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Gramática
Ensino Fundamental II
6
º ANO
Livro editado
conforme a:
EDUCAÇÃO É A BASE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
RESOLUÇÃO N° 2, DE 22
DE DEZEMBRO DE 2017
REVISÃO TÉCNICA
Marcelo Bernardo
Gramática
6o ano PROJETO GRÁFICO
Totalle Edições Ltda.
Ensino Fundamental II
Impresso no Brasil
ISBN aluno 978-65-87971-03-2
ISBN professor 978-65-87971-07-0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro.
A Editora pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
Bom estudo!
Lécio Cordeiro
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1. A comunicação
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Imagem 2
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Imagem 1
Reflita
Que interpretação podemos fazer da Imagem 2?
Ao simular uma pintura rupestre, a imagem sugere
Pintura rupestre encontrada em um dos sítios arqueológicos do Parque
que seu autor estava vivendo em uma nova Pré-
Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, reconhecido pela Unesco
como Patrimônio Cultural da Humanidade. -História. Os desenhos indicam que essa Pré-História
A pintura acima forma o que muitos historiadores se deu por causa de uma guerra nuclear.
e arqueólogos definem como pictografia — do latim
pictor (pintura) + grafia (escrita). Ou seja, para eles é um
tipo de escrita na qual se utilizam desenhos. As imagens Quando nos deparamos com a Imagem 2, imediata-
trazem certo padrão, o que sugere a possibilidade de uma mente começamos a ler seus sentidos por meio do nosso
escrita. Entretanto, é difícil “ler” essa “escrita”, porque os conhecimento de mundo: identificamos os desenhos,
significados exatos dos desenhos se perderam junto às buscamos informações históricas, identificamos o sím-
comunidades que os criaram. bolo químico. Nosso pensamento, portanto, articula
Para compreendermos essa “escrita”, precisaríamos informações prévias em busca de sentido. No fim, como
fazer relações entre vários elementos, como ideias, pala- conseguimos captar a ideia da imagem, dizemos que houve
vras, situações, imagens, etc. A construção do sentido é comunicação.
muito rápida e começa antes mesmo de lermos a pintura. Os animais, em geral, possuem a extraordinária capa-
Isso porque, quando a vemos, nossa mente já começa cidade de se comunicar. Sempre de formas variadas, cada
a processar informações. Uma delas, certamente a pri- espécie emprega os recursos de que dispõe com esse propó-
meira, é a “certeza” de que o ser humano que a produziu sito. As baleias, por exemplo, emitem ruídos extremamente
queria comunicar algo. Se não, por que pintá-la? precisos para indicar o caminho, a fonte de alimento, chamar
Agora, analise com atenção a figura a seguir. a atenção, etc. As abelhas, as formigas, os lobos, os cachor-
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A fala é resultante da articulação dos sons produzidos por uma
série de órgãos que compõem nosso aparelho fonador.
Cavidade nasal
Narinas Aprenda mais
Faringe
Dentes superiores Cavidade oral
Dentes inferiores Língua Outras espécies de animais também possuem aparelho fonador, a
Laringe Traqueia exemplo dos papagaios. Como vivem em grupo e apresentam uma
inteligência acima da média das aves em geral, eles conseguem
Pulmão articular esse aparelho para imitar sons que ouvem. Soltos na
esquerdo natureza, os papagaios cantam com o objetivo de trocar infor-
Pulmão
direito mações. Mas, quando vivem isolados em cativeiro, compensam
a falta de comunicação imitando a fala humana.
Diafragma
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Para entender o sentido dessa charge, você precisou
decodificar uma infinidade de símbolos: onde os homens
estão, que ocupações têm, que informações estão cla-
ras no balão, etc. Desse modo, podemos concluir que, Reflita
relacionando os símbolos que compõem um código,
O que essa placa significa? Faria sentido colocá-la em
executamos ações!
uma das avenidas da sua cidade?
Evidentemente, a compreensão dos símbolos só é
possível se eles já fizerem parte do nosso conhecimento A placa indica que há depressões na estrada. Espera-
de mundo. Para que isso fique claro, basta olhar, por -se que o aluno perceba que o sentido da placa está
exemplo, para alguns símbolos matemáticos que você associado às figuras rupestres do Parque, sendo
ainda não estudou. incoerente sua utilização em um ambiente urbano.
Gramática – 6o ano 7
Aprenda mais
Reprodução
Chamamos de antônimas as palavras que exprimem realidades
opostas. Assim, dizemos que claro é antônimo de escuro em O
quarto está escuro, abra as janelas para deixá-lo claro.
3. A linguagem
Os códigos que utilizamos para nos comunicar cons-
tituem diferentes linguagens. Dizemos que a linguagem
é uma habilidade que desenvolvemos instintivamente.
O instinto é um impulso inconsciente que faz os animais
agirem de acordo com suas necessidades de sobrevivência.
Assim, quando aprendemos a falar, como as aves apren-
dem a voar, agimos guiados pelo instinto. Por essa razão,
Acredita-se que os Australopitecus possuíam estruturas cerebrais
não é preciso ir à escola para aprender a falar. Isso acontece
importantes para a capacidade de se comunicar e já andavam sobre
espontaneamente nos bebês. Com o passar do tempo, essa duas pernas. Reprodução de um Australopithecus afarensis em museu
habilidade vai se desenvolvendo e, sem perceber, eles logo de Barcelona.
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10 Gramática – 6o ano
Reflita
Por que as pessoas não falam exatamente igual umas
às outras?
Aprenda mais
Como você certamente sabe, o Brasil é o único país da América do
Sul cuja língua oficial é o português. Em decorrência da colonização
espanhola, nossos vizinhos adotaram o espanhol como idioma
oficial. Somos, portanto, linguisticamente solitários por aqui, mas
Escrita ideográfica egípcia.
não se engane: não se fala português apenas em Portugal e aqui. O
português é a língua oficial em nove países de quatro continentes.
São eles: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equato-
6. A língua e suas mudanças rial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Com o tempo, a escrita ideográfica foi sendo aperfei- Para entender melhor, volte aos dois primeiros
çoada, passando a utilizar, também, símbolos com os anos da sua vida. Talvez você não se lembre, mas foi
quais se procurava representar os sons da fala. nesses dois anos que você aprendeu a falar. E quem
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da maneira como você fala foi “herdada” das pessoas
que ensinaram você a falar, as pessoas com quem
você convivia. E com quem essas pessoas, por sua
vez, aprenderam a falar? Com as pessoas com quem
conviveram também. Então, nessa volta para trás, que
não terá mais fim, você voltará no tempo e verá que
hoje, por exemplo, muitas palavras de uso comum no
passado ou desapareceram ou são faladas somente
por pessoas idosas.
Veja dois exemplos. Por volta do ano 1840, as pessoas
ricas pagavam uma fortuna para tirar um daguerreótipo, Plantação de sobreiros após a extração da casca, destinada à produ-
o tataravô da fotografia, que você pode tirar hoje sem ção de cortiças.
pagar nada no seu celular. E, por falar nisso, até a pala- Podemos listar várias outras palavras que há poucos
vra celular tem hoje mais um significado, bem diferente anos não existiam ou possuíam significados diferentes
daquele que tinha quando foi empregada pelo cientista daqueles que possuem hoje, são os chamados neologis-
inglês Robert Hooke, em 1665. mos: teclar, Internet, tablet, iPod, shippar, mouse, etc.
Esses dois exemplos são interessantes para entender- Por outro lado, enquanto surgem os neologismos, há
mos uma característica comum a todas as línguas: o fato palavras que se tornam arcaísmos, isto é, são cada vez
de estarem em permanente mudança. O tempo inteiro, menos usadas, como ceroula, vosmecê, outrossim, quiçá,
os seres humanos estão transformando o mundo. São alcaide, soer, soçobrar, anuir, obséquio, etc. Tanto é assim
invenções, modos de agir, descobertas que acontecem que, certamente, você nunca ouviu (ou falou!) pelo menos
constantemente, e, como tudo isso é novidade, precisa uma dessas palavras. Elas são usadas somente em situações
ser identificado com nomes novos. formais muito específicas ou em textos cujo principal objetivo
Se a sociedade muda, a língua também sofre mu- é produzir humor, como ocorre na tirinha a seguir.
danças. A palavra daguerreótipo vem do nome do
seu inventor, o francês Louis Jacques Daguerre. Já
Serafim
a palavra célula surgiu quando Hooke observou no
microscópio que a cortiça era formada por pequenas
cavidades fechadas, como se fossem minúsculas celas.
Hoje, o termo célula designa “a unidade fundamental
dos seres vivos”.
Aprenda mais
As mudanças pelas quais passa a sociedade se refletem na língua.
Um exemplo: palavras como açoitar, senzala, tronco, alforria,
capitão do mato, quilombo, mucama, sinhá, etc. eram muito
comuns aqui no Brasil enquanto durou a escravidão. Hoje, pra-
ticamente não são usadas.
