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a. 171
n. 449
out./dez.
2010
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
DIRETORIA – (2009-2010)
Presidente: Arno Wehling
1º Vice-Presidente: Victorino Coutinho Chermont de Miranda
2º Vice-Presidente: Max Justo Guedes
3º Vice-Presidente: Affonso Arinos de Mello Franco
1ª Secretária: Cybelle Moreira de Ipanema
2º Secretário: Elysio de Oliveira Belchior
Tesoureiro: Fernando Tasso Fragoso Pires
Orador: José Arthur Rios
CONSELHO FISCAL
Membros efetivos: Antônio Gomes da Costa, Marilda Corrêa Ciribelli e Jo-
nas de Morais Correia Neto.
Membros suplentes: Pedro Carlos da Silva Telles e Marcos Guimarães Sanches.
CONSELHO CONSULTIVO
Membros nomeados: Augusto Carlos da Silva Telles, Luiz de Castro Souza,
Lêda Boechat Rodrigues, Evaristo de Moraes Filho, Hé-
lio Leoncio Martins, João Hermes Pereira de Araujo, José
Pedro Pinto Esposel, Miridan Britto Falci e Vasco Mariz
DIRETORIAS ADJUNTAS
Arquivo: Jaime Antunes da Silva
Biblioteca: Claudio Aguiar
Museu: Vera Lucia Bottrel Tostes
Coordenadoria de Cursos: Mary del Priore
Patrimônio: Guilherme de Andréa Frota
Projetos Especiais: Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão
Informática e Disseminação da Informação: Esther Caldas Bertoletti
Relações Externas: João Maurício Ottoni Wanderley de Araújo Pinho
Iconografia: D. João de Orléans de Bragança e Pedro Karp Vasquez
Coordenação da CEPHAS: Maria de Lourdes Viana Lyra e Lucia Maria Paschoal
Guimarães.
Editoria do Noticiário: Victorino Coutinho Chermont de Miranda
COMISSÕES PERMANENTES
ADMISSÃO DE SÓCIOS: CIÊNCIAS SOCIAIS: ESTATUTO:
José Arthur Rios, Alberto Ve- Lêda Boechat Rodrigues, Maria Affonso Arinos de Mello Fran-
nancio Filho, Carlos Wehrs, Al- da Conceição de Moraes Couti- co, Alberto Venancio Filho,
berto da Costa e Silva e Fernan- nho Beltrão, Helio Jaguaribe de Victorino Coutinho Chermont
do Tasso Fragoso Pires. Mattos, Cândido Antônio Men- de Miranda, Célio Borja e João
des de Almeida e Antônio Celso Maurício A. Pinto.
Alves Pereira.
Indexada por/Indexed by
Historical Abstract: America, History and Life – Ulrich’s International Periodicals Directory –
Handbook of Latin American Studies (HLAS) – Sumários Correntes Brasileiros
Correspondência:
Rev. IHGB – Av. Augusto Severo, 8-10º andar – Glória – CEP: 20021-040 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Fone/fax. (21) 2509-5107 / 2252-4430 / 2224-7338
e-mail: presidencia@ihgb.org.br home page: www.ihgb.org.br
© Copright by IHGB
Tiragem: 700 exemplares
Impresso no Brasil – Printed in Brazil
Revisora: Sandra Pássaro
Secretária da Revista: Tupiara Machareth
Trimestral
Título varia ligeiramente
ISSN 0101-4366
N. 408: Anais do Simpósio Momentos Fundadores da Formação Nacional
N. 427: Inventário analítico da documentação colonial portuguesa na África, Ásia e Oceania
integrante do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro / coord. Regina Maria Martins
Pereira Wanderley
N. 432: Colóquio Luso-Brasileiro de História. O Rio de Janeiro Colonial. 22 a 26 de maio de
2006.
