Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução da disciplina
ARQUITETA E
URBANISTA ,
ESPECIALISTA EM
ERGONOMIA E
DOCENTE EM DESIGN
DE PRODUTO
Poliana Padula
Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa. 2 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Com estes estudos iniciais, você já poderá começar a fazer seus desenhos de
projeto de maneira correta, seguindo o padrão das normas que guiam a prática do
desenho técnico, facilitando a compreensão por outros profissionais envolvidos no
processo de projetar e executar um produto ou obra. Vamos começar?
FIGURA 1 - Prancheta
Conhecendo instrumentos de desenho e Fonte: LSHOON2211 /PIXABAY.
normas
Outro instrumento de que auxiliará a traçar linhas horizontais mais exatas, além
de apoiar demais instrumentos, é a régua paralela, que, fixada na prancheta por
Prancheta cordões tensionados, possibilita o deslocamento.
O primeiro item ao qual devemos nos atentar é a superfície em que desenharemos. Caso não tenha prancheta para colocar uma régua paralela, também pode ser
O ideal é utilizar uma superfície clara, de material liso, bem-iluminada, sem utilizada uma régua T, que fica apoiada em uma das extremidades da mesa. A
sombreamentos na área onde será colocada a folha. Normalmente, o projetista régua T pode eventualmente se mover e prejudicar a precisão do desenho, porém
realiza seus desenhos em uma prancheta, que consiste em uma mesa com tampo serve como elemento para adaptação em situações em que não se pode montar
em madeira, revestido de material polimérico (plástico) branco, com tampo uma prancheta de desenho.
ajustável em altura e inclinação ideal para que o projetista realize as atividades
sem se inclinar, evitando sombreamento na área de trabalho e constrangimentos No vídeo a seguir, falaremos sobre os instrumentos de desenho: papel, lapiseira,
físicos ao próprio desenhista. compasso, escalímetro e esquadros.
3 - 30 4 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Seguindo a partir do que foi apresentado no vídeo sobre os instrumentos utilizados Segundo o texto da norma, do formato básico, designado por A0 (A zero), é
para o desenho, podemos continuar nos debruçando sobre a temática. Vamos lá? derivado os demais formatos da série A, pela bipartição ou duplicação sucessiva.
Existe uma infinidade de outros instrumentos que pode auxiliar nos desenhos,
como transferidores, curvas francesas, gabaritos de letra técnica, dentre outros.
Fizemos uma síntese dos principais, para começarmos a desenhar!
Formatos de prancha
Formatos de folhas
5 - 30 6 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
A norma 10068 tem como legenda a descrição contida no leiaute da prancha, que As margens fazem a limitação de contorno da folha.
também podemos denominar como "carimbo". A posição da legenda deve estar
nos limites da margem, no canto inferior direito, independentemente se a folha for
utilizada na posição vertical ou horizontal. A orientação do texto da legenda deve
corresponder à do desenho.
FIGURA 1 - Margens
Fonte: Elaboração da autora, 2022.
A margem do lado esquerdo da folha deve ter uma distância maior em relação ao
limite da folha, para possibilitar o encadernamento, após ser dobrada e convertida
no tamanho de um A4, conforme a tabela a seguir:
A0 25 10 14
A1 25 10 10
O carimbo é muito importante para os profissionais localizarem as informações de A2 25 7 7
projeto, sabendo em qual prancha pesquisar. Além das legendas, a ABNT também
normatiza quanto à disposição da margem na folha de desenho, delimitando o A3 25 7 5
quadro em que conterão as informações gráficas de projeto, assim como tabelas,
A4 25 7 5
textos e demais informações.
7 - 30 8 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Considerando o que estudamos até o momento, assista ao vídeo a seguir sobre as Para que vários profissionais consigam trabalhar em um mesmo projeto,
NBRs 105821, 13142, para continuarmos discutindo o tema formatos de pranchas reproduzindo textos e cotas com letras de fácil reprodução e interpretação,
nesta unidade: elaborou-se um padrão de letra técnica, contido na NBR 8402. A altura mínimas
das letras minúsculas é 2,5 mm. Já para as letras maiúsculas, 3,5 mm. A seguir,
um exemplo de caracteres, retirado da norma, para poder treinar como escrever
em letra técnica.
Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
SAIBA MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=bsTO88uRKwM
9 - 30 10 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
1:5 - 5:1
1:10 - 10:1
A escolha da escala também dependerá do tipo de representação que se deseja
fazer. Por exemplo, para desenhos de mapas e projetos urbanos, pode-se usar a NOTA - As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10.
escala 1/1000.
11 - 30 12 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
DICA
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/
nbr-6492-representacao-de-projetos-de-
arquitetura
Essa escala é muito usada para mapas ou apresentações conceituais de projeto. A
grande vantagem do uso desse tipo de escala é que a relação não se altera
quando a imagem do desenho for reduzida ou ampliada por meios digitais. Já no
caso da escala numérica, quando se altera o tamanho da imagem, modifica-se a
proporção e, por conseguinte, a escala.
Projeções ortogonais
13 - 30 14 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Para darmos início aos conceitos de desenho técnico para projeto, primeiramente Para esse tipo de representação, também existe uma norma da ABNT, denominada
precisa-se entender um pouco sobre projeções. No âmbito do desenho técnico, NBR 10067, que dispõe acerca dos princípios gerais de representação em
projeção está relacionada a linhas projetadas em um determinado plano, desenho técnico. O objetivo é orientar nas representações de objetos, forma plana,
representando faces de um objeto. No desenho de projeto, para poder representar em desenhos de projeto. Para explicar como se representar os diversos tipos de
as características dimensionais de um objeto precisamente, utilizamos as representações planas de um objeto, este é inserido no diedro (caixa),
projeções ortogonais planas, ou seja, representação em duas dimensões (2D), sem demonstrando como as faces do objeto se projetam em cada plano do diedro,
distorções ou perspectivas. A esse tipo de projeção também dá-se o nome de conforme a imagem a seguir:
projeção cilíndrica.
15 - 30 16 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
A norma representa duas espessuras de traço: grossa e fina; mas pode-se utilizar
uma variedade de espessuras de linhas, conforme a hierarquia do que se deseja
representar. A relação de proporção entre as espessuras não deve ser inferior a
2:1, para poder identificar a diferença entre espessuras. Com esses recursos, é
possível fazer uma representação de desenho técnico em que se pode distinguir os
elementos do desenho e entender o comportamento de todas as faces do objeto,
mesmo este não estando representado tridimensionalmente.
17 - 30 18 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Considerações finais
19 - 30 20 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
b NBR 10067.
21 - 30 22 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
e NBR 8402.
Incorreta. As projeções ortogonais não são tão simples
e rápidas de fazer. Esse fator dependerão da
complexidade do objeto a ser representado. Por
representar todas das faces do objeto, a compreensão
Resposta Correta:
de todas as projeções na totalidade pode possibilitar
As normas nas demais alternativas são referentes ao
uma visão tridimensional do objeto. Por essa razão, as
desenho técnico. Porém, somente a NBR 8402 trata de
projeções ortogonais são muito úteis para
como executar os caracteres para desenho técnico.
representação do objeto com precisão e não são
utilizadas somente pelo fato de estarem na norma.