12 Gramática – 6o ano
Gírias – São palavras e expressões comuns na fala de surfis- Jargão – É um vocabulário associado a campos
tas, skatistas, rappers, youtubers, etc. e empregadas como profissionais específicos e utilizado como forma
forma de reconhecimento e afirmação por parte do grupo. de identificação profissional. Ou seja, há palavras
Como normalmente alguns desses grupos são alvo de pre- e expressões características da fala de médicos,
conceito por parte da sociedade, isto é, são vistos de maneira advogados, engenheiros, políticos, policiais, etc.
negativa, muitas vezes associados à criminalidade (o que é cujo significado muitas vezes é incompreensível para
um terrível engano!), suas gírias também são discriminadas. aqueles que não exercem essas profissões.
Na prática, tanto o jargão quanto a gíria devem ser utilizados tendo em vista a situação, isto é, as pessoas
envolvidas, o ambiente, as intenções comunicativas, etc. Em um congresso de médicos, por exemplo, o jargão é
adequado, pois os participantes se compreenderão mutuamente. Assim, na mesma situação, a gíria será inadequa-
da. Já o uso do jargão médico em uma consulta não é adequado, pois, provavelmente, o paciente não entenderá.
SEGUNDO
O LAUDO
LABORATORIAL,
O SENHOR
APRESENTA LESÃO ELA
INFLAMATÓRIA E DISSE
NECROSE QUE É UM
SUBCUTÂNEA FURÚNCULO...
RESULTANTE
DE AÇÃO
BACTERIANA!
Concluindo o que vimos até agora, podemos dizer que, embora exista a norma culta, quando nos comunicamos por
meio de textos verbais (orais ou escritos) comumente utilizamos diferentes variedades linguísticas. Esse uso depende,
entre outros fatores, das condições sociais, culturais e geográficas em que nos encontramos. De forma resumida, con-
cluímos que, ao nos expressarmos verbalmente, consideramos a pessoa com quem interagimos, o local onde estamos,
o assunto, nossa escolaridade, a escolaridade dela, etc. Veja, a seguir, quatro tipos de variação linguística.
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Reprodução
que a variação geográfica ocorre mesmo em diferentes áreas
do mesmo estado. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo,
percebemos um sotaque específico, já em Fortaleza perce-
bemos outro. Os vídeos indicados a seguir ilustram bem de
forma humorada esse tipo de variação.
Navegue
Voo nordestino (Bode Gaiato)
Escaneie o QR
CODE ao lado.
Escaneie o QR
CODE ao lado.
Variação sociocultural
14 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 15
16 Gramática – 6o ano
4| Entendendo que a lição moral da fábula é uma ação, podemos afirmar que quem a executou foi:
5| Como vimos, sempre que nos expressamos verbalmente utilizamos regras gramaticais. No entanto, a língua não é so-
mente a sua gramática. Pensando nisso, discuta com os seus colegas e o professor: só é possível uma pessoa escrever e
falar bem se souber todas as regras da gramática ensinada na escola? Responda no seu caderno.
Nessa tirinha, o humor é despertado devido à inadequação entre o modo de falar de um dos personagens e a situação
comunicativa. Pensando nisso, responda às questões propostas.
a. Analisando o contexto, você poderia dizer qual deles se expressou de maneira inadequada?
b. De acordo com o último quadrinho, podemos afirmar que houve comunicação entre o garçom e o cliente no primeiro
quadrinho? Explique.
Não. O garçom não compreendeu o cliente, por isso não ocorreu comunicação.
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Resposta pessoal.
b. Por que as pessoas que não dominam as normas da
escrita “correta” são vistas frequentemente de forma
preconceituosa? h. Trabalho muito cansativo.
Resposta pessoal.
c. Essa forma de discriminação faz sentido?
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8| Como vimos, o Brasil é caracterizado, entre outras
coisas, por possuir diferentes falares, isto é, diferentes
modos de falar a mesma língua. Isso pode ser perce-
bido claramente no seu dia a dia. Na sua sala de aula,
por exemplo, existem colegas que certamente falam de
maneira diferente de você, utilizando palavras que tal-
vez você não utilize. E o seu professor talvez empregue
palavras e expressões que nem você nem seus colegas 9| Considerando as diferenças entre linguagem oral e lin-
falem. E mais: com o professor, você fala de um jeito; guagem escrita, assinale a opção que representa uma ina-
mas, com seus avós, certamente fala de outro. Pergunte dequação da linguagem usada à situação comunicativa.
a pessoas adultas da sua família quais palavras ou ex-
pressões elas usam comumente para se referir a um(a): a. “O carro bateu e capotô, mas num deu pra vê
direito” — um pedestre que assistiu ao acidente co-
a. Pessoa insegura demais. menta com o outro que vai passando.
b. “E aí, ô meu! Como vai essa força?” — um jovem
Resposta pessoal.
que fala para um amigo.
c. “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer
b. Pessoa estudiosa. uma observação” — alguém comenta em uma reunião
de trabalho.
Resposta pessoal.
d. “Venho manifestar meu interesse em candidatar-
-me ao cargo de secretária-executiva dessa concei-
c. Pessoa avarenta. tuada empresa” — alguém que escreve uma carta
candidatando-se a um emprego.
Resposta pessoal.
e. X “Porque, se a gente não resolve as coisas como
tem que ser, a gente corre o risco de termos, num fu-
d. Mulher bonita. turo próximo, muito pouca comida nos lares brasilei-
ros” — um professor universitário em um congresso
Resposta pessoal.
internacional.
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Texto 1
Zeca
1| De acordo com o que estudamos neste capítulo, po- pois devemos nos expressar sempre de acordo com
demos entender que a fala do menino: a gramática normativa.
a. É errada, porque é inadmissível em qualquer si- Está correto o que se afirma apenas em:
tuação.
b. X Não é errada, é apenas diferente da língua-padrão. a. X I e II. b. II e III. c. IV e V.
c. É errada, pois é diferente da língua-padrão. d. I e V. e. III e IV.
d. É adequada para estabelecer comunicação em
qualquer contexto. 3| Analise as afirmações a seguir.
e. É perfeitamente aceitável em qualquer situação.
I. O menino foi entendido pela professora, embora não
2| Ainda sobre a tirinha, analise as afirmações abaixo. tenha se expressado conforme a norma culta.
II. A professora não entendeu o menino, por isso o re-
I. A língua falada pelo menino é um exemplo de preendeu.
variação linguística, um fenômeno que ocorre em III. O efeito de humor é resultado do mau emprego de
todas as línguas. algumas palavras no primeiro quadrinho.
II. Não há razão para a professora criticar a fala do aluno, IV. No terceiro quadrinho, a explicação dada pela profes-
pois é um exemplo de um fenômeno comum a todas sora mostra que ela ensina a norma culta, por isso o
as línguas: a variação. aluno se expressou de maneira informal.
III. A fala de Zeca deve ser discriminada, pois é errada. V. A intenção da tira é mostrar que algumas pessoas são
IV. Zeca fala errado porque não aproveitou o que apren- preconceituosas, apesar de pensarem que não.
deu na escola.
V. A professora está certa ao chamar a atenção do aluno, Está correto o que se afirma apenas em:
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a. I e III. d. X II e IV.
4| Com base no Texto 2, um aluno do 6º ano tirou as se- b. I e V. e. IV e V.
guintes conclusões. c. II e III.
Questões de
escrita
Fonema e letra
1| Leia em voz alta as palavras abaixo.
(1) banca (2) banco (3) branco (4) anciã (5) hoje (6) chover (7) carro (8) táxi
Para falar, proferimos sons. Mas esses sons não são produzidos isoladamente — eles são produzidos em grupos que se
combinam. Assim, pronunciamos as palavras. Os sons que utilizamos para falar são chamados de fonemas. Já os sinais gráficos
que utilizamos para representar esses sons na escrita são chamados de grafemas, ou, simplesmente, letras.
Sim. Os fonemas finais /a/ e /o/. É importante chamar a atenção da turma para o fato de que, para assinalar os fonemas
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e. Na palavra 5, a letra h representa algum fonema? a. Essas letras representam sons vocálicos ou conso-
nantais?
Não.
Sons vocálicos.
f. Com base na análise feita até aqui, como você defini-
ria o que é um fonema? b. Podemos afirmar que as letras representam fielmen-
te os fonemas? Explique.
Espera-se que o aluno conclua que fonema é o som
Não. As letras, na verdade, são tentativas de represen-
distintivo. tação dos fonemas. Nesta etapa, optamos por não levar
aos alunos a noção de alofone. Acreditamos que tal
conceituação é inadequada para o ano. Apesar disso,
é importante levá-los a observar que a oralidade é um
dos terrenos mais férteis para a percepção da variação
linguística.
g. Em qual(is) palavra(s) há mais letras que fonemas?
Gramática – 6o ano 21
22 Gramática – 6o ano
6| Observe, com atenção, esta reprodução de uma página simplificada de dicionário. Depois, responda às perguntas.
en.va.si.lhar en.xo.val
c. Sabendo-se que o dicionário é apresentado em ordem alfabética, onde você encaixaria a palavra enxada?
7| Cite alguns usos da ordem alfabética que você identifica no seu cotidiano.
Resposta pessoal. Sugestões de resposta: a lista de frequência na escola, a organização de documentos pessoais em
diferentes situações e a busca de informações em seções de pesquisa (sites de busca, plataformas de streaming, etc.).
Gramática – 6o ano 23
1. Ato de fala
Leia com atenção a tirinha a seguir.
