem e foi para a festa.


Ela se maquiou e foi para a festa.

b. Ela pôs a calça nova e foi para a festa.


Ela vestiu a calça nova e foi para a festa.

c. Ele pôs uma sorveteria no bairro.


Ele abriu uma sorveteria no bairro.

d. O patrão pôs o pagamento na minha conta.


O patrão depositou o pagamento na minha conta.

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e. Ponha um pouco mais de pigmento amarelo na imagem dos camelos.
Acrescente um pouco mais de pigmento amarelo na imagem dos camelos.

f. Ponha uma propaganda no jornal.


Anuncie uma propaganda no jornal.

g. Para não cair, pôs as mãos na mesa.


Para não cair, apoiou as mãos na mesa.

8. Nos pares de frases a seguir, escreva, nas lacunas, a forma verbal equivalente. Observe a pes-
soa, o modo e o tempo.

Eu gosto de tocar violão. Marcelo gosta de tocar violão.

a. Preciso falar com Vanessa.

Lorena e eu precisamos falar com Vanessa.

b. Sofia acordou mais tarde.

Eu acordei mais tarde.

c. Heber e Gabriel sempre discutem política.

Paula sempre discute política.

d. Assistimos à palestra e fomos almoçar.

Eu e José assistimos à palestra e fomos almoçar.

e. Você ouviu o recado que Lúcia te mandou?

Tu ouviste o recado que Maria e João te mandaram ?

f. A casa e o terreno ainda estão à venda, mas o proprietário não tem intenção de baixar o preço.

Aquela casa ainda está à venda, mas os proprietários não têm intenção de
baixar o preço.

g. A caixa contém dois frascos de perfume de que vocês certamente gostarão muito.

As caixas contêm dois frascos de perfume de que você certamente gostará muito.

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Desafio

Texto 1

1. A respeito do Texto 1, assinale a afirmação correta.


a. Para o menino, a água é tão importante para os seres vivos quanto o amor.
b. Para o adulto, o amor é essencial para a vida de todos os seres humanos.
c. Para o menino, o amor é mais importante que a água para os seres humanos.
d. O emprego da palavra óbvio sugere que o adulto jamais responderia à pergunta do mes-
mo modo que o menino.
e. De acordo com o posicionamento do menino, o amor é dispensável para o correto fun-
cionamento dos organismos vivos.

2. As afirmações a seguir se referem ao emprego de alguns verbos no Texto 1. Analise-as com


atenção.

I. Como termina em -or, que indica o infinitivo, a forma verbal amor é uma variação do ver-
bo amar.
II. A forma verbal colocou está flexionada no pretérito perfeito, 3a pessoa do singular. Essa
flexão pode ser percebida por meio do seu radical.
III. O tempo presente registrado na forma começa indica uma certeza que ultrapassa o instan-
te da fala.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I.
b. II.
c. III.
d. I e II.
e. II e III.

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3. Considerando os recursos linguísticos presentes no Texto 1, assinale a afirmação correta.
a. No primeiro quadrinho, o termo essencial corresponde a um advérbio de modo.
b. A palavra como assume a função de pronome interrogativo.
c. O pronome demonstrativo essa retoma um termo expresso anteriormente.
d. A palavra óbvio funciona como advérbio, atuando sobre o sentido do enunciado.
e. O termo na prova é uma locução adverbial que pode ser substituída por um substantivo
simples.

Texto 2

4. Sobre o emprego das palavras postar e dirigindo no Texto 2, assinale a afirmação incorreta.
a. A palavra postar indica o uso da forma nominal que chamamos de infinitivo.
b. Poderíamos substituir a palavra postar por publicar, o que não alteraria o sentido do
texto.
c. A palavra dirigindo indica o uso do gerúndio com função adverbial.
d. A forma nominal dirigindo assume valor adjetivo ao qualificar o substantivo Facebook.
e. A palavra dirigindo poderia ser substituída pela oração enquanto dirigia, o que não mu-
daria o sentido do texto.

N AV E G U E

Você pode acessar o Texto 3


por meio do código ao lado.

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VEJA COMO É

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FÁCIL SEGUIR
OS PASSOS E
Texto 3

COMBATER O
MOSQUITO EM
SEU APARTAMENTO
E V CÊ?
JÁ COMBATEU O MOSQUITO HOJE? OU CONDOMÍNIO.

Faça a manutenção
do beiral das janelas
para não acumular água. 13
PRONTO.
1 2 Agora, repita esses passos
Coloque os lixos em sacos plásticos, sempre e fique livre
Não deixe água Mantenha as 3 12 mantenha a lixeira bem fechada e
acumulada sobre garrafas com a descarte corretamente. dos focos do mosquito.
a laje. boca virada para
baixo, evitando o
acúmulo de água.

Mantenha
baldes e 11
Observe o bacias secos
4 depósito de água ou abrigados
dos bebedouros. da chuva.

Lave os
bebedouros
de animais
semanalmente
com bucha ou
5 escova.
10
Retire a água Deixe os
acumulada em ralos limpos e
eletrodomésticos aplique telas.
e móveis da área
de serviço e
da varanda.
6 9 PROTEJA SUA FAMÍLIA.
Observe os A MUDANÇA COMEÇA POR VOCÊ.
Encha os pratinhos vasos sem uso. Saiba mais sobre combate, causas e sintomas
de vasos de em saude.gov.br/combateaedes
plantas com areia Verifique a manutenção da
até a borda. área de depósito de lixo.

7 8

73
Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/se-
tembro/12/Para-apartamentos.pdf. Acessado em: 29/10/2019. Adaptado.

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5. A respeito do Texto 3, são feitas as afirma-
7. Leia.
ções a seguir. Analise-as com atenção.

I. Trata-se de um infográfico cujo princi- 1. Não deixe água acumulada sobre a


pal objetivo é informar a população a laje.
respeito dos problemas causados pelo 2. Faça a manutenção do beiral das ja-
mosquito Aedes aegypti. nelas para não acumular água.
II. Utiliza predominantemente verbos 3. Mantenha as garrafas com a boca
flexionados no modo imperativo para virada para baixo, evitando o acú-
induzir as pessoas a agirem conforme mulo de água.
orientadas.
III. Utiliza simultaneamente as linguagens
I. A palavra acumulada corresponde ao
verbal e não verbal, caracterizando-se
particípio regular do verbo acumular e
como um texto de linguagem mista.
tem valor adjetivo.
II. A opção entre as formas acumulada,
Está correto o que se afirma apenas em:
acumular e acúmulo evita a repetição
a. I.
desnecessária de uma mesma palavra.
b. II.
III. A palavra acúmulo corresponde ao par-
c. III.
ticípio irregular do verbo acumular.
d. I e II.
IV. O uso do modo imperativo direciona a
e. II e III.
mensagem para o leitor indicando dú-
vida acerca do seu comportamento.
6. Considerando os recursos linguísticos utili-
V. A forma nominal evitando poderia ser
zados no Texto 3, assinale o item correto.
substituída por evite, sem prejuízo do
a. Na frase Já combateu o mosquito
sentido original.
hoje?, o emprego do pretérito per-
feito indica que a ação de combater
Estão corretas as afirmações:
já foi realizada e não se repetirá.
a. I, II e IV. b. I, II e V.
b. A numeração sequenciada sugere
c. I, III e IV. d. II, III e V.
um passo a passo que deve ser se-
e. III, IV e V.
guido pelo leitor.
c. A análise do passo 13 nos permi-
8. Todos os verbos destacados estão flexio-
te concluir que, ao repetir todos os
nados no modo imperativo, exceto:
passos, o leitor jamais será picado
a. Observe o depósito de água dos be-
pelo mosquito Aedes aegypti.
bedouros.
d. Em todos os passos numerados, há
b. Deixe os ralos limpos e aplique telas.
emprego de verbos no modo impe-
c. Baixe o app que orienta sobre os fo-
rativo, exceto em dois.
cos e identifica o agente de saúde.
e. A numeração dos passos deve ser
d. Veja como é fácil seguir os passos e
seguida rigorosamente pelo leitor,
combater o mosquito em seu apar-
caso contrário ele não eliminará cor-
tamento ou condomínio.
retamente todos os focos do mos-
e. Saiba mais sobre combate, causas e
quito na sua casa.
sintomas.
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9. Em todas as alternativas, a lacuna pode ser 12. Assinale a opção que não completa corre-
preenchida pelo verbo indicado entre parên- tamente as lacunas da frase.
teses flexionado no subjuntivo, exceto em:
a. Bateu palmas e ficou esperando que Quando os convidados __________, Paula
alguém ____ a porta. (abrir) ___________ para jantar.
b. Por que o diretor não ____ com fran-
queza na reunião? (proceder) a. Chegarem – deverá chamá-los.
c. É preciso que ela se ____ na própria b. Chegarem – teve de chamá-los.
casa para ficar em paz? (trancar) c. Chegaram – foi chamá-los.
d. Acredite! Faça a sua parte e você po- d. Chegassem – haveria de chamá-los.
derá ser o que ____. (querer) e. Tiverem chegado – deverá chamá-los.
e. Enquanto o meu sonho ____ possí-
vel, continuarei na luta. (ser) 13. Não há devida correlação temporal entre
as formas verbais em:
10. Acesas é particípio adjetivo de acender, a. Seria conveniente que o leitor ficasse
verbo chamado abundante, porque possui sem saber quem era ela.
dupla forma no particípio (acendido e ace- b. É conveniente que o leitor ficaria
so). Dos verbos indicados abaixo, assinale sem saber quem é ela.
o único que, em relação à norma culta, não c. Era conveniente que o leitor ficasse
apresenta duplo particípio. sem saber quem é ela.
a. Abrir. d. Será conveniente que o leitor fique
b. Morrer. sem saber quem é ela.
c. Imprimir. e. Foi conveniente que o leitor ficasse
d. Enxugar. sem saber quem era ela.
e. Eleger.
14. Analise as frases a seguir.
11. Leia as proposições a seguir.
I. Não fôreis o caso de tu se desculpar? I. O desastre ambiental tinha acendido
II. Fora estudante de Medicina, mas se nova discussão entre os especialistas.
apaixonou pelas Letras e decidiu mu- II. Segundo os especialistas, o governo
dar de curso. havia incorrido em erro.
III. Se não fora tu, tudo estaria perdido. III. O governo tinha aceito negociar com
IV. Embora não tenha sido divulgado, sou- os países do Mercosul.
be-se do caso. IV. O pedido de desculpas foi aceitado
V. Alguns dias depois soubemos que fora pela comunidade.
ele o culpado. V. Quando percebemos o erro, os livros
já estavam impressos.
O emprego do pretérito mais-que-perfeito
do verbo ser está adequado à norma culta Conforme a norma-padrão, está inadequa-
em: do o emprego do particípio em:
a. I e II. b. III e IV. a. I e II. b. I e III. c. II e V.
c. II, III e IV d. II e V. d. III e IV. e. IV e V.
e. III, IV e V.

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Questões de escrita

Verbos regulares e verbos irregulares

1. O radical da maioria dos verbos não apresenta variações. Neles, o que varia são as indicações
de modo, tempo, pessoa e número, isto é, as desinências. São os chamados verbos regulares,
que se conjugam exatamente como cantar, bater e partir. Em todas as formas, o radical desses
verbos não muda. Outros verbos, porém, ao serem conjugados, sofrem também variações no
radical, ou seja, não apresentam regularidade em todas as suas formas. Por esse motivo, esses
verbos são chamados de irregulares, como ver, ouvir, odiar, caber, ter e trazer. Para visualizar
essa distinção na prática, complete as tabelas a seguir com as formas adequadas.

Andar (verbo regular) – Modo indicativo


Presente Pretérito perfeito Futuro do presente
eu ando eu andei eu andarei
tu andas tu andaste tu andarás
ele anda ele andou ele andará
nós andamos nós andamos nós andaremos
vós andais vós andastes vós andareis
eles andam eles andaram eles andarão

Ter (verbo irregular) – Modo indicativo


Presente Pretérito perfeito Futuro do presente
eu tenho eu tive eu terei
tu tens tu tiveste tu terás
ele tem ele teve ele terá
nós temos nós tivemos nós teremos
vós tendes vós tivestes vós tereis
eles têm eles tiveram eles terão

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2. Entre os verbos irregulares, temos também os verbos anômalos e os defectivos. Os verbos
anômalos são apenas ser e ir. Nas tabelas a seguir, conjugue esses verbos no modo e tempo
indicados. Em seguida, descubra por que são chamados dessa forma e anote a sua conclusão.

Ser (verbo anômalo) – modo indicativo


Presente Pretérito imperfeito Futuro do presente
eu sou eu era eu serei
tu és tu eras tu serás
ele é ele era ele será
nós somos nós éramos nós seremos
vós sois vós éreis vós sereis
eles são eles eram eles serão

Ir (verbo anômalo) – modo indicativo


Presente Pretérito imperfeito Futuro do presente
eu vou eu ia eu irei
tu vais tu ias tu irás
ele vai ele ia ele irá
nós vamos nós íamos nós iremos
vós ides vós íeis vós ireis
eles vão eles iam eles irão

Com base na conjugação que você acabou


de fazer, responda: o que é um verbo anô- APRENDA MAIS
malo?
Os verbos anômalos são assim chamados Há também os verbos defectivos. Como
o nome sugere, apresentam “defeitos” na
porque apresentam profundas variações
sua conjugação, ou seja, não possuem cer-
no radical entre tempos ou mesmo entre tas formas conjugadas, como os verbos
pessoas do mesmo tempo. reaver e falir.
Eu?
Tu?
Ele?
Nós reavemos/falimos
Vós reaveis/falis
Eles?

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3. As lacunas a seguir devem ser preenchidas com verbos irregulares. Complete-as com a opção
adequada conforme a norma-padrão.

a. Os povos bárbaros trouxeram (trouxeram / truxeram) sua cultura para Roma.

b. Nós sempre trouxemos (truxemos / trouxemos) boas ideias.

c. Eu não caibo (caibo / cabo) nesta roupa.

d. Esta roupa coubera (cabera / coubera) em mim.

e. Nós viemos (viemos / viemo) de muito longe.

f. Vocês vêm (vem / vêm) sempre aqui?

g. Ele veio (veio / viu) de São Paulo para cá.

h. Eles vieram (viram / vieram) de carro.

i. O advogado interveio (interveio / interviu) no caso.

j. Os advogados intervieram (intervieram / interviram) no caso.

k. Os eleitores mantiveram (meteram / mantiveram) seus votos.

l. Se eu vir (vir / ver) a professora depois da prova, irei tirar algumas dúvidas.

m. Quando os atletas transpuserem (transpuserem / transporem) todos os obstáculos da


corrida, teremos o ganhador.

n. As provas que contiverem (conterem / contiverem) mais erros serão comentadas e


resolvidas na próxima aula.

o. Quando eu requerer (requiser / requerer) as vias dos documentos, irei na direção.

4. Indique a opção em que os verbos completam adequadamente as lacunas da frase.

Se ele _____ o requerimento, poderei mostrar-lhe a prova quando _____.

a. troxer – querer.
b. trouxer – querer.
c. trouxer – quiser.
d. trouxer – quizer.
e. truxer – quizer.

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CAPÍTULO
5
Sujeito e predicado

1. Classificar
Classificar as coisas do mundo é uma ação que desempenhamos diariamente, e esse hábito exis-
te desde que o ser humano passou a interferir no meio em que vive. Aprendemos a classificar no
momento em que começamos a falar, usando palavras diferentes para nomear objetos diferentes.
Na maioria das vezes, fazemos isso de forma inconsciente. Basta dar uma boa olhada em nossa
casa. Nela, os objetos estão organizados segundo algum critério de classificação, que, em geral, é ba-
seado nas semelhanças. Por isso é que sapatos são guardados juntos em sapa­teiras; livros também,
geralmente em estantes. Meias, roupas íntimas, calças, blusas, produtos de limpeza, ferramentas...
Por esse motivo, mesmo que você entre em uma casa pela pri­meira vez, é de se esperar que as
toalhas de banho estejam guardadas juntas em alguma gaveta; que as panelas estejam na cozinha,
em um armário; que as roupas limpas estejam em um guarda-roupa ou em uma cômoda, e as usa-
das estejam no cesto de roupas sujas. Não esperamos encontrar uma escova de dentes na geladeira,
porque não há seme­lhança entre o que fazemos com ela (escovar nossos dentes) e o que fazemos
com coisas que ficam na geladeira (comidas e bebidas que precisam ser resfriadas).
Quando vamos classificar algo, precisamos escolher algumas ca­racterísticas que nos permitam
juntar ou separar os objetos. Logo, precisamos estabelecer um critério de classi­ficação. Por exem-
plo: se você quisesse classificar os chocolates abaixo, provavelmente os dividiria usando o critério
da cor. Assim, haveria um grupo de chocolates azuis, um grupo de chocolates amarelos, um grupo
de chocolates vermelhos, etc. Freer/Shutterstock.com

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Enfim, buscamos organizar tudo o que existe ao nosso redor, pôr em uma ordem lógica, com-
preensível, que nos permita saber onde os objetos se encontram para facilitar nossa vida.

