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Unidade 4 – Capítulo 1- A era da selfie

Crônica argumentativa
Quando pensamos em textos de opinião, um dos primeiros gêneros que vem à nossa memória é o
artigo de opinião. Contudo, existe um gênero em que o posicionamento de um autor sobre um assunto
é revelado, mas de maneira mais leve, mais descontraída, sem tanto compromisso com a persuasão.
Esse gênero é a crônica argumentativa.
A crônica, como você já sabe, é um gênero que circula entre o jornalismo e a literatura e tem como
principal característica o fato de tratar de temas que fazem parte do cotidiano. Existem vários tipos
de crônicas e uma de suas formas modernas é a crônica argumentativa. Na crônica argumentativa o
cronista expõe sua opinião sobre um assunto e busca persuadir o leitor a concordar com ele por meio
de argumentos. Diferentemente de um artigo de opinião, contudo, os argumentos utilizados pelo cro-
nista não precisam ser validados com dados. Podem ser impressões de fatos corriqueiros, de situações
cotidianas, engraçadas ou difíceis pelas quais todos nós passamos.
A crônica argumentativa possui uma linguagem mais solta, descontraída. O autor pode utilizar
pequenos gracejos em sua escrita, explorar a ironia e o humor, dando um toque bem pessoal ao texto.
Textos assim nos levam a pensar sobre coisas nas quais possivelmente não pensaríamos, aparentemente
muitos simples, óbvias. Contudo, pelo olhar do cronista esses assuntos nos são revelados e podemos
perceber sua grandeza. Crônicas argumentativas circulam no meio jornalístico e servem para nos levar
à reflexão, gerar discussões e entreter. Como toda crônica, é um texto curto com linguagem simples e
descontraída.
A seguir você vai ler um trecho de uma crônica argumentativa de Martha Medeiros, que escreve
regularmente em um jornal gaúcho. Procure verificar a forma como a autora expõe seus pensamentos,
sua opinião e usa a linguagem, além dos fatos que apresenta para reforçar seus argumentos.

A arte de viver
Martha Medeiros
Uns cantam, uns dançam, outros fazem embaixadas por 24 horas sem deixar a bola cair.
Uns são campeões de paraquedismo, uns pintam telas abstratas, outros equilibram pratos na
ponta do nariz. [...]

Quem não tem um talento especial acaba se sentindo um penetra nesta festa onde todos
têm tido os seus quinze minutos de Caras. [...] Como não se sentir descartado nesse planeta de
tantos destaques? Simples: Valorizando nossos pequenos grandes talentos. [...]

A vida é uma arte. [...]


A arte de perceber segundas intenções, a arte de se controlar, a arte de fixar prioridades,
a arte de saber furar os bloqueios, a arte de não desistir na primeira dificuldade, a arte de não
viver uma vida de aparências, a arte de andar desarmado, metafórica e literalmente falando.
[...]

MEDEIROS, Martha. NON-STOP Crônicas do cotidiano. Porto Alegre: L&PM POCKET. p. 19-20, 2007. Fragmento.
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LÍNGUA PORTUGUESA 1
ATIVIDADES

1. O que a cronista defende na crônica? Como ela embasa sua opinião?

Ela defende que a vida é uma arte, que o fato de vencer os obstáculos do dia a dia é um
verdadeiro talento. Para embasar essa opinião ela apresenta exemplos de situações corriqueiras
que, para serem vencidas, exigem muita competência, destreza e boa vontade das pessoas.

2. O que a autora sugere para não nos sentirmos descartados num mundo com tantas celebridades?
Ela sugere valorizarmos nossos pequenos talentos.

3. Cite ao menos três talentos utilizados por Martha Medeiros como exemplos.

Há várias possibilidades de resposta. Considerar todos os exemplos citados no último parágrafo.

4. E você, o que pensa sobre o assunto? Para você quais são os desafios do dia a dia? Cite alguns
exemplos e depois discuta com a turma.

Resposta pessoal.

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2 LÍNGUA PORTUGUESA
T
C
Proposta de produção
A crônica A arte de viver é uma espécie de catálogo de assuntos para uma boa crônica. No trecho
que você leu aparecem alguns dos pequenos talentos que a autora considera uma verdadeira obra de
arte da vida diária. Escolha um desses assuntos e escreva uma crônica argumentativa sobre ele. Para
facilitar seu trabalho, reflita sobre as seguintes questões:
Qual é a importância do autocontrole?
Qual é a importância de buscar alternativas para solucionar problemas?
Qual é a importância de estabelecer prioridades?
Qual é a importância da persistência?
Qual é a importância de se viver uma vida real e não de aparências?

