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Introdução da disciplina

ARQUITETA E
URBANISTA ,
ESPECIALISTA EM
ERGONOMIA E
DOCENTE EM DESIGN
DE PRODUTO

Poliana Padula

Unidade 1 - Apresentação do plano de


MESTRE EM
ensino, materiais e normas
METODOLOGIA DE
E-Book - Apostila PROJETO

Samara Soares Braga

Olá, estudante! Tudo bem?

Para darmos início ao nosso conteúdo, assista ao vídeo de apresentação a seguir.

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Agora, vamos dar início à nossa unidade! Vamos lá?

Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa. 2 - 30
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Introdução ao desenho técnico


Nesta unidade, abordaremos primeiramente os tipos de materiais mais utilizados
para a prática do desenho técnico instrumental, aquele feito manualmente, com
instrumentos de desenho. Sabendo os materiais, conheceremos as normas
relacionadas aos tipos de folhas que podem ser usadas para desenho, como
apresentá-las e dobrá-las. Também é importante conhecer os padrões de escrita e
diagramação do projeto, regidas por normas.

Conhecidas as normas, introduziremos a norma de escalas e entenderemos como


fazer um desenho técnico em escala. Por último, começaremos o aprendizado
sobre como representar objetos através de vistas ortogonais, assim como as
respectivas normas que regem esta atividade.

Com estes estudos iniciais, você já poderá começar a fazer seus desenhos de
projeto de maneira correta, seguindo o padrão das normas que guiam a prática do
desenho técnico, facilitando a compreensão por outros profissionais envolvidos no
processo de projetar e executar um produto ou obra. Vamos começar?

FIGURA 1 - Prancheta
Conhecendo instrumentos de desenho e Fonte: LSHOON2211 /PIXABAY.
normas

O desenho técnico é um tipo desenho que exige precisão de linhas, dimensões e


informações. Para isso, precisamos de instrumentos para nos auxiliar a traçar
linhas e formas geométricas com a maior exatidão possível. Conheceremos alguns
instrumentos a seguir. A prancheta é primordial para a realização para o desenho técnico. Porém, caso
não tenha acesso à uma prancheta, procure uma superfície plana, lisa e limpa. Dê
preferência a locais bem-iluminados e com espaço suficiente para fixar a folha de
Para que o desenho técnico seja universalmente entendido, sem ambiguidades, é
desenho.
necessário que obedeça a determinadas regras e convenções, de forma que todos
os implicados no processo de desenho “falem a mesma língua”. Para uniformizar o
desenho, existem as normas de desenho técnico. Uma norma de desenho técnico é
um conjunto de regras ou recomendações a seguir quando da execução ou da Régua paralela
leitura de um desenho técnico (SILVA, 2006).

Outro instrumento de que auxiliará a traçar linhas horizontais mais exatas, além
de apoiar demais instrumentos, é a régua paralela, que, fixada na prancheta por
Prancheta cordões tensionados, possibilita o deslocamento.

O primeiro item ao qual devemos nos atentar é a superfície em que desenharemos. Caso não tenha prancheta para colocar uma régua paralela, também pode ser
O ideal é utilizar uma superfície clara, de material liso, bem-iluminada, sem utilizada uma régua T, que fica apoiada em uma das extremidades da mesa. A
sombreamentos na área onde será colocada a folha. Normalmente, o projetista régua T pode eventualmente se mover e prejudicar a precisão do desenho, porém
realiza seus desenhos em uma prancheta, que consiste em uma mesa com tampo serve como elemento para adaptação em situações em que não se pode montar
em madeira, revestido de material polimérico (plástico) branco, com tampo uma prancheta de desenho.
ajustável em altura e inclinação ideal para que o projetista realize as atividades
sem se inclinar, evitando sombreamento na área de trabalho e constrangimentos No vídeo a seguir, falaremos sobre os instrumentos de desenho: papel, lapiseira,
físicos ao próprio desenhista. compasso, escalímetro e esquadros.

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Seguindo a partir do que foi apresentado no vídeo sobre os instrumentos utilizados Segundo o texto da norma, do formato básico, designado por A0 (A zero), é
para o desenho, podemos continuar nos debruçando sobre a temática. Vamos lá? derivado os demais formatos da série A, pela bipartição ou duplicação sucessiva.

Existe uma infinidade de outros instrumentos que pode auxiliar nos desenhos,
como transferidores, curvas francesas, gabaritos de letra técnica, dentre outros.
Fizemos uma síntese dos principais, para começarmos a desenhar!

Formatos de prancha

A forma de apresentação de desenho técnico é significativamente relevante no


tema projetual. Como diversos profissionais estão envolvidos no processo de
elaboração dos desenhos técnicos, convencionaram-se alguns padrões para
organização e diagramação de projeto, compilados em algumas normas, regidas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como apoio ao profissional
de projeto.

NBR 10068: folha de desenho: leiaute e dimensões

O objetivo da NBR 10068 é padronizar as dimensões das folhas a serem aplicadas


em todos os desenhos técnicos. Essa norma também dispõe sobre a maneira de
organizar o leiaute da folha, contemplando itens como posição e dimensão da
legenda, margem e quadro. Essa padronização possibilita uma organização
universal de projeto, auxiliando a integração de diferentes projetistas na atividade
de desenhar e diagramar o projeto. O padrão de formato de folhas também auxilia FIGURA 1 - Formatos série A
na criação de um padrão para o dobramento da folha, que veremos a seguir. Fonte: Elaboração da autora, 2022.

Formatos de folhas

Os formatos utilizados para desenho técnico fazem parte da série "A". O


dimensionamento das pranchas em formato "A" também obedecem aos padrões da Na escolha pelo tamanho, devem-se considerar diversos fatores, como a escala
norma da ABNT. Os formatos derivam de um retângulo de área igual a um metro que será utilizada, a quantidade de informações que se deseja colocar na prancha,
quadrado (1 m²), que seria o formato A0. Baseando-se nesse formato básico, há os assim como o tamanho de superfície em que se trabalhará. Além do tamanho do
desdobramentos dos demais tamanhos: A1, A2, A3 e A4, em que cada tamanho papel, é necessário pensar no leiaute dessa folha de desenho, como margens e
corresponde à metade da dimensão do anterior. A seguir, clique nos cards e legendas.
confira os formatos de folha e suas dimensões.

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Legenda Margem e quadro

A norma 10068 tem como legenda a descrição contida no leiaute da prancha, que As margens fazem a limitação de contorno da folha.
também podemos denominar como "carimbo". A posição da legenda deve estar
nos limites da margem, no canto inferior direito, independentemente se a folha for
utilizada na posição vertical ou horizontal. A orientação do texto da legenda deve
corresponder à do desenho.

Na legenda, deverão estar contidas informações sobre o projeto, como: número da


prancha, título, endereço, data, escala, responsável pelo projeto, conteúdo da
prancha e demais informações necessárias. A altura pode variar conforme a
quantidade de informações a ser descrita, podendo ser quase à de um A4
(descontando as margens). Já a largura da legenda está definida pela norma,
conforme apresentado na tabela, resultando num total de 185 mm (contando com
a legenda direita).

FIGURA 1 - Margens
Fonte: Elaboração da autora, 2022.

A margem do lado esquerdo da folha deve ter uma distância maior em relação ao
limite da folha, para possibilitar o encadernamento, após ser dobrada e convertida
no tamanho de um A4, conforme a tabela a seguir:

FIGURA 1 - Orientações das pranchas Distância da linha em


Margem Margem
Fonte: Elaboração da autora, 2022. Formato relação ao limite da folha
esquerda (mm) direita (mm)
(mm)

A0 25 10 14

A1 25 10 10
O carimbo é muito importante para os profissionais localizarem as informações de A2 25 7 7
projeto, sabendo em qual prancha pesquisar. Além das legendas, a ABNT também
normatiza quanto à disposição da margem na folha de desenho, delimitando o A3 25 7 5
quadro em que conterão as informações gráficas de projeto, assim como tabelas,
A4 25 7 5
textos e demais informações.

TABELA 1 - Largura das linhas e das margens


Fonte: Elaboração da autora, 2022.

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Considerando o que estudamos até o momento, assista ao vídeo a seguir sobre as Para que vários profissionais consigam trabalhar em um mesmo projeto,
NBRs 105821, 13142, para continuarmos discutindo o tema formatos de pranchas reproduzindo textos e cotas com letras de fácil reprodução e interpretação,
nesta unidade: elaborou-se um padrão de letra técnica, contido na NBR 8402. A altura mínimas
das letras minúsculas é 2,5 mm. Já para as letras maiúsculas, 3,5 mm. A seguir,
um exemplo de caracteres, retirado da norma, para poder treinar como escrever
em letra técnica.
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Com base no que você acabou de assistir, as fundamentações discutidas na


unidade fazem uma correlação melhor com o que até então havia sido
apresentado? Pense sobre isso.

SAIBA MAIS

Para visualizar como utilizar os instrumentos básicos de desenho técnico,


assista a este video prático. Dessa forma, será possível entender melhor a
função e os procedimentos indicados para cada instrumento, que
auxiliarão nas construções de desenhos de precisão.

Clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=bsTO88uRKwM

FIGURA 1 - Exemplo de escrita técnica


Fonte: ABNT, 1994b, p. 3.

NBR 8402 - letra técnica (caracteres) para desenho técnico

A letra técnica é formada por caracteres padronizados, usados para descrever os


itens de desenho. O intuito dessa padronização é possibilitar o uso de uma Geralmente, utilizamos somente letras maiúsculas na escrita de projeto. Por
caligrafia de fácil execução. Mesmo com a diversidade de aplicativos e programas exemplo, ao invés de escrever "PLANTA DE COBERTURA", escreve-se "PLANTA
computacionais, é primordial saber executar a letra técnica, possibilitando COBERTURA". Também suprimimos as preposições, para uma escrita mais
configurar no computador a letra mais próxima ao padrão na norma. objetiva. No caso das cotas, suprime-se o zero antes da vírgula. Exemplo: "0,10" é
representado como ",10".

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Com base no que você acabou de assistir/ouvir, as fundamentações discutidas na


unidade fazem uma correlação melhor com o que até então havia sido
apresentado? Pense sobre isso.

NBR 8196 - desenhando em escala

Escalas são relações de medidas entre o objeto real e o desenho de representação.


Normalmente, representamos objetos em escala quando são maiores do que a
folha de representação que vamos utilizar – escala de redução – ou quando
precisamos representar mais detalhes do que conseguiríamos representar em
tamanho real – escala de ampliação.

As escalas a serem usadas nos desenhos estão normalizadas, devendo ser


indicadas na zona da legenda reservada para o efeito. Se numa mesma folha
existirem desenhos em várias escalas, as secundárias são também indicadas na
mesma zona da legenda em caracteres de tamanho inferior (SILVA, 2006).

FIGURA 1 - Mapa urbano


Fonte: PROFOTO0023 / PIXABAY.

Para desenho arquitetônico, podemos utilizar a escala 1/100. Em projetos de


design de mobiliário, o ideal é utilizar a escala 1/10. Para protótipos e mockups,
usamos a escala real: 1/1. Já no caso de detalhes de design de joias, usamos
detalhes em escala de ampliação, como 2/1 ou 5/1.

A seguir, uma tabela da norma que demonstra as escalas mais usuais:


FIGURA 1 - Representações em escala
Fonte: Elaboração da autora, 2022. Redução Natural Ampliação

1:2 1:1 2:1

1:5 - 5:1

1:10 - 10:1
A escolha da escala também dependerá do tipo de representação que se deseja
fazer. Por exemplo, para desenhos de mapas e projetos urbanos, pode-se usar a NOTA - As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10.
escala 1/1000.

TABELA 2 - Quadro de escalas


Fonte: ABNT, 1999a, p. 2.

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Além dessas escalas, também há um recurso que utilizamos para representação


de escala, denominada escala gráfica, que é a representação da escala numérica.
A escala gráfica é geralmente usada em mapas. É necessária principalmente em
casos de ampliações em que, por efeito de ampliação ou redução, perde-se a
escala original do desenho.

DICA

Uma forma de verificar formas de fazer um


desenho técnico instrumental é verificar a norma
para desenhos arquitetônicos da ABNT. Essa norma
é a NBR: 206492: representação de projetos de
Arquitetura, que demonstra como fazer legendas,
símbolos, hachuras, tipos de linhas, letra técnica,
FIGURA 1 - Escala gráfica etc.
Fonte: ABNT, 1994a, p. 13.
Copie o link abaixo em seu navegador:

https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/
nbr-6492-representacao-de-projetos-de-
arquitetura
Essa escala é muito usada para mapas ou apresentações conceituais de projeto. A
grande vantagem do uso desse tipo de escala é que a relação não se altera
quando a imagem do desenho for reduzida ou ampliada por meios digitais. Já no
caso da escala numérica, quando se altera o tamanho da imagem, modifica-se a
proporção e, por conseguinte, a escala.

Projeções ortogonais

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Para darmos início aos conceitos de desenho técnico para projeto, primeiramente Para esse tipo de representação, também existe uma norma da ABNT, denominada
precisa-se entender um pouco sobre projeções. No âmbito do desenho técnico, NBR 10067, que dispõe acerca dos princípios gerais de representação em
projeção está relacionada a linhas projetadas em um determinado plano, desenho técnico. O objetivo é orientar nas representações de objetos, forma plana,
representando faces de um objeto. No desenho de projeto, para poder representar em desenhos de projeto. Para explicar como se representar os diversos tipos de
as características dimensionais de um objeto precisamente, utilizamos as representações planas de um objeto, este é inserido no diedro (caixa),
projeções ortogonais planas, ou seja, representação em duas dimensões (2D), sem demonstrando como as faces do objeto se projetam em cada plano do diedro,
distorções ou perspectivas. A esse tipo de projeção também dá-se o nome de conforme a imagem a seguir:
projeção cilíndrica.

FIGURA 1 - Projeções ortogonais de um objeto


FIGURA 1 - Projeção cilíndrica Fonte: ABNT, 1995, p. 2.
Fonte: Elaboração da autora, 2022.

Para fazer essas representações em linhas planas, também é muito importante


Resumindo: projeções ortogonais são superfícies planas de uma forma retangular, compreender o significado dos diferentes tipos e espessuras de linha. Em uma
com vistas paralelas ao plano (papel) de desenho. No desenho técnico, são hierarquia de espessuras de linha, quanto mais na frente estiver um objeto, maior
projeções ortogonais: plantas, cortes, elevações, vistas superiores, inferiores e a espessura da linha. Por outro lado, quanto mais distante, mais fina a espessura
laterias. da linha.

Os tipos e espessuras de linhas também seguem um padrão, demonstrado na NBR


8403. Um resumo desses tipos de linha e suas respectivas aplicações podem ser
vistas na tabela a seguir, conforme a norma:

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FIGURA 1 - Espessuras e tipos de linha


Fonte: ABNT, 1984, p. 2.