REFLITA

Mas qual é a relação entre classificar as coisas e a gramática?


Basicamente, podemos dizer que a gramática também segue critérios de classificação.

A organização e a classificação dos termos que compõem os pe­ríodos são estudadas por uma
parte específica da gramática: a sintaxe. Vamos deixar isso mais claro? No estudo dos seres vivos,
taxonomia é a ciência que estuda a sua classificação, indicando, entre outras, as categorias de gê-
nero e espécie. Veja:

Nome popular: leão Nome popular: tigre

1. Deborah Kolb - 2.-3. Denise Allison Coyle e 4.Mari Swanepoel | Shutterstock.com


Gênero: Panthera Gênero: Panthera
Espécie: Panthera leo Espécie: Panthera tigris

Nome popular: cavalo Nome popular: zebra


Gênero: Equus Gênero: Equus
Espécie: Equus ferus Espécie: Equus zebra

Do mesmo modo que a taxonomia estuda e classifica os seres vivos, podemos dizer que a sintaxe
estuda e classifica os termos que formam os períodos.
Neste capítulo, vamos estudar os dois termos mais comuns na formação dos períodos: o sujei-
to e o predicado. Mas antes precisamos entender mais alguns detalhes sobre a organização dos
períodos.

80

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2. Gramaticalidade e agramaticalidade
No estudo da gramática da nossa língua, organizar e classificar é uma necessidade. Organizamos
as estruturas da língua mesmo de forma inconsciente. Você já se deu conta disso? As palavras não
são empregadas aleatoriamente nos nossos enunciados. Elas são organi­zadas de acordo com as re-
gras internas da língua, isto é, de acordo com a gramática. Por esse motivo, jamais nos deparamos
com estruturas como esta:

Adoro eu chocolate.

Organizadas dessa maneira, essas palavras não formam um enunciado natural da nossa língua,
pois não seguem as regras grama­ticais. Por esse motivo, dizemos que essa construção é agramati-
cal. Naturalmente, as regras de organização e classificação internas da língua nos levam a estruturar
esses termos de forma correta, ou seja, gramatical. Observe:

Eu adoro chocolate.

Apesar de inconsciente, essa organização considera, digamos, a “natureza” das palavras que com-
põem esse enunciado. Veja:

__________________ adorar __________________


Lugar A Lugar B

Para preencher tanto o lugar A quanto o lugar B, a língua nos ofe­rece uma série de opções:

Eu adoro chocolate.
Lia adora feijoada.
Eu e Paula adoramos Pedro.
Carla e João adoram gatos.

Como você pode ver, A e B são ocupados por termos que têm va­lor substantivo. Mas não é qual-
quer substantivo que pode ocupar es­ses lugares. Há outras regras e até relações de sentido que
limitam as possibilidades de organização dos termos. Do mesmo modo que uma escova de cabelo
não é guardada na geladeira, certas palavras não po­dem ser colocadas nos lugares A ou B. Por isso,
em um contexto deno­tativo, construções como estas são agramaticais:

Chocolate adoram nós.


Feijoada adora Lia e Nilton.
Carla e João respiram água.
As pedras comem feijoada.
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APRENDA MAIS

A denotação corresponde ao uso das palavras no seu sentido literal. Já a conotação ocorre
quan­do uma palavra não é usada em seu sentido literal. Por­tanto, a conotação diz respei­to a
uma maneira pessoal de ver o mundo, as pessoas, as situações, etc.
Assim, em um contexto denotativo, não faz sentido dizer, por exemplo, Aquele homem é um
gato, pois um ser humano não pode ser um felino. Mas, em um contexto co­notativo, essa frase
é pos­sível. Nesse caso, a palavra gato significa bonito e indica uma maneira de ver particu­lar
de quem fala.

3. Sujeito e predicado
Você percebeu que todos os termos que ocupam o lugar A nas es­truturas que vimos determinam
a flexão do verbo? Esse termo é o que chamamos de sujeito.

Sujeito é o termo da oração que determina a flexão do verbo.

Para entender melhor esse conceito, leia a tirinha a seguir.

Por muito tempo, o sujeito foi entendido como o ser que pratica a ação expressa pelo verbo. En-
tretanto, uma oração como A campainha está tocando e os exemplos que vimos com o verbo adorar
contradizem essa definição, pois em nenhuma dessas frases o verbo expressa ação.
Você se lembra de quando estudamos as desinências verbais, no capítulo anterior? Vimos que
os verbos sofrem variações para se adaptar à pessoa gramatical que acompanham. Então, vamos
analisar o perío­do que deixou Serafim em dúvida.

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A campainha está tocando.
Ela

Nesse período, observamos que o verbo estar foi flexionado na 3a pessoa do singular (ela) para
concordar com o termo que acompanha (a campainha), que é o seu sujeito. Assim, em outras pala-
vras, dize­mos que:

Sujeito é o termo que está em relação de concordância com o verbo.

Uma forma prática para identificar o sujeito de uma oração consiste em fazer a pergunta ao ver-
bo. Esse procedimento é bastante simples e funciona na maior parte dos casos. Veja:

Os alunos estão conversando no pátio. Quem está conversando no pátio?


Os alunos (sujeito).

Na mata, ouviam-se vários pássaros. O que eram ouvidos na mata?


Vários pássaros (sujeito).

Preciso estudar o texto da peça. Quem precisa estudar o texto da peça?


Eu (sujeito).

Alguns termos podem ocupar a função de sujeito. Observe:

• Substantivo ou expressão substantiva

Égua e jumento são espécies diferentes.


O cruzamento de uma égua com um jumento gera uma mula.

• Pronomes substantivos

Eles são espécies diferentes.


Isso gera uma mula.

• Numerais

Três chegaram cedo.


Dez é muito.

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• Oração

Quem vive no campo tem mais qualidade de vida.


Os alunos que alcançaram a média estão aprovados.

• Forma nominal do verbo

Fumar faz mal à saúde.


Caminhar é um ótimo exercício.

O sujeito em geral apresenta um núcleo, isto é, a palavra mais im­portante, pois concentra seu
significado básico. Em regra, o núcleo do sujeito tem valor substantivo. Assim, nos três últimos casos
lidos, dizemos que o sujeito não é exatamente um numeral, uma oração ou um verbo. Dizemos que
o sujeito é um numeral, uma oração ou um verbo que funciona como substantivo, por isso pode ser
substituído por pronomes.

Eles chegaram cedo.


Aqueles têm mais qualidade de vida.
Isso faz mal à saúde.

Quando o sujeito é formado por apenas um núcleo, temos um su­jeito simples, como em Eles são
espécies diferentes. Já quando possui mais de um núcleo, temos um sujeito composto, como em
Égua e ju­mento são espécies diferentes.
Apesar de comum nas gramáticas, essa distinção não é muito re­levante. Na verdade, o mais im-
portante é perceber se o sujeito é sin­gular ou plural, pois essa informação determina a flexão do
verbo (no singular ou plural) para acompanhá-lo. Está difícil? Não se preocupe, isso é fácil. É como
na Matemática. Veja:
1 + 1 = 2
Singular Singular Plural

1 + 2 = 3
Singular Plural Plural

Plural
Cavalo e zebra são animais do mesmo gênero.
Singular + Singular

Os animais e as plantas de uma região compõem a fauna e a flora.


Plural + Plural Plural

Singular
A escola é muito importante para a formação de uma criança.
Singular

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Singular
A loja tinha um grande pátio onde eram guardados os carros.
Singular Plural Plural

Chamamos de períodos as frases formalmente com­pletas, isto é, aquelas que possuem todos os
elementos necessários à sua compreensão, inclusive verbo. Comumente, dizemos que o período
apresenta dois componentes fundamentais: o sujeito e o predicado. Se você já sabe identificar o
sujeito, sabe também identificar o predicado. De forma bem resumida, dizemos que o predicado é
todo o período, sendo ex­cluído o sujeito. Veja:

A campainha está tocando.


Sujeito Predicado

Taxonomia é um ramo da Biologia.


Sujeito Predicado

Linné criou o sistema de classificação utilizado para organizar os seres vivos.


Sujeito Predicado

O sistema de Linné organiza os seres vivos a partir de critérios biológicos.


Sujeito Predicado

APRENDA MAIS

Reprodução.
O médico, botânico e zoó­logo sueco Carl Von Linné (1707–
1778) acreditava que o estudo da natureza mostrava a organi-
zação da criação divina.
Retrato de Carl Von Linné, 1775, de
Alexander Roslin. Óleo sobre tela,
56 cm x 46 cm. Nationalmuseum.

4. Tipos de sujeito
Quanto à sua natureza, o sujeito pode se apresentar de quatro maneiras: determinado, indeter-
minado, implícito (desinencial) ou oracional.

• Sujeito determinado

Como a própria classificação deixa claro, esse sujeito está explícito normalmente na estrutura do
período. Todos os exemplos que vimos até agora neste capítulo apresentam sujeito determinado.

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• Sujeito desinencial
Chamamos de desinencial o sujeito determinado que não aparece expresso na oração, mas é
iden­tificado por meio da desinência verbal. Observe:

_____ Gosto muito de estudar os seres vivos.


Elipse do pronome eu
Sujeito desinencial

Observe que o sujeito desinencial existe; ele apenas ficou oculto por uma questão de economia
linguística. Como a ocultação dos ter­mos da oração é chamada de elipse, o sujeito desinencial pode
ser identificado também como sujeito elíptico, ou oculto.

• Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado não aparece explícito no período. Assim, dizemos que existe um termo
que funciona como sujeito, mas ele não se apresenta claramente na estrutura do período. Ou seja,
não se pode identificar esse sujeito.
Em um contexto denotativo, a indeterminação do sujeito só ocorre com verbos que expressam
ações realizadas por humanos. Observe:

Jogaram uma bolinha de papel.


Quebraram o vidro da janela.
Chamaram os bombeiros.
Disseram que Maurício e Carla estão namorando.

Nesses exemplos, observe que o verbo expressa uma ação realizada por humanos e fica flexiona-
do na 3a pessoa do plural, mesmo que a ação provavelmente tenha sido desempenhada por apenas
uma pessoa. Por isso, uma construção como Estão miando no telhado é agramatical.
Já uma construção como Dois gatos estão miando no telhado é gramatical, pois é uma construção
natural da língua. Atenção: nesse caso, o sujeito é determinado: dois gatos.
Muitas vezes, o papel do sujeito é ocupado por palavras ou expressões de sentido indeterminado
(muitas pessoas, todo mundo, muita gente). Por serem identificadas na oração, essas expressões
funcionam como sujeito determinado simples em frases como:

Muitas pessoas gostam de ficar em casa.


Muitos alunos estão pensando que a prova foi adiada.
Todo mundo sabe que a prova de Matemática será fácil.
Muita gente planeja estudar em outro país.
Alguém esteve aqui.
Ninguém conseguiu vencer.

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• Sujeito oracional
Como o próprio nome indica, esse sujeito é representado por uma oração.

O conjunto de indivíduos da mesma espécie que vive ao mesmo


tempo em um determinado local é denominado população.
Sujeito oracional

É importante que você estude bem o assunto.


Sujeito oracional

Lembre-se: na dúvida, pergunte ao verbo. A resposta será o sujeito.

O que é denominado população?


O conjunto de indivíduos da mesma espécie que vive ao mesmo tempo em um determinado local.
O que é importante?
Que você estude bem o assunto.

5. Oração sem sujeito


Como vimos no início deste capítulo, o sujeito pode ser indicado por um pronome pessoal. Assim,
os verbos que apresen­tam sujeito são chamados de pessoais, exatamente porque são usados com
pronomes pessoais, que determinam a sua flexão. Nesse raciocí­nio, chamamos de impessoais os
verbos que não podem ser usados com esses pronomes.

Choveu nas terras da fazenda.

Nesse caso, nenhum termo disponível na nossa língua poderia ocupar a função de sujeito nesse
enunciado. Assim, o sujeito do verbo chover não é indeterminado. Na verdade, ele não existe, pois
o verbo chover é impessoal. Nessa situação, o verbo fica flexionado sempre na 3a pessoa do singular
(ele). Veja alguns exemplos de orações sem sujeito.

Trovejou durante a madrugada. Há muitas espécies animais desconhecidas.


Tem muitas pessoas na fila. Faz três dias que chove.
Há dois anos sem estiagem. Tem três anos que não neva.
Era tarde quando eles chegaram. Passava das quatro horas da manhã.

Observando esses exemplos, podemos perceber que os verbos impessoais são:

• Verbos que denotam fenômenos atmosféricos, como chover, trovejar, relampear, nevar,
ventar, gear.
• Haver em orações equivalentes às construídas com existir.
• Estar, haver, fazer e ser nas indicações de tempo.
• Passar + de exprimindo tempo decorrido.

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Atividades

1. Leia a tirinha a seguir.

a. As tirinhas são textos em quadrinhos cujo objetivo é produzir humor, geralmente por meio
de uma ação ou fala inesperada por parte do leitor. Pensando nisso, indique qual é a fala
responsável por quebrar a expectativa do leitor.
Suas lombrigas?

b. Essa tirinha critica, de forma humorada, a dificuldade de se definir o sujeito de acordo com
um conceito incompleto. Mas existe outra definição problemática ainda muito comum.
Faça uma pesquisa em outras gramáticas à procura dessa definição.
Esperamos que os alunos levem para a sala de aula a seguinte definição: sujeito é o ser sobre
o qual se declara algo.

c. Agora, explique por que, utilizando a definição que você encontrou, não seria tão simples
identificar o sujeito em um período como Minha barriga roncou.
Caso utilizássemos a definição encontrada para localizar o sujeito da oração retirada da tirinha,
poderia ocorrer alguma confusão, pois seria possível a conclusão de que o sujeito seria o pró-
prio menino que fala, pois é a respeito dele que se declara algo (ele está faminto).

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2. Avaliando o emprego do verbo continuar no primeiro quadrinho, é correto afirmar que:
a. Seu sujeito é o personagem Serafim.
b. Não possui sujeito determinado.
c. Deixa claro que a dúvida do menino era anterior ao momento da fala.
d. Poderia ser substituído pelo verbo estar sem alteração de sentido.
e. Poderia ser empregado no plural sem problemas.

3. Uma definição tradicional de sujeito diz que ele é o ser que pra­tica a ação. Explique por que
essa definição não se aplica às orações abaixo.

Maria e Célia são muito bonitas.


Júlia e seus irmãos estão felizes.
João sentiu um calafrio.
Nosso segredo continua enterrado.
Marcela fez uma cirurgia ontem. (Sentido: foi operada.)

Em nenhuma dessas orações o verbo expressa ação. Sendo assim, pela definição tradicional,
não seria possível identificar o sujeito.

4. Agora, usando a definição de sujeito que estudamos neste capítu­lo, identifique-o nos períodos
analisados na questão anterior e o substitua por um pronome pessoal.

a. Maria e Célia são muito bonitas.


Elas são muito bonitas.

b. Júlia e seus irmãos estão felizes.


Eles estão felizes.

c. João sentiu um calafrio.


Ele sentiu um calafrio.

d. Nosso segredo continua enterrado.


Ele continua enterrado.

e. Marcela fez uma cirurgia ontem.


Ela fez uma cirurgia ontem.

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5. Identifique e classifique o sujeito nos períodos a seguir. Atenção! O sujeito pode ser colocado
no início do pe­ríodo, no meio ou no final.

a. O Sol estava coberto de nuvens.


O Sol (simples).

b. Foi identificada uma espécie de aranha na Floresta Amazônica.


Uma espécie de aranha (simples).

c. Caiu uma telha e uma ferramenta do alto daquele prédio.


Uma telha e uma ferramenta (composto).

d. Cinco espécies de planta estão sendo catalogadas.


