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FACULTAD INTERAMERICANA DE CIENCIAS SOCIALES PROGRAMA DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO CURSO DE MESTRADO

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO


PROFESSORA: SANDRA KARINA M. DO VALE

RESENHA
Educação para a liberdade – uma perspectiva kantiana. Sergio A. Ribeiro Lourenço
Zancanaro. Revista – Centro Universitário São Camilo – 2011; 5 (1): 93-97.

Maria Alcione Santos de Assunção


Mestrando e graduada em Letras- Língua Portuguesa pela Universidade Federal do
Pará- UFPA.
alcionesantosassuncao@gmail.com

TEXTO DA RESENHA

A reflexão é introduzida com uma análise sobre a educação para a liberdade


na perspectiva Kantiana, onde o homem é um ser racional utilizador da razão, a qual
o distingue dos animais, e o único a possuir a a faculdade de julgar, porém, nem
sempre o ser humano faz o uso devido de sua razão, uma vez que este sofre
influencias das inclinações e ele não é dotado da força necessária para torná-la
eficaz e concreta no seu comportamento.
Na concepção da moralidade como autonomia, Kant propõe que o homem
seja racional e não se guie por outras esferas da sociedade que não seja a sua
própria razão, e para isso, faz-se necessária a saída do homem de sua menoridade,
ou seja, a saída da condição do ser humano onde ele não pode decidir sobre a sua
própria existência, ou ele escolhe não decidir, se encontra de maneira covarde,
dependente e, portanto, ele tem que se livrar dessa condição para enfim, fazer uso
de seus próprios conhecimentos, tanto em seu uso teórico como em seu uso prático,
dessa forma, a educação, segundo Kant, é a possibilidade do homem fazer escolhas
boas e preservar-se do instinto irracional.
No tópico Kant e a Educação a reflexão inicia-se com a definição do homem
como única criatura que precisa ser educada e, que “o homem não pode se tornar
um verdadeiro homem senão pela educação, ele é aquilo que a educação faz dele”
(p. 18), tornando a educação condição que contribui no processo do homem para
alcançar autonomia onde o sujeito autônomo faz uso da liberdade, apresentando,
assim, uma pedagogia centrada na autodeterminação crítica do indivíduo
desenvolvendo o pensamento racional para a distinção do bem e do mal e assim, a
escolha do correto, do justo e do bom.
Salienta-se o fato de o ser humano ser a única espécie a precisar ser
educada, entendendo-se por educação o cuidado com a infância, a disciplina e a
instrução com a formação, uma vez que a a educação para a liberdade necessita de
exercícios e ensinamentos para desenvolvimento da inteligência e está diretamente
relacionada com a moral. Afirma-se que o homem é um ser determinado pela razão
precisa levar adiante a tarefa de cultivar-se, civilizar-se e moralizar-se, sendo a
moralização o estágio mais elevado e também o mais exigente a ser atingido pelo
homem, e assim, não pode ser apenas um produto causal da educação, mas sim
como uma precondição necessária, haja vista que o ser humano não é um ser moral
em absoluto.
De acordo com a concepção kantiana, na educação prática, tem-se a
disciplina e o treinamento como dois aspectos indispensáveis. A primeira é
entendida como um estagio preliminar da própria educação diz respeito à
necessidade do homem ser disciplinado, ou seja, tem como finalidade ensinar o
homem a domar seus instintos e impedir que a animalidade tome conta de seu
caráter. Enquanto que o treinamento tem como objetivo, por meio de
conhecimentos, tornarem o homem disciplinado, culto, prudente e, além disso,
moralizá-lo.
Para o filósofo, a moralização desempenha um papel essencial na educação
prática, a educação de homem livre, uma vez que ela abre passagem para o reino
da liberdade. A ideia de um progresso da civilização para um estado melhor é um
dos pressupostos básicos da relação entre pessoa e sociedade em Kant.

A finalidade da educação em Kant é a felicidade, do indivíduo que a


conquista com a formação do sujeito autônomo e da sociedade, com indivíduos
éticos.

Referências
1. Sergio A. Ribeiro Lourenço Zancanaro. Educação para a liberdade – uma
perspectiva kantiana. Revista – Centro Universitário São Camilo – 2011; 5 (1): 93-
97.

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