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Resoluções das atividades GRAMÁTICA

M
Ó 4 Adjetivo, numeral e pronomes » 1
D 5 Colocação pronominal; Concordância nominal » 3
U 6 Verbos » 4
L Atividades discursivas » 6
O
S

cláusulas abrangem-no”, pois o verbo abranger também


MÓDULO 4 está empregado como transitivo direto e a expressão “for-
Adjetivo, numeral e pronomes
necimento de garantias” apresenta, no núcleo, um subs-
tantivo masculino no singular (fornecimento), o que deter-

PARA SALA
mina o emprego do pronome pessoal do caso oblíquo o,
ATIVIDADES
ao qual, para atender à norma-padrão, deve-se acrescen-
tar -n, já que a terminação do verbo apresenta som nasal.
01 a) O adjetivo dantesco faz uma referência ao poeta ita-
liano Dante Alighieri (1265-1321), considerado precur- 06 A
sor do Renascimento, autor da obra A divina comédia,
O primeiro pronome foi usado em sentido reflexivo, indi-
na qual descreve o inferno, o purgatório e o paraíso. As
cando quem soltou (a própria alavanca); o segundo refe-
descrições angustiantes e terríveis dos suplícios infer-
re-se a quem levou a batida, no caso, “um”, que retoma
nais consagraram o emprego do adjetivo dantesco
a ideia do parágrafo anterior (gente); o último pronome
como denotador de algo infernal e cruel.
retoma quem sumiu, no caso “viúva e órfãos” do homem
b) O adjetivo ensanguentado. que morreu.

02 A anteposição dos adjetivos negras e magras põe em 07 B


destaque essas características que se sobressaem na O pronome se, nas duas ocorrências, é pessoal oblíquo refle-
cena descrita pelo poeta. Moças determina o pronome xivo, pois indica a coincidência entre o sujeito (“Garota esperta”)
substantivo outras (mulheres), indicando que eram cap- e os objetos diretos dos verbos cuida e vacina.
turadas mulheres de todas as idades; nuas e espantadas
designam a condição das jovens capturadas; vãs con-
corda com ânsia e mágoa, enfatizando a crueldade da 08 E
captura e do tratamento dado aos escravos, que sofriam Nas alternativas A, B, C e D, as frases apresentam desvios
e se lamentavam inutilmente. ao padrão da norma culta, devendo ser substituídas, res-
pectivamente, por: “Busca-se uma vida em que a tolerân-
03 E cia seja, de fato, alcançada”; “Precisa-se de funcionários
O adjetivo “latente” diz respeito ao que está oculto, escon- sobre cujo caráter não pairem dúvidas”; “São pessoas em
dido, também podendo ser expresso por “encoberta”. Já quem depositamos toda a confiança” e “Há situações das
o adjetivo “díspares” se refere à falta de semelhança com quais tiramos forças para prosseguir”.
outras coisas, o que pode ser expresso também por “des-
semelhantes”. 09 C
No cartaz, o pronome quem é indefinido, pois refere-se
04 A à terceira pessoa de maneira indistinta, com o significado
O pronome pessoal de segunda pessoa do singular é empre- de “a pessoa que” ou “qualquer pessoa que”. O pro-
gado em sua forma reta, como sujeito e predicativo do sujeito, nome essa é demonstrativo e refere-se a uma informação
no primeiro, segundo e quinto versos (“Tu amarás outras já mencionada no texto: “paz nas escolas”, de modo que
mulheres”, “E tu me esquecerás!” e “Em mim alguma coisa desempenha função anafórica. A primeira ocorrência de
és tu”), e em suas formas oblíquas, no quarto e nono versos artigo, em “paz nas escolas”, tem função generalizante,
(“Alguma coisa em ti pertence-me!” e “Que eu te afeiçoe e referindo-se a todas as escolas.
acaricie...”).