Professora Norma
No capítulo anterior, vimos que a língua é um recurso informação, convidar, saudar, prometer, ordenar, agra-
fundamental para nós. Por meio dela, podemos expressar decer, censurar, elogiar, desculpar-se, etc.
pensamentos, opiniões, ideias, etc. Podemos, também,
sair do momento presente e nos projetar no passado ou Chamamos de ato de fala esse comportamento
no futuro. Assim, dizemos que tudo o que realizamos por verbal com que expressamos alguma intenção
meio da língua são ações. comunicativa.
Por exemplo, no primeiro quadrinho da tirinha acima,
ao dizer Silêncio! a Professora Norma desempenhou uma
ação, ou seja, ela expressou uma ordem. 2. Frase e contexto
Em seguida, a personagem desempenha outra ação:
ela informa aos alunos que entregará as provas corrigidas. A menor unidade linguística com que expressa-
Considerando a reação expressa pela turma no segundo mos as ações verbais é o que chamamos de frase.
quadrinho, podemos entender que, além da ordem expressa
no primeiro quadrinho, ela também amedrontou os alunos. Na língua escrita, toda frase é delimitada por quatro
O medo dos alunos é evidenciado no último quadri- sinais de pontuação: ponto (ou ponto-final), ponto de
nho, quando a professora é substituída pela caveira que exclamação, ponto de interrogação ou reticências. Já
tradicionalmente representa a morte. Mais uma vez, ela na língua falada, as ações que as frases veiculam são
informa e amedronta a turma. evidenciadas pela entonação, isto é, a flexão de voz que
De modo geral, podemos dizer que dirigimos a palavra utilizamos para pronunciá-las. Portanto, é a entonação
uns aos outros com algum objetivo: dar ou pedir uma que, na fala, evidencia a ação expressa por frases como:
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“A História é uma ciência que tenta compreender o passado e o Podemos dizer que esses dois tipos de frase repre-
presente da humanidade [...], pois, entendendo essas relações
existentes, é possível construir um futuro melhor.”
sentam graus extremos de dependência do contexto em
que ocorrem. De um lado, as frases completas são menos
SALVARI, Fábio. Diálogos da História. 6º ano. Recife: Construir: 2019, p. 9. “dependentes” do contexto, pois teoricamente possuem
todas as partes necessárias ao seu entendimento. Do
Chamamos de contexto todas as informações que outro, temos as frases incompletas, estas muito depen-
envolvem a comunicação. Essas informações são indis- dentes da situação em que ocorrem.
pensáveis para interpretarmos corretamente uma frase. Vejamos esses conceitos no quadrinho a seguir.
Reprodução
Reflita
Por que o contexto é fundamental para a interpreta-
ção correta de uma frase?
Porque as informações externas à frase nos permitem
partir da definição de um possível contexto. Nesse quadrinho, vemos mais uma vez a persona-
gem que, culturalmente, identificamos como a morte.
As frases podem ser divididas em dois grandes grupos: No contexto, ela aparece acessando sua rede social,
as frases completas e as frases incompletas. aparentemente sua página no Facebook. Isso fica claro
As frases completas são aquelas que, em teoria, pela imagem representada na tela do computador, muito
contam com todos os elementos necessários à sua com- semelhante à página real da rede. Nesse contexto, per-
preensão. Ao apresentar uma notícia, por exemplo, os cebemos duas frases:
Gramática – 6o ano 25
Reflita
Nas situações reais de comunicação, a classificação
tradicional das frases é precisa?
26 Gramática – 6o ano
5. Condição discursiva
Chamamos de condição discursiva o componente da
interação verbal que regula o direito à palavra.
Na fala do jovem, observamos o emprego de quatro De modo geral, o direito à palavra ocorre de duas
frases de situação: Eh... Hum... Hummmmm... Putz... Se maneiras:
analisarmos essas frases isoladamente, elas não têm sen-
tido. Mas, inseridas no contexto comunicativo, podemos • Monólogo – Apenas o enunciador fala.
entendê-las perfeitamente. Elas expressam a dificuldade
do menino ao ler a manchete da notícia. Frases de situa-
• Diálogo – Ao menos duas pessoas falam.
ção como essas são o que chamamos de interjeição. O direito à palavra é regulado por algumas condições.
Empregamos interjeições para: Por exemplo: uma consulta médica se processa por meio
de um diálogo, estabelecido entre o médico e o paciente.
• Chamar a atenção de alguém, geralmente para
iniciar uma conversa ou como respostas curtas en-
Nessa situação, o paciente expõe os motivos que o leva-
ram à consulta e o médico lhe receita um tratamento. Se,
quanto ela acontece. por exemplo, um dos dois interrompe constantemente o
outro, a condição discursiva foi desrespeitada, o que pode
ser entendido como falta de educação.
Olá! Psiu! Ei! Ahn?
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• Representar sons não linguísticos. Essas interjei-
ções são chamadas, também, de onomatopeias.
Gramática – 6o ano 27
Texto 1 a. Pena.
Serafim b. X Vingança.
Professor Moisés, o senhor sabia que c. Raiva.
o Serafim é um hominídeo?
Como assim, Luzia?
d. Dúvida.
Me dá!! Somos todos Homo
e. Pedido.
sapiens sapiens...
Texto 2
28 Gramática – 6o ano
No Texto 2, há apenas frases completas. Essa predomi- Não. Como os dois personagens estão conversando em
nância ocorre por causa da presença de um locutor único
(narrador), que escreve para um destinatário que apenas uma situação informal e estão se compreendendo, a fala
recebe a mensagem. Assim, a organização gramatical das
frases é mais rígida, para que haja sucesso na comunicação. de Serafim é adequada.
Gramática – 6o ano 29
a. ponderação.
b. X concordância.
c. dúvida
d. prejulgamento.
e. desistência.
O ponto de exclamação.
a. Analisando a tira, percebemos que a condição dis-
cursiva é desrespeitada ao longo da história. Explique
b. Caso essa substituição fosse feita, que sentido esse como se dá esse desrespeito.
sinal acrescentaria à fala de Serafim?
Na história, o personagem está sempre tentando dialogar,
A exclamação acrescentaria à fala de Serafim o sentido
mas não deixa as mulheres falarem.
de indignação, aborrecimento, impaciência, etc.
b. Como esse desrespeito fica evidenciado no texto?
ção comunicativa em que são empregados, isto é, formam res falarem, nenhum dos encontros dá certo. Isso fica su-
uma unidade mínima de comunicação. gerido pela mudança das mulheres ao longo da história.
30 Gramática – 6o ano
1| Tendo como base o contexto comunicativo da tira e a. Os problemas do mundo não têm solução.
as frases proferidas pelos personagens, analise as afir- b. As injustiças são fruto de ações governamentais.
mações a seguir. c. X O mundo pode ser melhorado.
d. A vida na Terra está em perigo.
I. O menino se mostra disposto a entender a opinião da e. Precisamos aceitar que os problemas do mundo
menina. são indiscutíveis.
II. Há uma gradação na agressividade apresentada pelo
menino. Questões de
III. No segundo quadrinho, o sinal de interrogação pre-
sente na fala da menina poderia ser acompanhado escrita
de uma exclamação.
Estudo da sílaba
Está correto o que se afirma em:
1| Em uma palavra como pai, constituída de uma única
a. I, apenas. b. II, apenas. sílaba, temos apenas uma vogal, indicada pela letra a.
c. III, apenas. d. I e II. Do mesmo modo, a palavra seu possui somente uma
e. X II e III. vogal, representada pela letra e. Nos dois casos, os
fonemas vocálicos /i/ e /u/ são considerados semivo-
2| A fala da menina no primeiro quadrinho sugere que o gais, pois são pronunciados de maneira mais fraca.
menino havia falado algo anteriormente. Indique a frase Leia as palavras a seguir e identifique em quais delas
que, de acordo com o contexto da tira, melhor represen- ocorrem os fonemas vocálicos /i/ e /u/ na condição de
taria essa fala do menino. semivogais.
Gramática – 6o ano 31
quase rua treino roupa rainha 5| Leia em voz alta as palavras a seguir e identifique a
sílaba tônica de cada uma delas. Dica: para encontrar
2| Volte às palavras da questão anterior e pronuncie a sílaba tônica de forma rápida, fale a palavra como se
cada uma delas pausadamente. Perceba que, ao realizar a fosse vender: a vogal da sílaba tônica se prolonga. É
essa atividade, sua boca executa movimentos bastante engraçado, mas funciona!
precisos. Cada movimento corresponde a uma sílaba. A
sílaba é um fonema ou grupo de fonemas que produzi- biosfera comunidade máquina
mos em um só impulso de voz. Agora, reflita: quantas
planejamento inquilinismo fotográfico
vogais pode haver em uma sílaba?
combinação cidade ambientalista
Em uma mesma sílaba, só pode haver uma vogal.
espaço humano planeta
órbita parasitismo ecológico
3| Quanto ao número de sílabas, as palavras são clas-
sificadas como monossílabas, dissílabas, trissílabas
e polissílabas. Reflita: quantas sílabas as palavras pos-
suem em cada categoria? Exemplifique. Aprenda mais
A sílaba tônica de uma palavra polissílaba deve estar, necessariamente,
As palavras monossílabas possuem uma sílaba, como pé; as
na última, penúltima ou antepenúltima posição. Algumas palavras,
porém, possuem uma sílaba subtônica (pronunciada de forma um
dissílabas possuem duas, como sofá; as trissílabas possuem pouco mais fraca que a tônica). As sílabas que não são tônicas nem
subtônicas são chamadas de átonas (pronúncia fraca). Observe.
três, como caneta; as polissílabas possuem quatro ou mais Sílabas átonas
32 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 33
34 Gramática – 6o ano
Nas tirinhas, nas histórias em quadrinhos, nas charges, Apesar de esses balões serem bastante utilizados,
entre outras, a fala dos personagens normalmente é indi- há ainda outras formas de marcar falas e circunstâncias
cada em balões. Além do conteúdo verbal, o próprio balão enunciativas, como o uso de cores diferenciadas, negrito,
atua como símbolo não verbal, indicando as circunstâncias itálico, onomatopeias, letras maiúsculas, falas duplas
que envolvem a fala dos personagens. Observe: e tamanho de fonte diverso. Na tirinha a seguir, foram
utilizados alguns desses recursos.
