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1.

INTRODUÇÃO
Em Angola, as atividades das seguradoras desempenham um papel crucial na
mitigação de riscos e na promoção da estabilidade financeira. Com um setor segurador
em constante evolução, as empresas buscam não apenas oferecer cobertura abrangente,
mas também contribuir para o desenvolvimento econômico do país.

A indústria seguradora tem vindo a sofrer, ao longo dos tempos e a nível


mundial, profundas alterações tecnológicas e estruturais que não se compadecem, nem
com a actual situação legislativa, nem com as condições técnicas da sua exploração em
Angola impondo-se uma urgente adaptação e modernização do sector.

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1.2.Objetivos

1.2.1.Geral:

Compreender o papel das atividades das seguradoras em Angola, investigando


seu impacto no cenário econômico e social, e identificar as principais tendências e
desafios enfrentados pelo setor.

1.2.2.Específicos

 Entender o crescimento e a contribuição das seguradoras para a estabilidade


financeira em Angola, destacando os principais indicadores econômicos
associados.
 Identificar as estratégias adotadas pelas seguradoras para atender às
necessidades específicas do mercado angolano, considerando fatores culturais,
sociais e econômicos.
 Conhcer os desafios regulatórios enfrentados pelas seguradoras em Angola,
examinando as políticas governamentais e propondo sugestões para fortalecer a
eficácia do setor no país.

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2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.História da atividades de seguro em Angola

Actividade de seguros surgiu em Angola em 1922, com a instalação de uma


filial da Companhia de Seguros Ultramarina. Em 1948, firam criados os Serviços de
fiscalização Técnica da Indústria de Seguros em Angola, tendo mais tarde evoluído para
a então Inspecção de Crédito e Seguros.

No final do período colonial, havia em Angola 26 Companhias de Seguros, cuja


estrutura do Mercado traduzia a seguinte composição:

 22 Companhias de Seguros Portuguesas ;


 4 Companhia de Seguros não portuguesas;
 Do conjunto das Companhias portuguesas de Seguros, oito (8) tinham a sua sede
em Angola.

No âmbito dos Fundos de Pensões, considerou-se o primeiro Fundo, o


preconizado por Bismar, na Alemanha, em 1891. No período colonial, não havia em
Angola, Fundos de Pensões. Havia um tipo de previdência similar às actuais associações
mutualistas. Os conhecidos casos do Montepio, e demais caixas de previdência
inseriram- se naquela óptica.

Em 1975, e num momento particularmente histórico para o País o Governo de


Tansição fez publicar o Despacho nº. 68/75, do Ministério do Planeamento e Finanças
( B. O. Nº.8T-Iª Série), criando a Comissão de de Coordenação da Indústria
Seguradora em Angola.

Com efeito, a alteração do mercado segurador angolano determinou que, das 26


companhias que operavam em Angola no período colonial, resultasse, por razões
históricas e como forma de assegurara sua continuidade e desenvolvimento, na criação
em 1978 da Empresa Nacional de Seguros de Angola – ENSA, UEE, instituindo-se
então o monopólio desta actividade pelo Estado Angolano.

A obrigatóriedade do seguro de Acidentes de Trabalho no âmbito da protecção


social obrigatória é já uma realidade, e o seguro obrigatório de Responsábilidade Civil
Automóvel, virá a seguir. O reenquadramento tributário e benefícios fiscais merecerão
atenção no quadro da próxima revisão geral.

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2.2.Regulação do Setor Segurador em Angola

Em Angola, o setor segurador é cuidadosamente regulamentado para assegurar a


estabilidade e confiança dos consumidores. A Agência Angolana de Regulação e
Supervisão de Seguros (ARSEG) desempenha um papel crucial na definição e execução
das políticas que orientam as atividades das seguradoras. A ARSEG atua como o órgão
regulador, estabelecendo diretrizes que abrangem desde a formação de empresas de
seguros até a oferta de produtos e serviços. Essas diretrizes visam não apenas garantir a
solidez financeira das seguradoras, mas também promover a transparência e a equidade
no setor.

A supervisão governamental é uma peça fundamental desse quebra-cabeça


regulatório. O Banco Nacional de Angola (BNA), enquanto autoridade monetária,
desempenha um papel ativo na fiscalização das atividades das seguradoras, garantindo o
cumprimento das normas e a conformidade com as regulamentações em vigor. Essa
abordagem multifacetada de supervisão visa criar um ambiente seguro e confiável para
os consumidores angolanos, ao mesmo tempo em que estimula a competição saudável
entre as seguradoras.

As regulamentações também abordam questões específicas, como requisitos de


capital mínimo para garantir a capacidade das seguradoras de cumprir suas obrigações
contratuais. Além disso, são estabelecidos padrões para a diversificação de riscos e para
a criação de reservas técnicas adequadas. Essas medidas visam proteger os segurados e
manter a estabilidade financeira do setor, contribuindo para um mercado de seguros
robusto em Angola.

2.3.Atividades de Seguradoras em Angola

As seguradoras em Angola desempenham uma variedade de atividades para


atender às necessidades do mercado e garantir a proteção financeira contra diferentes
riscos. Algumas das principais atividades incluem:

 Seguro de Vida: Oferecendo cobertura para eventos como morte, invalidez e


doenças graves, proporcionando segurança financeira aos beneficiários.
 Seguro Automóvel: Protegendo proprietários de veículos contra perdas e danos
resultantes de acidentes, roubo ou outros eventos adversos.

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 Seguro de Saúde: Fornecendo cobertura para despesas médicas, hospitalares e
cirúrgicas, garantindo acesso a cuidados de saúde de qualidade.
 Seguro de Propriedade: Cobrindo danos ou perdas relacionados a
propriedades, como residências, empresas e outros bens imóveis.
 Seguro de Responsabilidade Civil: Protegendo os segurados contra
responsabilidades legais decorrentes de danos a terceiros, incluindo danos
corporais e danos materiais.
 Seguro Agrícola: Oferecendo cobertura contra perdas relacionadas à
agricultura, como condições climáticas adversas, pragas e doenças.
 Resseguro: Algumas seguradoras em Angola podem também estar envolvidas
em atividades de resseguro, transferindo parte do risco para outras empresas
especializadas.
 Seguro de Crédito: Protegendo as empresas contra o não pagamento de dívidas
de clientes, garantindo a continuidade dos negócios.

Essas atividades desempenham um papel fundamental na promoção da


estabilidade financeira e no desenvolvimento econômico de Angola, oferecendo
proteção aos indivíduos e empresas contra uma variedade de riscos.

2.3.1.Sistematização e Estrutura

O Regime Jurídico da Actividade Seguradora e Resseguradora está estruturado


em 7 títulos, dedicados respectivamente a:

 Disposições gerais, ramos de seguros e supervisão e regulação da actividade


seguradora;
 Acesso à actividade seguradora;
 Condições de exercício da actividade seguradora;
 Vicissitudes no exercício da actividade seguradora e resseguradora por empresas
de seguros e de resseguros com sede em Angola; 5. Recuperação e liquidação de
empresas de seguros;
 Micro-seguro;
 Sanções.

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2.3.2.Da autorização

O papel do órgão de supervisão da actividade seguradora e resseguradora –


Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (“ARSEG”) – é largamente
reforçado, passando agora a assumir atribuições anteriormente concentradas no
Ministério das Finanças, especialmente os poderes relativos à aprovação dos actos, a
concessão de autorizações, e, bem assim, os necessários registos previstos na lei.

As empresas consideradas no âmbito da LASR, podem, com anuência da


ARSEG, explorar cumulativamente os ramos “Vida” e “Não Vida”, devendo, para o
efeito, garantir e adoptar uma gestão distinta para ambas as actividades, tendo em vista:

 Protecção dos tomadores de seguros, segurados e beneficiários dos distintos


ramos;
 Garantir a afectação exclusiva dos lucros da exploração dos ramos a favor dos
respectivos beneficiários;
 Impedir que as garantias financeiras exigidas para cada ramo, sejam suportadas
pela outra actividade;
 Garantir que a contabilidade seja organizada de modo a que os resultados
decorrentes do exercício de cada uma das actividades se apresentem
completamente separados.

2.4.Condições de exercício da atividade

Para o exercício da actividade, as empresas seguradoras e de resseguros,


especificamente os seus órgãos de administração e fiscalização, devem garantir o
cumprimento das disposições legais, regulamentares e administrativas que lhes sejam
aplicáveis.

Para o efeito, impõe-se que as empresas seguradoras e de resseguros possuam


um sistema de governação eficaz, que garanta uma gestão sã e prudente das suas
actividades, o que deverá resultar numa estrutura organizacional transparente, com um
sistema eficaz de transmissão de informação. Incumbe, ainda, aos órgãos de
administração e fiscalização das empresas seguradoras e de resseguros definir e
implementar políticas internas devidamente documentadas, relativas à gestão de riscos,
controlo interno e auditoria interna, que devem ser revistas numa periodicidade anual.

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2.5.Importância das actividades de seguradoras de angola

As atividades das seguradoras desempenham um papel crucial na dinâmica


econômica de Angola, proporcionando estabilidade e confiança aos diversos setores.
Em primeiro lugar, ao oferecer uma gama abrangente de produtos de seguros, as
seguradoras mitigam os riscos financeiros associados a eventos imprevistos, sejam eles
relacionados à saúde, propriedade, ou outros. Isso não apenas protege os indivíduos e
empresas contra adversidades inesperadas, mas também cria um ambiente propício para
investimentos e crescimento, ao oferecer um alicerce sólido para as atividades
empresariais.

Além disso, as seguradoras desempenham um papel fundamental na promoção


da resiliência financeira e na gestão de crises. Em uma economia em desenvolvimento
como a de Angola, onde a estabilidade pode ser impactada por fatores diversos, desde
desastres naturais até oscilações nos mercados globais, as seguradoras atuam como
amortecedores, auxiliando na recuperação rápida após eventos adversos. Isso não
apenas protege os segurados, mas também contribui para a sustentabilidade econômica
do país como um todo.

Por fim, as atividades das seguradoras em Angola desempenham um papel


estratégico na mobilização de recursos financeiros. Ao atrair investimentos para o setor,
as seguradoras não apenas financiam suas operações, mas também contribuem para a
alocação eficiente de recursos no mercado. Essa capacidade de mobilizar capital é vital
para o crescimento econômico sustentável e para a criação de uma base sólida que
permita enfrentar os desafios inerentes a uma economia em evolução.

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3.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo GIL (2002, P. 162) nesta parte, descrevem-se os procedimentos a


serem seguidos na realização da pesquisa, sua organização, varia de acordo com as
peculiaridades de cada pesquisa.

A metodologia é composta de partes que descrevem o local, os sujeitos, o


objecto de estudo, os métodos e técnicas, que muitas vezes estão descritos como
procedimentos da pesquisa, as limitações da pesquisa e o tratamento de dados.

 Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de


um estudo de caso.

No que concerne à pesquisa bibliográfica, segundo Pakisi (2020), a pesquisa


bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registo disponível, decorrente de
pesquisas já existentes, em documentos impressos, tais como: livros, artigos, teses, etc.

Já na perspectiva de Gil (2002) A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com


base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

3.1.Procedimento de recolha de dados

Os dados será colhido por mim através de um roteiro entrevista na qual consta
todos os dados de identificação e também de questões relacionadas a prevalência da
Biossegurança no laboratório.

3.2.Processamento de dados

Os dados serão processados no programa Word 2010, e Excel 2010 será


apresentado sobre forma de tabela.

3.3.Recursos

 Utilizei um computador para a digitalização deste trabalho;


 Impressoras;
 Para realização da pesquisa usei papel e caneta;
 Tinta de impressora;

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4.CONCLUSÃO
Depois das pesquisas feitas chegou-se a conclusão de que, A Lei n.º 1/00, de 03
de Fevereiro – Lei da Actividade Seguradora, teve uma importância vital para o
desenvolvimento do sector financeiro angolano, em particular o sector dos seguros, pois
foi graças a este dispositivo legal que se efectivou o acesso de entidades privadas à
actividade seguradora.

No entanto, tendo já cumprido a sua missão e decorridas duas décadas da sua


publicação, urge alterar e reformular o respectivo regime, com vista a dar um novo
impulso à actividade seguradora.

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5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. DINIZ, Maria Helena, Direito Civil Brasileiro; Teoria das obrigações contratuais
e extracontratuais. 3.vol.17 ed.- São Paulo: Saraiva. 2002 p.457
2. DINIZ, Maria Helena, Direito Civil Brasileiro; Teoria das obrigações contratuais
e extracontratuais. 3.vol.17 ed.- São Paulo: Saraiva. 2002- Quadro sinótico
constante das páginas 483-487 da mencionada obra.
3. GIL. Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Ed. São Paulo.
Atlas S.A. 2012
4. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Contratos e atos
unilaterais. Vol. 3, 9⁰ed. São Paulo: Saraiva 2012.
5. NERY JUNIOR, Nelson e NERY, Rosa Mari de Andrade. Código Civil
Comentado, 4⁰ed., São Paulo, 2006, p.406 e p.554
6. RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: dos contratos e das declarações unilaterais
da vontade. Vol. 3, 30⁰ed.São Paulo: Saraiva 2004, p.332 e p.357.
7. NERY JUNIOR, Nelson e NERY, Rosa Mari de Andrade. Código Civil
Comentado, 4⁰ed., São Paulo, 2006, p.406 e p. 554.

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