Esses são alguns questionamentos construídos com base no trecho que você leu. Selecione um deles
e escreva uma crônica em que seu ponto de vista fique evidente. Depois, por meio de argumentação,
leve o leitor a concordar com você. Lembre-se: a crônica deve ter uma linguagem leve e descontraída.
Depois de prontos, os textos devem ser compartilhados com a turma.
O trabalho com a crônica argumentativa vai ao encontro da habilidade EF69LP07, pois solicita-se
uma produção de texto considerando sua adequação ao contexto de produção, à variedade linguís-

tica apropriada, à construção da textualidade, utilizando estratégias de planejamento, elaboração,

revisão, edição e reescrita, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e

aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de con-

cordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes,
acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA 3
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Crônica argumentativa
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda
versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero


1. O aluno escreveu uma crônica sobre um dos temas propostos?
2. O aluno apresentou posicionamento sobre o tema?
3. O aluno apresentou argumentos que justificam a opinião dele?
4. O aluno apresentou uma linguagem mais leve e descontraída?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (posiciona-
mento, seleção de argumentos, linguagem leve e
descontraída).
TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero


7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Construção de frases


TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
TOTAL GERAL
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4 LÍNGUA PORTUGUESA
Unidade 4 – Capítulo 2 –
Quanto vale uma imagem?
Trecho de romance - Narrativa
Já parou para pensar na infinidade de mundos que você pode conhecer por meio dos livros? Com
base neles, podemos obter conhecimento e diversão, aprendemos coisas novas e ao mesmo tempo
nos encantamos com as narrativas.
Quando procuramos um livro para entretenimento normalmente nos deparamos com um romance.
O romance é uma obra literária extensa, normalmente organizada em capítulos. Nele, os personagens
vivem uma cadeia de acontecimentos que definem o desenrolar da trama. Esses personagens estão
inseridos em determinado ambiente – o espaço da narrativa – e os acontecimentos ocorrem em deter-
minado tempo – que pode ser cronológico ou psicológico. Assim como em narrativas menores, como
as crônicas e os contos, o romance necessita de um narrador, aquele que conta os fatos. Às vezes esse
narrador é um dos personagens da história, às vezes ele apenas conta os fatos sem deles participar.
Quanto ao enredo, ou seja, os acontecimentos narrados, ele apresenta alguns momentos essenciais:
situação inicial, desenvolvimento, clímax e desfecho, sendo o clímax o momento decisivo e o desfecho
a revelação de como a história acaba.
Existem diversos tipos de romance: de aventura, policial, histórico, de fantasia, romântico, entre
outros. Algumas vezes, um autor de romance pode se valer de acontecimentos reais para criar sua his-
tória, misturando realidade e ficção. Existem também aqueles romances em que o irreal, o ilógico e a
fantasia prevalecem, bem como aqueles mais próximos de situações reais. O romance é um gênero lite-
rário capaz de agradar uma infinidade de públicos, pois dispõe de uma infinidade de temas e de estilos.
Dentre os principais romancistas do Brasil, destacam-se: Machado de Assis, Graciliano Ramos e
Jorge Amado. O romance é um produto cultural tão rico que muitas vezes dá origem a outras produções
culturais, como filmes e peças de teatro. O trecho de romance que você vai ler agora é o início de uma
saga que alcançou grande sucesso no mundo todo. Trata-se de uma das obras mais lidas pelo público
infantojuvenil nos tempos modernos: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Leia com atenção um trecho do
primeiro capítulo e depois responda às questões propostas.

O menino que sobreviveu

O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeita-
mente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que
se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam
com esse tipo de bobagem.

