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O MÍNIMO QUE

VOCÊ PRECISA SABER


PARA ESCREVER UM
roteiro de
HISTÓRIA EM
QUADRINHOS

MYLLE SILVA
INTRODUÇÃO 1. Os 5 elementos de qualquer história
2. Os 12 elementos característicos de uma
Olá, como você está? Eu sou a Mylle Pampuch e narrativa gráfica
você acaba de receber o e-book “O mínimo que você 3. Como escrever um argumento e estru-
precisa saber para escrever um roteiro de História turar um roteiro de HQ
em Quadrinhos”.
Escrevo roteiros para HQ desde 2014 e em 2017 co- 4. Escrevendo um roteiro consistente para
mecei a ministrar oficinas de roteiro para histórias a sua HQ
em quadrinhos. Até o momento, publiquei oito HQs, Antes de começarmos, saiba que você não precisa
entre elas a série A Samurai e Doce Jazz. saber desenhar para escrever um roteiro de história
Escrevi este material com o intuito de dar a você em quadrinhos. Tudo o que você precisa é conhecer
as ferramentas necessárias para escrever uma história algumas ferramentas narrativas e ter uma boa imagi-
em quadrinhos consistente. Para isso, abordarei os tó- nação.
picos básicos para a elaboração de um bom roteiro de Agora pegue o seu bloco de anotações e deixe sua
HQ. São eles: caneta a postos, porque o minicurso já vai começar!

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1.
OS 5 ELEMENTOS BÁSICOS
DE QUALQUER HISTÓRIA
Apesar de cada gênero ter suas peculiaridades,
existem alguns aspectos básicos que são parte de to-
das as narrativas.
Por isso, antes de mergulharmos na narrativa das
histórias em quadrinhos propriamente dita, é neces-
sário conversarmos um pouco sobre os elementos
que compõe todas as histórias.