23 - 30 24 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Incorreta. As projeções ortogonais não são tão simples
e rápidas de fazer. Esse fator dependerão da
complexidade do objeto a ser representado. Por
representar todas das faces do objeto, a compreensão
de todas as projeções na totalidade pode possibilitar
uma visão tridimensional do objeto. Por essa razão, as
projeções ortogonais são muito úteis para Instrumentos de desenho técnico são
representação do objeto com precisão e não são essenciais para a precisão do que se
utilizadas somente pelo fato de estarem na norma. está projetando. Mesmo com o avanço
da informática e de programas para
desenho do projeto, é muito
importante saber o desenho
A representação ortogonal não é adequada. Porém, é
e instrumental. Assinale a alternativa
preciso seguir a norma.
que corresponde às principais razões
de saber desenhar
instrumentalmente.
25 - 30 26 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado Resposta Incorreta:
em situações em que não se tem acesso aos Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado
programas de computador para projeto. Porém, seu em situações em que não se tem acesso aos
aprendizado é um processo de 'alfabetização' de programas de computador para projeto. Porém, seu
como pensar em desenhar para projeto, extrapolando aprendizado é um processo de 'alfabetização' de
razões como prestígio, necessidades de emergência como pensar em desenhar para projeto, extrapolando
ou preciosismos. razões como prestígio, necessidades de emergência
ou preciosismos.
Resposta Incorreta:
Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado
Resposta Correta: em situações em que não se tem acesso aos
O desenho instrumental é um saber que pode ser programas de computador para projeto. Porém, seu
utilizado em várias situações. Porém, a visão aprendizado é um processo de 'alfabetização' de
criteriosa de desenho de precisão e como representá- como pensar em desenhar para projeto, extrapolando
lo possibilita que o projetista domine a técnica e razões como prestígio, necessidades de emergência
consiga alcançar seus objetivos facilmente por outras ou preciosismos.
ferramentas também.
27 - 30 28 - 30
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Referências SILVA, A. et al. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
29 - 30 30 - 30
E-Book - Apostila
Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa.
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Introdução da unidade
Nesta unidade, compreenderemos sobre as projeções ortogonais, seus conceitos
projetivos básicos, as vistas e suas denominações, a representação de 1º e 3º
diedros, as aplicações básicas de desenho e as normas específicas relacionadas a
esse tópico. Assim, você será capaz de representar qualquer objeto de forma
bidimensional por meio do desenho técnico de suas diversas vistas.
Iremos estudar também sobre perspectivas, que são as formas de desenho que
nos permitem entender o objeto com profundidade e relevo. Nesse tópico, vamos
destacar as perspectivas isométricas, mais utilizadas dentro da arquitetura,
engenharia e design, por causar menor deformação no objeto a ser desenhado.
Para isso, iremos entender o conceito de perspectivas, entender os principais
modelos de perspectivas, o que é a perspectiva isométrica e como desenhá-la. E,
por fim, como representar um objeto de forma tridimensional a partir de vistas
bidimensionais, seja ele um prisma simples ou um elemento mais complexo. Ao
final desta unidade, você será capaz de compreender e projetar objetos e
elementos por meio do desenho técnico de projeções e perspectivas, tanto de
forma bidimensional quanto tridimensional.
2 - 51 3 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Objeto envolto por um cubo imaginário FIGURA 1 - Diferentes posições do observador em relação ao objeto
Fonte: Elaboração da autora, 2022. Fonte: Elaboração da autora, 2022.
Na sequência, imagine que você está observando esse objeto de diferentes Agora imagine que cada uma das posições e vistas que você assumiu tenha gerado
lugares, você pode observá-lo na posição frontal, posterior, na esquerda ou na uma projeção na parede oposta ao cubo imaginário que você envolver o objeto.
direita, ou até mesmo na posição superior ou inferior. Assim, a vista superior vai ser projetada na face inferior do cubo, ou a vista lateral
esquerda se projeta na face lateral direita do cubo.
4 - 51 5 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Agora, a projeção de cada uma das vistas do observador nas paredes FIGURA 1 - Imagem das projeções ortográficas do objeto nas diversas faces do
opostas do cubo cubo imaginário, agora planificado
Fonte: Elaboração da autora, 2022. Fonte: Elaboração da autora, 2022.
Por fim, esse cubo imaginário será aberto até que você o veja de forma A técnica apresentada, por meio do exercício de visão espacial descrito acima, é
planificada, com cada uma das paredes do cubo contendo as projeções das vistas conhecida como planificação ou rebatimento das vistas. A planificação se refere a
que você observou. Para isso, vamos manter fixa a vista frontal do cubo, e as uma forma de organizar, ou representar, algo por meio de um plano (com apenas
demais abrem-se (ZATTAR, 2016). duas dimensões, ou seja, bidimensional). Todas as projeções, chamadas também
de vistas, apresentadas do objeto em questão se referem a essa representação de
uma figura geométrica por meio de um plano, e a essas projeções nos referimos
como projeções ortográficas da figura plana.
6 - 51 7 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
REFLITA
Elementos da projeção ortográfica
As representações de projeto arquitetônico, como
plantas, elevações e cortes, são projeções É necessário conhecer três elementos básicos para compreender como é feita a
ortogonais de um aspecto particular de objetos ou projeção ortográfica: o modelo, o observador e o plano de projeção. Observe cada
construções. um desses elementos representado no infográfico a seguir.
A planta representa uma vista do objeto percebida
de cima. A elevação é uma projeção ortogonal em
um plano vertical de desenho paralelo a um dos (Clique nas caixas em azul)
lados da construção. Já o corte é a projeção
ortogonal de uma construção como se ela fosse
cortada por um plano intermediário, expondo os
materiais internos.
Essas vistas ortogonais, entretanto, não coincidem
Recurso Externo
com a realidade óptica, visto que não há referência
ao observador e, se há, seus olhos estão a uma Recurso é melhor visualizado no formato interativo
distância infinitamente afastada.
Os planos podem ocupar diferentes posições no espaço, além de ser infinito (sem
começo ou fim). Utilizando o sistema de projeções ortogonais, o matemático
francês Gaspard Monge criou a geometria descritiva, que serviu de base para o
desenho técnico. Para isso, ele utilizou dois planos perpendiculares, sendo um
plano horizontal e um plano vertical, e dividiu o espaço em quatro partes, que são
denominadas diedros.
8 - 51 9 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Cada diedro é uma região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si,
Podemos representar objetos e formas tridimensionais utilizando os rebatimentos
numerados no sentido anti-horário. O encontro de dois planos é chamado de linha
de todos os quatro diedros. No entanto, a fim de normatizar e garantir um melhor
terra (LT) e serve de referência para as medidas verticais, denominadas cotas, e
entendimento entre os profissionais envolvidos, foi necessário normatizar uma
horizontais, denominadas afastamentos na épura. A épura, ou planificação do
linguagem entre os profissionais mundo afora (PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; FILHO,
diedro, consiste na rotação do plano horizontal, de modo que a parte anterior do
2017). As entidades responsáveis por normatizar as técnicas de desenho definiram
plano π' coincida com a parte inferior de π” enquanto o plano vertical permanece
que o uso das projeções ortogonais do primeiro e do terceiro diedro deveriam ser
imóvel.
adotadas.