O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações. Era um
homem alto, corpulento, e quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes. A Sra. Dursley
era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que
era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do
jardim para espiar os vizinhos.
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LÍNGUA PORTUGUESA 5
Os Dursley tinham um filhinho chamado Dudley, o Duda, e em sua opinião não havia ga-
roto melhor em nenhum lugar do mundo. Os Dursley tinham tudo que queriam, mas tinham
também um segredo, e seu maior receio era que alguém o descobrisse. Achavam que não iriam
aguentar se alguém descobrisse a existência dos Potter. A Sra. Potter era irmã da Sra. Dursley,
mas não se viam havia muitos anos; na realidade a Sra. Dursley fingia que não tinha irmã, porque
esta e o marido imprestável eram o que havia de menos parecido possível com os Dursley. Eles
estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua. Os
Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também, mas nunca o tinham visto. O garoto
era mais uma razão para manter os Potter a distância; eles não queriam que Duda se misturasse
com uma criança daquelas.

Quando o Sr. e a Sra. Dursley acordaram na terça-feira monótona e cinzenta em que a


nossa história começa, não havia nada no céu nublado lá fora sugerindo as coisas estranhas e
misteriosas que não tardariam a acontecer por todo o país. O Sr. Dursley cantarolava ao esco-
lher a gravata mais sem graça do mundo para ir trabalhar e a Sra. Dursley fofocava alegremente
enquanto lutava para encaixar Duda aos berros na cadeirinha alta.
Nenhum deles reparou em uma coruja parda que passou, batendo as asas, pela janela.
Às oito e meia, o Sr. Dursley apanhou a pasta, deu um beijinho no rosto da Sra. Dursley e
tentou dar um beijo de despedida em Duda mas não conseguiu, porque na hora Duda estava
tendo um acesso de raiva e atirava o cereal nas paredes.

– Pestinha – disse rindo contrafeito o Sr. Dursley ao sair de casa. Entrou no carro e deu
marcha à ré para sair do estacionamento do número quatro.

Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria - um
gato lia um mapa. Por um instante o Sr. Dursley não percebeu o que vira – em seguida, virou
rapidamente a cabeça para dar uma segunda olhada. Havia um gato de listras amarelas sentado
na esquina da rua dos Alfeneiros, mas não havia nenhum mapa à vista. Em que estaria pensando
naquela hora? Devia ter sido um efeito da luz. Ele piscou e arregalou os olhos para o gato. O
gato o encarou. Enquanto virava a esquina e subia a rua, espiou o gato pelo espelho retrovisor.
Ele agora estava lendo a placa que dizia rua dos Alfeneiros – não, estava olhando a placa: gatos
não podiam ler mapas nem placas. O Sr. Dursley sacudiu a cabeça e tirou o gato do pensamento.
Durante o caminho para a cidade ele não pensou em mais nada exceto no grande pedido de
brocas que tinha esperanças de receber naquele dia.
[...]

Disponível em: https://www.rocco.com.br/admin/Arquivos/LivroTrecho/c1a9310b-1093-4a0e-


a7ad-fe4d30adaa8fHarryilustrado_CAP01.pdf. Acesso em: 11 fev. 2019. Fragmento.
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6 LÍNGUA PORTUGUESA
ATIVIDADES

1. Como o casal Dursley é descrito no início do texto?


Como um casal que se autodenominava normal. O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada

Grunnings, era alto, corpulento e quase sem pescoço. A Sra. Dursley era magra e loura e tinha

um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal. Ela gostava de passar parte de

seu tempo espiando os vizinhos por cima da cerca.

2. Em que espaço os fatos ocorrem no trecho que você leu?

Os fatos ocorrem na Rua dos Alfeneiros, número 4, endereço dos Dursley.

3. No texto, o pequeno Duda, o filho do casal Dursley, é descrito pelos pais como um menino
adorável. As ações do garoto comprovam isso? Explique.
Não, na verdade, o menino parece ser uma criança bastante excêntrica e birrenta, como é

descrito na cena em que ele não quer sentar na cadeirinha e atira o cereal na parede.

4. Numa terça-feira, enquanto ia para o trabalho, que fato incomum chamou a atenção do Sr.
Dursley?
Ele viu que um gato lia um mapa, logo depois viu o mesmo gato lendo a placa que indicava
a Rua dos Alfeneiros.

5. O casal Dursley, que se autodenominava normal, tinha um segredo. Qual segredo era esse?
A senhora Dursley tinha uma irmã que não via há muitos anos. Essa irmã era casada e tinha um

filhinho. Para o casal Dursley essa outra família, os Potter, era completamente diferente deles,

por isso era melhor que ficassem bem afastados.

