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CONSOLIDAÇÕES EMPRESARIAIS
RESUMO
This article discusses qualitatively and quantitatively, the process of corporate mergers and
consolidations, explaining the main aspects of each of its stages and focusing, however, involved in
the same economic and financial analysis. Thus, demonstrates in detail how it performs the
necessary calculations. Business managers, especially managers, directors and shareholders,
interested mainly by the maximization of corporate wealth, coming from the synergistic effects of
mergers and consolidations. However, the complexity of this type of transaction demand and
specialized professionals and updated knowledge on the subject to their achievement, the primary
reason for the development of this scientific work. We also use the methodologies of bibliographic
and documentary research, prioritizing the main authors and authorities on finance and
controllership.
1. INTRODUÇÃO
A integração efetiva ocorre quando o estado futuro é realizado, quando esse estado futuro
corresponde às espectativas de desempenho que motivaram a aquisição, e quando os custos
associados à aquisição (para funcionários, clientes ou a organização) são administrados e
minimizados.
De modo geral, o processo de fusão ou consolidação empresarial passa por três fases: pré-
fusão/consolidação, negociação e pós-fusão/consolidação (NADLER et al, 1994, p. 54). Segundo
esses autores (1994), a estratégia de integração empresarial precisa ser bem planejada e construída
com base no conhecimento bem fundamentado e previamente determinado sobre os elementos
chave da decisão, tais como as partes envolvidas e suas relações.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Introdução
2. A associação, por meio da união de empresas, sobretudo por via contratual; (grifo meu)
3. A integração, por meio dos grupos societários, efetivada pela via da participação
acionária. (grifo meu)
Consoante Fonseca (2014, p. 265), “existe no meio financeiro certa confusão quanto à
terminologia quando queremos discutir algumas estratégias empresariais”. Ele explana que o termo
fusão é normalmente empregado para determinar qualquer tipo de associação entre duas empresas.
Apesar disso, esse termo, na verdade, alude-se à estratégia de crescimento empresarial em que uma
empresa adquirente absorve uma empresa adquirida, sucedendo-lhe em todos os direitos e
obrigações, ou seja, trata-se de uma aquisição ou incorporação empresarial. Já a consolidação alude-
se à estratégia de crescimento empresarial em que duas ou mais empresas se unem para formam
uma nova, que as sucedem em todos os direitos e obrigações 2. Segundo o renomado autor Gitman
(2002, p. 734):
2Digno de nota é que tal terminologia, explanada nos artigos 227 e 228 da Lei 6.404/76, foi alterada pela Lei
10.303/01.
Uma fusão ocorre quando duas ou mais empresas são combinadas e a empresa resultante
mantém a identidade de uma delas. Geralmente, os ativos e passivos da empresa menor são
fundidos nos da empresa maior. Por outro lado, a consolidação envolve a combinação de
duas ou mais empresas para formar uma sociedade anônima completamente nova. Esta
normalmente absorve os ativos e passivos das sociedades anônimas pelas quais ela é
formada.
Uma companhia holding é uma sociedade anônima que tem controle de voto de uma ou
mais sociedades anônimas. Para se ter controle em grandes companhias de capital aberto,
geralmente é necessário possuir entre 10% a 20% das ações em circulação. As companhias
controladas por uma companhia holding são normalmente referidas como subsidiárias. O
controle de uma subsidiária é tipicamente obtido pela compra (geralmente à vista) de um
número suficiente de participações de suas ações.
As fusões e consolidações empresariais podem ser:
A exemplo do que ocorreu na Alemanha pela Lei 1965, no Brasil tal processo foi
inadequadamente inserido no âmbito da lei do anonimato, prejudicando em muito a visão exata do
instituto e consequentemente a sua adequada qualificação jurídica (Bulgarelli, 1998). Sobre esse
aspecto, ocorrido aqui no Brasil, Bulgarelli (1998, p. 201) explana:
A inserção do processo nas leis das sociedades por ações não é, evidentemente, o mais
correto, por se tratar de um contrato entre sociedades, e decorreu da evolução histórica do
instituto que se agregando, como ocorreu no Brasil e na própria França, à disciplina da
sociedade anônima.
Bulgarelli (1998) destaca que já em sua época, 1998, as leis francesas, argentinas e peruanas
sobre sociedades em geral não cuidavam mais desse instituto como se fosse um processo específico
das sociedades por ações, mas o regulavam amplamente, aplicados a todos os tipos de sociedades
integrantes do processo de fusões, consolidações e cisões. Processo similar ainda precisa ocorrer
aqui no Brasil.
O processo de fusões e consolidações empresariais encontra-se ainda hoje regulado pela
antiga Lei das Sociedades Anônimas, Lei 6.404/76, reformada mormente pela Lei nº 9.457/97, pelo
Decreto-lei nº 2627/40 e pela Lei nº 11.638/07, conhecida como a Nova Lei das SA's. Alterações
terminológicas e societárias significativas ocorreram, provocando destarte a necessidade de
produção científica mais atualizada sobre esse tema, motivo principal da elaboração desse artigo.
A Lei nº 9.457/97 alterou a redação do parágrafo quinto do artigo 229, que passou a possuir
a seguinte redação:
[…] a referência ao ato da cisão causa espécie, pois não se referiu a ela expressamente a lei
em nenhum outro dispositivo, deixando em dúvida o intérprete se a lei quer significar o
protocolo, ou a deliberação da assembleia geral que aprovar a fusão […]
Artigo 136. É necessária a aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, das
ações com direito a voto, se maior quorum não for exigido pelo estatuto da companhia cujas
ações não estejam admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão, para
deliberação sobre:
I - criação de ações preferenciais ou aumento de classes existentes, sem guardar proporção
com as demais espécies e classes, salvo se já previstos ou autorizados pelo estatuto;
II - alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou
mais classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida;
III - redução do dividendo obrigatório;
IV - fusão da companhia, ou sua incorporação em outra;
V - participação em grupo de sociedades (art. 265);
VI - mudança do objeto da companhia;
VII - cessação do estado de liquidação da companhia;
VIII - criação de partes beneficiárias;
IX - cisão da companhia;
X - dissolução da companhia.
§1º Nos casos dos incisos I e II, a eficácia da deliberação depende de prévia aprovação ou
da ratificação, em prazo improrrogável de um ano, por titulares de mais da metade de cada
classe de ações preferenciais prejudicadas, reunidos em assembléia especial convocada
pelos administradores e instalada com as formalidades desta Lei.
.......................................................................................
§4º Deverá constar da ata da assembléia-geral que deliberar sobre as matérias dos incisos I e
II, se não houver prévia aprovação, que a deliberação só terá eficácia após a sua ratificação
pela assembléia especial prevista no § 1º."
Artigo 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a VI do art. 136 dá ao acionista
dissidente direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das suas ações
(art. 45), observadas as seguintes normas:
I - nos casos dos incisos I e II do art. 136, somente terá direito de retirada o titular de ações
de espécie ou classe prejudicadas;
II - nos casos dos incisos IV e V, somente terá direito de retirada o titular de ações:
a) que não integrem índices gerais representativos de carteira de ações admitidos à
negociação em bolsas de futuros; e
b) de companhias abertas das quais se encontram em circulação no mercado menos da
metade do total das ações por ela emitidas, entendendo-se por ações em circulação no
mercado todas as ações da companhia menos as de propriedade do acionista controlador;
III - o reembolso da ação deve ser reclamado à companhia no prazo de trinta dias contados
da publicação da ata da assembléia-geral;
IV - o prazo para o dissidente de deliberação de assembléia especial (art. 136, § 1º) será
contado da publicação da respectiva ata;
V - o pagamento do reembolso somente poderá ser exigido após a observância do disposto
no § 3º e, se for o caso, da ratificação da deliberação pela assembléia-geral.