N. 436: Curso - 1808 - Transformação do Brasil: de Colônia a Reino e Império
Conselho Consultivo
Amado Cervo – UnB – Brasília – DF – Brasil
Aniello Angelo Avella – Universidade de Roma Tor Vergata – Roma – Itália
Antonio Manuel Botelho Hespanha – UNL – Lisboa – Portugal
Edivaldo Machado Boaventura – UFBA e UNIFACS – Salvador – BA
Fernando Camargo – UPF – Passo Fundo – RS – Brasil
Geraldo Mártires Coelho – UFPA – Belém – PA
José Octavio Arruda Mello – UFPB – João Pessoa – PB
José Marques – UP – Porto – Portugal
Junia Ferreira Furtado – UFMG – Belo Horizonte – MG – Brasil
Leslie Bethell – Universidade Oxford – Oxford – Inglaterra
Márcia Elisa de Campos Graf – UFPR– Curitiba – PR
Marcus Joaquim Maciel de Carvalho – UFPE – Recife – PE
Maria Beatriz Nizza da Silva – USP – São Paulo – SP
Maria Luiza Marcilio – USP – São Paulo – SP
Nestor Goulart Reis Filho – USP – São Paulo – SP – Brasil
Renato Pinto Venâncio – UFOP – Ouro Preto – MG – Brasil
Stuart Schwartz – Universidade de Yale – Inglaterra
Victor Tau Anzoategui – UBA e CONICET – Buenos Aires – Argentina
SUMÁRIO
Carta ao Leitor 11
Lucia Maria Paschoal Guimarães
I – CELEBRAÇÕES ACADÊMICAS
I. 1 – Sessões solenes ou comemorativas
Abertura do Ano Social
Momentos marcantes e temas recorrentes nas relações
comerciais do Brasil: da Abertura dos Portos à Rodada de Doha 15
Marcílio Marques Moreira
Recordando Rio Branco
O Barão do Rio Branco: missão em Berlim – 1901/1902 59
Luiz Felipe de Seixas Corrêa
Visita do presidente do IBRAM
Política Nacional de Museus 77
José Nascimento Junior
Cinquentenário da fundação de Brasília
A questão da revisão histórica: o caso Juscelino Kubitschek 93
Cláudio Bojunga
Centenário de falecimento de Joaquim Nabuco – I
Joaquim Nabuco 109
Alberto Venancio Filho
Centenário de falecimento de Joaquim Nabuco – II
Massangana: uma glosa 187
Evaldo Cabral de Melo
I. 2 – Sessões de posse
Discurso de posse da Diretoria para o biênio 2010-2011 207
Arno Wehling
Discurso de recepção ao sócio honorário
Paulo Knauss de Mendonça 215
Vasco Mariz
Conferência de posse:
A interpretação do Brasil na escultura pública:
arte, memória e história 219
Paulo Knauss de Mendonça
Discurso de recepção ao sócio honorário
Carlos Eduardo de Almeida Barata 233
Victorino Chermont de Miranda
Conferência de posse:
Morro do Castelo: o que foi, sem nunca ter sido (1567-1808) 239
Carlos Eduardo de Almeida Barata
I. 3 – Sessões de Magna
Fala do Presidente 265
Arno Wehling
Relatório de Atividades 271
Cybelle Moreira de Ipnema
Elogio dos sócios falecidos 281
José Arthur Rios
Boa Leitura!
Lucia Maria Paschoal Guimarães
Diretora da Revista
Momentos marcantes e temas recorrentes nas relações comerciais do Brasil:
da Abertura dos Portos à Rodada de Doha
I – CELEBRAÇÕES ACADÊMICAS
I. 1 – Sessões solenes ou comemorativas
4 – Estou utilizando esta expressão tal como adotada em Ronaldo Vainfas e Lúcia Bastos
Pereira das Neves, 2008: 426-430.
5 – A tradução dos trechos citados é minha. Ver Robert Southey, 1819, v. 3: 694-695.
tências “amigas” foi superada pelo decreto de 18 de junho de 1814, que rezava que, cerra-
das “as hostilidades contra a França [...], não se impeça mais [...] a entrada dos navios de
quaisquer nações”. Bonavides e Amaral, 2002: 453.
39 – Rubens Ricupero, 2007: 22.
40 – Carta do Conde da Ponte ao Príncipe Regente, em 27 de janeiro de 1808, apud Pinto
de Aguiar, 1960: 107-108.