6. Como se apresenta o narrador na passagem do livro que você acabou de ler?

Um narrador em 3ª pessoa que testemunha os fatos.


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LÍNGUA PORTUGUESA 7
O trecho que você leu narra a situação inicial do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal. Nesse trecho
já é possível perceber que fatos fora do comum vão acontecer, por exemplo, quando o narrador chama
a atenção para a presença da coruja na janela e o fato de o Sr. Dursley duvidar se viu um gato lendo um
jornal e uma placa. Esses elementos marcam a presença de fantasia na obra.

T
C
Proposta de produção
Usando toda sua imaginação e criatividade, você e seus colegas irão escrever pequenas histórias,
pequenas narrativas que apresentarão um fator comum: a presença da magia, do ilógico, do irreal, do
absurdo. Contudo, desta vez sua produção não será apenas sua, mas de um grupo de colegas. Cada
aluno da turma deverá apenas escrever a situação inicial da história. Depois, conforme orientação de
seu professor, essa situação inicial deverá ser entregue a um outro colega, que deverá desenvolver a
narrativa. Em seguida, novamente os textos serão trocados e os alunos deverão escrever o clímax e o
desfecho da história. Essas etapas de escrita devem acontecer de forma que o aluno que iniciou o texto
não o receba novamente. Ao final dessa produção, sua turma irá dispor de uma grande quantidade de
histórias que deverão ser lidas pela turma.
Para produzir esses textos, você deverá ficar atento para garantir sempre uma sequência adequada
para a história, levando sempre em conta aquilo que os colegas escreveram antes. Deve ficar bastante
atento também às normas de escrita, à ortografia e à concordância.
O texto deverá, obrigatoriamente:
•• apresentar situação inicial, desenvolvimento, clímax e desfecho;
•• apresentar elementos ilógicos, irreais;
•• ter título;
•• estar de acordo com as normas do português padrão (se necessário, faça correções de linguagem
no texto que você receber).
A produção da narrativa a ser feita pelos alunos contempla as habilidades da BNCC

EF69LP51, que propicia o engajamento nos processos de planejamento, textualização, revisão/


edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas de uma
narrativa, considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário;

EF89LP35, ao proporcionar a criação de narrativa usando os conhecimentos sobre os constituintes


estruturais e recursos expressivos do gênero, produzido em grupo, por meio de escrita colaborativa.
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8 LÍNGUA PORTUGUESA
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Trecho de narrativa
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda
versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero


1. O aluno envolveu-se na criação de um texto coletivo, levando em con-
ta as informações previamente apresentadas pelos colegas?
2. O texto apresenta as partes que compõem o enredo?
3. Há elementos fantasiosos, de situações mágicas?
4. O título é coerente?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (criativida-
de, elementos irreais e título coerente com a criação
coletiva).
TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero


7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Construção de frases


TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
TOTAL GERAL
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LÍNGUA PORTUGUESA 9
Unidade 4 – Capítulo 3 – Retratos do mundo
Biografia não ficcional
Quem são as personalidades que você admira? Já parou para pensar sobre a trajetória de vida
das pessoas por quem você sente admiração: um jogador de futebol, um escritor, um apresentador
de televisão, um cientista, um ator ou atriz ou até mesmo seu youtuber favorito? Muitas vezes, por
admiração ou necessidade, precisamos pesquisar informações detalhadas sobre a vida de alguém e o
gênero textual que nos auxilia nesse momento é a biografia (bio é vida e grafia é escrita).
A biografia é um gênero textual que mistura história, jornalismo e literatura. Ela apresenta os fa-
tos mais marcantes da vida de uma personalidade que se destacou por seus feitos ou que despertam
curiosidade popular. Os fatos revelados em biografias podem seguir a ordem cronológica dos aconte-
cimentos ou serem divididos por temas (amores, conquistas, curiosidades, por exemplo). Trata-se de
um gênero de natureza não ficcional, ou seja, todos os fatos devem estar de acordo com a realidade.
Quem escreve a biografia não deve emitir juízos sobre o biografado. É importante que os relatos sejam
apresentados de forma imparcial.
Biografias podem ser encontradas em livros, revistas e sites da internet. A extensão do texto varia
bastante, pode ir desde um relato pequeno, bem resumido, até um livro extenso e detalhado, acom-
panhado de fotografias, documentos e, às vezes, até de depoimentos do biografado.
O texto que você vai ler é um trecho da biografia de J. K. Rowling, a autora da saga Harry Potter.
Leia-a com atenção e depois responda às questões.