05 C
ATIVIDADES
PROPOSTAS
Para atender à norma-padrão, as substituições das expres- 01 B
sões por pronomes oblíquos seriam, no primeiro caso,
O sufixo -inho, em gordinho, apresenta um valor semân-
“ela tem que tê-la”, pois o verbo ter está empregado
tico de afetividade, carinho.
como transitivo direto e a expressão “uma fiel observân-
cia ao contrato” deve ser substituída por a, já que seu
núcleo é um substantivo feminino no singular (observân- 02 A
cia), com a supressão da terminação -r do verbo e o acrés- Na alternativa B, existem verbos que se focam mais em ações
cimo de -l ao pronome oblíquo; no segundo trecho, “as e, portanto, predominam em textos narrativos. No entanto,

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há também verbos para descrição, tais como ser, ter e 09 B


estar. Em C, você e eu são exemplos de pronomes de tra-
O emprego do grau superlativo absoluto sintético (pés-
tamento e pessoal que aparecem no texto. Em D, há outros
simo) reforça a oposição entre boa e boazinha. Na alter-
substantivos, como boca. Na alternativa E, a palavra super
nativa A, os adjetivos quietinhas e inquietas salientam,
está sendo usada como um advérbio de intensificação do
por meio de um paradoxo, a coexistência de aspectos
adjetivo sensual.
opostos. Em C, o reiterado emprego do sufixo -inho(a)
constrói no texto um valor semântico de pejoratividade,
03 D depreciação ou desvalorização. Em D, o uso de um seg-
O adjetivo “religioso”, nesse caso, não tem relação com mento mórfico, o sufixo -inha(s), como um substantivo,
determinado pelo artigo definido as, indica a ocorrência
espiritualidade ou religião, apenas define algo que é
de derivação imprópria. Em E, os adjetivos “bacanas, com-
amplamente aceito, enfatizando o sentido de “consenso”.
plicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressa-
“Orgânico” define algo inerente à obra, que faz parte dela das” destacam um valor semântico de contraste em rela-
até o cerne, como também pode expressar o termo “vis- ção aos adjetivos diminutivos empregados anteriormente.
ceral”. “Inexpugnada” é, literalmente, algo que não foi
conquistado, o que também pode ser atribuído metafori- 10 B
camente ao termo “insuperada”. A questão exige conhecimento da norma-padrão quanto
ao emprego dos pronomes pessoais e respectivas funções
04 B sintáticas. No segundo quadrinho, o emprego do pronome
eles como complemento verbal direto contraria o que dis-
O eu lírico da canção é um homem que fala de um amor põe a norma-padrão: os pronomes pessoais retos exercem
mal resolvido, e a única marca que permite atestar isso função subjetiva ou predicativa; os pessoais oblíquos, fun-
é a qualificação “perseguido”. A palavra “presa” pode- ção objetiva. A construção, segundo a norma-padrão, seria:
ria fazer o leitor pensar, a princípio, que se trata de uma “vamos arrasá-los”.
mulher, porém, ele não utiliza o adjetivo “presa” (derivado
do verbo prender, que varia em gênero), mas sim o subs-
11 A
tantivo “presa” (alvo do predador, que não varia).
A alternativa A está correta, já que apresenta os verbos
flexionados e os pronomes de acordo com a 3a pessoa:
05 C “Vossa Senhoria não percebe o drama dos meninos car-
No texto, apesar de a expressão se encontrar em inglês, voeiros nas ruas do Recife, seu pensamento voa em outra
ao declarar que o adjetivo big (grande) tem mais relevân- direção, por isso não vou escrever-lhe.”.
cia do que o substantivo bang (explosão) na expressão, a
autora destaca que a teoria inicialmente proposta (de uma
12 D
grande explosão) está cada vez mais dando espaço a uma
nova teoria, sobre a expansão. Em I, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 3ª pessoa do
plural; o acréscimo de n ocorre em função de o verbo ter-
minar em som nasal. Já em II, “nos” é pronome pessoal
06 C oblíquo da 1ª pessoa do plural.
O autor do texto apresenta uma definição do adjetivo
“diferenciado” de acordo com o uso que ele acaba tendo 13 E
no dia a dia. Nesse caso, destaca-se uma posição crítica A “turma de retirantes” é que passa, por isso o pronome
ao evidenciar que a propaganda faz uso da palavra ape- outra se refere a esse termo. O pronome o retoma “o ser-
nas para provocar nos consumidores uma sensação de que tanejo”, que foge para um lugar que não o mate. O pro-
está levando um produto melhor, que não necessariamente nome os retoma o elemento do parágrafo anterior “quais-
apresenta algo “diferenciado” de fato. quer lugares”, que são atingidos pelo sertanejo. “Ei-lo”
retoma “o sertanejo” novamente, tendo em vista que é ele
quem volta.
07 E
Os vocábulos uma e sete expressam a ideia de quantidade,
14 C
por isso são classificados como numerais; fome é um subs-
tantivo que dá nome ao estado de carência alimentar. Esta (referência 1) retoma a expressão “cidade de cem
anos” (referência 7); o pronome oblíquo -la (referência 3)
retoma o pronome esta (referência 1); o pronome demons-
08 A trativo aquela (referência 6) refere-se a “cidade centená-
A palavra incompreensível é derivada por prefixação e sufi- ria” (referência 2); e -lhe (referência 8) retoma a palavra
xação do verbo compreender, e o sufixo -íssimo atribui ao tempo. Correta está a associação de que (referência 4) e
adjetivo (in)frequente o valor de grau absoluto sintético. calendário (referência 5).

