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SEGURO DE PESSOAS
Discente:
Henrique Lourenço Nhantumbo
Leilo Alfredo Manhique
Zélio Mateus Mazuze
Docente:
Dr. Edson Manguinhane
A actividade seguradora, pelo forte carácter social do seguro cumpre um papel relevante
na estrutura das sociedades actuais tem assumido uma importante função
socioeconómica, complementando o papel do Estado como elemento compensador das
consequências adversas a que a vida e actividade humanas estão sujeitas. O sector
segurador auxilia os cidadãos e as empresas na protecção dos riscos a que estão
expostos, fomentando a poupança de longo prazo, nomeadamente para o período da
reforma.
Objectivos específicos:
Identificar os tipos de seguro de pessoas
Identificar e apresentar a importância e o impacto do seguro na sociedade
METODOLOGIA
Para a realização deste ensaio, destacaram-se 3 etapas fundamentais:
i) A consulta de artigos científicos, as teses e dissertações atinentes ao tema em causa,
ii) Consistiu em discussão em grupo para seleccionar informação de interesse; e
iii) Elaboração do trabalho final.
Revisão da Literatura
Castiglione (1997, p. 13), conceitua o Seguro como “uma operação aleatória segundo o
qual um grupo de indivíduos, suficientemente grande, sujeitos a um risco comum,
reúnem-se a fim de repartir entre eles os prejuízos (danos ou perdas) sofridos por
alguns”.
Pode-se ainda definir o seguro como o contrato através do qual a seguradora fica
obrigada, mediante o recebimento de um prémio, a suportar o risco, indemnizando o
sinistro que venha a ocorrer (Martinez:2006).
Santos (1991), formula uma definição que entende ser mais completa, referindo que
seguro é uma operação pela qual é transferida para o segurador a gestão empresarial
organizada em moldes científicos e baseada em leis estatísticas, de determinados riscos
aleatórios comuns a uma mutualidade de segurados, através de contratos bilaterais pelos
quais o contratante segurador se compromete perante o contratante segurado a liquidar
ao beneficiário do contrato prestações em dinheiro, espécie ou serviços no caso e na
medida dos danos originados pela concretização desses riscos, ou a liquidar em capital
ou renda de acordo com o que prévia e convencionalmente tiver sido estipulado em
modalidades de natureza não indemnizatória, obrigando-se cada contratante segurado ao
pagamento de certa importância em dinheiro, correspondente à sua quota-parte na
gestão dos riscos em causa e ou das responsabilidades assumidas.
Viola (1983) diz que qualquer que seja a sua modalidade, o seguro apresenta três
características básicas:
Previdência: defesa da pessoa contra danos e perdas que possam atingir, no
futuro, a si mesmo ou as suas propriedades ou bens;
Incerteza: quanto à realização do acontecimento (risco) contra o qual se faz o
seguro, ou quanto à época em que o mesmo poderá ocorrer; e
Mutualismo: reunião de muitas pessoas – concorrendo todas para a massa
comum, afim de que esta possa suprir, em determinado momento, as
necessidades eventuais de algumas daquelas pessoas.
A partir do século XVIII não só existe o seguro de bens como também surge o seguro
de pessoas. Este último desenvolveu-se associado a grandes calamidades, mais
concretamente, na cidade de Londres com a ocorrência do Grande Incêndio de 1666,
que destruiu cerca de 25% da cidade. Desde então passou a impor-se que cada
proprietário contribuísse para um fundo comum.
Martinez (2006) acrescenta que os seguros de vida que surgiram a partir do século
XVIII desenvolveram-se durante os séculos XIX e XX. No fundo, dos seguros de danos
que tinham por objectivo bens, evoluiu-se para o seguro de pessoas.
O seguro de acidentes de trabalho só foi conhecido na forma actual nos fins do século
XIX. Até ali a responsabilidade por um acidente ocorrido durante a actividade
profissional estava baseada na teoria jurídica da culpa. Desde então foi substituída em
muitos países essa teoria pelo do risco profissional, o que deu lugar ao nascimento desta
categoria de seguros. O seguro automóvel apareceu obviamente, com o surgimento do
automóvel, assim como o aéreo com a utilização do avião.
Desde a primeira metade do século XX, a indústria dos seguros tem realizado em todo o
mundo o seu pleno desenvolvimento e em todos os países está regulamentada por leis
especiais que muito têm contribuído para a confiança que hoje inspiram todas as
empresas seguradoras, qualquer que seja a forma de constituição. Sem essa confiança
não poderia existir o seguro, pois nem todas as pessoas dão dinheiro sem algo em troca.
As sociedades de seguros, em troca dos prémios que recebem, somente podem dar ao
segurado a confiança de que será devidamente indemnizado no caso de vir a sofrer o
prejuízo que a sua previdência lhe fez temer.
Ramos de seguro
Alves (2002), refere que os seguros estão subdivididos por dois ramos, nomeadamente
os seguros do Ramo não vida e o Ramo vida.