A norma representa duas espessuras de traço: grossa e fina; mas pode-se utilizar
uma variedade de espessuras de linhas, conforme a hierarquia do que se deseja
representar. A relação de proporção entre as espessuras não deve ser inferior a
2:1, para poder identificar a diferença entre espessuras. Com esses recursos, é
possível fazer uma representação de desenho técnico em que se pode distinguir os
elementos do desenho e entender o comportamento de todas as faces do objeto,
mesmo este não estando representado tridimensionalmente.

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Conhecer os principais instrumentos de desenho;


Conhecer os padrões relacionados aos formatos, leiautes e
dobramento da folha de desenho;
REFLITA Introduzir o conceito de como trabalhar com desenhos em
escala;
Compreender como desenhar, em projeções ortogonais.
A partir do disposto nesta unidade, como está o
desempenho em relação à construção do desenho
técnico? É importante exercitar o olhar observador
nos objetos e vê-los como produtos passíveis de
projetar e construir. Tente medir um objeto ou
espaço da sua casa. Faça um croqui, anote essas
medidas. Depois, tente representá-lo a partir que
você aprendeu sobre projeções ortogonais,
transferindo as medidas apreendidas em seu Conclui-se que o processo de desenho técnico contém diversas nuances e
desenho. Vamos tentar? procedimentos que podem parecer complexos. Porém, os instrumentos, normas e
padrões facilitam a representação do desenho, uma vez que sistematizam a
atividade. Além disso, o padrão de desenho facilita o entendimento do projeto,
muito importante para a compatibilização com outros projetos, assim como
possibilita a execução, com menos riscos de erros de compreensão.

Em projeções ortogonais, também é muito relevante para a prática do desenho


técnico, uma vez que facilita a demonstração para especificar materiais e demais
características do objeto, assim como os necessários dimensionamentos. A forma
de representar, com tipos e espessuras de linhas, possibilita uma simulação de
entendimento de como o produto se comportará tridimensionalmente.

Esse entendimento, de como fazer o desenho técnico manualmente, facilita a


apreensão da prática. Com essa expertise, o desenhista conseguirá dominar o
desenho em softwares, pois já desenvolveu o pensamento de como representar um
objeto da forma mais inteligível possível. O importante é praticar, pelos exercícios
de desenho. A leitura das normas e bibliografias, assim como responder questões
teóricas, também ajudarão a fixar o conhecimento, que sempre será utilizado no
momento de projetar.

Tivemos uma introdução de como trabalhar com desenho em escalas numéricas,


real, de redução e ampliação. Além disso, pudemos aprender como desenhar em
projeções ortogonais, compreendendo como utilizar os diferentes tipos e
espessuras de linha.

Considerações finais

Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

Agora que finalizamos este conteúdo, vamos testar seus conhecimentos


com o quiz a seguir.

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b NBR 10067.

QUIZ Resposta Incorreta:


Incorreta. A NBR 8403 refere-se a tipos de linhas. A
NBR 10067 dispões explicações gerais sobre desenho
técnico. A NBR 6492 é focada em representação para
projeto de arquitetura. A NBR 8196 trata de escala.
Essas normas não tratam especificamente da
caligrafia técnica.

Existem formas de representar uma


c NBR 6492.
escrita para criar um padrão a ser
seguido em todos os projetos. Dessa
forma, muitos projetistas conseguem
trabalhar em um mesmo projeto, Resposta Incorreta:
escrevendo e cotando da mesma Incorreta. A NBR 8403 refere-se a tipos de linhas. A
maneira. O padrão de escrita técnica é NBR 10067 dispões explicações gerais sobre desenho
definido por uma norma brasileira, técnico. A NBR 6492 é focada em representação para
projeto de arquitetura. A NBR 8196 trata de escala.
elaborada pela ABNT. Assinale a
Essas normas não tratam especificamente da
alternativa referente à norma de caligrafia técnica.
caracteres técnicos.

a NBR 8403. d NBR 8196.

Resposta Incorreta: Resposta Incorreta:


Incorreta. A NBR 8403 refere-se a tipos de linhas. A Incorreta. A NBR 8403 refere-se a tipos de linhas. A
NBR 10067 dispões explicações gerais sobre desenho NBR 10067 dispões explicações gerais sobre desenho
técnico. A NBR 6492 é focada em representação para técnico. A NBR 6492 é focada em representação para
projeto de arquitetura. A NBR 8196 trata de escala. projeto de arquitetura. A NBR 8196 trata de escala.
Essas normas não tratam especificamente da Essas normas não tratam especificamente da
caligrafia técnica. caligrafia técnica.

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Resposta Incorreta:
e NBR 8402.
Incorreta. As projeções ortogonais não são tão simples
e rápidas de fazer. Esse fator dependerão da
complexidade do objeto a ser representado. Por
representar todas das faces do objeto, a compreensão
Resposta Correta:
de todas as projeções na totalidade pode possibilitar
As normas nas demais alternativas são referentes ao
uma visão tridimensional do objeto. Por essa razão, as
desenho técnico. Porém, somente a NBR 8402 trata de
projeções ortogonais são muito úteis para
como executar os caracteres para desenho técnico.
representação do objeto com precisão e não são
utilizadas somente pelo fato de estarem na norma.

Representações planas não revelam o


b comportamento tridimensional do projeto, evitando
que o projeto seja copiado por outros projetistas.

As projeções ortogonais são formas de Resposta Incorreta:


representar o projeto. Essas Incorreta. As projeções ortogonais não são tão simples
representações planas são mais e rápidas de fazer. Esse fator dependerão da
complexidade do objeto a ser representado. Por
utilizadas que a representação em
representar todas das faces do objeto, a compreensão
perspectiva, em razão de algumas
de todas as projeções na totalidade pode possibilitar
atribuições importantes. Assinale a uma visão tridimensional do objeto. Por essa razão, as
alternativa que indica as principais projeções ortogonais são muito úteis para
atribuições. representação do objeto com precisão e não são
utilizadas somente pelo fato de estarem na norma.

As projeções ortogonais são mais rápidas de fazer,


a
economizando tempo de projeto.
Desenhar cada vista, de maneiras plana e ortogonal,
c possibilita especificar e dimensionar os elementos
com maior exatidão.

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Resposta Correta: Resposta Incorreta:


Mesmo havendo diversas vantagens em se fazer o Incorreta. As projeções ortogonais não são tão simples
desenho ortogonal, a principal atribuição é a exatidão e rápidas de fazer. Esse fator dependerão da
na representação de cada face, para possibilitar a complexidade do objeto a ser representado. Por
precisão de dimensionamento e representação de representar todas das faces do objeto, a compreensão
materiais e características. de todas as projeções na totalidade pode possibilitar
uma visão tridimensional do objeto. Por essa razão, as
projeções ortogonais são muito úteis para
representação do objeto com precisão e não são
Representar ortogonalmente demonstra o desenho utilizadas somente pelo fato de estarem na norma.
d
com perspectivas com pontos de fuga.

Resposta Incorreta:
Incorreta. As projeções ortogonais não são tão simples
e rápidas de fazer. Esse fator dependerão da
complexidade do objeto a ser representado. Por
representar todas das faces do objeto, a compreensão
de todas as projeções na totalidade pode possibilitar
uma visão tridimensional do objeto. Por essa razão, as
projeções ortogonais são muito úteis para Instrumentos de desenho técnico são
representação do objeto com precisão e não são essenciais para a precisão do que se
utilizadas somente pelo fato de estarem na norma. está projetando. Mesmo com o avanço
da informática e de programas para
desenho do projeto, é muito
importante saber o desenho
A representação ortogonal não é adequada. Porém, é
e instrumental. Assinale a alternativa
preciso seguir a norma.
que corresponde às principais razões
de saber desenhar
instrumentalmente.

Saber desenhar com instrumentos garante que o


a projetista consiga continuar trabalhando, mesmo
sem ter acesso à internet.

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Resposta Incorreta:
Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado Resposta Incorreta:
em situações em que não se tem acesso aos Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado
programas de computador para projeto. Porém, seu em situações em que não se tem acesso aos
aprendizado é um processo de 'alfabetização' de programas de computador para projeto. Porém, seu
como pensar em desenhar para projeto, extrapolando aprendizado é um processo de 'alfabetização' de
razões como prestígio, necessidades de emergência como pensar em desenhar para projeto, extrapolando
ou preciosismos. razões como prestígio, necessidades de emergência
ou preciosismos.

O conhecimento de como representar com exatidão,


seguindo as normas e padrões, possibilita ao Aprendemos desenho instrumental para que essa
d
b projetista a visão de como representar corretamente ciência não seja esquecida.
um objeto, facilitando as tomadas de decisão, e de
como se representar por softwares.

Resposta Incorreta:
Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado
Resposta Correta: em situações em que não se tem acesso aos
O desenho instrumental é um saber que pode ser programas de computador para projeto. Porém, seu
utilizado em várias situações. Porém, a visão aprendizado é um processo de 'alfabetização' de
criteriosa de desenho de precisão e como representá- como pensar em desenhar para projeto, extrapolando
lo possibilita que o projetista domine a técnica e razões como prestígio, necessidades de emergência
consiga alcançar seus objetivos facilmente por outras ou preciosismos.
ferramentas também.

O desenho à mão ajuda a desenvolver a criatividade,


e
O conhecimento em desenho instrumental propicia pois estimula o lado direito do cérebro.
c prestígio ao profissional, pois os melhores designers
e arquitetos só projetam à mão.

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ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142: desenho


técnico: desdobramentos de
Resposta Incorreta: cópia. Rio de Janeiro: ABNT, 1999b.
Incorreta. O desenho instrumental pode ser utilizado
em situações em que não se tem acesso aos CRUZ, M. D. da. Desenho técnico. São Paulo: Erica, 2014.
programas de computador para projeto. Porém, seu
aprendizado é um processo de 'alfabetização' de DICA 3: como utilizar os instrumentos de desenho? [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (13
como pensar em desenhar para projeto, extrapolando min). Publicado pelo canal Nádia de Oliveira Camacho. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bsTO88uRKwM. Acesso em: 19 dez. 2022.
razões como prestígio, necessidades de emergência
ou preciosismos.
MORIOKA, C. A.; CRUZ, M. D. da. Desenho técnico: medidas e representação
gráfica. São Paulo:
Erica, 2014.

ROTELLI, V.; SANTOS, S. A.; FRANÇA, E. F. de. Geometria descritiva aplicada à


arquitetura I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.

Referências SILVA, A. et al. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492:


representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994a. Disponível
e m : https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-
de-projetos-de-arquitetura. Acesso em: 19 dez. 2022.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: desenho


técnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999a.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: execução de
caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994b.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: aplicação de


linhas em desenhos: tipos de linhas: larguras das linhas. Rio de Janeiro: ABNT,
1984. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-8403-
aplicacao-de-linhas-em-desenhos-tipos. Acesso em: 19 dez. 2022.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: princípios


gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: folha de
desenho: layout e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10582:
apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10647: desenho


Técnico: norma geral. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

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Unidade 2 - Projeções e Perspectivas


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Introdução da unidade
Nesta unidade, compreenderemos sobre as projeções ortogonais, seus conceitos
projetivos básicos, as vistas e suas denominações, a representação de 1º e 3º
diedros, as aplicações básicas de desenho e as normas específicas relacionadas a
esse tópico. Assim, você será capaz de representar qualquer objeto de forma
bidimensional por meio do desenho técnico de suas diversas vistas.

Iremos estudar também sobre perspectivas, que são as formas de desenho que
nos permitem entender o objeto com profundidade e relevo. Nesse tópico, vamos
destacar as perspectivas isométricas, mais utilizadas dentro da arquitetura,
engenharia e design, por causar menor deformação no objeto a ser desenhado.
Para isso, iremos entender o conceito de perspectivas, entender os principais
modelos de perspectivas, o que é a perspectiva isométrica e como desenhá-la. E,
por fim, como representar um objeto de forma tridimensional a partir de vistas
bidimensionais, seja ele um prisma simples ou um elemento mais complexo. Ao
final desta unidade, você será capaz de compreender e projetar objetos e
elementos por meio do desenho técnico de projeções e perspectivas, tanto de
forma bidimensional quanto tridimensional.

Comecemos então! Bons estudos!

FIGURA 1 - Objeto solto no espaço


Fonte: Elaboração da autora, 2022.
Introdução às projeções ortogonais

A projeção ortogonal é a forma de representar um objeto mediante a projeção de


retas perpendiculares, ou seja, em ângulo reto, ao plano do desenho (MORIOKA;
CRUZ, 2014). Dessa forma, é possível transpor um objeto que seja tridimensional
numa superfície plana, transmitindo suas características com precisão e
demonstrando sua verdadeira grandeza. A escritora Izabel Zattar, em seu livro Agora imagine esse objeto envolto por um cubo imaginário.
"Introdução ao desenho técnico" (2016), faz um exercício de visão espacial com
seu leitor que permite uma visualização, em termos de desenhos, sobre o processo
de desenho técnico que se relaciona com as projeções ortogonais. Com o intuito de
auxiliá-lo nesse processo, vamos praticar esse exercício.

Primeiro, imagine um objeto solto no espaço que possui dimensões e uma


grandeza.

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FIGURA 1 - Objeto envolto por um cubo imaginário FIGURA 1 - Diferentes posições do observador em relação ao objeto
Fonte: Elaboração da autora, 2022. Fonte: Elaboração da autora, 2022.

Na sequência, imagine que você está observando esse objeto de diferentes Agora imagine que cada uma das posições e vistas que você assumiu tenha gerado
lugares, você pode observá-lo na posição frontal, posterior, na esquerda ou na uma projeção na parede oposta ao cubo imaginário que você envolver o objeto.
direita, ou até mesmo na posição superior ou inferior. Assim, a vista superior vai ser projetada na face inferior do cubo, ou a vista lateral
esquerda se projeta na face lateral direita do cubo.

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FIGURA 1 - Agora, a projeção de cada uma das vistas do observador nas paredes FIGURA 1 - Imagem das projeções ortográficas do objeto nas diversas faces do
opostas do cubo cubo imaginário, agora planificado
Fonte: Elaboração da autora, 2022. Fonte: Elaboração da autora, 2022.

Por fim, esse cubo imaginário será aberto até que você o veja de forma A técnica apresentada, por meio do exercício de visão espacial descrito acima, é
planificada, com cada uma das paredes do cubo contendo as projeções das vistas conhecida como planificação ou rebatimento das vistas. A planificação se refere a
que você observou. Para isso, vamos manter fixa a vista frontal do cubo, e as uma forma de organizar, ou representar, algo por meio de um plano (com apenas
demais abrem-se (ZATTAR, 2016). duas dimensões, ou seja, bidimensional). Todas as projeções, chamadas também
de vistas, apresentadas do objeto em questão se referem a essa representação de
uma figura geométrica por meio de um plano, e a essas projeções nos referimos
como projeções ortográficas da figura plana.

Em outros termos, por meio da técnica de desenho das projeções, conseguimos


transformar um objeto tridimensional em diferentes vistas bidimensionais, ou seja,
projeções ortogonais. Ao refletirmos sobre a representação de um projeto
arquitetônico, conseguimos estabelecer a relação desses elementos, conforme
discutimos no recurso Reflita abaixo.

