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@Jose Stelio Tembe – Assistente Estagiario 9/7/2013 1

 Proporcionar aos estudantes o mínimo de


conhecimento das particularidades e terminologias
próprias do sector de seguros dando a conhecer as
diferentes técnicas contabilísticas utilizadas para o
registo das operações realizadas pelas empresas
seguradoras. Esperando-se desta forma que os
estudantes obtenham conhecimentos técnicos
básicos à actividade seguradora, no referente aos
seguros, as operações sobre seguros, as suas
especificidades técnicas, a sua importância social e
registo contabilístico das operações. Servindo deste
modo como uma aprendizagem suficiente para, pelo
menos, se iniciarem na área de seguros sem grandes
dificuldades.

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Estagiario 9/7/2013 2
 Conceito de Seguro
 Evolução histórica do seguro e das suas Instituições
 Contrato de Seguro
 Ramos de seguros
 Operações de seguros
 O Co-Seguro
 O Resseguro
 Garantias técnicas e Financeiras das Empresas de
Seguros
 Margem de solvência: (MS): seu mecanismo e
estrutura
 Normalização Contabilística Internacional (IFRS 4).

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Estagiario 9/7/2013 3
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 “Seguro é uma operação pela qual, [ mediante o
pagamento de uma pequena remuneração,
denominada prêmio] uma pessoa, o segurado, se
faz prometer para si próprio ou para outrem, [ no
caso da ocorrência de um evento determinado, a
que se dá o nome de risco ] por meio de uma
prestação de uma terceira pessoa, o segurador,
que, assumindo um conjunto de riscos, os
compensa de acordo com as leis da estatística e
o princípio do mutualismo.”

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 O seguro (do latim "securu") pode ser ainda
defino como todo contrato pelo qual uma das
partes, segurador, se obriga a indenizar a
outra, segurado, em caso da ocorrência de
determinados sinistro, em troca do
recebimento de um prêmio de seguro.

 O seguro é um produto que oferece


protecção contra diversas contingências.

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Estagiario 9/7/2013 6
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 Origem do Seguro;
 A necessidade do Seguro é primitiva;
 O seguro é a transferência de riscos;
 O seguro não elimina o risco;
 Conceito de Mutualismo e Seguro;
 O seguro cobre perdas eventuais;
 Mercado Multidisciplinar;
 Características do Seguro:
◦ Universal
◦ Comunitário
◦ Democrático
◦ Economicamente eficaz
◦ Estimulo ao investimento

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Estagiario 9/7/2013 8
 A contabilidade de seguros constitui um dos
vários ramos da contabilidade e dedica-se ao
estudo da aplicação das técnicas contábeis e
de seus princípios as operações das
empresas seguradoras.

 Como todo ramo de Contabilidade, a


Contabilidade de seguros tem características
próprias que iremos estudar ao longo deste
modolo.

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Estagiario 9/7/2013 9
 A necessidade de protecção vem desde o homem
primitivo, o qual, irracionalmente, diante de
certos fenómenos da natureza, tais como,
relâmpagos, temporais, etc., se sentia intimidado
e apelava o auxílio dos deuses.

 A primeira ideia de seguro nasce com o


desenvolvimento da navegação, ao se adaptarem
actos de protecção contra perigos do mar e nos
preceitos contra riscos marítimos, como por
exemplo, a avaria grossa, em que se tinha de
atirar a mercadoria ao mar, o navegador ou
armador era indemnizado por este acto.

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Estagiario 9/7/2013 10
◦ O Seguro Marítimo é o seguro mais antigo e
nasce do comércio marítimo. Os primeiros
contratos de seguro marítimo datam 1347
e foram celebrados em Génova e a
primeira apólice data 1485 e foi emitida
em Pisa. As condições dos contratos
variavam de país para país e até mesmo
de porto para porto, daí que, foram
emitidos vários regulamentos para regular
a actividade.

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Estagiario 9/7/2013 11
O Seguro de Vida , tem a sua origem na lei 43 da
Rainha Isabel da Inglaterra, no qual preconizava a
construção de uma sociedade na qual havia uma
curiosa obrigação de o pai fazer um depósito
logo que lhe nascesse um filho.

 A primeira apólice de seguro de vida foi assinada
em 1583 e foi celebrado por um grupo de
negociantes membro da Câmara de Seguros de
Londres.

 A primeira companhia de seguro surgiu em 1667


em decorrência do Grande Incêndio de Londres de
1666, que destruiu cerca de 25% da cidade.

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Estagiario 9/7/2013 12
◦ O Seguro em Moçambique antes da Independência

 Embora o seguro na sua forma moderna tenha
começado no século XIV na Europa e tenha registado
um grande desenvolvimento no século XVIII como fruto
do comércio marítimo e da navegação ligados aos
impérios coloniais, em Moçambique, só começou a ser
praticado no século XX com a criação das primeiras
sociedades de seguro, que foram:
◦ Companhia de Seguros Náuticos, SARL;
◦ Companhia de Seguros Lusitano, SARL;
◦ Companhia de Seguros Tranquilidade de Moçambique, SARL;
◦ Companhia de Seguros Mundial e Confiança de Moçambique,
SARL.