§1ºO acionista dissidente de deliberação da assembléia, inclusive o titular de ações
preferenciais sem direito de voto, poderá exercer o direito de reembolso das ações de que,
comprovadamente, era titular na data da primeira publicação do edital de convocação da
assembléia, ou na data da comunicação do fato relevante objeto da deliberação, se anterior.
§2º O direito de reembolso poderá ser exercido no prazo previsto no inciso III do caput
deste artigo, ainda que o titular das ações tenha-se abstido de votar contra a deliberação ou
não tenha comparecido à reunião.
§3º Nos dez dias subseqüentes ao término do prazo de que trata o inciso III do caput deste
artigo, contado da publicação da ata da assembléia-geral ou da assembléia especial que
ratificar a deliberação, é facultado aos órgãos da administração convocar a assembléia-geral
para reconsiderar ou ratificar a deliberação, se entenderem que o pagamento do preço do
reembolso das ações aos acionistas dissidentes que exerceram o direito de retirada porá em
risco a estabilidade financeira da empresa.
§4º Decairá do direito de retirada o acionista que não o exercer no prazo fixado."
Vários problemas que perturbaram a aplicação do instituto foram superados com o advento
do Decreto-lei nº 2.627, em 1940; antes disso ele era confundido inclusive com a venda
(BULGARELLI, 1998). Sobre os benefícios gerados ao instituto por meio de tal dispositivo legal,
Bulgarelli (1998, p. 203) ressalta:
Foi com o Decreto-lei nº 2.627, de 1940, que se estabeleceu, pela primeira vez,
legislativamente, entre nós, uma regulação adequada da consolidação e fusão fixando os
artigos 152 e 153 desse Decreto-lei o entendimento de que se trata de compenetração
societária, com a transferência global do patrimônio e dos sócios e a sucessão universal dos
direitos e dos sócios e a sucessão universal dos direitos e obrigações. Remanesceram
algumas confusões, como, por exemplo, a ideia de que a fusão era mera alteração
estatutária, com aumento de capital da incorporadora e versão em bens, problema que aliás,
3
ainda permaneceu na Lei nº 6.404. (adaptações terminológicas minhas )
Segundo o mesmo autor, o Brasil não escapou do intenso fluxo de fusões e consolidações
empresariais no plano internacional, atingindo o seu apogeu com o Programa de Estímulo à
Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), criado pela Medida
Provisória nº 1.179, de 3 de novembro de 1195 (já completamente regovada), e complementado por
outras disposições normativas (BULGARELLI, 1998).
3Gitman (2002).
A primeira consolidação de grupos econômicos se deu em 1604, foi na época da dominação
do império britânico. Foi o caso da East India Trading Company, primeira empresa “holding” 4 do
ocidente que operou até o começo do século XIX, dominando o comércio entre as ilhas britânicas e
o subcontinente asiático (RASMUSSEN, 1988). O sucesso de tal processo, liderado por Thomas
Robert Malthus e assistido pelo pensador econômico James Mill e seu filho John Stuart Mill, foi tão
grade, que Rasmussen (1988, p. 42) passa a dizer:
No Brasil, a “holding” veio acompanhada pela invasão das empresas multinacionais nos
anos 60 e só recentemente despertou o interesse, tanto do governo federal brasileiro como a
iniciativa privada nacional.
4Uma empresa holding é uma sociedade que possui ações suficientes de outra empresa para controlá-la. Também é
conhecida como controladora, e as empresas controladas são denominadas subsidiárias ou empresas operacionais.
(BRIGHAMeEHRHARDT, 2012, p. 850).
5Albert Speer liderou tal consolidação por ordens do ditador Adolf Hitler; contudo ele foi prisioneiro da prisão de
Spandau em Berlim até 1979, pro crime contra a humanidade.
poder aproveitar os formidáveis benefícios da consolidação de uma gestão altamente eficiente
(RASMUSSEN, 1988).
As fusões, por sua vez, tal como no caso das consolidações, vieram à existência
principalmente a partir da primeira Revolução Industrial. Seu histórico aponta diversos resultados
no passado, alguns bons, outros insatisfatórios. Apesar disso, a tendência econômica atual evidencia
um movimento contínuo global rumo às fusões e consolidações. Por essa razão, espera-se que se dê
mais atenção ao objetivo de maximizar a riqueza dos seus participantes, evitando cometer os crassos
erros já cometidos outrora (GROPELLI e NIKBAKHT, 2002).
De modo geral, os economistas classificam as fusões em quatro tipos, a saber: a) horizontal;
b) vertical; c) de empresas congêneres; e d) de conglomerados. Os autores descrevem-nos com os
seguintes dizeres:
Uma fusão horizontal ocorre quando uma empresa se combina com outra com a mesma
linha de negócios – a fusão de Sprint e Nestel, em 2005, é um exemplo de fusão horizontal.
Um exemplo de fusão vertical seria a aquisição realizada por um produtor de aço que
envolva um de seus fornecedores, como uma empresa de mineração de ferro ou de carvão,
ou, ainda, a aquisição de uma petroquímica, que usa o petróleo como matéria-prima, por um
produtor de petróleo. Congênere significa “unida por sua natureza ou atuação”; logo, uma
fusão de empresas congêneres envolve empresas relacionadas, mas não produtoras do
mesmo produto (horizontal), ou com um relacionamento produor-fornecedor (vertical). A
fusão AOL e Time Warner é um exemplo disso. Uma fusão de conglomerados ocorre
quando empresas não relacionadas se unem. (BRIGHAM e EHRARDT, 2012, p. 88-89)
Apesar de o surgimento das primeiras fusões remontar ao século XVII, antes de 1990 elas
ocorreram em escala bem menor que a partir de 1990, no contexto da globalização da informação e
da economia, no qual vivemos atualmente. Ao longo dos anos, as fusões produziram alguns
sucessos e muitos fracassos, razão pela qual muitos empresários tornaram-se temerosos quanto a
tentar fundir ou consolidar sua empresa com outra empresa. Alternativamente, eles passam amiúde a
se valer de estratégias de crescimento que não envolvam tantos riscos como as fusões e
consolidações, como, por exemplo, os acordos de licenciamento, as joint-ventures, a divisão dos
custos de pesquisa e a realização de investimentos parciais (GROPELLIeNIKBAKHT, 2002).
De fato, quando da decisão em se proceder ou não com uma fusão, vale ressaltar algumas
experiências já ocorridas no passado, consoante salientam Gropelli e Nikbakht (2002, p. 403):
Ainda podemos ressaltar outros casos de sucesso como o da Bovespa com a BM&F, o do
banco Itaú com o Unibanco, o do banco Real com o banco Santander, as muitas fusões do Grupo
Pão de Açúcar, dentre outros. Tais cases reafirmam que a probabilidade de sucesso de se efetivar
uma fusão ou uma consolidação empresarial aumentou consideravelmente, sobretudo com o
advento de consultorias especializada no tema existentes no mercado atual e de produções
científicas no assunto cada vez mais refinadas.
6A palavra fusão está aplicada aqui em seu sentido lato sensu significando qualquer combinação que forma uma
unidade econômica resultante de duas ou mais unidades preexistentes. Para efeitos legais, há distinções entre várias
formas dessas combinações, porém os autores focaram estritamente aos aspectos econômicos e financeiros
fundamentais das fusões (GROPELLI e NIKBAKHT, 2002).
mercado, relações com clientes ou cobertura geográfica.
Acesso ao capital: uma das partes leva o capital, ou acesso a fontes de capital, para
incrementar as atividades da outra.
Economias de escala: operações similares ou redundantes nas duas empresas podem ser
combinadas em unidades de recursos comuns com vantagens reais de escala.
Para identificação e busca de candidatos com perfil adequado são utilizadas diversas
fontes de informações, sendo as mais comuns: clientes, fornecedores, bancos,
7O termo aquisição foi corretamente subsituído por consolidação.
associações de classe, revistas e jornais especializados, feiras, prestadores de serviços
financeiros, empresas de classificação de crédito, contratos diretos, escritórios de
advocacia e auditores.
