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GABARITO • LÍNGUA PORTUGUESA

CADERNO 3

4. Alternativa a.
MÓDULO 13
Se estivessem na segunda pessoa do plural (vós), teríamos a
configuração: Deixai-vos de histórias/Sumi-vos daqui!
Desenvolvendo habilidades
5. a) “Inexoravelmente” é sinônimo de “inevitavelmente”; “al-
1. Alternativa c.
mejando”, de “desejando”; “genuína”, de “verdadeira”;
Na frase “até agora não pudemos saber que haja ouro nem “áurea”, denotativamente, significa “de ouro” e, conotati-
prata”, o presente do subjuntivo do verbo “haver” sugere in-
vamente, é sinônimo de “gloriosa”.
certeza ou dúvida.
b) A reescrita da passagem, com as adaptações necessárias,
2. Alternativa e. é: Hoje, uma nova geração já descobriu que, caso tome de-
Os verbos no modo imperativo contribuem decisivamente cisões sábias na juventude, poderá tornar o tempo futuro
para a aproximação entre emissor e leitor. uma genuína etapa da vida.

3. Alternativa d. 6. a) Se a conjunção “mas” fosse substituída pela conjunção “e”,


Ambas as expressões fazem referência ao futuro; logo, a subs- o estranhamento da autora desapareceria, pois a segunda
tituição pode ser feita. oração deixaria de constituir oposição à primeira e seria en-
tendida como um outro pedido a Deus: “não nos deixeis
4. Alternativa e.
cair em tentação” / “e livrai-nos do mal”.
A associação de termos verbais no imperativo (“rompa”,
“denuncie”) com a imagem de três mulheres que cobrem os b) A frase ficaria: não nos deixe cair em tentação, mas livre-
olhos, boca e ouvidos – sugerindo a passividade perante di- -nos do mal.
versos tipos de assédio de que frequentemente são vítimas
7. a) A sequência dos verbos “conhecer”, “oferecer”, “propor-
– indica que a campanha busca convencer o leitor a mudar seu
cionar” e “alcançar” estabelece uma relação temporal de
comportamento.
continuidade e progressão. Em primeiro lugar, é necessário
5. Alternativa b. conhecer a atividade do cliente, para depois oferecer pro-
Segundo o explanado no trecho introdutório, o verbo “me- postas que venham a proporcionar resultados positivos e
diar” é conjugado como se apresentasse sufixo “-ear”; assim, correspondam aos objetivos positivos do negócio.
o trecho corrigido é “chamaremos o juiz que sempre medeia b) Os verbos mencionados devem ser conjugados no modo
as cerimônias da família”. subjuntivo, na primeira pessoa do plural: Conhecer profun-
damente os negócios de nossos clientes é só o primeiro
Aprofundando o conhecimento passo que permite que ofereçamos sempre respostas mais
rápidas, proporcionemos decisões mais assertivas e alcan-
1. Alternativa c.
cemos melhores resultados.
O verbo “Unamos”, que inicia o trecho, está conjugado no
imperativo afirmativo. Dessa forma, para manter o modo e o 8. a) Tenha paciência, se obscuros. Calma, se o/a provocam.
tempo verbal no segundo verbo do período, o termo que de- b) Forma verbal: “deres”.
veria ser utilizado é “demos”.
Forma apta a substituí-la: dês.
2. Alternativa a.
9. a) O eu lírico passa da recusa/rejeição à proposta/recomenda-
Os termos “sois” e “ides” pertencem ao presente do indi-
ção. O recurso usado é o emprego de formas imperativas,
cativo do verbo “ser” e “ir”; os termos “podíeis” e “éreis”,
negativas e afirmativas.
ao pretérito imperfeito do indicativo de “poder” e “ser”. Ao
substituir a 2a pessoa do plural utilizada para se referir ao subs- b) Respostas possíveis: avesso à emoção lírica; contrário ao
tantivo “palavras” pela 3a pessoa do plural, os verbos adqui- arrebatamento lírico; incompatível com a veemência lírica.
rem a configuração: são, vão, podiam, eram.
10. a) Polissemia. No poema: “Cada uma / tem mil faces secretas
3. Alternativa d. sob a face neutra”.
Ao preferir as formas verbais no infinitivo, o tenente daria or- b) Consumar. Espera que cada um se realize e conclua/
dens mais claras a respeito do seu desejo. complete.

