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1. INTRODUÇÃO

A globalização da economia, fenômeno que derruba fronteiras e define uma


nova ordem para a gestão dos negócios em todos os segmentos, impõe ao
agronegócio brasileiro uma revisão completa de suas práticas e conceitos.

Entender a fazenda apenas como um modelo fornecedor de matéria prima,


desconectada dos outros momentos de transformação, não cabe mais. É
imperativo adquirir a visão sistêmica de produção e comercialização, buscar
eficácia, de forma a favorecer a relação custo/benefício e permanecer
competitivo. O agronegócio passa a ser encarado como um sistema de elos,
abrangendo itens como pesquisa, insumos, tecnologia de produção, transporte,
processamento, distribuição e preço.

O produtor rural seja ele pequeno ou grande, conhecendo o seu lugar dentro da
cadeia produtiva, será capaz de tomar decisões importantes para a viabilização
do seu negócio, que estão relacionadas a: o que, quando, quanto e para quem
produzir. Com este modelo, o gerente é o mercado e o dono é o consumidor.

Lidar mais profissionalmente com esta entidade chamada mercado é uma


necessidade imperiosa colocada para todos os elos das cadeias produtivas do
agronegócio, sobretudo para aquele inserido “dentro da porteira”.

É preciso ser absolutamente hábil no momento mais crucial de qualquer


processo produtivo, o da comercialização, é fundamental saber vender bem,
buscando, inclusive, a utilização de mecanismos de comercialização que
possibilitem vender primeiro e produzir depois, como, por exemplo, a Cédula de
Produto Rural – CPR e os Mercados Futuros e de Opções.

Neste cenário ditado pela competição, aumento de produtividade, tecnologia


auto-sustentável e achatamento das margens, velhos paradigmas começam a
desaparecer, especialmente aquele que definia o Estado como o grande
controlador do setor agropecuário nacional. Não obstante, é evidente que o
equilíbrio do sistema, ou melhor, a sua competitividade de longo prazo, depende
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muito da estabilidade das políticas macroeconômicas do governo (inflação,


impostos, juros, câmbio). Mas, é inequívoco que a força do mercado é o atual
paradigma estabelecido, e novos instrumentos de gestão estão surgindo,
oferecendo outra perspectiva para o segmento.

O desafio da eficiência está lançado, é preponderante que neste processo de


gestão do agronegócio, todos os segmentos envolvidos atuem em sintonia com
a teia global aí estabelecida, imprescindível para a sobrevivência.

2. Atividades Desenvolvidas
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2.1 Início: 29/04/2004 Término: 29/04/2004


Tema: Oficina sobre agricultura moderna (Tipos de irrigação)
Recursos: Vídeo
Coordenador: Virgílio José Távira Erthal
Quantidades de horas: 5 horas

Tipos de irrigação localizada:


1. Gotejamento
2. Micro-aspersão
3. Nebulização

ii. Observação: para cada grupo tipo de irrigação localizada existem muitos
modelos que devem ser dimensionados de acordo com as necessidades da
cultura, do clima, do solo e das condições do produtor. Portanto, não existe um
modelo que se aplica em toda e qualquer circunstância.
b. Vantagens da irrigação localizada:
i. Redução de deriva: como são aplicadas muito próximas à cultura ou ao solo
existe pouca chance de evaporação antes que atinjam o alvo, a cultura ou o solo.
ii. Redução de evaporação: a mesma condição de proximidade do alvo de
irrigação também reduz a perda por evaporação
iii. Restrição da área irrigada: o obetivo principal da irrigação localizada é irrigar
apenas o alvo desejado, pode ser o colo da planta, a região das raízes, folhas,
etc., ou seja, onde não existe raiz ou planta a ser irrigada não é feita aplicação de
água.
iv. Impacto reduzido sobre o solo: como as gotas são pequenas e aplicadas a
pequena distância do alvo a energia que carregam é pequena, portanto,
resultando em pequeno impacto físico sobre o solo, evitando sua desagregação
por impacto.

Aspersão mecanizada
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A evolução dos sistemas de irrigação por aspersão convencional


permitiu, além de sua melhoria, o desenvolvimento de novos
equipamentos e entre eles os sistemas mecanizados de irrigação por
aspersão. Nestes equipamentos procurou-se substituir a mão-de-obra
do transporte e montagem das tubulações e aspersores por sistemas
mecânicos. Substituiu-se o trabalho manual pelo trabalho mecanizado
que implica maior capital investido na compra de equipamentos
hidráulicos (turbinas e pistões), elétricos e convencionais (tratores e
outros equipamentos de combustão interna) e redução do custo
operacional com possibilidade de automação completa. Os sistemas
mecanizados são mais uma opção e não descartam os não
mecanizados.

Aspersão

Quando na análise do sistema de irrigação mais adequado existe a


necessidade de uma área molhada igual a 100% e também se almeja
um sistema mais eficiente que a aspersão convencional por se tratar
de culturas mais sensíveis ou exigentes, a mini-aspersão é a melhor
escolha. Um outro benefício importante deste sistema é que por ser
fixo uma automação dos setores se torna possível.