J.K. Rowling

Nascida em Yate, na Inglaterra, em 31 de julho de 1965, J.K. Rowling tinha uma vida humilde
antes de escrever Harry Potter e a Pedra Filosofal, um romance de fantasia infantil. O livro foi um
best-seller mundial e Rowling escreveu os outros volumes da série, que venderam centenas de
milhares de cópias e foram adaptados a uma franquia cinematográfica de sucesso estrondoso
nas bilheterias. [...]

Joanne Rowling, mais conhecida como J.K. Rowling, nasceu em 31 de julho de 1965, em
Yate, na Inglaterra. A sigla J.K. vem da incorporação do nome de sua avó, Kathleen. [...] Rowling
se tornou uma sensação literária internacional em 1999, quando os três primeiros volumes da
série de livros infantis Harry Potter ficaram nas primeiras três posições da lista de best-sellers do
The New York Times após atingirem o mesmo sucesso no Reino Unido. A aceitação fenomenal
dos livros de Rowling chegou ao auge em julho de 2000, quando o quarto volume da série, Harry
Potter e o Cálice de Fogo, se tornou o livro mais rapidamente vendido da história.
[...]

Apesar de a série Harry Potter ter acabado, J.K. Rowling continua a trabalhar em outros livros.
Os Contos de Beedle, o Bardo, uma coleção de cinco fábulas mencionadas nos livros de Harry
Potter e que foi lançada em 2008. Rowling doou todos os royalties do livro para a Children’s High
Level Group, uma instituição de caridade que Rowling ajudou a fundar para crianças carentes
do Leste Europeu, a qual foi renomeada de Lumos.
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[...]

Disponível em: https://seuhistory.com/biografias/jk-rowling Acesso em: 12 fev. 2018. Fragmento.

10 LÍNGUA PORTUGUESA
ATIVIDADES

1. Qual fato da vida de J.K. Rowling fez com que ela fosse conhecida no mundo todo?
Ela escreveu a série Harry Potter, que veio a se tornar um best-seller mundial.

2. Como foi feita a composição do nome da escritora?


Ao sobrenome Rowling foi acrescentada a sigla J.K., que vem da incorporação do nome da
escritora, Joanne, ao de sua avó, Kathlenn.

3. No texto, que dados sobre a vida da autora são apresentados?

O texto revela o local de origem de J.K. Rowling, bem como sua data de nascimento e
informações sobre sua vida antes da publicação da série. O texto também revela como se deu
o sucesso de suas obras e traz informações sobre trabalhos posteriores a Harry Potter.

4. Qual ação da biografada é enfatizada no último trecho do texto?

No último trecho é revelado que a autora destinou os lucros de um trabalho realizado após
Harry Potter para uma instituição de caridade chamada Lumos.
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LÍNGUA PORTUGUESA 11
T
C
Proposta de produção
Em grupos, conforme a orientação de seu professor, pesquisem dados sobre a vida de um ídolo, de
uma pessoa que você e seus colegas admiram. Depois vocês deverão compilar todos os dados obtidos
em um texto biográfico. O texto deverá apresentar:
•• dados sobre a origem do biografado (local de origem, data de nascimento);
•• informações gerais sobre a vida da personalidade (onde estudou, como foi a infância, principais
obras);
•• informações sobre qual a área de atuação do biografado;
•• curiosidades.
Depois de pronta, a biografia deverá ser apresentada para a turma toda, em data determinada
por seu professor. Se a equipe concordar, poderá ser representada em forma de teatro com um dos
componentes fantasiado como se fosse a personalidade biografada. Você pode também selecionar
imagens da pessoa ou trechos de vídeos em que ela apareça. Tudo isso ajudará a tornar a apresentação
mais dinâmica e atraente.
Esse trabalho contempla as habilidades da BNCC:

EF69LP07, ao proporcionar a produção de biografia e levar em consideração os enunciadores


envolvidos, os objetivos de escrita, o suporte, a circulação, ao modo (escrito ou oral à construção
da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de

planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/e avaliação de textos, para, com a ajuda do

professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes,

acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos.