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rito perfeito do indicativo (“foi”). Como o enunciado solicita
MÓDULO 14 o verbo ir denotando futuro com o verbo principal de uma
oração, a alternativa correta é a c (“vai divulgar”), que equi-
Desenvolvendo habilidades vale a “divulgará”.

8. Alternativa c.
1. Alternativa c.
Na alternativa c, empregou-se uma série de verbos no futu-
O caráter de coloquialidade da linguagem é evidente no uso
ro do subjuntivo (“retirar”, “suspender” e “repor”), mas o
da forma verbal composta do pretérito mais-que-perfeito do
verbo “repor” representa uma forma inadequada ao contexto
indicativo (“tinha consertado”), já que, de acordo com a nor-
formal, já que o futuro do subjuntivo desse verbo é irregular:
ma-padrão, deveria ser utilizado o pretérito mais-que-perfeito
“repuser”.
composto do modo subjuntivo (tivesse consertado).

2. Alternativa a. Aprofundando o conhecimento


Na transposição do trecho para o discurso indireto, a frase
1. Alternativa d.
teria a seguinte elaboração: ele disse que era o homem mais
O uso dos termos verbais em 1a pessoa do plural (“carrega-
poderoso do mundo, mandou que lhe pedisse o que desejas-
mos”, ”podemos reduzir-nos”, “desenvolvemos”, “somos”,
se que ele o atenderia. Dessa forma, os verbos sublinhados
“controlamos”) inclui o leitor nas apreciações que o autor emi-
que, no discurso direto, estão no imperativo afirmativo e futu-
te ao longo do texto.
ro do presente do indicativo seriam substituídos pelo pretérito
imperfeito do subjuntivo e futuro do pretérito do indicativo, 2. a) Sim, tendo em vista que a imagem dos rostos que enca-
respectivamente. beçam os dedos revela a diversidade do semblante de
cada ser humano, característica que se apresenta tam-
3. Alternativa d. bém no desenho das impressões digitais de cada um.
Na transposição da voz ativa para a passiva analítica, o objeto A propaganda reforça a importância da biometria como
direto da voz ativa (“este rapaz”) passa a ser sujeito da passiva fator de segurança para o processo eleitoral e amplia o
analítica, mantendo-se o verbo no futuro do subjuntivo. Des- significado da palavra “diferença” ao associar o termo à
se modo, a frase correta é: se este rapaz for maltratado (por melhoria do processo por garantir que ninguém votará
vocês). Destaca-se que o “se”, no período, é uma conjunção no lugar de outro.
subordinativa adverbial condicional. b) Venhamos para a biometria. Cadastremos nossas digitais.

4. Alternativa a. 3. Alternativa c.

5. Alternativa a. 4. Alternativa d.
Exceto na alternativa a, as orações apresentam sujeito agente: 5. Alternativa d.
em b, elíptico (ele); em c, simples (“o refém”); em d, indeter-
6. a) No primeiro parágrafo, o pronome “lhe” estabelece rela-
minado; em e, simples (“o major”). Na alternativa a, ainda que
ção anafórica com o pronome “ele”, ligado por sua vez a
o verbo esteja na voz ativa, não há sujeito agente, já que “o
carro” não pratica a ação de furar o pneu. “um poeta jovem”, mencionado no início do parágrafo. No
segundo, o pronome “lhes” refere-se a “beleza da nature-
6. a) Não. O sentido é de um discurso vazio, superficial e raso. za” e “beleza do rosto e do corpo humanos”.
b) Já que a oração “embora não se encontrem nos seus lon- b) Na voz ativa, a configuração é esta: o pensamento de que
gos discursos e muitos volumes nem uma ideia original, toda aquela beleza estava condenada à extinção incomo-
nem uma só observação própria” está na voz passiva sin- dava-o.
tética, a outra forma que o verbo encontrar pode assumir,
7. Alternativa a.
mantendo-se o sentido, é a voz passiva analítica: “embora
não sejam encontradas nos seus longos discursos e muitos No trecho “a arte pode manifestar-se”, o pronome destacado
volumes nem uma ideia original, nem uma só observação é reflexivo; faz referência ao substantivo “arte”.
própria”. Na oração “o escândalo viria se houvera (pretéri- 8. Alternativa d.
to mais-que-perfeito do indicativo) originalidade”, o verbo
No trecho “... se você / ver o mundo de outro jeito”, há um
haver poderia ser substituído, sem alteração de sentido,
desvio linguístico na conjugação verbal, pois ocorreu uma
por “houvesse” (pretérito imperfeito do subjuntivo).
confusão com a conjugação do futuro do subjuntivo: em vez
7. Alternativa c. de utilizar a forma “vir”, ele se vale do infinitivo “ver”. O mes-
O verbo ir forma locução verbal apenas nas sentenças das mo ocorre na alternativa d: em vez da forma subjuntiva “fizer”,
alternativas b e c; no entanto, em b, está conjugado no preté- há o infinitivo “fazer”.