2) Busca da empresa-alvo:
Respondidas essas questões, tem-se o perfil da empresa-alvo, que de certo modo representa
o tipo de crescimento desejado pela adquirente.
3) Determinação do valor:
O valor de uma empresa é movido por sua capacidade de geração de fluxo de caixa no longo
prazo. Para a realização do cálculo do valor financeiro da empresa, os métodos mais utilizados são:
a) o modelo do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) empresarial, que é o mais difundido; e b) o
modelo de lucro econômico, que está ganhando popularidade (COPELAND, KOLLER e MURRIN,
2002).
Na determinação do valor financeiro empresarial das empresas fictícias apresentadas neste
artigo utiliza-se o método do FCD, por ser o mais difundido e mais simples de se calcular. Por essa
método projeta-se os fluxos de caixa livre para a empresa pelos próximos anos, geralmente os
próximos dez anos; daí, o valor residual é trazido a valor presente e dele é descontado o valor dos
investimentos, pois esse valor comporá a integração das empresas, não consistindo, desse modo, em
algum ônus de transação (MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE, 2005). Essa é a razão de se
chamar Fluxo de Caixa Descontado.
O valor financeiro da empresa-alvo sem sinergia é o mínimo aceitável para a transação de
compra/venda, ao passo que o valor financeiro com as sinergias, isto é, das empresas já integradas é
o máximo aceitável para a transação de compra/venda (MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE,
2005). Logo, o valor pago pela empresa adquirente deverá estar entre esses limites. Geralmente o
valor pago é maior que o mínimo aceitável porque a empresa-alvo lança um valor maior, e também
porque a empresa adquirente considera outros fatores além do financeiro, como o capital intelectual,
a cultura e arquitetura da empresa-alvo.
Na unidade subsequente é analisada a viabilidade econômico-financeira para fusão e para
consolidação de empresas fictícias, no intuito de demonstrar pormenorizadamente como se calcula o
valor financeiro das mesmas, com e sem sinergias, bem como dos ganhos e custos de transação.
4) Realização do due diligence:
A etapa de due diligence é um processo pelo qual a adquirente desafia a si mesma, sobre a
sua compreensão da empresa-alvo. Para Júnior et al (2010, p. 579), “due diligente é o processo pelo
qual a compradora interpela as informações fornecidas pela empresa-alvo sobre seu desempenho
financeiro histórico e atual, condições financeiras, projeções e outros assuntos operacionais”.
Segundo esses mesmos autores, é imperativo que se desvende, nessa etapa, todos esses itens o mais
rápido possível no processo de aquisição porque quanto mais tempo decorrer, mais tempo, energia e
emoção serão investidos nesse processo, tornando mais difícil desfazer o negócio. Ademais, os
autores ressaltam que a adquirente deveria utilizar tal período para verificar, a priori, por meio de
uma equipe de especialistas, se a transação é apropriada.
Para Júnior et al (2010, p. 582), a due diligence inclui a verificação aprofundada dos
seguintes itens:
5) Negociações:
Mais importante que o potencial empresarial de gerar lucros é o seu conjunto de ativos capaz
de atender às necessidades organizacionais da adquirente. Por essa razão, a adquirente deve avaliar
o patrimônio da adquirida como um todo, tanto o seu capital tangível como o intangível; precisa
também verificar o retorno esperado do investimento na aquisição de ativos, pois o desembolso
resultante dessa aquisição deverá proporcionar retornos maiores no futuro (JÚNIOR et al, 2010, p.
591).
Quanto à formação das estruturas de mercado, toda consolidação, fusão ou outro tipo de
concentração enquadrada no artigo 54 da Lei nº 8884 deve ser enviado primeiramente à
8 9 10
SDE , que enviará uma via para o CADE e para a SEAE. Quem primeiro emite um
parecer é a SEAE, que deve enviá-la à SEAE, que deve enviá-lo à SDE em um prazo
máximo de 30 dias. Após receber o parecer da SEAE a SDE tem também um prazo de 30
dias para emitir seu parecer e enviá-lo ao CADE, juntamente com o parecer da SEAE. O
CADE tem um prazo de 60 dias para analisar e julgar o processo, esse prazo poderá ser
estendido, caso sejam necessários maiores esclarecimentos sobre o caso. Se não for
aprovado dentro dos limites de tempo estabelecidos, o processo é tido como aprovado. O
CADE poderá estabelecer condições para a aprovação dos atos de concentração, os
chamados Compromissos de Desempenho, de modo a assegurar as condições estabelecidas
na Lei. As decisões do CADE só poderão ser refutadas pelo Poder Judiário. (adaptação
11
terminológica e grifos meus)
Já na Lei 12.529/11, que substitui a Lei 8.884/94, revogando todos os seus artigos,
estabelece para a instauração do processo administrativo para análise de ato de concentração
econômica os seguintes procedimentos e prazos:
Art. 53. O pedido de aprovação dos atos de concentração econômica a que se refere o art.
88 desta Lei deverá ser endereçado ao Cade e instruído com as informações e documentos
indispensáveis à instauração do processo administrativo, definidos em resolução do Cade,
além do comprovante de recolhimento da taxa respectiva. […]
Art. 54. Após cumpridas as providências indicadas no art. 53, a Superintendência-Geral:
I - conhecerá diretamente do pedido, proferindo decisão terminativa, quando o processo
dispensar novas diligências ou nos casos de menor potencial ofensivo à concorrência, assim
definidos em resolução do Cade; ou
II - determinará a realização da instrução complementar, especificando as diligências a
serem produzidas.
Art. 55. Concluída a instrução complementar determinada na forma do inciso II do caput do
art. 54 desta Lei, a Superintendência-Geral deverá manifestar-se sobre seu satisfatório
cumprimento, recebendo-a como adequada ao exame de mérito ou determinando que seja
refeita, por estar incompleta.
Art. 56. A Superintendência-Geral poderá, por meio de decisão fundamentada, declarar a
operação como complexa e determinar a realização de nova instrução complementar,
especificando as diligências a serem produzidas.
Art. 57. Concluídas as instruções complementares de que tratam o inciso II do art. 54 e o
art. 56 desta Lei, a Superintendência-Geral:
I - proferirá decisão aprovando o ato sem restrições;
II - oferecerá impugnação perante o Tribunal, caso entenda que o ato deva ser rejeitado,
aprovado com restrições ou que não existam elementos conclusivos quanto aos seus efeitos
no mercado. [...]
8Secretaria de Direito Econômico.
9Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
10Secretaria de Acompanhamento Econômico.
11Gitman (2002).
Art. 58. O requerente poderá oferecer, no prazo de 30 (trinta) dias da data de impugnação
da Superintendência-Geral, em petição escrita, dirigida ao Presidente do Tribunal,
manifestação expondo as razões de fato e de direito com que se opõe à impugnação do ato
de concentração da Superintendência-Geral e juntando todas as provas, estudos e pareceres
que corroboram seu pedido.
Parágrafo único. Em até 48 (quarenta e oito) horas da decisão de que trata a impugnação
pela Superintendência-Geral, disposta no inciso II do caput do art. 57 desta Lei e na
hipótese do inciso I do art. 65 desta Lei, o processo será distribuído, por sorteio, a um
Conselheiro-Relator.