EF69LP38, ao propor a organização de dados e informações pesquisados em apresentação,


levando em conta o contexto de produção, considerando elementos paralinguísticos e cinésicos
ao proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, com
base no planejamento e na definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada com apoio
da leitura ou fala espontânea.
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12 LÍNGUA PORTUGUESA
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Biografia
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda
versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero


1. O texto apresenta dados sobre a origem do biografado?
2. O texto descreve os principais feitos do biografado?
3. O texto revela a área de atuação do biografado e curiosidades sobre a
vida dele?
4. O grupo apresentou a biografia para a turma?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (dados sobre
o biografado, apresentação dos principais fatos da
vida do biografado, revelação de sua área de atua-
ção e curiosidades, apresentação clara para turma)
TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero


7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Construção de frases


TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
TOTAL GERAL
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LÍNGUA PORTUGUESA 13
Unidade 5 – Capítulo 1 – Vendo e lendo
Entrevista
Na unidade anterior você viu que uma boa forma de conhecer um pouco mais sobre pessoas
famosas e notáveis é lendo suas biografias. Além de biografias, um gênero textual que dá ao público a
oportunidade de saber mais sobre o trabalho e sobre a vida de pessoas famosas é a entrevista. A entre-
vista é um gênero que circula no meio jornalístico. Ela serve para obter informações sobre o entrevis-
tado, que responde a uma série de perguntas elaboradas pelo entrevistador. A linguagem empregada
na entrevista depende do meio em que ela acontece. Uma entrevista com um jogador de futebol no
final de um jogo, por exemplo, pode ter uma linguagem mais descontraída e menos formal que uma
entrevista com um candidato a um cargo político que foi convidado a responder a perguntas em um
jornal. Além disso, quando se trata de entrevista oral, fatores como expressões faciais, choro e risadas
acabam se incorporando à mensagem. Quando se trata de entrevista escrita é o jornalista que acaba
acrescentando essas informações ao texto.
Quanto ao seu objetivo, a entrevista serve tanto para divulgação de informações científicas quanto
para saber como se deu o processo de criação de um novo filme, por exemplo. As informações adquiri-
das em uma entrevista vão depender da área em que o entrevistado atua. Ela pode trazer informações
como a forma de se prevenir uma doença ou simplesmente satisfazer à curiosidade de um fã sobre a
vida de seu ídolo.
Entrevistas podem ser veiculadas em jornais, revistas e sites da internet. Apresenta a versão escrita
e oral, podendo assim ser veiculada em jornais televisivos, programas de entretenimento, entre outros.
O texto que você vai ler é um trecho de uma entrevista concedida ao site Amazon pela escritora
J.K. Rowling na época em que escrevia a série Harry Potter. Leia-o com atenção e depois responda às
questões propostas.

“Magia, mistério e mutilação: uma entrevista com J.K.


Rowling”. Amazon.com, iní­cio de primavera de 1999
Divorciada, vivendo de assistência pública em um pequeno apartamento em Edimburgo
com sua filha bebê, J.K. Rowling escreveu Harry Potter e a Pedra Filosofal em momentos roubados
em uma mesa de um café. Felizmente, Harry Potter a resgatou! Nesta entrevista ao Amazon.co.uk,
Rowling discute o nascimento de nosso herói, o hotel de Manchester onde Quadribol nasceu,
e como ela deve ter sido um pouco como Hermione quando ela tinha 11 anos.
Amazon.co.uk: Você queria ser uma autora quando você era mais jovem?
Jo Rowling: Sim. Eu queria ser uma autora, pelo o que me lembro. Inglês sempre foi minha
matéria favorita na escola, então por que eu fui em frente para me graduar em francês é algo
que ninguém adivinhou.
Amazon.co.uk: Com quantos anos você começou a escrever, e qual foi seu primeiro livro?
Rowling: Eu escrevi minha primeira história inteira quando eu tinha mais ou menos 6
anos. Era sobre um coelho chamado Coelho. Muito imaginativa. Eu tenho escrito desde então.
Amazon.co.uk: Por que você escolheu ser autora?
Rowling: Se alguém me pedisse a minha receita para a felicidade, o primeiro passo seria
descobrir o que você mais gosta de fazer no mundo e o segundo passo seria descobrir alguém
que lhe pague para fazer isso. Eu me considero muito sortuda de fato por conseguir me sus-
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tentar escrevendo.
[...]