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9. Alternativa b. As proposições I e II são falsas, pois:
Alternativa a. Incorreta. Queremos que ele confie em sua I. os termos “hoje” (ref. 9 e 21) referem-se não ao dia em que
competência. o autor escreveu o texto, mas sim ao contexto histórico em
Alternativa b. Correta. Acredita no aluno que anseia por novas que foi escrito, no sentido de atualmente.
leituras. II. os termos “foi” (ref. 5), “é” (ref. 6) e “será” (ref. 7) são for-
Alternativa c. Incorreta. Encontrou uma empresa que premia mas verbais vindas do mesmo infinitivo, ser, verbo conside-
as boas ideias. rado irregular, pois, quando conjugado em determinados
tempos, sofre alterações em seu radical.
Alternativa d. Incorreta. Ele quer uma leitura que amplie seus
conhecimentos.
MÓDULO 15
Alternativa e. Incorreta. Todos procuramos um exercício que
afie nossa memória.
Desenvolvendo habilidades
10. Alternativa a.
A transposição do fragmento “foi encontrado um valor crí-
1. Alternativa b.
tico de temperatura média anual” para a voz passiva sinté- O uso do presente do indicativo para descrever fatos passados
tica, cuja composição deve apresentar verbo, pronome se (chamado presente histórico ou narrativo) confere mais vivaci-
e sujeito paciente, teria a seguinte elaboração: “Encontrou- dade ao texto e realça os acontecimentos que estão sendo des-
-se um valor crítico de temperatura média anual”, respei- critos. Dessa forma, o narrador volta ao momento dos aconteci-
tando o tempo verbal, pretérito perfeito do indicativo, da mentos, narra como se presenciasse as cenas, tornando o texto
oração original. mais dinâmico e criando mais expectativa ao leitor.

11. Alternativa c. 2. Alternativa c.


Para manter a correlação verbal, é preciso atentar-se a algu- Em II, no trecho “Meses depois seria indicado para o prêmio
mas exigências: no primeiro período, os verbos são empre- Puskás. Em janeiro de 2016, na Suíça, vestiria um terno pela
gados no campo da possibilidade, da hipótese, como mar- primeira vez e [...]”, há duas ocorrências do futuro do pretéri-
cado pela expressão “talvez”; assim, o uso do subjuntivo é to, nas quais se expressam fatos ocorridos em momento pos-
adequado. Na alternativa c, há “soubesse” e “precisasse”, terior àqueles mencionados anteriormente, visto que os fatos
ambas as formas no pretérito imperfeito do subjuntivo, man- estão situados entre 2015 e 2016; já o texto é de 2017, con-
tendo a correlação. Em seguida, o uso do futuro do pretérito forme indica a referência bibliográfica.
do indicativo é adequado, já que ele indica uma projeção fu- 3. Alternativa d.
tura a partir de uma condição no passado. Como já foi dada
O verbo “correr” é regular e a sua terminação no pretérito im-
a condição/hipótese no pretérito imperfeito do subjuntivo,
perfeito do indicativo é marcada pela desinência “-ia”. Assim,
usa-se o futuro do pretérito do indicativo (“teria”), marcando
a forma “corria” está no pretérito imperfeito do indicativo. O
a correlação.
aspecto imperfeito destaca justamente a duração da ação no
12. Alternativa e. passado, indicando que se tratava de uma ação com continui-
dade, o que caracteriza uma rotina do passado da menina.
13. Alternativa c.
4. Alternativa c.
14. Alternativa b. A forma “ensinassem”, marcada pela desinência “-ssem”, está
Segundo o explanado no trecho introdutório, o verbo mediar no pretérito imperfeito do subjuntivo, indicando uma possibi-
é conjugado como se apresentasse sufixo -ear; assim, o trecho lidade no passado.
corrigido é “chamaremos o juiz que sempre medeia as cerimô- 5. Alternativa d.
nias da família”.
A afirmativa III é falsa, pois o uso do pretérito perfeito com-
15. Alternativa b. posto do subjuntivo, formado pelo presente do subjuntivo do
verbo “ter” mais o particípio do verbo principal, “adotar”,
16. a) O termo “crise” refere-se a conflitos matrimoniais que obri- indica uma ação concluída no passado, ou seja, sugere que
gavam à separação do casal, contrariando os preceitos da a adoção de aspectos do movimento woke americano por ati-
Igreja católica, que considerava o casamento um vínculo vistas europeus aconteceu também no passado.
indissolúvel.
6. Alternativa e.
b) Na voz ativa, a oração apresentaria a seguinte configura-
ção: “tal como a Igreja Católica o concebia”. Todas as afirmativas estão corretas, pois ao longo do texto é
possível notar o tom autobiográfico, pela menção a experiên-
17. Alternativa c. cias da escrita, do amor, de vida, diretamente relacionadas à