José Jobson de Andrade Arruda argui que a abertura dos portos fora,
na realidade, antecedida por uma abertura informal em especial do porto
do Rio de Janeiro, operado pelo contrabando, “às escâncaras e sob as
vistas de autoridades desleixadas e mesmo coniventes”, nas palavras de
51 – Nathaniel Leff, 1991:vol II, pp. 1,3,8,9,10,81,87,97,141. Sobre a escravidão como “ele-
mento antieconômico” no século XIX, ver também Francisco Iglesias, 1958:197,198.
52 – Ver Alan K. Manchester, 1933: 68.
53 – Alan K. Manchester, 1933: 92.
54 – Alan K. Manchester, 1933: 94-95.
Corte para Portugal; exerceu o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Guerra a partir
de fevereiro de 1821, regressando a Portugal em 26 de abril desse ano com a Corte, após
pedir demissão do Ministério. Ver José Esteves Pereira, 1974: 19-22.
61 Paulo José Miguel de Brito, 1829: XI.
62 – Eulália Maria Lahmeyer Lobo, 1978:v I, 35 e Roberto Simonsen, 1939:213 e 219.
63 – Eduardo França Paiva, “Minas depois da mineração”, capítulo VIII de Keila Grin-
berg e Ricardo Salles, 2009:295.
por “colonial tardio” entende-se aqui uma época marcada não tanto
por uma recuperação econômica, mas principalmente um período de
consolidação de novas formas de acumulação econômica do Sudeste-
Sul escravista, formas essas coincidentes com o domínio do capital
mercantil e, pois, com a hegemonia de uma nova elite econômica [...]
constituída pela comunidade de comerciantes de grosso trato residen-
tes na praça mercantil do Rio de Janeiro.85
Houve quem defendesse, por sua vez, que os Tratados de 1810 não
precisariam mais ser respeitados, eis que acordados com Portugal, de que
o Brasil se separara. Mas não seria realista supor que a Grã-Bretanha ga-
rante de fato a integridade do Brasil e que, com plenos poderes concedi-
Mas não foi só o setor industrial que pouco cresceu, ao menos até a
década dos 80 do século XIX. O crescimento per capita do país até as
últimas décadas foi medíocre, para o que, além do rápido crescimento
da população desacompanhado de ganhos de produtividade, contribuiu,
96 – Nícia Villela Luz, 1975: 24,25.
97 – Leslie Bethell, 1970:327 a 365.
98 – Geraldo Beauclair, 1992:18 apud José Jobson de Andrade Arruda, 2008:109.
99 – Celso Furtado, 2007:144,150.
100 1– Ibid: 158.
102 1– Albert Fishlow “Origins and consequences of Import Substitution in Brazil”, apud
Pedro Malan et al., 1977:8.
103 1– Carta IEDI nº 403, 2010:1.
104 1– Carta IEDI nº 403, 2010:8.
105 1– David Kupfer, VALOR, 3.03.2010:A15.
Fui leitor constante das livros escritos sobre a sua vida e a sua obra.
De minha parte, escrevera um pequeno trabalho sobre o Barão do Rio
Branco e a política do Brasil no Prata, assim como a introdução à edição
das “Efemérides” pelo Senado Federal em agosto de 1999.
Rio Branco, por sua vez, reiterou a satisfação do Brasil com “a pros-
peridade de nossas colônias alemãs”.
Dos vários temas tratados pelo Barão em Berlim, tal como registra-
dos nos Arquivos alemão e brasileiro e dos quais me ocupei no livro, gos-
taria de relatar brevemente aqui apenas dois: o caso da dívida do Estado
de Minas Gerais e a questão do território do Acre. Em ambos os casos
em que o Presidente eleito insistia: “Nome V.Excia. será muito bem rece-
bido não podendo negar país sacrifício pedido.”
Durante sua gestão, Rio Branco manteve os laços que havia estabe-
lecido em Berlim. Preocupou-se em capacitar o Brasil para equilibrar
sua inserção incipiente no mundo e em particular sua relação europeia,
mediante a consolidação de vínculos sólidos com o Império alemão.