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◦ O Seguro em Moçambique após a Independência

 Dada a importância deste sector e aliado ao sistema económico socialista em
vigor, através do decreto lei 3/77 de 13 de Janeiro, o Governo Moçambicano
nacionalizou a industria seguradora em 1977, e a luz do mesmo decreto uma
empresa estatal, Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE EE), que passou a
integrar o activo e passivo das seguradoras Lusitano, Náuticos e Tranquilidade e
nos termos do decreto lei referido, a Companhia de seguros Mundial e Confiança
cessava as suas funções em Moçambique.

 Uma vez que só havia uma única instituição de seguros, que fazia parte do
Governo, considerou-se que não havia necessidade de regular a actividade de
seguros e, portanto, a actividade foi suspensa.

 No entanto, em 1991, a Lei n º 24/91 foi aprovada, que abriu o mercado de
seguros privados para a concorrência. A EMOSE foi reincorporada como uma
sociedade anónima em 1998 e, em 1999, o regulador de seguros, Inspecção Geral
de Seguros (IGS) foi criado.

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Estagiario 9/7/2013 14
 A indústria de seguros em Moçambique está numa fase
inicial de desenvolvimento com uma participação de cerca
de 1,3% em 2010.

 Actualmente existiam 10 empresas a operar no sector


seguros no país, sendo 9 seguradoras e uma
Resseguradora. Quatro das seguradoras são compostas.
Somente duas são maioritariamente de capitais
moçambicanos, as outras empresas no mercado têm uma
propriedade estrangeira. Existem mais de vinte corretores
de seguros que operam no mercado.

 O mercado e dominado pela SIM, EMOSE e Global com uma


cota de mercado de 76 % sendo a primeira a líder do
mercado (2010).

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Estagiario 9/7/2013 15
 A actividade de seguros em Moçambique é regulamentada
nos termos do Decreto-Lei n 1/2010, de 31 de Dezembro.

 O governo estabeleceu a Inspecção Geral de Seguros (IGS),


dentro do Ministério das Finanças em 1999, a autoridade
regulamentar e de supervisão dos seguros, tendo em 2010
se transformado no Instituto de Supervisão de Seguros de
Moçambique (ISSM).

 O ISSM é financiado através de uma taxa de supervisão de


1,5% sobre os prémios brutos de seguros não-vida e
0.35% vida, que são passados pelas seguradoras ao
Ministério das Finanças.

 A Associação Moçambicana de Seguros foi criada em 2002


para representar a indústria.

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Estagiario 9/7/2013 16
 Máxima boa fé (Uberrimae Fides)
 Indemnização
 Sub-rogação
 Contribuição
 Interesse segurável
 Causa Próxima

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Estagiario 9/7/2013 17
 O Contrato de Seguro é um acordo formal estabelecido
entre dois intervenientes – o Tomador de Seguro e a
Seguradora e assenta em dois elementos fundamentais – o
Prémio e o Risco, sendo que:
◦ o Prémio é a importância paga pelo Tomador de Seguro;
◦ o Risco é a eventualidade de ocorrer qualquer acontecimento
que determine o assumir de responsabilidade por parte da
Seguradora.

 Nos termos da IFRS 4, um contrato de seguro, para efeitos


de reporte financeiro, é um contrato em que uma das
partes aceita risco significativo de seguro de outra parte
acordando compensar o segurado se um evento futuro
especifico e incerto afectar adversamente o segurado.

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Estagiario 9/7/2013 18
 • Contratos de adesão,
 • Aleatórios,
 • Unilaterais,
 • Máxima boa fé (uberrima fides)
 • Titulo oneroso,
 • Sucessivos,

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Estagiario 9/7/2013 19
 As seguradoras utilizam determinados termos
técnicos que não fazem parte da linguagem corrente,
são exemplos:
◦ Âmbito do contrato,
◦ Anulação,
◦ Apolice-recibo,
◦ Beneficiário,
◦ Bónus,
◦ Sinistro,
◦ Direito de regresso,
◦ Estorno,
◦ Exclusão,
◦ Franquia,
◦ Malus,
◦ Mediador,

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Estagiario 9/7/2013 20
 Proposta de seguro – documento através dos qual o tomador de seguro
expressa a sua vontade de celebrar o contrato de seguro.

 Questionário – e um impresso ou formulário onde o tomador do seguro


declarara as circunstancias relativas aos bens ou a vida que pretende
segurar.

 Minuta – e um impresso idêntico a proposta de seguro que contem as


condições gerais da apólice.