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história de Clarice Lispector. Além disso, tratando da morte,
quem fala ou a quem ouve), o termo “seja”, forma do verbo
há menção à reencarnação como um desejo, mas com a pos-
“ser” no presente do subjuntivo, indica suposição, hipótese
sibilidade de viver uma nova vida, uma mesma alma em corpo
e possibilidade de algo acontecer, no caso, de que o menino
novo. O trecho “a vida que levo não é realmente minha” re-
seja resgatado daquele cotidiano que lhe rouba a infância.
vela estranhamento por parte do narrador. Por fim, observa-
-se certa incoerência entre o desejo de uma reencarnação e 3. Alternativa e.
o querer renascer, porém é justamente isso que promove a O uso do imperativo marca o caráter instrucional do texto. Assim,
lógica do dizer. ao valer-se do modo imperativo, o texto apresenta orientações
de ações que devem ser tomadas para se tornar um ativista.
7. Alternativa c.
Na primeira frase do texto publicitário, o uso do imperativo nos
termos verbais “descubra” e “aproveite” configura o uso da fun- MÓDULO 16
ção apelativa da linguagem sob a forma de um convite, tentando
persuadir o público-alvo a consumir determinado chocolate. Desenvolvendo habilidades

8. Alternativa a. 1. Alternativa e.
O uso do imperativo se dá em virtude da intenção de comuni- O vocábulo seguinte (seguir + -nte) deriva do verbo latino
car uma orientação, e não uma ordem ou obrigação. Não há sequere; e sequência (ação ou efeito de seguir, seguimento),
repetição desnecessária ou necessidade de intercalá-lo com o do latim sequentia/ae, ou seja, ambos apresentam o mesmo
infinitivo. Assim, a primeira e a quinta afirmações são falsas. A radical: seque.
quarta afirmação também é falsa, já que as orientações dadas 2. Alternativa d.
não dizem respeito a uma cronologia que deve ser seguida: Na alternativa a, o prefixo contra- tem semântica de oposição;
são orientações que devem ser consideradas em conjunto, inter-, na alternativa b, apresenta noção de ação recíproca;
sem estabelecer uma sequência. na alternativa c, meta- remete a algo que transcende; em e,
trans- indica movimento “para além de”. Somente na alterna-
Aprofundando o conhecimento tiva d, o prefixo a- expressa negação, como o prefixo in- na
palavra indefinível.
1. a) Em “O Havaí, seja aqui” (texto I), de Caetano Veloso, o ver-
3. Alternativa d.
bo “ser” exprime o desejo do eu lírico em transformar a rea-
lidade do Rio de Janeiro em um local paradisíaco, onde o O prefixo re-, em geral, significa repetição ou reforço. No con-
menino possa realizar todos os seus sonhos. Em “O Haiti é texto, ao ser empregado no termo recriarem, expressa que a
aqui” (texto II), de Caetano e Gilberto Gil, o verbo “ser” de- cultura oficial escolar letrada foi alterada, isto é, recriada, para
fine a realidade cruel da infância das crianças pobres e negras que os alunos formem novos letramentos.
ao associar o país mais pobre das Américas, com mais de 60% 4. Alternativa a.
da população subnutrida, com a cidade do Rio de Janeiro. Os itens lexicais de uma língua se organizam internamente,
b) O verso “O Haiti é aqui” traduz a pobreza da população de acordo com alguns princípios de classificação. Um desses
carioca ao associá-la a um país vitimado pela guerra e pela princípios é sua inscrição em campos de uma mesma base de
fome, já o verso “O Haiti não é aqui” denuncia o fato de um significação. A essas bases comuns podem ser acrescidos ele-
país como o Brasil, com uma economia relevante no plano mentos, com classificação e valores distintos, capazes de for-
mundial, conviver com tão profundas desigualdades sociais. mar novos itens. No caso em análise, solicita-se a identificação
2. Alternativa b. de elementos de mesma base lexical com valores, respectiva-
mente, de definição e de resultado de processo. No texto, a
Em Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, Cora Coralina
autora emprega algumas palavras derivadas da base África,
tematiza os becos da cidade de Goiás, espaços geográficos
como africanos [escravizados], na definição dos indivíduos ori-
em que sobressai uma paisagem humana e social. Depois de
ginários do continente africano, e africanizado, em referência
discorrer sobre a infinidade de sons que compõem o cotidiano
ao resultado do processo pelo qual, na opinião do autor men-
da pequena cidade, como o range-range das cangalhas dos
cionado, o Brasil teria passado.
burros que transportam a lenha, o eu poético fixa o olhar no
condutor, o menino lenheiro, maltrapilho “sem infância, sem 5. Alternativa a.
idade”, passando a refletir sobre a situação humana e social A incorporação da terminação -dromo a uma palavra já exis-
da criança, tão “pequeno para ser homem” e tão “forte para tente na língua (samba) gerou uma nova palavra, um neologis-
ser criança”. Na expressão “salvo seja” (intencionalmente sem mo semântico, que consiste em um novo termo caracterizado
ponto de exclamação para escapar ao significado comum pela modificação de significado de um vocábulo primitivo, o
usado para ressaltar que não se deseja que o mal aconteça a que revela o dinamismo da língua.