2.2 Início: 06/05/2004 Término: 06/05/2004


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Projeto: Oficina sobre agricultura moderna (Agricultura de


precisão)
Recursos: Vídeo
Coordenador: Virgílio José Távira Erthal
Quantidade de horas: 5

Segundo o Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, trata-se de uma estratégia


de manejo que usa a TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO para a obtenção de
dados provenientes de várias fontes, visando dar suporte a decisões associadas à
produção agropecuária. Uma definição mais clara seria a fornecida pelo "US Farm
Bill", que diz tratar-se de um sistema de produção agropecuário baseado na
integração da informação com a produção, visando AUMENTAR a longo prazo, a
eficiência da produção numa área da propriedade ou no todo. AUMENTAR o
lucro, com SIMULTÂNEA MINIMIZAÇÃO dos impactos indesejáveis no meio
ambiente e na vida selvagem. Em resumo, a Agricultura de Precisão é amparada
pelo Princípio da Parcimônia ou da Moderação. Segundo o Centro Australiano de
Agricultura de Precisão da Universidade de Sidney, a Agricultura de Precisão não
deve ser entendida como uma técnica que busca uma produtividade uniforme na
lavoura, a não ser que o potencial na lavoura seja uniforme. A Agricultura de
Precisão propicia identificar a diversidade no potencial de produtividade e das
condições ambientais durante o estabelecimento de operações de manejo.
Estritamente falando Agricultura de Precisão não é uma coisa nova, pois
planejamento da irrigação e fertirrigação podem ser consideradas como uma
espécie de Agricultura de Precisão. O que ocorre é que, recentemente, a
Agricultura de Precisão progrediu bruscamente com o surgimento de inovações
tecnológicas tais como: satélites de posicionamento global (GPS, do inglês Global
Positioning Satellites), monitoramento de colheita, videografia, sofisticados
programas de computador para mapeamento e armazenamento de dados e
aplicação de insumos a taxas variáveis. Apenas para ilustrar, pode-se hoje, por
exemplo, coletar uma amostra num ponto na lavoura e registrar as coordenadas
geográficas (latitude e longitude) do ponto amostrado com o GPS. Em seguida, ao
se obter um resultado de análise da amostra coletada, podemos então saber
exatamente de onde veio a amostra na lavoura e, assim, executar um tratamento
ou adubar exatamente naquele ponto graças ao GPS que contém as coordenadas
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geográficas do ponto amostrado. Importante mencionar que Agricultura de


Precisão não se resume na aquisição de equipamentos sofisticados de alta
tecnologia, mas sim na aquisição e uso racional da informação obtida a partir
daquela tecnologia, visando aumento de produtividade com o menor impacto
possível no meio-ambiente. Outra ferramenta importante na Agricultura de
Precisão é o GIS, sigla em inglês que quer dizer Geographic Information System.
O GIS possibilita dados oriundos de vários pontos na lavoura possam ser
visualizados num mapa digital (mapa no vídeo de um computador comum) e
diferentes dados de diferentes mapas podem ser correlacionados. Por exemplo, a
Embrapa Solo estará apresentando em breve um mapa de fertilidade do solo de
uma lavoura e este mapa será comparado com um mapa de nutrição de plantas e
de colheita da cultura. Deste modo haverá a possibilidade de se constatar que
num ponto com baixa produtividade devido a uma deficiência de um nutriente
poderemos verificar se a nutriente falta na planta (mapa de nutrição) e no solo
(mapa de fertilidade).

2.3 Início: 31/05/2004 Término: 31/05/2004


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Projeto: Oficina sobre agricultura moderna (Bovinocultura de


corte)
Recursos: Vídeo
Coordenador: Virgílio Erthal
Quantidade de horas: 5

Os desempenhos econômico e produtivo dos sistemas de produção são funções


dos fatores desempenho animal, gerência, mercado, mão-de-obra e de suas
interações. Desempenho animal, por sua vez, é função do ambiente, do genótipo
e da interação entre estes. A pecuária de corte brasileira encontra, de modo
geral, limitações em todos estes fatores. Excetuadas as ilhas de eficiência que
são representadas pelas poucas propriedades de pecuária de corte conduzidas
com visão empresarial, as demais têm deficiências que vão desde alimentação,
passando pelo manejo até gerência. A alimentação, dentro do componente
ambiente, talvez seja o fator isolado mais importante e pode, nas nossas
condições, ser caracterizada como sendo constituída principalmente por
pastagens implantadas em solos de baixa fertilidade, sujeitas a estacionalidade
de clima, com reflexos na qualidade e quantidade de forragem produzida, utilizada
sob manejo inadequado e sem o uso de fertilizantes. Isto tem como resultado não
só a baixa qualidade, mas também, a degradação das mesmas. O manejo geral
do rebanho, bem como, o manejo sanitário são outros componentes do ambiente.
Como esses são ineficientes, contribuem para limitação do desempenho e
comprometimento da saúde do animal. Quanto ao potencial genético (genótipo),
o rebanho caracteriza-se pela pouca precocidade e baixos desempenhos
produtivo e reprodutivo. Essa condição, aliada às restrições gerenciais e
deficiências de manejo, resulta em idades tardias para abate dos machos e
primeira cria das fêmeas. Além disto, contribui para o baixo desfrute do rebanho.
Quanto ao mercado, a carne bovina caracteriza-se pela inexistência de uma
demanda bem definida, por parte do consumidor, no que diz respeito à qualidade
do produto. Além disto, existem as limitações impostas por relações desfavoráveis
de preços insumo/produto, baixo poder aquisitivo do mercado interno, restrições a
importações por barreiras não tarifárias, flutuações cíclicas do preço da carne,
falta de uma política estável do governo, e ausência de preço diferenciado por
qualidade. Assim, pode-se depreender que a viabilidade de um sistema de
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produção envolve uma série de fatores direta ou indiretamente ligados aos