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Com essa visão proposta no texto acima, entender as projeções ortográficas é de


extrema importância para que você, como futuro profissional, possa se expressar
corretamente em seus desenhos e representações, de forma a valorizar e
conseguir transmitir suas ideias projetuais por meio de um desenho bidimensional.

REFLITA
Elementos da projeção ortográfica
As representações de projeto arquitetônico, como
plantas, elevações e cortes, são projeções É necessário conhecer três elementos básicos para compreender como é feita a
ortogonais de um aspecto particular de objetos ou projeção ortográfica: o modelo, o observador e o plano de projeção. Observe cada
construções. um desses elementos representado no infográfico a seguir.
A planta representa uma vista do objeto percebida
de cima. A elevação é uma projeção ortogonal em
um plano vertical de desenho paralelo a um dos (Clique nas caixas em azul)
lados da construção. Já o corte é a projeção
ortogonal de uma construção como se ela fosse
cortada por um plano intermediário, expondo os
materiais internos.
Essas vistas ortogonais, entretanto, não coincidem
Recurso Externo
com a realidade óptica, visto que não há referência
ao observador e, se há, seus olhos estão a uma Recurso é melhor visualizado no formato interativo
distância infinitamente afastada.

Fonte: CHING; JUROSZEK, 2010, p. 123.

Os planos podem ocupar diferentes posições no espaço, além de ser infinito (sem
começo ou fim). Utilizando o sistema de projeções ortogonais, o matemático
francês Gaspard Monge criou a geometria descritiva, que serviu de base para o
desenho técnico. Para isso, ele utilizou dois planos perpendiculares, sendo um
plano horizontal e um plano vertical, e dividiu o espaço em quatro partes, que são
denominadas diedros.

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FIGURA 1 - Diedros do sistema de representação de Monge


FIGURA 1 - Figura de um retângulo inserido no 1º e 3º diedro
Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; FILHO, 2017, p. 106.
Fonte: CATAPAN, 2016, p. 20.

Cada diedro é uma região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si,
Podemos representar objetos e formas tridimensionais utilizando os rebatimentos
numerados no sentido anti-horário. O encontro de dois planos é chamado de linha
de todos os quatro diedros. No entanto, a fim de normatizar e garantir um melhor
terra (LT) e serve de referência para as medidas verticais, denominadas cotas, e
entendimento entre os profissionais envolvidos, foi necessário normatizar uma
horizontais, denominadas afastamentos na épura. A épura, ou planificação do
linguagem entre os profissionais mundo afora (PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; FILHO,
diedro, consiste na rotação do plano horizontal, de modo que a parte anterior do
2017). As entidades responsáveis por normatizar as técnicas de desenho definiram
plano π' coincida com a parte inferior de π” enquanto o plano vertical permanece
que o uso das projeções ortogonais do primeiro e do terceiro diedro deveriam ser
imóvel.
adotadas.

O uso de cada um dos sistemas vai de acordo com a norma adotada em cada país.
No Brasil, seguindo a maioria dos países europeus, a norma recomenda que se
utilize o primeiro diedro. Nos Estados Unidos, Inglaterra e Japão, utiliza-se o
terceito diedro. Para que não haja nenhuma confusão, adotou-se uma
nomenclatura universal para indicar dentro de qual diedro as projeções estão
sendo adotadas, conforme recomendação da NBR 10067 (ABNT, 1995), que trata
dos princípios gerais da representação em desenho técnico (conforme imagem
anterior).

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DICA

Leia das páginas 87 à 93 do livro 'Introdução ao


desenho técnico', de Izabel Zattar (2013). Acesse o
link e confira o material:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicaca
o/37454/pdf/91?
code=rpTqJcxF0g8gGss+TGl25KbQBGd98ZzxMrqdi
2ghyx0OL1QFzBVFKJX0E89DHXA+Las9z+pqA3nTlQ
bb0/ajyw==e.

FIGURA 1 - Símbolo do método de projeção ortográfica. Figura 1 (à esquerda -


primeiro diedro). Figura 2 (à direita - terceiro diedro)
Fonte: ABNT, 1995, p. 1.

Para compreender melhor as diferenças entre as projeções ortogonais no 1º e 3º


diedro, leia o conteúdo indicado, que, além de explicar textualmente, traz imagens
e diagramas com a representação de cada um dos diedros.

Preferencialmente, os objetos no 1º diedro são representados pela vista frontal,


superior e lateral esquerda. Já os objetos no 3º diedro são representados pelas
vistas frontal, superior e lateral direita. Seguindo a recomendação da ABNT, e para
simplificar o entendimento da projeção ortográfica, adotaremos a representação
do 1º diedro como base para a leitura e interpretação dos desenhos técnicos e das
projeções ortogonais.

Projeções ortogonais

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Para aprofundar um pouco mais o conhecimento obtido até aqui, a partir de nossas
discussões sobre o conteúdo, assista ao vídeo sobre projeções ortogonais, que
apresentará importantes considerações sobre a temática da unidade:
Se você ficou com alguma dúvida sobre como construir projeções
ortogonais a partir de um objeto tridimensional, assista ao vídeo a seguir
sobre a explicação de um professor dos conceitos básicos e o exemplo,

Recurso Externo desenhado, de como fazer a planificação de um objeto.

Clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse o vídeo:


Recurso é melhor visualizado no formato interativo

https://www.youtube.com/watch?v=Jp_BZawmVkA.

Seguindo a partir do que foi apresentado no vídeo, podemos continuar nos


debruçando sobre a temática projeções ortogonais. Vamos lá?
No processo do desenho de projeções ortogonais, vimos que é possível representar
um objeto tridimensional, respeitando suas verdadeiras grandezas, de forma
Agora, no vídeo a seguir, vamos demonstrar dois exemplos práticos de como
bidimensional por meio do método de Monge. É importante entender que, embora
elaborar projeções ortogonais de um objeto tridimensional. Vamos assistir?
bidimensionais, todas as vistas de um objeto planificado representam o mesmo
objeto, observado de diversas posições.

Recurso Externo
Perspectivas
Recurso é melhor visualizado no formato interativo
Ao olharmos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. Como na
imagem que temos abaixo, as partes que estão mais próximas do objeto parecem
maiores do que as partes mais distantes, que parecem menores. Essa imagem, ou
fotografia, mostra o objeto da maneira como ele é visto pelo olho humano e tem a
A partir do vídeo assistido, você consegue identificar quais outros conhecimentos capacidade de transmitir a ideia das três dimensões: comprimento, largura e
foram adquiridos com ele? altura (CATAPAN, 2016).

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) adota a projeção ortogonal


como padrão para o desenho técnico, porque ela é a representação mais fiel à
forma do objeto em que se pretende planificar. Para isso, é preciso observar a NBR
10067 (ABNT, 1995), que é uma das normas de desenho que indica os princípios
gerais de representação em desenho técnico.

SAIBA MAIS

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As perspectivas se aproximam da nossa percepção espacial, por isso, essa forma


de representação técnica é utilizada constantemente no desenvolvimento de
projetos e objetos. Muitas das vezes, o profissional precisa mostrar a algum
cliente, que não compreende a linguagem gráfica, como seu projeto ficará no final.
Alguns desenhos, como plantas, elevações e cortes, muitas vezes não conseguem
transmitir ao cliente a ideia para seu projeto. Por isso, ao utilizar a perspectiva
como forma de representação, o cliente consegue compreender a ideia de
profundidade, relevo e os detalhes por meio do modelo tridimensional.

FIGURA 1 - Fotografia de uma câmera


Fonte: RACOOL_STUDIO / FREEPIK. FIGURA 1 - Cozinha em perspectiva
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 104.

Em desenho técnico, para transmitir a mesma ideia das três dimensões,


precisamos recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Dentro do universo da arquitetura, da engenharia e do design, as perspectivas
Ela é capaz de transmitir em um objeto, num único plano, a ideia tanto de cônicas, cavaleira e isométricas são as mais utilizadas. Cada tipo de perspectiva
profundidade quanto de relevo. Segundo a NBR 10647 (ABNT, 1989, p. 1), "as mostrando o objeto de um jeito diferente. Dentro do desenho técnico, as mais
perspectivas são as figuras resultantes de uma projeção cilíndrica ou cônica, sobre utilizadas são a cavaleira e a isométrica, no entanto a perspectiva isométrica é a
um único plano". Ainda segundo a norma, elas são uma representação que permite que tende a manter a figura mais próxima da realidade, com suas proporções de
uma percepção mais fácil da forma do objeto. comprimento, largura e altura com a menor deformação em relação ao objeto real.

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Há dois tipos de perspectivas: as perspectivas cônicas, que se dividem em pontos Segundo Morioka e Cruz (2014), "a perspectiva isométrica é a representação
de fuga, ou até mesmo as curvilíneas ou quadridimensionais; e as perspectivas axonométrica ortogonal na qual a linha de projeção faz coordenadas com ângulos
axonométricas, que se dividem entre ortogonais e oblíquas. As perspectivas iguais em relação aos eixos de coordenadas". Para se desenhar uma perspectiva
axonométricas ortogonais ainda se dividem entre: isométrica, dimétrica e isométrica, baseamos o desenho num sistema de três semirretas que têm o
trimétrica, enquanto as perspectivas oblíquas se dividem em cavaleira e militar mesmo ponto de origem e formam entre si três angulos iguais, 120º, e, em
(CATAPAN, 2016). consequência, as escalas dos três eixos são iguais. Esses eixos são conhecidos
como eixos isométricos. Ao iniciar o traçado da perspectiva isométrica, deve-se
traçar três eixos (a, b, e c), sendo dois eixos obliquos (a e b) e um eixo vertical (c).
Os dois eixos oblíquos formam um ângulo de 30º em relação a uma linha
horizontal do desenho, conforme imagem abaixo.

FIGURA 1 - Perspectivas diversas


Fonte: CATAPAN, 2016, p. 58.

FIGURA 1 - Perspectiva isométrica: eixos isométricos


Fonte: CATAPAN, 2016, p. 60.

Na imagem, temos a representação de um cubo, com suas arestas desenhadas em


três diferentes perspectivas: perspectiva cônica, perspectiva cavaleira e
perspectiva isométrica. Entender cada uma delas é importante ao representarmos
os elementos e objetos, de forma a proporcionar a sensação de profundidade. Na perspectiva isométrica, segundo Zattar (2016), as reduções nas três dimensões
Dentro desses modelos, alguns são mais utilizados do que outros, por são iguais e têm valor de 0,81. Uma curiosidade, entretanto, é que, na prática, a
representarem a realidade com menos distorção. Por isso, vamos abordar mais perspectiva isométrica é representada sem redução, ou seja, são utilizadas as
precisamente as perspectivas isométricas. medidas reais do objeto, chamada, nesse caso, de perspectiva isométrica
simplificada ou perspectiva exata. Além disso, as retas paralelas do objeto
permanecem paralelas também na perspectiva. Os ângulos, as linhas e os planos
não isométricos não aparecem em sua verdadeira grandeza.
Perspectivas isométricas

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Sendo assim, ao traçarmos a perspectiva isométrica de um sólido, primeiro


devemos dispor as medidas reais do objeto, como comprimento, altura e largura
em seus eixos isométricos. Após traçar essas primeiras linhas, e esboçar o sólido,
as demais arestas serão baseadas por meio das vistas ortogonais. É importante
lembrar que, seguindo a recomendação da norma brasileira, estamos sempre nos
referenciando ao primeiro diedro. Inicia-se então o traçado pela vista frontal com
as devidas dimensões, depois a vista lateral e, por último, se utiliza da vista
superior. É nesse momento da vista superior que devemos realizar todos os cortes
necessários para formalizar o sólido de acordo com as projeções ortogonais
entregues. As linhas ocultas normalmente são apagadas, servindo apenas como
um guia para o desenvolvimento do desenho, conforme imagem abaixo.

FIGURA 1 - Prisma com rebaixos


Fonte: CATAPAN, 2016, p. 63.

Em seguida, marque o comprimento e profundidade do rebaixo e trace as linhas


isométricas que determinam o mesmo. Após completar o traçado do rebaixo, você
deve apagar as linhas de construção do prisma e reforçar os contornos do modelo
adquirido.

FIGURA 1 - Construção da perspectiva isométrica de um objeto por meio das vistas


ortogonais (ou projeções ortogonais)
Fonte: CATAPAN, 2016, p. 61.

No caso de prisma com elementos paralelos, você deve seguir o mesmo princípio
do desenho anterior. Primeiro, deve esboçar a perspectiva isométrica de um
prisma auxiliar, utilizando as medidas de comprimento, altura e largura
aproximadas.

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FIGURA 1 - Prisma com rebaixo: criação da perspectiva FIGURA 1 - Prisma com elementos oblíquos
Fonte: CATAPAN, 2016, p. 63. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 115.

Quando os elementos são oblíquos, ou seja, possuem linhas que não são paralelas Como na imagem anterior, você pode observar que, a partir dos eixos
aos eixos isométricos, eles devem seguir os passos a seguir para seu desenho. geométricos, com as medidas de altura, largura e profundidade, traçamos o prisma
Considerando um prisma com um chanfro, que seria o elemento oblíquo, trace a auxiliar. Para traçar esse prisma auxiliar, lembre-se de que você deve seguir os
partir dos eixos isométricos o prisma auxiliar. Depois você deve marcar as medidas eixos isométricos, com as linhas posicionadas a 30º do plano horizontal.
do chanfro na face frontal do prisma e traçar a linha não isométrica que determina
esse elemento. Logo após, você irá traçar as linhas isométricas que definem esse
chanfro e, como no modelo anterior, você deve apagar as linhas de construção do
prisma e reforçar os contornos do modelo adquirido (ZATTAR, 2016, p. 115-116).

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FIGURA 1 - Traçado do prisma auxiliar a partir dos eixos isométricos FIGURA 1 - Medidas do chanfro marcadas na face frontal
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 115. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 115.

Seguindo as medidas do modelo, você observou que foi traçada a linha não Logo após, você deverá traçar linhas isométricas que determinam a largura do
isométrica, ou seja, o chanfro em uma das faces do desenho, permitindo melhor chanfro, construindo esse elemento dentro da perspectiva, e depois traçar as
sua visualização. demais medidas do chanfro.

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FIGURA 1 - Determinação do prisma FIGURA 1 - Prisma com a perspectiva pronta


Fonte: ZATTAR, 2016, p. 116. Fonte: Elaboração da autora, 2022.

Apague as linhas de excesso e trace com mais precisão o prisma final. Perspectiva Tanto as perspectivas isométricas quanto as perspectivas cavaleiras permitem que
pronta! partes arredondadas, como raios e círculos de objetos, sejam representadas.
Porém é necessário entender que o círculo sofrerá uma deformação ao desenhá-lo
por meio de uma perspectiva isométrica. Para iniciar o traçado, é preciso desenhar
um quadrado com partes iguais, em seguida, com o auxílio da curva francesa,
começar a traçar os arcos que compõem o círculo. Você deve, na sequência,
completar o traçado do círculo isométrico, e o mesmo procedimento deve ser
aplicado nas outras faces do quadrado auxiliar.

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FIGURA 1 - Traçado do círculo na perspectiva isométrica FIGURA 1 - Traçado do quadrado em eixos isométricos
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 118. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 119.

Outra forma de representação dessas circunferências é por meio de coordenadas, Com o quadrado que envolve a vista já desenhado, conforme a imagem anterior.
que são levantadas por meio de vários pontos da curva. Ao traçar, então, a Independente do quadrado, sempre teremos pontos mais próximos (A e C) e
perspectiva isométrica, se desenha os losangos a partir dos eixos isométricos. A pontos mais distantes (B e D). O próximo passo é ligar os pontos A e C com o
partir daí, define-se os pontos médios e, a partir dos centros deles, traça-se os ponto médio das faces opostas.
arcos conforme as figuras abaixo, independente do sentido do eixo em relação ao
plano de projeção. Ao final, sugere-se que se reforce as linhas da circunferência
para que os traços referenciais não se sobressaiam ou, se possível, possam ser
apagados (ZATTAR, 2016; MORIOKA, CRUZ, 2014).

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FIGURA 1 - Pontos médios do traçado FIGURA 1 - Traçando a circunferência


Fonte: ZATTAR, 2016, p. 119. Fonte: ZATTAR, 2016, p. 119.

O próximo passo é traçar uma circunferência seguindo os quatro passos seguintes: Agora que você já possui as linhas da sua circunferência, você pode apagar todas
traçar um arco com o centro em A; um arco com centro na interseção dos traços; as linhas de construção que você utilizou para traçar os arcos e as vistas.
um arco com centro em C; um arco com centro na outra interseção dos traços.

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Se você ficou com alguma dúvida sobre como construir uma perspectiva
isométrica a partir de projeções ortogonais bidimensionais, veja o vídeo
com o link abaixo com a explicação de um professor sobre os conceitos
básicos e o exemplo, desenhado, de como fazer a planificação de um
objeto.

Clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=569YxdfyXgo.

Fica mais simples entender como devemos desenvolver a técnica das projeções
ortogonais por meio da nossa indicação no Saiba mais. Compreender o processo de
desenho, assim como ser capaz de ler projeções ortogonais e perspectivas de um
objeto, são habilidades que você deve desenvolver ao longo do tempo. Essas
formas de representação gráfica serão o seu meio de comunicação com outros
profissionais, fornecedores e clientes.

FIGURA 1 - Desenho da circunferência em perspectiva isométrica final


Fonte: ZATTAR, 2016, p. 119.
Considerações finais

Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

Apagando as linhas de construção, seu desenho estará pronto!

Aprender a representar da maneira correta é fundamental dentro da disciplina de


desenho técnico, e como profissionais que irão utilizar essa técnica para
representar seus projetos e ideias, você deve exercitar seu conhecimento. Ainda
que tenhamos explicado através dos exemplos acima e das explicações teóricas, compreender o que são as projeções ortogonais;
você pode ter alguma dúvida em relação ao processo de desenho, e visualizar o compreender e desenhar projeções ortogonais bidimensionais
desenvolvimento de um desenho talvez seja interessante para facilitar sua a partir de objetos tridimensionais;
visualização do processo. Para isso, veja o que está indicado no Saiba mais a compreender o que são as perspectivas e entender como
seguir. desenhar uma perspectiva isométrica por meio de vistas
bidimensionais.

SAIBA MAIS

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Neste material, você conheceu ainda mais sobre o universo do desenho técnico e
alguns tipos de representações gráficas de objetos, tanto bidimensionais quanto
tridimensionais. Começamos aprendendo o conceito das projeções ortográficas,
que são representações em planos bidimensionais de um objeto tridimensional,
permitindo assim a compreensão total de um objeto por meio de desenhos
técnicos e vistas.
O desenho técnico é a representação
Em seguida, falamos especificamente das técnicas para o desenho de projeções de um corpo com a finalidade de expor
ortogonais, tendo, por meio de exemplos diversos, a construção de vistas
ortogonais de objetos tridimensionais e que permitem, por meio deles, a
medidas, cortes, posicionamentos e
formatação de projetos arquitetônicos e projetos de objetos diversos através da outros parâmetros para melhor
representação gráfica dos mesmos, seguindo uma linguagem universal conhecida
representar um objeto ou
por países do mundo todo.
componente. Dessa forma, visando
Continuando nosso estudo, aprendemos um pouco mais sobre as representações uma representação fiel e a
em perspectivas, que permitem aos profissionais um recurso dentro do desenho padronização do desenho, foram
técnico para exemplificar aos clientes e prestadores de serviços o objeto com a
representação de profundidade e relevo, facilitando o entendimento do projeto e a criadas diversas normas técnicas,
leitura de como será o espaço projetado. Também vimos as diversas formas de desenvolvidas e reguladas pela
desenhar em perspectiva, destacando a principal delas, e uma das mais utilizadas
dentro do universo da engenharia, arquitetura e design: a perspectiva isométrica.
Associação Brasileira de Normas
Por meio de exemplos na prática, você agora é capaz de produzir perspectivas Técnicas (ABNT). Segundo as normas
isométricas por meio de vistas bidimensionais, sejam eles primas puros, com
de desenho técnico, que se referem ao
elementos oblíquos, ou mesmo circunferências.
processo de desenho e suas regras
É importante ressaltar, como mencionado, que essas são algumas formas e gerais de representação, analise as
técnicas utilizadas dentro da representação gráfica para ajudar no desenho e afirmativas a seguir.
compreensão de objetos e projetos arquitetônicos. Para que seu conhecimento
continue ampliando, é necessário que você exercite as técnicas apresentadas
representando objetos dos mais simples aos mais complexos. I. A NBR 10067, que define os princípios gerais de
representação em desenho técnico, define que as
vistas ortográficas provenientes das projeções
cilíndricas oblíquas são ideais para a representação
planificada de um objeto tridimensional.

Agora que finalizamos este conteúdo, vamos testar seus conhecimentos II. Para o desenho das projeções ortogonais de um
com o quiz a seguir.
objeto, a escolha da vista principal deve ser baseada
na vista que melhor representa o objeto, e
geralmente ela representa a posição de utilização da
peça.

QUIZ

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III. Desenhos de peças que são simétricas podem ser b


feitos de forma simplificada, representando apenas
uma parte do todo. Entretanto peças que são
repetitivas, mas não simétricas, não podem utilizar- Resposta Incorreta:
se do recurso de simplificação. Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto
que as vistas ortográficas são provenientes das
IV. Devem ser executadas quantas vistas forem projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
necessárias, segundo a norma, para a caracterização verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
da forma da peça, escolhendo as vistas com as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
princípios para evitar repetição de detalhes, linhas valorizar a melhor vista do objeto, que representa
tracejadas desnecessárias e usando o menor número melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
de vistas possíveis. pois as peças que são repetitivas podem também
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
Está correto o que se afirma em:
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
a I e II, apenas. e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.

Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto c II e IV, apenas.
que as vistas ortográficas são provenientes das
projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
valorizar a melhor vista do objeto, que representa
melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
pois as peças que são repetitivas podem também
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.

II e III, apenas.

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Resposta Correta:
Alternativa correta, pois a afirmativa I é falsa, visto e I, II e IV, apenas.
que as vistas ortográficas são provenientes das
projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
as vistas principais devem ser escolhidas de forma a Resposta Incorreta:
valorizar a melhor vista do objeto, que representa Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto
melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa, que as vistas ortográficas são provenientes das
pois as peças que são repetitivas podem também projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas, valorizar a melhor vista do objeto, que representa
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
forma consciente, minimizando o número de desenhos pois as peças que são repetitivas podem também
e repetições, mas representando de forma integral o utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
objeto em questão. afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
d I, II e III, apenas. e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.

Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é falsa, visto
que as vistas ortográficas são provenientes das
projeções cilíndricas ortogonais. A afirmativa II é
verdadeira, pois, segundo a norma técnica NBR 1006,
as vistas principais devem ser escolhidas de forma a
valorizar a melhor vista do objeto, que representa
melhor os detalhes do mesmo. A afirmativa III é falsa,
pois as peças que são repetitivas podem também
utilizar-se do recurso de simplificação. Por fim, a
Leia o trecho abaixo.
afirmativa IV é verdadeira, pois a norma não
estabelece um número mínimo ou máximo de vistas,
apenas ressalva que essa escolha deve ser feita de
forma consciente, minimizando o número de desenhos
e repetições, mas representando de forma integral o
objeto em questão.

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A representação de objetos em desenhos técnicos


projetivos pode ser feita por meio de sua projeção
em um plano, que permite o desenho das projeções
ortogonais. Essas projeções são adotadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
como a forma de representar objetos por ser a mais
fiel à forma do objeto real. Nas imagens abaixo,
temos algumas representações das projeções
ortogonais de objetos. Analise todos os desenhos e
julgue se verdadeiro ou falso.

Fonte: CATAPAN, 2016 [Adaptada].

A respeito dos desenhos, analise as afirmativas a


seguir e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para
a(s) Falsa(s).

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( ) Sobre a representação da figura 01, é correto


afirmar que a projeção 1a correponde à vista Resposta Incorreta:
superior, a projeção 1b corresponde à vista frontal e Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira,
a projeção 1C corresponde à vista lateral esquerda. visto que as vistas correspondem exatamente às
projeções indicadas. A afirmativa II também é
( ) Sobre as linhas tracejadas na vista 2b e 2c, elas verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não
se referem à circunferência na base da peça, que podem ser vistas em uma projeção, devem ser
não pode ser visualizada nas respectivas vistas e, representadas com a linha tracejada mais fina,
por estar oculta, deve ser representada de forma conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III
tracejada em uma linha mais fina. é falsa, pois na representação da figura 02 é correto
afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da
( ) Sobre a representação da figura 02, é correto peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha
afirmar que a projeção 2a se refere à vista superior, tracejada não corresponde à linha diagonal da vista
a projeção 2b, à vista da parte inferior, e a vista 2c, superior, mas corresponde ao vazio que se encontra
à vista lateral esquerda. na parte superior da peça.

( ) Sobre a vista 1c, a linha tracejada é referente à


linha diagonal que pode ser visualizada na projeção
b F, F, V, V.
1a, mas que não pode ser percebida nessa vista 1c.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência


correta: Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira,
visto que as vistas correspondem exatamente às
a V, V, V, F. projeções indicadas. A afirmativa II também é
verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não
podem ser vistas em uma projeção, devem ser
representadas com a linha tracejada mais fina,
conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III
é falsa, pois na representação da figura 02 é correto
afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da
peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra
na parte superior da peça.

c V, V, F, V.

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e F, V, F, V.
Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira,
visto que as vistas correspondem exatamente às
projeções indicadas. A afirmativa II também é Resposta Incorreta:
verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não Alternativa incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira,
podem ser vistas em uma projeção, devem ser visto que as vistas correspondem exatamente às
representadas com a linha tracejada mais fina, projeções indicadas. A afirmativa II também é
conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não
é falsa, pois na representação da figura 02 é correto podem ser vistas em uma projeção, devem ser
afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da representadas com a linha tracejada mais fina,
peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista é falsa, pois na representação da figura 02 é correto
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da
na parte superior da peça. peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra
na parte superior da peça.
d V, V, F, F.

Resposta Correta:
Alternativa correta, pois a afirmativa I é verdadeira,
visto que as vistas correspondem exatamente às
projeções indicadas. A afirmativa II também é
verdadeira, porque todas as linhas ocultas, que não
podem ser vistas em uma projeção, devem ser
representadas com uma linha tracejada mais fina,
conforme indicado nas vistas 2b e 2c. A afirmativa III Analise a imagem a seguir:
é falsa, pois na representação da figura 02 é correto
afirmar que a projeção 2b se refere à vista frontal da
peça. Por fim, a afirmativa IV é falsa, porque a linha
tracejada não corresponde à linha diagonal da vista
superior, mas corresponde ao vazio que se encontra
na parte superior da peça.

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A perspectiva isométrica é baseada num sistema de


três semirretas, com o mesmo ponto de origem e
a
com ângulos iguais entre si: 120º. O traçado de
perspectivas isométricas sempre parte desses eixos.

Resposta Correta:
Alternativa correta, pois todas as perspectivas
isométricas são construídas de eixos isométricos, que,
como o próprio nome diz, são eixos iguais.

Há diversos tipos de perspectiva, entretanto o estilo


que visualmente representa melhor um objeto, com
b
menor deformação em relação às suas grandezas
reais, é a perspectiva cônica.

Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois o tipo de perspectiva que
menos distorce a representação real do objeto é a
perspectiva isométrica. A construção da isométrica é
Fonte: Catapan, 2016 [Adaptada]. feita por meio de projeções ortogonais, que
representam as dimensões exatas de um objeto.
Quando observamos um objeto, como uma câmera Ainda é possível, sim, fazer perspectivas isométricas
fotográfica ou mesmo um celular, temos a sensação de círculos, utilizando-se a chamada elipse
de profundidade e relevo. Para transmitir essa geométrica. Por de duas técnicas distintas, as forma
mesma sensação dentro do desenho técnico, temos curvas e os círculos podem ser representados de
a representação em forma de perspectiva. A forma perspectivada. Lembrando claro, que essa
perspectiva pode ser construída por meio das forma automaticamente sofrerá uma distorção das
projeções ortogonais de um objeto, que representa grandezas reais. Por fim, segundo a norma, a
suas vistas planificadas, com as dimensões exatas definição de perspectivas são as figuras resultantes
conforme imagem apresentada. Sobre essa forma de de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único
representação gráfica, analise as afirmativas a plano, com a finalidade de permitir uma percepção
seguir e assinale a alternativa correta. mais fácil da forma do objeto.

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É possível construir a perspectiva isométrica por Resposta Incorreta:


meio das vistas ortográficas, provenientes das Alternativa incorreta, pois o tipo de perspectiva que
c
projeções oblíquas, que representam as dimensões menos distorce a representação real do objeto é a
exatas de um objeto. perspectiva isométrica. A construção da isométrica é
feita por meio de projeções ortogonais, que
representam as dimensões exatas de um objeto.
Ainda é possível, sim, fazer perspectivas isométricas
Resposta Incorreta: de círculos, utilizando-se a chamada elipse
Alternativa incorreta, pois o tipo de perspectiva que geométrica. Por de duas técnicas distintas, as forma
menos distorce a representação real do objeto é a curvas e os círculos podem ser representados de
perspectiva isométrica. A construção da isométrica é forma perspectivada. Lembrando claro, que essa
feita por meio de projeções ortogonais, que forma automaticamente sofrerá uma distorção das
representam as dimensões exatas de um objeto. grandezas reais. Por fim, segundo a norma, a
Ainda é possível, sim, fazer perspectivas isométricas definição de perspectivas são as figuras resultantes
de círculos, utilizando-se a chamada elipse de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único
geométrica. Por de duas técnicas distintas, as forma plano, com a finalidade de permitir uma percepção
curvas e os círculos podem ser representados de mais fácil da forma do objeto.
forma perspectivada. Lembrando claro, que essa
forma automaticamente sofrerá uma distorção das
grandezas reais. Por fim, segundo a norma, a
definição de perspectivas são as figuras resultantes Segundo a NBR 10647, de 1989, a perspectiva é a
de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único forma de representar um objeto sobre planos
plano, com a finalidade de permitir uma percepção e convenientemente escolhidos, de modo a
mais fácil da forma do objeto. representar, com exatidão, a forma do mesmo com
seus detalhes.

