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CONSELHO FISCAL
Membros efetivos: Luiz Felipe de Seixas Corrêa, Marcos Guimarães Sanches e
Miridan Britto Falci
Membros suplentes: Esther Caldas Bertoletti, João Eurípedes Franklin Leal e
Vera Lucia Cabana de Andrade
DIRETORIAS ADJUNTAS
Arquivo: Jaime Antunes da Silva
Biblioteca:
Cursos: Antonio Celso Alves Pereira
Iconografia: Pedro Corrêa do Lago
Informática e Dissem. da Informação: Carlos Eduardo de Almeida Barata
Museu: Paulo Knauss de Mendonça
Patrimônio: Armando de Senna Bittencourt
Projetos Especiais: Ana Maria Pessoa dos Santos
Relações Externas:
Relações Institucionais: José Luiz Alquéres
Coordenação da CEPHAS: Maria de Lourdes Viana Lyra, Lucia Maria Paschoal Gui-
marães (subcoord.) e Vera Lucia Cabana de Andrade (ad
hoc)
Editor do Noticiário: Victorino Chermont de Miranda
COMISSÕES PERMANENTES
ADMISSÃO DE SÓCIOS: CIÊNCIAS SOCIAIS: ESTATUTO:
Alberto da Costa e Silva Antônio Celso Alves Pereira Antônio Celso Alves Pereira
Dora Monteiro e Silva Alcântara José Almino de Alencar e Silva Fernando Tasso Fragoso Pires
Jaime Antunes da Silva José Murilo de Carvalho Gustavo Siqueira
Fernando Tasso Fragoso Pires Maria Cecília Londres João Maurício de Araújo Pinho
Lucia Maria Paschoal Guimarães Maria Luiza Penna Marques Mo-
reira
GEOGRAFIA: HISTÓRIA: PATRIMÔNIO:
Armando de Senna Bittencourt Arno Wehling Esther Caldas Bertoletti
Cybelle Moreira de Ipanema Marcos Guimarães Sanches Fernando Tasso Fragoso Pires
Miridan Britto Falci Maria de Lourdes Vianna Lyra Guilherme de Andrea Frota
Pedro Pinchas Geiger Maurício Vicente Ferreira Júnior Marcus Antonio Monteiro No-
Vera Lúcia Cabana de Andrade Paulo Knauss de Mendonça gueira
Vera Lúcia Cabana de Andrade
REVISTA
DO
INSTITUTO HISTÓRICO
E
GEOGRÁFICO BRASILEIRO
Hoc facit, ut longos durent bene gesta per annos.
Et possint sera posteritate frui.
Indexada por/Indexed by
Ulrich’s International Periodicals Directory – Handbook of Latin American Studies (HLAS) –
Sumários Correntes Brasileiros – Google Acadêmico - EBSCO
Correspondência:
Rev. IHGB – Av. Augusto Severo, 8-10º andar – Glória – CEP: 20021-040 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
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Impresso no Brasil – Printed in Brazil
Revisora: Carolina Pereira Vicente Silva
Secretária da Revista: Tupiara Machareth
Quadrimestral
ISSN 2526-1347
Ind.: T. 1 (1839) – n. 399 (1998) em ano 159, n. 400. – Ind.: n. 401 (1998) – 449 (2010) em n. 450
(2011)
Ficha catalográfica preparada pela bibliotecária Maura Macedo Corrêa e Castro – CRB7-1142
CONSELHO EDITORIAL
António Manuel Dias Farinha – Universidade de Lisboa – Portugal
Arno Wehling – Universidade Veiga de Almeida – Rio de Janeiro-RJ – Brasil
Carlos Petit – Universidade de Helva - Espanha
Eduardo Silva – Fundação Casa de Rui Barbosa – Rio de Janeiro-RJ – Brasil
Esther Caldas Bertoletti – Ministério da Cultura – Rio de Janeiro-RJ – Brasil
José Murilo de Carvalho – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro-RJ – Brasil
Lucia Maria Bastos Pereira das Neves – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro-RJ-Brasil
Manuela Mendonça – Universidade de Lisboa – Portugal
Maria Beatriz Nizza da Silva – Universidade de São Paulo – São Paulo-SP – Brasil
Maria José Wehling – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro - Brasil
Mary del Priore – Universidade Salgado de Oliveira – Niterói-RJ – Brasil
Mônica Dantas – Universidade de São Paulo – São Paulo-SP - Brasil
Ricardo Marcelo Fonseca – Universidade Federal do Paraná – Paraná - Brasil
Tamar Herzog – Harvard University – Estados Unidos da América