Art. 59. Após a manifestação do requerente, o Conselheiro-Relator:
I - proferirá decisão determinando a inclusão do processo em pauta para julgamento, caso
entenda que se encontre suficientemente instruído;
II - determinará a realização de instrução complementar, se necessário, podendo, a seu
critério, solicitar que a Superintendência-Geral a realize, declarando os pontos controversos
e especificando as diligências a serem produzidas.
o
§ 1 O Conselheiro-Relator poderá autorizar, conforme o caso, precária e liminarmente, a
realização do ato de concentração econômica, impondo as condições que visem à
preservação da reversibilidade da operação, quando assim recomendarem as condições do
caso concreto. […]
Art. 61. No julgamento do pedido de aprovação do ato de concentração econômica, o
Tribunal poderá aprová-lo integralmente, rejeitá-lo ou aprová-lo parcialmente, caso em que
determinará as restrições que deverão ser observadas como condição para a validade e
eficácia do ato. […]
Art. 63. Os prazos previstos neste Capítulo não se suspendem ou interrompem por qualquer
o o
motivo, ressalvado o disposto no § 5 do art. 6 desta Lei, quando for o caso.
do art. 6 desta Lei, quando for o caso.
A análise dos atos de concentração horizontal é formada por cinco etapas principais, quais
sejam: A análise dos atos de concentração horizontal é formada por cinco etapas principais, quais
Quanto aos atos de concentração vertical, não há necessidade de serem avaliados por tais
órgãos de defesa da concorrência.
Outro aspecto de suma importância a considerar é a questão da elaboração contratual. Os
contratos precisam ser elaborados por advogados bem qualificados. Neles deve contar todos os itens
necessários às normatizações que as partes negociantes precisam seguir. Normas sobre direitos e
obrigações às partes negociantes precisam ser explanadas de forma clara e objetiva no contrato
(JÚNIOR et al, 2010, p. 591). Dados como CNPJ, IE (se houver), IM (se houver), endereço, nome e
demais dados pessoais de cada um dos sócios, valor da empresa, objetivo da fusão ou consolidação,
valor de pagamento acordado, prazo de pagamento acordado, honorários advocatícios, são
obrigatórios em todo contrato de fusão ou consolidação empresarial.
Para a correta elaboração de contratos e formalização legal da constituição da empresa
fundida ou da nova empresa consolidada, faz-se necessária a atuação de um advogado atuante na
área cível e devidamente habilitado, por lei, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
3.1 Introdução
Análise por meio de padrões setoriais: envolvem a comparação dos índices financeiros
da empresa com a média do seu setor de atividade. A análise indica se a empresa apresenta
resultados compatíveis com os obtidos pela empresas que atuam no mesmo setor de atividade
Além das análises apresentadas por Júnior et al (2010), dois outros tipos de análise merecem
destaque, a saber:
Análise do tamanho comum: todos os ítens do DRE são divididos pelo valor das
vendas, e todos os ítens do BP são divididos pelo valor do ativo total. Esse é um tipo de análise
bastante empregado pelos gestores e muito fácil de se calcular e apresentar por meio de planilhas e
gráficos.
As análises horizontal e vertical são consideradas por Assaf Neto "um instrumental
intermediário de análise" (2012, p. 195), ao passo que a análise econômico-financeira, também
denominada na literatura de análise por índices ou quocientes, é considerada pelo mesmo um
instrumental avançado de análise. Interessante salientar que a análise horizontal é denominada
"análise de tendências" por Brigham e Ehrhardt (2012, p. 102) e "análise de séries temporais" por
Gitman (2004, p. 44).
1) Análise Vertical
A análise vertical pode ser aplicada tanto na avaliação das contas patrimoniais como na das
contas de resultado, conforme exemplificado por Assaf Neto (2012, p. 113) do seguinte modo:
Q
Ati u
31-12-X1 AV (%) 31-12-X2 AV (%) 31-12-X3 AV (%)
vo/ a
Ativ 100000
d 17,8 110000 16,1 95000 13
o Pas
Ativosivo r
NãoCirc o
(+) Ativoulant160000 28,6 184000 26,9 192000 26,2
Circula
Real.(+)ae
nte 7
300000 53,6 390000 57 445000 60,8
LongoAtivo( .
Prazo 560000 100 684000 100 732000 100
Perman = 5
(-)
ente ) 70000 12,5 90300 13,2 106400 14,5
Passivo
(-) Passivo –
150000 26,8 200000 29,2 235000 32,1
Circula
Exig.(=)a T
Longo ntePrazo 340000
A 60,7 393700 57,6 390600 53,4
Patrimô O
n Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 113). Elaboração pŕopria.
nio T á
Líquido A
Quadro 7.6 l
L
– Análise i
31-12-X1 AV (%) 31-12-X2 AV (%) 31-12-X3 AV (%)
vertical do s
Recei 830000
Demonstrat e 100 1260000 100 2050000 100
ivo de ta de( 524160 63,2 840500 66,7 1594600 77,8
ResultadoVenda - v
s (=) ) 305833
de Exercício e 36,8 419500 33,3 455400 22,2
da (-)
Cia. Lucr 139500
r 16,8 190000 15,1 277500 13,5
Francisco
Despesaso t
(-) BrutC 88000 10,6 140000 11,1 186000 9,1
Operacio
Despesas M i
(=) o
nais
Financeir V 78333
c 9,4 89500 7,1 8100 0,4
Resultado a
as (-)
Operacion
31333 3,8 35800 2,8 - -
Provis 47000l
al (=)
ão
5,6 53700 4,3 8100 0,4
Resulta d Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 113). Elaboração própria.
dopara
IR o
Líquido
2) Análise Horizontal
s
Sobre a análise
b horizontal, Assaf Neto (2012, p. 105) passa a dizer:
a
l
a
n
A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou
grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise
temporal, desenvolvido por meio de números-índices, sendo seus cálculos processados de
acordo com a seguinte expressão: Número-índice = (Vd/Vb)*100.
Considerando Vd o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data, e
Vb o valor da mesma conta contábil (ou grupo de contas) obtida em um data fixada como base,
Assaf Neto (2012, p. 106) exemplifica admitindo que as vendas de certa empresa, relativos a um
período de X5 a X8 sejam os seguintes:
Anos X5 X6 X7 X8
Vendas 104899 100434 103044 113925
Lucro Líquido 31777 23896 49150 53658
Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 106). Elaboração própria.
Nesse caso, tomando-se como o base o ano de X5, os números-índices das vendas e dos
lucros nos períodos X5, X6, X7 e X8são, consoante Assaf Neto (2012, p. 105), calculados da forma
como se segue:
X6/X5
Vendas: (100434/104899)*100 = 95,7
Lucro Líquido: (23896/31777)*100 = 75,2
X7/X6
Vendas: (103044/104899)*100 = 98,2
Lucro Líquido: (49150/31777)*100 = 154,7
X8/X7
Vendas: (113925/104899)*100 = 108,6
Lucro Líquido: (53658/31777)*100 = 168,9
Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 105). Elaboração própria.
MIC
ROD 2010 2010 2009
RIV
1 E: R 100,00% 100,00% 100,00%
2 Dem (-) e 87,60% 87,20% 87,60%
onstr Custo c
3 ativo (=) e 12,40% 12,90% 12,40%
sEBITI
4 do (-) opera i 2,80% 3,30% 3,20%
Resul DA/L
Deprecia t
5 cionai ( 9,60% 9,50% 9,20%
tado çãosAJID
e a =
6 do A (
amortizaç 1,80% 2,90% 2,10%
L- )
7 Tama ão ( 8,30% 6,50% 7,10%
nho í) =
8 Com (-)q E 3,30% 2,60% 2,80%
Imp B)
9 um (-) Lucro Líquido uM
osto
ie I 5,00% 3,90% 4,30%
10 antes de divid.
