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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI

CURSO DE PEDAGOGIA

SEMINÁRIO INTEGRADOR VI: PEDAGOGIA DO MOVIMENTO I


Tamara Togni Ninoff – 552129

Bom Retiro do Sul, 18 de maio de 2021.


INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta uma resenha do texto “A constituição das


teorias pedagógicas da Educação Física”, do autor Valter Bracht, que
apresenta as tendências pedagógicas tradicionais e progressistas da Educação
Física no contexto da educação corporal.
No texto “A constituição das teorias pedagógicas da educação
física”, o autor Valter Bracht nos apresenta as teorias pedagógicas da
educação física no contexto da educação corporal, demonstrando que
historicamente, tanto nas teorias da construção do conhecimento como nas
teorias da aprendizagem, a noção de corpo foi subestimada em comparação às
esferas mentais ou intelectuais supostamente superiores.

O corpo era visto – e o autor ressalta que ainda há fortes reflexos


dessa narrativa nos dias de hoje – de uma perspectiva exclusivamente voltada
à aptidão física, esportiva ou moral, pensamento que influenciou a constituição
da educação física que buscou nas instituições médicas e militares as bases
para a instalação de suas práticas pedagógicas.

Daí porque o corpo, na educação física, passou a ser tratado


exclusivamente para promoção da saúde, seja numa perspectiva de aptidão
física ou de um ponto de vista patriótico e nacionalista, evoluindo, mais adiante,
para uma perspectiva de rendimento esportivo, mas sempre associada aos
aspectos biológicos e das ciências naturais. Em muitos casos, o corpo era visto
basicamente como um instrumento da lógica capitalista para o
desenvolvimento da capacidade produtiva do indivíduo.

Surge, então, a necessidade da modificação desse paradigma, por


meio de propostas pedagógicas progressistas, especialmente do ponto de vista
da educação física no ambiente escolar. O autor apresenta algumas propostas
que abordam criticamente a educação corporal, como a pedagogia “crítica-
superadora” de Saviani, a “crítico-emancipatória” de Kunz ou a proposta de
concepção de aulas abertas à experiência de Hildebrandt.

Tais teorias tem desenvolvido o aspecto da educação corporal para


muito além da questão da saúde, rendimento ou produtividade, trazendo uma
nova visão do corpo, agora de uma perspectiva social e histórica,
reconhecendo-o definitivamente como importante objeto de estudo.

O assunto é de grande valia não somente para educadores físicos e


professores, mas também para gerar reflexões sobre a importância de uma
educação corporal progressista com uma perspectiva crítica a fim de superar
os desafios do atual modelo pedagógico na educação física escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O texto traz importantes reflexões de como a educação corporal foi


tratada historicamente e como é importante repensar as propostas
pedagógicas da educação física nas instituições escolares para além das
ciências naturais de forma que se desenvolva uma abordagem social e
histórica, dando protagonismo ao corpo, tanto quanto ao intelecto.

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