14 LÍNGUA PORTUGUESA
Amazon.co.uk: De onde vieram as ideias para os livros de Harry Potter?
Rowling: Eu não tenho nem ideia de onde as ideias vêm e eu espero nunca descobrir,
acabaria com a excitação para mim, se fosse porque eu, simplesmente, tenho uma engraçada
dobrinha na superfície do meu cérebro que me faz pensar em plataformas de trem invisíveis.
Amazon.co.uk: Como você surgiu com os nomes de seus personagens?
Rowling: Eu inventei alguns dos nomes nos livros de Harry Potter, mas eu também coleciono
nomes estranhos. Eu os pego de santas medievais, mapas, dicionários, plantas, memoriais de
guerra, e de pessoas que eu conheci!
[...]

Traduzido por: Frederico Oliveira em 27/01/2006.


Disponível em: https://conteudo.potterish.com/magia-misterio-e-desordem-uma-
entrevista-com-jk-rowling/. Acesso em: 16 fev. 2019. Fragmento.

ATIVIDADES

1. Logo abaixo do título, há um texto escrito pelo jornalista que entrevistou Rowling. Que infor-
mações são apresentadas nesse texto?

Nesse texto o jornalista adianta alguns temas que serão tratados na entrevista e também
apresenta um breve resumo da trajetória da autora na criação de sua principal obra.
2. Quando questionada sobre se desejou desde pequena ser escritora, qual foi a resposta de
Rowling?
Ela revela que sempre desejou ser escritora e que sua matéria favorita na escola era o Inglês.

3. Segundo a entrevistada, qual é a receita para a felicidade? Ela a conseguiu?


Segundo a autora, para uma pessoa ser feliz ela precisa descobrir o que mais gosta de fazer

no mundo e depois encontrar alguém que pague para ela fazer isso. Foi o que aconteceu com

Rowling, que se considera muito sortuda.

4. Como a autora explica o processo de criação dos nomes de seus personagens?


Ela explica que alguns nomes foram inventados por ela, mas que para outros se inspirou em
nomes de santas medievais, mapas, dicionários, plantas, memórias de guerra e de pessoas
que conheceu.

5. Você concorda com a afirmação da autora de que a receita para a felicidade é fazer o que se
gosta? Você acha que a maioria das pessoas é feliz com o trabalho que exerce? O que você
acha que a maioria das pessoas leva em conta na hora de decidir uma futura profissão? Discuta
com os colegas.
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Resposta pessoal.

LÍNGUA PORTUGUESA 15
T
C
Proposta de produção
Escolha alguém para entrevistar.
Você pode aproveitar o assunto levantado na última questão sobre o texto lido e entrevistar uma
pessoa a fim de descobrir detalhes da vida profissional dela, se é ou não feliz no trabalho que realiza.
Para essa produção, o seguinte roteiro irá ajudá-lo:
•• escolha alguém que já atue numa profissão específica há algum tempo (pode ser um tio, um
primo mais velho, um amigo da família ou mesmo seus pais);
•• elabore perguntas que visam descobrir os motivos que levaram a pessoa a escolher a profissão,
como é a rotina dela, se ela já pensou em mudar de profissão, do que ela mais gosta e menos
gosta naquilo que faz;
•• grave a entrevista e depois faça a transcrição para a escrita atentando-se às formalidades da
língua.
•• crie um título para a entrevista;
•• faça um texto introdutório apresentando o entrevistado (nome, local e data de nascimento,
profissão);
•• entregue uma versão da entrevista escrita para seu professor.
A habilidade trabalhada por meio desta produção é a (EF69LP39), que solicita ao aluno definir o

recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre

o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista com base no roteiro, abrir

possibilidades para fazer perguntas com base na resposta, se o contexto permitir, tomar nota,

gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os

objetivos estabelecidos.