(-) s dn TE 0,00% 0,10% 0,10%
preferenciais B
11 (=) LucroDividen (40
ao T 5,00% 3,80% 4,20%
dos
Líquido %) s
preferen
disponí
Fonte: BRIGHAM e EHRHARDT (2012, p. 103). Elaboração própria.
ciais
vel para j
M os u
I acionist r
as o 2010 2010 2009
C
1 R ordinári s A
os
2 O Caixa e T 1,00% 0,50% 0,90%
D (marge I
3 equivalen
(+)de
R m
tes de V 2,20% 0,00% 3,90%
4 I Aplicaçã
lucro) (+) O 17,80% 18,80% 18,80%
caixa
o de
5 V Cont 19,80%
E curtoas a( 30,80% 24,70%
6 prazo
(=) Total +
: rece) 40,80% 50,00% 48,20%
7 B do ativo
(+)ber 59,20% 50,00% 51,80%
a circulant
Imobil
8 l e izado(=) E 100,00% 100,00% 100,00%
Total s
9 a líquid
n dost
10 PASSIVO o ativ
E o
ç
11 o
PATRIMÔNI os Cq 1,80% 3,00% 1,80%
O LÍQUIDOou
12 P (+)e 4,40% 5,50% 3,60%
a n
Títu
13 t lost(s 3,60% 7,00% 7,70%
+
14 ri (=) Total a a) 9,80% 15,50% 13,10%
m do passivo s
15 (+) pag 30,20% 37,70% 34,50%
o circulantear
16 Obrigaçõ
(=)aP 40,00% 53,20% 47,60%
n
es deTotal r
17 i (+) o 0,00% 2,00% 2,40%
longo do p
a Ações
18 prazo
(+) Total
passiav 60,00% 44,80% 50,00%
l prefer
19 d do
(=) Total do i
vo g 100,00% 100,00% 100,00%
enciai
e Passivo e s as
Patrimônio
T PatrimônioLíquido rõ
a Líquido e
m s
Fonte: BRIGHAM e EHRHARDT (2012, p. 103). Elaboração própria.
Sobre a análise por índices ou quocientes, denominada por Assaf Neto (2012) de análise
econômico-financeira, o mesmo passa a dizer:
Existem vários métodos para se calcular o valor financeiro da empresa. O método do Fluxo
de Caixa Descontado (FCD) é o mais empregado no mundo dos negócios. Por essa razão, neste
artigo utiliza-se apenas este método para tal finalidade. Sobre o cálculo do valor de uma empresa
pelo método do FCD, Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005, p. 45) explana:
O cálculo do valor de uma empresa pelo método do FCD se divide em dois: o valor
presente dos fluxos de caixa do período projetado (também conhecido como valor
presente do período de crescimento ou valor presente do período de projeção explícita)
e valor presente do valor residual.
C
OP
Mr
Po Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1 Receitas Aj 1000000 1150000 1320000 1450000 1650000
líquidas N
2 (-) CMV He 750000 860000 980000 1100000 1250000
ç
3 (=) Lucro I õ 250000 290000 340000 350000 400000
4 (-) DespesasAe 50000
Bruto 55000 60000 65000 70000
5 (-) DespesasBs 70000
Administrativ 77000 90000 95000 100000
as
de
6 (-) vendas Rd 75000 78000 80000 85000 90000
Depreciação A
7 (=) LAJIR So 55000 80000 110000 105000 140000
s
8 (-) Juros I 28000 40000 50000 60000 70000
9 (=) LAIR Lf 27000 40000 60000 45000 70000
E
10 (-) IR - 34% I l 9180 13600 20400 15300 23800
u
11 (=) Lucro Rx 17820 26400 39600 29700 46200
12 líquido
(+) apósAoo 75000 78000 80000 85000 90000
IR
Depreciação s
13 (=) Fluxo deD 92820 104400 119600 114700 136200
14 (-) RetençãoEd 37128
caixa 41760 47840 45880 54480
15 (+) Valor Le
para 1440000
investimentos
residual
16 (=) Fluxo deI c 55692 62640 71760 68820 1521720
caixa livre V
Fonte:a Júnior et al, 2010, p. 572. Elaboração própria.
Ri
Ox
Daí, o segundo é calcular o custo de capital e o MVA. Por exemplo, adotando-se a taxa de
S
desconto de 18% e horizontea de projeção de 5 anos, deve-se calcular a Margem de Valor Agregado
(MVA), o valor residual da empresa no fim do horizonte de projeção e somar o valor presente do
l
MVA e do valor residual, acrescentando o capital em excesso, caso houver. Realiza-se tais cálculos
pelas fórmulas apresentadas ai seguir:
v
MVA r = VP dos FCLE = ∑ [EVA projetados/(1+i)h], sendo:
e EVA = cada fluxo de caixa projetado;
s
i = Custo Médio Ponderado de Capital = CMPC = taxa de desconto;
h = horizonte de projeção.
-
Um terceiro e último passo é calcular o valor residual da empresa, também denominado na
$
1
,
0
literatura de valor perpétuo, valor terminal ou valor de reposição dos investimentos. Sobre o valor
residual (VR), Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005, p. 44) explanam:
Existem métodos distintos de se calcular o valor residual da empresa. Todavia, este artigo
utiliza o método ensinado por Ross et al (2008, p. 163), apresentado a seguir:
Por exemplo, um investimento oferece um fluxo de caixa perpétuo de $500 todos os anos.
O retorno desejado para tal investimento é de 8%. Qual é o valor desse investimento? O
valor dessa perpetuidade é:
Para facilitar o cálculo, pode-se também somar o valor residual da empresa ao valor do
FCLE do último ano do horizonte de projeção e, a partir desse montante, adicionar o disponível,
encontrando assim o valor financeiro empresarial, pela seguinte fórmula:
f clear
0 CHS g Cf0
55.692 g CFj
62.640 g CFj
71.760 g CFj
68.820 g CFj
1.521.720 g CFj
VPL = 836.515,67
A escolha do horizonte de projeção dos fluxos de caixa não tem uma regra definida,
dependendo do julgamento do analista, do setor da empresa e do crescimento projetado.
Números usuais são 7, 10 ou 12 anos, mas há casos de 2 ou 3, para pequenas empresas.
Também há situações em que o horizonte de projeto é fixado em 25 anos ou mais.
Horizontes largos assim são mais comuns para empreendimentos grandes, intensivos em
capital, que operam em ambientes relativamente estáveis, como é o caso de uma
siderúrgica.
D
DRE 2004 R
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
E
R 113750 131960 148039 162213 174317 185645 196058 205296 213733 221190
(-)L p
57500 64500 64708 71024 76562 81272 85667 89697 93265 96518
CPV r
(-) 25127 26568
o 27749 28728 29538 30267 30910 31457 31954 32395
(=)DO j
29460 39022 47614 55287 61887 68309 74068 79208 83912 88073
LAJIR
(-) 9515 e
12675 15529 18094 20319 22506 24492 26291 27831 29186
IR/CS t
(=) 19945 26347
a 32085 37193 41568 45803 49576 52917 56081 58887
LL Fonte: MARTELANC,
d PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 59). Elaboração própria.
a
Daí, os autores (2005, p. 62) realizam o cálculo do valor da empresa fictícia MATRIX,
originária da consolidação
d das empresas fictícias ORGANIX e DINAMIX, apresentando-o no
seguinte a quadro:
M
A
T
R
I
Qua
dro 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
3.4 –
L
Cálc 19659 25823 31371 36336 40616 44803 48576 51965 55010 57756
L
(+)ulos 2500 2850 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
pelo
Dep.
(-) méto 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
Invest.
(-) do 1658 1655 1491 1332 1150 1084 1003 894 820 728
∆NCG
(=)do 17002 23519 29881 35004 39467 43719 47573 51070 54189 57029
valo
VFCLE
alor
r 300
residual
pres 150 C
ente
da C á
l
perp Te c 1
etui a n Vu 91
dade x á P l ,4
do a (r o 065
i
flux (+o d 0125
o de d +) o d % 7
3200
caix ( e -
= )V
a Fonte: MARTELANC, b o 0170 PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 62). Elaboração própria.