Os seguros de Ramo Não Vida ou ramo reais são todos os seguros que envolvem bens
patrimoniais, pessoas excepto o seguro de vida e operações financeiras como crédito,
cauções ou a garantia (Alves, 2002, p. 14).
Seguro de Responsabilidade Civil Automóvel
Seguro de Saúde
Seguro de Acidentes Pessoais
Seguro Habitacional
Seguro de Viagem
Seguro de Acidentes de Trabalho
Seguro de Multirrisco
Os Seguros de Ramo Vida são todos os seguros que garantem a protecção das pessoas
que o segurado tem ao seu cargo ou seja caso o tomador de segura faleça, os seus
beneficiários ou herdeiros terão direito a uma indemnização.
O capital ou a indemnização pode ser pago uma única vez ou em modo de renda
financeira.
Este capital também pode ser usado pelo segurador em vida como por exemplo
complementação a jubilação o que significa este valor passa a ser usufruído por ele e a
sua família durante a sua velhice (Alves, 2002).
Neste ramo dos seguros podemos encontrar:
Seguros de Vida
Seguros Financeiros: seguros de capitalização e planos de poupança e reforma (PPR)
Seguro saúde
Existem dois tipos de seguro de saúde: os seguros por reembolso ou rede não
convencionada e os seguros em rede convencionada.
O primeiro como o próprio nome indica, refere-se ao reembolso das despesas efectuadas
relativamente à saúde.
O segundo já diz respeito ao usufruto dos serviços nos locais e médicos convencionados
pagando apenas uma comparticipação. (Tranquilidade, Manual de Formação de
Acidentes Pessoais, 2013).
Seguro de saúde garante basicamente ao segurado, com relação às despesas com
assistência médico-hospitalar, um reembolso ou um pagamento em dinheiro: o
reembolso é efectuado pela seguradora directamente ao segurado, à vista dos
comprovantes de despesas médicas; enquanto o pagamento em dinheiro é efectuado à
pessoa física ou jurídica que prestou os serviços ao segurado. (OLIVEIRA:2002)
O seguro de saúde trata-se da protecção contra os riscos causados por doenças e outros
males do corpo e do espírito humano, garantindo uma assistência médico-hospitalar na
forma de cobertura das despesas ligadas à saúde e à hospitalização. ( RIZZARDO: 1999, p.
14.)
Seguro educação.
Vantagens e desvantagens
Vantagens
Dada a vasta oferta de coberturas oferecidas, o seguro de acidentes pessoais é uma boa
solução de segurança para o proteger a si e à sua família de acidentes inesperados do
dia-a-dia, minimizando as despesas com danos corporais de um acidente (despesas de
saúde), protegendo as suas finanças pessoais (e dos familiares). É especialmente
importante para quem tem uma vida mais susceptível a acidentes.
9.2 Desvantagens
É mais uma despesa a seu cargo, por isso, deve ter a certeza que é um tipo de seguro
ajustado ao seu estilo de vida. De outra forma será um gasto desnecessário. Adequa-se
essencialmente para quem tem uma família a cargo, para justificar o investimento em
caso de sinistro
Importância do seguro
Ao fornecer um serviço que possibilita a transferência do risco das mais diversas áreas
da vida dos agentes para companhias especializadas em buscar uma gestão eficiente dos
mesmos, podem se destacar as seguintes importâncias d o sector de seguros:
Com vista à protecção de riscos, sejam eles materiais ou pessoais. Compensação das
consequências desfavoráveis da concretização de riscos em pessoas como por exemplo:
acidentes pessoais, acidentes de trabalho ou doença. E na cobertura de prejuízos
relacionados com bens: imobiliário, meios de transporte, jóias, obras de arte e tudo o
seja susceptível de ser segurado.
Nas exportações são necessárias garantias, que as cargas chegam ao seu destino, os
riscos que o transporte envolve podem ser cobertos para diminuir a imprevisibilidade de
algo correr mal. Os intervenientes destas operações não sofrerão prejuízos em caso de
sinistro, dado que a entidade seguradora onde foi segurado o risco reporá o valor das
mercadorias
Conclusão
As seguradoras não só ajudam apenas os consumidores e as empresas a evitar que
enfrentem um ónus financeiro quando ocorrerem danos resultantes de um determinado
evento ou quando desejam constituir uma reserva financeira para um determinado
projecto ou quando tentam reduzir a mortalidade, a invalidez e os riscos de longevidade
como também a sociedade em geral, visto que, quando os riscos não são seguráveis o
Estado tem que intervir, mas não precisa se preocupar com os riscos que são seguráveis
e estão segurados. Dessa forma, o seguro trabalha de mãos dadas com o Estado em
prevenção de sinistros e indemnizações de sinistros.
Referencias Bibliográficas
Alves, E. (2002). Guia do Consumidor de Seguros. Lisboa.
Gilberto, F. (2008). Manual prático dos seguros. 1.ª Edição. Lidel Editora. Lisboa.
Martinez, P. R. (2006). Direito dos seguros. 1.ª Edição. Principia Editora. Cascais.