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NOVA IGUAÇU
2019
FACULDADE KENNEDY
PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
NOVA IGUAÇU
2019
SUMÁRIO
RESUMO.........................................................................................................................4
ABSTRACT.....................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
2. CONSTRUINDO O CONHECIMENTO................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................22
4
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo mostrar o papel do educador na prática docente no Ensino Superior na
construção do conhecimento, defendendo a hipótese de que o professor enfrentará grandes desafios e
dificuldades, visto que, ao ingressar na faculdade o estudante universitário dispõe de uma grande bagagem
de conhecimento nas áreas de tecnologia e informática, além de senso crítico de cidadão, o que obrigará o
professor a se atualizar, se aprimorar e buscar novos métodos e estratégias no processo ensino-
aprendizagem. Baseado nas referências bibliográficas, este artigo busca provar de forma acadêmica, que a
educação pode e deve ser repensada e aprimorada, através da capacitação adequada dos professores.
Espero ter alcançado o objetivo proposto, visto que a bibliografia me foi favorável e satisfatória, de
linguagem simples e fácil entendimento.
ABSTRACT
This article aims to show the role of the educator in teaching practice in higher education in the construction
of knowledge, defending the hypothesis that the teacher will face great challenges and difficulties, since, when
entering college, the university student has a great deal of baggage. of knowledge in the areas of technology
and information technology, as well as a critical sense of citizen, which will force the teacher to update,
improve and seek new methods and strategies in the teaching-learning process. Based on bibliographic
references, this article seeks to prove academically that education can and should be rethought and improved
through proper teacher training. I hope to have achieved the proposed objective, since the bibliography was
favorable and satisfactory for me, with simple language and easy understanding.
__________________
INRODUÇÃO
Partindo da hipótese que não existe um método que seja considerado o mais
correto ou eficiente, a prática docente deve ser exercitada antes, para, com sucesso, ser
exercida depois; o professor no presente século precisará buscar, criar, ousar e usar
metodologias, técnicas e estratégias eficientes além das já existentes, para melhor se
adequar às necessidades do momento.
Este artigo tem por objetivo abordar o papel do educador na prática docente no
ensino superior na construção do conhecimento, vislumbrando a hipótese de que o
professor poderá enfrentar grandes desafios e dificuldades em sua prática docente, se não
se atualizar e buscar aprimoramento profissional, visto que atualmente, ao ingressar na
faculdade, o estudante já traz consigo grande bagagem de conhecimento tecnológico e na
área de informática.
Este primeiro capítulo dispõe sobre a educação e sua finalidade, de acordo com a
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB).
1
AURÉLIO, Dicionário da língua portuguesa – p.499.
2
Idem. P.499.
3
LDB. Lei de Diretrizes e Base – p.7.
4
Idem. P.14.
7
fundamental e ensino médio; e II - educação superior”, tendo, cada nível, suas finalidades
específicas.
Em seu Art. 22, a LDB (1996), prevê que “a educação básica tem por finalidade5
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável ao exercício da
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Para o ensino médio, diz o Art.35 da referida lei, que a educação tem por
finalidade “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando”, além do
desenvolvimento da competência intelectual e do pensamento crítico, a compreensão dos
fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com
a prática, no ensino de cada disciplina. (LDB, 1996)
5
LDB.. Lei de Diretrizes e Base – P.14.
6
Idem. p.20.
7
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.38.
8
Idem. P.48.
8
Na visão do educador e filósofo Paulo Freire, autor do livro intitulado Paulo Freire
para Educadores, a educação “é um processo10 pelo qual as pessoas vão se completando
durante toda a vida na busca de serem mais”. (FREIRE, 1998)
9
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – P.31.
10
FREIRE, Paulo. Paulo Freire para educadores – p.58.
11
AURÉLIO, Dicionário da língua portuguesa – p.487.
12
Idem. P.487.
13
BARBOSA, Didática no ensino superior – p.9.
14
RIOS, Gilma Maria. Qualidades de um professor universitário – p.139.
15
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.98.
9
ter formação16 de docente em nível superior, para atuar na educação desde o ensino
fundamental, “sendo admitido como formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a formação
oferecida em nível médio, na modalidade Normal”.