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15 C 03 C
Está correto o emprego do pronome relativo que em refe- Em I e IV, a presença, respectivamente, da conjunção inte-
rência ao antecedente livro. Para atender às exigências da grante que e do pronome interrogativo quem atrai o pro-
gramática normativa, as demais alternativas deveriam ser nome oblíquo, determinando a próclise. Em II, apesar de
substituídas por: (A) Aquele era o homem ao qual Miguel aparecer um advérbio, ocorre uma pausa marcada, na escrita,
devia favores; (B) Eis um homem cujo caráter é excepcio- pela vírgula, o que determina a colocação mesoclítica, pois
nal; (D) Aquele foi um momento em que eu tive grande o verbo está no futuro do presente. Em III, a oração se inicia
alegria; (E) As pessoas de que (com quem, sobre quem, com verbo, o que também determina a ênclise.
das quais) falei são muito ricas.

04 A
16 C
As palavras mesmo, anexo e bastante, com valor adje-
Na redação do período C, o acréscimo do pronome cer- tivo, concordam em gênero e número com o substantivo
tas atribui ao substantivo cartinhas um sentido determi- ou pronome substantivo que determinam. Assim, mesmas
nado, específico, “de qualidade ou condição distinguível
concorda com elas; anexos, com atestados; e bastantes
de outros similares”, o que contradiz o sentido original de
(no caso, o mesmo que suficientes), com instrumentos.
indeterminação, equivalente a qualquer.

17 C 05 D
O pronome relativo invariável quem é frequentemente A concordância do predicativo proibida com o núcleo
empregado sem um antecedente explícito, podendo inclu- do sujeito tentativa, determinado pelo artigo a, está
sive ser equivalente à expressão aquele e variantes. adequada à norma-padrão. Para que as demais alterna-
tivas estivessem corretas, seriam necessárias as seguintes
18 C alterações: (A) Ainda que sobrem menos coisas para nós,
devemos ir; (B) As peças não eram bastantes para a mon-
O primeiro é conjunção integrante por iniciar uma oração
tagem do veículo; (C) Os formulários estão, conforme soli-
subordinada substantiva; os demais são pronomes relativos
citado, anexos à mensagem; (E) As aulas encerram pon-
pois referem-se a termos previamente citados: valores e
tualmente ao meio-dia e meia.
empresa, respectivamente.

MÓDULO 5 06 D
Colocação pronominal; Concordância
a) (F) Ela mesma confirmou a realização do encontro.
nominal
b) (F) Foi muito criticada pelos jornais a reedição da obra.

PARA SALA
ATIVIDADES c) (F) Ela ficou meio preocupada com a notícia.
d) (V)
e) (F) Anexas, remeto-lhes nossas últimas fotografias.
01 E
O cronista cria um diálogo para, de maneira bem-humo-
rada, discutir a aceitabilidade social dos padrões linguísti-
ATIVIDADES
PROPOSTAS
cos que infringem a norma-padrão, sem que haja qualquer 01 A
referência à condição social dos interlocutores, tampouco
Em B, a palavra Quando é atrativa; portanto, deveria ter
à variação linguística ao longo do tempo. A crítica se con-
sido usada a próclise.
centra na adequabilidade das construções linguísticas aos
Em C, o advérbio rapidamente é atrativo; portanto, deve-
contextos comunicativos: como se trata de uma conversa
informal, o interlocutor contestado emprega, de início, um ria ter sido usada a próclise.
padrão mais espontâneo e distenso de linguagem. Em D, não se pode usar ênclise com verbo no particípio;
preferencialmente, deve-se colocar no início da locução
verbal “o tenha ameaçado”.
02 A Em E, não se pode iniciar um período com pronome oblí-
Na alternativa A, o advérbio não atrai o pronome oblíquo. quo; portanto, seria mais adequado usar a ênclise: Vê-se.
A alternativa E está incorreta por não atender à mesma
regra (“Não te contarei a última novidade”). Em B e D,
02 A
o pronome indefinido e o pronome relativo, respectiva-
mente, são fatores de atração do pronome oblíquo (“Que- Se, nos dois primeiros versos, o compositor tivesse empre-
remos que todos se sintam felizes” e “As cartas que nos gado a ênclise, como prescreve a gramática normativa, as
enviaram serão respondidas brevemente”). A alternativa construções “Dei-te o Sol / Dei-te o Mar”, em vez de “Te
C está incorreta porque o período se inicia com o pro- dei o Sol / Te dei o Mar”, gerariam um efeito cacofônico,
nome oblíquo, que deveria aparecer em posição enclítica alterando o sentido do verbo dar para deitar: deite, em
(“Empresta-me o lápis?”). vez de dei-te.

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03 B 11 E
No trecho “porque tratava-se” deveria ter sido usada a pró- Na alternativa E, a frase se inicia com uma forma verbal no
clise, tendo em vista que a conjunção é uma palavra atra- futuro do pretérito do indicativo, o que exclui o emprego
tiva: “porque se tratava”. de próclise e de ênclise. Nas demais alternativas, as cons-
truções adequadas à norma-padrão seriam: (A) Nunca lhe
entregue a televisão, eu te peço!; (B) Convidar-me-iam
04 A para a festa se não estivesse tão doente; (C) Eles haviam se
O menino utiliza corretamente a colocação pronominal nas despedido calorosamente; e (D) Pedro tinha-a convidado
duas primeiras falas, mas em “Nunca deixe-me” ocorre para sair, mas ela não quis.
um desvio, pois o advérbio nunca é uma palavra atrativa
e deveria ser utilizada, portanto, a próclise: “Nunca me 12 E
deixe”.
O adjetivo só deve concordar em número com o substan-
tivo ou o pronome a que se refere, como nas alternativas
05 C A, C e D. Em B, o adjetivo deveria estar no singular, pois
se refere a um sujeito desinencial de terceira pessoa do
Para atender à norma-padrão da língua, o pronome oblí-
singular (ela). Apenas na alternativa E aparece a locução
quo na alternativa C deveria vir antes do verbo (“[...] tam-
“a sós”, que é invariável.
bém, muitos se afastam dele”), já que a presença do pro-
nome indefinido muitos é um fator de próclise.
MÓDULO 6 Verbos
06 B
No trecho apresentado, o verbo inicia uma oração após
uma vírgula, motivo que justifica o emprego da colocação
enclítica. A mesma condição ocorre na alternativa B.
ATIVIDADES
PARA SALA
07 D 01 C
Os advérbios são palavras invariáveis em gênero e número, O modo subjuntivo, predominante no excerto do poema
permanecendo inalterados independentemente da situa- “Receita de mulher” (perdoem, haja, socialize, seja,
tenha, adquira), indica a vontade ou o desejo do eu lírico
ção em que se encontram.
por um ideal de mulher. É importante ressaltar que o con-
texto de produção da obra, o final da década de 1950,
08 E idealiza a mulher por meio de figuras, atualmente, ques-
tionáveis, como pode ser visto em “as muito feias que me
Em expressões predicativas formadas pelo verbo ser perdoem, /mas beleza é fundamental”.
e pelos adjetivos bom, preciso, proibido, permitido,
­necessário etc., o adjetivo só concordará em gênero e 02 B
número com o substantivo se este vier determinado por O emprego do presente do indicativo, na sinopse apresen-
artigo, numeral, pronome ou adjetivo, como ocorre nas tada, remete a fatos ocorridos no passado com a intenção
assertivas I e III. Caso contrário, o adjetivo permanece de aproximar o interlocutor do fato enunciado (presente
invariável. histórico ou narrativo), como se presenciasse as cenas no
momento narrado, o que confere maior vivacidade ao
texto e desperta a curiosidade do leitor pelo filme.
09 E
O pronome oblíquo ligado aos verbos faz referência ao
03 C
substantivo nanico e concorda com ele em gênero e
número. Em “Os legumes são orgânicos e cultivados pelos próprios
proprietários rurais”, a segunda oração, cujo núcleo é a
locução verbal “são cultivados”, está na voz passiva ana-
10 C lítica, e “pelos próprios proprietários rurais” representa o
agente da passiva. Nas alternativas A, B e E, as orações
Para responder a essa questão, é preciso buscar ter-
estão na voz ativa; em D, a oração está na voz passiva, mas
mos citados em períodos anteriores do fragmento. É não há agente da ação expresso.
necessário saber que o pronome os ocupa a função
de objeto direto. Dessa forma, pode-se perguntar: “O 04 D
que ou quem a esperança alentava?”; a resposta a essa Na fala do monsenhor Caldas, referindo-se diretamente a
pergunta é: “A esperança alentava os fugitivos [Fabiano João, as formas verbais vai, fala, pede e anda estão na
e Sinhá Vitória]”. E o verbo alentava deverá concordar segunda pessoa do singular, por sinalizarem um trata-
com seu sujeito, esperança, substituído, nesse caso, mento mais informal, justificado pela maior proximidade
pelo pronome relativo que. ou familiaridade entre os interlocutores.

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GRAM ÁTI CA

ATIVIDADES
PROPOSTAS
05 E
As correlações adequadas entre tempos e modos verbais
seriam:
01 C
a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies Vê-se na tirinha uma linguagem informal: o verbo ter
possam transmitir vírus perigosos. (Presente do indica- (“Pensei que você tinha consertado...”), na linguagem for-
tivo e presente do subjuntivo) mal, deveria ser substituído por haver (“Pensei que você
b) Além disso, mesmo que seja adotado algum tipo de havia consertado...”).
ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito
longe de tornar-se um participante ativo do jogo mun- 02 D
dial. (Presente do subjuntivo e futuro do presente do
A concordância entre o sujeito vós e o verbo podíeis, o
­indicativo) emprego do objeto direto e indireto por meio da contra-
c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do ção entre lhe e o e a colocação pronominal seguindo o
mesmo partido, embora nenhum faça a sociedade em padrão da Gramática Normativa indicam que a linguagem
que eu acredito. (Presente do indicativo e presente do empregada seja culta – típica dos autores românticos ao
subjuntivo) retratar a elite do país.
d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não
causará problema se o suprirem de carne e o mantive- 03 A
rem na jaula. (Futuro do presente do indicativo e futuro O verbo “cruzem” fala diretamente com alguém, indi-
do subjuntivo) cando uma ação a ser tomada caso “eles” não entrem nos
trilhos.
06 A
“E na desditosa cidade, não existe nódoa, pecha, bule 04 A
rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entrea- A forma passiva do verbo adicionar em “era adicionado”
berta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, bolo enco- está no pretérito imperfeito do indicativo. Para formar a
passiva sintética, acrescenta-se, portanto, a partícula “se”
mendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de aze-
à forma ativa do verbo no mesmo tempo, concordando-se
viche sujo não descortinem e que sua solta língua, entre com o sujeito (no caso, “o acetato de chumbo”).
os dentes ralos, não comente com malícia estridente”.
(Presente do indicativo e presente do subjuntivo) 05 D
A voz passiva analítica exige o uso do verbo auxiliar no
mesmo tempo do verbo da voz passiva sintética. No caso,
07 B trata-se do pretérito imperfeito do indicativo.
O verbo “propor” segue a mesma conjugação de seu pri-
mitivo “por”, por isso, no pretérito imperfeito do subjun- 06 E
tivo, assume a forma “propusessem”. Em A, a forma deve- Com as formas nominais de gerúndio criadas com base nos
ria ser “mantém”; em C, “mantiver”; em D, “vir”; e em E, substantivos camarões e caranguejos e no adjetivo peque-
“retêm”. nino, o autor confere ao texto um efeito expressivo de dina-
micidade, pois o gerúndio expressa ações contínuas, em
curso ou desenvolvimento. Assim, a descrição do cenário é
08 C ampliada com o destaque não só para os elementos estáti-
A forma “intervêm” está correta, pois o verbo “intervir” cos, mas também para a expressão de ­movimento.
deve seguir a mesma conjugação de seu verbo primitivo,
“vir”. Por isso, as formas corretas em cada alternativa 07 C
seriam:
Ao se iniciar a segunda estrofe com o pronome tu como
A: intervieram. vocativo, as formas verbais que com ele se relacionam
B: interviessem. ficariam, respectivamente, no presente do subjuntivo e no
imperativo afirmativo.
D: interveio.
“Tu, que o templo das ideias
E: interviria. Largo – abres às multidões,
P’ra o batismo luminoso
09 E Das grandes revoluções
Agora que o trem de ferro
Ao trocar o pretérito imperfeito do subjuntivo pelo futuro Acorda o tigre no cerro
do subjuntivo, deve-se trocar “estivesse” (que também E espanta os caboclos nus,
está no pretérito imperfeito do subjuntivo) por “estiver” Faz(e) desse ‘rei dos ventos’
(futuro do subjuntivo) e “corria” (pretérito imperfeito do — Ginete dos pensamentos,
indicativo) por “correrá” (futuro do presente do indicativo). — Arauto da grande luz!…”

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08 B 15 A
Ao transformar o trecho para a voz ativa, há dois núcleos do A locução “vem assumindo” é formada pelo verbo auxi-
sujeito (“sentimento de insegurança” e “isolamento”), por liar vir, conjugado no presente do indicativo, e pelo verbo
isso o verbo deve aparecer no plural. O tempo é passado, principal assumir, no gerúndio, referindo-se ao momento
tendo em vista que, na voz passiva, também está no pas- presente. O sujeito dessa locução é o pronome relativo
sado (“foram”). que, referindo-se a “um problema”, e seu complemento é
“grande importância”.
09 A
No trecho “Vivera na casa de um padeiro”, o verbo está 16 B
no pretérito mais-que-perfeito, usado para expressar fatos A expressão do cronista “e mais houvera pretexto, mais
ocorridos em um tempo anterior a outros fatos do passado. comemoraria” equivale semanticamente a “e se houvesse
Em “uma mão que o acarinhasse”, o pretérito imperfeito mais pretexto, mais comemoraria”, exprimindo uma ideia
do subjuntivo marca o caráter hipotético da realização das de condição. A forma verbal de pretérito mais-que-per-
ações que atendessem às carências afetivas de Sem-Pernas. feito houvera, no lugar do imperfeito do subjuntivo, con-
fere certa solenidade à expressão, razão pela qual é fre-
10 D quentemente empregada na linguagem literária.
A forma verbal adequada de conter, na terceira pessoa do
plural do pretérito perfeito do indicativo, é contiveram; a 17 D
grafia correta do verbo constituir, na terceira pessoa do O tratamento mais formal e respeitoso da segunda pes-
singular do presente do indicativo, é constitui; o futuro do soa do plural é apresentado na tirinha como uma crítica
subjuntivo do verbo repor, na terceira pessoa do singular, à linguagem empolada e artificial, que foi expressa no
é repuser; igualmente, a terceira pessoa do singular do último quadrinho, quando Calvin diz à mãe que, no pro-
verbo vir é vier. grama a que ela assiste, os atores não falam “a língua da
gente”. Todas as formas verbais dos três primeiros quadri-
11 E nhos estão na primeira pessoa do singular ou na segunda
pessoa do plural, menos pretendes, que está na segunda
O diálogo entre autor e leitor está implícito nos verbos no
pessoa do singular. A forma equivalente à manutenção do
modo imperativo (desculpai, recebei, amai), pois o termo tratamento formal seria pretendeis.
verbal indica um pedido, uma sugestão do enunciador para
o receptor, assim como o advérbio agora os coloca em 18 A
mesmo tempo e espaço. Assim, é correta a alternativa E.
O modo imperativo dos verbos ser, custar e vir apresenta,
na forma afirmativa da segunda pessoa do singular, as for-
12 B mas verbais sê, custa e vem, respectivamente, e, na forma
As peças publicitárias, como o cartaz da campanha de negativa do verbo demorar, “não te demores”, como se
vacinação, têm como propósito comunicativo convencer afirma na alternativa A.
os interlocutores de algo. Para isso, essa peça emprega o
verbo proteja no modo imperativo (sugerindo ordem, con- ATIVIDADES
vite ou conselho) e identifica explicitamente o interlocutor
pelo pronome você: “Proteja o futuro de quem você mais
ama”.

13 D Módulo 4
A alteração da forma verbal aceitas (no presente do indica- 01 a) G
 arcia nutria uma grande paixão pela esposa do For-
tivo) para aceitasses (no imperfeito do subjuntivo) implica tunato, Maria Luísa, mulher de saúde frágil (física), cuja
uma alteração de sentido na estrutura oracional, que pas- doença se agravava pelo comportamento perverso
saria a expressar uma ação hipotética, provável ou possí- do marido, levando-a à morte. Na cena final, Garcia,
vel, e não mais considerada real pelo enunciador. A forma supondo-se sozinho no aposento, debruça-se sobre o
verbal que faz a correlação com o imperfeito do subjuntivo cadáver de Maria Luísa no caixão, para dar-lhe o último
é o futuro do pretérito do indicativo, distinguirias. beijo de despedida. Esse momento flagrado por Fortu-
nato representa o extravasamento do amor reprimido
14 D de Garcia pela esposa do amigo.
O pretérito mais-que-perfeito do indicativo é usado para b) O adjetivo longa é repetido de modo a intensificar e
indicar uma ação que aconteceu antes de outra também prolongar o “prazer” perverso ou sádico de Fortunato,
no passado. No caso do trecho “No dia seguinte, todos que, uma vez surpreendido com a cena, “delicia-se”
se cumprimentavam satisfeitos, a passagem do cometa com o grande sofrimento que a morte de sua esposa
fizera a vida mais bonita”, a ação ocorreu antes dos cum- causa a Garcia. A repetição do adjetivo mimetiza esse
primentos satisfeitos, por isso o uso desse tempo verbal. “prazer” na medida em que “prolonga” a frase.