) d Pa F 30
D Cv 8
Cálculo do e isvalor financeiro de cada uma das empresas integradas, com sinergias:
Vs de a 3
a c so dasl 9
Para o cálculop o sinergias resultantes da integração entre as empresas no processo de fusão
ou consolidação,l deve-se
o o r executar os seguintes passos segundo Matelanc, Pasin e Cavalcante
(2005): o nV
r t nR
í f
Projetar os
o vcrescimentos
i dos ganhos (faturamento bruto) com vendas e serviços;
d
Projetar asereduções dos gastos (custos e despesas) fixos e variáveis;
n
Calculara ol valora financeiro da empresa a partir do DRE elaborado com base nas reduções
e no crescimento projetados. n
e
c
Seguindo m este método,
e Martelanc, Pasin e Cavalcante (2005, pág. 72 a 75) exemplifica por
p
meio dos quadros 4.1 e 4.2,
r i apresentados a seguir:
e r
Q o
s
DRE 2004 u a 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
a d
R 113750
d 131960 a 148039 162213 174317 185645 196058 205296 213733 221190
(-)L r
57500 64708 71024 76562 81272 85667 89697 93265 96518 99390
CPV o e
(-) DO 23456 20526 m 17355 16208 16678 17102 17477 17798 18089 18486
(=)LAJI 31131 4 45064 p 58009 67807 74747 81474 87500 92867 97777 102122
R
(-) .
10083 14729 r 19063 22351 24691 26982 29059 30936 32545 33963
IR/CS 1 e
(=) LL 21048 30335 s 38945 45456 50056 54492 58441 61932 65232 68159
– Aa
2004 2005v 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
P a-
r l
o iR
j a$
e çM
ç ãI
L 20762 29811 38231 44599 49104 53492 57442 60980 64161 67088
(+)L 2500 2850 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
Dep.
(-) 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
Invest.
(-) 1658 1655 1491 1332 1150 1084 1003 894 820 728
∆NCG
(=) 18104 27506 36741 43267 47955 52408 56439 60086 63341 66360
VFCLE
alor 349
residual 264
C
á T 1
l a 9
c x V ,1
u a ( P 076
l + 3
( d 0015
o d) % 3
( e + o 2930
d= )V 8320
Fonte: MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 72-75). Elaboração própria.
o) d P F 90
DC 4
Q ei
vV d 3
DRE 2004u aa s2005 s 02006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
a c po
R 113750 d l l131960
oo 148039 162213 174317 185645 196058 205296 213733 221190
L o o
r 63099n V
(-) 57500 r r t nR 69376 74882 79567 83940 87950 91502 94741 97600
CPV o í
(-) 23456 20526 ov 17355 16208 16678 17102 17477 17798 18089 18346
(=)DO 31131 4 f d46673 59657 69487 76452 83201 89247 94630 99555 103912
LAJIR . ia e
(-) 10083 n 15276 l 19624 22922 25271 27569 29653 31535 33150 34572
IR/CS 2
(=) 21083 ae31397 40033 46564 51181 55632 59594 63095 66405 69340
LL – nm A
2004 c p 2005v 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
L 20762 e r
P 30873 a 39319 45708 50229 54632 58594 62143 65334 68269
(+)L 2500r i e 2850l 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
Dep.
(-) r s
3500o 3500i 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500 3500
Invest. 1658j oa 1655a 1491
(-) 1332 1150 1084 1003 894 820 728
∆NCG
(=) 18104 e 28515 ç 37828 44374 49079 53547 57591 61249 64513 67541
VFCLE
alor ç d
35 ã
residual 54
ãC a o
79
oá T 1
le a V c 91
d cm x ( Po ,76
e up a (+ m 0625
lr ( +) d 09240
r oe =d ) os %
Fonte: MARTELANC, 6420 PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 72-75). Elaboração própria.
s e
e ) V i 4230
da D Fn 3
Pobteve-se
Desse smodo, o valor das empresas com as suas respectivas sinergias previstas
o Vd i C 8
u
para o período pós-integração,
e as quais podem ser sintetizadas pela tabela a seguir:
l v–a s sd r 5
e
o
t al cp g Cál
o o
a lR o V i cul
Valor das r n
d o$ empresas
n a o
ORGANIX DINAMIX
M íR
o r dt v do
s I a oe p val
fL l a or
di e r da
a n( a
(1) Sem sinergias (cenário-base) 203839 203839
(2) Com sinergias 239430 244385
(2 - 1)Valor das sinergias 35591 40547
Fonte: MARTELANC, PASIN e CAVALCANTE (2005, p. 75). Elaboração própria.
Custos de transação = Valor pago pela empresa adquirente – Valor financeiro da empresa
adquirida
Custos de transação = R$225.000,00 – R$203.839,00
Custos de transação = R$21.161,00
Existem outros métodos de se calcular o valor dos ganhos e dos custos de transação de fusão
ou de consolidação, consoantes aponta e apresenta Brealey, Myers e Allen (2008).
4 METODOLOGIA
[…] é um projeto de duas fases, com uma lente teórica (p. ex., gênero, raça, teoria da
ciência social) se sobrepondo aos procedimentos sequenciais. Tem também uma fase inicial
(quantitativa ou qualitativa), seguida de uma segunda fase (qualitativa ou quantitativa), a
qual se desenvolve sobre a fase anterior. A lente teórica é apresentada na introdução de uma
proposta, molda uma questão de pesquisa direcional que visa explorar um problema (p. ex.,
desigualdade, discriminação, injustiça), cria sensibilidade à coleta de dados de grupos
marginalizados ou sub-representados e termina com um chamado à ação. […] A
combinação está conectada como em todos os projetos sequenciais. Diferentemente das
abordagens sequenciais exploratória e explanatória, o modelo transformativo sequencial
tem uma perspectiva teórica para guiar o estudo. […]
Tal estratégia de métodos mistos foi selecionada no intuito de melhor servir à perspectiva
teórica da pesquisa, culminando numa melhor compreensão do processo de fusões e consolidações
empresariais, combinada com uma focada análise econômico-financeira presente e necessária em tal
processo.
Para Oliveira (1997, p. 69), são as seguintes as leis da dialética:
Por estas razões, percebe-se que no encadeamento dos processos dialéticos as transformações
acontecem quantitativa e qualitativamente (Oliveira, 1997).
Realmente, toda pesquisa acadêmica requer em algum momento a realização de trabalho que
possa ser considerado como pesquisa bibliográfica. Prova disso é que nas dissertações e teses da
atualidade, em sua maioria, há um capítulo especial dedicado à revisão bibliográfica cuja finalidade
principal é fundamentar o trabalho acadêmico teórica e consistentemente, identificando, não raro, o
estágio atual do conhecimento referente ao tema. Gil (2010, p. 29) explana sobre tal tipo de
pesquisa com os seguintes dizeres:
Ressaltando a relevância de tal tipo de pesquisa, Gil (2010) destaca que ela permite ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia
pesquisar diretamente, em especial quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos
pelo espaço. Entretanto, não se esquece de salientar que, como fontes secundárias, as bibliografias
podem apresentar dados coletados ou processados de forma equivocada, tornando possível a
reprodução e/ou ampliação desses erros em trabalhos nelas fundamentadas. Por essa razão, Gil
(2010, p. 30) fornece sugestões úteis para reduzir tal possibilidade, dizendo:
Para reduzir essa possibilidade, convém aos pesquisadores assegurarem-se das condições
em que os dados foram obtidos, analisar em profundidade cada informação para descobrir
possíveis incoerências ou contradições e utilizar fontes diversas, cotejando-as
cuidadosamente.
De acordo com Gil (2010), não existem regras fixas para a realização de pesquisas
bibliográficas, mas algumas tarefas que a experiência demonstra serem importantes. Dessa forma,
seguiu-se o seguinte roteiro de trabalho:
d) Ordenação e análise das fichas: organizadas e ordenadas de acordo com o seu conteúdo,
conferindo sua confiabilidade;
O que geralmente se recomenda é que seja considerada fonte documental quando o material
consultado é interno à organização, e fonte bibliográfica quando for obtido em bibliotecas
ou bases de dados.