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O ESPAÇO O TEMPO
As histórias sempre acontecem em algum lugar. Histórias também acontecem em uma determina-
Não importa se é na rua da sua casa ou em um mun- da época e duram um determinado período de tem-
do distópico pós-apocalíptico. É preciso escolher o po. Passado, presente, futuro; real ou fictício, não im-
espaço da narrativa para que o leitor possa se locali- porta. O tempo da narrativa deve ficar claro para o
zar e criar uma imagem mental do ambiente. leitor para que tudo faça sentido.
Nas histórias em quadrinhos, o espaço é todo vi- Se o espaço é vertical, o tempo é horizontal, como
sual e podemos trabalhar à vontade com enquadra- uma linha. Ao escrever o seu roteiro, trabalhe o tem-
mentos, aproximações e distanciamentos de câmera. po através da ambientação (objetos, roupas, locais,
Assim, fica claro entender que o espaço de uma nar- construções, etc) e determine em quanto tempo sua
rativa é vertical, sendo possível mostrar desde um história acontece (uma tarde, um ano, um segundo,
plano totalmente aéreo até o detalhe mais microscó- etc).
pico. É claro que o fato do tempo ser linear não impe-
O lugar onde o personagem vive e onde passará de flashbacks (saltos para o passado) e fast forwards
suas aventuras diz muito sobre quem ele é e a pessoa (saltos para o futuro). Cores, jogos de luz e sombra e
que se tornará. Por isso, trate o espaço como local recordatórios são os recursos mais usados para indi-
em que o personagem se desenvolve e com o qual car a passagem de tempo em uma história em qua-
interage. drinhos.
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As ações dos personagens e as escolhas dos quadros E já que estamos falando de uma narrativa gráfica,
também determinam a passagem do tempo. Cuide ser identificável desde o início significa explorar os
da montagem das cenas para evitar que saltos não- elementos visuais. Cabelos pontudos, capas, másca-
intencionais de tempo causem confusão no leitor. ras, roupas coloridas, ou aquele carão são ótimos re-
cursos para fazer com que o protagonista da sua HQ
seja inesquecível.
OS PERSONAGENS
Afinal, ele é o centro ao redor do qual os demais
Personagens são os agentes da ação da narrativa. elementos da narrativa orbitam.
É através e por causa deles que a história acontece e
ganha vida. O CONFLITO
Os personagens são divididos em principais, ou
protagonistas, e secundários, ou coadjuvantes. Não há história sem conflito. Se a vida do perso-
Ao escrever uma história em quadrinhos, você nagem continua a mesma do início ao fim e ele não
contará a história de alguém. Esse alguém é o perso- evoluiu, eis uma história que não merece ser conta-
nagem principal da sua narrativa, o protagonista da da.
ação. Imagine um personagem. Ele está no ponto A, sua
O personagem principal tem a função de guiar o zona de conforto. Nada acontece, apenas a vida que
leitor ao longo da história e deve ser identificável logo segue.
no início. 5
Certo dia, algo acontece e perturba de uma só vez A estrutura narrativa mais usada desde que tudo
a sua vida monótona. Talvez ele tenha ganhado su- era mato e Aristóteles analisou uma série de tragédias
perpoderes. Talvez queira vingar o assassinato dos gregas em Ars Poética é a Estrutura em Três Atos.
seus pais. Ou talvez só precise juntar dinheiro para No primeiro ato acontece a apresentação do perso-
deixar de herança porque morrerá em breve. nagem e a ambientação da narrativa. Ele deve ocu-
Não importa o que acontece, o importante é que o par, no máximo, 20% da sua história.
personagem não tem escolha senão deixar a sua zona No segundo ato a narrativa se desenvolve. O leitor
de conforto. já conhece o personagem, o ambiente e o conflito da
É através do conflito que o personagem sai do pon- história. É a maior parte da sua HQ, então cuide bem
to A, vive uma aventura e chega ao ponto B com um dela.
novo aprendizado – tendo ou não atingido o seu ob- No terceiro e último ato acontece o clímax da his-
jetivo. tória, o momento de maior tensão, a batalha épica
para a qual você preparou o seu leitor com tanto cui-
O ENREDO dado. É nesse ato que acontece também o desfecho, a
conclusão da história.
O enredo é o encadeamento de ações e aconteci- Agora que você já sabe o básico para escrever qual-
mentos dentro da narrativa. Também chamado de quer história, é hora de conhecermos...
intriga, trama ou ação, é a história nua e crua, a se-
quência de cenas do início ao fim.
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2.
OS 12 ELEMENTOS BÁSICOS
DE UMA NARRATIVA GRÁFICA
Uma narrativa gráfica sequencial é uma história
contada em sequência através de imagens.
É através das imagens, e não das palavras, que o
roteirista transmite as emoções da narrativa.

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Para organizar cada uma das páginas de uma Além da organização visual, há outros elementos
história em quadrinhos, o roteirista utiliza cinco menos óbvios, mas muito importantes durante a ela-
elementos visuais característicos. São eles: boração de um roteiro e que também caracterizam
qualquer história em quadrinhos. São eles:
● Quadros: são as áreas onde personagens, cenários,
falas, onomatopeias e todos os elementos gráficos da ● Sequência: é como a história é ordenada, seja a or-
história aparecem; dem de cenas, a ordem de quadros em cada cena ou
ainda a ordem de ações mostradas em cada quadro.
● Sarjetas: são os espaços entre um quadro e outro;
● Cenas: são os acontecimentos da narrativa. Cada
● Balões: são as partes do quadro, quase sempre bran- conjunto de ações que compõe um determinado mo-
cas e sem ilustrações, reservadas para os textos de mento da história.
falas e pensamentos dos personagens;
● Cenários: são os ambientes onde acontecem as ce-
● Onomatopeias: são elementos gráficos que, mis- nas. Por se tratar de uma narrativa gráfica, os cenários
turados à ilustração dos quadros, indicam efeitos so- são extremamente importantes para transportar o lei-
noros; tor para dentro da história.