O uso de cada um dos sistemas vai de acordo com a norma adotada em cada país.
No Brasil, seguindo a maioria dos países europeus, a norma recomenda que se
utilize o primeiro diedro. Nos Estados Unidos, Inglaterra e Japão, utiliza-se o
terceito diedro. Para que não haja nenhuma confusão, adotou-se uma
nomenclatura universal para indicar dentro de qual diedro as projeções estão
sendo adotadas, conforme recomendação da NBR 10067 (ABNT, 1995), que trata
dos princípios gerais da representação em desenho técnico (conforme imagem
anterior).
10 - 51 11 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
DICA
Projeções ortogonais
12 - 51 13 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Para aprofundar um pouco mais o conhecimento obtido até aqui, a partir de nossas
discussões sobre o conteúdo, assista ao vídeo sobre projeções ortogonais, que
apresentará importantes considerações sobre a temática da unidade:
Se você ficou com alguma dúvida sobre como construir projeções
ortogonais a partir de um objeto tridimensional, assista ao vídeo a seguir
sobre a explicação de um professor dos conceitos básicos e o exemplo,
https://www.youtube.com/watch?v=Jp_BZawmVkA.
Recurso Externo
Perspectivas
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
Ao olharmos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. Como na
imagem que temos abaixo, as partes que estão mais próximas do objeto parecem
maiores do que as partes mais distantes, que parecem menores. Essa imagem, ou
fotografia, mostra o objeto da maneira como ele é visto pelo olho humano e tem a
A partir do vídeo assistido, você consegue identificar quais outros conhecimentos capacidade de transmitir a ideia das três dimensões: comprimento, largura e
foram adquiridos com ele? altura (CATAPAN, 2016).
SAIBA MAIS
14 - 51 15 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
16 - 51 17 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Há dois tipos de perspectivas: as perspectivas cônicas, que se dividem em pontos Segundo Morioka e Cruz (2014), "a perspectiva isométrica é a representação
de fuga, ou até mesmo as curvilíneas ou quadridimensionais; e as perspectivas axonométrica ortogonal na qual a linha de projeção faz coordenadas com ângulos
axonométricas, que se dividem entre ortogonais e oblíquas. As perspectivas iguais em relação aos eixos de coordenadas". Para se desenhar uma perspectiva
axonométricas ortogonais ainda se dividem entre: isométrica, dimétrica e isométrica, baseamos o desenho num sistema de três semirretas que têm o
trimétrica, enquanto as perspectivas oblíquas se dividem em cavaleira e militar mesmo ponto de origem e formam entre si três angulos iguais, 120º, e, em
(CATAPAN, 2016). consequência, as escalas dos três eixos são iguais. Esses eixos são conhecidos
como eixos isométricos. Ao iniciar o traçado da perspectiva isométrica, deve-se
traçar três eixos (a, b, e c), sendo dois eixos obliquos (a e b) e um eixo vertical (c).
Os dois eixos oblíquos formam um ângulo de 30º em relação a uma linha
horizontal do desenho, conforme imagem abaixo.
18 - 51 19 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
No caso de prisma com elementos paralelos, você deve seguir o mesmo princípio
do desenho anterior. Primeiro, deve esboçar a perspectiva isométrica de um
prisma auxiliar, utilizando as medidas de comprimento, altura e largura
aproximadas.
20 - 51 21 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Prisma com rebaixo: criação da perspectiva FIGURA 1 - Prisma com elementos oblíquos
Fonte: CATAPAN, 2016, p. 63. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 115.
Quando os elementos são oblíquos, ou seja, possuem linhas que não são paralelas Como na imagem anterior, você pode observar que, a partir dos eixos
aos eixos isométricos, eles devem seguir os passos a seguir para seu desenho. geométricos, com as medidas de altura, largura e profundidade, traçamos o prisma
Considerando um prisma com um chanfro, que seria o elemento oblíquo, trace a auxiliar. Para traçar esse prisma auxiliar, lembre-se de que você deve seguir os
partir dos eixos isométricos o prisma auxiliar. Depois você deve marcar as medidas eixos isométricos, com as linhas posicionadas a 30º do plano horizontal.
do chanfro na face frontal do prisma e traçar a linha não isométrica que determina
esse elemento. Logo após, você irá traçar as linhas isométricas que definem esse
chanfro e, como no modelo anterior, você deve apagar as linhas de construção do
prisma e reforçar os contornos do modelo adquirido (ZATTAR, 2016, p. 115-116).
22 - 51 23 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Traçado do prisma auxiliar a partir dos eixos isométricos FIGURA 1 - Medidas do chanfro marcadas na face frontal
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 115. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 115.
Seguindo as medidas do modelo, você observou que foi traçada a linha não Logo após, você deverá traçar linhas isométricas que determinam a largura do
isométrica, ou seja, o chanfro em uma das faces do desenho, permitindo melhor chanfro, construindo esse elemento dentro da perspectiva, e depois traçar as
sua visualização. demais medidas do chanfro.
24 - 51 25 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Apague as linhas de excesso e trace com mais precisão o prisma final. Perspectiva Tanto as perspectivas isométricas quanto as perspectivas cavaleiras permitem que
pronta! partes arredondadas, como raios e círculos de objetos, sejam representadas.
Porém é necessário entender que o círculo sofrerá uma deformação ao desenhá-lo
por meio de uma perspectiva isométrica. Para iniciar o traçado, é preciso desenhar
um quadrado com partes iguais, em seguida, com o auxílio da curva francesa,
começar a traçar os arcos que compõem o círculo. Você deve, na sequência,
completar o traçado do círculo isométrico, e o mesmo procedimento deve ser
aplicado nas outras faces do quadrado auxiliar.
26 - 51 27 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Traçado do círculo na perspectiva isométrica FIGURA 1 - Traçado do quadrado em eixos isométricos
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 118. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 119.
Outra forma de representação dessas circunferências é por meio de coordenadas, Com o quadrado que envolve a vista já desenhado, conforme a imagem anterior.
que são levantadas por meio de vários pontos da curva. Ao traçar, então, a Independente do quadrado, sempre teremos pontos mais próximos (A e C) e
perspectiva isométrica, se desenha os losangos a partir dos eixos isométricos. A pontos mais distantes (B e D). O próximo passo é ligar os pontos A e C com o
partir daí, define-se os pontos médios e, a partir dos centros deles, traça-se os ponto médio das faces opostas.
arcos conforme as figuras abaixo, independente do sentido do eixo em relação ao
plano de projeção. Ao final, sugere-se que se reforce as linhas da circunferência
para que os traços referenciais não se sobressaiam ou, se possível, possam ser
apagados (ZATTAR, 2016; MORIOKA, CRUZ, 2014).