Neste artigo, a documentação12 foi bastante utilizada para embasamento teórico das
pesquisas realizadas.
a) Leitura
Sobre esta técnica de pesquisa, Diniz e Da Silva (2008, p. 3) passam a dizer que
Apesar do avanço tecnológico referente aos recursos audiovisuais, todos precisam ler,
porque o conhecimento é adquirido através da leitura, e para obtê-lo é necessário ler muito e
ler bem. A leitura possibilita a ampliação de conhecimentos e a reflexão sobre o mundo.
Para que a leitura seja proveitosa e eficaz deve-se estar atento ao que está sendo lido,
evitando desconcentração e distração. O leitor deve sentir-se atraído pela leitura e
desenvolver uma velocidade adequada na leitura, não devendo ler vagarosamente, para não
esquecer o que foi lido no final do parágrafo, ou muito veloz propiciando a incompreensão
do que foi lido.
c) leitura crítica ou reflexiva, que é aquela em que o leitor se concentra nos aspectos mais
relevantes do texto, sendo capaz de separar as ideias secundárias da ideia central.
d) leitura interpretativa, que é uma leitura mais complexa, visando identificar quais as
intenções do autor e o que ele afirma sobre o tema, suas hipóteses, metodologia, resultados,
discussões e conclusões, bem como relacionar as afirmações do autor com os problemas para os
quais se está procurando equacionar.
Quando o texto for selecionado, faz-se sua leitura completa, para ter uma visão geral do
todo. Em seguida deve-se reler o texto e assinalar palavras ou expressões desconhecidas,
que devem ser consultadas em dicionário. Esclarecidas as dúvidas, fazer uma nova leitura
para a compreensão do todo.
Tornar a ler, procurando a ideia central, que pode estar implícita ou explícita no texto.
Localizar acontecimentos ou ideias, comparando-as entre si e procurando semelhanças e
diferenças existentes. Agrupá-los pelo menos por semelhança importante e organizá-los por
ordem hierárquica de importância. Interpretar as ideias do autor e descobrir suas
conclusões.
Neste artigo, a leitura foi a principal técnica de pesquisa utilizada. Tomou-se como
instrumentos de pesquisa para tal técnica livros atualizados de autoridades sobre o tema,
localizados, em sua maioria, em bibliotecas da rede municipal de biblioteca da cidade de São Paulo
(capital) e alguns na biblioteca virtual da Universidade Bráz Cubas, por meio do Ambiente Virtual
de Aprendizagem. Foram analisados também trechos da legislação e outros documentos
governamentais aplicáveis ao tema. Para tanto, foram realizados os quatro tipos de leitura
apresentados por Diniz e Da Silva (2008).
b) Análise de conteúdo
Neste artigo, tal técnica foi utilizada quando da interpretação do conteúdo de livros e
documentos aplicáveis ao processo de fusões e consolidações empresariais, levando-se sempre em
conta o ponto de vista dos seus respectivos autores.
O poder de mercado pode ser prejudicial ao permitir às empresas, como no caso dos
monopólios, o estabelecimento de preços abusivos, a adoção de práticas desleais com os
concorrentes e também por aumentar a possibilidade de cooperação entre as empresas no
estabelecimento de preços, os cartéis de preços (GREMAUD, VANCONCELLOS e
JÚNIOR, 2006, p. 584).
ANEXOS
Consoante Júnior et al (2010) explana que ao término de cada exercício social, a diretoria
deverá elaborar os seguintes demonstrativos financeiros13:
I – Balanço patrimonial;
II – Demonstração dos lucros e/ou prejuízos acumulados;
III – Demonstração do resultado do exercício;
IV – Demonstração dos fluxos de caixa, exigida a partir da Lei 11.638/2007;
V – Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado, exigida a partir da Lei nº
11.638/2007.
13A Lei 11.638/2007 suprimiu a demonstração das origens e aplicações de recursos que, por ser uma ferramenta de
controle, está sendo apresentada no Anexo I, deste Capítulo.
Segundo os mesmos autores, também deve constar das demonstrações financeiras,
dependendo de cada empresa, três ou quatro relatórios, tal como segue:
Júnior et al (2010, p. 50) aponta as principais alterações promovidas pela Lei 11638/2007 e
pela MP 449/2008, as quais impataram fortemente nos procedimentos e práticas contábeis,
sintetizando-as tal como se segue:
BALANÇO
PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
COMPLETO
1.ATIVOCIRCULANTE 1.PASSIVOCIRCULANTE
a) DISPONÍVEL Fornecedores
Caixas e Bancos Empréstimos e financiamentos
Títulos de Negociação Imediata Impostos, taxas e contribuições
Aplicações financeiras (CDB, Letras de Câmbio, Salários a pagar
Debêntures, etc.)
b) REALIZÁVELA LONGO PRAZO Dividendos a pagar
Valores a receber Provisões
(-) Provisões para devedores duvidosos Outros passivos de curto prazo
(-) Títulos descontados
Outros valores a curto prazo a receber 2.PASSIVONÃOCIRCULANTE (antigo
Exigível a Longo Prazo)
c) ESTOQUES Empréstimos e financiamentos
Matérias-primas e embalagens Outros passivos a longo passivo
Produtos em elaboração
Produtos acabados/mercadorias TOTAL DO PASSIVO
Materiais diversos (consumo e almoxarifado)
d) DESPESAS ANTECIPADAS 3.PATRIMÔNIOLÍQUIDO
Despesas apropriáveis a custo no exercício Capital Social Realizado
seguinte
Reservas de capital
2.ATIVONÃOCIRCULANTE Reservas de lucros
a) REALIZÁVELA LONGO PRAZO Ajustes de avaliação patrimonial
Créditos diversos Prejuízos acumulados
b) INVESTIMENTOS Ações em tesouraria
Participações acionárias
Outros investimentos TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
c) IMOBILIZADO
Prédios e Terrenos
Máquinas e Equipamentos
Veículos, Mobiliário, etc.
d) INTANGÍVEL
Marcas e Patentes
Fundo de Comércio
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO + PL
Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 60), Lei 11.638/07, Lei 11.941/09 e Pronunciamentos e
Interpretações Técnicas e Orientações do CFC, do CPC e da CVM. Elaboração própria.
Demon
1 strativo Faturamento bruto de vendas e
de serviços (FBVS)
2 Resulta (-) IPI faturado (tributo acumulado
3 do do (=) por fora)bruta de vendas e
Receita
Exercíci serviços
4 o- (-) Deduções(RBVS)
(Σ das vendas
DRE canceladas, dos abatimentos e
5 (=) dos tributos
Receita indiretos
líquida – ICMS
de vendas e ou
ISS, PIS (RLVS)
serviços e COFINS)
6 (-) CMV/CPV/CSP
7 (=) Lucro bruto operacional (LBO)
8 (-) Despesas operacionais (Σ das
9 (=) despesas com vendas,
Lucro líquido financeiras
operacional (LLO)
e gerais)
10 (+/-) Receitas/despesas não
11 (=) operacionais
LAJIDA/EBITIDA
12 (-) Depreciação acumulada
13 (=) LAJIR/EBITI
14 (-) Tributos diretos (Σ IR e CSLL)
15 (=) Resultado bruto do exercício
16 (-) (RBE)
Participações (Σ debenturistas,
empregados, administradores,
17 (=) partes beneficiárias
Lucro líquido e fundos
do exercício de
(LLE
assistência
= e previdência)
NOPATcontábil)
18 (/) Número de ações/ativos
19 (=) Lucro líquido por ação (LLA)
Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 77), Lei 11.638/07, Lei 11.941/09 e Pronunciamentos e
Interpretações Técnicas e Orientações do CFC, do CPC e da CVM. Elaboração própria.