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6. a) Resposta possível: A crônica é um gênero textual marcado 4. Alternativa e.
pela forma curta e por abordar um fato cotidiano. No tex- Em todas as alternativas, as palavras sublinhadas são formadas
to de Drummond, vê-se um fato cotidiano – a comemora- por derivação sufixal, exceto na e, pois o termo sossego é
ção de um aniversário – sendo abordado em uma narrativa formado por derivação regressiva.
breve. É possível ainda citar outras características, como o
caráter narrativo da crônica, visto por meio da narração das 5. Alternativa d.
ações das personagens no dia do aniversário do protago- A palavra tattarrattat imita o som de batidas na porta, sendo,
nista, e a linguagem mais coloquial, sem se restringir à for- portanto, uma onomatopeia; já inesquecer-se é formada por
malidade da língua, como visto, por exemplo, no uso das derivação prefixal, da união do prefixo in- com o verbo prono-
expressões “borocoxô” e “trombudo”. minal esquecer-se.
b) A expressão “solidão moral” é, a princípio, formada por
6. Ao longo da narrativa, percebe-se a presença de um narrador
dois substantivos: “solidão” e “moral”. No entanto, nessa
observador (narrador onisciente/narrador de 3a pessoa), que
configuração, o substantivo “moral” acaba por assumir a
narra os fatos e os comenta, sem deles participar. A palavra la-
função adjetiva, caracterizando a “solidão”. Assim, ocorre
drãozeco é formada por derivação sufixal (sufixação), e o sufi-
uma derivação imprópria: o substantivo “moral” passa a
xo -eco, normalmente associado ao diminutivo, é responsável,
atuar como adjetivo.
nesse caso, pela avaliação depreciativa que se faz do ladrão.
7. Alternativa d.
7. Alternativa d.
8. Alternativa d.
O prefixo in-, presente na palavra incompetência com sentido
9. a) neologismo consiste na criação de uma palavra ou ex- negativo, não faz parte das palavras interior, intitulado, inser-
pressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a ção e interessa, das alternativas a, b, c e e, encontrando-se
uma palavra já existente, como acontece em bacura- apenas nas palavras independência – não há dependência –
lizar, termo formado por derivação sufixal a partir de (ref. 7) e incrível – em que não se pode crer – (ref. 10), mencio-
bacurau (bacurau + -izar). nadas na alternativa d.
b) Resposta pessoal. Sugestão de acordo com a primeira
8. Alternativa a.
acepção: “Em face da necessidade de ampliar o público
leitor, a escola bacuralizou-se na tentativa de conseguir Na frase “O como não importa”, o vocábulo “como”, que
material e equipamento para construir uma biblioteca iti- exerce, normalmente, função morfológica de advérbio ou
nerante que passe regularmente pela comunidade”. Para a conjunção, é usado como substantivo por estar antecedido
segunda acepção: “A escalada de violência policial contra pelo artigo definido “o”.
a população pobre da comunidade obrigou a população a
9. a) O neologismo “Menimelímetros” é composto dos vocábu-
bacuralizar-se”.
los meninos e milímetros, como expresso nos versos “um
10. Alternativa c. aviso: quanto mais retinto o menino / mais fácil de ser extin-
to / seus centímetros não suportam 9 milímetros / porque
11. Alternativa b.
esses meninos / esses meninos sentem metros”.
b) Nos versos “nunca tiveram reforço – de ninguém / mas re-
Aprofundando o conhecimento forçam a força e a tática / do tráfico, mais um refém”, as
palavras reforço e reforçam fazem alusão à falta de apoio
1. Alternativa b.
escolar e social como causa principal do seu ingresso na
2. Alternativa d. prática do crime, o que, como consequência, os transforma
em reféns do tráfico.
3. a) A palavra descapotável contém o prefixo des-, que expri-
me negação ou falta, e o sufixo -vel, formador de adjetivos 10. Alternativa d.
e que significa “passível de”.
b) A palavra descapotável significa “passível de ficar sem ca- 11. a) O termo marilama é composto, por aglutinação, das pala-
pota”. O termo conversível, por sua vez, significa, literal- vras originárias mariana e lama, ambas caracterizadas pela
mente, “passível de ser convertido”. O primeiro termo é repetição harmônica da vogal “a” em suas sílabas, assonân-
semanticamente mais transparente por se associar a uma cia que se repete na nova palavra.
parte do carro (a capota), ao passo que o segundo apre- b) Segundo o texto, os jovens do vilarejo rural de Bento
senta um sentido, em princípio, mais amplo, que se poderia Rodrigues, alocados em bairros que tinham sido poupa-
aplicar a qualquer objeto que possa ser transformado; daí dos da tragédia causada pela ruptura da barragem de
a consideração de que descapotável seria “mais claro” e Fundão, da mineradora Samarco, eram objeto de precon-
“faria mais sentido” do que conversível. ceito e bullying por parte dos moradores. Para fugir desse