diversos setores da cadeia produtiva da carne bovina. Estima-se que, no Brasil
Central, aproximadamente 30 milhões de hectares de pastagens estejam
degradados e/ou em processo de degradação, se mantidos, não são capazes de
proporcionar a sustentação do setor, não sendo mesmo capazes de atender às
demandas do mercado interno caso haja continuidade e desenvolvimento de uma
política econômica estável.

2.4 Início: 14/05/2004 Término: 14/05/2004


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Projeto: Dia de Campo (Recuperação de pastagens)


Recursos: Palestras, visita técnica e audiovisual.
Coordenador: Virgílio Erthal
Quantidade de horas: 10

Através do Dia de Campo realizado em Itaberaí – Go percebemos através de


palestras que a fazenda trabalha com os seguintes métodos de recuperação de
pastagens: 1) Integração lavoura-pecuária com cultivo seqüencial (rotação)
Esta modalidade de integração adota uma seqüência de operações em que a
lavoura e os outros cultivos anuais (grãos) ocupam uma mesma área durante uma
mesma estação de crescimento, embora defasados no tempo. Devem ser
adotadas práticas de conservação do solo, correção da acidez e da fertilidade,
com base em análises laboratoriais e no cultivo anual recomendado.
Após a colheita, faz-se o plantio de uma espécie forrageira anual para utilização
em regime de corte ou pastejo. No ano seguinte, adota-se o cultivo de grãos ou a
implantação da pastagem perene. Em condições climáticas favoráveis, pode-se
implantar a pastagem perene associada com uma planta forrageira anual. A
seqüência de cultivos, até a implantação da pastagem perene, dependerá do nível
de correção do solo e da espécie da forrageira a ser adotada.
2) Integração lavoura-pecuária com cultivo consorciado
A implantação da pastagem ocorre associada ao cultivo anual. Para tanto,
deverão ser adotadas práticas de preparo do solo específicas ao longo do ano,
visando a descompactação do solo, incorporação de invasoras e pela própria
pastagem remanescente. O cultivo anual ocorre simultaneamente com a espécie
forrageira. A mistura das sementes da planta forrageira ao fertilizante possibilita a
redução da competição entre a nova pastagem e o cultivo anual. Diferentes
culturas poderão ser adotadas, tais como arroz, milho, sorgo e girassol,
dependendo da aptidão do solo, infra-estrutura e riscos climáticos inerentes ao
cultivo.
3) Integração lavoura-pecuária temporal
Melhor indicada para produtores envolvidos na produção de grãos, em razão dos
investimentos existentes na propriedade e capacitação gerencial. Nesses
sistemas, a introdução de pastagens será compulsória, visando à recuperação
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das características químicas, físicas e biológicas do solo. A adoção de um