Cinco espécies de planta (simples).

e. Estava seco demais aquele terreno.


Aquele terreno (simples).

f. Começaram os grupos de estudo todas as quintas à tarde.


Os grupos de estudo (simples).

g. Não identifiquei as diferenças entre essas plantas.


Eu (sujeito desinencial).

h. Chamaram o botânico no laboratório da universidade.


Sujeito indeterminado.

i. Na Floresta Amazônica, há ainda muitas espécies não catalogadas.


Sujeito inexistente.

6. Complete as lacunas com o sujeito mais adequado. Se for necessário, faça uma rápida pesquisa.

a. As Forças Armadas são responsáveis pela segurança do País.

b. Linné criou o sistema de classificação dos seres vivos que utilizamos hoje.

c. Charles Darwin foi o criador da Teoria Evolucionista.

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d. Taxonomia é o ramo da Biologia que estuda a nomenclatura e a classificação dos
seres vivos.

e. Mamíferos são os seres vivos que possuem mamas.

f. O Amazonas é considerado o rio mais volumoso do mundo.

g. O Oceano Atlântico banha a costa brasileira e a africana.

h. O café foi o maior produto de exportação durante a República Velha.

7. Leia o texto e, em seguida, responda às questões.

Carl Linné expressou sua vocação científica desde cedo. Aos 5 anos, ele cuidava sozinho
de um jardim, pois já se mostrava muito interessado por botânica. Mais tarde, aos 20 anos,
começou a faculdade de Medicina, onde aprimorou seus estudos sobre plantas. Isso mes-
mo, naquela época os médicos estudavam botânica também. O conhecimento aprimora-
do da botânica era fundamental, pois receitavam ervas para os seus pacientes.

a. Quando vimos o conceito de sujeito desinencial, observamos que é possível, digamos,


“economizar palavras”. Essa economia se dá por meio da elipse, a omissão de um termo
facilmente identificável na frase. Pensando nisso, identifique o sujeito das formas verbais
expressou, cuidava e mostrava.
O sujeito das formas verbais são, respectivamente, Carl Linné, ele e desinencial (ele).

b. Qual desses sujeitos é mais informativo? Qual é a importância do seu posicionamento no


texto?
Carl Linné. O posicionamento desse sujeito no início do texto é fundamental para informar o
leitor.

c. Como se classifica o sujeito da forma verbal receitavam? Explique.


Sujeito desinencial. Como há referência anterior (os médicos), mesmo sendo a 3a pessoa do
plural, não há sujeito indeterminado.

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Desafio

Texto 1

Uma descoberta de peso

Todos os anos, os taxonomistas — pesquisadores que se dedicam a classificar os seres vi-


vos — anunciam a descoberta de milhares de espécies até então desconhecidas pela ciência.
Estamos falando desde minúsculas bactérias até morcegos ou mesmo árvores, geralmente
vivendo em locais ainda pouco explorados. Mas quem diria que, em pleno ano de 2019, seria
anunciada a descoberta de uma nova espécie de baleia?
As baleias são cetáceos, um grupo de mamíferos aquáticos com aproximadamente 90 es-
pécies já catalogadas, vivendo em diferentes regiões do Planeta. Algumas das baleias menos
conhecidas são as baleias-bicudas, com, aproximadamente, 20 espécies. Elas são difíceis de se
ver, porque costumam nadar a mais de 500 metros de profundidade. Curiosamente, as fêmeas
de baleias-bicudas geralmente são banguelas, e os machos têm só um ou dois pares de dentes,
enquanto as demais baleias com dentes têm dezenas. Para se alimentar, as baleias-bicudas
sugam suas presas, geralmente lulas, e as engolem de uma só vez.
As maiores espécies de baleias-bicudas são chamadas pelos cientistas de Berardius arnuxii
e Berardius bairdii. A primeira vive em águas frias do Hemisfério Sul — incluindo o litoral su-
deste e sul do Brasil —, e a segunda vive nas águas frias do Hemisfério Norte. No Japão, exem-
plares de Berardius bairdii são caçados legalmente todos os anos para consumo de sua carne.
E os pescadores sempre diziam que havia dois tipos diferentes dessa baleia, um acinzentado,
maior e mais comum, e outro tipo preto, menor e raro.

As baleias da recém-batizada es-


pécie Berardius minimus medem
até 7 metros de comprimento,
enquanto as da espécie Berardius
bairdii, com a qual eram confun-
didas pelos cientistas, são maio-
res, medindo entre 9 e 11 metros.
Desenhos: Yoshimi Watanabe /
Scientific Reports / CC BY 4.0.

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Intrigados, cientistas resolveram estudar essas baleias e confirmaram o que os pescadores já
diziam: o que vínhamos classificando como uma espécie, a Berardius bairdii, na verdade são duas
espécies diferentes! A “nova” espécie ganhou o nome científico Berardius minimus, por causa do
tamanho menor. Além do tamanho e da cor, que já eram notados pelos pescadores, os cientistas
viram que a Berardius minimus também tem um focinho mais curto que as demais baleias-bicudas.
Que descoberta e tanto, não é? Isso, sim, é história de pescador!
Henrique Caldeira Costa
Disponível em: http://chc.org.br/artigo/uma-descoberta-de-peso/. Acessado em: 29/10/2019.

N AV E G U E

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riquecer seus conhecimentos!

1. Considerando a estrutura e a função so-


Todos os anos, os taxonomistas — pesqui-
cial do Texto 1, assinale a afirmativa ver-
sadores que se dedicam (1) a classificar os
dadeira.
seres vivos — anunciam (2) a descoberta
a. Trata-se de um artigo de opinião,
de milhares de espécies até então desco-
pois o autor defende a importância
nhecidas pela ciência. Estamos (3) falando
da descoberta da espécie de baleia
desde minúsculas bactérias até morcegos
chamada Berardius minimus.
ou mesmo árvores, geralmente vivendo
b. O texto se configura como um arti-
em locais ainda pouco explorados. Mas
go de divulgação científica, pois tem
quem diria (4) que, em pleno ano de 2019,
como objetivo levar ao público uma
seria (5) anunciada a descoberta de uma
informação que normalmente ficaria
nova espécie de baleia?
restrita ao ambiente acadêmico.
c. O autor tem como objetivo mostrar
I. Os verbos 1 e 2 possuem o mesmo su-
ao público que os pescadores des-
jeito, o termo taxonomistas.
cobriram a nova espécie de baleias
II. O verbo 3 possui sujeito oculto, ou in-
muito antes dos cientistas.
determinado.
d. O texto deve ser lido como uma no-
III. Para tornar o texto mais próximo do
tícia, pois é predominantemente in-
leitor, o autor opta por empregar o
formativo.
verbo 3 na 1a pessoa.
e. Trata-se de um texto em que predo-
IV. Flexionadas na 3a pessoa do singular
mina a descrição, isto é, a apresen-
(ele), as formas verbais 4 e 5 apresen-
tação de informações sobre o tema
tam sujeito indeterminado.
central.
V. O verbo 5 possui sujeito determinado
simples cujo núcleo é a palavra desco-
2. Releia o primeiro parágrafo do Texto 1,
berta.
avaliando as formas verbais destacadas.

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Está correto o que se afirma apenas em: Para se alimentar, as baleias-bicudas su-
a. I e II. gam suas presas, geralmente lulas, e as
b. I e III. engolem de uma só vez.
c. II e IV.
d. III e V. a. As formas verbais sugam e engolem
e. IV e V. possuem o mesmo sujeito.
b. O termo baleias-bicudas funciona
como sujeito composto.
3. Agora, analise o período a seguir, retirado
do segundo parágrafo do Texto 1. c. O termo de uma só vez é uma locu-
ção adverbial temporal.
Curiosamente, as fêmeas de baleias-bicu- d. Presas é particípio irregular do verbo
das geralmente são banguelas, e os ma- prender e tem função adjetiva.
chos têm só um ou dois pares de dentes, e. O termo lulas é o sujeito de engolem.
enquanto as demais baleias com dentes
têm dezenas. 5. Agora, analise o período a seguir, retirado
do penúltimo parágrafo do Texto 1.
I. O acento circunflexo empregado na
forma verbal têm pode ser entendido Intrigados, cientistas resolveram estudar
como um acento diferencial. essas baleias e confirmaram o que os pes-
II. As duas ocorrências do verbo ter pos- cadores já diziam: o que vínhamos classifi-
suem o mesmo sujeito. cando como uma espécie, a Berardius bairdii,
III. O uso do acento gráfico em têm indi- na verdade são duas espécies diferentes!
ca a flexão do verbo na 3a pessoa do
plural. Sobre os verbos destacados, pode-se dizer
IV. O termo os machos atua como sujei- que:
to indeterminado, pois representa um a. Possuem sujeito composto, já que se
conjunto indefinido de animais. trata de várias pessoas.
V. Como apresenta valor plural, o termo b. Têm sujeito indeterminado, pois o
as demais baleias com dentes funcio- autor não identifica quem são, de
na como sujeito composto. fato, as pessoas a que se refere.
c. Não têm sujeito.
Está correto o que se afirma apenas em: d. Possuem sujeito simples.
a. I e II. e. Possuem sujeito determinado com-
b. I e III. posto (cientistas e pescadores).
c. II e IV.
d. III e V. 6. Na frase “Isso, sim, é história de pesca-
e. IV e V. dor!”, o verbo ser:
a. Possui sujeito determinado simples.
4. O período a seguir foi retirado do segundo b. Não tem sujeito.
parágrafo do Texto 1. Analise-o com aten- c. É impessoal.
ção e, em seguida, assinale a afirmação d. Está flexionado na 3a pessoa para
correta. concordar com pescador.
e. Deve ser flexionado no plural.

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Texto 2

Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/12/


MS-Mosquito-Cartaz--Zika-64x46-BX.pdf. Acessado em: 29/10/2019.

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e. Os verbos empregados possuem su-
7. O Texto 2 tem como objetivo principal: jeitos diferentes.
a. Conscientizar a população a respeito
do que ocorreu com a mulher que
9. As afirmações a seguir se referem aos re-
aparece no centro.
cursos linguísticos utilizados no Texto 2.
b. Chamar a atenção das pessoas para
Analise-as com atenção.
a importância de se combater o
I. Na frase “A mudança começa por
mosquito Aedes aegypti.
você”, o verbo está flexionado no
c. Informar à população que o mosquito
modo imperativo.
Aedes aegypti é o transmissor da den-
II. Na frase “Por isso, elimine os focos de
gue, da chikungunya e da zika, doen-
água parada TODOS OS DIAS”, o verbo
ças graves que podem até matar.
está flexionado no presente do indica-
d. Alertar o leitor para o fato de que
tivo.
o mosquito Aedes aegypti deve ser
III. O uso das letras maiúsculas em TODOS
combatido diariamente, sobretudo
OS DIAS tem o objetivo de destacar a
nas épocas de campanha promovi-
ideia de que o combate ao mosquito
das pelo Ministério da Saúde.
deve ser parte da rotina do leitor.
e. Convocar a população para reali-
IV. No termo água parada, a palavra pa-
zar mutirão de combate ao Aedes
rada corresponde ao particípio do ver-
aegypti, a fim de erradicar do País as
bo parar e tem valor adjetivo.
doenças por ele transmitidas.
V. Há vários verbos flexionados no modo
imperativo, pois a intenção é ordenar,
8. Analise o título do Texto 2 e, em seguida,
de fato, que as pessoas combatam o
assinale a afirmação correta.
mosquito Aedes aegypti diariamente.

E você? Já combateu o mosquito hoje?


Está correto o que se afirma em:
Proteja a sua família.
a. I, II e III.
b. I, II e IV.
a. O emprego dos advérbios sugere que
c. I, III e IV.
o combate ao mosquito deve ser roti-
d. II, IV e V.
neiro.
e. III, IV e V.
b. A forma verbal combateu possui su-
jeito indeterminado.
10. Na frase “Saiba mais sobre combate, cau-
c. O emprego do tempo presente do
sas e sintomas”, o sujeito é:
modo indicativo sinaliza que a ação
a. Oracional.
de combater se limita ao momento
b. Indeterminado.
da fala.
c. Composto.
d. A ilustração do mosquito, colocada
d. Determinado.
na letra o, tem o objetivo de repre-
e. Oculto.
sentar o inseto que transmitiu zika
para a mulher retratada enquanto ela
estava grávida.

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11. Leia. c. Não entrou porque havia esquecido
a chave em casa.
Janaína dos Santos - DF teve zika durante d. Há muita gente na praia hoje.
a gravidez, e sua filha nasceu com micro- e. Choveram perguntas de todos os la-
cefalia. dos do auditório.

I. Tendo como base o objetivo comuni- 13. Sobre o verbo destacado na frase “Quando
cativo do Texto 2, haveria maior ex- percebeu, muitas coisas já haviam aconte-
pressividade no período acima se o cido”, é correto afirmar que:
mesmo destaque utilizado na palavra a. Não possui sujeito.
zika fosse dado, também, à palavra b. Possui sujeito simples e claro.
microcefalia. c. Tem sujeito oculto.
II. As formas verbais teve e nasceu pos- d. É impessoal.
suem o mesmo sujeito, por isso estão e. Está flexionado no futuro do presente.
flexionadas na 3a pessoa do singular.
III. Os verbos utilizados no período es- 14. Em todas as alternativas, o termo em ne-
tão flexionados no modo indicativo, o grito exerce a função de sujeito, exceto
que sinaliza certeza sobre a declara- em:
ção feita. a. Quem sabe o que ele será capaz de
fazer?
Está correto o que se afirma apenas em: b. Raramente se vê o céu nesse aglo-
a. I. merado de edifícios.
b. II. c. Amanheceu um dia lindo, por isso
c. III. todos correram às piscinas.
d. I e III. d. Estava o menino esperando o ali-
e. II e III. mento.
e. As pessoas que estão insatisfeitas
12. Na expressão faz calor, o verbo está em- com as decisões da diretoria devem
pregado impessoalmente. Assinale a op- procurar seus direitos.

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ção em que o verbo destacado também é
impessoal.
a. A chuva caiu a noite inteira, sem parar.
b. Existe muita polêmica sobre o as-
sunto.

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Questões de escrita

O uso do sujeito indeterminado


1. Em geral, a indeterminação do sujeito acontece pelas razões indicadas a seguir. Sabendo disso,
elabore dois exemplos para cada situação.

a. O falante não sabe exatamente a quem atribuir a ação verbal.


Sugestão de resposta: Arrombaram a porta da minha casa.
Ligaram para mim e não se identificaram.

b. O falante até pode identificar a pessoa responsável pela ação verbal, mas prefere não deixar
claro quem é para não ser responsabilizado pelo que diz. É o que ocorre geralmente nas
fofocas e nos boatos.
Estão dizendo que você vai ser reprovado.
Disseram que Nanda e Márcio estão namorando escondido.

2. Na tirinha abaixo, ocorre outra situação comum para o uso do sujeito indeterminado: o falante
prefere não revelar a pessoa que realizou a ação verbal. Observe e, em seguida, responda ao
que se pede.

Por que o menino preferiu empregar a forma verbal disseram no segundo quadrinho em vez
de Isabele disse?
Ele preferiu empregar o verbo na 3a pessoa do plural para indeterminar o sujeito e, assim, não
revelar à professora que quem lhe fez a declaração foi sua amiga Isabele.

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CAPÍTULO
6
Concordância verbal

1. Conceito
No capítulo anterior, estudamos o sujeito. Vimos que ele é o termo que, na oração, está em
relação de concordância com o verbo. Neste capítulo, vamos estudar como se dá essa relação e
trabalharemos com os verbos observando as mudanças que eles sofrem para concordar com o seu
sujeito. Essa relação é chamada de concordância verbal.

2. Regra geral
A regra geral da concordância verbal é bem simples.

O verbo deve concordar com o seu sujeito em pessoa e número.

Pensando nisso, leia o texto a seguir com atenção.

O cultivo da cana-de-açúcar teve forte impacto na ocupação e no desenvolvimento da


economia colonial. A partir de 1530, os portugueses deram início ao cultivo da cana
seguindo o modelo de plantation, ou seja, aquele que é realizado em grandes proprieda-
des, de um único tipo agrícola, com escravos ou, conforme é feito atualmente, com mão
de obra barata, e voltado para o mercado externo. Desde o início do processo de coloni-
zação, as terras estavam concentradas nas mãos dos donatários. A atividade canavieira
foi a principal atividade econômica da Colônia até a segunda metade do século XVII,
quando perdeu espaço para o açúcar antilhano produzido pelos holandeses.
PERNAMBUCO, Heitor. Geografia sem fronteiras. 7º ano. Recife: Construir, 2018.