28 - 51 29 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
O próximo passo é traçar uma circunferência seguindo os quatro passos seguintes: Agora que você já possui as linhas da sua circunferência, você pode apagar todas
traçar um arco com o centro em A; um arco com centro na interseção dos traços; as linhas de construção que você utilizou para traçar os arcos e as vistas.
um arco com centro em C; um arco com centro na outra interseção dos traços.
30 - 51 31 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Se você ficou com alguma dúvida sobre como construir uma perspectiva
isométrica a partir de projeções ortogonais bidimensionais, veja o vídeo
com o link abaixo com a explicação de um professor sobre os conceitos
básicos e o exemplo, desenhado, de como fazer a planificação de um
objeto.
https://www.youtube.com/watch?v=569YxdfyXgo.
Fica mais simples entender como devemos desenvolver a técnica das projeções
ortogonais por meio da nossa indicação no Saiba mais. Compreender o processo de
desenho, assim como ser capaz de ler projeções ortogonais e perspectivas de um
objeto, são habilidades que você deve desenvolver ao longo do tempo. Essas
formas de representação gráfica serão o seu meio de comunicação com outros
profissionais, fornecedores e clientes.
SAIBA MAIS
32 - 51 33 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Neste material, você conheceu ainda mais sobre o universo do desenho técnico e
alguns tipos de representações gráficas de objetos, tanto bidimensionais quanto
tridimensionais. Começamos aprendendo o conceito das projeções ortográficas,
que são representações em planos bidimensionais de um objeto tridimensional,
permitindo assim a compreensão total de um objeto por meio de desenhos
técnicos e vistas.
O desenho técnico é a representação
Em seguida, falamos especificamente das técnicas para o desenho de projeções de um corpo com a finalidade de expor
ortogonais, tendo, por meio de exemplos diversos, a construção de vistas
ortogonais de objetos tridimensionais e que permitem, por meio deles, a
medidas, cortes, posicionamentos e
formatação de projetos arquitetônicos e projetos de objetos diversos através da outros parâmetros para melhor
representação gráfica dos mesmos, seguindo uma linguagem universal conhecida
representar um objeto ou
por países do mundo todo.
componente. Dessa forma, visando
Continuando nosso estudo, aprendemos um pouco mais sobre as representações uma representação fiel e a
em perspectivas, que permitem aos profissionais um recurso dentro do desenho padronização do desenho, foram
técnico para exemplificar aos clientes e prestadores de serviços o objeto com a
representação de profundidade e relevo, facilitando o entendimento do projeto e a criadas diversas normas técnicas,
leitura de como será o espaço projetado. Também vimos as diversas formas de desenvolvidas e reguladas pela
desenhar em perspectiva, destacando a principal delas, e uma das mais utilizadas
dentro do universo da engenharia, arquitetura e design: a perspectiva isométrica.
Associação Brasileira de Normas
Por meio de exemplos na prática, você agora é capaz de produzir perspectivas Técnicas (ABNT). Segundo as normas
isométricas por meio de vistas bidimensionais, sejam eles primas puros, com
de desenho técnico, que se referem ao
elementos oblíquos, ou mesmo circunferências.
processo de desenho e suas regras
É importante ressaltar, como mencionado, que essas são algumas formas e gerais de representação, analise as
técnicas utilizadas dentro da representação gráfica para ajudar no desenho e afirmativas a seguir.
compreensão de objetos e projetos arquitetônicos. Para que seu conhecimento
continue ampliando, é necessário que você exercite as técnicas apresentadas
representando objetos dos mais simples aos mais complexos. I. A NBR 10067, que define os princípios gerais de
representação em desenho técnico, define que as
vistas ortográficas provenientes das projeções
cilíndricas oblíquas são ideais para a representação
planificada de um objeto tridimensional.
Agora que finalizamos este conteúdo, vamos testar seus conhecimentos II. Para o desenho das projeções ortogonais de um
com o quiz a seguir.
objeto, a escolha da vista principal deve ser baseada
na vista que melhor representa o objeto, e
geralmente ela representa a posição de utilização da
peça.
QUIZ
34 - 51 35 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto c II e IV, apenas.
que as vistas ortográficas são provenientes das
projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
valorizar a melhor vista do objeto, que representa
melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
pois as peças que são repetitivas podem também
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.
II e III, apenas.
36 - 51 37 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Correta:
Alternativa correta, pois a afirmativa I é falsa, visto e I, II e IV, apenas.
que as vistas ortográficas são provenientes das
projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
as vistas principais devem ser escolhidas de forma a Resposta Incorreta:
valorizar a melhor vista do objeto, que representa Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto
melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa, que as vistas ortográficas são provenientes das
pois as peças que são repetitivas podem também projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas, valorizar a melhor vista do objeto, que representa
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
forma consciente, minimizando o número de desenhos pois as peças que são repetitivas podem também
e repetições, mas representando de forma integral o utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
objeto em questão. afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
d I, II e III, apenas. e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.
Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto
que as vistas ortográficas são provenientes das
projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
valorizar a melhor vista do objeto, que representa
melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
pois as peças que são repetitivas podem também
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
Leia o trecho abaixo.
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.
38 - 51 39 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
40 - 51 41 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
c V, V, F, V.
42 - 51 43 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
e F, V, F, V.
Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira,
visto que as vistas correspondem exatamente às
projeções indicadas. A afirmativa II também é Resposta Incorreta:
verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira,
podem ser vistas em uma projeção, devem ser visto que as vistas correspondem exatamente às
representadas com a linha tracejada mais fina, projeções indicadas. A afirmativa II também é
conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não
é falsa, pois na representação da figura 02 é correto podem ser vistas em uma projeção, devem ser
afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da representadas com a linha tracejada mais fina,
peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista é falsa, pois na representação da figura 02 é correto
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da
na parte superior da peça. peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra
na parte superior da peça.
d V, V, F, F.
Resposta Correta:
Alternativa correta, pois a afirmativa I é verdadeira,
visto que as vistas correspondem exatamente às
projeções indicadas. A afirmativa II também é
verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não
podem ser vistas em uma projeção, devem ser
representadas com uma linha tracejada mais fina,
conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III Analise a imagem a seguir:
é falsa, pois na representação da figura 02 é correto
afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da
peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra
na parte superior da peça.
44 - 51 45 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Correta:
Alternativa correta, pois todas as perspectivas
isométricas são construídas de eixos isométricos, que,
como o próprio nome diz, são eixos iguais.
Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois o tipo de perspectiva que
menos distorce a representação real do objeto é a
perspectiva isométrica. A construção da isométrica é
Fonte: Catapan, 2016 [Adaptada]. feita por meio de projeções ortogonais, que
representam as dimensões exatas de um objeto.