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tipo de agressão, os jovens evitavam circular na cidade Define-se como frase qualquer enunciado que estabeleça co-
com o uniforme da Escola Municipal de Bento Rodrigues, municação, independentemente da presença de verbos. O
uma demonstração de tentativa de apagamento de suas texto em questão é composto, portanto, de uma frase nomi-
identidades. nal. A campanha é formada por enunciado completo, ou seja,
é uma frase nominal. De fato, não há oração. Entretanto, há
12. Alternativa b. uma frase.
13. Alternativa c. 2. Alternativa d.
O exemplo de derivação regressiva, que se forma pela redu- O primeiro período está presente em “Você está cercado de
ção do tamanho da palavra inicial, ocorre na frase da alternati- ignorantes!” e o segundo em “Saia desse livro com as mãos
va c, com o termo estranja, palavra derivada de estrangeiro. para cima!!”. As orações são representadas pelos verbos
“está” e “saia”. De acordo com a definição fornecida por
14. Alternativa c.
este módulo, o período é o enunciado que vai do começo da
Ao analisar morfologicamente o sufixo -inha, nesse contexto, declaração à pontuação que o delimita. Perceba que há três
percebe-se que se trata de um diminutivo utilizado para ex- exclamações e dois períodos. As orações são representadas
pressar rapidez, brevidade no ato de olhar. Já o sufixo -mente pelos verbos “está” e “saia”.
dá a ideia de modo e transforma o adjetivo emocional em
um advérbio. 3. Alternativa d.
A concordância no feminino e no plural é fundamental para a
15. Alternativa e. construção do texto, pois enfatiza o fato de que é voltado ao
16. Alternativa b. público feminino. São várias as construções indicando que o
texto foi escrito por uma mulher. Note que no início do artigo
17. a) O autor recorre a uma aparente contradição, já que co- já aparece o trecho “Fomos ensinadas”, ou seja, “Nós mulhe-
loca que o aquecimento global é resultado de ações res fomos ensinadas”.
humanas que poderiam ser caracterizadas como ardis,
4. Alternativa a.
mas que não têm a intenção de causar especificamente o
aquecimento global. Assim, o texto joga com essa apa- Conforme estudamos neste módulo, o adjetivo deve concor-
rente contradição: o desenvolvimento da humanidade a dar com o substantivo a que se refere, ou seja, o correto seria
partir de ações que afetam o planeta e, consequente- escrever “Proibida a entrada”. A ambiguidade ocorre devido
mente, a humanidade. à palavra molhado: hóspede molhado / hotel molhado. Se ne-
cessário, comente que a polissemia é uma multiplicidade de
b) A palavra imperceptível é formada com o prefixo de nega-
sentidos, usada intencionalmente. A ambiguidade, por sua vez,
ção im-, que indica que algo não é perceptível. Já o vocá-
é um vício de linguagem e acarreta ruídos na comunicação.
bulo desrazão é formado a partir do prefixo de negação/
oposição des-, que indica algo que não é racional, sendo, 5. Alternativa a.
portanto, o seu oposto (irracional).
De acordo com a regra principal de concordância verbal es-
18. Alternativa b. tudada neste módulo, o verbo deve concordar com o sujeito
em pessoa e número. A terceira pessoa do plural é represen-
19. Alternativa d. tada por eles/elas, logo as formas verbais correspondentes
estão na primeira alternativa. As formas presentes nas demais
