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FICHAMENTO GRUPO 01
“[...] Para tanto, a ciência atua como instrumento das classes dominantes contra
as classes dominadas, como ferramenta para a reprodução do ciclo da violência
da classe dominante sobre a classe dominada.” (p. 43)
“Bacon aconselha o leitor que tenta trilhar a via da Interpretação da natureza que
“procure habituar-se à complexidade das coisas, tal como é revelada pela
experiência; procure, enfim, eliminar, com serenidade e paciência, os hábitos
pervertidos, já profundamente arraigados na mente” (p.51)
Tudo aquilo que se agrega ao homem, ou seja, através da observação, da
vivência, passa-se à aprendizagem, a qual se apreende novos hábitos e assim
possa deixar de lado velhos hábitos.
O autor trás que o capitalismo ele vai significar um salto sobre as transformações
sociais, por se tratar de um progresso técnico-científico, mas, sobretudo na
transformação que a ciência produziu a vida cotidiana.
Bacon vai se diferenciar dos filósofos da physis (aqueles que buscam explicar a
natureza e seus fenômenos) pelo fato dele basear suas determinações no
mundo concreto dos indivíduos. logo, a burguesia se apropria da ciência para
desenvolver suas forças produtivas, tornando logo em seguida o capitalismo com
a forma de produção mais sofisticada.
“[...] a ciência no passado era uma atividade muito mais circunscrita a uma
determinada classe social e estava longe de receber a aplicabilidade prática que
recebeu na sociedade capitalista” (p.61)
O autor trás que a ciência no passado era uma atividade voltada para apenas
uma determinada classe social, que como vemos no nosso cotidiano capitalista,
essa classe seria a dominante.
“Lukács (1966) considera que a ciência durante muito tempo conviveu no interior
da vida cotidiana sem que os homens tivessem consciência de que estavam
fazendo propriamente ciência” (p.62)
A ciência esteve presente na vida das pessoas por muito tempo, sem ao menos
saber que eles mesmo estavam produzindo-a.
Logo, é importante voltar a ênfase em Bacon quando diz que a natureza precisa
ser respeitada quando se pretende transformá-la, onde ele vai fugir dos órgãos
dos sentidos, onde vai estabelecer um estudo sério da natureza estudo que está
na origem da revolução industrial.
[..] Na cultura grega, por exemplo, o trabalho era considerado como uma coisa
de escravo, e o exercício de qualquer atividade laboral representava uma
deformação do corpo e uma deterioração da alma. Fundada no ideal de unidade
entre o belo corpo e a bela alma (kaloskagathia), a aristocracia grega entendia o
trabalho como coisa exclusiva dos escravos e não dos homens nobres. Longe
das atividades produtivas que garantiram a produção e reprodução da existência
material, os cidadãos gregos dispunham do tempo disponível da sociedade para
dedicar-se às atividades que satisfaziam o seu espírito, como jogos olímpicos,
produtividade artística, filosofia, ciência etc. Sem tempo disponível, a aristocracia
jamais poderia ter produzido ciência. [...]Como existia uma separação na
sociedade escravocrata entre o senhor e o escravo, as conquistas alcançadas
pela ciência, nessa época, não podiam desempenhar atividade efetiva no mundo
da produção. Lukács (1981) assevera que o desprezo pelo trabalho produtivo
impediu que as descobertas no campo da matemática e da geometria fossem
aplicadas tanto aos problemas práticos e mecânicos quanto às questões
relativas ao mundo corporal e ressalta que um dos limites fundamentais do
processo de produção na sociedade antiga era a impossibilidade de
reconciliação da escravidão com o emprego de máquinas. Como o trabalho era
considerado coisa de escravo, não havia nenhum interesse na aplicabilidade dos
inventos científicos ao mundo da produção. [...] (p.64-65)
Apesar da ciência por muito tempo ter se limitado apenas a produção de jogos e
divertir a classe dominante, esses jogos serviram de base para o
desenvolvimento de instrumentos de guerras e objetos que otimizam o trabalho
como por exemplo, o carrinho de mão.
Importante destacar que o xadrez foi importante para que o exército pudesse
conhecer e determinar ataques contra o inimigo, o que conhecemos hoje como
jogo de tabuleiro antes era utilizado para planejar e determinar passiveis passos
do inimigo.
Isso mostra, o quanto o exército chines era superior com suas invenções para
conflitos, com isso faz com que o conhecimento cientifico tivesse passado por
vários testes até chegarem nos foguetes moveis.
“Parece uma coisa óbvia que a ciência moderna não é uma atividade de fácil
acesso ao homem lançado na vida cotidiana.” (p.71)
A burguesia brinca com a ciência, já que ela é classe dominante e possui mais
tempo e consequentemente ira poderá produzir mais ciência, um dos fatos que
o autor descreve é que a maneira pedagógica é lúdica e criativa, rompendo com
entraves da educação tradicional. Então, enquanto a classe menos favorecida
ainda com pouco conhecimento sobre seus direitos, passa a ter uma educação
básica e menos interesse na área da ciência, pois seu ensino é direcionado ao
trabalho.
“O domínio dos conteúdos da referida disciplina pode ser obtido pela mediação
da atividade prazerosa que constitui o movimento lúdico dos brinquedos infantis;
no entanto, a ciência não pode ser considerada como brinquedo ou atividade
simples, pois é essencialmente complexa.” (p.73)
Jogos de guerras são passa tempos para os jovens, na qual eles passam horas
jogando e se sentem interessados por esse tipo de entretenimento e é claro que
o capitalismo sempre está produzindo novos jogos, enquanto, países passam
por guerras e conflitos e os jovens começam a naturalizar esses tipos de ato de
horror humano.
“O fato de a ciência ser uma aliada fundamental do capital não implica que a
essencialidade da ciência seja servir exclusivamente ao capital, e menos ainda
que ela esteja condenada a produzir artefatos e instrumentos de guerra; estes
usos são expressões tão somente de um sistema metabólico movido pelo lucro
e pela transformação dos seres humanos em apêndices dos interesses do
capital.” (p.75)
A ciência ela também produz artefatos para a suade, tecnologias que melhoram
as novas vidas nos dias atuais, é claro não deixando seu interesse principal que
é o lucro. Mas sem ela não estaria tão avançado nas tarefas humanas nas quais
hoje é naturalizada.