 Certificado provisório – documento emitido pela seguradora ou pelo


mediador de seguros que formaliza o contracto de forma provisória.

 Apólice de Seguro – documento escrito que titula e prova a existência do


contracto de seguro.

 Acta adicional – documento que procede a alterações a apólice de


seguro.

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Estagiario 9/7/2013 21
 Duração do contrato – período de tempo durante o qual estarão
cobertos os riscos ou garantidos os resultados previstos no contracto de
seguro.

 Indemnização – compensação destinada a reparar o prejuízo causado


por um sinistro, garantida pela seguradora, ate ao valor seguro.

 Premio – e a quantia entregue pelo tomador do seguro a seguradora e


que corresponde ao preço da contratação do seguro e contrapartida da
prestação de garantia da seguradora, pelo período de duração do
contracto.

 Resolução – e o mecanismo jurídico que permite por termo ao contracto


de seguro, na sequencia da verificação de um motivo que a lei ou o
contracto reconheçam como justificativo da resolução.

 Valor seguro – e o montante estipulado no contracto como sendo o


limite máximo de responsabilidade assumida pela seguradora perante
riscos cobertos ou o montante garantido pelo contracto de seguro.

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Estagiario 9/7/2013 22
 Definições - defini os termos utilizados na linguagem apólice.

 Acordo de Seguro - descreve os perigos abrangidos, ou riscos
assumidos, ou a Natureza de cobertura, ou faz alguma referência ao
acordo contratual entre a seguradora e o Segurado. Ela resume as
principais promessas da companhia de seguros, bem como afirmar o
que é coberto.

 Declarações - identifica quem é um segurado, o endereço do segurado,


a empresa de seguros, quais os riscos ou os bens estão abrangidos, o
limite da apólice ( o valor assegurado), quaisquer deduções, o período
coberto pela apólice o montante do prémio.

 Exclusões - descreve perigos, riscos ou perdas resultantes de causas
específicas que não são cobertas pela apólice.

 Condições - disposições, regras de conduta, direitos e obrigações


exigidas para cobertura. Se as condições não forem cumpridas, a
seguradora pode negar o pagamento.

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Estagiario 9/7/2013 23
 A negociação de um Contrato de Seguro
pressupõe a formalização escrita dessa relação.
Assim a sua concretização acontece através do
preenchimento da Proposta.

 A Proposta de Seguro é o documento através do


qual o segurado e/ou o Tomador de Seguro
expressa a sua vontade de celebrar o Contrato de
Seguro.

Uma vez o Seguro definitivamente aceite, é


emitida a Apólice, documento que define e
regula as relações entre a Seguradora, o
Tomador de Seguro e/ou Segurado.

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Estagiario 9/7/2013 24
 A Apólice de Seguro é o documento que titula o Contrato
celebrado entre o Tomador de Seguro e a Seguradora e é
composta de:
◦ Condições Gerais
◦ Conjunto de cláusulas contratuais previamente elaboradas e
impressas pela seguradora, que definem os aspectos genéricos
dos Contratos de Seguro de um mesmo Ramo ou Modalidade,
emitidos pela Seguradora;

◦ Condições Especiais
◦ Conjunto de clausulas que só existem em algumas apólices, que
se destinam a esclarecer ou completar as disposições das
Condições Gerais;

◦ Condições Particulares
◦ Conjunto de condições próprias de cada Contrato, que o
individualizam relativamente a todos os outros do mesmo ramo
ou modalidade.

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Estagiario 9/7/2013 25
 Na concretização de um Contrato de
Seguro existem diversas figuras que
participam na sua formação, tais como:
◦ Seguradora ou Empresa de Seguros
◦ Proponente
◦ Tomador de Seguro
◦ Segurado
◦ Beneficiário
◦ Usufrutuário
◦ Credor
◦ Mediador
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Estagiario 9/7/2013 26
@Jose Stelio Tembe – Assistente
Estagiario 9/7/2013 27
 De harmonia com a actual panorâmica da Indústria
Seguradora,podemos, ao momento, adoptar uma divisão
em duas Grandes Classes, englobando cada uma diversas
subclasses ou ramos de seguros inserindo nestas os
diversos Produtos ou Modalidades de Seguros com a sua
tipicidade, limites de garantia, custos e outra
regulamentação adequada.
◦ • Ramo Não-Vida :
 Seguros Pessoais ou de Pessoa;
 Seguros de Bens ou Patrimoniais;
 Seguros de Responsabilidade;
 Seguros Mistos ou Combinados.
◦ • Ramo Vida :
 Seguros Vida;
 Nupcialidade e Natalidade;
 Operações de Capitalização;
 Operações de Gestão de Fundos Colectivos de Pensões.