sistema de produção integrado por pecuaristas típicos dependerá, basicamente,
da remuneração dessa atividade e da capacidade gerencial.
Os trabalhos de Integração Agricultura/Pecuária visam colocar à disposição do
produtor práticas ligadas a agricultura, para os criadores de gado, e práticas
zootécnicas aos produtores de grãos. Com isso, tem-se observado que os
processos de degradação das propriedades rurais são controlados através das
atividades conjugadas. Os proprietários que cuidam apenas de agricultura
degradam, mesmo que involuntariamente, suas terras devido ao manejo
inadequado no processo de produção de alimentos, e os criadores de gado
comportam-se da mesma maneira, ao praticarem técnicas repetitivas de criação.
Quando se conjuga as duas atividades, utiliza-se da complementação das
atividades para manter ou melhorar o nível de produtividade ao mesmo tempo
que se consegue a sustentabilidade na atividade rural. Resíduos da agricultura ou
o produto antes descartável passa a ser fonte de alimento para o gado e ,em
troca, o gado coloca na área, através das fezes e urinas, nutrientes para o
desenvolvimento das plantas, seja no pasto ou nas áreas recuperadas. Essa
integração, de início, ocorre em uma primeira etapa, através da recuperação das
áreas degradadas, geralmente ocupadas pelas pastagens. A recuperação é
conseguida através de consórcios forrageiras com culturas semeadas ao mesmo
tempo. Isso é possível através de práticas especiais de preparo de solo,
colocação de adubos e utilização de máquinas apropriadas (Sistema Barreirão).
As culturas são utilizadas para produzir grãos e para cobrir os custos da
recuperação. Sessenta dias, após retirar a cultura do campo, a pastagem está
formada, ao mesmo tempo em que se coloca áreas de baixo rendimento no
processo produtivo da propriedade. Uma vez formado o pasto, inicia-se a
atividade pecuária. As culturas usadas, até o momento, são o milho, arroz,
girassol, sorgo e milheto, e as forrageiras são as braquiárias e alguns pânicos. O
manejo do gado é muito importante para a longevidade da recuperação das
pastagens. O manejo contínuo do gado, na mesma área, contribui para o
consumo excessivo da massa produtiva, reduzindo as gemas de reserva para o
processo de brotação das forrageiras, levando o pasto à rápida queda de
produção. Quando o manejo é rotacionado, possibilita a pastagem descansar até
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o tempo suficiente para produzir massa para ter de volta o animal na área
anteriormente usada. A população animal, por área, é controlada através da
oferta de massa verde. Nesse processo, não se tem problema de superlotação. A
pastagem pode durar por períodos longos, podendo chegar até dez anos de uso.
Esse tempo pode ser alongado, quando se pratica adubação de reposição dos
nutrientes exportados através do crescimento animal. Quanto melhor a qualidade
da forrageira e a genética do rebanho, melhor são os resultados obtidos.
Formação de pastagem em plantio direto
O Sistema de pastagem em plantio direto, denominado Sistema Santa Fé,
implantado anualmente, consiste no cultivo consorciado de culturas anuais,
graníferas ou forrageiras, com espécies forrageiras, principalmente as braquiárias,
em áreas agrícolas com solos parciais ou devidamente corrigidos. As práticas que
compõem o sistema minimizam a competição precoce da forrageira, evitando
redução no rendimento das culturas anuais e permitindo, após a colheita destas,
uma produção forrageira abundante e de boa qualidade. Por tratar-se de
pastagem de primeiro ano, tanto a produção de biomassa como a turgidez da
forragem se estende por muito tempo no período seco, permitindo até mesmo a
produção de novilho precoce a pasto. Em áreas irrigadas, a alternativa de se
cultivar o feijão, por exemplo, na entressafra sobre a palha da braquiária vem
constituindo numa prática altamente vantajosa, por reduzir os efeitos bióticos
nocivos para esta leguminosa, Tem-se observado que, também, o arroz de terras
altas beneficia-se, quando é precedido pela braquiária. Esse sistema, em síntese,
refere-se ao aproveitamento intensivo das áreas cultivadas. Através do seu uso,
pode-se obter uma safra da cultura de preferência do agropecuarista e uma
segunda, que pode ser o milho e o sorgo cultivados em associação com a
braquiária. Após a colheita, o pasto é formado entre 45 a 50 dias e aproveitado
como fonte de volumoso para o rebanho numa época em que os animais mais
necessitam de alimento. Quando a área é irrigada, utilizando-se de variedades
precoces, pode-se obter até três cultivos em um só ano. O plantio direto, devido
suas prerrogativas conservacionistas e de redução de custos, está sendo
largamente adotado pelos produtores. No entanto, sua evolução quantitativa
dependerá de fontes eficiente de cobertura morta capazes de proteger,
plenamente, a superfície do solo e ter longevidade adequada. A palhada de
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braquiária tem atendido a estes dois requisitos, produzindo mais de 15 t/ha de


matéria seca, quando corretamente manejada, e persistindo por mais de seis
meses na superfície do solo. Além disso, a palhada reduz a intensidade de ataque
de algumas doenças fúngicas do solo na cultura do feijoeiro. Melhores
rendimentos de grãos de feijão e seja em palhada de braquiária também já foram
registrados.
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2.5 Início: 05/08/2004 Término: 05/08/2004


Projeto: Seminário Sobre Agricultura Familiar e PRONAF
Recursos: Palestras, visita técnica e audiovisual.
Coordenador: FAEG
Quantidade de horas: 8