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Analisando detalhadamente alguns períodos desse texto, podemos perceber bem a relação de
concordância verbal.

Sujeito simples (3ª pessoa do singular)


O cultivo da cana-de-açúcar teve forte impacto na ocupação e no desenvolvimento da eco-
nomia colonial. Verbo flexionado na 3ª pessoa do singular

Sujeito composto (3ª pessoa do plural)


A cana-de-açúcar e o café foram os principais produtos agrícolas do Brasil Colônia.
Verbo flexionado na 3ª pessoa do plural

Sujeito simples (3ª pessoa do plural)


A partir de 1530, os portugueses deram início ao cultivo da cana […].
Verbo flexionado na 3ª pessoa do plural

Sujeito simples (3ª pessoa do plural)


Desde o início do processo de colonização, as terras estavam concentradas nas mãos dos
donatários. Verbo flexionado na 3ª pessoa do plural

Sujeito simples (3ª pessoa do singular)


A atividade canavieira foi a principal atividade econômica da Colônia até a segunda metade
do século XVII, quando perdeu espaço para o açúcar antilhano produzido pelos holandeses.
Verbos flexionados na 3ª pessoa do singular

Com base nesses exemplos e na regra geral de concordância verbal, podemos tirar mais algumas
conclusões:

1. O verbo flexiona na 1ª pessoa do singular se o sujeito é ou pode ser representado pelo pro-
nome eu.

Eu vi que a atividade canavieira foi gradativamente substituída pela prática do ouro e do


café.
Estudei o Período Colonial para a prova.

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2. O verbo flexiona na 2ª pessoa do singular se o sujeito é ou pode ser representado pelo pro-
nome tu.

Tu sabes que o Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo?


Tu estudaste para a prova?

3. O verbo flexiona na 3ª pessoa do singular se o sujeito é ou pode ser representado pelos


pronomes ele, ela ou você.

O Brasil é o maior produtor e consumidor de feijão do mundo.


A agricultura brasileira está entre as maiores do mundo.

4. O verbo flexiona na 1ª pessoa do plural se o sujeito é ou pode ser representado pelo pro-
nome nós.

Eu e Pedro gostamos muito de suco de laranja.


Bárbara, Sílvio e eu estudamos na mesma sala.

5. O verbo flexiona na 2ª pessoa do plural se o sujeito é ou pode ser representado pelo prono-
me vós. Esse tipo de concordância ocorre mais especificamente em textos muito formais.
Já na língua falada espontânea, o verbo é flexionado normalmente na 3ª pessoa do plural.
Veja um exemplo de cada.

Sujeito simples (2ª pessoa do plural)


Vós precisais rever os processos desse caso. (Registro muito formal.)
Verbo flexionado na 2ª pessoa do plural

Sujeito composto (2ª pessoa do plural)


Tu e teus irmãos precisam estudar mais. (Registro menos formal.)
Verbo flexionado na 3ª pessoa do plural

6. O verbo flexiona na 3ª pessoa do plural se o sujeito é ou pode ser representado pelo pro-
nome eles, elas ou vocês.

Sujeito composto (3ª pessoa do plural)


São Paulo, Bahia, Minas, Sergipe e Paraná lideram a produção de laranja.
Verbo flexionado na 3ª pessoa do plural

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3. A concordância verbal na língua falada espontânea
Na língua portuguesa, não existe uma gramática, mas várias. Uma dessas gramáticas é a norma-
tiva, que determina, em termos de “certo” e “errado”, o modo como as pessoas devem falar e es-
crever em situações formais, como entrevistas, reuniões de trabalho, palestras. Assim, essas deter-
minações não são, necessariamente, seguidas por nós na nossa vida. É aí que entra a gramática de
usos, por exemplo. Diferentemente da gramática normativa, a gramática de usos não determina o
que é “certo” ou “errado”: ela busca apenas registrar as regras gramaticais que as pessoas seguem,
sobretudo quando falam em situações informais, descontraídas. Não há aqui critérios como “feio”
ou “bonito”, “certo” ou “errado”.
Dessa forma, todos seguimos regras gramaticais quando falamos ou escrevemos, mas podemos
usar gramáticas diferentes de acordo com a situação. Por exemplo: quem diz Os menino saiu segue
uma regra de concordância diferente de quem diz Os meninos saíram.
Vamos detalhar um pouco. Considerando situações e épocas diferentes, podemos identificar três
maneiras de conjugar o verbo ser, por exemplo, no tempo presente. De acordo com a gramática de
usos, temos o seguinte:

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3


Eu sou Eu sou Eu sou
Tu és Você é/ tu és/ tu é Você é /tu é
Ele(a) é Ele(a) é Ele(a) é
Nós somos Nós somos/ a gente é Nós é/ a gente é
Vós sois Vocês são Vocês é
Eles(as) são Eles(as) são Eles(as) é

Na Coluna 1, estão as formas verbais mais co-


muns na escrita culta e de épocas mais antigas.
To work
Na Coluna 2, estão as formas mais típicas da fala
culta dos dias de hoje, mesmo entre as pessoas I work
com mais escolaridade. A forma a gente é ocorre you work
comumente na fala, enquanto a forma nós so- he / she / it works
mos é mais empregada na escrita. Já na Coluna
we work
3, estão as formas utilizadas por falantes menos
cultos. Nessa gramática, há apenas duas formas you work
verbais, o que a deixa bastante parecida com o they work
inglês. Observe, por exemplo, a conjugação do
verbo to work (trabalhar) no tempo presente.

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Atividades

1. Reescreva as frases a seguir, passando os termos destacados para o plural. Faça apenas as mo-
dificações necessárias e observe as regras da gramática normativa.

a. A dificuldade marcou a vida dela.


As dificuldades marcaram a vida dela.

b. Para você, a satisfação pessoal deve ser prioridade?


Para vocês, a satisfação pessoal deve ser prioridade?

c. Quem era o convidado?


Quem eram os convidados?

d. Aquele momento não pode ser esquecido.


Aqueles momentos não podem ser esquecidos.

e. Enquanto durar a crítica, não voltará ao emprego.


Enquanto durarem as críticas, não voltará ao emprego.

f. Fez-se greve.
Fizeram-se greves.

g. A direção avaliou que, para uma decisão acertada, devia-se considerar, além dos dados ob-
jetivos, a informação recebida.
A direção avaliou que, para uma decisão acertada, deviam-se considerar, além dos dados ob-
jetivos, as informações recebidas.

2. Preencha as lacunas aplicando o verbo indicado. Observe a flexão de tempo e modo.

a. ser – presente do subjuntivo / fazer – presente do indicativo

Embora seja o maior produtor e consumidor de feijão do mundo, o Brasil não faz o
mesmo com o arroz.

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b. aparecer – presente do indicativo

Na lista dos maiores produtores de arroz do mundo, o Brasil aparece entre os dez maiores.

c. mostrar – presente do indicativo / haver – futuro do presente do indicativo

Pesquisas mostram que, com o aumento do consumo de arroz no Brasil, em poucos anos

haverá necessidade de importação.

d. estar – pretérito perfeito do indicativo / começar – pretérito perfeito do indicativo

Até a década de 1960, o espaço agropecuário do Centro-Oeste esteve esquecido pela

agropecuária brasileira e começou a ser conquistado em meados da década de 1970 com o


avanço da sojicultura.

3. Agora, preencha as lacunas com os verbos indicados. Observando o contexto, flexione-os ade-
quadamente.

a. ser – criar – multiplicar – adotar – utilizar – gerar (utilize o presente histórico)

Com o avanço da soja, em meados da década de 1970, o cerrado é dominado rapi-

damente. A sojicultura cria uma nova fronteira agrícola, onde se multiplicam empresas

rurais que adotam modernas técnicas de gerenciamento e utilizam um enorme ca-

bedal tecnológico e insumos, o que gera altos índices de produtividade.

b. ser – passar – responder

Atualmente, a agricultura da soja no Centro-Oeste é 100% mecanizada, e o cerrado

passou a ser denominado o “Eldorado verde” da agricultura mundial. A região responde

por uma grande fatia da produção de grãos do País.

c. utilizar – introduzir – haver – conviver – passar – criar

Diferentemente de outras regiões do País, a Região Sul utiliza bastante a policultura.

Os imigrantes europeus introduziram essa prática entre o século XIX e o início do século XX,

época em que houve intensos fluxos imigratórios. Atualmente, nessa região passado

e presente convivem lado a lado, pois, ao longo do século XX, várias empresas agrícolas

modernas e empresas de transformação e beneficiamento passaram a se instalar no seu

território, onde criaram um novo quadro de espacialização da atividade agropecuária


regional.

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4. Preencha as lacunas do texto com os verbos indicados entre parênteses, flexionando-os da
maneira necessária.

A pecuária brasileira

Durante o processo de formação territorial do Brasil, a criação de animais permaneceu

(permanecer) em segundo plano, pois as melhores terras passaram (passar) a ser utilizadas

para o cultivo da cana-de-açúcar, ao longo da faixa litorânea da Colônia. No século XX, o Brasil

favoreceu (favorecer) a ocupação da parte ocidental do País através da construção da capi-

tal, Brasília, de rodovias ligando as regiões brasileiras, de projetos agropecuários, da minera-

ção, etc. Durante esse processo de ocupação, os pecuaristas compraram (comprar) as terras a

preços muito baixos, o que estimulou (estimular) a formação de latifúndios voltados para a

criação do gado bovino. Os estados do Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, de Mato Grosso

e de Goiás estão (estar) no topo do ranking de criação do gado bovino, atividade que

coloca (colocar) o Brasil em uma posição de destaque no exterior. A produção da carne bo-

vina se direciona (direcionar) para os grandes centros consumidores, como Estados Unidos

e União Europeia. Em contrapartida, durante as últimas décadas do século XX, a condução da

pecuária extensiva para a Região Norte acentuou (acentuar) o desmatamento de áreas da

Floresta Amazônica. A avicultura é (ser) outra atividade que merece (merecer)

destaque, pois tem (ter) crescido aceleradamente no Brasil para atender ao mercado

interno. Esse crescimento reflete (refletir) uma mudança de hábito do brasileiro, que

passou (passar) a consumir mais carne de frango do que bovina, devido ao preço mais

acessível.
PERNAMBUCO, Heitor. Geografia sem fronteiras. 7º ano. Recife: Construir, 2018. Adaptado.

APRENDA MAIS

O avanço da soja e da pecuária em áreas da Floresta Amazônica vem causando graves da-
nos ambientais. Especialistas afirmam que, se nada for feito para impedir o desmatamento
da floresta, a Amazônia pode se tornar uma área semelhante ao cerrado ou mesmo igual à
região semiárida nordestina.

105

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5. Agora, leia o texto a seguir empregando os verbos indicados no quadro. Observe a concordân-
cia de cada um deles com o seu respectivo sujeito.

possibilitar – seguir – levar – originar – figurar – voltar – dever – chegar – ter – poder

O avanço da soja
APRENDA
MAIS
Espécie exótica inserida no Brasil para ser produzida em lar-

ga escala e atender ao mercado externo, a soja se originou na


Soja no mundo
Ásia e só chegou ao Brasil em 1882, sendo cultivada inicial- Produção: 362.075
milhões de toneladas
mente no Rio Grande do Sul.
Área plantada: 125.691
Do Sul do País, a lavoura de soja seguiu para o Centro- milhões de hectares

-Oeste (décadas de 1980 e 1990). Já no século XXI, os produto-


Soja nos EUA
res se voltaram para o Norte do País. O avanço das pesquisas (maior produtor
mundial do grão)
agronômicas possibilitou a realização de modificações para
Produção: 123.664
que a soja pudesse ser produzida em diferentes condições, milhões de toneladas
Área plantada: 35.657
tendo em vista a diversidade climática do território nacional.
milhões de hectares
Atualmente, a soja tem como principais finalidades
Soja no Brasil
a produção de ração animal e óleos vegetais. O crescimento do
(segundo maior
cultivo no Brasil se deve à alta demanda externa, o que produtor mundial do
grão)
leva os grandes empresários a investirem cada vez mais
Produção: 114.843
nesse tipo de atividade. Assim, hoje o Brasil figura como milhões de toneladas
Área plantada: 35.822
segundo maior produtor mundial, perdendo apenas para os EUA.
Alf Ribeiro/Shutterstock.com

milhões de hectares
PERNAMBUCO, Heitor. Geografia sem fronteiras. 7º ano. Recife: Construir, 2014. p. 85.
Fonte: USDA/Conab (2019).
Adaptado.

Colheita mecanizada de soja em Campo Grande (MT). O Estado do Mato Grosso é o maior pro-
dutor de soja do Brasil. Em 2019, sua produção foi de 32 milhões de toneladas, com uma área
plantada de 9,7 milhões de hectares.

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Desafio

Texto

O morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) é uma planta pertencente à família das rosá-
ceas, que possui espécies frutíferas de interesse econômico, tais como a macieira, a pereira e
o marmeleiro. A Fragaria x ananassa é uma planta nativa de regiões que possuem clima tem-
perado da Europa e das Américas. A espécie de morangueiro produzida comercialmente nos
dias de hoje é um híbrido natural, resultante de um cruzamento casual entre duas espécies
americanas que foram levadas à França.
O morango é um pseudofruto, pois se origina de uma única flor com vários ovários. O de-
senvolvimento de cada ovário produz uma fruta. Cada um dos pequenos pontos escuros do
morango (chamados popularmente de sementes) é cientificamente conhecido como aquênio,
que, na verdade, é o verdadeiro fruto. A porção suculenta do morango origina-se do receptá-
culo floral, assim como se dá na maçã e na pera, onde os frutos verdadeiros são a parte central
endurecida que contém as sementes.
Com grande aceitação pelo mercado consumidor, graças à sua atraente coloração e ao aro-
ma e sabor que agradam bastante, o morango é considerado, assim como a uva tinta e o mir-
tilo, uma das principais espécies em conteúdo de flavonoides. Flavonoides são compostos fe-
nólicos com atividade antioxidante, cujo consumo está associado à prevenção da maioria das
doenças crônicas de risco e degenerativas, por combaterem os radicais livres. Na vida prática,
o morango é muito utilizado, tanto ao natural quanto como ingrediente de sobremesas — na
forma de doces e tortas — e ainda de sucos, iogurtes e geleias.
No Brasil, a produção comercial do morango é feita em vários estados, com cultivos varia-
dos, a depender da adaptabilidade da espécie ao clima subtropical ou temperado da região de
cultivo. Oito estados brasileiros se destacam como os maiores produtores: Minas Gerais, São
Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, Goiás e Rio de Janeiro, além
do Distrito Federal. São cultivados cerca de 3,5 mil hectares, estando estes, na maioria, frag-
Xico Putini/Shutterstock.com

mentados em pequenas propriedades rurais familiares. Tudo isso faz do cultivo do morango
uma atividade de relevância econômica e social.
ANTUNES, Luís Eduardo Corrêa. A cultura do morango. 2. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2011. pp. 9–11. Adaptado.

Plantação de morango no Rio Grande do Sul.

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N AV E G U E

No site da Embrapa, você pode baixar gratui-


tamente os livros da coleção Plantar. Acesse o
código e aproveite!

d. Na vida prática, o morango é muito


1. Considerando a função social do texto, in- utilizado, tanto ao natural quanto
dique a afirmação verdadeira. como ingrediente de sobremesas
a. Trata-se de um texto em que há pre- — na forma de doces e tortas — e
domínio da exposição, o que o torna ainda de sucos, iogurtes e geleias.
essencialmente informativo. (Terceiro parágrafo.)
b. Caracteriza-se como um texto fun- e. Tudo isso faz do cultivo do morango
damentalmente argumentativo, pois uma atividade de relevância econô-
defende a ideia de que o cultivo do mica e social. (Quarto parágrafo.)
morango é uma atividade de rele-
vância econômica e social. 3. Entre os verbos indicados a seguir, desta-
c. Tem como objetivo descrever o cultivo que aquele que está flexionado no plural
do morango para o leitor brasileiro. por causa do sujeito composto.
d. Procura informar o leitor acerca dos a. Possuem (primeiro parágrafo).
principais estados brasileiros produ- b. Foram (primeiro parágrafo).
tores de morango. c. São (segundo parágrafo).
e. Caracteriza-se como um artigo de d. Agradam (terceiro parágrafo).
divulgação científica, pois tem como e. Combaterem (terceiro parágrafo).
objetivo levar informações científi-
cas a respeito do cultivo do morango 4. Considerando os recursos linguísticos utili-
para o público. zados no texto, avalie as afirmações abaixo.