20. Alternativa c.
alternativas não respeitam os tempos verbais indicados pelo
Assim como a palavra obesogênico, o termo televisão possui trecho original. Note que é solicitada apenas a adaptação de
um processo de composição por hibridismo, em que dois radi- pessoa, não a livre mudança de tempo.
cais de origens diferentes integram a palavra, por ser formado
por um radical de origem grega (tele) e outro de origem latina 6. Alternativa b.
(visão). Deve-se notar que o artigo feminino a acompanha o vocábulo
incidência. Caso haja flexão de número, não é adequado que
21. Alternativa a. o artigo permaneça no singular, visto que é preciso respeitar
a sintaxe de concordância, ou seja, a forma correta passaria a
MÓDULO 17 ser “as incidências de doenças cardiovasculares”.

7. Alternativa d.
Desenvolvendo habilidades De acordo com a sintaxe de colocação pronominal, deve-se
empregar ênclise para verbos no início das orações. Assim, o
1. Alternativa b. pronome deve ser colocado após o verbo.

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4. Alternativa b.
Aprofundando o conhecimento
Em “Tem muita gente que não sabe”, há coloquialidade, já
que não consta da norma-padrão o uso do verbo “ter” para
1. Alternativa b.
indicar existência ou acontecimento.
Conforme estudamos neste módulo, o período, na escrita,
vai do começo do enunciado até a pontuação que o delimi- 5. Alternativa e.
ta. Note que há, no primeiro quadrinho, um ponto-final e um O sujeito da oração com verbo sublinhado, “selaram”, é inde-
ponto de interrogação. Cada uma dessas pontuações delimita terminado, uma vez que se encontra na 3a pessoa do plural e
um período. Quanto às orações, podem ser identificadas por não é possível identificar o sujeito da ação.
meio dos verbos liguei, apareceu e faço.
Aprofundando o conhecimento
2. Alternativa c.
1. Alternativa d.
A palavra astrônomos é a única que apresenta classificação
quanto à sua função sintática (sujeito da oração). As demais al- A fragilidade humana reside, principalmente, em sua interio-
ternativas trazem vocábulos caracterizados de acordo com suas ridade, caracterizada como vazia e marcada pela tristeza. Em-
classes de palavras, ou seja, estão no campo da morfologia. bora as alternativas b e c tenham a ver com essa caracteriza-
ção interior, a d não só faz essa caracterização, como também
3. Alternativa d. explicita o juízo de valor do eu lírico sobre ela.
Quando a palavra meio assume a função de advérbio de
2. Alternativa c.
intensidade (ou seja, significa “mais ou menos”), ela não
Em “neles há pouca montanha,”, existe predicado mesmo
é flexionada.
sem a existência de sujeito. Isso demonstra que nem sempre
4. Alternativa d. se pode identificar o predicado pela definição dada.
A regência do nome envolvidas solicita a presença da prepo- 3. Alternativa b.
sição em. No trecho “envolvidas na aquisição”, há contração
A repetição da conjunção e cumpre valor expressivo por enfati-
da preposição em com o artigo feminino a, que acompanha a
zar certo desespero e pressa do homem na prática da ação de
palavra feminina aquisição.
correr. No caso, as alternativas b e c parecem válidas devido aos
5. Alternativa d. termos “obsessiva” e “inquietude”. No entanto, como se trata
de ações e não de interioridade, opta-se pela alternativa b.