Foi discutido sobre política agrícola para a pequena propriedade, plano de safra
2004/2005 para a agricultura familiar, A organização e representação do pequeno
produtor, importância da capacitação para o pequeno produtor e sua família,
linhas de financiamento, relacionamento do pequeno produtor com o agente
financeiro e informatização de procedimentos, assistência técnica e extensão rural
para o produtor familiar e emissão das DAP. Todos assuntos relacionados para o
aumento da produção e produtividade das famílias dos agricultores familiares. O
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Fundo das
Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentaram dados que
revelam que aproximadamente 85% do total de propriedades rurais do país
pertencem a grupos familiares. São 13,8 milhões de pessoas que têm na
atividade agrícola praticamente sua única alternativa de vida, em cerca de 4,1
milhões de estabelecimentos familiares, o que corresponde a 77% da população
ocupada na agricultura. Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população
brasileira vêm desse tipo de produção rural e quase 40% do Valor Bruto da
Produção Agropecuária são produzidos por agricultores familiares. Cerca de 70%
do feijão consumido pelo país, alimento básico do prato da população brasileira
vêm desse tipo de produção rural e quase 40% do Valor Bruto da Produção
Agropecuária são produzidos por agricultores familiares. Vêm daí também 84% da
mandioca, 5,8% da produção de suínos, 54% da bovinocultura de leite, 49% do
milho e 40% de aves e ovos. A agricultura familiar também vem registrando o
maior aumento de produtividade no campo nos últimos anos. Na década de 90, foi
o segmento que mais cresceu. Entre 1989 e 1999, a produção agrícola familiar
aumentou em 3,8% ao ano, o bom desempenho ocorreu mesmo em condições
adversas para o setor, quando nesse período sofreu uma queda de 4,7% ao ano
nos preços recebidos. Esses resultados positivos foram alcançados mesmo tendo
a agricultura familiar um histórico de baixa cobertura de crédito rural. É bom
ressaltar que apenas 23% dos estabelecimentos familiares rurais acessaram
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financiamentos nos últimos três anos. O esforço que o Governo Federal vem
realizando, por meio da oferta do crédito rural no âmbito do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, seguramente acarretará
mudanças no histórico desequilíbrio da política de concessão de crédito rural.
Pretende-se fortalecer e estimular a agricultura familiar com o objetivo de superar
um padrão de carência existente no meio rural em várias regiões do país. Para
isso é impossível pensar um projeto nacional de crescimento sustentável
considerando não só o enorme potencial da agricultura familiar pela sua
expressão econômica, mas também por sua dimensão sócio-cultural e ambiental.
As ações de Assistência Técnica e Extensão Rural deverão ser ampliadas, seja
ela pública ou privada; a pesquisa agrícola deverá dar atenção às necessidades
dos agricultores e da agricultura familiar; será preciso estabelecer um seguro
agrícola que garanta a renda dos agricultores; o crédito rural do PRONAF deverá
considerar de forma mais efetiva as questões do desenvolvimento regional e
territorial. Vale a pena ressaltar que todos os países desenvolvidos têm na
agricultura familiar um sustentáculo do seu dinamismo econômico e de uma
saudável distribuição da riqueza nacional. Todos eles, em algum momento da
história, promoveram a reforma agrária e a valorização da agricultura familiar.
Para se ter uma idéia, a ocupação histórica do território dos Estados Unidos foi na
unidade entre gestão e trabalho e a agricultura foi inteiramente baseada na
estrutura familiar. O bom desempenho e o fortalecimento da agricultura familiar
está na dependência da capacidade de articulação dos diversos atores sociais
envolvidos e comprometidos com a agricultura familiar, tais como: movimentos
sociais, diversos ministérios, governos estaduais e municipais, agentes
financeiros, ONGs e outros. Com tudo isso, a política de crédito rural do PRONAF
poderá contribuir ainda mais para a ampliação desses espaços de articulação,
disseminando informações e descentralizando a tomada de decisões,
promovendo um papel mais efetivo nos processos de financiamento da agricultura
familiar. Ao estimular a atividade familiar no campo e, simultaneamente, o
aumento da produção, o grande desafio estará na solução estrutural para uma
importante questão social e econômica do país.
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2.6 Início: 15/09/2004 Término: 15/09/2004


Projeto: II Seminário Estadual do Cooperativismo
Recursos: Palestras, visita técnica e audiovisual.
Coordenador: OCB - Go
Quantidade de horas: 8

Foi discutido neste Seminário Sistema Cooperativista Goiano, A Política Nacional


do Cooperativismo, Vivenciamento do Cooperativismo, Sistema de Saúde no
Brasil, O papel da Cooperativa, Cooperativismo de Trabalho, Uma Nova
Realidade de Trabalho e Renda, A essência da cooperação e do
Empreendorismo no Desenvolvimento do Cooperativismo, O papel da Mulher no
Desenvolvimento do cooperativismo Brasileiro, O produtor do futuro, O momento
Atual do Cooperativismo de Crédito Goiano, que transcorridos 160 anos da
criação da primeira cooperativa, os valores de democracia, igualdade, equidade e
solidariedade, ainda inspiram e orientam o movimento cooperativista a enfrentar
os desafios na obtenção dos resultados que beneficiem a todos. A importância do
cooperativismo está presente no cotidiano do trabalho dos cooperados com a
promoção da inclusão social e resgate da cidadania destes. No campo, onde
agricultores, sozinhos teriam dificuldades para competir no9 mercado e unidos em
cooperativas tem a chance de fazer frente as grandes empresas. Nasa cidades,
cooperativas de trabalho oferecem oportunidades a trabalhadores, onde muitos
ainda continuam excluídos do mercado formal de trabalho diante da situação
econômica desfavorável que o país atravessa, bem como as cooperativas dos
ramos saúde, transporte, educacional que constituem seus empreendimentos de
forma independente. Já as cooperativas de credito fornecem empréstimos e juros
abaixo da media do mercado fomentando o desenvolvimento do sistema. E é
assim que o cooperativismo goiano e demais entidades apóiam o cooperativismo,
no Estado. Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem,
voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais
e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e
democraticamente gerida.
Tipos de Cooperativas:
Em linhas gerais, as cooperativas se enquadram nos seguintes segmentos:
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Segmento Agropecuário: Os primeiros modelos foram criados no Brasil, em Minas