Em seu Art. 66, a LDB (1996) também regulamenta a preparação para o exercício
do magistério superior,17 que será feita em nível de pós-graduação, prioritariamente em
programas de mestrado e doutorado. O parágrafo único do Art. 66, estabelece ainda, que
“o notório saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em área afim,
poderá suprir a existência de título acadêmico”.
Em sua análise, LUCKESI (1994) admite então, que o educando nem é totalmente
ignorante e nem possuidor de todo saber – sendo detentor de um limitado conhecimento
adquirido no dia-a-dia, necessita da mediação da cultura elaborada para não permanecer
carente de entendimento e consciência21.
16
LDB. Lei de Diretrizes e Base – p.26.
17
Idem.P.27.
18
BARBOSA, Didática no ensino superior –p.7.
19
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.117.
20
Idem.P.118.
21
Idem.p.119.
10
2. CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
Aborda a arte de ensinar como um dom que o educador possui, que ao ser
compartilhado é refletido em sua prática docente.
22
FREIRE, Paulo. Paulo Freire para educadores – p.55.
23
RIOS, Gilma Maria. Qualidades de um professor universitário – p.142.
24
Idem. P.140.
25
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.115.
11
LUCKESI (1994) entende que o educador26 deve ter o desejo de ensinar, precisa
querer ensinar e deve ter paixão pelo que faz. Para esse autor, o processo educativo requer
afetividade, o que evidencia a arte de ensinar, que em sua concepção, é “um desejo
permanente de trabalhar, das mais variadas e adequadas formas, para a elevação cultural
dos educandos”.
Um professor que não leva a sério sua prática28 docente, que não estuda e
ensina mal o que mal sabe, que não luta para dispor das condições materiais
indispensáveis à sua prática docente, se proíbe de participar para a formação
da imprescindível disciplina intelectual dos estudantes. Se anula, pois, como
professor. (FREIRE, 1998)
26
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – P.117.
27
CORTELLA, Mário Sérgio. Nós e a escola – p.14.
28
FREIRE, Paulo. Paulo Freire para educadores – P.71.
29
STUMPENHORSTS, Josh. A nova revolução do professor – p.21
30
RIOS, Gilma Maria. Qualidades de um professor universitário – p.138.
12
de que a sala de aula é uma local de troca de conhecimentos, onde o docente31 também
aprende com o aluno.
Para atrair o aluno, fazendo com que o aprender32 seja significativo para ele,
segundo RIOS (2016), é necessário que o professor tenha uma postura diferenciada, que
estabeleça uma boa interação com o aluno, despertando no mesmo uma consciência
crítica e cidadã, através do envolvimento com a ação pedagógica, com a percepção de
que a prática docente precisa fascinar o aluno, motivando-o a aprender cada vez mais.
Assim, para RIOS (2016), o perfil do bom docente34 universitário reflete a imagem
de alguém dinâmico, compromissado, competente, habilidoso em seu relacionamento
com os alunos e a sociedade, que “tenha domínio do conteúdo e das técnicas de ensino e
aprendizagem e, sobretudo”, “compromissado com o resultado final de seu trabalho: o
aprendizado do aluno”.
31
RIOS, Gilma Maria. Qualidades de um professor universitário – p.138.
32
Idem.p.140.
33
Idem.p.141.
34
Idem. p.144.
13
No livro Aula nota 10 - 2.0 (2018) seu autor Doug Lemov, enfatiza que, o que o
professor ensina é tão importante41 quanto como o que ele ensina. LEMOV (2018),
reforça sua ênfase dizendo que quanto melhor a habilidade de ensinar, maiores serão os
benefícios resultantes da escolha de um conteúdo.
35
BARBOSA, Jane Alves Rangel. Didática no ensino superior – p.8.
36
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.117.
37
FREIRE, Paulo. Paulo Freire para educadores – p.69.
38
Idem. p.59.
39
RIOS, Gilma Maria. Qualidades de um professor universitário – p.141.
40
FREIRE, Paulo. Paulo Freire para educadores – p.65.
41
LEMOV, Doug. Aula nota 10 – 2.0. – p.72.
42
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.74.
14
Tendo em vista que a aprendizagem só acontece quando o aluno remove sua visão
parcial e confusa, obtendo uma nova e mais clara visão, na observação de LUCKESI
(1994), é necessário que o aluno compreenda47 com clareza, o que o professor lhe diz em
relação ao conteúdo.
43
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – p.19.
44
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.72.
