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de Atuária
Alguns conceitos:
Resseguro é o seguro do seguro, no qual se repassa o
risco de um contrato de seguro superior à capacidade
financeira da seguradora que emitiu a apólice, ou parte
dele, há uma resseguradora.
Co-seguro é a pulverização do risco ou seja as
responsabilidades do risco assumido são divididas
repartindo-o com duas seguradoras.
Como comentado anteriormente o IRB foi criado em 1939 no
governo Vargas.
As principais atribuições do IRB são fiscalizar o resseguro
obrigatório e facultativo do país ao exterior; organizar e
administrar consórcios; proceder a liquidação de sinistros e
distribuir pelas seguradoras a parte dos resseguros que não
retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da
capacidade do mercado segurador interno aquela cuja cobertura
fora do país convém aos interesses nacionais (retrocessão).
As operações do IRB tem a garantia de seu capital e reservas e,
subsidiariamente, a garantia da União.
Em 1996, foi aprovada a quebra de monopólio para atividade de
resseguro no Brasil, delegada, até então, exclusivamente ao IRB.
Em 1997, o IRB foi transformado em IRB-Brasil Re, Com o
controle acionário da União e metade do capital do IRB com
ações preferenciais (sem direito a voto) para 127 seguradoras
que atuavam no Brasil.
Quando o IRB era o operador único de Resseguro no Brasil, ele
acabava assumindo também funções normativas no mercado,
em termos de obrigatoriedade de consulta das seguradoras, de
resseguro, co-seguro ou retrocessão.
Sociedade Seguradora
Seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos
recursos dos prêmios cobrados dos segurados,
comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento
contra o qual se seguraram.
As sociedades seguradoras, que devem ter autorização para
funcionamento concedida por Portaria do Ministério da
Fazenda, não estão sujeitas à falência nem poderão impetrar
concordata.
As seguradoras não podem ultrapassar os limites técnicos,
fixados pela Susep. Nesse caso, elas têm de fazer resseguro
das responsabilidades excedentes em cada ramo de
operações.
As principais atividades desempenhadas pelas
seguradoras são:
Área comercial
Sua função é vender o seguro, pois só assim uma apólice
poderá ser emitida.
Área de marketing
Deve criar e tornar disponíveis produtos que atendam às
necessidades do consumidor, inclusive inovar e
desenvolver novos produtos.
Underwriting
Processo de aceitar ou rejeitar riscos, fixar as taxas a
serem cobradas de acordo com o risco, com o propósito
de maximizar ganhos.
Para melhor desempenho da função, certos padrões
técnicos e éticos de seleção são fixados de acordo com
políticas previamente estabelecidas, e o underwriting
deve cuidar para que esses padrões sejam observados
quando um risco é aceito.
Departamento de gerenciamento das indenizações
(sinistros)
Cuida dos processos de regulação e liquidação do
sinistro.
Regulação é o processo de apuração das perdas e de
todos os elementos que possam vir a influenciar no
cálculo das indenizações e no direito do segurado,
observadas as condições pré estabelecidas na apólice de
seguro.
Liquidaçãoconsiste no cálculo
e pagamento da indenização
propriamente dita, efetuados após
a fase regulatória do processo.
As seguradoras tentam recuperar,
sempre que possível, parte das
indenizações por meio da
comercialização do que restar dos
bens segurados com valor
econômico (salvados).
O gerenciamento dos riscos é
fundamental em empresas do
ramo não-vida, que fazem seguros
de bens.
Departamento de atuária e estatística
Responsável por calcular as taxas de seguros, níveis de
comissões, reservas de prêmios não ganhos, e preparar
relatórios anuais, além de eventuais estudos de
viabilidade econômica para grandes negócios, que posso
envolver altos níveis de riscos.
Também auxilia no desenvolvimento de novos produtos.
Área de informática
Cuida da informatização das atividades comuns a
qualquer empresa e também trata eletronicamente
todos os documentos e etapas do processo de venda de
seguros, reduzindo o tempo gasto no processamento de
propostas, aprovação e emissão de apólices.
Área de investimento
Gerencia o capital próprio e de terceiros,
temporariamente sob sua responsabilidade.
Aplicar os recursos advindos da comercialização de seus
produtos de seu capital próprio, a seguradora procura
obter remuneração que possibilite honrar as
indenizações devidas e os demais compromissos da
empresa, bem como gerar lucro e capital para nela
investir.