Gerais, a partir de 1907. Os colonos europeus influenciaram decisivamente a
opção por esse tipo de organização social, principalmente no Sul do país. É o
segmento mais forte do cooperativismo brasileiro, responsável pela organização
da produção agropecuária, possibilitando uma inserção eficiente nos mercados.
Atuando ao longo das cadeias produtivas, possibilita a compra em comum de
insumos (adubos, agroquímicos, máquinas agrícolas) e a venda da produção dos
cooperados. Presta serviços de assistência técnica, armazenamento,
industrialização, comercialização, assistência social e educacional.
Segmento Consumo: A primeira cooperativa formal criada no mundo, em
Rochdale, foi desse tipo. No Brasil, a experiência original deu-se em 1897, em
Campinas, com a criação da Cooperativa dos Empregados da Cia. Paulista de
Estrada de Ferro. Classifica-se em abertas ou fechadas, na medida em que
admitem ou não como cooperados pessoas de segmentos sociais distintos ao que
lhe concebeu. Repassar aos seus associados mercadorias em quantidade,
qualidade e preços competitivos consiste no objetivo central e principal desafio
deste tipo de cooperativa.
Segmento Crédito: Historicamente este tipo é um dos mais dinâmicos do
cooperativismo brasileiro, não obstante tenha sido submetido à fragilização pelo
comando político-econômico do país experimentado durante as décadas de 60 e
70. A primeira cooperativa brasileira foi criada no Rio Grande do Sul, sob
inspiração do Pe. Theodor Amstadt, que se respaldou nas cooperativas do tipo
Raiffeisen, uma espécie de caixa de auxílio mútuo. Atualmente, existem dois sub-
tipos de cooperativas de crédito: (a) as urbanas, também chamadas de crédito
mútuo, que segue o modelo Dejardins, do Canadá. São fechadas, só beneficiando
distinto grupo social, o que a diferencia do tipo Luzzatti, da Itália; (b) de crédito
rural, que só admitem a associação de cooperados de determinada cooperativa
agropecuária ou região produtora. As cooperativas de crédito são acompanhadas
e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, autoridade oficial que as disciplinam
em nome do Conselho Monetário Nacional. No Brasil, são impostas limitações de
ordem legal à atuação desse tipo de cooperativa, a despeito da resolução nº
2.193, de 31.08.95, que faculta a constituição de bancos cooperativos. Assim,
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impede-se a participação das cooperativas de crédito do tipo Luzzatti e a


participação de capitais de terceiros.
Segmento Educacional: A primeira experiência surgiu em 1987, em Itumbiara-GO,
como conseqüência do achatamento do poder aquisitivo da classe média, reflexo
de seguidos planos de estabilização macroeconômica mal sucedidos. Logo,
através da associação cooperativa, os pais encontraram um caminho para
superar a dependência às escolas particulares e oferecerem aos seus filhos
ensino de qualidade a preço justo. Enquadram-se, ainda nesse tipo, aquelas
cooperativas formadas por estudantes de escolas de ensino agrícola, que
contribuem no processo pedagógico, possibilitando o aprendizado prático e a
experiência de gestão cooperativa. Recentemente, o Governo Brasileiro tem
apoiado estas experiências, através do Ministério da Educação e Cultura.
Segmento Especial: Enquadram-se neste tipo as cooperativas constituídas por
deficientes físicos.
Segmento Habitacional: Este tipo foi criado em 1964, com a Lei que instituiu o
extinto Banco Nacional de Habitação, visando coordenar a ação dos órgãos
públicos e orientar a iniciativa privada, de modo a estimular a construção de
habitações de interesse social e financiando a aquisição da casa própria,
especialmente para as classes pobre e média. Atualmente, existem pseudo-
cooperativas intituladas de "cooperativas" habitacionais, que são na verdade
consórcios privados que tentam burlar a legislação, não obstante existam
autênticas cooperativas calcadas na auto-gestão e com menor dependência ao
aparelho de Estado.
Segmento Mineral: Criado pela OCB em 1993, destacando as cooperativas de
extração mineral.
Segmento Produção: Enquadra-se nesse tipo aquelas cooperativas em que os
meios de produção são de propriedade coletiva e os cooperados formam o seu
quadro diretivo, técnico e funcional.
Segmento Serviço: As cooperativas de serviço objetivam prestar coletivamente
um determinado serviço ao quadro social São exemplos clássicos as cooperativas
de eletrificação e telefonia rural.
Segmento Trabalho: A primeira iniciativa registrada no Brasil deu-se em 1938,
com a Cooperativa de Trabalho dos Carregadores de Bagagens do Porto de
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Santos. Este tipo de cooperativismo é constituído por profissionais de uma área


de interesse comum, que buscam se apropriar de maior parcela da renda
resultante do seu trabalho e superar o desemprego. São exemplos deste tipo de
organização, as cooperativas de taxistas, engenheiros, professores etc.
Segmento Saúde: São cooperativas formadas por profissionais da área de saúde:
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, que à semelhança dos outros
profissionais organizados em torno das cooperativas de trabalho, buscam superar
o desemprego e portarem-se como patrões de si próprios, oferecendo serviço de
qualidade, com custos acessíveis aos seus clientes.
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2.7 Início: 16/09/2004 Término: 17/09/2004


Projeto: Bovino de leite (Curso Brucelose)
Recursos: Palestras, visita técnica e audiovisual.
Coordenador: AGENCIARURAL
Quantidade de horas: 16

Brucelose

Introdução

A brucelose é uma doença infecto-contagiosa, de evolução crônica e de caráter


granulomatoso típico, que acomete principalmente os sistemas reprodutivo e
ósteo-articular de bovinos, suínos, ovinos, caprinos, cães, eqüinos e homem.
Possui ampla distribuição mundial, sendo endêmica no Brasil.

A doença provoca graves perdas produção animal, chegando a causar 25% de


diminuição na produção de leite e 15% na produção de carne, sem contar com a
perda de bezerros ocasionada por abortamentos. Além disso, a sua presença
torna o País vulnerável a barreiras sanitárias internacionais.

Etiologia

O agente é uma bactéria intracelular facultativa do gênero Brucella. São cocos-


bacilos gram negativos, sem cápsula, imóveis e não esporulados. Esse gênero
possui várias espécies, reunidas em dois grupos antigenicamente distintos:

Brucelas lisas ou clássicas:

 B. abortus - bovinos
 B. suis - suínos
 B. melitensis - caprinos
 B. maris - golfinhos e focas
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Brucelas rugosas:

 B. ovis - ovinos
 B. canis – cães
 B. neotomae - roedores

O agente pode resistir até 4 dias na urina de bovinos, 75 dias no feto abortado em
período frio e 120 dias em locais úmidos, escuros e pH neutro. Entretanto, é
sensível a desinfetantes comuns (álcool, produtos clorados, formol e compostos
fenólicos), raios solares, fervura e pasteurização.

Epidemiologia

Fonte de infecção

Hospedeiros vertebrados que albergam as brucelas e as eliminam no ambiente:


animais doentes ou portadores sãos. As diferentes espécies, apesar de ter
predileção por determinada espécie, podem acometer diversas outras espécies.
Os gatos porém, são resistentes à brucela.

Via de eliminação

 produtos do abortamento (feto, placenta, líquido amniótico)


 corrimento vaginal e urina (por 15 a 30 dias após aborto ou parto normal)
 sêmen
 leite

Via de transmissão

contato direto: transmissão venérea (monta natural), pessoas que lidam


diretamente com os animais (doença ocupacional).

contato indireto: ingestão de pastagens, alimentos e/ou água contaminados por


restos de aborto, secreções vaginais que contenham brucela, IA.
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Porta de entrada

 mucosa digestiva
 conjuntiva
 pele lesada
 mucosa genital

Suceptível

Homem, bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos, suínos e cães. Animais jovens são
refratários à doença até atingirem a maturidade sexual, podendo ser portadores e
vir a desenvolver brucelose posteriormente. As bezerras que se mantém
afastadas das vacas, possuem uma freqüência de infecção mais baixa. Os
novilhos e os machos castrados possuem pouca importância na epidemiologia da
doença.

Patogenia

Uma vez atravessando a porta de entrada, as brucelas serão drenadas para os


gânglios linfáticos regionais e a partir destes, via linfa ou sangue, disseminam-se
por todo o organismo, indo colonizar os órgãos ou tecidos ricos em células do
sistema mononuclear fagocitário, tais como gânglios linfáticos, medula óssea,
fígado, baço e articulações. Além destes, as brucelas se disseminam para órgão
reprodutivos como útero gravídico das fêmeas e os testículos, epidídimo e
vesícula seminal dos machos.

A predileção para útero gravídico se deve à produção, pelo mesmo, do hormônio


chamado eritritol. O eritritol atrai as brucelas e funciona como fator estimulante
para o seu crescimento. Este hormônio só está presente em bovinos, caprinos,
ovinos, suínos e cães, e está relacionado com a ocorrência do abortamento. Este
hormônio não é produzido pela mulher ou pela égua que, por conseguinte, não
apresentam abortamento em conseqüência da brucelose.
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Sintomas

 O período de incubação é extremamente variável podendo durar de


semanas a cerca de 7 meses.
 Infertilidade em fêmeas: decorrência de metrite, retenção de placenta.
 Infertilidade em machos: orquite e processos inflamatórios na vesícula
seminal e ampolas.
 Abortamento no terço final da gestação em bovinos: inflamação necrótica
na junção entre carúncula e cotilédone.
 Abortamento precoce em suínos: aumento na taxa de repetição de cio ou
maior número de fetos mumificados ou mesmo deteriorados indicando
morte fetal precoce.
 Lesões articulares (em suínos, eqüinos e homem)
 Lesões cutâneas (no homem e suínos)
 Processo inflamatório de ligamentos (bursite): mal da cernelha ou mal da
cruz (em eqüinos e bovinos de tração)
 Mastite brucélica - nódulos no úbere, coágulos no leite (em cabras)

Diagnóstico

Exame clínico: deve ser considerado com cautela, pois os sintomas são
inespecíficos sendo que o principal sintoma - a infertilidade - pode ter etiologia
diversa. O abortamento costuma ocorrer após o 5 mês de gestação, sendo
comum a retenção fetal por 24-72 horas após a morte. Ocorre com freqüência a
retenção de placenta e endometrite. O feto abortado é aparentemente saudável
pois não há infecção fetal. É importante, entretanto, estabelecer um diagnóstico
diferencial de outras doenças que provocam abortamento, a saber:

 Tricomonose: repetição de cio, ciclo irregular, abortamento no primeiro


terço da gestação, morte e maceração fetal, piometra, infertilidade
temporária ou permanente, machos portadores sãos.

