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UNIVERSIDADE

ESTÁCIO DE SÁ
INTRODUÇÃO

A conciliação que está se tornando cada vez mais importante na resolução rápida
de conflitos. Queremos mostrar as particularidades desse método para que as
pessoas entendam que é uma boa maneira de promover a paz entre as partes, algo
muito importante para a justiça brasileira.
A importância desse estudo está em conhecer melhor a conciliação, que está
ficando mais forte a cada ano. Ela tem se mostrado uma forma rápida e eficaz de
resolver problemas, sem depender tanto do judiciário. Isso significa trazer de volta
o diálogo e acabar com a ideia de que a justiça é lenta e difícil de acessar.
Esse estudo é crucial para mudar a forma como as pessoas e, especialmente, o
Judiciário brasileiro pensam. Por muito tempo, o sistema judicial foi complicado,
caro e centralizado, resultando em muitos processos nos tribunais de todo o país.
Isso vai contra os princípios da justiça brasileira.
CONCEITO DE CONCILIAÇÃO
Conciliação é um método de resolução de conflitos no qual as partes envolvidas
buscam um acordo amigável com a assistência de um terceiro imparcial,
conhecido como conciliador. Este terceiro facilita o diálogo entre as partes,
ajudando na identificação de interesses comuns e na busca por soluções que
atendam aos objetivos de ambas.
O propósito fundamental da conciliação é chegar a um acordo que seja
mutuamente aceitável, evitando, assim, a necessidade de um processo judicial
mais demorado e oneroso. Esse método é amplamente empregado em diversas
áreas do direito, incluindo o civil, trabalhista e familiar.
A conciliação destaca-se por oferecer uma alternativa mais rápida e flexível para a
resolução de disputas, promovendo a comunicação direta entre as partes e
contribuindo para a redução da litigiosidade no sistema judiciário.
• 1° CASO
No âmbito do primeiro caso, concernente à disputa pela guarda dos filhos, gostaria de informar que conduzimos
nossa pesquisa no Fórum de Caxias, especificamente na 3ª Vara da Família, utilizando o Instituto da Conciliação
como instrumento de mediação. A conciliadora Janaisa nos apresentou dois casos de conciliação, sendo o primeiro
relativo à guarda dos filhos, e o segundo à fixação de alimentos, ressaltando que apenas um destes casos obteve
êxito. No primeiro caso, que envolve Kelen e Thiago, o genitor se opõe à inversão da guarda dos filhos, um menino
de 11 anos e uma menina de 9 anos. A genitora alega que as crianças se encontram frequentemente
desacompanhadas, atualmente residindo na casa da avó paterna, onde o menino passa a maior parte do dia fora
de casa e não demonstra respeito pelas normas de convivência. Cumpre registrar que as crianças residem com o
pai desde a idade de 6 e 4 anos, e que os parentes maternos têm moradia situada a apenas quatro casas de
distância da residência paterna. Estes parentes maternos possuem evidências fotográficas que atestam a situação
de abandono do menino nas imediações da residência paterna. A mãe pleiteia que o filho disponha de um
aparelho celular a fim de facilitar o contato com as crianças, alegando que suas tentativas de comunicação com
elas têm sido infrutíferas. Importa salientar que este processo encontra-se em tramitação desde 2019, e que, até o
momento, as partes envolvidas não demonstraram propensão à conciliação. A proposta apresentada pela mãe
consiste na inversão da guarda dos filhos e na alteração de residência. O pai, por sua vez, insiste na manutenção
da residência atual. A mãe reside em Piabetá, circunstância que poderá influenciar na decisão do caso. O
Ministério Público requereu que a audiência seja agendada para fevereiro de 2024.
É relevante destacar que, neste caso específico, observou-se que a judicialização do conflito resultou em uma
demora significativa no processo, que já perdura por um período de cinco anos
• 2° CASO
No segundo caso, referente à fixação de alimentos com visitação pelo pai, tratase do caso do casal
Vitória e Anderson, que se separaram quando a criança tinha apenas 2 meses de idade. Inicialmente,
o pai arcava com o plano de saúde da criança e fornecia um auxílio financeiro de R$ 500,00. No
entanto, em meio a uma discussão após um ano e dez meses, o pai alegou que o montante pago por
ele era excessivo, ultrapassando suas possibilidades financeiras, resultando na decisão unilateral de
cancelar o plano de saúde. O genitor recorreu ao sistema judicial para estabelecer a quantia adequada
da pensão alimentícia, alegando que poderia contribuir com 20% de seu salário. Ele sustentou esse
pedido com o argumento de que é o provedor da residência, onde mora com seus pais. Além disso,
afirmou que a mãe da criança está envolvida em práticas de alienação parental, o que dificulta sua
visitação ao filho. É importante ressaltar que houve relatos de que o pai, em determinado momento,
expressou pensamentos suicidas durante suas interações. Adicionalmente, o pai requisitou a guarda
compartilhada. Após negociações, foi estipulado que o pai pagará 20% de sua renda, totalizando R$
330,00, e será responsável por 50% das despesas relacionadas a materiais escolares, medicamentos e
uniformes escolares, além de 50% do valor do plano de saúde, correspondente a R$ 150,00. É digno
de nota que, nesse caso específico, não foi necessário aguardar o andamento regular do processo,
visto que, por meio do mecanismo de conciliação, houve uma resolução do conflito de maneira ágil,
sendo solucionado em um prazo de 15 dias.
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e
pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição.
§ 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo
tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo
anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a
utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem.
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo
anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios
mútuos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A conciliação é um instrumento valioso para promover a cultura do diálogo e aliviar
o congestionamento do judiciário. Destaca que, no processo conciliatório, as partes
são os principais agentes, eliminando a dicotomia entre ganhador e perdedor. A
conciliação quebra a mentalidade litigiosa, fomentando uma cultura de consenso e
pacificação social.
Enfatiza que a conciliação não requer grandes gastos, mas organização e vontade
das partes. Sugere que ela se torne obrigatória antes do ajuizamento de ações,
propondo a criação de estruturas para promover a conciliação prévia. Conclui que
a conciliação, junto a outros meios alternativos de resolução de conflitos, não viola
as garantias constitucionais, contribuindo para o Estado Democrático Brasileiro.
Destaca a conciliação como a primeira alternativa a ser buscada, promovendo o
diálogo e a paz social, objetivos fundamentais do Estado-juiz.
REFERÊNCIAS

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2012.
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<http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/323-resolucoes/>. Acesso em: 19 nov. 2012.
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<http//:www.cnj.jus.br/campanhas-do-judiciario/conciliacao>. Acesso em: 19 nov. 2012.
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FERNANDES, Viviane Rodrigues de Oliveira. A Conciliação no TJDFT – Conciliar é Legal. Brasília-DF, jul. 2007.
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MARTÍN, Nuria Belloso. Reflexiones sobre Mediación Familiar: Algunas Experiencias em El Derecho
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NORTHFLEET, Ellen Gracie. Conversar faz a diferença. Correio Brasiliense, Brasília-DF, dez. 2007. Disponível em:
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<http://www.humbertodalla.pro.br/artigos.htm>. Acesso em: 26 nov. 2012.

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