A administração dos recursos financeiros é fundamental
em empresas de seguro de vida.
Área de Controladoria
Sua função é fornecer e controlar as informações de
modo a assegurar a otimização do resultado econômico
da empresa.
Ela deve dispor de um bom método para apurar
corretamente o resultado de cada gestor.
Corretor de Seguros
No Brasil a seguradora só podem receber propostas de seguro
por intermédio de corretores legalmente habilitados, ou, então,
diretamente dos proponentes ou dos seus legítimos
representantes.
Corretagem de seguros é a intermediação feita por profissionais
habilitados na colocação de seguros, mediante o recebimento de
uma comissão percentual sobre o prêmio auferido pela
seguradora.
O comissionamento de intermediação é obrigatório.
O corretor deve ser remunerado toda vez que o resultado
previsto no contrato de mediação de seguros for alcançado, a
não ser em casos de comprovada inércia ou ociosidade do
profissional.
O corretor é legalmente autorizado a
organizar e promover contratos de seguros.
É ele também quem orientará o segurado
sobre o melhor tipo de contrato de seguro,
dentro da gama de produtos oferecidos
pelas empresas, por exemplo, sobre
coberturas, carências, validade, e
atendendo às necessidades de seu
representado.
Assim, o corretor não é um simples
vendedor intermediário e sim um
verdadeiro consultor.
Se não houver corretor, quando a venda é feita
diretamente pela seguradora, o valor da comissão de
corretagem deve ser recolhida ao Fundo de
Desenvolvimento Educacional do Seguro, administrado
pela Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg).
As seguradoras realizam a venda de seguros de três
formas: via corretor propriamente dito, via agente de
seguros ou diretamente ao consumidor.
O corretor de seguros é o profissional liberal sem vínculos com a
seguradora que defende os interesses do segurado diante da
seguradora, recebendo comissão de corretagem.
A contratação do seguro por meio de um corretor de seguros
ocorre quando o segurado, desejando contratar um seguro,
recorre a um profissional, solicitando a ele que estude suas
necessidades em termos de seguros e selecione os melhores
planos para ele, com as coberturas mais adequadas em menor
custo.
O corretor de seguros é como médico da família: pode ser
chamado a qualquer hora do dia ou da noite, no caso de uma
emergência. é ele quem exigirá da seguradora os direitos do
segurado e cuidará dos procedimentos necessários em caso de
sinistro.
Como o corretor opera com várias seguradoras, ele deve
estar sempre atualizado das novidades na área das
vantagens e desvantagens de cada tipo de seguro e
empresa.
Com base nas seguradoras com as quais trabalha, ele
seleciona o conjunto de produtos e empresas que
atendam às necessidades de seus clientes nas melhores
condições possíveis.
Um corretor ético e profissional não recomenda uma
seguradora baseada em razões pessoais, como
premiações ou remuneração mais atrativa.
Já que nenhuma seguradora consegue, sozinha, oferecer
sempre o melhor serviço aos melhores custos, em todos
os ramos de seguro, a principal vantagem do corretor
está justamente no fato de não estar preso apenas uma
seguradora, podendo escolher entre um grande leque
de empresas e planos, a melhor alternativa para o seu
cliente.
Assim, quando determinada seguradora deixa de ser
competitiva, baixa o seu nível de qualidade e serviços ou
pratica preços muito elevados, o corretor tem outras
opções, podendo até parar de trabalhar com ela.
Quando um intermediário usa o nome da seguradora
para fazer o segurado acreditar que ele está tratando
diretamente com ela ou demonstra que só trabalha com
uma seguradora, ele deixa de ser um corretor, mesmo
que use essa expressão, quando o segurado passa
acreditar ser cliente da seguradora e que aquele
intermediário é apenas o seu “contato” na seguradora.
Nesse grupo se inserem os corretores que trabalham em
agências bancárias, aqueles que usam cartões de visita
com a logo da seguradora ou quem usa quaisquer
outros meios que possam associar o nome da
seguradora ao seu (Fontana, 1999).
O corretor deve habilitar seu registro perante a Susep
por meio de prova de capacidade técnico profissional
promovida pela Funenseg, além de registrar seus
representantes, que são de livre escolha, na própria
Susep.
Ele pode designar entre seus prepostos, qual o
substituirá nos seus impedimentos ou faltas.
Os corretores de seguros são responsáveis - tem de
responder civilmente – pelos prejuízos que causarem
por omissão, imperícia ou negligência no exercício da
profissão.