Quando observamos um objeto, como uma câmera Ainda é possível, sim, fazer perspectivas isométricas
fotográfica ou mesmo um celular, temos a sensação de círculos, utilizando-se a chamada elipse
de profundidade e relevo. Para transmitir essa geométrica. Por de duas técnicas distintas, as forma
mesma sensação dentro do desenho técnico, temos curvas e os círculos podem ser representados de
a representação em forma de perspectiva. A forma perspectivada. Lembrando claro, que essa
perspectiva pode ser construída por meio das forma automaticamente sofrerá uma distorção das
projeções ortogonais de um objeto, que representa grandezas reais. Por fim, segundo a norma, a
suas vistas planificadas, com as dimensões exatas definição de perspectivas são as figuras resultantes
conforme imagem apresentada. Sobre essa forma de de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único
representação gráfica, analise as afirmativas a plano, com a finalidade de permitir uma percepção
seguir e assinale a alternativa correta. mais fácil da forma do objeto.
46 - 51 47 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
48 - 51 49 - 51
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Referências
ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 — Princípios
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
50 - 51 51 - 51
E-Book - Apostila
Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa.
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Introdução da unidade
O tipo de representação axonométrica mais comum é a isométrica, pela qual os
três eixos dimensionais formam ângulos iguais (iso). Na imagem a seguir, pode-se
ver através da "quina" do cubo, que os três ângulos da imagem são de 120°.
Evoluindo no tema projeções, nesta unidade, veremos os conceitos de projeções
axonométricas e cônicas, das quais se desdobram as representações isométricas e
perspectivas com pontos de fuga, respectivamente. Após apreendermos essas
informações, adentraremos no conceito de construção de representações
ortogonais com cortes, de maneira a obter todos os padrões que as englobam.
Perspectivas axonométricas
2 - 35 3 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Esse tipo de perspectiva proporciona uma visão mais focada nas duas dimensões
simétricas. Muitas vezes, é usada para simular vistas com uma angulação que não
precisa demonstrar o topo com tanta fidelidade.
A perspectiva isométrica simplificada representa os objetos em escala real; por
isso o objeto em perspectiva aparenta ser ligeiramente maior que sua
representação em vistas múltiplas. A perspectiva isométrica simplificada é a mais
Perspectiva trimétrica
usada, pois é mais simples de executar (SILVA, 2006).
4 - 35 5 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Perspectiva cavalera
Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
6 - 35 7 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
8 - 35 9 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
10 - 35 11 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Um pouco mais complexa e menos usual. Além dos dois pontos de convergência no
horizonte, também há uma convergência das linhas da terceira dimensão em um
ponto, em altura, como está representado na figura a seguir:
12 - 35 13 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
REFLITA
14 - 35 15 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
16 - 35 17 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Além das variáveis descritas, tem-se também que se considerar a noção de Precisamos ser criteriosos com a noção de profundidade da perspectiva, de
profundidade na perspectiva. À medida que os objetos a se representar se maneira a não distorcer as relações e os objetos fiquem fora de proporção em
aproximam a fuga, estando mais distantes, são representados em menor relação ao todo. A representação em perspectiva nos possibilita representar um
dimensão. Além da redução em seu tamanho, a distância entre os objetos também objeto com base em diversos ângulos e dimensões. Nosso próximo passo será
varia. Segundo Ching (2001), a cada vez que reduz à metade a distância entre o aprender a representar informações internas a determinado objeto por cortes.
plano do solo e a linha do horizonte, dobra-se a profundidade da perspectiva, como
mostra a figura a seguir:
SAIBA MAIS
18 - 35 19 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Para saber mais, clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse
o vídeo: https://youtu.be/cJ4zwx_V3cs
Para finalizarmos essa temática sobre perspectiva, confira o vídeo a seguir, que se
trata de um pequeno resumo sobre as projeções cônicas e paralelas.
Recurso Externo
FIGURA 1 - Corte
Fonte: Elaboração da autora, 2023.
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
Os cortes compõem o universo das projeções ortogonais. Todavia, esse tipo de Quando passamos um corte, a parte do objeto que está sendo cortada é
representação possui o diferencial de demonstrar partes internas de seu projeto. representada com linhas de maior espessura. O que não está sendo cortado é
Pelo corte, seccionamos os desenho, mostrando-o como se estivesse cortado, apresentado com linha de menor espessura, demonstrando que os elementos
assim como está representado na figura a seguir, simulado como se estivesse estão em vista. Convencionou-se também que a parte cortada da peça deve estar
"recortando" um objeto. hachurada, demonstrando o material que compõe o objeto. A relacionada à
hachuras é a NBR 12298: representação de área de corte por meio de
hachuras de desenho técnico (ABNT, 1995).
20 - 35 21 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
A seguir, alguns padrões de hachuras presentes na NBR 12298, utilizadas para Segundo Ching (2001), todas as linhas devem começar e terminar de maneira
diferentes materiais. definida e uniforme. O encontro entre diagonais dos desenhos também deve ser
exato. As linhas devem ser precisas, contínuas, cruzando-se com pequenas
intersecções.
22 - 35 23 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Considerações finais
DICA
https://www.ufjf.br/projeto3/files/2011/03/NBR-
6492-Representa%C3%A7%C3%A3o-de-projetos-
de-arquitetura.pdf
É muito importante entender como fazer esses desenhos, pois, mesmo com acesso
a aplicativos e softwares de desenho técnico e representação gráfica, precisamos
saber como queremos e o que precisamos mostrar, assim como a melhor maneira
que podemos representar. Com a prática e o estudo dos padrões apresentados nas
normas e principais bibliografias, o projetista assimila os conhecimentos às
situações reais, conseguindo demonstrar, de forma cada vez mais compreensível e
A representação gráfica possui diversos procedimentos e formas de realizar,
com clareza, suas informações de projeto. Além disso, o pensamento de se
sistematizando seus processos. Porém, em caso de dúvidas, sempre recorra às
planejar como realizar um projeto se torna cada vez mais dinâmico e ágil,
bibliografias que abordam o assunto, que contêm diversas informações e figuras
colaborando para a atividade profissional e o aumento das qualidades do projetista
que esclarecem como representar determinadas situações.
para responder às exigências do mercado de trabalho.
24 - 35 25 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Incorreta. Os instrumentos de desenho ou itens, como
Em um desenho em perspectiva com escala, não influenciará na representação visual
ponto de fuga, diversas variáveis perspectiva. Uma mesma forma pode ser
influenciam o resultado visual da representada de diversas formas, em perspectiva. Luz
perspectiva. Dominar essas variáveis e sombra são efeitos, mas não influenciam o resultado
formal da perspectiva. Mesmo definidos os pontos de
é muito importante para focar no que
fuga, outras variáveis influenciam no resultado da
se deve representar na perspectiva.
perspectiva. A altura da linha do horizonte não varia;
Considerando essa reflexão, assinale a o que varia é a altura da visão do observador.
alternativa que contenha essas
variáveis.
26 - 35 27 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Incorreta. Os instrumentos de desenho ou itens, como
escala, não influenciará na representação visual
perspectiva. Uma mesma forma pode ser Um projeto de urbanismo audacioso
representada de diversas formas, em perspectiva. Luz possui uma área composta de diversos
e sombra são efeitos, mas não influenciam o resultado arranha-céus. Para vender essa ideia,
formal da perspectiva. Mesmo definidos os pontos de é preciso fazer uma perspectiva
fuga, outras variáveis influenciam no resultado da comercial, mostrando esses edifícios
perspectiva. A altura da linha do horizonte não varia; grandiosamente. Assinale a
o que varia é a altura da visão do observador. alternativa que corresponda ao tipo
de perspectiva ideal para esse
projeto.