• Fala comum – Uma linha
simples, oval ou retangular.
• Pensamento ou sonho
– Linha curva, semelhante
a uma nuvem.
QUINO. Toda Mafalda: da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 15.
Reflita
Responda em seu caderno: para compor um parágra-
fo, é necessário escrever várias frases?
Não é necessário compor o parágrafo com várias frases. Às vezes, apenas uma frase,
ou mesmo uma palavra, pode formar um parágrafo. Gramática – 6o ano 35
36 Gramática – 6o ano
•
Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Descritiva – Registra características de pessoas, lu- Em qualquer época do ano é possível visitar. A Sede
gares, objetos. Os anúncios de venda de imóveis nos da administração do Parque fica na cidade de São
jornais, por exemplo, são textos em que as sequências Raimundo Nonato/PI no período das chuvas pode-se
descritivas prevalecem. apreciar a floração das plantas da Caatinga a região
Atividades
Gramática – 6o ano 37
Modo de preparo
Numa batedeira coloque 6 ovos, ½ kg de açúcar, 3 ½
b. Na sua opinião, os dois itens poderiam fazer parte do xícaras (chá) de farinha de trigo, 700 g de achocolatado,
guia turístico do Parque? Explique. 300 g de manteiga com sal e bata bem até formar uma
mistura homogênea.
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno entenda que,
Coloque a massa numa assadeira (40 cm x 25 cm)
untada e leve ao forno médio preaquecido a 180 °C por
devido aos problemas apresentados pelo item A, não
± 30 minutos. Retire do forno e deixe esfriar.
Corte em quadrados (6 cm x 6 cm) e sirva em seguida.
seria adequado utilizá-lo no guia.
Disponível em: http://gshow.globo.com/receitas-gshow/receita/brownie-do-
-luiz. Acesso em: 23/09/2019.
Themalni/Shutterstock.com
2| Com base na análise feita dos itens A e B da questão
anterior, avalie as afirmações seguintes, assinalando C
(certo) ou E (errado).
38 Gramática – 6o ano
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno identifique ca- Artigo de divulgação científica. Sequência textual:
Texto 2
c. Qual é a função social desse gênero textual?
A receita culinária tem a função de ensinar as pessoas a Vulcão chileno Calbuco entra em
erupção
prepararem os alimentos.
O vulcão chileno Calbuco entrou em erupção nesta
d. Esse gênero permite o uso da linguagem formal ou quarta-feira, 22 de abril, e expeliu uma potente coluna
informal? de cinzas de vários quilômetros de altura, o que não
acontecia há quase 50 anos, provocando o isolamento
Normalmente as receitas são escritas com linguagem
das cidades mais próximas.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters.htm. Aces-
formal, mas é possível o registro informal. sado em: 29/04/2019.
injuntiva.
Gramática – 6o ano 39
Reprodução
Silvestre
Texto 6
40 Gramática – 6o ano
Desafio
Reprodução
Fábula. Sequência textual: Narrativa. Colabore com esse ato em defesa do meio ambiente.
Seja nosso parceiro.
As futuras gerações agradecerão.
Gramática – 6o ano 41
42 Gramática – 6o ano
5,2%das crianças
brasileiras 328 cidades mineiras têm o
índice de crianças nessa
Dados gerais do
Brasil
entre 10 e 13 faixa etária que trabalham
anos trabalham acima da média nacional
Estados com mais crianças de
10 a 13 anos trabalhando
Municípios mineiros com maior percentual 1o São Paulo............. 2.649.355
de crianças de 10 a 13 anos trabalhando 2o Minas Gerais........ 1.341.370
3o Bahia..................... 1.068.919
1o Rochedo de Minas 26% 4o Rio de Janeiro...... 1.045.916
2 Tocos do Mogi
o
25,9% 5o Paraná.................. 720.290
3 Santana do Manhuaçu
o
23,6%
4 Chapada Gaúcha
o
23,2% Ranking das crianças de 10
21,9%
a 13 anos que trabalham e não
5o José Gonçalves de Minas
frequentam a escola
6 Senador José Bento
o
21,5%
1o São Paulo............. 77.712
7 Senador Nordestino
o
20,4% 2o Bahia..................... 31.106
8 Alagoa
o
19,9% 3o Minas Gerais........ 30.787
9o Santo Antônio do Itambé 19,6% 4o Rio de Janeiro...... 29.700
10 Icaraí de Minas
o
18,5% 5o Amazonas............ 23.619
11 Angelândia
o
18,5%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: http://www.otempo.com.br/infograficos/trabalho-infantil-1.654360. Acesso em: 27/08/2019.
Adaptado.
a. X I e II.
b. I e V.
c. II e III.
d. III e IV.
e. IV e V.
Gramática – 6o ano 43
• Tritongo – É o encontro de uma semivogal, uma vogal do ditongo nos monossílabos tônicos terminados em /s/.
44 Gramática – 6o ano
Desencontros de vogais:
hiato
6| Na palavra saída, as vogais a e i ocorrem em sílabas
diferentes, o que caracteriza um hiato. Assim, na prática,
o hiato não é propriamente um encontro de vogais, mas
o desencontro delas. Essa separação, indicada na fala,
mostra que essas vogais, quando se separam, ficam em
sílabas diferentes. Agora, analise as palavras a seguir e in-
dique se apresentam ditongo, tritongo ou hiato.
Hiato.
a. lagoa –
Tritongo.
b. Paraguai –
Hiato.
c. país –
Ditongo.
d. fortuito –
Hiato.
e. ciúme –
Hiato.
f. rua –
Ditongo.
g. partiu –
Ditongo.
h. ouviu –
Hiato.
i. reeleger –
Hiato.
j. cooperar –
Gramática – 6o ano 45
46 Gramática – 6o ano
4 Conotação e denotação
Gramática – 6o ano 47
Comparação
Como você pode ver, a palavra legal possui diferentes
sentidos nessas manchetes. No primeiro caso, temos o Ocorre quando se estabelece, entre palavras ou expres-
uso denotativo — o sentido é conforme a lei. No segundo, sões, uma relação comparativa clara entre elementos de um
o sentido é conotativo — a palavra resume as qualidades mesmo universo ou de universos diferentes. Para realizar a
que fazem uma “boa pessoa”, isto é, generosa, atenciosa, comparação, é necessário o emprego de conectivos adequa-
cuidadosa, divertida, etc. dos, como: mais... (do) que..., menos... (do) que..., tão...
Para essa distinção ficar clara, veja o quadro-resumo quanto, como, assim como, tal como, igual a, que nem.
a seguir.
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Denotação Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
•
BUARQUE, Chico. Construção. Rio de Janeiro: Philips, 1971.
Palavra com sentido restrito, objetivo.
• Palavra usada de modo automatizado. Minha paixão? Uma armadilha de água,
Rápida como peixes,
Conotação Lenta como medusas,
Muda como ostras.
• Palavra com sentido figurado, rica em expressivida-
de a partir do contexto de uso.
SAVARY, Olga. Ycatu. In: MORICONI, Ítalo (Org.). Os cem melhores poemas bra-
sileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 273.
48 Gramática – 6o ano
Reprodução
É a troca de um nome por outro a partir de uma rela-
ção real, concreta e objetiva existente entre eles. Existem
vários tipos de metonímia. Veja alguns deles:
A guerra
Eu me sustento com o meu suor.
•
Anabolizado pelo investimento de um grande chinês,
o aplicativo brasileiro 99 entra, para valer, na briga
com o Uber — uma disputa que já está transformando
o transporte nas grandes cidades do país O instrumento pela pessoa que o utiliza.
Meu tio é um bom garfo.
•
na briga com o Uber — uma disputa que já está
transformando o transporte nas grandes cidades A parte pelo todo.
do país Seus olhos pediam um alimento para saciar a fome.
GOVERNO REDUZ
IPI DE PRODUTOS
DE LINHA BRANCA
Gramática – 6o ano 49
Antítese
Receita de pão de alho
É a associação de conteúdos opostos por meio de pa-
Ingredientes
lavras, sintagmas ou enunciados. No primeiro exemplo, os
• 1 baguete média pares som e silêncio, luz e escuridão, dia e noite e não
•
Dia e noite, não e sim
Pimenta do reino a gosto [...]