DIRETOR DA REVISTA
Gustavo Silveira Siqueira – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro-RJ – Brasil
CONSELHO CONSULTIVO
Alfredo Flores – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil
Amy Chazkel – Universidade da Columbia – Estados Unidos
António Manuel Botelho Hespanha – Universidade Nova Lisboa – Lisboa – Portugal (in memoriam)
Avanete Pereira Souza – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Brasil
Beatriz Gallotti Mamigonian – Universidade Federal de Santa Catarina – Brasil
Clarice Speranza – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil
Cristiano Paixão – Universidade de Brasília – Brasil
Eric Palma – Universidade do Chile – Chile
Fernando Camargo – Universidade Federal de Pelotas – Pelotas-RS – Brasil
Geraldo Mártires Coelho – Universidade Federal do Pará – Belém-PA – Brasil
Guilherme Pereira das Neves – Universidade Federal Fluminense – Niterói-RJ – Brasil
Helen Osório – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil
Henrique Espada Lima – Universidade Federal de Santa Catarina – Brasil
Jeannie Menezes – Universidade Federal Rural de Pernambuco – Brasil
Junia Ferreira Furtado – Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte-MG – Brasil
Leticia Vita – Universidade de Buenos Aires – Argentina
Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos – Ministério das Relações Exteriores – Brasília-DF – Brasília
Luis González Alvo – Universidade Nacional de Tucumán – Argentina
Marcus Joaquim Maciel de Carvalho – Universidade Federal de Pernambuco – Recife-PE – Brasil
Maria de Fátima Sá e Mello Ferreira – ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa – Lisboa – Portugal
Maria Pia Guerra – Universidade de Brasília – Brasil
Mariana Dantas – Universidade Federal Rural de Pernambuco – Brasil
Matthias Rohrig Assunção – Universidade de Essex – Reino Unido
Otávio Luiz Rodrigues Júnior – Universidade de São Paulo – Brasil
Pollyana Mendonça Muniz – Universidade Federal do Maranhão - Brasil
Rafael Lamera Giesta Cabral – Universidade Federal Rural do Semi-árido – Brasil
Renata da Cruz Duran – Universidade Estadual de Londrina – Brasil
Renato Pinto Venâncio – Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto-MG – Brasil
Sébastien Rozeaux - Universidade Toulouse - Jean Jaurès - França
Sol Calandria – Universidade Nacional de La Plata – Argentina
Stuart Schwartz – Universidade de Yale-Connecticut – Estados Unidos da América
Ulpiano Bezerra de Meneses – Universidade de São Paulo – São Paulo-SP – Brasil
Victor Tau Anzoategui – Universidade de Buenos Aires – Buenos Aires – Argentina (in memoriam)
ESTE NÚMERO CONTOU COM O APOIO DE:
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Virginia Rau que a considera como “uma das linhas força da vida rural”,9
como resposta a conjuntura negativa do século XIV, obrigando o cultivo
das terras, uma “medida de colonização interna para promover o aumento
da área agricultada, garantindo a fixação do povoamento do solo”,10 sobre
“as dadas de terras, casais ou pardieiros que forem, ou são de alguns se-
nhorios, e que já em outro tempo foram lavradas, e aproveitadas e agora
não o são...”.11
lhe uma dou lhe duas, outra mais pequenina em cima, curvando-se
para o Arrematante lhe meteu um ramo verde na mão e lhe disse
– bom proveito lhe faça. E logo o dito Desembargador houve as ditas
terras por bem rematadas e mandou fazer este auto em que assinou.36
36 – Auto de arrematação das terras da chácara que ocupa Dr. Francisco Cordovil de
Siqueira e Mello, rematadas a João Gularte pela quantia de 1:600$000. In: ADF, Número
1, p. 64, 1894 (grifos nossos).