Na perspectiva isométrica, não é possível


representar figuras e elementos curvos, porque,
d como estamos fazendo a partir de projeções
ortognais do objeto, o desenho de elementos curvos
é dificultado.

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PACHECO, B. A.; SOUZA-CONCÍLIO, I. A.; FILHO, J. P. Desenho técnico. Curitiba:


InterSaberes, 2017.
Resposta Incorreta:
Alternativa incorreta, pois o tipo de perspectiva que
ZATTAR, I. C. Introdução ao desenho técnico. Curitiba: InterSaberes, 2016.
menos distorce a representação real do objeto é a
perspectiva isométrica. A construção da isométrica é
feita por meio de projeções ortogonais, que
representam as dimensões exatas de um objeto.
Ainda é possível, sim, fazer perspectivas isométricas
de círculos, utilizando-se a chamada elipse
geométrica. Por de duas técnicas distintas, as forma
curvas e os círculos podem ser representados de
forma perspectivada. Lembrando claro, que essa
forma automaticamente sofrerá uma distorção das
grandezas reais. Por fim, segundo a norma, a
definição de perspectivas são as figuras resultantes
de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único
plano, com a finalidade de permitir uma percepção
mais fácil da forma do objeto.

Referências
ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 — Princípios
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.

ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10647 — Desenho


técnico — Norma Geral. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

CATAPAN, M. F. Apostila de expressão gráfica II. Curitiba: Universidade


Tecnológica Federal do Paraná, 2016.

CHING, F. D. K.; JUROSZEK, S. P. Representação gráfica para desenho e


projeto. São Paulo: Gustavo Gil, 2010.

MORIOKA, C. A.; CRUZ, M. D. Desenho técnico: medidas e representação gráfica.


São Paulo: Erica, 2014.

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Unidade 3 - Isométrica, perspectiva e cortes


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Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa.
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Introdução da unidade
O tipo de representação axonométrica mais comum é a isométrica, pela qual os
três eixos dimensionais formam ângulos iguais (iso). Na imagem a seguir, pode-se
ver através da "quina" do cubo, que os três ângulos da imagem são de 120°.
Evoluindo no tema projeções, nesta unidade, veremos os conceitos de projeções
axonométricas e cônicas, das quais se desdobram as representações isométricas e
perspectivas com pontos de fuga, respectivamente. Após apreendermos essas
informações, adentraremos no conceito de construção de representações
ortogonais com cortes, de maneira a obter todos os padrões que as englobam.

Costa (1940) apresenta uma classificação das modalidades de desenho segundo


suas funções: primeiramente, para a inteligência, quando concebe e deseja
construir, o desenho como meio de fazer, ou seja, o desenho técnico; em segundo
lugar, para curiosidade, quando observa e deseja registrar o desenho como
documento, ou desenho de observação; por fim, para o sentimento, quando se
toca; para a imaginação, quando se solta; para a inteligência, quando se cria algo
ou quando deseja penetrar-lhe o âmago e significar, o desenho como meio de
expressão plástica, ou desenho de criação.

O aprendizado sobre a representação em perspectiva contribuirá para representar


seu projeto de forma o mais aproximada possível da realidade, facilitando o
entendimento do cliente, avaliador ou executor do seu projeto. Já o conhecimento
de como fazer um corte adequado permitirá transmitir mais informações técnicas
do projeto, além de auxiliar na solução de questões internas do objeto que está em
elaboração.

Com isso, estamos nos aproximando mais de um domínio representativo do


desenho técnico. Ter esse domínio propiciará segurança para representar suas
soluções de projeto com mais clareza, o que ajudará muito a obter resultados
FIGURA 1 - Isométrica
melhores. Vamos começar nossos estudos?
Fonte: Elaboração da autora, 2023.

Perspectivas axonométricas

Perspectivas são representações gráficas que demonstram como os objetos se


apresentam na forma como os visualizamos, ou seja, em três dimensões. A isométrica é utilizada para demonstrar um objeto de forma mais exata e
harmoniosa em ângulos. Por conta disso, é o tipo de axonométrica mais comum,
usado em representação em projetos.
Segundo Silva (2006), os diferentes tipos da projeção ortogonal axonométrica
resultam, para um feixe de projetantes paralelo (observador a uma distância
infinita do plano de projeção), das infinitas posições possíveis do objeto, isto é, dos Pensando na temática de perspectiva isométrica contextualizada até o momento, o
diferentes ângulos possíveis de estabelecer entre os eixos dos referenciais conteúdo do vídeo oferecerá um importante horizonte de aprendizados dentro do
associados, respectivamente ao objeto e ao plano de projeção. que estamos estudando. Vamos assistir?

Perspectiva isométrica Recurso Externo


Recurso é melhor visualizado no formato interativo

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Esse tipo de perspectiva proporciona uma visão mais focada nas duas dimensões
simétricas. Muitas vezes, é usada para simular vistas com uma angulação que não
precisa demonstrar o topo com tanta fidelidade.
A perspectiva isométrica simplificada representa os objetos em escala real; por
isso o objeto em perspectiva aparenta ser ligeiramente maior que sua
representação em vistas múltiplas. A perspectiva isométrica simplificada é a mais
Perspectiva trimétrica
usada, pois é mais simples de executar (SILVA, 2006).

Na perspectiva trimétrica, os três eixos principais formam ângulos diferentes. Na


representação a seguir, observa-se que os três ângulos, que formam as três
Perspectiva dimétrica dimensões, são incongruentes.

Já no caso das perspectivas dimétricas, somente os ângulos das duas dimensões


opostas são iguais, assim como mostra a imagem a seguir, em que duas faces
formam o ângulo de 105°, enquanto o ângulo do topo da figura forma outro
ângulo.

FIGURA 1 - Perspectiva trimétrica


Fonte: Elaboração da autora, 2023.

FIGURA 1 - Perspectiva dimétrica


Fonte: Elaboração da autora, 2023.
As perspectivas axonométricas não possuem distorção e podem ser construídas na
totalidade, utilizando os ângulos dos instrumentos de desenho, como os
esquadros. Da mesma forma, pode-se construir também as perspectivas do tipo
cavalera, cujo tópico veremos a seguir.

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Perspectiva cavalera

Nesse tipo de perspectiva, pressupõe-se que o observador está posicionado em


frente a um objeto, cuja observação tende ao infinito. Dessa forma, as linhas são
paralelas e oblíquas ao plano do quadro. Em outras palavras, na perspectiva
cavalera, conserva-se a face frontal ortogonalmente, ficando somente uma
dimensão em perspectiva, como é possível verificar no infográfico a seguir, clique
nos cards e conheça:

Recurso Externo
Recurso é melhor visualizado no formato interativo

Esse tipo de perspectiva auxilia a demonstrar um elemento em perspectiva, porém


evidenciando sua vista frontal. Além disso, é muito utilizado para fazer fachadas
perspectivadas de projetos arquitetônicos, simulando uma fachada em
perspectiva. A perspectiva cavaleira pode ser construída de forma rápida, em vista
do fácil de construção de objetos menores, com uma das faces de maneira plana. FIGURA 1 - Projeção cônica
No caso de objetos curvos, o processo torna-se mais difícil, podendo apresentar
Fonte: Elaboração da autora, 2023.
distorções visuais das formas na tentativa de reproduzir o objeto fielmente.

Projeções cônicas - perspectivas com ponto de


fuga
A perspectiva cônica corresponde à forma que nosso globo ocular apreende e
enxerga os objetos em perspetiva. Esse ramo da geometria é muito importante
A projeção cônica, também chamada de projeção central, pois as linhas para reproduzir a maneira como os objetivos se comportam visualmente ao usuário
projetantes convergem em um ponto, que seria o vértice do cone, conforme a (figura seguinte) e é a base para as representações tridimensionais virtuais
imagem a seguir: reproduzidas mais frequentemente por softwares de representação de projeto.

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As perspectivas com os pontos de fuga possuem distorções de medidas, porém são


as que mais se aproximam da forma que visualizamos na realidade. Há três tipos
de perspectivas cônicas, classificadas conforme à quantidade de pontos de fuga:

Perspectiva de um ponto de fuga

Essa perspectiva é muito usada em design de interiores, para representar espaços


internos. Nesse tipo de perspectiva, a visão do observador converge para um único
ponto no horizonte, denominado como ponto de fuga, conforme esquema a seguir.
Essas características permitem que sejam demonstrados os elementos do interior
de um ambiente, como uma pessoa posicionada no interior.

FIGURA 1 - Perspectiva de um ponto de fuga


Fonte: CHING, 2001 [Adaptada].

A perspectiva de um ponto de fuga também é utilizada para simular situações


externas, principalmente em cenários lineares, que convergem para o horizonte,
FIGURA 1 - Perspectiva interna como vias.
Fonte: LEYTOR / WIKIMEDIA COMMONS.

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FIGURA 1 - Perspectiva dois pontos de fuga


Fonte: CHING, 2001 [Adaptada].
FIGURA 1 - Via em perspectiva de um ponto de fuga
Fonte: PEXELS / PIXABAY.

Relevante para representar objetos que queremos demonstrar detalhes da


volumetria, esse tipo de perspectiva é muito comum para representar produtos e
Por essa característica, essa perspectiva é muito utilizada para ilustrar vias edifícios externamente. Todavia, podemos usar para representar ambientes
projetadas para projetos urbanos, mostrando características formais. internos também.

Perspectiva de dois pontos de fuga

Essa perspectiva é muito utilizada em arquitetura, para representar edificações


pela parte externa. Essa representação simula a forma que observamos os objetos
em nosso campo de visão, em que as linhas de convergem para duas fugas no
horizonte, que correspondem à visão periférica, conforme a imagem a seguir:

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FIGURA 1 - Templo grego: dois pontos de fuga


Fonte: PEXELS / PIXABAY.
FIGURA 1 - Perspectivas com 3 pontos de fuga
Fonte: CHING, 2001 [Adaptada].

A forma assumida pela perspectiva só se altera quando a posição do observador


muda. Já o tamanho da perspectiva se modifica quando as distâncias do quadro
e/ou do objeto se alteram em relação ao observador (TONIOLO; STRABELI, 2018).
A perspectiva com 3 pontos de fuga é muito utilizada para representar paisagens
com volumes em grande escala de altura, como skylines de arranha-céus, por
exemplo.
Perspectiva de três pontos de fuga

Um pouco mais complexa e menos usual. Além dos dois pontos de convergência no
horizonte, também há uma convergência das linhas da terceira dimensão em um
ponto, em altura, como está representado na figura a seguir:

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REFLITA

Vamos exercitar nossa visão para desenho de


perspectiva? Posicione-se em um corredor (pode
ser da sua casa, trabalho, faculdade, etc.) e tente
fazer um desenho da mão, de uma perspectiva de
um ponto de fuga. Depois, você pode até
fotografar o espaço e comparar com o seu croqui.

FIGURA 1 - Perspectiva em três pontos de fuga


Fonte: GIALLOPUDDING / PIXABAY.

Perspectiva mais complexa construção, por isso, menos utilizada. Porém, é um


recurso que pode ser utilizado para representar objetos ou edificações com
grandiosidade.

Treinar o desenho de observação em perspectiva ajuda muito a treinar o olhar


tridimensional e, da mesma forma, como representar a realidade. No momento de
fazer o desenho de exatidão, esse olhar ajudará a perceber se o procedimento está
sendo realizado adequadamente.

Variáveis nas perspectivas cônicas

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Além dos pontos de fuga, outros fatores influenciam no modo como as


perspectivas se apresentarão:

(Clique nas setas para avançar ou retornar o conteúdo)

Ângulo entre a posição do observador e o objeto.

Altura do ponto de observação.

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FIGURA 1 - Profundidade em perspectiva


Distância do observador em relação ao objeto.
Fonte: CHING, 2001 [Adaptada].

Fonte: CHING, 2001 [Adaptada].

Além das variáveis descritas, tem-se também que se considerar a noção de Precisamos ser criteriosos com a noção de profundidade da perspectiva, de
profundidade na perspectiva. À medida que os objetos a se representar se maneira a não distorcer as relações e os objetos fiquem fora de proporção em
aproximam a fuga, estando mais distantes, são representados em menor relação ao todo. A representação em perspectiva nos possibilita representar um
dimensão. Além da redução em seu tamanho, a distância entre os objetos também objeto com base em diversos ângulos e dimensões. Nosso próximo passo será
varia. Segundo Ching (2001), a cada vez que reduz à metade a distância entre o aprender a representar informações internas a determinado objeto por cortes.
plano do solo e a linha do horizonte, dobra-se a profundidade da perspectiva, como
mostra a figura a seguir:

SAIBA MAIS

O material indicado a seguir servirá para entender, de forma prática, o


desenho em perspectiva, principais conceitos e variáveis que influenciarão.

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Para saber mais, clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse
o vídeo: https://youtu.be/cJ4zwx_V3cs

Visualizar procedimentos de como realizar a perspectiva também pode contribuir


para "desbloquear" o processo de construção da perspectiva, com base na
atividade de observar cada etapa e variáveis envolvidas na construção da imagem.

Para finalizarmos essa temática sobre perspectiva, confira o vídeo a seguir, que se
trata de um pequeno resumo sobre as projeções cônicas e paralelas.

Recurso Externo
FIGURA 1 - Corte
Fonte: Elaboração da autora, 2023.
Recurso é melhor visualizado no formato interativo

Com base no que você acabou de assistir, as fundamentações discutidas na


unidade fazem uma correlação melhor com o que até então havia sido A figura demonstra o trecho onde o corte seccionará a forma, normalmente por
apresentado? Pense sobre isso. uma linha de corte, representada com uma linha "traço-ponto-traço", passando
pela planta ou vista superior do objeto. Além da linha, também é utilizada uma
seta para representar o sentido do corte. É importante também atribuir uma letra
ao corte, para denominá-lo. A norma de tipo de linhas é a NBR 8403: aplicação
de linhas em desenhos: tipos de linhas: larguras das linhas (ABNT, 1984).
Cortes

Os cortes compõem o universo das projeções ortogonais. Todavia, esse tipo de Quando passamos um corte, a parte do objeto que está sendo cortada é
representação possui o diferencial de demonstrar partes internas de seu projeto. representada com linhas de maior espessura. O que não está sendo cortado é
Pelo corte, seccionamos os desenho, mostrando-o como se estivesse cortado, apresentado com linha de menor espessura, demonstrando que os elementos
assim como está representado na figura a seguir, simulado como se estivesse estão em vista. Convencionou-se também que a parte cortada da peça deve estar
"recortando" um objeto. hachurada, demonstrando o material que compõe o objeto. A relacionada à
hachuras é a NBR 12298: representação de área de corte por meio de
hachuras de desenho técnico (ABNT, 1995).