● Recordatórios (ou narração): são informações ● Enquadramento: é o recorte através do qual o ro-
transmitidas por um narrador que não está no quadro, teirista decide mostrar cada um dos quadros das cenas.
complementares ao que é mostrado (como uma lem-
brança ou um salto no tempo).
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● Andamento: também chamado de ritmo, é a veloci- Bem, até aqui você já sabe o básico sobre narrativas
dade em que cada cena da história acontece. e conhece os elementos característicos da HQs. Ago-
● Timing: é a sensação que o tempo da narrativa com
ra você só precisa aprender uma última técnica antes
o andamento produzem a cada mudança de quadro. É de começar a escrever: como montar esse megazord
através do timing que o roteirista explora tanto cortes chamado Roteiro de História em Quadrinhos.
quanto prolongamentos narrativos.

● Gênero, traço e suporte: escolhas de gênero


(ação, terror, aventura, romance, etc), traço (comics,
mangá, europeu, etc) e suporte (impresso, digital, tama-
nho e número de páginas) são determinantes para a
estrutura de um roteiro. É através dessas escolhas que
são decididos quantos quadros cabem em cada pági-
na e como a história finalizada será lida.

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3.
COMO ESCREVER UM
ARGUMENTO E
ESTRUTURAR
UM ROTEIRO DE HQ
Muitos acreditam que para escrever uma história
basta ter uma boa dose de criatividade e um momen-
to de inspiração. É claro que inspiração e criatividade
nos ajudam a ter e desenvolver ideias, mas a verdade
é que escrever envolve também um terceiro fator: a
organização de informações. leitor ao longo das páginas da HQ já pronta.
Portanto, escrever um roteiro de história em qua- Depois de pensar em cada detalhe dos seus perso-
drinhos nada mais é do que organizar as cenas da sua nagens e imaginar cada um dos eventos mirabolan-
narrativa de tal forma que ela possa tanto ser tradu- tes da sua narrativa, é hora de sentar organizar a sua
zida pelo artista que a desenhará quanto conduzir o narrativa escrevendo o argumento da sua HQ.
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ARGUMENTO de forma resumida, sem se preocupar com diálogos,
formatação ou estilo.
O argumento é a descrição de cada uma das cenas Apenas sente e escreva sua narrativa do início ao
da sua narrativa, na ordem em que aparecerão na his- fim.
tória em quadrinhos. Além de te ajudar a organizar os acontecimentos
Por tratar-se de uma ferramenta de apresentação da da sua HQ, escrever um argumento é a melhor for-
sua narrativa, o argumento deve ser escrito em prosa ma de descobrir quais ideias funcionam e quais ideias
(texto corrido) e já suscitar emoções, sentimentos e podem ser descartadas antes de você começar a es-
reviravoltas você quer provocar no leitor da sua fu- crever o roteiro propriamente dito.
tura HQ.
Para isso, imagine que você está contando a sua ROTEIRO
história para alguém. Quais reações você espera que
as pessoas tenham ao lê-la? O roteiro é o conjunto de como a sua história em
Ao escrever o seu argumento, imagine que você está quadrinhos é narrada com as indicações técnicas de
diante de um palco assistindo a sua própria história. como deve ser produzida. É nele que o roteirista di-
O que está acontecendo agora? Se precisar, feche os vide a história em páginas, quadros e define ações,
olhos para visualizar os movimentos dos seus perso- falas, cenários, enquadramentos e timing.
nagens, o cenário, a época, etc. Em seguida, escreva
tudo o que você imaginou em tempo presente,
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O roteiro pode variar bastante e cada roteirista tem Quadro 0.0
a possibilidade de adaptar sua formatação como me- (Em fonte de tamanho intermediário, em
negrito. Os números fazem referência à
lhor convier. Alguns preferem elaborar roteiros mais página ao quadro, respectivamente. É
próximos aos cinematográficos, ricos em detalhes, aqui que você escreverá o que aparece no
enquadramentos e planos. Já outros roteiristas optam quadro)
por trabalhar uma escrita menos descritiva, deixan-
RECORDATÓRIO e/ou NARRAÇÃO
do para o ilustrador a tarefa de construir a narrativa (Em fonte menor que a anterior,
visual propriamente dita. centralizado e em caixa alta; seguido
De uma forma ou de outra, uma vez que o roteiro pelo texto, sem negrito e sem caixa alta,
é uma ferramenta para a produção da sua HQ, é im- que aparecerá na HQ.)
portante que ele seja um texto escaneável. Para isso, NOME DO PERSONAGEM
sugiro que você siga a seguinte formatação: (Mesma formatação do recordatório. Aqui
você escreverá a fala do personagem como
aparecerá na HQ)
PÁGINA 00 – TANTOS QUADROS
(Em fonte maior que as demais, em negrito ONOMATOPEIAS
e caixa alta. Indica o número da página, (Também segue a mesma formatação do re-
a quantidade de quadros e traz uma breve cordatório. Aqui, você indicará a repre-
descrição do que será mostrado na página) sentação gráfica dos sons como aparecerão no
quadro)
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Pronto! Depois de escrever todos os quadros e fa-
las de uma página, passe para a outra, até chegar ao
fim do seu roteiro. Simples assim. Será?
A primeira dúvida do roteirista iniciante é como
esse roteiro deve ser escrito. O que colocar nele? O
que tirar? O quanto descrever?
Acalme-se, jovem padawan, porque a partir de ago-
ra entraremos no universo da linguagem de um ro-
teiro para histórias em quadrinhos.