37 – RIVIÈRE, Claude, As Liturgias Políticas, Rio de Janeiro: Imago, 1989, p. 12-13.
38 – Auto de posse do chão dos padres. In: Livro de Tombo ..., p. 43-44 (grifos nossos).
podia vir a ter passam a receberem-na os outros, que, pelo preço por
que compram as fazendas, já ficam bastante utilizados.41
A chácara foi arrematada por João Gularte Pereira que já estaria ex-
plorando a região, quer como chacareiro na área do Provedor, quer como
possível titular de arrendamento existente e renovado em 1756 por mais
três anos, em nome de Manoel Pereira Gularte, provável parente próximo
daquele52. Caso seja pouco comum o arrendatário dos padres não se apre-
sentar na praça, a desistência de Francisco Cordovil pode ser explicada
tanto, pela satisfação com o possível rendimento da venda das benfeito-
rias, quanto por sua situação fragilizada pela condenação judicial.
54 – LIMA, Rachel Gomes de. Op. cit. e OLIVEIRA, Victor Luiz Alvares. A Zona Oeste
Colonial e os mapas de população de 1797:algumas considerações sobre lavradores par-
tidistas e produção agrária de Jacarepaguá, Campo Grande e Guaratiba no século XVIII.
Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. N. 10, 2016.
55 – PIZARRO E ARAUJO, José de Souza Azevedo. Memórias Históricas do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1946, Vol. 5, p. 107. A fazenda foi
arrematada em 1779, porém houve a necessidade de refazer o documento da arrematação,
confirmando a negociação em 1780. AMMF. Auto de Arrematação do Engenho Novo –
Códice 81.20.22 – Próprios Nacionais, p. 20-23 e 29-30.
tanciada para ser entregue ao seu sucessor. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, T. 47, 1884;
**
ARAÚJO, José de S. A. Pizarro e. Memórias Históricas do Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional do Livro,
1946; ***ARCOS, Conde dos. Mappa da População da Corte e Província do Rio de Janeiro em 1821. In: Revista
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, T. 33, Parte I, 1870.
622 mil réis,69 quase vinte vezes menor que o valor do Engenho Novo.
Anos depois de adquirir as propriedades, Manoel Joaquim da Silva e
Castro ocupou a função de administrador da Real Fazenda de Santa Cruz
entre os anos de 1783 e 1791. A “pessoa hábil, inteligente, cheia de zelo
e notória verdade, a qual se possa confiar uma administração importan-
te” esteve envolvida em vários conflitos com os foreiros e em diversas
formas de usurpação do patrimônio da fazenda, acusação conhecida e
direcionada também a outros agentes da Coroa,70 tendo como caso em-
blemático a expulsão dos índios da aldeia de Itaguaí, onde Silva e Castro
teria como um dos interesses beneficiar o sócio Manoel Araújo Gomes,
chegando a receber uma comissão de 9:400$974.71
81 – AHU, RJ, AV, Cx. 141, D. 11025. Joaquina possuiu terras próximas a de suas irmãs,
Maria Dulce (Engenho Novo) e Thereza (Engenho de Dentro) na freguesia de Inhaúma.
82 – AHU, RJ, AV, Cx. 158, D. 11938.
83 – AHU, RJ, AV, Cx. 158, D.11912.
84 – AHU, RJ, AV, Cx.158, D. 11938.
85 – Idem.
parte, 33:718.057 réis, e como Silva e Castro tinha apenas 225.280 réis,
o primeiro lhe “agenciou” várias letras que completaram a outra metade.
Segundo Manoel Araújo Gomes, ao ceder as letras ao sócio, ficou esta-
belecido que o pagamento seria apenas pelos juros que lhe rendesse. Em
1792, ao realizarem o distrato da sociedade, Manoel Joaquim da Silva
e Castro que estava na posse e na administração do Engenho, ainda lhe
devia 10:058.341 réis que não foram pagos ou mesmo negociados. Araújo
Gomes pediu então, em juízo, ação de dez dias para o pagamento da dívi-
da e demonstrava sua insatisfação ao ver seu ex-sócio e, após sua morte, a
família dele, ainda estarem “desfrutando do engenho e nada pagar”.