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Estagiario 9/7/2013 28
 O seguro directo engloba o conjunto das relações que se
estabelecem entre o tomador de seguro e a sua seguradora, por
forca de um contrato de seguro, seja este celebrado
directamente aos balcões da seguradora ou por intermédio de
um mediador de seguros.

 O premio simples e a quantia exacta que, em face dos resultados


estatísticos que tenha sido possível obter, deve pagar um
tomador de seguro em troca da garantia dada pela seguradora
de pagar uma indemnização ou capital seguro no caso de se
produzir determinado acontecimento.

 Usando dos conhecimentos estatísticos e a teoria das


probabilidades podemos chegar a uma taxa de risco que
aplicando ao valor seguro nos da o premio simples que deve ser
pago para que a seguradora assuma a responsabilidade do risco.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 29
 Vejamos o exemplo:
 Vamos supor que durante vários anos, num determinado lugar
com 10.000 casas, 100 dessas casas sofreram por ano, em
media, um incêndio. O risco de incêndio, nesse lugar e de
100/10.000, o que representa 1% das casas em exposição ao
risco. Assumindo:
◦ Que as casas sujeitas ao risco tem um valor de 5.000.000 u.m
◦ Que os danos verificados anualmente em media são de 10.000 u.m
Podemos concluir que o risco de incêndio representa 2%O do capital em
exposição.

Supondo que os proprietários das 10.000 casas desejavam constituir um


fundo comum para fazer face aos danos causados pelos incêndios, cada
um deveria contribuir, anualmente, para o fundo, com uma verba
correspondente a 2%O sobre o valor da respectiva casa. Se esse fundo for
gerido por uma empresa seguradora esse será o valor do premio simples.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 30
 O tomador do seguro quando subscreve uma
apólice de seguro e procede ao pagamento
do respectivo premio não paga somente o
valor correspondente ao premio simples. O
valor pago engloba igualmente uma certa
percentagem sobre o premio sob a forma de
encargos, o custo da apólice, determinadas
cargas fiscais (impostos) e parafiscais (taxas),
variáveis consoante os ramos de seguro
explorados pela seguradora.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 31
 Em termos genéricos as expressões anulação e
estorno são sinonimas, contudo na contabilidade
de seguros e necessário diferencia-los.

 Estamos perante anulação de determinado recibo


quando este não chegou a ser pago pelo tomador
do seguro e por qualquer razão a seguradora
procede a sua anulação.

 O estorno tem lugar quando a seguradora


procede a devolução total ou parcial do premio
que, entretanto, já havia sido pago tomador de
seguro.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 32
 A contabilização dos prémios de seguro
directo implica a movimentação das seguistes
contas técnicas:
◦ Prémios Brutos Emitidos (DR)
◦ Comissões de intermediação (DR)
◦ Tomadores de seguro (BS)
◦ Impostos e taxas(BS)

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Estagiario 9/7/2013 33
 Em 5 de Janeiro do ano n, a empresa de seguros Alfa, SA,
com sede em Maputo, emitiu o recibo de premio n. 70.555
relativo a apólice n. 70400 do ramo Marítimo e
Transportes/Mercadorias Transportadas, a cobrar pela
sede, em que o premio total, para um capital seguro de
1.000.000,00 MT, foi calculado com base nos seguistes
elementos:
 Taxa de risco 4%o
 Encargos 20%
 Custo da apólice 2,0Mt
 Selo de apólice 9%
 O recibo de premio foi cobrado no dia 20 do mesmo mês.

 Pretende-se:
 a) calculo do valor total do recibo n.70.555;
 b) Reconhecimento da emissão e cobrança do recibo.

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Estagiario 9/7/2013 34
 a) Calculo do valor do recibo n.70.555
◦ Premio Simples (4%o x 1.000.000,00 Mt)….4.000,00 Mt
◦ Encargos (20%x4.000,00 Mt) …………………..800,00 Mt
◦ Premio comercial………………………………..4.800,00 Mt
◦ Custo da apólice………………………………………2,00 Mt
◦ Premio Bruto……………………………………..4.802,00 Mt
◦ Selo de apólice (9%x4.802,00 Mt)……………..432,18 Mt
◦ Premio total………………………………………5.234,18 Mt

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 35
 Uma vez verificado o sinistro ou vencimento do
contrato, conforme o caso em concreto, a seguradora
e chamada a reparar o dano, nos seguros de
indemnização, ou a pagar o capital seguro, nos
seguros de capitais.

 Tratando-se de seguro de capitais, o problema do


valor não se coloca, se tratar de seguro de
indemnização, há que verificar se, a data do sinistro,
o valor seguro correspondia ao valor em risco e três
situações são possíveis:
◦ 1 – Valor em risco < Valor seguro
◦ 2 – Valor em risco = valor seguro
◦ 3 – Valor em risco> Valor seguro

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 36
 Numa apólice de seguro do ramo Incêndio e
outros danos/Incêndio e Elementos da
Natureza, em que o valor ou capital seguro
era de 4.000,00Mt, verificou-se um sinistro
avaliado em 250,00 Mt, sendo o capital em
risco, a data do sinistro, de 5.000,00 Mt.