I. Na oração que possui espécies frutífe-


2. Identifique a frase com objetivo argumen-
ras de interesse econômico (primeiro
tativo.
parágrafo), o verbo está empregado no
a. É uma planta nativa das regiões de
singular para concordar com família.
clima temperado da Europa e das
II. Na oração que contém as sementes
Américas. (Primeiro parágrafo.)
(segundo parágrafo), o verbo concor-
b. O morango é um pseudofruto, pois
dou com o termo endurecida.
se origina de uma única flor com vá-
III. Na oração Oito estados brasileiros se
rios ovários. (Segundo parágrafo.)
destacam como os maiores produtores
c. O desenvolvimento de cada ovário
(quarto parágrafo), o verbo está flexio-
produz uma fruta. (Segundo pará-
nado no plural porque seu sujeito é o
grafo.)
numeral oito.
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Está correto o que se afirma em: b. Esses assuntos são muito sérios.
a. I. c. Faziam anos que o país não escolhia
b. II. democraticamente o presidente.
c. III. d. Poderá haver comentários positivos
d. I e II. quanto à eleição.
e. II e III. e. Deveriam existir situações menos
constrangedoras.
5. Leia.
8. Assinale a opção em que os verbos indica-
Cada um dos pequenos pontos escuros dos completam adequadamente as lacu-
do morango é cientificamente conhecido nas da frase abaixo.
como aquênio.
Professor, ____ meses que não ____ na es-
O verbo está empregado no singular por- cola fatos como aquele que até agora nos
que: ____.
a. Deve concordar com morango.
b. Concorda com a expressão cada um. a. Faz – ocorrem – perturbam.
c. Tem como sujeito o substantivo b. Fazem – ocorre – perturbam.
aquênio. c. Fazem – ocorre – perturba.
d. Possui sujeito indeterminado. d. Faz – ocorre – perturbamos.
e. Não possui sujeito. e. Faz – ocorrem – perturba.

6. O período a seguir foi retirado do último 9. Há concordância verbal inadequada em:


parágrafo do texto. Leia-o. a. Aconteceram muitos acidentes nes-
ta rua.
São cultivados cerca de 3,5 mil hectares, b. Surgiu na reunião duas dúvidas.
estando estes, na maioria, fragmentados c. Estão faltando cinco minutos para
em pequenas propriedades rurais fami- acabar o jogo.
liares. d. Na lista, constam cinco livros.
e. O aluguel subiu 8% este ano.
Sobre o verbo destacado, pode-se dizer
que: 10. Indique a alternativa que traz os verbos
a. Seu sujeito é composto, já que se flexionados adequadamente para comple-
trata de vários hectares. tar as lacunas da frase a seguir.
b. Seu sujeito é indeterminado.
c. Não tem sujeito. Se ____ mais tarefas a realizar, ____ mais
d. Seu sujeito é simples. componentes na equipe.
e. Passou a ser impessoal.
a. Houvessem – deveriam existir.
7. Marque a alternativa em que a concordân- b. Houvesse – deveria existir.
cia verbal contraria a norma culta. c. Houvessem – deveria existir.
a. Bateram na porta durante a madru- d. Houvesse – deveriam existir.
gada. e. Houvessem – deveriam existirem.

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Questões de escrita

Casos específicos de concordância verbal


1. Como vimos, de acordo com a regra geral de concordância verbal, o verbo deve concordar
em pessoa e número com o seu sujeito. Mas há situações em que, tendo em vista a gramática
normativa, essa regra nos deixa em dúvida. Um caso desse tipo ocorre quando o sujeito é for-
mado pela construção nem… nem. Observe:

Nem a batata nem a cenoura possuem destaque na produção brasileira.


Nem a batata nem a cenoura possui destaque na produção brasileira.

Analisando essas construções, o que podemos concluir sobre a flexão do verbo?


Quando os núcleos do sujeito são ligados pela construção nem… nem, o verbo concorda com
os dois núcleos ou apenas com o núcleo mais próximo. Professor, comente que, com a cons-
trução nem um... nem outro, a gramática normativa determina que o verbo deve ficar no
singular.

REFLITA

Leia:

Presente do indicativo
Nem eu nem você poder esquecer essa data.

Como fica a concordância do verbo destacado nessa frase?


Como um dos núcleos do sujeito é o pronome eu, o verbo deve ser flexionado na 1a pessoa
do plural (podemos).

2. Assinale a opção em que há erro de concordância entre o sujeito e o verbo.


a. Marcela não sabia que nem o morangueiro nem o coqueiro são espécies endêmicas do
Brasil.
b. Nem uma planta nem outra deverão ser cultivadas neste terreno.
c. Nem a lavoura de soja nem a de cana-de-açúcar sofrerão prejuízo este ano.
d. Nem uma espécie nem outra precisa se adaptar ao clima da região.
e. Nem Heitor nem Artur estudou a agropecuária brasileira, tema que será cobrado na prova.

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3. Agora, leia com atenção os quadros a seguir. a. No cenário atual, nem Pernambuco nem
a Paraíba se destaca/destacam (desta-
I. A maior parte dos produtos agrícolas car) na produção de soja.
enfrenta dificuldades de escoamento. b. Atualmente, boa parte das terras agricul-
A maior parte dos produtos agrícolas en- táveis no Brasil está/estão (es-
frentam dificuldades de escoamento. tar) ocupadas com a sojicultura.
c. Até o século XIX, a maior parte da pro-
II. A maioria das terras está concentrada dução agrícola da Região Nordeste
nas mãos de poucos produtores. estava (estar) voltada para
A maioria das terras estão concentradas a produção de açúcar.
nas mãos de poucos produtores. d. Atualmente, no sertão da Região Nor-
deste, a maioria dos produtos agrícolas
Como você pode perceber, nessas situa- se destina/destinam (destinar) à sub-
ções, é possível ocorrer tanto o singular sistência dos próprios agricultores, que
quanto o plural do verbo. Pensando nisso, não dispõem (dispor) de
responda às questões propostas. outras fontes de renda.
e. Nem uma nem outra atividade agrícola
a. Caso o verbo fique no singular, qual é poderá (poder) se desen-
o núcleo do sujeito nas duas situações? volver na caatinga enquanto não hou-
ver condições favoráveis.
Na situação I, o núcleo do sujeito é a pa-
f. Grande parte das áreas da caatinga
lavra parte. Já na situação II, o núcleo é passa/passam (passar) pelo
maioria. processo de desertificação, mas
há (haver) pro-
b. Se o verbo ficar no plural, qual é a pala- priedades que contam com excelen-
vra que determina essa flexão? te irrigação e novas tecnologias. Essas
Na situação I, o verbo está concordando propriedades produzem (pro-
duzir) frutas para exportação, como
A.PAES/Shutterstock.com

com o substantivo produtos. Já na situa-


melancia, melão, manga e uva.
ção II, o verbo está concordando com o
Destacam-se (destacar-se),
substantivo terras.
também, pela produção de vinhos e
espumantes na Região do Vale do São
4. Complete as lacunas com o verbo indica-
Francisco, entre Petrolina, Juazeiro e
do entre parênteses. Observe a flexão de
Lagoa Grande.
modo, tempo e pessoa.

Parreiral localizado em Petrolina (PE).

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5. Em textos expositivos em que os temas 6. O infográfico a seguir apresenta alguns
abordados apresentam dados estatísticos, dados obtidos pelo Censo Agro em 2017.
é muito comum ocorrerem dúvidas com Analise-o com atenção.
relação à concordância do verbo com ex-
pressões numéricas. Nesses casos, o verbo
concorda normalmente com o numeral ex-
presso. Veja:

Na minha fazenda, um hectare está ocu-


pado com milho.
Das quatro espécies plantadas, duas se
adaptaram melhor.

No entanto, uma situação em que esse


tipo de concordância gera dúvida aconte-
ce quando o sujeito é representado por
uma expressão de porcentagem seguida
de um termo preposicionado. Nesse caso,
o verbo poderá concordar com a porcenta-
gem ou com o termo preposicionado.
Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-

Um por cento das terras foi inundada. especiais/20776-a-producao-agropecuaria-brasileira.html. Acesso em:


31/10/2019.
Um por cento das terras foram inundadas.
Três por cento da produção estragaram.
Agora, avalie as afirmações a seguir ten-
Três por cento da produção estragou.
do como base a norma culta da língua e
as informações presentes no infográfico.
Agora, analise as frases a seguir e indique
Marque apenas a afirmativa em que não
aquela em que há concordância inade-
há erro.
quada.

a. Aproximadamente, 70% das proprie-


a. Apenas 1% da propriedade possui
dades agropecuárias brasileiras tem
soja plantada.
até 50 ha.
b. Segundo dados, 27% da produção
b. Cerca de 40% dos estabelecimentos
mundial de soja vem do Brasil.
possuem mais de 50 ha.
c. Laranja, banana e abacaxi responde
c. No Brasil, 100% das propriedades
por 66% da produção de frutas no
agropecuárias têm até 10 mil ha.
Brasil.
d. No Brasil, nenhum estabelecimento
d. Dos 66% das frutas produzidas no
agropecuário possuem mais que 10
Brasil, a banana representa 25%.
mil ha.
e. Segundo o IBGE, 5% da produção de
e. Em 2017, apenas 7,2% dos estabele-
frutas no Brasil são representados
cimentos agropecuários possuía de
pela maçã.
100 ha a 500 ha.

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7. Outra situação que gera dúvida acontece quando o sujeito é representado por numerais fra-
cionários seguidos de um termo preposicionado. Aqui também o verbo pode concordar com o
numerador da fração ou com o termo preposicionado. Veja:

Um quarto das frutas produzidas no Brasil corresponde à banana.


Um quarto das frutas produzidas no Brasil correspondem à banana.

Três quartos da fazenda produzem frutas para exportação.


Três quartos da fazenda produz frutas para exportação.

Agora que você conhece mais essa regra, preencha as lacunas com a forma verbal indicada.

a. Corresponder – presente do indicativo.


Metade das terras cultivadas em nosso país corresponde(m) ao plantio de soja.

b. Ser – presente do indicativo.


Um décimo da produção de frutas é representado pelo cultivo de uva.

c. Ir – presente do indicativo.
Um quarto da produção de carne bovina brasileira para exportação vai para
Hong Kong.

d. Seguir – presente do indicativo.


Um quinto dos frangos produzidos para exportação segue(m) para a Arábia Saudita.

e. Ser – presente do subjuntivo.


O Ministério da Agricultura espera que, até 2020, 50% da produção pecuária brasileira
seja consumida pelo mercado interno.

f. Consumir – presente do indicativo.


Mais de dois terços dos países consomem a carne de frango brasileira.

g. Ir – presente do indicativo.
A Arábia Saudita é o principal importador da carne de frango brasileira. Segundo o IBGE, cerca
de um quinto da produção vai para esse país.

h. Seguir – presente do indicativo.


Depois da Arábia Saudita, 33% da carne de frango produzida para exportação segue(m)
para o Japão, os Emirados Árabes, a China e Hong Kong.

8. Assinale a opção em que a norma culta da língua admite só uma concordância verbal.
a. A maioria das pessoas aqui não sabe do que está falando.
b. Somente um quarto da casa foi construído.
c. Grande parte dos materiais se perdeu.
d. A tabela mostra que 1% dos funcionários sempre se atrasam.
e. Segundo o IBGE, 10% da carne de frango para exportação vai para o Japão.

113

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CAPÍTULO
7
Tr a n s i t i v i d a d e v e r b a l

1. O que é transitividade verbal?


Você se lembra de que, no Capítulo 5, vimos o que é a sintaxe da língua? Nós estudamos também
que o sujeito é o termo que está em relação de concordância com o verbo. Normalmente ele é co-
locado antes do verbo, ocupando o Lugar A na estrutura seguinte:

___________________ verbo ___________________


Lugar A Lugar B

Já no Capítulo 6, estudamos a concordância entre o sujeito (Lugar A) e o verbo. Agora, vamos


estudar as relações que se estabelecem entre o verbo e o Lugar B. Vamos lá?
Um detalhe bem interessante do qual a gente raramente se dá conta é de que lemos da esquerda
para a direita. Você já pensou nisso? Tudo o que lemos, de uma simples palavra às frases, realizamos
sempre esse movimento, como indica a seta abaixo.

Sentido da leitura Podemos chamar de esporte de precisão as modalidades


esportivas em que os praticantes arremessam/lançam um
objeto, procurando acertar um alvo que se encontra parado
ou em movimento.

Colorimos essa seta propositalmente com a cor preta para deixá-la parecida com aquelas setas
que aparecem nas placas de sinalização, pois ambas têm a mesma finalidade: indicar a direção do
trânsito (passagem, caminho).
Agora, pensando nisso, leia atentamente estas estruturas.

Lugar A Verbo Lugar B


1. O atleta machucou o joelho.
2. A equipe precisa de reforço.
3. O técnico deu uma oportunidade ao jogador.
4. O jogo terminou.
5. O juiz está cansado.

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Na prática, a compreensão do “trânsito da leitura” nos ajudará a entender um fenômeno grama-
tical muito importante: a transitividade verbal.
Observando atentamente essas estruturas, podemos perceber três diferentes “tipos” de verbo.
Vamos analisar cada um deles agora.

Verbos transitivos

Nos exemplos 1 e 2, podemos dizer que, durante a leitura, o sentido vem do sujeito (Lugar A),
“transita” pelo verbo e termina no Lugar B. Por esse motivo, dizemos que os verbos machucar e pre-
cisar são transitivos. Para ter sentido completo, esses verbos exigem (regem) os termos que ocupam
o Lugar B. Esses termos são necessários para completar o sentido do verbo. Assim, caso eles fossem
retirados, o sentido ficaria incompleto. Veja:

APRENDA MAIS

A relação entre o verbo transitivo e o seu complemento é chamada de regência verbal.

1. O atleta machucou… (O quê?)


2. A equipe precisa… (De quê?)
Nessas duas situações, fica clara a necessidade de complementar o sentido. Por esse motivo, os
termos que ocupam o Lugar B são chamados de complementos verbais.
Alguns verbos regem complementos que se ligam a eles diretamente (sem preposição), como
machucar, no exemplo 1. Esses verbos pertencem à categoria dos transitivos diretos (VTD), e os
seus complementos são chamados de objetos diretos (OD). Veja alguns exemplos de frases cons-
truídas com verbos desse tipo.

A prática esportiva favorece o desenvolvimento do corpo.


VTD OD

O xadrez desenvolve o raciocínio lógico.


VTD OD

Meu filho pratica esportes de luta.


VTD OD

Outros verbos regem complementos que se ligam a eles de forma indireta, isto é, por meio de um co-
nectivo: as preposições. Assim, esses verbos são agrupados na categoria dos transitivos indiretos (VTI),
e os seus complementos são chamados de objetos indiretos (OI). Verbos como precisar, gostar,
lembrar são comumente empregados como transitivos indiretos. Observe:

115

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A equipe precisa de reforço.
VTI OI

A torcida gosta de ver o time marcando gols.


VTI OI

Os atletas pensam em mudar de técnico.


VTI OI

Por fim, dentro da categoria dos verbos transitivos, estão os verbos que regem, ao mesmo tem-
po, um objeto direto e um objeto indireto. Por esse motivo, são chamados de transitivos diretos e
indiretos.

Preposição
Os esportes coletivos ajudam os atletas a ampliarem o espírito de equipe.
VTDI OD OI

Preposição
O técnico deu uma oportunidade ao jogador.
VTDI OD OI

Preposição
Muitas crianças preferem esportes coletivos a esportes individuais.
VTDI OD OI

Verbos intransitivos

Os verbos intransitivos, como o próprio nome sugere, não regem complementos, isto é, têm
significação completa. No “trânsito” da leitura, o sentido para no verbo. Veja:

VI
O jogo terminou.
Meu time venceu.

Como você pode perceber, esses dois períodos possuem sentido completo. O verbo exige o sujei-
to (Lugar A) e dispensa o complemento (Lugar B).
A transitividade verbal depende sempre do uso, da forma como o verbo está sendo empregado.
Assim, é possível que um mesmo verbo seja empregado ora como intransitivo, ora como transitivo.