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FIGURA 1 - Corte de peça TABELA 1 - Hachuras


Fonte: ABNT, 1995 [Adaptada]. Fonte: ABNT, 1995 [Adaptada].

A seguir, alguns padrões de hachuras presentes na NBR 12298, utilizadas para Segundo Ching (2001), todas as linhas devem começar e terminar de maneira
diferentes materiais. definida e uniforme. O encontro entre diagonais dos desenhos também deve ser
exato. As linhas devem ser precisas, contínuas, cruzando-se com pequenas
intersecções.

Com essas informações, já podemos construir cortes demonstrando detalhes e


materiais que comporão o projeto, facilitando o entendimento de que quem o
interpretará, contribuindo para a aprovação, o orçamento e a execução dos
elementos projetados.

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Considerações finais

Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

DICA

Para consultar formas de fazer diversos tipos de


representação gráfica, consulte o livro
'Representação de projetos em Arquitetura',
páginas 11 a 19. Desenhar por perspectivas axonométricas;
Aprender sobre perspectivas com diferentes pontos de fuga;
Copie o link abaixo em seu navegador: Entender como desenhar em corte.

https://www.ufjf.br/projeto3/files/2011/03/NBR-
6492-Representa%C3%A7%C3%A3o-de-projetos-
de-arquitetura.pdf

Nesta unidade, pudemos expandir nossos conhecimentos sobre construir desenhos


em perspectivas, tanto axonométricas quanto cônicas. Também entendemos como
representar a parte interna da figura, por cortes. Dessa forma, extrapolamos a
quantidade de recursos que podemos utilizar para demonstrar as informações que
projetamos.

Com base nesses estudos, percebemos que uma representação complementa a


outra. Nas projeções oblíquas e axonométricas, sem distorções, conseguimos
reproduzir em projeto informações tridimensionais mensuráveis, para demonstrar
o comportamento tridimensional, para mais rápido entendimento. Nas projeções
cônicas, ou seja, perspectivas com pontos de fuga, realizamos simulações
tridimensionais que se aproximassem da forma que enxergamos o objeto,
possibilitando que o usuário entenda como o projeto se comportará visualmente. Já
os cortes possibilitarão o entendimento do comportamento interno do projeto,
ajudando o próprio projetista a resolver os pormenores do projeto.

É muito importante entender como fazer esses desenhos, pois, mesmo com acesso
a aplicativos e softwares de desenho técnico e representação gráfica, precisamos
saber como queremos e o que precisamos mostrar, assim como a melhor maneira
que podemos representar. Com a prática e o estudo dos padrões apresentados nas
normas e principais bibliografias, o projetista assimila os conhecimentos às
situações reais, conseguindo demonstrar, de forma cada vez mais compreensível e
A representação gráfica possui diversos procedimentos e formas de realizar,
com clareza, suas informações de projeto. Além disso, o pensamento de se
sistematizando seus processos. Porém, em caso de dúvidas, sempre recorra às
planejar como realizar um projeto se torna cada vez mais dinâmico e ágil,
bibliografias que abordam o assunto, que contêm diversas informações e figuras
colaborando para a atividade profissional e o aumento das qualidades do projetista
que esclarecem como representar determinadas situações.
para responder às exigências do mercado de trabalho.

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Agora que finalizamos este conteúdo, vamos testar seus conhecimentos


Resposta Correta:
com o quiz a seguir.
Correta. A forma como o observador está visualizando
o objeto influenciará o modo como se apresenta
tridimensionalmente em perspectiva. Por conta disso,
a altura da visão, o ângulo e a distância que este está
em relação ao objeto influenciarão no resultado da
representação.
QUIZ

Instrumentos de desenho, forma do objeto, luz e


b
sombra.

Resposta Incorreta:
Incorreta. Os instrumentos de desenho ou itens, como
Em um desenho em perspectiva com escala, não influenciará na representação visual
ponto de fuga, diversas variáveis perspectiva. Uma mesma forma pode ser
influenciam o resultado visual da representada de diversas formas, em perspectiva. Luz
perspectiva. Dominar essas variáveis e sombra são efeitos, mas não influenciam o resultado
formal da perspectiva. Mesmo definidos os pontos de
é muito importante para focar no que
fuga, outras variáveis influenciam no resultado da
se deve representar na perspectiva.
perspectiva. A altura da linha do horizonte não varia;
Considerando essa reflexão, assinale a o que varia é a altura da visão do observador.
alternativa que contenha essas
variáveis.

Ângulo dos esquadros, número de pontos de fuga,


c
Altura do observador, ângulo de posição do posição da linha do horizonte.
a observador, distância do observador em relação ao
objeto.

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Resposta Incorreta: Resposta Incorreta:


Incorreta. Os instrumentos de desenho ou itens, como Incorreta. Os instrumentos de desenho ou itens, como
escala, não influenciará na representação visual escala, não influenciará na representação visual
perspectiva. Uma mesma forma pode ser perspectiva. Uma mesma forma pode ser
representada de diversas formas, em perspectiva. Luz representada de diversas formas, em perspectiva. Luz
e sombra são efeitos, mas não influenciam o resultado e sombra são efeitos, mas não influenciam o resultado
formal da perspectiva. Mesmo definidos os pontos de formal da perspectiva. Mesmo definidos os pontos de
fuga, outras variáveis influenciam no resultado da fuga, outras variáveis influenciam no resultado da
perspectiva. A altura da linha do horizonte não varia; perspectiva. A altura da linha do horizonte não varia;
o que varia é a altura da visão do observador. o que varia é a altura da visão do observador.

Estatura do observador, ângulo do esquadro, escala


d
do projeto.

Resposta Incorreta:
Incorreta. Os instrumentos de desenho ou itens, como
escala, não influenciará na representação visual
perspectiva. Uma mesma forma pode ser Um projeto de urbanismo audacioso
representada de diversas formas, em perspectiva. Luz possui uma área composta de diversos
e sombra são efeitos, mas não influenciam o resultado arranha-céus. Para vender essa ideia,
formal da perspectiva. Mesmo definidos os pontos de é preciso fazer uma perspectiva
fuga, outras variáveis influenciam no resultado da comercial, mostrando esses edifícios
perspectiva. A altura da linha do horizonte não varia; grandiosamente. Assinale a
o que varia é a altura da visão do observador. alternativa que corresponda ao tipo
de perspectiva ideal para esse
projeto.
Estatura do observador, escala do projeto, número
e
de pontos de fuga.
a Perspectiva cavalera.

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Resposta Incorreta: d Perspectiva com 3 pontos de fuga.


Incorreta. As perspectivas cavalera e isométrica não
conseguiriam demonstrar a paisagem como um todo,
de forma semelhante a como olhar humano apreende
Resposta Correta:
o espaço As perspectivas de 1 e 2 pontos de fuga
Correta. A perspectiva com 3 pontos de fuga
entregam visuais interessantes, porém não
possibilita visualizar um cenário de forma que a fuga
demonstram todas as características de imponência
se distribua em 3 dimensões. Dessa forma, é possível
da altura dos arranha-céus.
representar a paisagem de prédios imponentes em
suas bases, afunilando-se na altura, apresentando um
resultado visual interessante, que demonstra a
b Isométrica. configuração da paisagem.

Resposta Incorreta: e Perspectiva com 1 ponto de fuga.


Incorreta. As perspectivas cavalera e isométrica não
conseguiriam demonstrar a paisagem como um todo,
de forma semelhante a como olhar humano apreende
Resposta Incorreta:
o espaço As perspectivas de 1 e 2 pontos de fuga
Incorreta. As perspectivas cavalera e isométrica não
entregam visuais interessantes, porém não
conseguiriam demonstrar a paisagem como um todo,
demonstram todas as características de imponência
de forma semelhante a como olhar humano apreende
da altura dos arranha-céus.
o espaço As perspectivas de 1 e 2 pontos de fuga
entregam visuais interessantes, porém não
demonstram todas as características de imponência
c Perspectiva com 2 pontos de fuga. da altura dos arranha-céus.

Resposta Incorreta:
Incorreta. As perspectivas cavalera e isométrica não
conseguiriam demonstrar a paisagem como um todo,
de forma semelhante a como olhar humano apreende
o espaço As perspectivas de 1 e 2 pontos de fuga
entregam visuais interessantes, porém não
demonstram todas as características de imponência
da altura dos arranha-céus. A representação de linhas de um corte
são relevantes para mostrar o que

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está sendo cortado, o que está em


vista e o que é hachura. Assinale a Resposta Incorreta:
alternativa que se refere ao tipo de Incorreta. Linha contínua de menor espessura
linha adequado para representar o representará o que está em vista. Já a linha tracejada
representará o que está em projeção. A linha traço-
que está sendo cortado.
ponto fina representa eixos de simetria ou
modulações.
a Linha contínua, espessura fina.

d Linha tracejada, espessura grossa.

Resposta Incorreta:
Incorreta. Linha contínua de menor espessura
representará o que está em vista. Já a linha tracejada
Resposta Incorreta:
representará o que está em projeção. A linha traço-
Incorreta. Linha contínua de menor espessura
ponto fina representa eixos de simetria ou
representará o que está em vista. Já a linha tracejada
modulações.
representará o que está em projeção. A linha traço-
ponto fina representa eixos de simetria ou
modulações.
b Linha contínua, espessura grossa.

e Linha traço-ponto, espessura fina.

Resposta Correta:
Correta. As linhas do trecho que está sendo cortado
devem ser representadas com linhas contínuas, de
Resposta Incorreta:
maior espessura.
Incorreta. Linha contínua de menor espessura
representará o que está em vista. Já a linha tracejada
representará o que está em projeção. A linha traço-
ponto fina representa eixos de simetria ou
c Linha tracejada, espessura fina.
modulações.

Referências

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ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: CRUZ, M. D. da. Desenho técnico. São Paulo: Erica, 2014.
representação de projetos em Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994a. Disponível
em: https://www.ufjf.br/projeto3/files/2011/03/NBR-6492-
MORIOKA, C.A.; CRUZ, M. D. da. Desenho técnico: medidas e representação
Representa%C3%A7%C3%A3o-de-projetos-de-arquitetura.pdf. Acesso em: 20 jan.
gráfica. São Paulo: Erica, 2014.
2023.

SILVA, A. et al. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: desenho
técnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
TONIOLO, J. F. M.; STRABELI, G. I. Atelier de projeto de arquitetura V. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: execução de
caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994b.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: aplicação de


linhas em desenhos: tipos de linhas: larguras das linhas. Rio de Janeiro: ABNT,
1984. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-8403-
aplicacao-de-linhas-em-desenhos-tipos. Acesso em: 20 jan. 2023.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: princípios


gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: folha de


desenho: layout e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10582:


apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10647: desenho


récnico: norma geral. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12298:


representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico: norma
geral. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142: desenho


técnico: desdobramentos de
cópia. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 3. ed. Porto Alegre:


Bookman, 2001.

COMO Desenhar em PERSPECTIVA com 1 Ponto de Fuga. [S. l.: s. n.], 2022. 1 vídeo
(7 min). Publicado pelo canal GD Artes. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=cJ4zwx_V3cs. Acesso em: 20 jan. 2023.

COSTA, L. O ensino do desenho. Rio de Janeiro: IPHAN, 1940.

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Unidade 4 - Tipos de Cortes


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Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa.
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Introdução da unidade
Até aqui você aprendeu sobre os principais instrumentos que utilizamos para
desenho técnico, além das regras básicas de desenho, as projeções ortogonais e
vistas de um objeto e as perspectivas com seus diversos tipos e técnicas. REFLITA
Entretanto a complexidade de um objeto é tamanha, a tal ponto que apenas o
desenho de vistas ortogonais e perspectivas não é suficiente para a representação
correta dele. Por isso a necessidade de outra forma de representação que seja A representação de um projeto arquitetônico deve
capaz de representar com precisão as arestas que ficam invisíveis nas vistas, ou ser clara e coesa. Representar corretamente um
mesmo representadas, as quais não são capazes de serem compreendidas. projeto determina se o projeto será executado de
forma correta ou se será um grande caos. Plantas,
cortes e elevações são a base dessa
Na Arquitetura, a representação apenas de fachadas de uma edificação não basta representação.
para compreender como se organizam os espaços internos, ou mesmo a
representação de elementos importantes, como escadas, divisórias internas,
Mas o que podemos considerar planta baixa? Um
portas, bancadas, dentre outros. recurso diferenciado?

Para isso o processo de desenho intitulado corte foi desenvolvido para tornar essa As plantas são aquelas vistas superiores, como o
representação da parte interna, retirando uma camada do objeto, ou edificação caso de implantação das edificações, ou mesmo o
evidenciando as arestas de elementos internos que não puderam ser corte horizontal de um pavimento, feito para
representados anteriormente. Nesta unidade, vamos aprender mais sobre como representar a divisão dos ambientes, materiais e
representar um corte, de acordo com as normas de desenho técnico, além de objetos vistos de cima. Claro que falando em
aprender sobre os tipos de corte, detalhando cada um deles com suas termos de projeto arquitetônico essas são
especificidades e aplicações. Ao final dela, você será capaz de representar um abstratas por não representarem a realidade da
objeto, ou edificação de forma completa por meio das normas e dos instrumentos vista do observador, mas constituem de forma
do desenho técnico. conceitual a ideia de representação do observador
considerando uma distância bem maior.

As elevações são as vistas laterais, frontal e


Cortes posterior de um objeto, enquanto os cortes são as
projeções ortogonais de um objeto, entendendo
que ele foi cortado por um plano de corte, ou plano
Cortar significa divisão, separação, ou mesmo uma interrupção . Em desenho seccional. Compreendendo o conceito básico de
técnico, é sempre imaginário, e por meio dele podemos ver a parte interna de um cada um desses conceitos, aliados ao aprendizado
objeto. Dentro do universo da Arquitetura, os cortes são utilizados para mostrar de desenho técnico, você já tem uma base para
compartimentos internos de um projeto, ou mesmo o detalhe da altura de um entender muito mais a representação de projetos
peitoril, uma mureta, a altura e o tamanho de portas, dentre outras informações (CHING; JUROSZEK, 2010).
que não ficam aparentes na planta baixa e não conseguimos demonstrar por meio
de projeções ortogonais, ou as vistas (elevações) de uma edificação.

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Essas representações são muito utilizadas por arquitetos ao desenvolver projeto


para concursos de projeto, ou mesmo para facilitar a leitura do projeto por meio
desses diagramas criados a partir de cortes (DAUDÉN, 2020). Com a ideia de
aumentar seu conhecimento sobre o assunto e entender que além do desenho
técnico esses instrumentos de desenho podem ser utilizados de outra forma na
representação arquitetônica, veja o quadro Saiba Mais logo abaixo.

SAIBA MAIS

Os diagramas são representações gráficas essenciais para organizar e


comunicar ideias inerentes ao processo criativo, ou mesmo informações do
partido arquitetônico que busca demonstrar por meio de desenhos a
compreensão do leitor ou mesmo observador do projeto.