Estatura do observador, escala do projeto, número
e
de pontos de fuga.
a Perspectiva cavalera.
28 - 35 29 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Incorreta. As perspectivas cavalera e isométrica não
conseguiriam demonstrar a paisagem como um todo,
de forma semelhante a como olhar humano apreende
o espaço As perspectivas de 1 e 2 pontos de fuga
entregam visuais interessantes, porém não
demonstram todas as características de imponência
da altura dos arranha-céus. A representação de linhas de um corte
são relevantes para mostrar o que
30 - 35 31 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Incorreta. Linha contínua de menor espessura
representará o que está em vista. Já a linha tracejada
Resposta Incorreta:
representará o que está em projeção. A linha traço-
Incorreta. Linha contínua de menor espessura
ponto fina representa eixos de simetria ou
representará o que está em vista. Já a linha tracejada
modulações.
representará o que está em projeção. A linha traço-
ponto fina representa eixos de simetria ou
modulações.
b Linha contínua, espessura grossa.
Resposta Correta:
Correta. As linhas do trecho que está sendo cortado
devem ser representadas com linhas contínuas, de
Resposta Incorreta:
maior espessura.
Incorreta. Linha contínua de menor espessura
representará o que está em vista. Já a linha tracejada
representará o que está em projeção. A linha traço-
ponto fina representa eixos de simetria ou
c Linha tracejada, espessura fina.
modulações.
Referências
32 - 35 33 - 35
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: CRUZ, M. D. da. Desenho técnico. São Paulo: Erica, 2014.
representação de projetos em Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994a. Disponível
em: https://www.ufjf.br/projeto3/files/2011/03/NBR-6492-
MORIOKA, C.A.; CRUZ, M. D. da. Desenho técnico: medidas e representação
Representa%C3%A7%C3%A3o-de-projetos-de-arquitetura.pdf. Acesso em: 20 jan.
gráfica. São Paulo: Erica, 2014.
2023.
SILVA, A. et al. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: desenho
técnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
TONIOLO, J. F. M.; STRABELI, G. I. Atelier de projeto de arquitetura V. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: execução de
caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994b.
COMO Desenhar em PERSPECTIVA com 1 Ponto de Fuga. [S. l.: s. n.], 2022. 1 vídeo
(7 min). Publicado pelo canal GD Artes. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=cJ4zwx_V3cs. Acesso em: 20 jan. 2023.
34 - 35 35 - 35
E-Book - Apostila
Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa.
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Introdução da unidade
Até aqui você aprendeu sobre os principais instrumentos que utilizamos para
desenho técnico, além das regras básicas de desenho, as projeções ortogonais e
vistas de um objeto e as perspectivas com seus diversos tipos e técnicas. REFLITA
Entretanto a complexidade de um objeto é tamanha, a tal ponto que apenas o
desenho de vistas ortogonais e perspectivas não é suficiente para a representação
correta dele. Por isso a necessidade de outra forma de representação que seja A representação de um projeto arquitetônico deve
capaz de representar com precisão as arestas que ficam invisíveis nas vistas, ou ser clara e coesa. Representar corretamente um
mesmo representadas, as quais não são capazes de serem compreendidas. projeto determina se o projeto será executado de
forma correta ou se será um grande caos. Plantas,
cortes e elevações são a base dessa
Na Arquitetura, a representação apenas de fachadas de uma edificação não basta representação.
para compreender como se organizam os espaços internos, ou mesmo a
representação de elementos importantes, como escadas, divisórias internas,
Mas o que podemos considerar planta baixa? Um
portas, bancadas, dentre outros. recurso diferenciado?
Para isso o processo de desenho intitulado corte foi desenvolvido para tornar essa As plantas são aquelas vistas superiores, como o
representação da parte interna, retirando uma camada do objeto, ou edificação caso de implantação das edificações, ou mesmo o
evidenciando as arestas de elementos internos que não puderam ser corte horizontal de um pavimento, feito para
representados anteriormente. Nesta unidade, vamos aprender mais sobre como representar a divisão dos ambientes, materiais e
representar um corte, de acordo com as normas de desenho técnico, além de objetos vistos de cima. Claro que falando em
aprender sobre os tipos de corte, detalhando cada um deles com suas termos de projeto arquitetônico essas são
especificidades e aplicações. Ao final dela, você será capaz de representar um abstratas por não representarem a realidade da
objeto, ou edificação de forma completa por meio das normas e dos instrumentos vista do observador, mas constituem de forma
do desenho técnico. conceitual a ideia de representação do observador
considerando uma distância bem maior.
2 - 37 3 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre esse tipo de representação, leia o artigo de Fabian
Dejtiar, publicado no site ArchDaily, intitulado ''Esquemas e diagramas: 30
exemplos de como organizar, analisar e comunicar projetos''.
A riqueza de detalhes e expressão de um corte vai ainda além do tipo da
representação, mas como uma base para o desenvolvimento de diagramas, que Copie o link abaixo em seu navegador:
juntos compõe um conjunto de informações complementares, que pode ser
utilizada para descrever o fluxograma de uma edificação, as ideias de conforto
https://www.archdaily.com.br/br/870168/esquemas-e-diagramas-30-
presentes no projeto, ou mesmo representar a distribuição do programa
exemplos-de-como-otimizar-a-organizacao-analise-e-comunicacao-do-
arquitetônico de uma edificação, conforme a sequência de figuras a seguir.
projeto .
(Clique nos (•) para visualizar o conteúdo) Pensando na temática sobre cortes, contextualizada até o momento, o conteúdo
do vídeo oferecerá um importante horizonte de aprendizados dentro do que
estamos estudando. Vamos assistir?
Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
4 - 37 5 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Para que você possa entender melhor como é o desenvolvimento de um corte Essas linhas são feitas com um peso de linha leve, e, segundo a norma, possuem
dentro da represetanção em arquitetura, veja o quadro Saiba Mais. sempre a mesma direção, mesmo quando o corte de uma peça é executado por
meio de vários planos de corte paralelos (ABNT, 1995b). Quando as hachuras são
representadas em peças compostas elas devem estar em direções diferentes, não
comprometendo o entendimento do corte. A norma ainda descreve que quando há
a necessidade de se escrever algo dentro da área hachurada, a norma recomenda
SAIBA MAIS que as hachuras devem ser interrompidas, para melhor visualização da escrita
(ABNT, 1995b).
Agora que você entendeu melhor como podemos gerar cortes a partir de uma
planta baixa, e a técnica de como alinhar a planta e o corte para o
desenvolvimento do desenho, e que eles podem facilitar a representação, você já
consegue compreender melhor o desenho de um corte e suas complexidades.