 Pretende-se: Calcular a indemnização a pagar


pela seguradora.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 37
 A contabilização dos sinistros, no seguro
directo, implica, fundamentalmente, a
movimentação das seguistes contas técnicas:
◦ Provisão para sinistros,
◦ Variação de Provisão para Sinistros
◦ Sinistros Pagos

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 38
 Em 15 de Setembro de n, a empresa de seguros Alfa,
SA, com sede em Maputo, celebrou um novo contrato
de seguro do Ramo Incêndio e Outros Danos/
Incêndio e Elementos da Natureza tendo para o efeito
emitido e cobrado o respectivo recibo de premio.

 Posteriormente, em 20 de Dezembro seguiste, o


tomador de seguro daquele contrato participou a
seguradora um sinistro cujo custo total foi estimado
em 1.000,00Mt. O processo de sinistro viria a ser
encerrado em 18 de Janeiro de n+1 com o
pagamento da importância de 900,00 Mt.

 Pretende-se: Reconhecimento destes factos.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 39
 Os Salvados são os bens ou objectos seguros que
sofreram um sinistro e que, por via disso, o custo da sua
reparação e superior ao seu valor a data do sinistro, isto e,
ao valor venal, adicionado do valor do próprio salvado.

 O valor venal e calculado com base no valor de venda no


mercado no momento anterior ao acidente ou com base
nas tabelas de desvalorização. Por sua vez, o valor da
indemnização e determinado com base naquele valor
venal, deduzido do valor do respectivo salvado, caso este
permaneça na posse do proprietário.

 Na contabilização dos salvados movimentam-se as


seguistes contas:
◦ Recuperações
◦ Inventários

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 40
 O reembolso de sinistro tem subjacente o direito
de regresso ou o direito de reembolso que visa,
ressarcir as seguradoras das indemnizações
indevidamente pagas na sequencia de sinistros
ocorridos e participados. Nesta circunstancias a
seguradora fica com a possibilidade de poder
mais tarde requerer o reembolso do valor pago
ao responsável pelo acidente.
 Na contabilização dos reembolsos de sinistros
movimentam-se as contas:
◦ Devedores
◦ Reembolsos

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 41
 Em 24 de Junho do ano n, foi participado a empresa
Alfa, SA,com sede em Maputo, um sinistro do ramo
Automovel com custo total estimado de 10.000,00
Mt, valor venal da viatura. Do sinistro resultou a
perda total da viatura sinistrada, tendo a seguradora
ficado com os salvados avaliados em 1.000,00 Mt.
 O processo de sinistro viria a ser 25 de Agosto
seguinte mediante o pagamento ao tomador do
seguro do valor da indemnização inicialmente
prevista.
 Posteriormente, em 15 de Setembro seguinte, a
seguradora vendeu os salvados por 1.100,00 Mt,
sujeitos a IVA.

 Pretende-se: Reconhecimento destes factos.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 42
@Jose Stelio Tembe – Assistente
Estagiario 9/7/2013 43
 O co-seguro e a assunção conjunta de um
determinado risco por varias empresas de
seguros, denominadas co-seguradoras, de entre
as quais uma e líder, sem que haja solidariedade
entre elas, através de um contracto de seguro
único, com as mesmas garantias e período de
duração e com um premio global.

 O contrato de co-seguro e titulado por uma


apólice única, emitida pela líder e assinada por
todas as co-seguradoras, devendo nela figurar a
quota-parte do risco ou a parte percentual do
capital assumida por cada uma.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 44
 No que respeita a liquidação de sinistros
decorrentes de um contrato de co-seguro,
pode a mesma ser efectuada através de uma
das seguintes modalidades, a constar
expressamente da respectiva apólice:
◦ a) Ser a líder a proceder a liquidação do sinistro, em
seu próprio nome e por conta das restantes co-
seguradoras;
◦ b) Ser cada uma das co-seguradoras a proceder a
liquidação da parte do sinistro proporcional a
quota-parte do risco que garantiu ou a parte
percentual do capital que assumiu.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 45
 No co-seguro, a líder do contrato terá de
contabilizar na sua escrita os prémios, as
remunerações de mediação e os sinistros. Como
o co-seguro e um negocio de seguro directo e
como tal contabilizado, as contas a movimentar
são as indicadas para aquele tipo de seguro:
◦ Prémios Brutos Emitidos (DR)
◦ Comissões de intermediação Recebidas (DR)
◦ Comissões de intermediação Pagas (DR)
◦ Tomadores de seguro (BS)
◦ Impostos e taxas(BS)
◦ Credores de Co-seguros (BS)

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 46
 Em termos genéricos, pode definir-se o
resseguro como um acordo pelo qual uma
seguradora, mediante um certo premio,
transfere para outra entidade parte das
responsabilidades ou dos riscos previamente
assumidos.