Para saber mais sobre esse tipo de representação, leia o artigo de Fabian
Dejtiar, publicado no site ArchDaily, intitulado ''Esquemas e diagramas: 30
exemplos de como organizar, analisar e comunicar projetos''.
A riqueza de detalhes e expressão de um corte vai ainda além do tipo da
representação, mas como uma base para o desenvolvimento de diagramas, que Copie o link abaixo em seu navegador:
juntos compõe um conjunto de informações complementares, que pode ser
utilizada para descrever o fluxograma de uma edificação, as ideias de conforto
https://www.archdaily.com.br/br/870168/esquemas-e-diagramas-30-
presentes no projeto, ou mesmo representar a distribuição do programa
exemplos-de-como-otimizar-a-organizacao-analise-e-comunicacao-do-
arquitetônico de uma edificação, conforme a sequência de figuras a seguir.
projeto .

No infográfico a seguir, veremos a representação dos diagramas do projeto do


Instituto Moreira Salles.

(Clique nos (•) para visualizar o conteúdo) Pensando na temática sobre cortes, contextualizada até o momento, o conteúdo
do vídeo oferecerá um importante horizonte de aprendizados dentro do que
estamos estudando. Vamos assistir?

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A partir do vídeo assistido, você consegue identificar quais outros conhecimentos


foram adquiridos com ele?

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Para que você possa entender melhor como é o desenvolvimento de um corte Essas linhas são feitas com um peso de linha leve, e, segundo a norma, possuem
dentro da represetanção em arquitetura, veja o quadro Saiba Mais. sempre a mesma direção, mesmo quando o corte de uma peça é executado por
meio de vários planos de corte paralelos (ABNT, 1995b). Quando as hachuras são
representadas em peças compostas elas devem estar em direções diferentes, não
comprometendo o entendimento do corte. A norma ainda descreve que quando há
a necessidade de se escrever algo dentro da área hachurada, a norma recomenda
SAIBA MAIS que as hachuras devem ser interrompidas, para melhor visualização da escrita
(ABNT, 1995b).

Para aprofundar seus conhecimentos e facilitar o passo a passo para o


desenvolvimento de um corte de uma edificação, convido você a assistir ao
vídeo ''Como desenhar cortes em desenho arquitetônico'', que contém
dicas interessantes para você desenvolver suas habilidades de leitura e
desenvolvimentos de cortes.

Para saber mais, clique ou copie o link a seguir em seu navegador e


acesse: https://www.youtube.com/watch?v=2uIA0fnF8nM.

Agora que você entendeu melhor como podemos gerar cortes a partir de uma
planta baixa, e a técnica de como alinhar a planta e o corte para o
desenvolvimento do desenho, e que eles podem facilitar a representação, você já
consegue compreender melhor o desenho de um corte e suas complexidades.

Além da importância da representação de um corte, com seus elementos e pesos


de linha ideais, as hachuras são importantes elementos do desenho que facilitam a
leitura das faces da peça que estão cortadas e aquelas que estão em vista.

FIGURA 1 - Representação básica de hachura


Hachuras Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, 2017, p. 37.

Segundo a definição da NBR 12298/1995, hachuras são linhas ou figuras com o


objetivo de representar tipos de materiais em áreas de corte em desenho técnico.
Em um corte, a superfície cortada é preenchida com hachuras que são linhas
estreitas, geralmente traçadas a 45º — em alguns casos é permitido a inclinação
de 30º para o uso das hachuras (MORIOKA; CRUZ, 2014) Em alguns casos, as hachuras podem ser representadas de forma específica, ainda
segundo a NBR 12298 (ABNT, 1995b), sem ser apenas pela forma genérica,
apresentada na figura superior. Dentro do processo de desenho arquitetônico e
principalmente do desenho de interiores, é necessário representar os devidos
materiais que irão revestir a superfície ou compor o elemento. Por isso muitos
deles são representados de forma a indicar sua tipologia de composição, conforme
imagem a seguir.

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FIGURA 1 - Hachuras: representação de materiais diversos FIGURA 1 - Mesmo objeto representado em diferentes tipos de corte
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 150 Fonte: ZATTAR, 2016, p. 151.

Conforme indicado na figura, um mesmo material pode ser representado de duas Por meio dessa imagem percebemos algumas das diferenças entre os tipos de
maneiras, a exemplo do concreto, e cada uma delas indica se a superfície está corte, conforme indicado tanto pelo plano secante como pelo desenho que temos
sendo seccionada pelo plano de corte ou então está em vista. Outros materiais, como resultado dessa representação. Isso nos demonstra que para detalhar um
como o mármore, o granito e a madeira, também possuem essa duplicidade de mesmo objeto podemos utilizar o recurso de diferentes tipos de cortes que nos
hachuras, evidenciando a representação do desenho em corte e do desenho em auxiliem a exemplificar da melhor maneira o objeto existente. A seguir, vamos
vista. entender melhor a diferença de cada um desses tipos de corte.

Tipos de cortes Corte total

O corte total é aquele em que a peça é cortada em toda a sua extensão, seja o
Existem alguns tipos de corte que são utilizados para representar a parte interna
corte no sentido vertical ou horizontal, por um plano de corte. Geralmente, nesta
de um objeto ou edificação, definidos pela norma NBR 10067/1995, que os
tipologia de corte, o plano de corte passa pelo eixo principal da peça (ZATTAR,
classifica de acordo com o tipo de seção feita na peça. Esses tipos são: corte total;
2016).
meio corte; corte parcial; e corte em desvio, que iremos discorrer adiante. A figura
abaixo representa o mesmo objeto representado por meio de cortes de diferentes
tipos.

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Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do


desenho técnico do objeto. A escolha da vista onde o corte é
representado depende dos elementos que precisam ser
representados e da posição de onde o observador imagina o
corte.
Em um corte, deve se representar o que foi cortado pelo
plano de corte com linhas mais grossas, e além disso
assinalar por meio de hachuras o material que essas
superfícies cortadas possuem, seguindo o indicativo da NBR
12298 (ABNT, 1995b); o padrão de hachuras são linhas em
45º, com exceção de alguns materiais com hachuras próprias,
indicado por norma.
Elementos em vista devem ser indicados por linhas mais
finas.
Dependendo da complexidade da peça, pode ser necessário
representar mais de um corte em um mesmo modelo.

FIGURA 1 - Corte total de uma edificação


Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, 2017, p. 136.
Muitas vezes o recurso do corte total pode ser confundido com o instrumento que
chamamos de seção . Entretanto apesar de ambos serem resultado da interseção
de um plano secante (ZATTAR, 2016), existem diferenças entre essas formas de
representação de desenho técnico. Você pode entender lendo o conteúdo indicado
abaixo.

Esse é o corte mais comum encontrado dentro da área do desenho arquitetônico,


por representar de maneira geral o objeto, ou a edificação, proposto. Para o
desenho de um corte total, é preciso se atentar às normas da ABNT, já descritas
acima, e verificar alguns itens importantes.

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Conforme vimos na leitura, a principal diferença entre ambos os instrumentos do


desenho técnico, é que as seções geralmente são transversais e perpendiculares
ao eixo principal da peça, e principalmente ela não retrata nada além do que está
sendo cortado. Por outro lado, o corte pode ser tanto transversal como longitudinal
ao objeto, mas ele representa o que está sendo seccionado e o que está em vista.

DICA

Além dos cortes, como instrumento de


Meio corte
representação no desenho técnico, temos outro
instrumento importante, que se confunde por O meio corte é aplicado em apenas metade da extensão da peça. Esse tipo de
vezes com um corte, mas tem suas diferenças e corte é geralmente utilizado para peças simétricas, em que obrigatoriamente seja
peculiaridades: a seção. representada metade da peça em corte e metade da peça em vista (MORIOKA;
CRUZ, 2014). Segundo os autores Morioka e Cruz (2014), não é preciso nenhuma
Para entender melhor sobre este assunto, leia da indicação diferenciada neste tipo de peça, sendo suficientes a indicação do plano
página 147 à 155 do livro ''Introdução ao desenho de corte, como nas imagens que podem ser observadas a seguir.
técnico'', da professora Izabel Zattar (2016).

Nesta primeira imagem, temos a indicação dos planos de corte de uma peça
Para conferir a leitura, copie o link em seu simétrica.
navegador e acesse a biblioteca virtual:

https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicaca
o/37454/pdf/0?
code=p6NfqmSfAvec1B+IWbWVBjLZR3fSfRFhX4/23
zPtm1JVaNcVZhVwSH3V0YO4CCCsomEFvIDly6cyZY
fxZtF/Pw==

FIGURA 1 - Representação dos planos de corte para um meio corte


Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, 2017, p. 140.

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Na imagem a seguir, temos a representação da vista superior da peça com a


indicação dos dois planos de corte da peça, representados pela letra A e B, e
acima os cortes da peça. A linha traço e ponto estreita, que divide a vista frontal ao
meio, é a linha de simetria.
As partes maciças, atingidas pelo corte, são representadas
hachuradas.
Metade da vista frontal não foi atingida pelo meio-corte: o
furo passante da esquerda e metade do furo central não são
representados no desenho. Isso ocorre porque o modelo é
simétrico. A metade da vista frontal não atingida pelo corte é
exatamente igual a outra metade. Assim não é necessário
repetir a indicação dos elementos internos na parte não
atingida pelo corte. Entretanto o centro dos elementos não
visíveis deve ser indicado.
Assim como no corte total, pode ser representado em
qualquer das vistas do desenho técnico.

Agora, após estudarmos o meio corte neste tópico, estudaremos no próximo o


corte em desvio.

FIGURA 1 - Representação da peça: meio corte Corte em desvio


Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, 2017, p. 141.
O corte em desvio é aquele tipo de corte utilizado para objetos que seus elementos
internos estão fora de alinhamento, e precisam ser representados de outra
maneira. Também conhecido como corte composto, essa tipologia de corte se
utiliza da reunião de dois cortes em planos diferentes, unidos para representar, em
uma mesma vista, elementos situados em diferentes planos de corte (MORIOKA;
Para o desenho deste tipo de corte, é necessário observar os seguintes aspectos: CRUZ, 2014).

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FIGURA 1 - Figura com corte em desvio FIGURA 1 - Corte em desvio de uma peça
Fonte: ZATTAR, 2017, p. 152. Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, 2017, p. 138.

Neste caso de corte, é imprescindível a indicação correta do plano de corte, Esses cortes que compõem o corte em desvio podem ser compostos de forma
indicado por uma linha traço e ponto, em que as extremidades sejam indicadas por paralela, como é o caso da imagem acima, ou também pode ser composto de
traços largos, assim como as mudanças de direção de corte. Dessa forma você planos concorrentes, como é o caso de uma flange com três furos passantes,
indica ao observador como foram imaginados os dois cortes que juntos compõem representadas pela figura abaixo.
essa única vista.

Utilizando um outro exemplo de corte em desvio, temos a figura abaixo. Neste


caso da peça, temos dois furos em diferentes áreas da peça, que não seriam
contempladas pelo mesmo plano de corte. Neste caso, então, foi feito um corte em
desvio para representar os dois furos evitando um excesso de desenhos técnicos
de um mesmo objeto. Por isso é tão importante que ao analisarmos objetos e
edificações a serem representados, tenhamos a consciência dos tipos distintos de
cortes que podemos desenhar, para desenvolver uma melhor representação, sendo
suscintos, no entanto muito eficientes nas escolhas dos planos de corte (ZATTAR,
2016).

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FIGURA 1 - Imagem de uma flange com três furos FIGURA 1 - Imagem de uma flange com três furos
Fonte: PEPPLOW, 2022, p. 6. Fonte: PEPPLOW, 2022, p. 6.

Se imaginamos essa figura com apenas um plano de corte, temos a representação Falaremos agora, no próximo tópico, sobre o corte parcial.
de apenas um dos furos. Para isso é preciso imaginar que um dos planos foi
rotacionado, e, para tanto, representá-lo de forma que sua grandeza seja real.
Assim todos os elementos em corte ficam visíveis e aparentam estar no mesmo
plano, o que é desmentido graças a imagem da vista superior representando a Corte parcial
linha de corte composta por planos concorrentes.
O corte parcial é aquele em que apenas uma parte do objeto é cortada a fim de
representar um detalhe específico. Com base em toda conjuntura temática
apresentada na unidade, convidamos você a assistir ao vídeo sobre o corte parcial,
a fim de ampliar a esfera de conhecimentos sobre tipos de cortes. Vamos lá?

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Considerando nossos estudos acerca de cortes, os conceitos trabalhados e os Vimos sobre a representação dos cortes de acordo com as normas técnicas da
sentidos obtidos a partir do vídeo naturalmente auxiliaram ainda mais em seu Academia Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a forma correta de desenhar as
aprendizado, não é? linhas em um corte, indicar os planos de corte, bem como a base da representação
do corte. Além disso, vimos que nesta vista seccional existem regiões que são
vazias e regiões cortadas, que devem ser representadas por hachuras. Para
Como dito no vídeo, mais do que apenas uma forma de representação, um
representar regiões com material, são colocadas as hachuras que podem ser
instrumento de desenho técnico, o corte é uma forma de expressão, uma
genéricas, representadas em linhas finas a 45º ou então hachuras específicas para
representação dos motivos pelos quais o arquiteto optou por aquela solução e não
cada material, indicadas em norma, de forma que todos possam ter a mesma
outra. Ou mesmo é a representação de um movimento que influenciou o desenho
leitura daquele material ao qual compõe o objeto em questão.
daquele arquiteto. Por meio de um corte você é capaz de projetar, discutir uma
arquitetura e demonstrar seu conhecimento para quem o analisar.
Por fim, vimos os diferentes tipos de cortes admitidos pela norma de desenho, NBR
10067/2015, para a representação dos objetos e edificações. Esses tipos são
representados pelo corte total, o meio corte, o corte parcial e também o corte em
Considerações finais desvio, sendo cada um deles indicados para situações diferentes, mas já cientes
de que para a representação de um mesmo objeto não se faz necessário a
utilização de apenas um desses tipos, mas uma escolha consciente do profissional
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
para representar da melhor maneira e com o menor número de desenhos
necessários do objeto.

Com esse assunto, finalizamos a nossa conversa sobre este novo instrumento do
desenho técnico, tão importante para a representação técnica de um projeto,
como para o desenvolvimento dele, assim como demonstração dos conceitos,
movimentos e partidos arquitetônicos envolvidos no processo projetual.

compreender sobre o instrumento de representação


denominado corte e sua importância para o desenvolvimento
de um projeto em Arquitetura;
aprender sobre os diferentes tipos de corte, suas
características e como desenvolver o desenho de cada um
deles;
aprender as normas de desenho técnico para a representação Agora que finalizamos este conteúdo, vamos testar seus conhecimentos
com o quiz a seguir.
de cortes.

Aqui você pode aprender sobre mais um instrumento de representação de desenho


QUIZ
técnico: o corte. Esse instrumento que é tão usado dentro da Engenharia e da
Arquitetura como forma de representar o interior de objetos e edificações, assim
como a relação dos espaços internos deles.