6 - 37 7 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Hachuras: representação de materiais diversos FIGURA 1 - Mesmo objeto representado em diferentes tipos de corte
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 150 Fonte: ZATTAR, 2016, p. 151.
Conforme indicado na figura, um mesmo material pode ser representado de duas Por meio dessa imagem percebemos algumas das diferenças entre os tipos de
maneiras, a exemplo do concreto, e cada uma delas indica se a superfície está corte, conforme indicado tanto pelo plano secante como pelo desenho que temos
sendo seccionada pelo plano de corte ou então está em vista. Outros materiais, como resultado dessa representação. Isso nos demonstra que para detalhar um
como o mármore, o granito e a madeira, também possuem essa duplicidade de mesmo objeto podemos utilizar o recurso de diferentes tipos de cortes que nos
hachuras, evidenciando a representação do desenho em corte e do desenho em auxiliem a exemplificar da melhor maneira o objeto existente. A seguir, vamos
vista. entender melhor a diferença de cada um desses tipos de corte.
O corte total é aquele em que a peça é cortada em toda a sua extensão, seja o
Existem alguns tipos de corte que são utilizados para representar a parte interna
corte no sentido vertical ou horizontal, por um plano de corte. Geralmente, nesta
de um objeto ou edificação, definidos pela norma NBR 10067/1995, que os
tipologia de corte, o plano de corte passa pelo eixo principal da peça (ZATTAR,
classifica de acordo com o tipo de seção feita na peça. Esses tipos são: corte total;
2016).
meio corte; corte parcial; e corte em desvio, que iremos discorrer adiante. A figura
abaixo representa o mesmo objeto representado por meio de cortes de diferentes
tipos.
8 - 37 9 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
10 - 37 11 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
DICA
Nesta primeira imagem, temos a indicação dos planos de corte de uma peça
Para conferir a leitura, copie o link em seu simétrica.
navegador e acesse a biblioteca virtual:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicaca
o/37454/pdf/0?
code=p6NfqmSfAvec1B+IWbWVBjLZR3fSfRFhX4/23
zPtm1JVaNcVZhVwSH3V0YO4CCCsomEFvIDly6cyZY
fxZtF/Pw==
12 - 37 13 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
14 - 37 15 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Figura com corte em desvio FIGURA 1 - Corte em desvio de uma peça
Fonte: ZATTAR, 2017, p. 152. Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, 2017, p. 138.
Neste caso de corte, é imprescindível a indicação correta do plano de corte, Esses cortes que compõem o corte em desvio podem ser compostos de forma
indicado por uma linha traço e ponto, em que as extremidades sejam indicadas por paralela, como é o caso da imagem acima, ou também pode ser composto de
traços largos, assim como as mudanças de direção de corte. Dessa forma você planos concorrentes, como é o caso de uma flange com três furos passantes,
indica ao observador como foram imaginados os dois cortes que juntos compõem representadas pela figura abaixo.
essa única vista.
16 - 37 17 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
FIGURA 1 - Imagem de uma flange com três furos FIGURA 1 - Imagem de uma flange com três furos
Fonte: PEPPLOW, 2022, p. 6. Fonte: PEPPLOW, 2022, p. 6.
Se imaginamos essa figura com apenas um plano de corte, temos a representação Falaremos agora, no próximo tópico, sobre o corte parcial.
de apenas um dos furos. Para isso é preciso imaginar que um dos planos foi
rotacionado, e, para tanto, representá-lo de forma que sua grandeza seja real.
Assim todos os elementos em corte ficam visíveis e aparentam estar no mesmo
plano, o que é desmentido graças a imagem da vista superior representando a Corte parcial
linha de corte composta por planos concorrentes.
O corte parcial é aquele em que apenas uma parte do objeto é cortada a fim de
representar um detalhe específico. Com base em toda conjuntura temática
apresentada na unidade, convidamos você a assistir ao vídeo sobre o corte parcial,
a fim de ampliar a esfera de conhecimentos sobre tipos de cortes. Vamos lá?
Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
18 - 37 19 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Considerando nossos estudos acerca de cortes, os conceitos trabalhados e os Vimos sobre a representação dos cortes de acordo com as normas técnicas da
sentidos obtidos a partir do vídeo naturalmente auxiliaram ainda mais em seu Academia Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a forma correta de desenhar as
aprendizado, não é? linhas em um corte, indicar os planos de corte, bem como a base da representação
do corte. Além disso, vimos que nesta vista seccional existem regiões que são
vazias e regiões cortadas, que devem ser representadas por hachuras. Para
Como dito no vídeo, mais do que apenas uma forma de representação, um
representar regiões com material, são colocadas as hachuras que podem ser
instrumento de desenho técnico, o corte é uma forma de expressão, uma
genéricas, representadas em linhas finas a 45º ou então hachuras específicas para
representação dos motivos pelos quais o arquiteto optou por aquela solução e não
cada material, indicadas em norma, de forma que todos possam ter a mesma
outra. Ou mesmo é a representação de um movimento que influenciou o desenho
leitura daquele material ao qual compõe o objeto em questão.
daquele arquiteto. Por meio de um corte você é capaz de projetar, discutir uma
arquitetura e demonstrar seu conhecimento para quem o analisar.
Por fim, vimos os diferentes tipos de cortes admitidos pela norma de desenho, NBR
10067/2015, para a representação dos objetos e edificações. Esses tipos são
representados pelo corte total, o meio corte, o corte parcial e também o corte em
Considerações finais desvio, sendo cada um deles indicados para situações diferentes, mas já cientes
de que para a representação de um mesmo objeto não se faz necessário a
utilização de apenas um desses tipos, mas uma escolha consciente do profissional
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
para representar da melhor maneira e com o menor número de desenhos
necessários do objeto.
Com esse assunto, finalizamos a nossa conversa sobre este novo instrumento do
desenho técnico, tão importante para a representação técnica de um projeto,
como para o desenvolvimento dele, assim como demonstração dos conceitos,
movimentos e partidos arquitetônicos envolvidos no processo projetual.
20 - 37 21 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
a Corte rotacional.
Resposta Incorreta:
O corte rotacional e o corte em desvio estão
relacionados. Já o corte em desvio representa a
combinação de dois planos de corte, que são feitos
para abranger mais detalhes da peça em um mesmo
corte. O rotacional, em específico, é aquele em que os
planos de corte não estão em paralelo. O meio corte é
aquele corte que é feito em peças simétricas apenas,
e apresenta no desenho parte em corte e parte em
vista do objeto. Por fim, o corte parcial é feito em
apenas uma parte da peça, e pode ser indicado duas
vezes em uma mesma vista.
b Corte em desvio.
22 - 37 23 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
24 - 37 25 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
26 - 37 27 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
c F, F, V, V.
Resposta Incorreta:
A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de
uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é
Resposta Correta: uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II
A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de também é falsa, porque no geral as hachuras são
uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é representadas dessa forma, mas alguns materiais
uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II possuem sua própria representação de hachura, como
também é falsa, porque no geral as hachuras são o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira,
representadas dessa forma, mas alguns materiais pois o plano que secciona o objeto é chamado de
possuem sua própria representação de hachura, como plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira, IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
pois o plano que secciona o objeto é chamado de cortes de acordo com uma boa escolha.
plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
cortes de acordo com uma boa escolha.
d V, F, F, F.
