Você está na página 1de 5

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR

AVALIAÇÃO FORMATIVA 1

Em equipes de no máximo 6 integrantes, analise o caso abaixo e, com


base nos estudos em evolução histórica, períodos, influências, escolas,
função do direito penal e princípios, faça suas considerações em um
parecer de no máximo 2 laudas.

O paper deve ser entregue EM SALA durante o horário da aula destinada


á formativa, físico ou por email:patricia.piasecki@pucpr.br por apenas
um dos integrantes do grupo, contendo o nome de todos os integrantes.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/04/09/hom
em-e-liberado-apos-16-anos-preso-sem-existir-processo-contra-ele.htm

Homem é liberado após 16 anos preso sem existir processo contra ele

Após passar 16 anos preso injustamente no Ceará, Cícero José de Melo, de


47 anos, ganhou a liberdade na tarde de hoje. O pedreiro foi acusado de
tentativa de homicídio em 2005, mas nenhum processo denunciando o
suposto crime chegou a transitar na Justiça. Mesmo assim, ele
permaneceu detido em uma penitenciária cearense por quase duas
décadas.
Cícero agora está sendo assistido pelo advogado criminalista Roberto
Duarte. O defensor explicou que ficou sabendo do caso de Cícero por
intermédio de um outro cliente, que cumpria pena na mesma unidade
prisional.

"Durante quase um mês ocorreram investigações paralelas acerca da real


condição processual do senhor Cícero José. Buscamos dados sobre
possíveis processos criminais em nome dele, mas encontramos nada",
esclareceu o advogado.

Após confirmação de que não havia processo que justificasse a prisão do


homem, o advogado solicitou seu alvará de soltura, que foi expedido
anteontem.

"A juíza corregedora dos presídios, a mesma que oficia junto à Vara de
Execuções Penais, determinou a saída do cárcere imediatamente",
continuou.

Na decisão, a juíza Maria Lúcia Vieira alegou que "Cícero está preso sem
que seja possível aferir por qual motivo se encontra custodiado".

Segundo o advogado Roberto Duarte, o homem disse que foi acusado por
tentativa de homicídio de uma companheira dele, mas que nega a autoria
do crime.

Fora da prisão, Cícero foi levado até a cidade do Crato, a 270 km de


Fortaleza, onde a família reside.

Uma prima dele disse que não procuraram por ele por acharem que Cícero
havia se mudado para Fortaleza.

"Passei 16 anos preso de forma injusta. A juiza se sensibilizou e me soltou.


Me considero um sequestrado. Passei esse tempo todo péssimo, por estar
no mesmo ambiente com vários criminosos", desabafou Cícero José ao
UOL.

O pedreiro não tem documentos. De acordo com o advogado Roberto


Duarte, assim que os registros civis dele forem expedidos, uma ação
indenizatória será ajuizada contra o estado.

https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/04/19/cnj-pede-esclarecimen
tos-a-justica-do-ceara-sobre-homem-preso-injustamente-sem-processo-cri
minal.ghtml

CNJ pede esclarecimentos à Justiça e ao Governo do Ceará sobre homem


preso injustamente sem processo criminal
Cícero Melo ficou detido em uma penitenciária no interior do Ceará e não
havia processo criminal contra ele

O Conselho Nacional de Justiça solicitou esclarecimentos ao Tribunal de


Justiça do Ceará (TJCE) e ao Governo do Estado acerca do caso do
jardineiro Cícero José de Melo. Ele afirma que ficou preso por quase 16
anos na Penitenciária Industrial Regional do Cariri (Pirc), em Juazeiro do
Norte, interior do Ceará, sem responder a qualquer processo criminal. O
Tribunal de Justiça informa que a prisão durou pouco mais de 10 anos.
O jardineiro foi preso sob suspeita de tentativa de homicídio. O G1 teve
acesso à decisão da juíza Maria Lúcia Vieira, que determinou o alvará de
soltura em favor de Cícero Melo, alegando "não ter sido constatada
motivação para sua manutenção em cárcere".
● 'Quero reencontrar meus filhos', conta jardineiro solto após 15
anos preso no Ceará sem que houvesse processo contra ele
Em decorrência disso, o CNJ encaminhou ofício ao desembargador
Henrique Jorge Holanda Silveira, que supervisiona o Grupo de
Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Ceará. O TJCE foi
questionado pela reportagem, mas disse que, nos casos em que envolve
comunicação oficial, o órgão "expressa-se formalmente aos órgãos do
Judiciário brasileiro".
No pedido, o Conselho solicitou a lista completa com nome, data da prisão
e motivo do encarceramento de todos os presos cearenses, contra os
quais já foi observado anteriormente situações de violência institucional.
Além disso, o TJCE terá que informar quando foram realizadas as últimas
inspeções prisionais. Essas ações devem ser feitas mensalmente pelas
varas de execução penal, mas também podem ser efetivadas pelo
Ministério Público e pela Defensoria, segundo o CNJ.
De acordo com o coordenador do Departamento de Monitoramento e
Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) do Conselho, o juiz Luis Geraldo
Lanfredi, a situação pode gerar responsabilizações pelo que ele considera
como "descalabro".
"O CNJ busca delinear para que se possa configurar “quem e porque” é
responsável por essa omissão flagrante e descumprimento de regras de
respeito e dignidade às pessoas que se encontram sob proteção do
Estado”, ressaltou.

Justiça informa que prisão durou 10 anos


De acordo com a Justiça cearense, Cícero Melo deu entrada no Sistema
Penitenciário, em 2 de dezembro de 2010, conforme registros da
Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), sendo solto no dia 8 de
abril deste ano, ou seja, pouco mais de 10 anos depois.
Conforme a apuração judiciária, ele foi preso pela Delegacia Regional de
Crato pela existência de um mandado de prisão de maus-tratos contra
uma enteada. A questão é que o jardineiro teve a punibilidade declarada
extinta neste processo e, por isso, o mandado de prisão não poderia ser
cumprido, uma vez que ele já estava livre em decorrência do suposto
crime.
O TJCE considerou que o juízo da 4ª Vara de Caucaia - o qual determinou
que ele fosse preso por maus-tratos em 2006 - mandou recolher o
mandado de prisão preventiva que estivesse nos sistemas da delegacia e
comunicou à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado a
extinção da punibilidade.

Você também pode gostar