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GRAM ÁTI CA

02 No contexto do fragmento de Incidente em Antares, b) É preciso ter atenção à colocação pronominal no caso.
de Erico Verissimo, a força expressiva decorre da relação de A primeira possibilidade seria: “sem que o tenha lido”;
associação entre a carga semântica do adjetivo tátil, que e a segunda: “mesmo que não o tenha lido”. A próclise,
remete à ideia de tatear, apalpar, ter relação com o tato, e nos dois casos, é exigida pelo uso das palavras atrativas
o sentido do substantivo saudade. O adjetivo, nesse caso, que e não.
ao associar-se ao substantivo, sugere uma metáfora que
traduz, embora a saudade seja um sentimento de natureza 02 a) De acordo com o texto, os componentes utilizados para
mais abstrata, uma vivência de natureza mais concreta na
a interpretação do mundo são a imaginação decorrente
relação de Tibério e Cleo, lembrança momentânea, mas
de estímulos oriundos da própria realidade e a interpre-
sensível e palpável, à qual o narrador se refere no frag-
mento de texto. tação dessa realidade.
b) As correções dos desvios estão indicadas em negrito
a seguir: “Coisas ausentes não interferem no compor-
03 a) No segmento “Mas poderei dizer-vos que elas ousam?”,
tamento dos animais, pois eles só temem o que lhes
o uso do pronome pessoal oblíquo em segunda pessoa
do plural, “vos”, indica que o eu lírico se dirige ao inter- desperta os sentidos.”
locutor, no caso, o próprio leitor do poema, enquanto
que o pronome pessoal reto, “elas”, se refere a “meni- 03 Traços importantes a serem levados em consideração
nas sérias”, mencionadas no próprio título do poema. são a concordância (verbal e nominal) e as supressões de
b) Por meio da partícula “Ou”, o poema estabelece uma fonemas, comuns na linguagem popular. Uma possibili-
alternativa entre duas situações: a ousadia e a ação
dade de reescrita seria:
de “lustrar pecados”. A primeira (“que elas ousam?“)
sugere o desejo de ruptura com a moral e o senso Estas pequenas pessoas,
comum do contexto social em que as meninas vivem. Estes filhos do abandono,
A segunda, “lustrar pecados”, implica um comporta- Que vivem vagando à toa
mento revelador de paixões que não podem ser expos- Como objeto sem dono,
tas publicamente por estarem carregadas de culpas, De maneira que horroriza,
associadas à noção religiosa do pecado. Deitados pelas marquises,
Obs.: Este poema é construído a partir da transcrição Dormindo aqui e acolá
de parte de um poema de Manuel Bandeira, “Variações No mais penoso relaxo,
sérias em forma de poema”: “vejo mares tranquilos, É deste Brasil de Baixo
que repousam,/ Atrás dos olhos das meninas sérias./ A classe dos marginais.
Alto e longe elas olham, mas não ousam/ Olhar a quem
as olha, e ficam sérias”. Assim, enquanto que no poema Módulo 6
de Manuel Bandeira o que está por trás dos olhos das
meninas são “mares tranquilos”, a idealização român- 01 a) O termo “crise” refere-se a conflitos matrimoniais que
tica da figura feminina, no de Ana Cristina Cesar, há a obrigavam à separação do casal, contrariando assim os
desconstrução dessa imagem, pois a mulher experi- preceitos da Igreja Católica, que considerava o casa-
menta sensações e paixões, embora de forma oculta. mento como um vínculo indissolúvel.
b) Na voz ativa, a oração apresentaria a seguinte configu-
04 a) O pronome relativo onde deve ser usado para se referir ração: “tal como a Igreja Católica o concebia”.
a um lugar, portanto, só pode se referir ao “álbum de
fotografias”, que representa o lugar no qual se via as 02 No primeiro parágrafo, foi usado um verbo no pretérito
imagens.
imperfeito, indicando um estado durativo da professora
b) A sequência discursiva sugere que se trata de uma
(era). Já no segundo, os verbos foram usados no pre-
pergunta retórica do autor a respeito do que aconte-
sente do indicativo, mas também referindo-se ao pas-
ceria com as outras fotografias que não seriam lem-
sado (o chamado presente histórico), para aproximar a
bradas, pergunta que ele mesmo responde com certa
narrativa do leitor. A mudança do pretérito para o pre-
indignação. Portanto, uma pontuação adequada para
sente tinha a intenção de levar o leitor à cena, para então
a sentença seria: “Todas as outras? Que ideia!”.
tratá-la como se fosse o presente.

Módulo 5 03 a) Mantiam e ir.


01 a) A ideia de Drummond é que elogiar um livro antes de ler b) Mantinham e for ou fosse.
de fato é melhor do que ler o livro, achar ruim e, ainda c) Por influência da forma conheciam (“mantiam”) e da
assim, elogiá-lo (porque nesta segunda opção o autor forma intervir (“ir”).
não estaria sendo sincero). Por isso, ele agradece ime-
diatamente após o recebimento, já que se livra da res- 04 Trata-se do verbo conter, derivado do verbo ter, flexionado
ponsabilidade de ser sincero depois se não gostar. no presente do indicativo e na primeira pessoa do plural.

Pré-Vestibular – Livro 2 7

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