• 2 colheres (sopa) de manteiga SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Certas coisas. In: Tudo azul. Rio de
Janeiro: WEA, 1984.
Elipse Ironia
É a omissão de um termo da frase facilmente suben- Consiste no uso de uma expressão pela qual, usando
tendido. entonação apropriada, dizemos o contrário do que pen-
50 Gramática – 6o ano
[...] Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis [...].
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
Já neste outro exemplo, dizemos que a resposta de Dona Anésia à neta no último quadrinho foi irônica, pois, na
verdade, ela não pediu paz ao Papai Noel.
Gramática – 6o ano 51
Personificação
Reflita
No cartaz a seguir, ocorre personificação ou prosopopeia?
Reprodução
Hipérbole
52 Gramática – 6o ano
Reprodução
Consiste em apresentarmos uma sequência de pala-
vras ou expressões a fim de criarmos uma ideia de pro-
gressão ascendente ou descendente. Observe:
Atividades
Como você sabe, muitas vezes não podemos entender
1| Leia: palavras e expressões “ao pé da letra”, isto é, denotati-
vamente. A esse respeito, responda às questões a seguir.
Amor é a coisa mais alegre.
Amor é a coisa mais triste. a. A quem se destina o cartaz?
Amor é coisa que mais quero.
Às mulheres em geral.
[...]
PRADO, Adélia. O sempre amor. In: Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991. b. Transcreva o termo que faz referência conotativa às
pessoas a quem se destina o cartaz.
No trecho do poema, observamos a ocorrência de uma
A flor da vida.
figura de linguagem caracterizada pela:
Gramática – 6o ano 53
54 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 55
escrita de diacríticas.
56 Gramática – 6o ano
•ap-to
Separáveis – Ocorrem em sílabas diferentes.
7| Agora, observe a separação silábica dos grupos de
dig-no ab-so-lu-to ad-mi-tir sub-me-ter et-ni-a
palavras a seguir e, com suas palavras, elabore uma
• Inseparáveis – Ocorrem na mesma sílaba. regra para cada situação. Dica: atente para os detalhes
bra-ço ci-clo flo-res le-tra czar pneu
que são comuns às palavras de cada grupo.
Na fala de algumas variantes linguísticas, alguns encontros con-
sonantais tendem a formar duas sílabas devido à colocação de
uma vogal. Na norma culta escrita, por uma questão de padrão, a
a. ap-to cac-to gar-ça pre-da-tis-mo
forma variante é considerada inadequada. Observe os exemplos.
Gramática – 6o ano 57
co-le-tor
palavras. b. coletor –
lan-ça
c. lança –
e. co-mu-ni-da-de
mei-o boi-a-da chei-o d. comunidade –
ho-mi-ní-deo
Separamos o ditongo do hiato. e. hominídeo –
a-gru-pa-men-tos
f. agrupamentos –
ma-lha que-rer li-nha se-den-ta-ri-za-ção
f. g. sedentarização –
guer-ra cha-ve quis
tri-go
h. trigo –
Não separamos os dígrafos lh, nh, ch, gu, qu.
a-gri-cul-tu-ra
i. agricultura –
8| Quando escrevemos um texto, às vezes temos de di-
mãe
vidir as palavras para continuá-las na linha seguinte. j. mãe –
Chamamos essa divisão de translineação. Se o hífen
a-lho
da translineação coincidir com o hífen de uma palavra k. alho –
composta, devemos repetir o hífen no início da linha se-
co-o-pe-ra-ção
guinte. Leia o texto abaixo e identifique onde deve ser l. cooperação –
empregado o hífen da translineação.
ca-de-a-do
m. cadeado –
58 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 59
5 Substantivo e adjetivo
Aprenda mais
Em algumas gramáticas, você verá que os substantivos são
palavras que nomeiam os seres em geral. A palavra seres, nessa
definição, deve ser entendida no sentido proposto pelos gregos
antigos. Segundo eles, essa palavra representava tudo o que exis-
te no mundo real ou imaginário. Assim, não confunda a palavra
ser nesse sentido com a noção de ser vivo.
Veja os exemplos:
Substâncias
Ecologia, ecossistema, Terra, floresta, jacarandá,
Universo, biosfera, cabelo, glicose, refrigerante,
sapataria, aluno, vestígio, computador, livro, fóssil,
hortaliça, lago, girassol, caneta, menino, Paula.
60 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 61
Por fim, os coletivos são substantivos comuns que indicam um conjunto de animais, coisas ou pessoas, mesmo
estando no singular. Veja alguns exemplos:
62 Gramática – 6o ano
• Masculinos – Podem ser precedidos pela palavra o(s), entre outras. Exemplos: o carro, o relógio, o quati, os gatos,
os pensamentos, os desejos.
•Femininos – Podem ser precedidos pela palavra a(s), entre outras. Exemplos: a jaca, a paciência, a marcação, as
mulheres, as perguntas, as ações.
Substantivo Exemplos
Terminação no masculino Terminação no feminino Masculino Feminino
-ora senador senadora
-or -iz ator atriz
-eira lavador lavadeira
-eã peão peã
-ão -oa patrão patroa
-ona amigão amigona
-a chefe chefa
-essa barão baronesa
-e
-esa japonês japonesa
-isa sacerdote sacerdotisa
-s marquês marquesa
-a
-z juiz juíza
Gramática – 6o ano 63
o pianista → a pianista
Normalmente, o plural é feito por meio do acréscimo
de um -s ao substantivo no singular. Veja:
Quanto ao número, os substantivos podem estar no Entretanto, alguns substantivos formam o plural de
singular ou no plural. maneira diferente. Observe:
Substantivo Exemplo
Terminação no singular Terminação no plural Singular Plural
-al -ais vendaval vendavais
-éis (oxítono) papel papéis
-el
-eis (paroxítono) túnel túneis
-is (oxítono) funil funis
-il
-eis (paroxítono) réptil répteis
-ol -óis farol faróis
-ul -uis paul pauis
-m jovem jovens
-ns
-n pólen polens
-ãos cidadão cidadãos
-ão -ões fogão fogões
-ães pão pães
-r flor flores
+ -es
-z chafariz chafarizes
mês meses
+ -es (monossílabo tônico ou oxítono)
japonês japoneses
-s
o lápis os lápis
não varia (paroxítono ou proparoxítono)
o vírus os vírus
-x não varia o tórax os tórax
64 Gramática – 6o ano
• Grau diminutivo
• Grau aumentativo
Gramática – 6o ano 65
•
Comprei uma cerâmica ianomâmi.
Adjetivos biformes – Apresentam-se no masculino
ou no feminino, como delicado(a), belo(a), bonitos(as),
Locução adjetiva coloridos(as), dependendo do gênero do substantivo a
que se referem. Observe que esse tipo de adjetivo se fle-
Locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais xiona tanto em gênero (masculino ou feminino) quanto
palavras com valor de adjetivo. em número (singular ou plural). Observe:
Nesse exemplo, as palavras de horror atuam como ad- Nesse exemplo, o adjetivo produtivas está flexionado no fe-
jetivo, modificando o sentido do substantivo expressão. minino plural porque concorda com o substantivo atividades.
Para que isso fique claro, veja que essa locução pode ser,
de fato, substituída por um adjetivo: alegre. O mesmo
acontece com, por exemplo, amor de mãe (materno),
• Adjetivos uniformes – Apresentam apenas uma forma,
que funciona tanto para o masculino como para o femini-
roupa sem elegância (deselegante), ferramenta sem no, como alegre, feliz, gentil, deslumbrante, reluzente.
utilidade (inútil). No exemplo a seguir, por ser uniforme, o adjetivo principal
Entretanto, nem todas as locuções adjetivas podem concorda apenas em número (singular) com o substantivo
ser substituídas por um adjetivo, como montanha de lixo personagens, pois este se encontra flexionado no singular.
e fábrica de laticínios.
Em geral, as locuções adjetivas são iniciadas pela pa- No Parque Nacional do Iguaçu, a natureza é o perso-
lavra de seguida de um substantivo. Mas algumas podem nagem principal.
ser iniciadas pelas palavras em, com e sem.
Nesse caso, como é uniforme, o adjetivo principal
laranja sem caroço não apresenta variação de gênero. Assim, ele concorda
café com açúcar apenas em número com o substantivo personagem.
vida em família
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66 Gramática – 6o ano
Reflita
corpo são — mente sã
menino chorão — menina chorona De acordo com o seu conhecimento de mundo, como
copo grandão — boca grandona essa concordância será feita se os substantivos forem
de gêneros diferentes?
Por fim, adjetivos terminados em -eu mudam essa O adjetivo deve ser flexionado no masculino plural.
terminação para -eia.
Como dissemos, os adjetivos concordam em gênero e No Paleolítico, homens e mulheres eram coletores de
número (às vezes só em número) com o substantivo ou os alimentos.
adjetivo flexionado
substantivos a que se referem. Os exemplos que vimos até no masculino plural
Gramática – 6o ano 67
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Aprenda mais
As pedras utilizadas na confecção de tais instrumentos e de outros
utensílios apresentavam bordas cortantes, como se tivessem sido
retiradas pequenas lascas, e eram bem simples e rudimentares.
Daí o fato de o Período Paleolítico ser chamado também de Idade
da Pedra Lascada.