MÓDULO 18 4. Alternativa b.
A coesão é assegurada pelo emprego da elipse do sujeito
“O professor” diante dos verbos “Fizera”, “Lembrou-se” e
Desenvolvendo habilidades
“aprendera”, o que contribui para evitar a repetição desneces-
sária de uma palavra que pode ser identificada pelo contexto.
1. Alternativa e.
5. Alternativa a.
Na frase da alternativa e, existe elipse do sujeito na oração
“que fizesse referência ao modo violento” para evitar a repe- O emprego de expressões no sentido conotativo contribui
tição do segmento anterior a que se refere: “a forma nominal para a linguagem criativa, poética e estética.
do verbo gripper, isto é, ‘agarrar’“. 6. Alternativa c.
2. Alternativa d. Os pronomes destacados referem-se ao termo “o professor”;
no entanto, “ele” funciona como sujeito, e “lhe”, como objeto
No último quadro da tirinha, vemos o uso do pronome pessoal
indireto.
do caso reto no lugar do pronome pessoal do caso oblíquo.
Considerando que “ele” está no lugar do objeto direto da ora- 7. Alternativa c.
ção, para adequar-se ao registro formal, a pergunta deveria Em “Seu carisma seduziu a editora DC Comics, que impôs o
ser reescrita como: “Quais as chances de a senhora avaliá-lo acréscimo de um quadrinho.”, o vocábulo que exerce função
com carinho e compreensão?”. sintática de sujeito da oração, como “seus pais” em “Assim
decidiram e desenharam seus pais”.
3. Alternativa b.
Na charge, os dois falantes usam padrões de linguagem di- 8. a) 1. verbo “ser”; 2. verbo “ir”.
ferentes: enquanto o primeiro não segue a norma-padrão da b) Predicado nominal em 1. Conforme resposta ao item a, a
linguagem relativamente à concordância verbal, o segundo informação entre parênteses indica que “fui” é flexão do
demonstra conhecimento dessas regras ao fazer a concordân- verbo “ser”; o predicado nominal tem como núcleo o esta-
cia correta entre verbo e sujeito. do do sujeito, “doente”.

7
Predicado verbo-nominal em 2. Conforme resposta ao item Em 2, a forma conjugada “Fui” corresponde a uma ação;
a, a informação entre parênteses indica que “fui”, nesse portanto, sinônimo de “Viajar”. Uma possível reescrita é
caso, é flexão do verbo “ir”; o predicado é verbo-nomi- “Viajei doente para Buenos Aires (e voltei são)”.
nal, uma vez que há dois núcleos: um marcado pelo próprio
verbo de ação, intransitivo, e outro marcado pelo estado 9. a) O primeiro par expressa um contraste físico, e o segundo,
do sujeito, “doente”. Validando a resposta, indica-se o pro- um contraste moral.
cedimento de transformar o período simples em composto b) “loura” e “morena” – adjetivos e predicativos do sujeito.
por coordenação: “Fui para Buenos Aires e estava doente”. “Maria” e “Madalena” – substantivos e predicativos do
c) O significado de cada verbo é diferente, como indica a res- sujeito.
posta ao item a.
Em 1, a forma conjugada “Fui” corresponde a um estado; 10. a) A seguinte expressão: “do alto penteado ao rubro artelho”.
portanto, sinônimo de “Estar”. Uma possível reescrita é b) A expressão é “cor fingida” e associa-se à ideia de falsida-
“Estive doente durante dois anos (e estou são)”. de, aparência ou superficialidade.

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