 A seguradora que cede o risco chama-se


cedente ou ressegurada e a que aceita
designa-se de resseguradora ou aceitante.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 47
 Podemos ter vários tipos de resseguradores:
Ressegurador profissional;
Segurador que aceita resseguro;
Pools e organizações underwritting;
Lloyd’s of London;

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 48
 As funções ou objectivos do resseguro são os seguintes:
 a) Consecução de uma ampla distribuição do risco;
 b) Flexibilidade na aceitação de riscos;
 c) Poder de resposta perante o publico;
 d) Fortalecimento da protecção aos tomadores de seguro;
 e) Protecção contra a acumulação de riscos;
 f) Evitar perdas graves em sinistros de ponta;
 g) Crescimento das empresas de seguros;
 h) Ajuda financeira;
 i) Ajuda técnica as seguradoras;
 j) Estabilidade dos resultados;
 K)Desenvolvimento de solidariedade e cooperação;
 l) Gestão da dimensão da carteira de seguro directo;

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 49
 De entre os termos mais utilizados no resseguro
são de referir os seguistes:
◦ Capacidade de um tratado;
◦ Cessão;
◦ Comissão de resseguro;
◦ Corrector de resseguros;
◦ Pleno de aceitação;
◦ Pleno de retenção, de conservação ou linha;
◦ Reciprocidade;
◦ Retenção;
◦ Retrocessao;
◦ Tranche ou layer;
◦ Tratado ou contrato de resseguro.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 50
 Atendendo a relação existente entre a resseguradora, o
resseguro pode ser:
 Facultativo;
 Obrigatório ou automático;
 Facultativo-obrigatório ou misto;

 Quanto as formas de participação, os contractos de


resseguro podem revestir as duas modalidades seguintes:
 Contratos proporcionais;
a) Contratos de participação ou quota-parte (quota-share);
b) Contratos de excedente de capitais ou de plenos (surplus-
share)
 Contratos não proporcionais
a) Contratos de excedente de sinistros ou de excesso de perda
(excess of loss);
b) Contratos de excedente de taxa de sinistro ou de excesso de
sinistralidade (stop loss)

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 51
 No resseguro cedido, a ressegurada, na
contabilidade da qual nos encontramos, e a
entidade que cede o negocio havendo a registar,
na sua escrita, os seguintes factos:
a) Premio;
b) Comissões (caso existam);
c) Sinistros.
As contas a movimentar pela contabilização de resseguro
cedido são:
 Prémios de Resseguro Cedido (DR –CT);
 Resseguradores (BS);
 Comissões de Resseguro cedido (DR-CT);
 Provisões técnicas de resseguro cedido (BS);
 Variação de provisões técnicas parte dos resseguradores;
 Indemnizações recebidas

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 52
 Os negócios do resseguro aceite são em tudo semelhantes ao do
seguro directo, só que eles não chegam a seguradora por
intermédio de um mediador ou do próprio tomador do seguro
mas sim por intermédio de uma outra seguradora.
 Assim sendo, e como se assumem riscos, há que registar o
seguinte:
a) Prémios;
b) Comissões (caso existam);
c) Sinistros.
 As contas a movimentar no resseguro aceite são as seguistes:
 Prémios de Resseguro Aceites;
 Ressegurados;
 Comissões pagas;
 Provisões técnicas de resseguro aceite;
 Variação de provisões técnicas de resseguro aceite;
 Sinistros Pagos.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 53
 Os investimentos tem na actividade seguradora uma importância
fundamental, representado cerca de 80% do total dos activos da
empresa de seguros. Dai que estas empresas, tal como sucede
com as instituições bancárias, os fundos dos investimento
mobiliário, os fundos de pensões, as instituições privadas de
solidariedade social, etc., sejam consideradas investidores
institucionais.

 As empresas de seguros são obrigadas a investir em activos para


a cobertura financeira das responsabilidades futuras por elas
assumidas. O seguro torna-se, assim num importante
instrumento de captação de poupanças a médio e longo prazo e
as empresas de seguros, por isso, consideradas dos mais
importantes investidores institucionais.

 Desta forma a contabilização de investimentos assume um


carácter bastante relevante nas actividades das empresas
seguradoras.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 54
 Numa perspectiva simplista, pode dizer-se que as
seguradoras tem um ciclo de actividade inverso a maioria
dos sectores da actividade económica, porque primeiro
recebe os proveitos (prémios) e posteriormente suporta os
custos (indemnizações), após a ocorrência do sinistro que
é um facto provável.