68 Gramática – 6o ano
1| A tirinha é um gênero textual que, entre outras ca- 5| Um substantivo primitivo pode originar inúmeros deri-
racterísticas, possui o objetivo de produzir humor, re- vados, por isso estes são muito mais numerosos. Da pala-
Gramática – 6o ano 69
a. A polícia.
Porque, para ele, por ser um substantivo abstrato, a pa- A pessoa que trabalha na instituição de segurança públi-
lavra crise não poderia prejudicar o seu pai. ca, nesse caso, na polícia.
70 Gramática – 6o ano
Produto fabril.
c. Existem várias coisas para reduzir os desequilíbrios c. Produto de fábrica –
entre as pessoas.
Porto fluvial.
d. Porto do rio –
Existem várias alternativas para reduzir os desequilíbrios
Animal noturno.
e. Animal da noite –
entre as pessoas.
Ave praieira.
f. Ave de praia –
d. A violência nas cidades é uma coisa particularmente
Tratamento capilar.
preocupante. g. Tratamento do cabelo –
População mundial.
e. Prometer reformas impossíveis é uma coisa muito co- j. População do mundo –
mum para atrair votos.
Fluxo energético.
k. Fluxo de energia –
Prometer reformas impossíveis é uma tática muito co-
Movimento terrestre.
l. Movimento da Terra –
mum para atrair votos.
Temperatura solar.
m. Temperatura do Sol –
Gramática – 6o ano 71
O policial estava desarmado. é uma mulher que dispõe de poucos recursos. Em II, o
A água pura é insípida. tem uma antiga amizade com o enunciador. Em II, o ad-
g. Estou sem paciência para assistir ao musical. 12| Nesta atividade, você tentará descobrir quais são as
palavras (substantivos ou adjetivos) que deverá escrever
Estou impaciente para assistir ao musical.
na cruzadinha da página seguinte, tendo em vista as dicas
fornecidas a seguir. Para enriquecer o seu estudo, utilizare-
11| Como vimos, os adjetivos se ligam a substantivos acres- mos o tema Pré-História como fonte de informação.
centando-lhes alguma qualidade, característica, etc. Mas
você sabia que esse sentido “acrescentado” pode mudar Horizontais
conforme a posição do adjetivo (se colocado antes ou de- 1. Adjetivo que qualifica as pinturas feitas no interior de
pois do substantivo)? Para perceber isso, analise as situa- cavernas.
ções a seguir. Explique, com suas palavras, o sentido ex- 2. Marcas, objetos, fósseis produzidos pelos primeiros
presso pelos adjetivos destacados em cada situação. seres humanos que permitem estudar a nossa origem
(substantivo flexionado no singular).
a. I. Paulo se tornou um homem grande. 3. Substantivo coletivo que designa todos os seres hu-
II. Paulo se tornou um grande homem. manos.
4. Substantivo que designa a principal descoberta reali-
Em I, o adjetivo permite a compreensão de que Paulo é zada pelos seres humanos na Pré-História.
5. Substantivo comum empregado para nomear os seres
um homem alto. Em II, o adjetivo nos leva a entender que que não pertenciam propriamente ao gênero Homo, mas
andavam sobre dois pés, tinham o corpo coberto de pelos
Paulo é um homem notável. e o cérebro muito pequeno.
72 Gramática – 6o ano
Desafio A
1| Os coletivos são substantivos que se referem aos d. A criança foi atacada por um enxame no passeio
seres considerados em conjunto. Normalmente, esses ao zoológico.
substantivos designam um conjunto de seres da mesma e. Parece que seu pai está na biblioteca estudando.
espécie, como cardume (de peixes) e manada (de bois
ou búfalos). Mas, no uso cotidiano da língua, comumen- 2| Analise as frases a seguir.
te atribuímos outros significados aos substantivos co-
letivos, conforme a ideia que apresentam. Esse desvio I. Como você já trabalhou em várias empresas, sua
ocorre em: bagagem será muito importante aqui.
II. O palestrante ficou nervoso com o enxame de perguntas.
a. Renan sempre presenteia Cláudia com um rama- III. Esperei séculos, mas ela não apareceu para nosso
lhete no Dia dos Namorados. encontro.
b. Não se esqueça de identificar bem sua bagagem, IV. João é um menino muito travesso. Seu repertório é
para não perdê-la na viagem. imenso.
c. X O elenco do Palmeiras não está completo para o V. O pastor da minha igreja sabe cuidar bem de seu
jogo de hoje à noite. rebanho.
Gramática – 6o ano 73
4| O personagem Cascão, de Maurício de Sousa, tem Há notícias que são de interesse público e há
esse apelido por não gostar de banho. Nesse contex- notícias que são de interesse do público. Se a ce-
to, a palavra Cascão significa aquele que tem pele lebridade x está saindo com o ator y, isso não tem
grossa por sujeira e expressa a ideia de aumentativo. nenhum interesse público. Mas, dependendo de
Assinale a alternativa em que há uma palavra no grau quem sejam x e y, é de enorme interesse do público,
aumentativo. ou de certo público (numeroso), pelo menos. As de-
cisões do Banco Central para conter a inflação têm
a. O limão é uma fruta ácida que faz bem à saúde. óbvio interesse público. Mas quase não despertam
b. Macarrão contém muito carboidrato e, por isso, interesse, a não ser dos entendidos. O jornalismo
engorda. transita entre essas duas exigências, desafiado a
c. X O Timão venceu o campeonato de futebol muito atender às demandas de uma sociedade ao mes-
à frente dos adversários. mo tempo massificada e segmentada, de um leitor
d. O acidente ocorreu porque um carro veio na con- que gravita cada vez mais apenas em torno de seus
tramão. interesses particulares.
e. O catalão é a língua falada em uma região da Es- Fernando Barros e Silva. O jornalista e o assassino: in. Folha de S.Paulo.
panha.
74 Gramática – 6o ano
I. A palavra cultivados está flexionada no masculino plural 2| Agora leia estes monossílabos tônicos.
para concordar com o substantivo que qualifica (trigo).
II. As palavras próximas e férteis estão flexionadas no já lá pás pé ré rês
feminino plural para concordar com terras. pó nós vez nu luz
III. A locução adjetiva da população poderia ser substituí-
da pelo adjetivo populacional, mas essa substituição
acarretaria uma repetição desnecessária desse adjetivo. Que regra de acentuação gráfica podemos formular para
os monossílabos tônicos com base na observação dessas
Está correto o que se afirma em: palavras?
Gramática – 6o ano 75
3| Entre as palavras a seguir, identifique as proparoxítonas. A descoberta do fogo foi fundamental para a evo-
lução da espécie humana, tanto materialmente
como nas relações sociais. Estudos indicam que
a. X arquipélago h. X gráfico
o cozimento de carnes propiciou a redução do de-
b. órfã i. luta
senvolvimento dos dentes. Isso porque a carne co-
c. amargo j. rapidamente
zida é mais fácil de mastigar, não havendo a neces-
d. amável k. carro sidade de dentes grandes e pontiagudos, como os
e. X Cleópatra l. restaurante dos animais carnívoros, que só comem carne crua.
f. X protótipo m. sobrancelha
g. bônus n. rivalidade a. Identifique no texto uma palavra paroxítona termina-
da em ditongo crescente.
4| Agora responda: o que há de comum entre as pala-
Espécie.
vras proparoxítonas?
Anotações
76 Gramática – 6o ano
1. Artigo
O humor da professora Norma é terrível.
Leia a tirinha. Os alunos farão uma prova.
A turma está com medo da prova.
Serafim
Nos três casos, as palavras destacadas foram empre-
gadas antes de substantivos, determinando o seu sentido
e concordando com eles em gênero e número.
Agora, observe:
No primeiro quadrinho, Serafim se refere à prova da Nos exemplos analisados, observe que os artigos
professora Norma como A prova. O emprego da palavra concordam em gênero e número com os substantivos a
a contribui para entendermos o sentido do substantivo que antecedem. Veja mais alguns exemplos:
prova. Por meio dela, podemos perceber que os meni-
nos não estão falando de qualquer prova: é a prova da as relações sociais
professora Norma. O emprego dessa palavra em letra os jogadores
maiúscula sugere ainda mais exclusividade, isto é, que um barulho
a prova da professora é realmente muito difícil. Como o uns sons
substantivo prova é feminino, empregamos a palavra a a identificação
antes dele. Veja outros usos:
Gramática – 6o ano 77
ral, estão todos fundidos fisicamente. Todos esses Os ônibus estão quebrados.
seres unidos representam uma colônia. A pianista começou a tocar.
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Valor qualificativo
Ele é um amigo. (Qualquer amigo.)
Ele é o amigo. (O melhor amigo.)
Mudança de sentido
Isso acontece em todo país. (Qualquer país.)
Isso acontece em todo o país. (Neste país.)