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4.
ESCREVENDO UM ROTEIRO
CONSISTENTE PARA SUA
HQ
Como já mencionei, o roteiro não é apenas uma
forma de mostrar sua história ao mundo, mas é tam-
bém uma ferramenta para a produção da sua história
em quadrinhos.
E para te ajudar nessa tarefa, reuni uma série de di-
cas que tornarão o seu roteiro consistente do início
ao fim.

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SEJA OBJETIVO APENAS UMA AÇÃO POR QUADRO
Ao contrário da escrita em prosa, em que o autor Sem dúvida este é o maior desafio para quem es-
se dá ao luxo de entrar na mente do personagem e creve narrativas gráficas.
passear pelas formas e sensações de tudo que está Enquanto escrevemos, é natural imaginarmos a
acontecendo ao redor, o roteirista precisa explorar os cena em movimento, com os personagens executan-
recursos visuais da cena e evitar, ao máximo divaga- do a ação.
ções psicológicas. No entanto, em uma história em quadrinhos, os
Portanto, descreva com objetividade o que aparece quadros são estáticos. Não é possível mostrar o per-
no quadro. Fale quanto do cenário aparece, quais são sonagem em movimento, apenas um frame congela-
os objetos, o que está na direita e na esquerda, o que do dele.
ou quem está mais à frente e mais ao fundo, se é dia Imagine a seguinte cena: o personagem se aproxi-
ou noite de uma cena interna ou externa, etc. ma da casa, bate na porta e o morador abre a porta.
Trate cada quadro como uma fotografia e descreva Quantos quadros são necessários para desenvolver
o que você vê nela. Seja você detalhista como Alan essa cena do início ao fim?
Moore ou mais sucinto como Stan Lee, seu objetivo A resposta é: depende da mensagem que o roteiris-
como roteirista de histórias em quadrinhos é contar ta quer transmitir através da cena. E a mensagem está
uma narrativa visual. diretamente relacionada a outros elementos, como o
E, falando em fotografia, lembre-se de descrever...
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gênero da história, o número de páginas disponíveis dade de páginas necessárias para cada uma das cenas
e o ritmo da narrativa. Vamos começar determinan- da história.
do... Uma ferramenta útil para realizar essa tarefa, como
já mencionei, é o argumento. Depois de feitas as es-
colhas de gênero e número de páginas, você desco-
O GÊNERO E O NÚMERO
brirá como trabalhar...
DE PÁGINAS
Ao escolher o gênero, você também escolhe como O RITMO DAS CENAS
a narrativa será conduzida e o que será mostrado nos
Existem três perguntas essenciais que você deve se
quadros. É através do gênero que o leitor entra em
fazer sempre que estiver escrevendo um roteiro de
contato com o lado emocional da história.
história em quadrinhos:
Uma história de suspense tem um ritmo diferente
✓ Qual a importância dessa cena? (tanto sozinha
de uma história de aventura, que tem um ritmo dife-
quanto no conjunto da narrativa)
rente de uma história romântica; e assim por diante.
✓ O que eu quero dizer/mostrar com essa cena?
O que é prolongado em uma muitas vezes é igno-
(subtexto)
rado em outra.
✓ Por quanto tempo eu quero prolongar a tensão?
Já determinar o número de páginas antes de come-
çar a escrever ajuda o roteirista a planejar a quanti-