 A situação exposta acima, leva com que as entidades
reguladoras do sector, obrigue as empresas de seguros a
constituírem garantias financeiras. A regulamentação das
garantias financeiras em Moçambique está contida no
Decreto-Lei n∘ 1/2010. Essas Garantias são:
◦ a) Provisões Técnicas;
◦ b) Margem de Solvência.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 55
 Na actividade seguradora, contrariamente
com o que se passa noutros sectores de
actividade, existem dois tipos de provisões:
◦ a) As provisões técnicas, e
◦ b) As provisões não técnicas.
 Nos termos da legislação nacional de
seguros, as provisões técnicas a constituir
pelas empresas de seguros são as seguistes:
◦ a) Provisão para premio não adquiridos;
◦ b) Provisão para riscos em curso;
◦ c) Provisão matemática do ramo “Vida” e “Acidentes
de trabalho”;
◦ d) Provisão para sinistros;
◦ e) Provisão para participação nos resultados;
◦ f) Provisão para desvios de sinistralidade.
 A constituição da provisão para prémios não adquiridos,
baseia-se no princípio de especialização de exercício,
retirando dos proveitos (prémios) a parte que não lhes diz
respeito.

 A provisão para prémios não adquiridos inclui a parte dos


prémios brutos emitidos relativamente a cada um dos
contratos de seguros em vigor do ramo “Não Vida”, a
imputar a um ou vários exercícios seguistes. A provisão
para prémios não adquiridos corresponderá ao valor
desses prémios, deduzidos dos custos de aquisição
diferidos (normalmente comissões de mediação e
corretagem e outros directamente imputáveis a uma
determinada apólice). Nos termos da legislação vigente, o
valor dos custos de aquisição a deduzir deverá ser até ao
limite de 20% dos prémios não adquiridos.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 58
 A provisão para riscos em curso corresponde ao
montante necessário para fazer face a prováveis
indemnizações e encargos a suportar após o
termo do exercício e que excedam o valor dos
prémios exigíveis relativos aos contratos em
vigor do ramo “Não Vida”.

 A provisão para riscos em curso devera ser


calculada para todos os seguros “Não Vida”, em
separado para o seguro directo e para o
resseguro aceite, no mínimo para os ramos ou
modalidades que se indicam, quanto a soma dos
rácios de sinistralidade, de despesas e de
cedência seja superior a 1.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 59
 A provisão matemática do ramo “Vida” e
“Acidentes de Trabalho” corresponde ao valor
actuarial estimado dos compromissos da
empresa de seguros, incluindo as
participações nos resultados já distribuídos e
após dedução do valor actuarial dos prémios
futuros.

 Para o calculo da provisão matemática devera


ter-se em conta as bases técnicas de cada
produto do ramo “Vida”.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 60
 A provisão para sinistros corresponde ao
custo total estimado que a seguradora
suporta para regularizar todos os sinistros,
incluindo as despesas de gestão
correspondentes, que tenham ocorrido ate ao
final do exercício, quer tenham sido
comunicados ou não, deduzidos dos
montantes já pagos respeitantes aos mesmos
sinistros, sendo o seu calculo efectuado
contrato a contrato.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 61
 A provisão para participação nos resultados
inclui os montantes destinados aos segurados ou
aos beneficiários dos contratos, sob a forma de
participação nos resultados, desde que tais
montantes não tenham sido já distribuídos,
nomeadamente mediante inclusão nas provisões
matemáticas.

 O montante da provisão para participação nos


resultados será determinado de acordo com o
plano de participação nos resultados previsto em
cada contrato.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 62
 A Provisão para desvio de sinistralidade destina-
se a fazer face a sinistralidade excepcionalmente
elevada nos ramos de seguros em que, pela sua
natureza se preveja que aquela tenha mais
oscilações.

 A provisão para desvios de sinistralidade devera


ser constituída para o seguro de credito, caução
e para as modalidades de inundações e
tempestades, do ramo fenómenos naturais.
Devendo no seu calculo tomar-se em conta
alguns critérios.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 63
 A margem de solvência das seguradoras tem
de ser suficientes em relação ao conjunto das
actividades desta e corresponde ao seu
património, livre de toda e qualquer
obrigação previsível e deduzido dos
elementos incorpóreos.
◦ Margem de solvência disponível
◦ Margem de solvência exigida

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 64
 A génese da concepção de IAS para actividade seguradora
remonta a 1997, quando o IASC deu inicio a um projecto de
longo prazo com a finalidade de produzir o primeiro conjunto de
normas contabilísticas sobre questões especificas dos seguros a
escala mundial.

 O primeiro documento sobre os temas essenciais do projecto de


normalização contabilística dos seguros foi publicado em
Novembro de 1999.

 O desenvolvimento da IFRS para contratos de seguros deve-se a:


◦ A inexistência de uma norma internacional relativa a contratos de seguro,
tendo estes sido excluídos do âmbito de aplicação das normas existentes;
◦ Serem muita diversas as praticas de contabilidade para contratos de
seguro.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 65
 A IFRS 4, representa a primeira fase do projecto de normalização para
actividade seguradora.

