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Fundamentos teóricos e metodológicos

da investigação das experiências de


movimento corporal das crianças na
educação infantil de vitória (es)
1.
Experiências de movimento
corporal no cotidiano da
educação infantil
Um objeto de estudo em construção
✘ O livro Metodologia de Ensino de Educação Física é
identificado como referência teórico-metodológica para
planejamento da atuação dos professores nos CMEIs.

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A revisão do debate do discurso legitimador inicia com as
contribuições de Valter Bracht em textos de 1992 á 2006. Um
intelectual que repensou a história da educação física no
Brasil, de um formato ainda não explorado.

A construção do objeto de estudo desta investigação se da


pela discussão do modo de pensar epistêmico e político
pedagógico de Bracht.
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2.
Cultura corporal de movimento
como objeto de conhecimento da
educação física
A discussão fundamentada em Valter Bracht, que é um
pensador Histórico-crítico, que reconhece a Educação Física
como prática pedagógica, tecendo críticas ao movimento da
Educação Física como ciência.

O coletivo de autores trabalha na formação de professores


propondo uma perspectiva crítico-superadora, ao mesmo
tempo uma crítica aos segmentos tradicionalistas do
movimento renovador. 6
Para Bracht, o segmento tradicionalista do movimento
renovador trazia um argumento frágil com viés cientificista, que
permanecia na ideia da aptidão física e esportiva, se mantendo
no mais do mesmo. Portanto, apenas depois dos
questionamentos de Bracht a crítica radical aconteceu.

A histórica crise de identidade da área era uma questão além do


perfil profissional, mas epistemológica diretamente relacionada
com a questão da legitimação da
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Educação Física.
Durante o estudo, é retomado o problema da identidade da
área, trazendo a pergunta “O que é Educação Física?” para
a discussão.

Bracht evidencia como esse questionamento foi prejudicado


desde o início dentro do movimento renovador por
perguntar não pela essência de fato da EF, mas por sua
trajetória sócio histórica.
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Para contribuir com a delimitação da EF é definida em dois
sentidos: O amplo e o restrito.

O sentido restrito pode ser entendida como uma prática que


trata pedagogicamente o tema do movimento corporal
humano dentro do sistema educacional.

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O Amplo é classificado como “todas as manifestações
culturais ligadas a ludomotricidade humana (...)” (BRACHT,
1992, p.15).

No entanto o autor indica como uma terminologia genérica,


o substituindo por “cultura corporal ou cultura de
movimento”.

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Bracht propõe para intelectuais e profissionais da área o
entendimento do sentido da ideia de cultura corporal de
movimento a considerando como perspectiva
histórico-cultural.

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“Para realizar tal tarefa é fundamental entender o
objeto da EF, o movimento humano, não mais
como algo biológico, mecânico ou mesmo na sua
dimensão psicológica, e sim como fenômeno
histórico-cultural” (BRACHT, 1999, 81)

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A cultura corporal de movimento na EF não tinha o
enfoque de falar sobre a ciência ou filosofia, muito menos
confundir a identidade da EF com a identidade do
profissional que socialmente a pratica.

Portanto, sob uma dimensão que não pode ser reduzida,


há um distanciamento entre os pontos científico, filosófico
e pedagógico.
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Em sua analise, Bracht estabelece uma periodização das
funções sociais dos códigos históricos da Educação Física
Moderna no que tange o contexto brasileiro.

Até os anos 60 a EF veio objetivando a promoção da aptidão


física social, focando o fortalecimento do caráter pessoal e
da saúde corpórea da população urbana nacional.

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Após os anos 60 a EF se descaracteriza como pedagogia,
alterando sua função social e sendo notada como ramo das
ciências do esporte ou das suas subdisciplinas.

Dos anos 80 em diante, a EF volta a se caracterizar


pedagógica, no debate sobre a crise de identidade proposto
pelo Movimento Renovador ao qual Bracht era destaque
pela conceituação, tanto em sentido amplo quanto restrito.
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Tanto o professor quanto o aluno, no que se refere a cultura
de movimento corporal humano, precisam refletir de forma
crítica o papel social da escola no contexto da sociedade a
qual está inserida, para definir seus métodos de ensino e
estabelecer relações dos conteudos com os objetivos a
alcançar.

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“A pedagogia da educação física, como ciência
prática tem seu sentido não na “compreensão”,
mas no aperfeiçoamento da práxis”
(BRACHT, 1992, 42)

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Portanto, Bracht entende que o conhecimento
historicamente produzido de fora para dentro da EF
escolar não fornece autonomia e nem legitimidade
pedagógica e social de um ponto de vista crítico e
emancipatório.

Para tornar possível a legitimação autônoma da EF, Bracht


propõe uma fundamentação teorica interacionista que
articula o fenômeno do movimento humano com as
relações históricossociais . 18
O caminho para enfrentar o problema da colonização
epistemologica da EF na sociedade moderna, segundo
Bracht, é remexer no universo simbólico dominante da
área.

Há uma abertura para um novo sentido pedagógico, para


superar a perspectiva ética existente, abalando não
somente nas certezas do paradigma da aptidão física e
esportiva na EF escolar, como em bases especificas.
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Obrigada pela atenção!

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