Ela não fala. Ela falou com a professora.


VI VTI OI

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Verbos de ligação
A terceira categoria de verbos compreende aqueles que não fazem predicação. Esses verbos ape-
nas ligam termos, por isso são chamados de verbos de ligação. Os mais comuns são: ser, estar, ficar,
parecer, permanecer, continuar, andar, virar e tornar-se. Na prática, o termo que aparece depois
desse tipo de verbo adjetiva (qualifica) o termo que veio antes.

O jogo continua difícil.


Sujeito VL Predicativo do sujeito

Os atletas estão cansados.


Sujeito VL Predicativo do sujeito

O árbitro considerou a jogada como sendo violenta.


Sujeito VTD OD VL Predicativo do objeto

O termo que exprime estado ou característica do sujeito por meio de um verbo de ligação é
chamado de predicativo do sujeito. Já quando um estado ou uma característica são atribuídos ao
objeto direto ou indireto por meio de um verbo de ligação (geralmente subentendido), dizemos que
se trata de predicativo do objeto.
Empregamos o predicativo do objeto para indicar uma consideração, um julgamento ou uma opi-
nião. Por esse motivo, normalmente o predicativo do objeto é antecedido de verbos que expressem
esse sentido, como considerar, julgar, avaliar, achar e acreditar.

2. Pronomes pessoais como complementos verbais


No Capítulo 5, vimos que, no período, os pronomes pessoais retos exercem a função de sujeito.
Agora, veremos que os pronomes pessoais oblíquos funcionam como complementos verbais. Ob-
serve:

Vamos conhecer o aluno. Fizemos as marcações.


Vamos conhecê-lo. Fizemo-las.

Fiz os exercícios. As equipes buscaram a vitória.


Fi-los As equipes buscaram-na.

Como você pode perceber, quando o objeto segue um verbo terminado em r, s ou z, suprimimos
essas letras do verbo e acrescentamos a letra l ao pronome oblíquo o ou a.
Já quando o objeto é empregado após uma forma verbal terminada em som nasal (ão, õe, m),
acrescentamos a letra n ao pronome oblíquo (buscaram / buscaram-na).

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O pronome lhe, por sua vez, sempre exerce a função de objeto indireto.

VTDI OI OD
O técnico indicou ao atacante uma jogada.
O técnico indicou-lhe uma jogada.

VTDI OD OI
Deixaram um recado para você.
Deixaram-lhe um recado.

VTDI OI OD
Perguntaram à atleta qual é a sua modalidade.
Perguntaram-lhe qual é a sua modalidade.

Os pronomes o, a, os e as atuam sempre como objeto direto. Já os pronomes me, te, se, nos e
vos podem exercer a função de objeto direto ou objeto indireto, de acordo com a transitividade do
verbo que complementam.

VTD OD
Os presidentes receberam as delegações olímpicas.
Os presidentes receberam-nas.

VTD OD
Convidaram a atleta para a cerimônia.
Convidaram-na para a cerimônia.

VTDI OD VTD
Nunca te pedi um favor. O juiz me chamou.
OI OD
OI VTI
VTDI Esse silêncio me dói.
Enviei-te todos os relatórios.
OI OD OI VTI
Essa proposta te interessa?
De acordo com a gramática normativa, os pronomes pessoais retos só podem atuar como com-
plementos verbais quando antecedidos de preposição, como em Estou falando com ela. Assim, ape-
sar de comuns na fala espontânea, são consideradas inadequadas construções como Eu vi ele; Você
chamou ela; Ela falou com eu. Nesses casos, a norma gramatical determina o uso adequado do
pronome oblíquo.

Eu o vi.
Você a chamou.
Ela falou comigo.

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Atividades

1. Leia o quadrinho a seguir e responda às questões propostas.

a. Em grupo com alguns colegas, analise o sentido desse quadrinho.


O quadrinho aborda ironicamente a difícil situação enfrentada por atletas que necessitam de
patrocínio para continuar treinando e competindo, inclusive em eventos internacionais em
que representam o País, mas não conseguem apoio. Apesar disso, enfrentando as dificuldades
muitos deles chegam a ser premiados nessas competições, e as mesmas pessoas que lhes negaram
apoio se sentem também premiadas.
b. Imagine que o atleta do quadrinho foi visitar mais um empresário em busca de patrocínio.
Após ouvir seu pedido de apoio, esse empresário começou sua resposta da seguinte forma:

Não possuímos ____________.

Como esse empresário poderia completar essa frase?


Sugestão de resposta: Não possuímos recursos para investir em atletas.

c. Como se classifica gramaticalmente o termo que completa essa frase?


Objeto direto.

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d. Tendo em vista as categorias de verbos que estudamos neste capítulo, como se classificam
os verbos ter, poder e ser empregados no quadrinho?
No quadrinho, os verbos ter e poder são transitivos diretos; já o verbo ser é um verbo de
ligação.

2. Classifique os verbos dos períodos segundo a indicação abaixo.

1. verbo intransitivo 2. verbo transitivo indireto


3. verbo transitivo direto 4. verbo de ligação

a. 3 Os artesãos fabricavam enfeites e cestos.


b. 3 Eles não produziam lixo.
c. 2 Esses pacientes precisam de medicação.
d. 4 As margens do rio estavam sujas.
e. 2 Gostamos do professor de Matemática.
f. 2 Acredito em você.
g. 3 O lixo sempre traz doenças.
h. 1 As árvores e as plantas cresceram.
i. 4 Todos os jogadores pareciam cansados.
j. 2 Você gosta de esporte competitivo?
k. 3 Ele sempre come frutas e cereais no café da manhã.
l. 3 Márcia pratica atividade física desde os 4 anos de idade.
m. 1 Sempre nadei.
n. 3 Você evita excesso de gordura?
o. 3 As pessoas escolhem suas atividades físicas de acordo com suas preferências.
p. 2 A prática esportiva necessita de acompanhamento profissional.

3. Como vimos, o verbo de ligação é aquele que, sendo praticamente vazio de conteúdo signifi-
cativo, tem a função de ligar um sujeito ou um objeto a um atributo, chamado de predicativo.
Pensando nisso, identifique os períodos em que há verbo de ligação.

a. Os vendedores andavam pelo calçadão.


b. Os vendedores andavam preocupados.
c. Hoje em dia, as pessoas vivem preocupadas.

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d. Aqueles alunos vivem no mundo da lua.
e. Aquela moça virou freira.
f. O vento virou a canoa.
g. A vida tornou-se difícil para ele.
h. O empregado tornou à empresa.
i. Os policiais estão nas ruas.
j. Os policiais estão preocupados com o salário.
k. O peão inexperiente caiu do cavalo.
l. A professora caiu doente.

4. Na nossa comunicação diária, empregamos muitas expressões formadas por verbo de ligação
e predicativo do sujeito. Nos períodos abaixo, substitua o predicativo do sujeito por outro de
sentido equivalente. Sugestões de resposta.

a. Aquele aluno não fica quieto nem um minuto.


Aquele aluno é muito agitado.

b. O final da Copa de 2014 foi de amargar.


O final da Copa de 2014 foi desolador.

c. Estudar Matemática é fogo. Não consigo entender…


Estudar Matemática é difícil.

d. A bandeira da Itália é de três cores.


A bandeira da Itália é tricolor.

5. Leia as frases a seguir.

I. Lívia é feliz.
II. Lívia está feliz.

Como você pode perceber, em I o falante, ao se referir a uma característica permanente, defi-
nitiva do sujeito, empregou o verbo de ligação ser. Já em II, o falante empregou o verbo estar,
porque deseja se referir a um estado passageiro do sujeito. Esse traço de sentido (passageiro
x permanente) corresponde a uma das atribuições do que chamamos de aspecto verbal (nós
estudamos isso no Capítulo 3). Pensando nisso, indique a frase que você empregaria se quises-
se dizer que seu cachorro come o tempo todo.

a. Meu cachorro está faminto.


b. Meu cachorro é faminto.
c. Meu cachorro sempre come.
d. Meu cachorro gosta de ração.
e. Meu cachorro come ração.
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Desafio

Texto 1

Disponível em: http://www.willtirando.com.br/gerador-de-lero-lero/. Acesso em: 31/01/2020.

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Texto 2
1. No Texto 1, observamos o emprego de
duas expressões fundamentais para a
construção do humor. Com emprego co-
notativo, essas expressões são:
a. Lero-lero e trabalhos escolares.
b. Nada com nada e minha surpresa.
c. Lero-lero e ponta do iceberg.
d. Gerador de lero-lero e soluções orto-
doxas.
e. Ponta do iceberg e alavancagem de
alternativas.

2. De acordo com Willian, o Gerador de Lero-


-lero é um site capaz de formular frases
sem sentido. Apesar disso, as frases têm
a finalidade de fazer com que seu usuário
pareça inteligente. Indique a alternativa
que melhor explica o funcionamento do
Disponível em: http://www.paranoiaguda.com.br/p/tirinhas/por-
Gerador de Lero-lero. enquanto-eu-achei-isto/. Acesso em: 05/11/2019.
a. Para construir as frases, o site asso-
cia sujeito, verbo e complemento de
4. As afirmações a seguir se referem ao Texto 2.
maneira aleatória.
Analise-as com atenção.
b. O site utiliza frases retiradas de tex-
tos jurídicos. I. O humor do texto ocorre a partir da
c. A produção das frases consiste na as- quebra de expectativa da resposta
sociação entre verbos transitivos dire- dada pela personagem no último qua-
tos e seus respectivos complementos. drinho.
d. A programação do aplicativo utiliza II. No segundo quadrinho, a personagem
verbos transitivos com sentido com- faz uma pergunta cuja resposta foi im-
pleto, daí a falta de sentido das fra- prevista.
ses criadas. III. O pronome isto funciona como objeto
e. O site combina termos de uso corrente direto, mas o leitor só pode construir
em textos de ciência política e jurídicos. seu sentido a partir da leitura da ima-
gem.
3. Em todos os períodos há emprego de ver-
IV. No primeiro quadrinho, o termo pra
bos transitivos, exceto:
você atua como objeto indireto do
a. Na adolescência, descobri o Gerador
verbo comer.
de Lero-lero.
V. No segundo e no quarto quadrinhos, o
b. Comecei a usá-lo nos trabalhos esco-
verbo achar é empregado como tran-
lares.
sitivo direto.
c. Aquilo mudou a minha vida.
d. O professor elogiou o trabalho escri- Está correto o que se afirma em:
to de Willian. a. I, II e III. b. I, II e IV.
e. Eu e os professores éramos somente c. I, III e IV. d. II, III e V.
a ponta do iceberg. e. IV e V.
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Questões de escrita

Os complementos verbais e a construção de sentidos 1.

Texto 1

1. Como você sabe, a língua nos oferece inúmeras possibilidades para a construção dos nossos
enunciados. Dependendo das nossas intenções, escolhemos termos específicos para alcançar
nossos objetivos comunicativos. Com base no Texto 1, responda às questões a seguir.

a. Qual é o objetivo comunicativo desse quadrinho?


Provocar humor por meio da crítica ao esporte conhecido popularmente como luta livre, ou
UFC. Essa crítica fica evidente na sequência de quadros: ao brincar de futebol, vôlei e basque-
te, o menino não se machuca, o que não acontece quando brinca de lutar.

b. Pela compreensão global do quadrinho, todos os esportes são saudáveis? Justifique.


Não. A leitura do último quadrinho, que mostra o menino ensanguentado, deixa claro que o
UFC não é um esporte saudável para as crianças.

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c. Como se classificam sintaticamente os termos de futebol, de vôlei, de basquete e de UFC?
Objetos indiretos.

d. Analise atentamente a sequência de quadros. Que mudanças você percebe?


Esperamos que o aluno observe que se mudam apenas os objetos indiretos e o desenho no
último quadrinho.

e. Qual é a importância dessas mudanças para a construção do sentido do texto?


Como o desenho é o mesmo nos três primeiros quadrinhos, a mudança do objeto indireto
indica que os esportes apontados pelo menino não são perigosos. Já no último quadrinho, a
mudança do objeto indireto e do desenho indica que brincar de UFC não é saudável para o me-
nino, considerando seus ferimentos e a consequente expressão de desaprovação da sua mãe.

2. Utilizando seu conhecimento de mundo e observando o contexto, procure preencher as lacu-


nas. O objetivo é enriquecer o texto. Sugestões de resposta.

Competir ou ganhar: o que é mais importante?


Praticar, competir, ganhar, perder , disputar , alcançar ,

atingir , conquistar , etc. Todos esses e muitos outros verbos estão

ligados às situações do esporte. Na verdade, a frase muito famosa do Barão de Cou-

bertin (quem inventou os Jogos Olímpicos), “O importante, nos Jogos Olímpicos, não é

vencer, mas competir,” é essencial. Esse entendimento, no entanto, é difícil de acontecer

entre os competidores. Ninguém entra em uma partida, de qualquer que seja o esporte,

para perder. O importante é saber perder , perder com dignidade, perder com

honradez, perder lutando até o final, sendo ético e jogando dentro das regras preestabe-

lecidas. Da mesma forma, é fundamental saber ganhar , ganhar por mérito, ga-

nhar por competência. Assim, ao praticar uma modalidade esportiva, é fundamental ter

ética . Portanto, o que de fato importa em um jogo não é perder ou

ganhar , muito menos competir — o que importa é a forma como se ganha ou se

perde.
MORAES, Armando; COSTA, Maria da Soledade. Cidadania Moral e Ética. 6º ano. Recife: Construir, 2017, p. 88.

Texto 2

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Práticas corporais de aventura viciam?

Durante algumas práticas corporais (de aventura ou não), o nosso corpo libera várias subs-
tâncias químicas, dentre elas a adrenalina, a endorfina e a dopamina.
A adrenalina é liberada quando estamos nos preparando para iniciar uma prática corporal,
geralmente em situações que misturam medo e tensão. Nesse momento, muitas vezes temos
sensações de boca seca, aumento da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, etc.
A endorfina, por sua vez, é liberada durante a prática corporal, dando-nos uma boa sensa-
ção de alívio das dores geradas pela própria atividade.
Ao término da prática corporal, nosso cérebro libera a dopamina, possibilitando-nos sen-
sações de prazer. E é justamente essa sensação que muitos amantes das práticas corporais de
aventura buscam. Essa busca se torna preocupante quando o atleta desenvolve dependência
da dopamina. Quanto mais o seu corpo a libera, mais ele a deseja. Estudos realizados pelo
Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo afirmam que a falta
dessa substância em um organismo já viciado pode causar-lhe depressão, ansiedade e atitu-
des agressivas, exatamente como ocorre com dependentes químicos quando estão longe das
drogas.
Portanto, a prática corporal de aventura com o objetivo de sentir bem-estar é um alerta,
pois pode ser sinal de dependência da dopamina. Assim, em vez de o atleta melhorar sua qua-
lidade de vida, pode desenvolver problemas psicológicos e sociais.
VIEIRA, Lucas. Educação Física na Escola. 6º ano. Recife: Construir, 2020.

Sky Antonio/Shutterstock.com

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3. No título do Texto 2, como se classifica o verbo viciar?
Intransitivo.

4. Reescreva o título do texto, atribuindo ao verbo viciar um objeto direto.


Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Práticas corporais de aventura viciam os atletas?

5. Leia o período abaixo.

Durante algumas práticas corporais (de aventura ou não), o nosso corpo libera várias subs-
tâncias químicas, dentre elas a adrenalina, a endorfina e a dopamina.

a. Quanto à transitividade, como se classifica o verbo liberar?


Transitivo direto.

b. Identifique o termo que complementa o sentido do verbo liberar.


O termo que complementa o sentido do verbo é várias substâncias químicas, dentre elas a
adrenalina, a endorfina e a dopamina.
c. O que são as substâncias indicadas no período? Se necessário, faça uma breve pesquisa.
São hormônios.

d. Como você pode perceber, o termo que completa o sentido do verbo liberar é bastante
longo. Reescreva-o de modo a torná-lo mais objetivo.
Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Durante algumas práticas corporais (de aventura ou
não), o nosso corpo libera hormônios, como adrenalina, endorfina e dopamina.

6. Releia o trecho a seguir, retirado do quarto parágrafo.

Estudos realizados pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São


Paulo afirmam que a falta dessa substância em um organismo já viciado pode causar-lhe
depressão, ansiedade e atitudes agressivas, exatamente como ocorre com dependentes
químicos quando estão longe das drogas.

a. Nesse contexto, o verbo causar atua como transitivo direto e indireto. Identifique os seus
complementos.
O pronome lhe é o objeto indireto e os termos depressão, ansiedade e atitudes agressivas é
o objeto direto.