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O corte é um instrumento de representação do


desenho técnico em que a peça é cortada por um
plano seccional, ou plano de corte, e é representada
a projeção do sentido em que se indica a vista do
observador, como na imagem apresentada. Existem
Analise a imagem e leia o trecho a vários tipos de corte, dentre eles um que em toda a
seguir. sua extensão, seja no sentido vertical ou horizontal,
é representada, e geralmente, nesta tipologia de
corte, o plano de corte passa pelo eixo principal da
peça. Nesse sentido, assinale a alternativa que
melhor representa esse tipo de corte.

a Corte rotacional.

Resposta Incorreta:
O corte rotacional e o corte em desvio estão
relacionados. Já o corte em desvio representa a
combinação de dois planos de corte, que são feitos
para abranger mais detalhes da peça em um mesmo
corte. O rotacional, em específico, é aquele em que os
planos de corte não estão em paralelo. O meio corte é
aquele corte que é feito em peças simétricas apenas,
e apresenta no desenho parte em corte e parte em
vista do objeto. Por fim, o corte parcial é feito em
apenas uma parte da peça, e pode ser indicado duas
vezes em uma mesma vista.

b Corte em desvio.

Fonte: GONZÁLEZ, 2018, on-line.

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Resposta Incorreta: Resposta Incorreta:


O corte rotacional e o corte em desvio estão O corte rotacional e o corte em desvio estão
relacionados. Já o corte em desvio representa a relacionados. Já o corte em desvio representa a
combinação de dois planos de corte, que são feitos combinação de dois planos de corte, que são feitos
para abranger mais detalhes da peça em um mesmo para abranger mais detalhes da peça em um mesmo
corte. O rotacional, em específico, é aquele em que os corte. O rotacional, em específico, é aquele em que os
planos de corte não estão em paralelo. O meio corte é planos de corte não estão em paralelo. O meio corte é
aquele corte que é feito em peças simétricas apenas, aquele corte que é feito em peças simétricas apenas,
e apresenta no desenho parte em corte e parte em e apresenta no desenho parte em corte e parte em
vista do objeto. Por fim, o corte parcial é feito em vista do objeto. Por fim, o corte parcial é feito em
apenas uma parte da peça, e pode ser indicado duas apenas uma parte da peça, e pode ser indicado duas
vezes em uma mesma vista. vezes em uma mesma vista.

c Corte total. e Corte parcial.

Resposta Correta: Resposta Incorreta:


O tipo de corte em que representa a totalidade da O corte rotacional e o corte em desvio estão
peça, sem desvio ou combinação entre dois planos relacionados. Já o corte em desvio representa a
seccionais, é o corte total. combinação de dois planos de corte, que são feitos
para abranger mais detalhes da peça em um mesmo
corte. O rotacional, em específico, é aquele em que os
planos de corte não estão em paralelo. O meio corte é
d Meio corte. aquele corte que é feito em peças simétricas apenas,
e apresenta no desenho parte em corte e parte em
vista do objeto. Por fim, o corte parcial é feito em
apenas uma parte da peça, e pode ser indicado duas
vezes em uma mesma vista.

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O corte é um instrumento da Assinale a alternativa que apresenta a sequência


representação gráfica que ajuda na correta.
representação de elementos e
detalhes do interior de objetos e
edificações. Na Arquitetura, ele tem a F, V, F, V.
extrema importância por não apenas
servir como representação do projeto
mas como um instrumento no
Resposta Incorreta:
processo projetual, na concepção de A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de
espaços e na relação com a topografia uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é
em que a edificação está inserida. A uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II
fim de normatizar a representação também é falsa, porque no geral as hachuras são
gráfica desses elementos, duas representadas dessa forma, mas alguns materiais
normas são tidas como referência: a possuem sua própria representação de hachura, como
NBR 12298/1995 e a NBR 10067/1995. o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira,
pois o plano que secciona o objeto é chamado de
plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
A respeito das normas e sobre a representação de
IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
um corte, avalie as afirmativas a seguir e assinale V
cortes de acordo com uma boa escolha.
para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).

I. ( ) O plano de corte é indicado por meio


de uma linha traço e ponto estreita, b F, F, F, V.
seguindo com a mesma espessura ao
longo de toda a sua extensão.
II. ( ) Para os cortes, deve haver uma
hachura padrão, não importando seu Resposta Incorreta:
material, representadas por linhas finas, A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de
equidistantes e em 45º. uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é
III. ( ) O plano secante, ou plano de corte, é uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II
aquele plano que secciona a peça de também é falsa, porque no geral as hachuras são
forma a gerar o corte. representadas dessa forma, mas alguns materiais
IV. ( ) Ao desenhar cortes, deve-se buscar possuem sua própria representação de hachura, como
representar a complexidade do objeto, e o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira,
assim como as vistas escolher de forma a pois o plano que secciona o objeto é chamado de
suprimir ao máximo o número de cortes
plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
finais.
IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
cortes de acordo com uma boa escolha.

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c F, F, V, V.
Resposta Incorreta:
A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de
uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é
Resposta Correta: uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II
A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de também é falsa, porque no geral as hachuras são
uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é representadas dessa forma, mas alguns materiais
uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II possuem sua própria representação de hachura, como
também é falsa, porque no geral as hachuras são o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira,
representadas dessa forma, mas alguns materiais pois o plano que secciona o objeto é chamado de
possuem sua própria representação de hachura, como plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira, IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
pois o plano que secciona o objeto é chamado de cortes de acordo com uma boa escolha.
plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
cortes de acordo com uma boa escolha.

d V, F, F, F.

Resposta Incorreta:
A afirmativa I é falsa, o corte é indicado por meio de
Analise a figura e leia o trecho a
uma linha traço e ponto estreitos, mas nas bordas é seguir.
uma linha que deve ser mais grossa. A afirmativa II
também é falsa, porque no geral as hachuras são
representadas dessa forma, mas alguns materiais
possuem sua própria representação de hachura, como
o concreto e a madeira. A afirmativa III é verdadeira,
pois o plano que secciona o objeto é chamado de
plano secante ou plano de corte. Por fim, a afirmativa
IV é verdadeira porque deve-se buscar minimizar
cortes de acordo com uma boa escolha.

e V, V, F, F.

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Resposta Incorreta:
O corte total não é um corte total da peça porque o
plano secante não atravessa toda a extensão do
objeto. Meio corte não está representado na figura, a
peça não é representada metade em vista e metade
em corte. A indicação do corte parcial está correta,
entretanto a definição de corte parcial está incorreta.
O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça
está em destaque. Por fim, o meio corte não
corresponde ao corte apresentado na figura e nem a
sua definição. Meio corte representa meia peça a
parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o
que não é o caso.

Meio corte: corte em que se mostra meia peça a


Fonte: PACHECO; SOUZA-CONCÍLIO; PÊSSOA, (2017), b
parte interna (corte) e meia peça o exterior (vista).
p. 145.

Cortes são representações gráficas desenvolvidas


para facilitar a compreensão e entendimento de Resposta Incorreta:
detalhes do interior de um objeto que não ficam O corte total não é um corte total da peça porque o
visíveis nas vistas ortogonais. Existem alguns tipos plano secante não atravessa toda a extensão do
de corte que são utilizados para representar a parte objeto. Meio corte não está representado na figura, a
interna de um objeto ou edificação, definidos pela peça não é representada metade em vista e metade
norma NBR 10067/1995, que os classifica de acordo em corte. A indicação do corte parcial está correta,
com o tipo de seção feita na peça. A figura entretanto a definição de corte parcial está incorreta.
apresentada representa um tipo deste corte. Nesse O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça
sentido, de acordo com a figura, assinale a está em destaque. Por fim, o meio corte não
alternativa que apresenta qual o tipo de corte e sua corresponde ao corte apresentado na figura e nem a
definição. sua definição. Meio corte representa meia peça a
parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o
que não é o caso.

Corte total: quando o plano secante corta


a
inteiramente o objeto em seu eixo.
Corte parcial: corte em que se mostra meia peça a
c
parte interna (corte) e meia peça o exterior (vista).

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Resposta Incorreta:
Resposta Incorreta: O corte total não é um corte total da peça porque o
O corte total não é um corte total da peça porque o plano secante não atravessa toda a extensão do
plano secante não atravessa toda a extensão do objeto. Meio corte não está representado na figura, a
objeto. Meio corte não está representado na figura, a peça não é representada metade em vista e metade
peça não é representada metade em vista e metade em corte. A indicação do corte parcial está correta,
em corte. A indicação do corte parcial está correta, entretanto a definição de corte parcial está incorreta.
entretanto a definição de corte parcial está incorreta. O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça
O corte parcial é quando apenas um detalhe da peça está em destaque. Por fim, o meio corte não
está em destaque. Por fim, o meio corte não corresponde ao corte apresentado na figura e nem a
corresponde ao corte apresentado na figura e nem a sua definição. Meio corte representa meia peça a
sua definição. Meio corte representa meia peça a parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o
parte interna (corte), e meia peça o exterior (vista), o que não é o caso.
que não é o caso.

Corte parcial: definido por uma linha a mão livre, ou


d zigue-zague. Esse corte detalha uma área específica
da peça. Conclusão da Disciplina

Caro(a) aluno(a), chegamos ao final do nosso material, porém o estudo não


termina aqui! Conforme vimos ao longo das unidades, o desenho é uma
ferramenta de registro, análise e compreensão do processo de representação de
Resposta Correta: um objeto, que nos proporciona uma linguagem universal para transmitir ideias,
Na figura, temos a indicação de uma linha feita a mão objetos e edificações para o papel. É claro que o desenho proporciona uma
livre para representar o corte, e apenas um detalhe agilidade de fruição entre o pensamento e o papel que outras formas de
representação não propiciam, porque, à medida que vão surgindo novas ideias e
da peça está em destaque.
sensações, o desenho pode ser modificado. Mais do que uma ferramenta de
expressão de ideias e movimentos, o desenho é uma forma técnica de representar
objetos, englobando todos os aspectos e elementos de sua criação, além de
comunicar aos executores como este deve ser produzido ou executado.

Meio corte: definido por uma linha a mão livre, ou


e zigue-zague. Esse corte detalha uma área específica
da peça.

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Iniciamos a conversa sobre o desenho técnico conhecendo os principais Por fim, pudemos nos aprofundar no instrumento de desenho que é o corte, os
instrumentos de desenho, desde os instrumentos primordiais, como pranchetas, diferentes tipos de cortes admitidos pelas normas de desenho para a
réguas paralelas, fitas adesivas, réguas T e esquadros, como também manusear representação dos objetos e edificações, exemplificando por meio de objetos,
cada um desses instrumentos. É preciso conhecê-los, aprender a melhor forma como são desenhados e representados cada um desses tipos, suas principais
para utilizá-los, e mantê-los sempre limpos, organizados. Utilizar-se destes semelhanças e diferenças. Vimos a forma correta de desenhar as linhas em um
instrumentos de forma sábia se reverterá em trabalhos de qualidade e no seu bom corte, indicar os planos de corte, bem como a base da representação do corte.
desempenho de forma ágil, prática e precisa. Ainda aprendemos, nesta unidade, Além disso, aprendemos que em uma vista seccional, existem regiões que são
sobre as normas de desenho, conhecendo as NBRs, criadas pelas Associação vazias e regiões cortadas, que devem ser representadas por hachuras. Para
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e as regras básicas de desenho, como a representar regiões com material, são colocadas as hachuras que podem ser
preparação de uma folha, sua dobragem ideal, margens. Vimos também a ideia de genéricas, representadas em linhas finas a 45º ou então hachuras específicas para
escalas numéricas, sejam elas reais, de redução e ampliação, e por fim iniciamos o cada material, indicadas em norma, de forma que todos possam ter a mesma
aprendizado sobre projeções ortogonais. leitura daquele material ao qual compõe o objeto em questão. Por fim, vimos os
diferentes tipos de cortes com suas características principais e como são
desenvolvidos seguindo os preceitos das normas indicadas nesta apostila.
Na sequência, começamos aprendendo o conceito das projeções ortográficas, que
são representações em planos bidimensionais de um objeto tridimensional,
permitindo assim a compreensão total de um objeto por meio de desenhos É importante ressaltar, como já mencionado anteriormente, que essas são algumas
técnicos e vistas. Vimos as técnicas para a planificação de um objeto formas e técnicas utilizadas dentro da representação gráfica para ajudar no
tridimensional, construindo suas vistas ortogonais, que são representações desenho e compreensão de objetos e projetos arquitetônicos. Como discutido ao
bidimensionais de real grandeza dos objetos que nos auxiliam na representação longo dessa apostila, é fundamental, não apenas na representação pós-
em uma linguagem universal conhecida por países do mundo todo. Continuando desenvolvimento do projeto, mas durante o processo de projeto, que você
nosso estudo, aprendemos sobre as representações em perspectivas, suas as compreenda e seja capaz de executar cada um desses desenhos, para auxiliá-lo
diversas formas, destacando a principal delas, e umas das mais utilizadas dentro em sua expressão, representação e esquematização de projetos. Para que seu
do universo da Engenharia, da Arquitetura e do Design : a perspectiva isométrica. conhecimento continue ampliando é necessário que você exercite as técnicas
Por meio de exemplos, você agora é capaz de produzir perspectivas isométricas apresentadas representando objetos dos mais simples aos mais complexos.
por meio de vistas bidimensionais, sejam elas primas puros, com elementos Busque também conhecimento sobre projetos arquitetônicos existentes, faça o
oblíquos, ou mesmo circunferências. exercício de ler e interpretar primeiramente os desenhos técnicos de uma
edificação e depois veja o resultado geométrico construído.
Em seguida, continuamos nossos estudos sobre as pespectivas. As perspectivas
nos permitem representar os objetos como são vistos por nós, nos permitem, como Ao finalizar nosso estudo, você deu o primeiro passo de uma caminhada que deve
o termo se refere em latim Perspicere ( ver através de) e mostrar além do plano de ser constante. Na área profissional que você for atuar, necessitará aprofundar
projeção as três dimensões do objeto, nos permitindo ter a sensação de volume e algum dos temas que foram estudados ao longo desta apostila, por isso busque
dimensões reais, de distância e espacialidade. Conversamos mais sobre a sempre aprender mais! Desejamos a você sucesso nesta jornada!
perspectiva cavaleira, que se fundamenta na projeção paralela cilíndrica de forma
oblíqua, nela a face mais importante do objeto se mantém com as dimensões reais
em verdadeira grandeza e paralela ao plano de projeção enquanto suas arestas
traçam movimentos perpendicularmente inclinadas no sentido de observação
sofrendo deformações. E iniciamos a conversa sobre a representação em corte,
Referências
que é um instrumento usado dentro da Engenharia e da Arquitetura, como forma
de representar o interior de objetos e edificações, assim como a relação dos ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492 —
espaços internos deles. Representação de projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403 — Aplicação


de linhas em desenho - Tipos de linhas — Larguras das linhas. Rio de Janeiro:
ABNT, 1984.

ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 — Princípios


gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995a.

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ABNT — ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12298 —


Representação da área de corte por meio de hachuras em desenho técnico. Rio de
Janeiro: ABNT, 1995b.

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https://www.archdaily.com.br/br/870168/esquemas-e-diagramas-30-exemplos-de-
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(Disponível na Biblioteca Virtual).

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