Mas não deixou de ser duro quando foi necessário atuar no episó-
dio da Canhoneira Panther, ocorrido em novembro de 1905. Naquela
ocasião, oficiais alemães da Panther desembarcaram em Santa Catarina,
sem autorização, em busca de um desertor. Rio Branco protestou energi-
camente, pediu a entrega do fugitivo no caso de ele ter sido preso pelos
oficiais alemães e ameaçou capturar a embarcação alemã. O incidente
foi finalmente resolvido de forma satisfatória. Em nota de 2 de janeiro
de 1906, o Ministro da Alemanha no Rio de Janeiro esclareceu que não
teria havido intenção de ofender a soberania territorial do Brasil e que os
culpados seriam submetidos a julgamento militar. Em nota do dia 6 se-
guinte, Rio Branco deu por encerrado o incidente, enfatizando ao mesmo
tempo o desagrado do Governo brasileiro com o procedimento adota-
do pelo Comandante ao passar por cima das autoridades do Governo de
lhe fazia e que fizesse chegar seus agradecimentos mais profundos a Sua
Majestade o Imperador pela generosa manifestação”.
tir o direito à cultura, porque senão ele não precisa existir do ponto de
vista da estrutura de Estado. Então, a importância atual é exatamente de
ter uma política capilar, uma política que abranja o país como um todo e
que a gente possa enxergar, nós como população, o Ministério da Cultura
como um espaço de garantia do direito à cultura, que são direitos huma-
nos de 4ª a 5ª geração. A cultura hoje é considerada um direito humano de
4ª ou 5ª geração e é importante a gente ter isso como referência para en-
tender a política de museus também dentro destes ciclos de construção.
Certamente se a gente for olhar por dentro destes ciclos que acabei de
citar, nós vamos ver todas as ações museológicas que tiveram aí, o Museu
Real lá atrás, os museus do período getulista, as ações museológicas as
mais diversas nestes períodos todos e agora temos a grata situação, diga-
mos assim, de gerenciar uma política lançada em 2003, foi a primeira
política setorial lançada pelo Ministério da Cultura. O ministro Gilberto
Gil assumiu em 2003 e em maio nós estávamos aqui no Museu Histórico
Nacional, no dia 16 de maio de 2003, vai fazer outra efeméride daqui al-
guns dias, lançando a Política Nacional de Museus. Várias pessoas que
estão aqui nesta plateia estiveram presentes e começamos então a estrutu-
rar um conjunto de ações ligadas ao setor que deu como resultado exata-
mente a criação do IBRAM. Normalmente, o estado, às vezes a estrutura
de gestão, eu sou novo, mas diria experimentado na gestão pública para
não usar outra temporalidade, normalmente as gestões pensam primeiro a
estrutura e depois as políticas, vamos ver que políticas estas estruturas
vão gerenciar. Nós fizemos exatamente o inverso, nós fortalecemos uma
política, construímos uma política que tem ações mais amplas possíveis,
umas mais aprofundadas e outras menos, reconhecemos isso, mas a abran-
gência e a carência que existia eram grandes. Nós tivemos que fomentar
muitas coisas, o caso da capacitação é algo importante de citar, nós capa-
citamos nas nossas ações de oficina mais de 25 mil pessoas durante esses
anos todos, encontramos três cursos de museologia no país em 2003, era
o curso aqui da UNIRIO, o da UFBA, na Bahia e o da CEBAV, que veio
logo depois. Eram três cursos no país e hoje temos 13 cursos de museolo-
gia no país, aproveitando a ação do Ministério de Educação e a ação da
nossa ação de capacitação, mostrando para os gestores o quanto era im-
Ora, todo economista sério sabe que os 30% anuais do último ano
da construção de Brasília nada têm a ver com a hiperinflação de 25% ao
mês dos anos 80. Mas o mito escolar persiste, apesar de J.K. Galbraith ter
considerado correta a opção de JK em recusar os critérios rígidos do FMI
– com quem o então presidente rompeu. Atitude aplaudida na época por
Prestes e que seria, hoje, recomendada pelo Prêmio Nobel de Economia
Joseph Stieglitz.
isso na obra de Elio Gasperi sobre o regime militar. Seu sucessor, João
Baptista Figueiredo, confessou a Said Farah, seu assessor de imprensa,
admirar o espírito empreendedor de JK e acabou aceitando a construção
do memorial JK em Brasília. Em 1993, JK foi eleito patrono dos forman-
dos da Escola Superior de Guerra. Foi a revisão da ESG.