Resposta Incorreta:
A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de
Analise a figura e leia o trecho a
uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é seguir.
uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II
também é falsa, porque no geral as hachuras são
representadas dessa forma, mas alguns materiais
possuem sua própria representação de hachura, como
o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira,
pois o plano que secciona o objeto é chamado de
plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
cortes de acordo com uma boa escolha.
e V, V, F, F.
28 - 37 29 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
O corte total não é um corte total da peça porque o
plano secante não atravessa toda a extensão do
objeto. Meio corte não está representado na figura, a
peça não é representada metade em vista e metade
em corte. A indicação do corte parcial está correta,
entretanto a definição de corte parcial está incorreta.
O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça
está em destaque. Por fim, o meio corte não
corresponde ao corte apresentado na figura e nem a
sua definição. Meio corte representa meia peça a
parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o
que não é o caso.
30 - 37 31 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Resposta Incorreta:
Resposta Incorreta: O corte total não é um corte total da peça porque o
O corte total não é um corte total da peça porque o plano secante não atravessa toda a extensão do
plano secante não atravessa toda a extensão do objeto. Meio corte não está representado na figura, a
objeto. Meio corte não está representado na figura, a peça não é representada metade em vista e metade
peça não é representada metade em vista e metade em corte. A indicação do corte parcial está correta,
em corte. A indicação do corte parcial está correta, entretanto a definição de corte parcial está incorreta.
entretanto a definição de corte parcial está incorreta. O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça
O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça está em destaque. Por fim, o meio corte não
está em destaque. Por fim, o meio corte não corresponde ao corte apresentado na figura e nem a
corresponde ao corte apresentado na figura e nem a sua definição. Meio corte representa meia peça a
sua definição. Meio corte representa meia peça a parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o
parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o que não é o caso.
que não é o caso.
32 - 37 33 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
Iniciamos a conversa sobre o desenho técnico conhecendo os principais Por fim, pudemos nos aprofundar no instrumento de desenho que é o corte, os
instrumentos de desenho, desde os instrumentos primordiais, como pranchetas, diferentes tipos de cortes admitidos pelas normas de desenho para a
réguas paralelas, fitas adesivas, réguas T e esquadros, como também manusear representação dos objetos e edificações, exemplificando por meio de objetos,
cada um desses instrumentos. É preciso conhecê-los, aprender a melhor forma como são desenhados e representados cada um desses tipos, suas principais
para utilizá-los, e mantê-los sempre limpos, organizados. Utilizar-se destes semelhanças e diferenças. Vimos a forma correta de desenhar as linhas em um
instrumentos de forma sábia se reverterá em trabalhos de qualidade e no seu bom corte, indicar os planos de corte, bem como a base da representação do corte.
desempenho de forma ágil, prática e precisa. Ainda aprendemos, nesta unidade, Além disso, aprendemos que em uma vista seccional, existem regiões que são
sobre as normas de desenho, conhecendo as NBRs, criadas pelas Associação vazias e regiões cortadas, que devem ser representadas por hachuras. Para
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e as regras básicas de desenho, como a representar regiões com material, são colocadas as hachuras que podem ser
preparação de uma folha, sua dobragem ideal, margens. Vimos também a ideia de genéricas, representadas em linhas finas a 45º ou então hachuras específicas para
escalas numéricas, sejam elas reais, de redução e ampliação, e por fim iniciamos o cada material, indicadas em norma, de forma que todos possam ter a mesma
aprendizado sobre projeções ortogonais. leitura daquele material ao qual compõe o objeto em questão. Por fim, vimos os
diferentes tipos de cortes com suas características principais e como são
desenvolvidos seguindo os preceitos das normas indicadas nesta apostila.
Na sequência, começamos aprendendo o conceito das projeções ortográficas, que
são representações em planos bidimensionais de um objeto tridimensional,
permitindo assim a compreensão total de um objeto por meio de desenhos É importante ressaltar, como já mencionado anteriormente, que essas são algumas
técnicos e vistas. Vimos as técnicas para a planificação de um objeto formas e técnicas utilizadas dentro da representação gráfica para ajudar no
tridimensional, construindo suas vistas ortogonais, que são representações desenho e compreensão de objetos e projetos arquitetônicos. Como discutido ao
bidimensionais de real grandeza dos objetos que nos auxiliam na representação longo dessa apostila, é fundamental, não apenas na representação pós-
em uma linguagem universal conhecida por países do mundo todo. Continuando desenvolvimento do projeto, mas durante o processo de projeto, que você
nosso estudo, aprendemos sobre as representações em perspectivas, suas as compreenda e seja capaz de executar cada um desses desenhos, para auxiliá-lo
diversas formas, destacando a principal delas, e umas das mais utilizadas dentro em sua expressão, representação e esquematização de projetos. Para que seu
do universo da Engenharia, da Arquitetura e do Design : a perspectiva isométrica. conhecimento continue ampliando é necessário que você exercite as técnicas
Por meio de exemplos, você agora é capaz de produzir perspectivas isométricas apresentadas representando objetos dos mais simples aos mais complexos.
por meio de vistas bidimensionais, sejam elas primas puros, com elementos Busque também conhecimento sobre projetos arquitetônicos existentes, faça o
oblíquos, ou mesmo circunferências. exercício de ler e interpretar primeiramente os desenhos técnicos de uma
edificação e depois veja o resultado geométrico construído.
Em seguida, continuamos nossos estudos sobre as pespectivas. As perspectivas
nos permitem representar os objetos como são vistos por nós, nos permitem, como Ao finalizar nosso estudo, você deu o primeiro passo de uma caminhada que deve
o termo se refere em latim Perspicere ( ver através de) e mostrar além do plano de ser constante. Na área profissional que você for atuar, necessitará aprofundar
projeção as três dimensões do objeto, nos permitindo ter a sensação de volume e algum dos temas que foram estudados ao longo desta apostila, por isso busque
dimensões reais, de distância e espacialidade. Conversamos mais sobre a sempre aprender mais! Desejamos a você sucesso nesta jornada!
perspectiva cavaleira, que se fundamenta na projeção paralela cilíndrica de forma
oblíqua, nela a face mais importante do objeto se mantém com as dimensões reais
em verdadeira grandeza e paralela ao plano de projeção enquanto suas arestas
traçam movimentos perpendicularmente inclinadas no sentido de observação
sofrendo deformações. E iniciamos a conversa sobre a representação em corte,
Referências
que é um instrumento usado dentro da Engenharia e da Arquitetura, como forma
de representar o interior de objetos e edificações, assim como a relação dos ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492 —
espaços internos deles. Representação de projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
34 - 37 35 - 37
E-Book - Apostila E-Book - Apostila
COMO desenhar cortes em desenho arquitetônico. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (3
min). Publicado pelo canal Markoni Heringer. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2uIA0fnF8nM. Acesso em: 22 jan. 2023.
36 - 37 37 - 37