 Objectivos da IFRS 4:
◦ Introduzir pequenos melhoramentos na contabilização de contratos de seguros e de
resseguros;
◦ Exigir uma divulgação que identifique e explique os valores das demonstrações
financeiras de uma seguradora resultantes de contratos de seguros e que ajudem os
utentes dessas demonstrações a perceber o valor, a maturidade e a incerteza dos
fluxos de caixa futuros provenientes de tais contratos.

 Uma entidade deve aplicar esta IFRS a:


◦ (a) Contratos de seguro (incluindo contratos de resseguro) que emita e a contratos de
resseguro que detenha.
◦ (b) instrumentos financeiros que emita com uma característica de participação
discricionário.

 A IFRS 4 não trata de outros aspectos da contabilização por parte de
seguradoras, tais como a contabilização de activos financeiros detidos
por seguradoras e de passivos financeiros emitidos por seguradoras.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 66
 Uma entidade não deve aplicar a IFRS 4 a:
◦ (a) Garantias de produtos emitidas directamente por um fabricante, negociante ou
retalhista;
◦ (b) activos e passivos de empregadores segundo planos de benefícios de empregados
e obrigações de benefícios de reforma relatados por planos de benefícios de reforma
definidos; (c) direitos contratuais ou obrigações contratuais que estejam contingentes
do futuro uso, ou direito de uso, de um item não financeiro (por exemplo, algumas
taxas de licença, royalties, pagamentos de locações contingentes e itens
semelhantes), assim como a garantia de valor residual de um locatário embutida
numa locação financeira;
◦ (d) aos contratos de garantia financeira, salvo se o emitente tiver indicado
anteriormente, de forma expressa, que considera esses contratos como contratos de
seguros e caso tenha efectuado a contabilização de acordo com o tratamento
reservado a esses contratos, pode decidir aplicar quer a IAS 39 quer a IAS 32 ou esta
Norma a esses contratos de garantia financeira. O emitente poderá tomar essa
decisão contrato a contrato, tornando-se no entanto cada uma dessas decisões
irrevogável.
◦ (e) retribuição contingente a pagar ou a receber numa concentração de actividades
empresariais (ver a IFRS 3 Concentrações de Actividades Empresariais ).
◦ (f) contratos de seguro directos que uma entidade detenha (i.e. contratos de seguro
directos em que a entidade é o tomador do seguro). Contudo, um cedente deve
aplicar esta IFRS a contratos de resseguro que detenha.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 67
 Nos termos da IFRS 4, um instrumento financeiro com
esquema de participação discricionária e todo aquele
que apresente um direito contratual de receber, como
suplemento dos benefícios garantidos, benefícios
adicionais, os quais deverão apresentar as seguistes
características:
◦ a) Ser provável que o seu valor venha a representar grande
parte do total dos benefícios contratuais;
◦ b) O seu montante ou maturidade serem discricionários
por parte do emitente;
◦ c) Contratualmente, serem baseados na performance de um
grupo ou tipo especifico de contratos, nos ganhos
realizados e/ou não realizados de um grupo específicos de
activos do emitente, ou, no ganho ou perda da seguradora,
fundo ou outra entidade que emite o contrato.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 68
 A IFRS 4 estabelece que os derivados embutidos ou incorporados em
contratos de seguro, devem ser separados e avaliados, nos termos da
IAS 39, ao justo valor com as correspondentes alterações incluídas na
conta ganhos e perdas, excepto se o derivado for:
◦ a) Um contrato de seguro;
◦ b) Uma seguradora que não necessite de separar e avaliar ao justo valor derivados
incorporados, nomeadamente opções de rendas com taxas garantidas ou benefícios
garantidos de morte, na medida em que estes também transferem risco significativo
de seguro;
◦ c) Uma seguradora que não necessite de separar e avaliar ao justo valor, a opção
detida pelo tomador de seguro de resgatar o contrato de seguro por um montante
fixo, mesmo que o preço de exercício difira do montante da responsabilidade de
seguro contabilizado;
◦ d) Uma opção de resgate de montante fixo ou de montante baseado num montante e
taxas de juros fixos;
◦ e) Um instrumento financeiro contendo um esquema de participação discricionária;
◦ f) um derivado incorporado num contrato base, avaliado na sua totalidade ao justo
valor com as alterações de justo valor reconhecido na conta de ganhos e perdas.

@Jose Stelio Tembe – Assistente


Estagiario 9/7/2013 69
 Aula Preparada para a cadeira de
Contabilidade Sectorial do Curso de
Contabilidade e Finanças da Faculdade de
Economia, Universidade Eduardo Mondlane.

Agosto de 2013.

@Jose Stelio Tembe – Assistente Estagiario 9/7/2013 70

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