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16 LÍNGUA PORTUGUESA
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Entrevista
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda
versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero


1. O aluno fez a entrevista buscando informações sobre a profissão do
entrevistado?
2. O aluno fez a transcrição clara do conteúdo da entrevista?
3. Há um texto introdutório que traz informações sobre o entrevistado?
4. A entrevista apresenta título?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (construção
das perguntas de forma a descobrir as informações
solicitadas, texto de apresentação, transcrição da
entrevista, título).
TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero


7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Construção de frases


TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
TOTAL GERAL
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LÍNGUA PORTUGUESA 17
Unidade 5 – Capítulo 2 – Pensando as palavras
Poema
Com certeza, ao longo de sua vida você se deparou com um poema. Contudo, muita gente con-
funde poema e poesia. Quando falamos em poema estamos nos referindo à forma do texto composto
em versos que são divididos em estrofes. Os versos correspondem às linhas que compõem o poema, já
as estrofes são os conjuntos dessas linhas. Portanto, o poema é uma estrutura textual e nele se constrói
a poesia.
Poemas são textos que podem ou não apresentar rimas. Por meio deles, o autor busca emocionar
o leitor, portanto trabalha com as palavras de tal forma que muitas vezes foge à objetividade, à racio-
nalidade, e não há problema algum nisso. Toda essa composição irá atribuir poesia ao poema, ou seja,
a sensação estética que irá mexer com os sentimentos de quem o lê.
Alguns tipos de poemas assumem formas fixas, como o soneto, mas na maioria das vezes a dispo-
sição dos versos fica a critério do poeta, que tem a liberdade para trabalhar o formato do texto como
achar melhor.
É importante lembrar que a “voz” que fala no poema não é a do poeta que o criou, mas sim do eu
lírico, definição que se dá para essa voz. Poemas podem ser encontrados nos mais diversos lugares,
contudo seu suporte mais habitual é o livro.
Leia agora um trecho de um poema de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas
brasileiros. Depois, responda às questões que seguem.

Para Viver um Grande Amor


Carlos Drummond de Andrade
É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.
Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo,
Por amores do passado que foram em vão
É preciso muita renúncia em ser e mudança no pensar.
É preciso não esquecer que ninguém vem perfeito para nós!
É preciso ver o outro com os olhos da alma e se deixar cativar!
É preciso renunciar ao que não agrada ao seu amor...
Para que se moldem um ao outro como se molda uma escultura,
Aparando as arestas que podem machucar.
É como lapidar um diamante bruto... para fazê-lo brilhar!
[...]

Disponível em: http://www.50emais.com.br/41822-2/. Acesso em: 13 fev. 2018. Fragmento.


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18 LÍNGUA PORTUGUESA
ATIVIDADES

1. Do que esse poema trata?


Trata do amor e do que precisamos fazer para vivê-lo.

2. Quanto à estrutura, como está organizado o trecho?


O trecho apresenta-se em uma única estrofe e os versos variam pouco em tamanho.

3. Qual ideia é transmitida nesse poema?

O poema transmite a ideia de que para viver um grande amor é preciso abrir mão de muitas
coisas, deixar de lado o egoísmo e tentar encontrar o que o outro tem de melhor.

4. O poema apresenta algumas metáforas. Identifique-as.


“É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.”

“Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo.”

“Aparando as arestas que podem machucar.”

T
C
Proposta de produção
Neste bimestre você aprendeu o que é uma paráfrase (se precisar, retome a seção Em tempo na
página 65 do seu livro). Agora você irá parafrasear o trecho do poema de Drummond que acabou de
ler. Leia-o novamente, com bastante atenção, e procure encontrar novas palavras para explicar a ideia
expressa em cada verso. Lembre-se de manter a poesia do texto e manter o texto em versos. Depois,
compare o seu texto com os dos demais colegas e verifiquem quantas possibilidades de construção
foram possíveis a partir de uma mesma ideia.
O trabalho com poema aborda a habilidade da BNCC EF89LP36 ao propor a paródia de poemas
conhecidos da literatura e a criação de textos em versos, explorando o uso de recursos sonoros e
semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras).
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LÍNGUA PORTUGUESA 19
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Poema
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda
versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero


1. O aluno fez uma paráfrase do poema de Drummond?
2. O aluno conseguiu exprimir a mesma ideia que o texto original?
3. Houve uso de linguagem poética?
4. O texto foi escrito em versos?
TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (fidelidade à
ideia original expressa no poema, uso de linguagem
poética, estrutura em versos).
TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero


7. Forma da escrita em versos

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Construção de frases


TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero


11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
TOTAL GERAL
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20 LÍNGUA PORTUGUESA

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