Pelo seu trabalho, o corretor recebe uma comissão que
varia de ramo a ramo e de seguradora para seguradora.
As comissões de corretagem só podem ser pagas, pelas
seguradoras, a corretores de seguros devidamente
habilitados.
O agente de seguros é o profissional de vendas
vinculado a uma seguradora que comercializa os planos
a ela vinculados, recebendo como pagamento um
percentual sobre o resultado de sua operação.
Ser vinculado a uma empresa não é a mesma coisa que
ser empregado dela, pois o fato de um intermediário
não ser funcionário de uma seguradora não quer dizer
que ele seja profissionalmente independente.
Na Europa, há profissionais que não são empregados
das seguradoras, mas mesmo assim não são
independentes, atuando como representantes da
seguradora.
Assim, eles são agentes e não corretores.
Com a venda direta de seguro ao consumidor, como no
caso das agências bancárias com a consolidação dos
conglomerados financeiros, a importância e necessidade
da intermediação do corretor foi alvo de calorosas
discussões.
A venda direta de seguros ocorre toda vez que o
segurado tenha percepção de ter feito o seu seguro
diretamente com a seguradora.
O que importa é a visão do segurado estar lidando e
contratando o seguro diretamente com o representante
da seguradora, seja ele um funcionário, um agente ou
um corretor da seguradora.
Outras Entidades do Setor
Há várias entidades que apoiam o Sistema Nacional de
Seguros Privados brasileiro, colaborando para a
divulgação dos seguros, para a competitividade do
mercado e qualificação de seus profissionais.
A Federação Nacional ds Empresas de Seguros Privados
e de Capitalização (Fenaseg) é a entidade brasileira que
congrega as empresas do setor de seguros, tendo sido
fundada em junho de 1951.
Ela é organizada por meio de sindicatos patrimoniais
regionais.
Entre as funções da Fenaseg estão:
a divulgação do mercado de seguros e de seus
participantes (instituições de seguros, capitalização e
previdência privada);
defesa dos interesses da categoria e dos consumidores;
promoção da conciliação nos dissídios coletivos de
trabalho e celebração de contratos, acordos ou
convenções coletivas e
oferecimento de serviços de consultoria e assessoria
para entender e orientar suas filiadas.
A Federação Nacional dos Corretores de Seguros, de
Capitalização e de Previdência Privada (Fenacor) é uma
entidade reconhecida como entidade coordenadora dos
interesses da categoria econômica dos Corretores de
Seguros e de Capitalização.
A Fenacor representa judicial e extrajudicialmente seus
sindicatos filiados, tendo como objetivo proteger os
interesses da categoria econômica;
colaborar com os poderes públicos no estudo e na
solução dos problemas relacionados à categoria;
prestar assistência técnica e jurídica aos sindicatos
filiados, inclusive,
assessoria técnica e operacionalidade no atendimento
aos segurados e beneficiários do convênio do seguro
DPVAT e,
por delegação de atribuições da Susep, o exame de
pedidos de registro de corretores de seguros, dos ramos
elementares, vida, capitalização e previdência privada, e
de alterações cadastrais.
A Funenseg é uma entidade mantida pelo Sistema
Nacional de Seguros Privados que surgiu como resposta
a um dos principais desafios do mercado segurador
brasileiro, a profissionalização e qualificação das pessoas
e empresas que trabalham com seguros.
A Funenseg tem como principal objetivo, portanto, o
aprimoramento do profissional de seguros e do
mercado segurador, contribuindo para o
desenvolvimento da cultura do seguro no Brasil. Para
isso, ela se utiliza de cursos, palestras e atividades
técnico-culturais e da divulgação de informações
provenientes de pesquisas e operações estatísticas
relacionadas à área.
A Funenseg mantém convênios com instituições
intenacionais para a realização de seminários, palestras,
cursos e programas de bolsas e faz parte do Institute for
Global Insurance Education, organização mundial que
reúne instituições de ensino do seguro.
A Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp)
agrega entidades de previdência privada do Brasil,
agindo pelos seus interesses.
A Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro, fundada
em agosto de 1953, é uma associação civil sem fins
lucrativos, que tem entre outros, o objetivo de
promover o estudo, a pesquisa, o ensino e a divulgação
das Ciências do Seguro, além da criação de disciplinas da
área nas faculdades de ensino superior.
BIBLIOGRAFIA: