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DERMATITE ATÓPICA

Ruan Medeiros
Roberta Assunção Daniel
Micaela Costa
Luma Beatriz Nascimento Toledo
Suzana Katagiri dos Santos
INTRODUÇÃO:
● Hipersensibilidade tipo 1 - IgE.
● Doença multifatorial.
● Picada de parasito ou bactérias e fungos?
● 3 tipos de terapia.
ANATOMIA DA PELE:
A pele é composta por um arranjo complexo
originado da ectoderme, mesoderme e
endoderme.
- Se organizam em 3 camadas:
1- Epiderme.
2- Derme.
3- Hipoderme.
ANATOMIA DA PELE:

FIGURA 01 - Anatomia da
pele dos cães. (Fonte:
DESHEN, DENISE. Dermatite
seborréica em cães. 2010).
ANATOMIA DA PELE:
Possui funções importantes como:
- Barreira protetora entre meios externo e
interno do organismo.
- A elasticidade e flexibilidade da pele permitem
os movimentos corporais.
PATOGÊNESE:
É uma doença que possui diversos fatores que se
combinam para sua ocorrência, existe uma barreira
cutânea anormal que permite a passagem de mais
alérgenos e um sistema imune que responde
exageradamente a esse estímulo. A reação de
hipersensibilidade que existe é a do tipo I.
PATOGÊNESE:
Na reação de hipersensibilidade do tipo I se
predomina o anticorpo IgE, que tem como função
a mediação de inflamação, sinalização celular,
função oxidativa e apoptose celular.
PATOGÊNESE:
Quando o animal é exposto a um alérgeno ele é
apresentando as células T, em indivíduos
predispostos são apresentados para a célula Th2
que libera citocinas para a produção de IgE pelas
células B.
PATOGÊNESE:
Essas moléculas de IgE se ligam nos mastócitos
fazendo sua degranulação e liberando mediadores
de resposta de hipersensibilidade. Quando
reexpostos irá ocorrer a ligação cruzada destas
moléculas de IgE.
PATOGÊNESE:
Na ativação de linfócitos
Th2 existe a liberação
excessiva de
interleucinas como:
TABELA 01 - Interleucinas liberadas pela ativação dos linfócitos Th2.
(Fonte: autoria própria. 2022).
SINAIS CLÍNICOS:
1- Lambeduras excessivas das patas.
2- Aumento dos coxins.
3- Perda de pelos ao redor dos olhos.
4- Pele avermelhada.
5- Otite recorrente.
6- Autotraumatismo.
7- Estresse.
8- Desgaste dos dentes.
9- Insônia.

O prurido crônico causado pela dermatite faz o FIGURA 02 - Bruxismo Smile.


animal se morder com frequência = desgaste (Fonte: DIAS, LETÍCIA. Derme&oto.
dentário por bruxismo (corrosão do esmalte). Bruxismo por coceira. 2019).
SINAIS CLÍNICOS
DERMATOLÓGICOS:
1- Alopecia.
2- Escoriações.
3- Crostas.
4- Pústulas.
5- Pápulas.
6- Hiperpigmentação.
7- Xerose.
8- Mácula.
9- Hipotricose.
FIGURA 03 -Dermatite atópica canina. Pele. (A) Hipotricose e alopecia da face, principalmente nas regiões
nasal e periocular. (B) Pústula e hemorragia na região toracolombar (Fonte: VASCONSELOS, JACKSON et al.
Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães. Vet. Bras. 2017).
REGIÕES MAIS AFETADAS:

FIGURA 04 - Regiões mais afetadas pela dermatite atópica. (Fonte:


MARTEN, CICIANE. Dermatite Atópica em Cães. 2016).
Ex de RAÇAS PREDISPOSTAS:
- Bulldogues; inglês, francês.
- Shih Tzu.
- Shar Pei.
- Pug.
- Labrador.
- Bull Terrier.
- Boxer.
FIGURA 05 - Dermatite atópica. (Fonte:NOGUEIRA,
VANESSA. Dermatite Atópica. 2018).
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico da atopia é baseado no histórico, nos sinais
clínicos, na exclusão dos diagnósticos diferenciais, e nos
resultados dos testes diagnósticos (NAGATA, 2000).

Já que a enfermidade é gerada pela resposta imune tipo 1 (IgE) à


alérgenos ambientais como; pólen, ácaros, poeira, grama, etc…

- Sarnas, Pulgas, Piolhos, Carrapatos, Fungos, Bactérias, e


demais dermatites.
- Dermatite atópica possui sinais clínicos inespecíficos.
DIAGNÓSTICO:
- O animal seria
considerado atópico
quando apresentasse ao
menos 3 características
principais e 3
secundárias (Quadro 1),
embora a validade
destes critérios nunca
tenha sido comprovada
(LOPEZ et al, 2004).

FIGURA 06 – Critérios diagnósticos de dermatite atópica, de acordo com


Willemse. (Fonte: WAZLAWIK, ALEXANDRE. Curso de especialização em
clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. 2006).
EXAMES
COMPLEMENTARES:
DERMOGRAMA: Dermatite Atópica
1- Dermograma.
2- Biópsia.
3- Raspado de pele.
4- Imprint.
5- Dieta restritiva.
6- Teste de Mackenzie.
7- Hemograma.
8- Bioquímico sérico.
9- Citologia.
10 - Isolamento / Cultura.
11- Swabs otológicos. FIGURA 07 - Dermograma de dermatite atópica. (Fonte: HENSEL et.
12- Teste de reação al. Canine Atopic Dermatitis. 2015).
intradérmica (Puntura).
13- Sorologia.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
1- Dermatite a picada de ectoparasita (pulgas, e
carrapatos).
2- Alergia Alimentar com manifestações cutâneas.
3- Sarna Sarcóptica.
4- Sarna Psorótica.
6- Piodermite / Malasseziose.
7- Demodicose.
8- Distúrbios de Queratinização.
TIPOS DE TERAPIAS:
1- Tópica
2- Sistêmica.
3- Anti-Histamínica.
TERAPIA TÓPICA:
● Reestabelecer o tecido cutâneo.
● Xampus e sabão neutro.
● Mono - oligossacarídeos - calmante na pele.
● Ácido linoleico e ceramidas - reestabelecem a barreira
cutânea.
● Infecções secundárias - aspirador de pó.
● Glicocorticóides via tópica - lesões localizadas.
● Aceponato de hidrocortisona e Triancinolona (spray).
TERAPIA ANTI-HISTAMÍNICA:
● Pode reduzir até 100% dos sinais clínicos.
● Sinergismo - glicocorticóides e ácidos graxos.
● Hidroxizina, Clorfeniramina, Fexofenadina e
Clemastina.
● Testes a cada duas semanas = tratamento mais eficaz.
TERAPIA SISTÊMICA:
● Ácidos Graxos = ácido eicosapentanoico (reduz até 50%
do prurido).
● Ciclosporinas = Interação com cetoconazol (reduz em
50% o efeito de ambos).
● Corticoesteróides = Aumento do risco de infecções
secundárias (imunossupressor) e tem muitos efeitos
colaterais (poliúria, polidpsia, polifagia...).
IMUNOMODULADORES:
● Vacina contra alergia.
● Até 75% de eficiência.
● Teste de alérgenos previamente ao início da
terapia.
● Resposta imunológica alterada.
OUTROS FÁRMACOS:
● Antidepressivos tricíclicos - Doxepina e
Amitripitilina (estresse).
● Antibióticos - Infecções secundárias.
● Colecalciferol (Vit D3).
OCLACITINIB:
Foi aprovado pelo FDA Americano (Food and Drug
Administration) em 2013 e licenciado pelo Ministério da
Agricultura em 2015 para o controle e tratamento do
prurido associado a dermatites alérgicas e DAC a partir
dos 12 meses de idade.
MECANISMO DE AÇÃO:
O oclacitinib é uma inibidor da enzima janus
kinase ( JAK), principalmente a JAK1. Que são
responsáveis pela sinalização de diversas citonas
pró-inflmatorias, pro-alergenicas e
pruritogênicas, especialmente a IL-31. Dessa
forma ele age reduzindo as manifestações clínicas
da dermatite atopica..
INDICAÇÕES:
*Dermatite Atópica e Inflamatória.
* Prurido.
* Cães com 12 meses de idade.
* Rápida e eficaz redução do prurido e das lesões
cutâneas.
TRATAMENTO:
*0,4 a 0,6 mg/kg BID por 14 dias. USO contínuo.
CONTRAINDICAÇÃO
:
*Não deve ser administrado em cães com menos de 12 meses
de idade ou menos de 3kg.
* Cães que apresentam evidências clinicas de infecção grave :
Imunossupressão, Neoplasia maligna.
*Não foi determinado em fêmeas gestantes ou lactantes e
nem machos destinados à reprodução, por isso é contra
indicado.
REAÇÕES ADVERSAS:
Não há relatos de reações adversas ao uso do
medicamento.

- Já foram feitos estudos entre o oclacitinib


e outros medicamentos.
CONCLUSÃO:
● Dermatite atópica é de difícil diagnóstico e
tratamento.
● Conjunto de terapias = maior eficiência
● Oclacitinib = Mais atual.
FONTES:
COSTA, Giulianne Vieira Rodrigues da. Uso de oclacitinib no tratamento de dermatite atopica canina. Brasilia, Julho de 2017. Disponível
em : https://bdm.unb.br/bitstream/10483/17962/1/2017_GiulianneVieiraDaCosta_tcc.pdf

DESHEN, DENISE. Dermatite seborréica em cães. 2010. Disponível em:


https://animais.hi7.co/dermatite--seborreica-em-caes-570b184d533da.html
DIAS, LETÍCIA. Derme&oto. Bruxismo por coceira. 2019. Disponível em:
https://www.facebook.com/dermeeoto.vet/photos/pb.100063749133261.-2207520000./1578169308994555/?type=3
HENSEL et. al. Canine Atopic Dermatitis. 2015. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26260508/
LOPEZ et al, 2004.
MARTEN, CICIANE. Dermatite Atópica em Cães. 2016. Disponível em:
https://bichinhoamigo.com.br/dermatite-atopica-em-cachorros/#dermatite-atopica-em-caes-guia-completo-tratamento-orientacoes

MEDEIROS, VITOR Brasil. Dermatite atopica canina. Natal, 2017. Disponivel em: https://periodicos.ufrn.br/jscr/article/view/13044/8926

NAGATA, 2000

NOGUEIRA, VANESSA. Dermatite Atópica. 2018. Disponível em: http://www.mundobull.com.br/dermatite-atopica/


FONTES:
RIBEIRO, JOSÉ Francisco Antunes. Avaliação de resposta inflamatória dermatológica de cães atopicos com a utilização de maleato de oclacitinib.
Botucatu, 2019. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/190995/ribeiro_jfa_me_bot.pdf?sequence=3

VASCONSELOS, JACKSON et al. Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães. Vet. Bras. 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pvb/a/ctxjh7FyZzzzC6mB3SpGcLc/?lang=pt#
WAZLAWIK, ALEXANDRE. Curso de especialização em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. 2006. Disponível em:
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/18167/TCCE_CMCPA_2006_WAZLAWIK_ALEXANDRE.pdf?sequence=1&isAllowed=y
DÚVIDAS ???
OBRIGADO!

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