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b. Que termo do período é retomado pelo pronome lhe?
Um organismo já viciado.

c. Substitua o objeto direto por outro que expresse mais gravidade.


Resposta pessoal. Sugestão de resposta: [...] pode causar-lhe graves transtornos psicológicos
[...].

7. Analise com atenção a imagem a seguir. Imagine que ela será utilizada para ilustrar o Texto 2.
Crie legendas para ela, seguindo as orientações dadas. Se necessário, utilize informações do
texto.

a. Crie uma legenda que contenha os termos a seguir: Douglas Junkherr/Shutterstock.com

• Tirolesa.
• Prática corporal de aventura.

IMPORTANTE

Nessa legenda, empregue um verbo transitivo e dê a ele um complemento que expresse


um posicionamento crítico em relação à situação representada.

Resposta pessoal. Sugestão de resposta: A tirolesa é uma prática corporal de aventura que
coloca a vida do praticante em perigo.

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b. Crie uma legenda que contenha os mesmos termos indicados no item anterior. Mas, desta
vez, empregue um verbo transitivo e dê a ele um complemento que expresse um posicio-
namento favorável à situação representada.
Resposta pessoal. Sugestão de resposta: A tirolesa é uma prática corporal de aventura que
proporciona grande bem-estar ao seu praticante.

8. Releia o último parágrafo do Texto 2 e analise as proposições a seguir.

Portanto, a prática corporal de aventura com o objetivo de sentir bem-estar é um alerta, pois
pode ser sinal de dependência da dopamina. Assim, em vez de o atleta melhorar sua qualida-
de de vida, pode desenvolver problemas psicológicos e sociais.

I. O termo bem-estar exerce a função de predicativo do sujeito.


II. O termo um alerta funciona como objeto direto, contribuindo para expressar o perigo
associado à prática de aventura.
III. As locuções verbais pode ser e pode desenvolver expressam possibilidades.
IV. O verbo melhorar é transitivo direto e indireto.
V. Se suprirmos o termo problemas psicológicos e sociais, haverá prejuízo de sentido.

A respeito dos recursos linguísticos utilizados no parágrafo, identifique a afirmação adequada.


a. I e II estão corretas.
b. III e IV estão corretas.
c. II e V estão corretas.
d. III e V estão corretas.
e. Todas as proposições estão incorretas.

9. Identifique o período em que o verbo destacado se classifica como de ligação.


a. A adrenalina é liberada quando estamos nos preparando para iniciar a prática corporal,
geralmente em situações que misturam medo e tensão. (2º parágrafo)
b. Nesse momento, muitas vezes temos sensações de boca seca, aumento da frequência
cardíaca, dilatação das pupilas, etc. (2º parágrafo)
c. E é justamente essa sensação que muitos amantes das práticas corporais de aventura
buscam. (4º parágrafo)
d. Essa busca se torna preocupante quando o atleta desenvolve dependência da dopami-
na. (4º parágrafo)
e. Quanto mais o seu corpo a libera, mais ele a deseja. (4º parágrafo)

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CAPÍTULO
8
Predicados e
concordância nominal

1. Os predicados
Leia o texto a seguir.

A adoção simultânea de medidas protecionistas por vários Estados europeus neutrali-


zou grande parte das trocas comerciais na Europa. Assim, o colonialismo surgiu como
forma de dinamizar o comércio e obter imensos lucros na exploração colonial da Amé-
rica, África e Ásia. Essa política estimulava o exclusivo colonial, também chamado de
pacto colonial, ou seja, a colônia só poderia comercializar com a metrópole ou países
autorizados.

No capítulo anterior, vimos que alguns verbos exigem complementos (transitivos), outros não
exigem complementos (intransitivos) e outros apenas ligam o sujeito ou o objeto a seu atributo
(verbos de ligação).
Vimos, também, que o conceito de predicado é bastante simples e está intimamente associado
ao sujeito. Relembre:

Chamamos de predicado o restante da oração quando excluímos o sujeito.

Quando o núcleo do predicado é um verbo transitivo ou intransitivo, temos um predicado verbal.


Veja:

Sujeito VTI
O sistema colonial visava ao enriquecimento da metrópole.
Predicado verbal

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Sujeito
A adoção simultânea de medidas protecionistas por vários Estados europeus
neutralizou grande parte das trocas comerciais na Europa.
VTD Predicado verbal

Sujeito VTI
O colonialismo visava à geração de imensos lucros provenientes da exploração colonial.
Predicado verbal

Sujeito VTD
A nova terra possuía uma imensa riqueza vegetal e animal.
Predicado verbal

Ttatty/Shutterstock.com
Na imagem, réplica de um navio cargueiro do século XVII, da Companhia Holandesa
das Índias Orientais, que hoje serve para visitação em Amsterdã, nos Países Baixos.

Já quando o período é formado por sujeito, verbo de ligação e predicativo, o termo que exerce a
predicação, como vimos no capítulo anterior, é o nome que funciona como núcleo do predicativo.
Assim, nesse caso, dizemos que esse é um predicado nominal.

Sujeito VL Predicativo do sujeito


O pau-brasil foi descoberto na nova terra.
Predicado nominal

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Sujeito Predicativo do sujeito
O pau-brasil é nativo do nosso país.
VL Predicado nominal

Sujeito VL Predicativo do sujeito


Tomé de Souza permaneceu como governador-geral até 1553.
Predicado nominal

E se um predicado é formado por verbo transitivo (ou intransitivo) e apresenta um predicativo?


Nesse caso, temos o chamado predicado verbo-nominal, ou seja, um predicado que apresenta si-
multaneamente dois núcleos: o verbo transitivo (ou intransitivo) e o nome que forma o predicativo.
Observe:

Sujeito VI Predicativo do sujeito


Os portugueses chegaram confusos.
Predicado verbo-nominal

Sujeito VTD Predicativo do objeto


Os portugueses julgaram os indígenas seres inferiores.
Predicado verbo-nominal

Nos predicados verbo-nominais, perceba que o verbo de ligação fica subentendido.

Verbo de ligação subentendido


Os portugueses chegaram [e pareciam] confusos.
Predicado verbo-nominal

Verbo de ligação subentendido


Os portugueses julgaram os indígenas [como sendo] seres inferiores.
Predicado verbo-nominal

2. Concordância nominal
Você observou que, nos exemplos que vimos até agora, o predicativo concorda em gênero e nú-
mero com o termo que qualifica? Veja:

No início do período colonial, a extração do pau-brasil era feita pelos indígenas.

Observe que a palavra feita está flexionada no feminino singular para concordar com a palavra a
que se refere — extração. Mas a concordância nominal não ocorre somente com o predicativo. Na
verdade, como o próprio conceito deixa claro, podemos dizer simplesmente que essa concordância

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se estabelece entre todas as palavras que variam em gênero e número. Assim, no exemplo da página
anterior, a palavra no está concordando com início, a palavra à qual se refere. Por isso, está grafada
no masculino singular. Se substituíssemos a palavra início por um termo equivalente no feminino,
teríamos consequentemente a forma na.

Na fase inicial…

O mecanismo da concordância nominal se estende por todas as palavras do período que variam
em gênero e número. Essas palavras devem concordar sempre com os termos aos quais se referem.
Veja mais um exemplo:

Uma solução prática para colonizar a nova terra foi dividi-la em quinze lotes.

REFLITA

Agora, analise o período a seguir.

No início do período colonial, a extração do pau-brasil era feita pelo povo indígena.

Como você pode notar, o adjetivo indígena está concordando corretamente com o
substantivo povo. No entanto, o emprego do substantivo povo no singular está inade-
quado. Reflita: a concordância nominal é um fenômeno exclusivamente sintático?
Espera-se que o aluno perceba que, de fato, a concordância é um fenômeno exclusivamente
sintático, por isso não há inadequação sintática na construção povo indígena. No entanto, é
preciso entender que o sentido do texto não se constrói unicamente com a sintaxe. Assim,
buscando a informação histórica correta perceberemos que o termo em análise deveria
ser empregado no plural, pois havia vários povos indígenas, naquela época, envolvidos na
extração do pau-brasil. Assim, há um erro semântico no uso do singular.

Como você pode perceber, a concordância nominal é um fenômeno natural da língua que se pro-
cessa de maneira muito simples. Somente construções muito específicas geram dúvida. Veremos
alguns desses casos na seção Questões de escrita.

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Atividades

APRENDA MAIS

Os portugueses já haviam implantado o sistema de capitanias hereditárias no Arquipéla-


go dos Açores e no da Madeira.

1. Leia o texto abaixo com atenção e, em


seguida, responda à questão proposta.
Maranhão João de Barros e Aires da Cunha (2º Quinhão)
O sistema de capitanias hereditárias foi
Maranhão Fernando Álvares de Andrade
oficializado em 1534, com grande expecta-
tiva, pois já tinha sido usado com sucesso Ceará Antônio Cardoso de Barros
em alguma ilhas do Atlântico. Cada capi-
tania era autônoma (não se relacionava João de Barros e
Rio Grande Aires da Cunha
com as outras), e os nobres responsáveis (1º Quinhão)
por elas tinham plenos poderes para a ad-
Itamaracá Pero Lopes de Sousa (3º Quinhão)
ministração, devendo respeito somente à
Meridiano de Tordesilhas

Coroa portuguesa.
Pernambuco Duarte Coelho
Os nobres que receberam essas ter-
ras foram chamados de donatários e não Bahia Francisco Pereira Coutinho
eram seus proprietários. Não podiam ven-
dê-las, mas podiam doar pedaços delas (as
Ilhéus Jorge de Figueiredo Correia
sesmarias). Existia um contrato feito entre
a Coroa e os donatários que estabelecia as
regras de uso, assim como hoje, quando Porto Seguro Pero de Campos Tourinho
se aluga um imóvel. Os documentos que
estabeleciam essas regras eram a Carta de
Espírito Santo Vasco Fernandes Coutinho
Doação, que delimitava o tamanho da ca-
pitania, e o Foral, que salientava os direitos
São Tomé Pero de Góis
e as obrigações atribuídos aos donatários.
Os problemas e as dificuldades da co- São Vicente Martim Afonso de Sousa (2º Quinhão)
lonização eram inúmeros: falta de comu- Santo Amaro Pero Lopes de Sousa (1º Quinhão)
São Vicente Martim Afonso de Sousa (1º Quinhão)
nicação, lutas contra os indígenas, invasão
estrangeira e falta de recursos. Por isso, Santana Pero Lopes de Sousa (2º Quinhão)

ninguém tinha coragem de abandonar suas


terras em Portugal para morar no Brasil. Oceano Atlântico
MENEZES, Fernando; CARVALHO, Paula. História Contextualizada.
134 7º ano. Recife: Construir, 2015. pp. 202–203. Texto adaptado.

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No texto, colocamos propositalmente dois desvios de concordância nominal. Você consegue
identificá-los? Como podemos corrigi-los?
No primeiro parágrafo, a palavra oficializada deve ir ao masculino singular, para concordar
com sistema, e a palavra alguma deve ir ao plural, para concordar com ilhas.

2. Um dos detalhes mais importantes sobre a concordância nominal é a identificação do substan-


tivo ao qual se ligam palavras secundárias, que o acompanham em gênero e número. Pensan-
do nisso, leia atentamente o período a seguir.

O sistema de capitanias foi usado com sucesso em algumas ilhas do Atlântico.

a. Se a palavra ilhas fosse grafada no singular, seria necessário fazer alguma mudança no período?
Explique.
Sim. A palavra algumas deveria ser grafada também no singular, para concordar com ilha.

b. Como vimos na questão anterior, a palavra ilhas deve ser grafada no plural. Por quê?
Porque o seu emprego no singular alteraria o sentido da informação veiculada, pois o modelo
de sistema de capitanias já havia sido implantado em mais de uma ilha do Atlântico, conforme
a informação vista no boxe Aprenda Mais, no Arquipélago dos Açores e no da Madeira.
c. Tendo em vista o que refletimos nos itens A e B, é correto afirmar que a flexão de número
da palavra ilha depende de uma informação que está fora do texto?
Sim. A flexão da palavra ilha no plural está associada a uma informação extratextual.

d. É correto afirmar que a flexão de número da palavra algumas depende de uma informação
que está fora do texto?
Não. A palavra algumas, por sua vez, deve ser grafada no plural simplesmente para concordar
com ilhas. Essa flexão, portanto, não depende da informação extratextual.
Nesta questão, queremos mostrar aos alunos que a flexão de gênero e número dos substantivos está mais as-
sociada, em geral, a fatores semânticos, enquanto a flexão dos seus determinantes e pós-determinantes está
associada a fatores sintáticos.
3. Uma regra importante da concordância nominal diz o seguinte:

Quando uma ou mais palavras se referem a dois ou mais substantivos de gêneros diferen-
tes, elas devem ser empregadas no masculino plural.

Identifique no texto os dois trechos em que essa regra foi empregada.


A regra foi aplicada no trecho “[…] salientava os direitos e as obrigações atribuídos aos donatá-
rios” (final do segundo parágrafo) e no trecho “Os problemas e as dificuldades da colonização
eram inúmeros” (início do terceiro parágrafo).
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4. Reescreva estas frases ajustando os desvios de concordância nominal.

a. O primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, chegou aqui em 1549, trazendo consigo uma
comitiva de mais de mil pessoas, entre elas 120 funcionários públicos para auxiliá-la na
administração da Colônia.
O primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, chegou aqui em 1549, trazendo consigo uma
comitiva de mais de mil pessoas, entre elas 120 funcionários públicos para auxiliá-lo na admi-
nistração da Colônia.

b. O governador-geral era uma espécie de presidente subordinada à Coroa portuguesa e que


devia auxiliar os donatários a colonizarem a nova terra.
O governador-geral era uma espécie de presidente subordinado à Coroa portuguesa e que
devia auxiliar os donatários a colonizarem a nova terra.

c. Para ajudar Tomé de Sousa, a Coroa criou algum cargo, como os de ouvidor-mor, provedor-
mor e capitão-mor.
Para ajudar Tomé de Sousa, a Coroa criou alguns cargos, como o de ouvidor-mor, provedor-
-mor e capitão-mor.

d. Mesmo com o governo-geral aqui implantado, continuava muito difícil administrar as colô-
nias, porque o território era muito grande e as informações demoravam a ser transmitida.
Mesmo com o governo-geral aqui implantado, continuava muito difícil administrar as colônias,
porque o território era muito grande e as informações demoravam a ser transmitidas.

e. Naquela época, foram instituída as primeiras câmaras municipal, a chamada câmaras de


vereança, ou câmaras dos homens bom.
Naquela época, foram instituídas as primeiras câmaras municipais, as chamadas câmaras de
vereança, ou câmaras dos homens bons.

APRENDA MAIS
Wikipédia.

O Rei João III de Portugal iniciou a colonização do Brasil para se defender


da invasão francesa. Dividiu a Colônia em capitanias hereditárias e, poste-
riormente, estabeleceu o Governo-geral, em 1548. O primeiro governador-
-geral foi Tomé de Sousa, que chegou aqui em 1549, trazendo consigo mais
de mil pessoas. Dentre elas, 120 funcionários públicos para trabalhar na Retrato do Rei João III, 1550–1560.
Cristóvão Lopes. Óleo sobre
administração da Colônia. Governou por quatro anos, até 1553. madeira, 50,5 cm x 65 cm.
Museu de São Roque.

136

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Texto

Os Governos-gerais (1549)
O modelo de capitanias hereditárias organizado por Portugal não funcionou bem no Bra-
sil, o que se deveu principalmente à autonomia dos donatários, que enfrentavam a Coroa
portuguesa descumprindo a Carta de Doação e o Foral. Assim, em 1548, Portugal criou outro
modelo de administração política, chamado de Governo-geral, pelo qual a Coroa portuguesa
centralizava a administração e exercia um enorme controle sobre todos os aspectos sociais,
econômicos e políticos do Brasil.
Portugal elaborou também um documento chamado de Regimento, o qual estabelecia
várias regras e dava plenos poderes aos governadores-gerais: eram escolhidas pela própria
Coroa e, em sua maioria, pertenciam à nobreza, sendo, portanto, bastante ligadas ao rei. As
principais obrigações dos governadores-gerais eram:

• Combater o comércio ilegal do pau-brasil.