2. Numeral
Em algum momento da evolução do ser humano, surgiu
a necessidade natural de contar. Mais tarde, mudanças na
estrutura das sociedades tornaram necessário registrar
essa contagem. A princípio, os seres humanos utilizaram
O artigo os determina o sentido do substantivo co- procedimentos simples, como coleção de pedras, marcas
rais — não são quaisquer seres vivos, são os corais. Já o feitas em ossos e nós dados em cordas. A contagem foi um
artigo uma indetermina o sentido dos substantivos a que dos primeiros desafios que os seres humanos enfrentaram.
antecede — infinidade, atividade e colônia. Com o tempo, esses métodos foram se aprimorando, e,
em cada região do mundo, desenvolveram-se técnicas
Quando antecede um nome próprio, o artigo definido diferentes de contagem, cada uma com seus próprios sím-
indica familiaridade. Exemplo: A Maria chegou cedo. Esse bolos e regras. Os egípcios, os romanos, os macedônios, os
uso é muito comum em alguns estados brasileiros, como chineses, os maias e os indígenas brasileiros trabalhavam
o Ceará, o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. com números de forma diferente.
78 Gramática – 6o ano
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Para cada ideia de quantidade, temos um número as-
sociado, e cada número pode ser representado por um
símbolo ou nome. Ou seja, um numeral. Essa mesma
definição é aplicada na língua portuguesa para indicar
as palavras que utilizamos para designar quantidade,
ordem, codificação, divisão ou multiplicação.
Gramática – 6o ano 79
• Ordinais
Como o próprio nome sugere, os numerais ordinais in-
oitava classificada (1.828ª).
dicam a ordem dos seres em uma determinada sequência. • Quando superiores a 2.000, os numerais devem ser
lidos de forma mista, isto é, o primeiro algarismo como
O Homo habilis foi o primeiro a produzir ferramen- cardinal e os demais como ordinais.
tas a partir de pedras.
Saturno é o sexto planeta a contar do Sol e o se- Renato é o dois milésimo centésimo quinto clas-
gundo maior do Sistema Solar. sificado (2.105º).
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A seguir, conheça alguns detalhes importantes sobre
os numerais ordinais.
• Nas designações de papas e soberanos, séculos e ca-
pítulos de livros, empregamos o ordinal até décimo.
Daí por diante, utilizamos o cardinal.
• Usamos sempre o ordinal quando o numeral estiver Os clubes propõem que o ingresso custe o dobro
anteposto ao substantivo: oitavo século, décimo nono do preço atual.
capítulo, sétimo canto, X Feira (Lê-se décima feira). Você precisa beber o triplo de água.
• Na indicação do primeiro dia do mês, prefere-se o
80 Gramática – 6o ano
Navegue
No site Worldometers, você tem acesso a estimativas em tempo
real sobre a população mundial e a dados de grande relevância,
como o volume de água consumida no mundo.
• Fracionários
Expressam a diminuição proporcional da quantidade,
a sua divisão.
• Na fala informal, normalmente empregamos numerais
Naquele bairro, um terço da população vive abai- ordinais seguidos do substantivo parte para expressar
xo do salário mínimo. frações.
A seguir, conheça alguns detalhes importantes sobre Estou na sétima parte do livro.
os numerais fracionários. Esta é a quinta parte do valor do carro.
Gramática – 6o ano 81
82 Gramática – 6o ano
Pronomes pessoais
substantivo
3ª pessoa do plural
Pessoa
Gramática – 6o ano 83
Substantivo Substantivo
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Ela quis deixá-los quietos.
84 Gramática – 6o ano
Pronomes demonstrativos Nesses versos, observe que a palavra tal é utilizada para
indicar o substantivo (besouro/tesouro), por isso é consi-
Os pronomes demonstrativos são usados, em geral, derada pronome demonstrativo. Também são demonstra-
para indicar a posição dos substantivos em relação às tivos mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s).
pessoas gramaticais. Observe os exemplos.
Nós mesmos não acreditamos.
Neste momento, os alunos estão fazendo as pro- Ela própria preferiu voltar.
vas finais.
•
(Situação no tempo — tempo presente em relação ao falante.)
Em relação ao espaço
O senhor já trabalha aqui há muito tempo. Como é Em relação ao espaço, os pronomes demonstrativos
essa experiência? funcionam da seguinte forma:
(Situação no contexto — o pronome retoma uma informação
anteriormente fornecida.) Este, esta, estes, estas, isto indicam o que está per-
to de quem fala.
Vou fechar esta janela agora.
(Situação no espaço — a janela está perto do falante.)
Estes documentos que estão comigo são falsos.
Este relógio pertenceu a meu avô.
Veja os pronomes demonstrativos abaixo, referentes
às três pessoas do discurso.
Os pronomes demonstrativos
Pronomes
Pessoas Pronomes variáveis
invariáveis
aquele, aquela, aqueles, Esses documentos que estão com você são falsos.
3ª aquilo
aquelas Mamãe, qual é essa revista que está perto de você?
Gramática – 6o ano 85
86 Gramática – 6o ano
Não. Na verdade, imaginamos que ele não costuma lavar SANTOS, Laura. Fábulas de Esopo. Recife: Prazer de Ler, 2014.
ser feito em ocasiões diferentes, como um jantar formal. Sugestão de resposta: Trair um amigo muitas vezes é
arruinar a si mesmo.
b. Que sentido as palavras o e um acrescentam ao subs- 4| Você consegue perceber a diferença de sentido entre
tantivo jantar no primeiro e no segundo quadrinhos? estas duas frases? Explique.
Gramática – 6o ano 87
Kashgar
c. Indicar a medida de massa. Bokharia
Khorasan
Pérsia Kansu Catai
(o grama – a grama) Oceano
Pacífico
Arábia Mangi
O grama.
Índia Champa
(Vietnã) Mar da
China
d. Indicar o líder de um grupo de pessoas. Etiópia
(a cabeça — o cabeça)
Oceano Índico
O cabeça.
a. Segundo o autor do texto, o viajante mais famoso é
Marco Polo. Quem vem depois dele?
88 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 89
Eu me canso rapidamente.
Desafio
É possível encontrar outras respostas.
a. Ele se feriu. 1| Entre as sentenças, há uma em que o uso do artigo
definido é opcional. Identifique-a.
b. Cada um faça por si mesmo a redação.
vendas (R$)
13| Leia.
90 Gramática – 6o ano
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III. Considerando a intenção comunicativa subjacente ao
texto, a identificação das distâncias em metros é mais
adequada que em quilômetros (0,8 km e 0,9 km), pois
esta “soa” mais distante.
4| Empregados antes de numerais, os artigos indefini- Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem
dos reforçam a noção de imprecisão. Esse uso ocorre sei que cada dia é um dia roubado da morte. Eu não
em todos os exemplos a seguir, exceto em: sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que
escrevo é uma névoa úmida.
a. Aquela professora tem uns 50 anos.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
b. Ela ligou faz uns trinta minutos.
c. X O professor se atrasou uma hora. Como podemos notar, vários pronomes foram utilizados
d. Havia umas mil pessoas no show. no trecho lido. Assim, identifique:
e. Acho que ainda tenho uns mil reais na conta.
a. Dois pronomes demonstrativos.
5| Funciona como pronome a palavra destacada em:
Esta e o.
a. O professor ensina todos os dias.
b. X Encontrei algumas camisas, mas não as que b. Um pronome pessoal do caso reto.
procurava.
Eu.
c. Os móveis que eu vi não eram assim, eram bem
mais simples.
d. Eu encontrei as meninas na praia no domingo. c. Um pronome pessoal do caso oblíquo.
e. Nas novelas de televisão, o tema que predomi-
Me.
na é o amor.
Gramática – 6o ano 91
1| Como você sabe, as palavras oxítonas são aquelas em Acentuação das palavras paroxítonas
que a sílaba tônica é a última. Algumas palavras oxíto-
nas devem ser acentuadas graficamente, outras não. 3| Agora veja:
Utilizando seus conhecimentos prévios, identifique as
palavras que recebem acento gráfico. Palavras oxítonas Palavras paroxítonas
Macapá mapa
Acentuamos as palavras oxítonas terminadas em -a(s), gráfico. Ou seja, a palavra paroxítona que termina em
-e(s), -o(s) e -em(ens). -a(s), -e(s), -o(s), -em ou -ens não recebe acento gráfico.
92 Gramática – 6o ano
Proparoxítona
viver sonho azul líquen
Paroxítona
Oxítona
animal funil útil caráter
tórax corpo varal açúcar
fóssil âmbar bíceps amar
imóveis álbum comum onda
mágoa búzio delírio aconteceu Lapis x
lado tremia glória confuso
Madeira x
oásis acabou acredito pônei
você certo assim satisfaz
Rapido x
minha Márcio língua dever Aracaju x
lombriga júri também margem Entoou x
interesse bônus miragem táxi
Paraiba x
Anotações
Gramática – 6o ano 93
7 Verbo
Nós
Nesses exemplos, podemos perceber, digamos, a prin-
cipal característica formal dos verbos: somente eles se
94 Gramática – 6o ano
Gramática – 6o ano 95
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bição.
•
-r para o infinitivo jogar, comer, sair.
1ª conjugação – verbos terminados em -ar, como
-do(a) para o particípio jogado, comido, saído.
andar, criar e imitar.
-ndo para o gerúndio jogando, comendo, saindo.
A forma do infinitivo pode ser considerada um subs-
• 2ª conjugação – verbos terminados em -er e -or,
como escrever e repor.
tantivo. Já o particípio e o gerúndio são comumente
adjetivos. Observe:
• 3ª conjugação – verbos terminados em -ir, como
ouvir, sorrir e imprimir.
96 Gramática – 6o ano
• Presente – Sinto um pouco de dor de cabeça agora. • Presente progressivo – É usado para exprimir um
• Futuro – Sentirei dor de cabeça se não dormir bem. evento que se dá no momento da fala. É empregado
• Passado – Senti dor de cabeça na semana passada. com o auxílio do verbo estar seguido do verbo principal
no gerúndio.
Presente
O tempo presente faz referência a fatos que se passam Eles estão sentindo frio.
no momento em que falamos ou se prolongam no tempo. As células estão se multiplicando.
Ele está observando células vegetais.
Os seres vivos são formados por células.
Células procarióticas possuem o núcleo desorga-
nizado. Futuro
As células eucarióticas têm núcleo organizado. O futuro, logicamente, faz referência a fatos que ainda
Essa bactéria não apresenta carioteca. não ocorreram.
A Escherichia coli vive no organismo humano.
Amanhã estudarei Ciências.
Amanhã vou estudar Ciências.
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Eu serei feliz.
Embora o tempo presente seja confundido normal-
mente com o momento da fala, não é bem assim que
acontece na prática. É mais adequado dizermos que o
• Futuro composto – O fato também acontecerá depois
do presente. Essa forma é mais usual que o futuro simples.
presente expressa, basicamente, eventos ou estados
atuais que podem ultrapassar o momento da fala. Existem Eu vou ser feliz.
duas formas de expressão do presente:
Gramática – 6o ano 97
A Terra passou por um longo período sem vida. Perceba que a ação de
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A palavra célula veio do latim (cellula). estudar todo o assunto
O cientista Robert Hooke comparou as células com ocorreu antes de o aluno
as celas. falar sobre isso. Essa forma
As celas eram os pequenos quartos onde os mon- verbal é uma evolução do
ges dormiam. pretérito mais que perfeito
(estudara, fizera, etc.),
Há dois passados simples na língua portuguesa: o que, atualmente, não é de
pretérito perfeito e o pretérito imperfeito. A principal uso comum no português
diferença entre essas duas formas de expressão do pas- brasileiro, mesmo em tex-
sado é a seguinte: o perfeito indica um evento específico, tos cultos escritos.
98 Gramática – 6o ano
Chamamos essa sequência de fases de ciclo da vida. A duração desse ciclo pode
variar muito entre uma espécie e outra ou até mesmo entre indivíduos da mesma espé-
cie. O principal fator que determina a duração da vida, logicamente, são as condições do ambiente em que
vive o indivíduo, mas é possível estimar a duração média desse ciclo. Um leão, por exemplo, vive
em média 20 anos; um crocodilo, 80 anos; e um elefante pode chegar aos 100 anos. Enquanto o ciclo de vida
de um rato em geral não passa dos 4 anos; um coelho vive aproximadamente 7 anos; e algumas bactérias
completam seu ciclo em 30 minutos.
2| Que diferenças de sentido você identifica entre os seguintes pares de frases abaixo?
Na primeira frase de cada alternativa, a informação veiculada é permanente, constante, ou, no caso do item IV, expressa
uma ação já realizada. Já na segunda frase, a informação veiculada tem valor progressivo ou passageiro.
3| Em cada par de frases a seguir, uma soará estranha. Procure explicar por quê.
Na primeira frase do item I e na segunda frase dos itens II e III, a construção do verbo ter acompanhado de particípio
indica uma ação contínua, que perdura, o que constitui um problema semântico.
Gramática – 6o ano 99
Eu senti um susto quando falei com você. c. Fiz três casas em um terreno.
Na festa, ela vestia uma bela saia. 6| Complete as lacunas com uma das formas nominais
dos verbos entre parênteses.
9| Nos pares de frases a seguir, substitua o verbo desta- A civilização espartana se destacou , entre outras
cado pela forma verbal equivalente. Observe a pessoa, razões, pela rígida educação dos jovens.
o modo e o tempo.
j. Comi um bom peixe frito.
Eu viajarei em março.
Nós viajaremos em março. Eu e Paula comemos um bom peixe frito.
a. Iremos à praia no domingo. k. Não entendi muito bem o que você falou.
Eu serei um excelente procurador. l. Os professores disseram que todo aluno que alcan-
çou a nota pode ficar em casa.
c. Quando tu chegaste, tudo melhorou.
A professora disse que os alunos que alcançaram
Quando vocês chegaram , tudo melhorou. a nota mínima podem ficar em casa.
3| Leia:
ru-í-do
2| Analise a frase abaixo. b. ruído –
sa-ú-de
Eu era bonita. c. saúde –
so-ar
d. soar –
O que o modo e o tempo verbais nos comunicam a res-
Pa-ra-í-ba
peito do processo verbal? e. Paraíba –
do-er
k. doer –
ru-í-na
l. ruína –
re-e-le-ger
m. reeleger –
Aprenda mais
vi-ú-va
n. viúva –
Muitas pessoas tendem a pronunciar as palavras fluido e gratuito
mo-er acentuando um possível hiato (fluído e gratuíto), mas, na escrita
o. moer – formal, é preciso perceber que esse hiato não existe.
mai-or
p. maior –
5| Leia as frases a seguir.
2| Volte às palavras da questão anterior e responda: o que
há de comum entre as palavras acentuadas graficamente? I. Ele tem 1 ano.
II. Eles têm 1 ano.
Em todas elas, as vogais i e u tônicas em situação de
a. Em qual frase o pronome está flexionado na 3ª pessoa
hiato (sozinhas na sílaba ou seguidas de s) receberam
do plural?
3| Agora, separe as sílabas das palavras abaixo. b. Ao passar o pronome para o plural, o que aconteceu
com o verbo?
ra-i-nha
a. rainha –
O verbo recebeu acento gráfico.
ru-im
b. ruim –
6| O verbo ter e seus derivados (reter, conter, manter,
ca-ir
c. cair – etc.) seguem a mesma regra de acentuação: na terceira
pessoa do plural, eles devem ser grafados com acento
Ra-ul
d. Raul – circunflexo. Observe:
ba-i-nha
e. bainha – Para sobreviver no deserto, os dromedários retêm
cau-im gordura na corcova, não água, como muitos pensam.
f. cauim –
a. X Papeis. f. Heroico.
b. Assembleia. g. Hebreu.
c. Apoia. h. Colmeia.
d. X Ceu. i. Entendeu.
e. X Heroi. j. X Remoi.
Anotações
A senhora vai tocar os seus pés com as mãos, assim. Anésia pensou estar em boa forma física.
Não consigo.
Oração principal Oração subordinada
Mas a senhora nem tentou.
Anésia é mal humorada.
Ela fez uma aula de pilates. Observe que, no período acima, a forma verbal come-
çou apresenta sentido incompleto (Anésia pensou o quê?).
A oração estar em boa forma física, portanto, completa o
• Compostos – Apresentam mais de um verbo. sentido da oração principal. Você estudará a relação de
subordinação entre as orações nos próximos anos.
•
Anésia pensou estar em boa forma física.
Tentei mentalmente e não consegui. Coordenação – É a relação de independência estru-
O pilates fortalece a musculatura e gera vários be- tural que se estabelece entre as orações ao longo do
nefícios. período.
Ela se inscreveu para a aula, efetuou o pagamento, depois Oração coordenada Oração coordenada
assindética sindética
desistiu.
Conjunção
a. O primeiro parágrafo do texto apresenta dois pe- Está correto o que se afirma apenas em:
ríodos simples.
b. No segundo parágrafo do texto, encontramos um a. I e II.
período composto. b. X I e III.
c. Em todo o texto, não encontramos interjeições. c. II e V.
d. X Por se tratar de um texto informativo, há um pre- d. III e IV.
domínio de frases nominais. e. IV e V.
e. No terceiro parágrafo, encontramos somente pe-
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ríodos simples.
1| As afirmações a seguir foram feitas com base na tiri- IV. A palavra e, no primeiro quadrinho, atua como
nha acima. Analise-as. conector, expressando uma relação de sentido de
conclusão.
I. O principal objetivo comunicativo da tira é fazer hu- V. No último quadrinho, a fala do avô é um período
mor a partir de fatos banais divulgados na Internet. simples.
II. A intenção do autor é questionar a imoralidade de pu-
blicações feitas na Internet com objetivo humorístico. É correto o que se afirma em:
III. A tira condena o uso da Internet pela população com
fins de divertimento, não de pesquisa. a. I e II, apenas.
b. I e IV, apenas.
Está correto o que se afirma apenas em: c. II e V, apenas.
d. III e IV, apenas.
a. I. b. X II. e. X III e V, apenas.
c. III. d. I e II.
e. I e III. 3| Ainda sobre a tirinha, assinale a afirmativa incorreta.
2| Sobre a construção textual das falas dos persona- a. As falas dos personagens são todas frases verbais.
gens, analise as afirmações que seguem. b. X No primeiro e no terceiro quadrinhos, o termo
Hahaha funciona como frase incompleta.
I. A fala presente no primeiro quadrinho é um período c. No segundo quadrinho, a vírgula poderia ser
simples. substituída pela palavra e, sem alteração do sentido
II. No segundo quadrinho, temos um exemplo de perío- original.
do composto. d. No terceiro quadrinho, há um período composto
III. A oração os jovens perderam os valores morais é por subordinação.
coordenada assindética. e. No último quadrinho, temos duas frases verbais.