45
Idem.p.71.
46
Idem.p.72.
47
Idem. p.72.
48
BOLFER, Reflexões sobre prática docente – p.120.
15
Na visão de FREIRE (2002), assim como muitas funções como por exemplo,
cozinhar, velejar e outras mais, exigem saberes específicos para serem exercidas, alguns
saberes51 são indispensáveis à prática docente. Um desses saberes é que desde o princípio
49
BOLFER, Reflexões sobre prática docente – p.120.
50
Idem. p.121.
51
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia – p.12.
16
Como um ser histórico e cultural, o professor traz consigo uma grande bagagem
de saberes,53que segundo BOLFER (2008), são saberes que refletem na prática docente,
resultando no desenvolvimento e aprendizagem do aluno; saberes tais como: “saberes
pessoais, saberes provenientes da formação para o magistério, saberes provenientes dos
materiais didático-pedagógicos que utiliza e saberes provenientes da própria atividade
docente”, contemplando valores, crenças, atitudes, conhecimentos e concepções.
Segundo ANASTASIOU (2015), foi diante das reflexões sobre a diferença entre
aprender e apreender, que surgiu o termo ensinagem, usado para indicar uma
reciprocidade didática entre professor e aluno, resultando na aprendizagem do estudante,
que passa a superar o simples dizer do conteúdo apresentado pelo professor. É nessa
superação que se inserem os processos de ensinagem.55
52
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia – p.14.
53
BOLFER, Reflexões sobre prática docente – p.61.
54
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – p.18
55
Idem.p.20.
17
56
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – p.68.
57
Idem. p.68.
58
Idem. p.69.
59
Idem.p.69.
60
Idem.p.37.
18
A plena consciência do seu papel63 na práxis pedagógica, faz com que o professor
compreenda o sentido da prática docente, visto que, aquilo que faz está diretamente
relacionado aos seus conhecimentos, valores e atitudes (BOLFER, 2008).
61
RIOS, Gilma Maria. Qualidades de um professor universitário – p.150.
62
BARBOSA, Jane Alves Rangel. Didática no ensino superior – p.10.
63
BOLFER, Reflexões sobre prática docente – p.111.
64
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – p.21.
65
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação – p.119.
66
FREIRE, Paulo. Paulo Freire para educadores – p.69.
67
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – p.19.
19
Objetivando superar a tradicional palestra docente, uma outra estratégia71 que vem
sendo apresentada, é a aula expositiva dialogada, onde “a participação do estudante terá
suas observações consideradas, analisadas, respeitadas, independentemente da
procedência e pertinência delas, em relação ao assunto tratado” (ANASTASIOU, 2005).
68
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – p.70.
69
Idem.p.71.
70
Idem.P.72.
71
Idem.p.79.
20
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme descreve Cortella (2018), “há muito para ser feito, reinventado,
recriado e renovado”. Sendo o educador o sujeito de sua prática, torna-se necessário
buscar o novo; a ciência avança, novos conhecimentos nascem, novas necessidades
surgem no seio da sociedade mudando a visão de mundo do cidadão e sua relação com
seus pares, a natureza, o trabalho, etc.
Cabe ao educador pesquisar, pois, sem pesquisa não há ensino; entendo que a
pesquisa, além de ser uma atividade, deve ser um hábito constante do educador, sendo
também, um eficiente instrumento na prática docente do ensino superior.
72
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade – 23.
21
O professor do presente século deve estar sempre bem informado sobre o que se
passa na sociedade, mantendo-se atualizado em outros campos do conhecimento, além da
disciplina que ministra. É preciso ter uma visão social, cultural, política e econômica
condizente com suas ações e discursos, principalmente no modo como interpreta, explica
e justifica a realidade, para que possa refleti-la no exercício do magistério.
22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Jane Alves Rangel. Didática no ensino superior. 2ed. Curitiba: IESDE
Brasil S.A, 2009.
FREIRE Paulo. Pedagogia da autonomia. 25ed. Saõ Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE Paulo. Paulo Freire para educadores. 1ed. São Paulo: Arte e Ciência, 1998.
LEMOV, Doug. Trad: Marcelo de Abreu Almeida, Sandra Maria Mallman. Aula nota
10 -2,0. 2.ed. Porto Alegre: Penso: 2018.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação.14 ed. São Paulo: Cortez, 1994.