 Listeriose: abortamento no terço final de gestação, autólise fetal.


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 Vibriose: abortamento aos 4-8 meses de gestação, não há retenção de


placenta ou de feto morto, feto aparentemente normal.

 Leptospirose: abortamento em qualquer fase da gestação, predominando


no terço final, retenção fetal e de placenta, feto autolisado.

 Toxoplasmose: abortamento ocorrerá caso infecção tenha se procedido na


primeira metade da gestação, necrose e calcificação dos cotilédones da
placenta, feto abortado aparentemente saudável.

 Rinotraquíte infecciosa (IBR): aborto na segunda metade da gestação,


retenção fetal, feto autolisado, vulvovaginite.

 Diarréia viral bovina (BVD): reabsorção embrionária, mumificação fetal,


aborto no final da gestação, feto abortado aparentemente saudável.

Exame laboratorial: é essencial pra um diagnóstico definitivo.

Existem o diagnostico direto e indireto.

Tratamento

Em rebanhos comerciais o tratamento não deve ser realizado, sendo que por
questões epidemiológicas é recomendado o sacrifício dos animais. Em animais de
estimação, porém, o tratamento é baseado em antibioticoterapia (oxitetraciclina -
20 mg/kg, estreptomicina - 25 mg/kg, cloranfenicol - 10 mg/kg). Deve-se
considerar, porém, que o agente é um parasita intracelular e o tratamento auxilia
no alívio dos sintomas, mas é comum que ele não elimine totalmente o agente do
organismo.

Controle

O controle da doença é objeto do Programa Nacional de Controle e Erradicação


da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), lançado pelo Ministério da Agricultura em
janeiro de 2001. O programa baseia-se nos seguintes pontos:
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Vacinação obrigatória: passa a ser compulsória (a partir de dezembro de 2003) a


vacinação de bezerras com idade entre 3 e 8 meses de idade. A vacina utilizada é
feita com a amostra B19 (viva, atenuada). Atualmente existem 6 laboratórios
produtores no Brasil e a produção atende apenas a 25% da real demanda. A
vacinação contra brucelose só poderá ser realizada sob responsabilidade de
médicos veterinários, que deverão estar cadastrados no Serviço Oficial de Defesa
Sanitária Animal.

Certificação de propriedades livres

 A adesão será voluntária: criação de um selo de qualidade sanitária.


 Testes em todos os animais e sacrifício dos reagentes positivos.
 Certificado de livre: três testes sem um único animal reagente positivo, ao
longo de um período mínimo de nove meses.
 As propriedades certificadas ficam obrigadas a repetir os testes
anualmente, em todos os animais.
 Exigência de dois testes negativos para o ingresso de animais na
propriedade, se os animais não forem provenientes de outra propriedade
livre.
 Os testes de diagnóstico para brucelose são realizados exclusivamente em
fêmeas de idade igual ou superior a 24 meses, desde que vacinadas entre
3 e 8 meses, e em machos e fêmeas não vacinadas, a partir de 8 meses
de idade.
 Supervisão técnica de médico veterinário credenciado.

Certificação de propriedades monitoradas

 De adesão voluntária, atribuída exclusivamente a fazendas de gado de


corte.

 Testes de diagnóstico serão realizados por amostragem apenas em


fêmeas com mais de 24 meses e em machos reprodutores, com
periodicidade anual: conceito de gestão de risco.
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 Quando forem encontrados animais reagentes positivos, todos os animais


serão submetidos a testes de diagnóstico.
 Só poderão ingressar na propriedade animais com dois testes negativos ou
provenientes de propriedades de condição sanitária igual ou superior.
 Supervisão técnica de médico veterinário credenciado.

Normas diversas

 Controle do trânsito de reprodutores e normas sanitárias para participação


em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais.

 Credenciamento e capacitação de médicos veterinários

 Diagnóstico e apoio laboratorial

 Fluxo sistemático de informações entre o serviço de inspeção e o serviço


de defesa sanitária.

 Educação sanitária
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3. CONCLUSÃO

Produzir mais, sem causar danos ao meio ambiente é o grande desafio


que a humanidade, em seu constante crescimento terá que enfrentar e vencer
cada vez mais com maior intensidade. O cultivo integrado é importante para
uma agricultura sustentável sempre baseada em formas de medidas que são
local adequado, manejo do solo, fertilização, variedade vegetal correta,
rotação de culturas e proteção das culturas. Contudo temos em mente que o
agronegócio através de seus produtores, empresas e localizações precisam
trabalhar com afinco no tripé da competitividade: liderança em custos;
diferenciação de produtos e serviço, e enfoque, ou seja, a escolha do lavo
mercadológico amplo ou estreito.
30

BI BLIOGRAFIA

SABINO, G. A. Manual de Estruturação de Trabalhos Científicos:Pré-


Projeto, Monografia, Relatório, Normas da ABNT – Goiânia:
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