Cálculo do valor
financeiro da M
empresa V (valor de
(+) Investimentos
reposição) A
(=) V
Fonte: VASCONCELOS (2012, p. 258). Elaboração própria. a =
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11 RL ou RLVS
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Receita
Serviços
Vendas eNrpdeôrot
12 LBO p ServiçosL cencneL
Líquida
Vendasuãeiua
13 LLO r ouroll í
Lucro
Serviços
c
14 LLE e Lucro laa q
Líquido
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Líquido
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16 LC Bcr enqeL o
Exercíci
17 LG orrc aui L
18 LS uou liq iL
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19 LI oLa oiL uq
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21 GAO Graupqede zu e
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22 GAF Grau de
23 ARLP Alavancage
Ativo
mRealizável
24 PRLP Passivo
Financeira
a Longo a
Realizável
25 ML ou MLV Margem Líquida
Prazo
ou MargemLongo
26 PME Prazo
LíquidaPrazo
deMédio
Vendas
27 PMRV Prazo Médio de
de
Recebimento
28 PMPC Prazo Médio
Estocage de
das Vendas
Pagamento das
29 CMV Custom das
Compras
Mercadoria
30 CPV Custo dos
sV endidas
Produtos
31 CSP Custo dos
V endidos
Serviços
32 CE Capacidad
33 EG ePrestados
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Endividan L
34 LPA mento d u
35 VPA Valor
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36 AT Patrimon
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37 PT o
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38 PR a PPav
39 IANC Imobilizaçãom ooso
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42 PMPD Prazo Médio i o as
43 PCO de Pagamento G
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44 NIG Necessidade e
Ciclo
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45 NCG nala l aí
Investimento
46 EVA deVde ld a l v
alor
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Giro
Econômie t dee
47 MVA GiroMargem i l
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48 FCD AgregadA
Fluxov de
Agregad
t a
49 ICMS Imposto sobre ooCaixa
i
CirculaçãoDesconta
dev
Mercadorias do
50 ISS Ii
e Serviços de d
51 IPI Impostomsobre
transporte
Produtos pa
52 PIS intermunicip
Programa
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Industrializado
al ou de
53 COFINS Contribuição
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interestadual
Integração
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54 CI e para Fins da
Socialo C
Seguridade
comunicaçõe aI
55 IR
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56 CSLL Contribuiçãoi
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57 CF
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58 MC M
59 PE a P
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60 DEPREC g n D
Fonte: Elaboração própria. e t e
mo p
ANEXO 6: Cálculo do valor real da empresa de acordo com o método de CI da Skandia r
d d e
e e c
Pode-se conceituar empresa como um conjunto de ativos tangíveis e intangíveis. O Capital
Intelectual (CI), enquanto “ativo” intangível ainda ausente das demonstrações financeiras, é i
inevitável “porque somente ele, entre todos os modelos para a mensuração do desempenho C E a
corporativo, perfura a superfície e expõe o valor real” (EDVINSSON e MALONE, 1998, p. 20).o ç
q ã
Vale salientar a necessidade da valoração do CI quando do cálculo do valor empresarialn para
u
fins de fusões e consolidações. Mesmo porque o valor real da empresa tende a ser maior que to seu o
i
valor financeiro, calculado com base nos seus demonstrativos financeiros (EDVINSSON r l e
MALONE, 1998). i í
A mensuração do Capital Intelectual e o preparo de relatórios e demonstrativos equilibrados
b b
representam um marco importante na transição da Era Industrial para a Era do Conhecimento. u rO
foco nos estudos em CI tem se manifestado predominantemente nas duas últimas décadas, i em
14 i
ç o
especial a partir de maio de 1995, com a publicação de Visualizing Intellectual Capital , primeiro
relatório anual público, pela Skandia15, que consistiu num marco na história da padronização ã do
modelo de CI (EDVINSSON e MALONE, 1998). o
Segundo a própria Skandia, o CI é composto pelo Capital Humano e pelo Capital Estrutural,
conforme apresentado por EDVINSSON e MALONE (1998, p. 10):
14Visualizing Intellectual Capital foi o primeiro relatório anual dirigido ao público, mas não foi o primeiro relatório
desse tipo para a Skandia. Um documento interno preparado para testar a oportunidade de um relatório anual
“equilibrado” - isto é, possuindo um equilíbrio entre as informações financeiras e as não-financeiras – havia sido criado
para uso interno da Skandia no início de 1994. Ele também limitou-se à Skandia AFS (EDVINSSON e MALONE,
1998, p. 48).
15Skandia é a maior companhia de seguros e de serviços financeiros em Estocolmo, capital da Suécia.
I2. Investimento no desenvolvimento de novos mercados;
I3. Investimento no desenvolvimento do setor industrial;
I4. Investimento no desenvolvimento de novos canais;
I5. Investimento em TI aplicada a vendas, serviço e suporte;
I6. Investimento em TI aplicada à administração;
I7. Novos equipamentos de TI;
I8. Investimento no suporte aos clientes;
I9. Investimento no serviço aos clientes;
I10. Investimento no treinamento de clientes;
I11. Despesas com os clientes não-relacionadas ao produto;
I12. Investimento no desenvolvimento da competência dos empregados;
I13. Investimento em suporte e treinamento relativo a novos produtos para os empregados;
I14. Treinamento especialmente direcionado aos empregados que não trabalham nas
instalações da empresa;
I15. Investimento em treinamento, comunicação e suporte direcionados aos empregados
permanentes em período integral;
I16. Programas de treinamento e suporte especialmente direcionados aos empregados
temporários de período integral;
I17. Programas de treinamento e suporte especialmente direcionados aos empregados
temporários de tempo parcial;
I18. Investimento no desenvolvimento de parcerias/joint ventures;
I19. Upgrades ao EDI ou à rede eletrônica de dados;
I20. Investimento na identificação da marca (logotipo/nome);
I21. Investimento em novas patentes e direitos autorais.
Esta lista consiste de conjuntos formados por tópicos comuns. O primeiro grupo, de 1 a 4,
ressalta o desenvolvimento de novos negócios; o segundo, de 5 a 7, o investimento em TI; o
terceiro, de 8 a 11, o desenvolvimento dos clientes e, de 12 a 17, dos empregados; o quarto, de 18 a
19, as parcerias; e o quinto, de 20 a 21, as marcas e a propriedade intelectual.
Em seguida, Edvinsson e Malone (1998, p. 175-176) apresentam uma lista com 9
parâmetros, todos referentes só presente, que passaram a ser utilizados para cálculo do que os
autores denominaram Coeficiente de Eficiência (i) do Capital Intelectual. São eles:
Somando-se os valores dos nove parâmetros, encontra-se o valor do iC, que os autores
denominaram Índice do Coeficiente de Eficiência do CI:
iC = P1 + P2 + P3 + P4 + P5 + P6 + P7 + P8 + P9 = 0,85
Então, eles explanam (1998, p. 176) que caso a empresa tivesse, por exemplo, como medida
absoluta de CI o valor de US$200 milhões, resultaria em uma avaliação global de seu CI conforme
segue:
Uma vez que o valor real de uma empresa é o somatório do valor do seu CI com o seu valor
financeiro, para uma empresa com o valor financeiro de US$230 milhões, tería-se um valor real de
US$400 milhões (US$170 milhões acrescidos de US$230 milhões), cerca de 74% maior que o valor
calculado normalmente considerando apenas seus demonstrativos financeiros.
Logo, infere-se que as empresas participantes no processo de fusões e consolidações, ao se
valerem deste método, operacionalizam um negócio muito mais válido e eficiente economicamente
do que os métodos tradicionais baseados apenas em linhas de produtos, reputação das empresas ou
balanços patrimoniais (EDVINSSON e MALONE, 1998).
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