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Lembre-se que, em uma narrativa gráfica, você Sempre que, como leitores, temos a sensação de não
tem um espaço limitado e está contando uma histó- conseguir parar de acompanhar uma narrativa, é por
ria através de imagens. Por isso, ter cuidado na hora que as pessoas envolvidas planejaram isso.
de escolher o que mostrar em cada quadro é funda- As histórias em quadrinhos são narrativas distri-
mental para a consistência do seu roteiro. buídas em páginas, cada qual com um número de
O ritmo da narrativa é uma espécie de mensagem quadros limitados. Desde o roteiro até o projeto fi-
que você entrega ao seu leitor. A monotonia, a repe- nal, pense em suas páginas como unidades narrati-
tição, a aceleração, o prolongamento, a fluidez; todas vas independentes.
devem ser escolhas conscientes para que sua história Dê atenção especial ao último quadro de todas as
em quadrinhos seja recebida pelo leitor como você a suas páginas. Olhe para ele e pergunte-se: estou mos-
imaginou. E cada uma dessas escolhas nada mais são trando um momento tão importante da minha his-
do que você planejando... tória a ponto de deixar o leitor sem escolha além de
continuar a leitura?
Envolva o seu leitor e mantenha-o virando as pági-
PLANEJANDO AS PÁGINAS
nas.
O que move o trabalho de todo contador de histó- E a melhor forma de aprender como outros rotei-
rias é prender e manter a atenção do seu público. ristas envolvem seus leitores?

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LENDO, LENDO E LENDO
Cada suporte tem uma linguagem diferente e se
UM POUCO MAIS você não dominar o básico da linguagem das histó-
rias em quadrinhos, seu roteiro estará fadado a ser
Leia muito e de tudo.
uma ideia mal desenvolvida.
Leia para aprender como os que vieram antes de
Por isso, se você quer escrever boas histórias em
você contaram suas narrativas. Leia para descobrir
quadrinhos, dedique um tempo lendo todas as que
novas histórias.
puder.
Leia para se conhecer através de outros persona-
gens.
Leia para compreender a linguagem das narrativas
gráficas.
Leia para conversar com pessoas de longe, de ou-
tros tempos.
Leia para escrever melhor.
É através da leitura que encontramos nossos gran-
des mestres.

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Conclusão
Eis que chegamos ao final do nosso minicurso. Primeiro escreva o argumento, dê um tempo, mostre
Espero que as informações que reuni aqui sejam o texto para alguém de confiança, ouça as opiniões de
úteis na sua carreira como roteirista de HQs. coração aberto, releia, faça anotações e, enfim, comece
Antes de terminar, quero dar uma missão a você: a escrever o seu roteiro.
use tudo o que você aprendeu no minicurso escre- Planejar sua narrativa, pensar na distribuição das
vendo o seu primeiro roteiro de HQ. cenas ao longo dos quadros e organizar tudo em um
Comece pequeno. Trabalhe com um ou dois perso- roteiro é o que transformará a sua ideia em uma gran-
nagens e escreva uma história em quadrinhos de cin- de história em quadrinhos.
co a quinze páginas, no máximo.

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CRÉDITOS
TEXTO
Mylle Silva

DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÕES
Amanda Barros
Ursereia Estúdio e Editora

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