• Criar vilas e cidades.
• Fundar engenhos de cana-de-açúcar.
• Pacificar as relações entre indígenas e portugueses.

Além dessas obrigações, os governadores-gerais tinham de organizar a administração da


colônia brasileira. Em função disso, criaram cargos administrativos para executar as decisões
tomadas por eles: ouvidor-mor, responsável pela aplicação da justiça; provedor-mor, que tinha
a responsabilidade de tomar conta das finanças e das cobranças de impostos; e o capitão-mor,
que tinha a função de defender os limites territoriais brasileiros.
A metrópole visava, através da figura do governador-geral, controlar politicamente a Colô-
nia, mas também exercer domínio sobre as atividades econômicas. Tentando fugir do controle
exercido pela Coroa portuguesa, alguns co-

Wikipédia.
merciantes e produtores, além de empresas,
buscavam obter favores do funcionamento
público da Colônia a fim de evitar pagamento
de impostos e tributos — prática que recebeu
o nome de clientelismo.
A partir de 1572, o modelo político de go-
vernadores-gerais foi modificado por D. Se-
bastião, então rei de Portugal. Ficou estabe-
lecido dois governos-gerais: um com sede em
Salvador e outro no Rio de Janeiro. No ano de
1578, houve a reunificação, que, na prática, D. Sebastião se transformou em um mito após o seu
resultou na fundação da primeira capital do desaparecimento na Batalha de Alcácer-Quibir, no nor-
te da África. A sua morte abriu as portas à crise dinás-
Brasil, Salvador, que se destacava em função tica que colocou os reis da Espanha no trono portu-
da força produtiva de cana-de-açúcar. guês. Cristóvão de Morais. Retrato do Rei D. Sebastião,
COUTO, Fábio. Projeto Contextualizando Saberes – História. 7º ano. 1571–1574. Óleo sobre tela, 100 cm x 85 cm. Museu
Recife: Construir, 2019. Adaptado. Nacional de Arte Antiga.

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5. O período a seguir foi retirado do primeiro parágrafo do texto.

O modelo de capitanias hereditárias organizado por Portugal não funcionou bem no Bra-
sil, o que se deveu principalmente à autonomia dos donatários, que enfrentavam a Coroa
portuguesa descumprindo a Carta de Doação e o Foral.

a. Por que o adjetivo organizado está flexionado no masculino singular?


Para concordar com o substantivo modelo.

b. O adjetivo organizado poderia ser flexionado no feminino plural? Explique.


Sim. Caso fosse flexionado no feminino plural, o adjetivo organizadas concordaria com o subs-
tantivo capitanias, o que não alteraria o sentido do texto, pois as capitanias hereditárias fo-
ram, de fato, organizadas por Portugal.

6. Agora leia o período abaixo.

Portugal elaborou também um documento chamado de Regimento, o qual estabelecia


várias regras e dava plenos poderes aos governadores-gerais: eram escolhidas pela própria
Coroa e, em sua maioria, pertenciam à nobreza, sendo, portanto, bastante ligadas ao rei.

a. O emprego das palavras escolhidas e ligadas está coerente? Explique.


Não. Como essas palavras estão flexionadas no feminino plural, somos levados a entender
que se referem ao substantivo regras, quando deveriam se referir a governadores-gerais. A
flexão correta, portanto, deveria se dar no masculino plural.
b. Caso o substantivo regras fosse substituído pelo termo dispositivos jurídicos, como as pala-
vras analisadas no item anterior deveriam ser flexionadas? Explique.
Tal substituição não interferiria na flexão das palavras escolhidas e ligadas, pois estas conti-
nuariam se referindo ao substantivo governadores-gerais, sendo necessária, portanto, a fle-
xão delas no masculino plural.

7. Analise o último parágrafo do texto.

A partir de 1572, o modelo político de governadores-gerais foi modificado por D. Sebastião,


então rei de Portugal. Ficou estabelecido dois governos-gerais: um com sede em Salvador
e outro no Rio de Janeiro. No ano de 1578, houve a reunificação, que, na prática, resultou
na fundação da primeira capital do Brasil, Salvador, que se destacava em função da força
produtiva de cana-de-açúcar.

Há inadequação gramatical no emprego da(s) palavra(s):


a. modificado. b. ficou / estabelecido. c. governos-gerais.
d. reunificação. e. resultou / destacava.
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Desafio

Texto 1

Disponível em: http://www.orlandeli.com.br/novo/wordpress/index.php/2017/03/30/sic-63/. Acesso em: 31/01/2020.

1. A análise dos recursos linguísticos empre-


2. Leia.
gados no Texto 1 nos permite afirmar que:
a. A palavra interessante está grafada
Tá cheio de imprestável por aí querendo
no feminino, mas é um adjetivo mas-
sua vaga!
culino.
b. Na frase Agir pelo coração, a palavra
Agora, analise as afirmações a seguir.
coração concorda com o verbo.
I. Considerando o contexto em que ocor-
c. O adjetivo forte concorda apenas em
re, esta frase expressa uma ordem.
número com o substantivo que qua-
II. A palavra imprestável pode ir ao plural
lifica.
sem alterar o sentido da frase.
d. A expressão é rua indica que, caso o
III. Essa frase apresenta marcas de forma-
personagem não atenda a exigência
lidade da língua.
do patrão, terá de viver na rua.
e. No último quadrinho, a flexão dos ver-
Está correto o que se afirma apenas em:
bos indica o emprego do modo indi-
a. I. b. II. c. III.
cativo, isto é, o modo verbal com que
d. I e II. e. II e III.
habitualmente expressamos ordens. 139

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Texto 2

Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2019/abril/23/VACINACAO-GRIPE-BACKBUS-270cm-X-325cm.pdf.


Acessado em: 12/11/2019.

3. A respeito do Texto 2, indique a afirmação está no plural para concordar com o


incorreta. seu sujeito.
a. Como se trata de um texto publicitá- b. Na frase Pessoas com mais de 60
rio, o foco da mensagem é o emissor. anos, a palavra destacada poderia ser
b. A estratégia comunicativa consiste substituída por idosos, mas essa subs-
em chamar a atenção do leitor a par- tituição geraria uma redundância.
tir de um dado estatístico relevante. c. As palavras professores e profissionais
c. As formas verbais vacine-se, procu- de saúde funcionam como sujeito.
re e leve têm como alvo o público d. O substantivo professores pode ser
geral. grafado no feminino, sem prejuízo
d. Trata-se de um texto em que há pre- do sentido original.
domínio do tipo textual injuntivo. e. O adjetivo necessidades concorda
e. O objetivo comunicativo consiste em em gênero e número com especiais.
levar o leitor a se vacinar.

5. Leia.
4. Sobre os recursos linguísticos utilizados no
Texto 2, é correto afirmar que:
• Pessoas com mais de 60 anos
a. Na frase A gripe matou 1.381 pes-
• Crianças de 6 meses a menores de 6
soas em 2018, a palavra sublinhada
anos

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• Gestantes a. 1–2–1
• Mães no pós-parto (até 45 dias) b. 2–2–1
• Pessoas com necessidades especiais c. 2–1–1
• Doentes crônicos d. 1–2–2
• Professores e. 2–1–2
• Profissionais de saúde
8. Indique a alternativa que, de acordo com a
Para deixar o objetivo da campanha mais norma culta, não apresenta inadequações.
claro, poderíamos acrescentar um título a a. Considerou perigosos o argumento e
essa parte do Texto 2. O título que melhor a decisão.
desempenharia esse papel, do ponto de b. É um relógio que torna inesquecível
vista sintático, semântico e pragmático, é: todas as horas.
a. As pessoas com prioridades para va- c. Já faziam meses que ela não a via.
cinação contra as gripes. d. Os atentados que houveram deixa-
b. Saiba qual é a prioridade. ram perplexa a população.
c. Conheça os grupos prioritários. e. A quem pertence essas canetas?
d. O Ministério da Saúde pretende va-
cinar todos os brasileiros que se en- 9. Assinale a alternativa incorreta, conforme
quadrem nas restrições a seguir. a norma-padrão.
e. Todas as pessoas devem ser vacina- a. Os jogadores traziam, em cada mão,
das a fim de não contrair gripes. uma bandeira e uma fita amarela.
b. Durante a prova, percebemos um e
6. Conforme a norma culta, há erro de con- outro aplicador indecisos.
cordância em: c. Tinha as mãos e o rosto coloridos
a. Estava com pensamentos e senti- com urucum.
mentos bons. d. Escolheste ótima ocasião e lugar
b. Enfrentei dificuldades e obstáculo para o churrasco.
intransponível. e. Ele estava com o braço e a cabeça
c. No quintal, havia cercas e trilhos quebradas.
abandonados.
d. Visitamos fazendas e engenho prós- 10. Considerando a norma culta, assinale a al-
peras. ternativa em que há erro de concordância.
e. Após a enchente, a serraria e o está- a. Com o susto, ela ficou com os olhos
bulo estavam conservados. e a boca abertos.
b. Percebemos que haviam ratos no sótão
7. Preencha as lacunas com o adjetivo adequa- da casa, que estava desocupada desde
do e, em seguida, marque a opção correta. o tempo em que minha avó faleceu.
c. Tu e ele permanecereis na mesma
1. velhos 2. velhas sala, para a realização da entrevista
agendada.
camisa e calça __________. d. Separamo-nos ela e eu para procurar
chapéu e calça __________. com mais cautela o gato e as peças
calça e chapéu __________. que estavam perdidas.
e. Ouviam-se passos lá fora.
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Questões de escrita

Casos especiais de concordância nominal


1. Como vimos, a concordância nominal é um fenômeno gramatical relativamente simples. No
entanto, algumas palavras e expressões podem gerar dúvida, como estas (geralmente empre-
gadas na função de sujeito).

Nem um nem outro.


Um ou outro.

Com essas expressões, a gramática normativa determina que o substantivo e o verbo aos quais
elas se associam devem ser flexionados no singular. Pensando nisso, para cada uma dessas
expressões escreva uma frase tendo como tema o sistema colonial implantado por Portugal
no Brasil.
Sugestões de resposta: Nem um nem outro governador-geral conseguiu impedir as invasões
francesas. Nem uma nem outra capitania foi vencida pelas dificuldades. Um ou outro nobre foi
escolhido pelo rei para receber uma capitania.

2. Tal e qual também são palavras que muitas vezes nos deixam em dúvida quanto à concordân-
cia. Mas a regra é fácil: na norma culta, elas devem concordar em número com a palavra a que
se associam. Sabendo disso, analise as frases a seguir.

I. A capitania de Pernambuco prosperou tal qual a de São Vicente.


II. Tais prosperidade se deu porque essas capitanias conseguiram instalar grandes engenhos
de açúcar.
III. O modelo de capitanias foi implantado no Brasil tais quais as ilhas atlânticas que eram
colônias portuguesas.
IV. A ameaça de invasão de outras nações era permanente. Tal perigo levou a Coroa a implan-
tar o governo-geral.
V. As câmaras de vereança da época do governo-geral não eram tais qual as de hoje, pois
não tinham nada de democrático. Negros e judeus, por exemplo, eram excluídos. Nem um
nem outro podia fazer parte da câmara.

A concordância nominal está adequada em:


a. I, II e III. b. I, II e IV. c. I, III e IV. d. II, III e V. e. IV e V.

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3. Você se lembra dos advérbios? No Capítulo 3, vimos que os advérbios são palavras invariáveis
que modificam adjetivos, verbos, substantivos, enunciados ou outros advérbios. Conceituar os
advérbios como palavras invariáveis significa dizer que eles não flexionam, isto é, apresentam-
-se sempre da mesma forma — não têm as noções de gênero e número. O domínio desse
conceito nos ajuda bastante a resolver dúvidas de concordância nominal, pois, em algumas
situações, é comum flexionarmos certos advérbios como se fossem palavras variáveis. O ad-
vérbio menos é um dos mais comuns. Pensando nisso, indique a frase em que a concordância
nominal está de acordo com a norma culta.

a. A prova terá menas questões neste semestre.


b. Com a colonização das terras brasileiras, a Coroa portuguesa teve de enfrentar menas
invasões.
c. O governo de Tomé de Sousa foi o que teve menos duração.
d. Como o seu governo foi o mais inicial, Tomé de Sousa teve menas estrutura para gover-
nar. Mesmo assim realizou feitos importantes, como a fundação de Salvador, primeira
capital do Brasil.
e. Duarte da Costa foi o governador-geral que teve menas facilidades para governar. O epi-
sódio mais marcante de seu governo foi a invasão francesa ao Rio de Janeiro em 1555.

4. As palavras bastante e meio às vezes causam dúvida porque, dependendo da situação, podem
ter funções variadas. Bastante pode ser advérbio (equivalente a muito, muita, suficiente) ou
pronome indefinido (equivalente a muito, muitos, muita, muitas, suficientes). Já meio pode
ser advérbio (equivalente a um pouco) ou numeral fracionário (equivalente a metade). Saben-
do disso, preencha as lacunas com a forma mais adequada.

Bastante
a. Os governadores-gerais enfrentaram bastantes dificuldades.
b. Bastantes indígenas ajudaram a construir a cidade de Salvador.
c. O sistema de Governo-geral durou bastante , pois se estendeu até o século XVIII.
d. Para fazer parte das câmaras de vereança, era necessário ter bastantes posses.

Meio
e. Estou achando essa prova sobre sistema colonial meio difícil.
f. As relações entre o Governo-geral e a Igreja ficaram meio balançadas no governo de
Duarte da Costa.
g. A Igreja ficou meio aborrecida com o Governador Duarte da Costa por causa de desen-
tendimentos entre ele e o Bispo Fernandes Sardinha.
h. Já estudei este capítulo duas vezes e meia .

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5. Indique a opção que preenche adequada- 6. Assinale a alternativa em que meio funcio-
mente as lacunas das frases a seguir. na como advérbio.
a. A cama fica no meio do quarto.
I. Elas _______ providenciaram os atesta- b. Quero meio quilo.
dos, que enviaram _______ às procurações, c. Valéria está meio triste.
como instrumentos _______ para os fins d. Achei o meio de te encontrar.
propostos. e. Você sabe onde eu coloquei minha
meia preta?
a. mesmas – anexos – bastantes
b. mesmo – anexo – bastante
7. Em relação à concordância nominal, anali-
c. mesmas – anexo – bastantes
se os itens abaixo.
d. mesmo – anexos – bastante
e. mesmas – anexos – bastante I. Isso não quer dizer que estejamos
alheios ao problema.
II. Ainda _______ furiosa, mas com _______ II. É importante que sejam feitos a divul-
violência, dizia _______ injúrias para cha- gação, distribuição e comercialização
mar a atenção de todos. profissionais dos livros.
III. O realinhamento das ideias e dos ob-
a. meia – menas – bastantes
jetivos deve ser prioridade.
b. meia – menos – bastante
IV. Nossas publicações são concebidas
c. meio – menos – bastante
dentro de um planejamento gráfico
d. meio – menos – bastantes
atraente e funcional.
e. meio – menas – bastantes
V. Estamos sempre buscando bastante
qualidade e pontualidade.
III. Envio-lhe _______ os planos ainda em
estudo e _______ explicações dadas pelo Assinale a alternativa que contém uma de-
candidato e pela secretária, que foram claração correta.
muito _______. a. No item I, o termo alheios indica que
o sujeito é representado por mais de
a. anexo – bastantes – atenciosos
uma pessoa do sexo feminino.
b. anexos – bastante – atenciosos
b. No item II, o adjetivo feitos está em-
c. anexos – bastantes – atenciosas
pregado de forma inadequada.
d. anexos – bastantes – atenciosos
c. No item III, para que a frase fique
e. anexo – bastante – atenciosa
adequada é necessária a seguinte
mudança: devem ser prioridades.
IV. Vitória, você está _______, mas como
d. No item IV, se acrescentássemos o
_______ apenas dois dias para o encerra-
termo produtos ao sujeito, estaria
mento das inscrições, é melhor você fazer
correta a construção: nossos pro-
um sacrifício e ir ao colégio.
dutos e publicações são concebidas
a. meio resfriada – falta dentro de um planejamento gráfico
b. meia resfriada – falta atraente e funcional.
c. meio resfriada – faltam e. No item V, estaria correto, também,
d. meio resfriado – faltam o emprego da palavra bastante fle-
e. meia resfriada – faltam xionada no plural.

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