Brasília Revisitada
Brasília no seu cinquentenário é objeto de revisões e reavaliações.
Esbarra na mesma relutância, nas mesmas resistências que rondam a ima-
gem histórica de seu criador: ser afinal identificada – não como a “ilha da
fantasia” dos colunistas – mas como sinalização da ascensão desse Brasil
continental do terceiro milênio que está surgindo sob nossos olhos.
“Moro numa cidade onde as ruas são eixos, as pessoas são cargos, os
lugares são satélites, as praças são do Poder, os carros são todos pre-
tos, o pingente anda de grande circular e as pessoas ainda cismam em
me dizer que isso é o sonho de Dom Bosco.”
Num modelo urbano desses não haveria lugar onde fosse possível
esbarrar nos outros, passear o cachorro, jogar conversa fora, ter encontros
inesperados – seu espaço servia apenas para se contemplar prédios dis-
tantes como esculturas.
Lagoa para lá. Além disso, muito antes de Brasília, Los Angeles havia
“matado” as ruas e esquinas. É impossível flanar em Los Angeles sem
rodas.
Mas foi o povo quem fez Brasília. A saga dos candangos se asseme-
lhou mais à dos construtores anônimos das catedrais medievais do que à
dos escravos egípcios forçados a erguer pirâmides. Testemunhos histó-
ricos – em contraste com o ceticismo das classes médias do litoral e de
certos jornais da época – confirmam que os candangos foram entusiastas
do sonho de erguer orgulhosamente com suas mãos uma capital no vazio
do Planalto Central.
JOAQUIM NABUCO1
Alberto Venancio Filho2
E escreveria:
“Em 1889 a 1890 estou todo sob a impressão do 15 de novembro
seguindo-se ao 13 de maio. Em 1891 minha maior impressão é a mor-
te do Imperador. De 1892 a 1893 há um intervalo: a religião afasta
tudo mais, é o período da volta misteriosa, indefinível da fé, para mim
uma verdadeira pomba do dilúvio universal, trazendo o rumo da vida
renascente. De 1893 a 1895 sofro o abalo da Revolta, da morte de Sal-
E diria posteriormente:
Sugeriu que se
E acrescenta:
E continua:
Não, senhores, não há de se dizer que foi uma época perdida para o
desenvolvimento nacional essa de dois reinados em que cresceram
as nossas instituições parlamentares, com a força, a estabilidade e a
florescência próprias do crescimento natural”.
E ao finalizar:
Dessa obra pode-se dizer que não há outro igual: quem não quiser
recorrer a ela terá que possuir uma verdadeira biblioteca, porque nin-
guém mais escreveu a narração seguida de acontecimentos desde a
independência até o fim, quase da monarquia. Ele era somente um
vulgarizador, mas um vulgarizador convicto; o que queria era ser lido
pelo maior número; que a massa tivesse a mesma impressão que ele,
as mesmas imagens que recebia ao manusear rapidamente o passa-
do.”
Concluía:
“Sua vida foi assim utilíssima; que a massa tivesse a mesma impressão
que ele; ele distribuiu o pão de história aos milhares; são poucos os
que sabem mais do que ele nos ensinou; ele é o mestre das primeiras
letras da nossa história constitucional. E quando teremos outro? Não
será decerto tão cedo e até lá ele ficará sem competidor.”
“Durante esse período de ostracismo, que durou dez anos, compôs Na-
buco o melhor de sua produção literária. E, como não era então mais
que um homem de letras, ia todas as tardes para a rodinha do salão da
Revista. Também Taunay. Os dois, decaídos de sua brilhante posição
política, curtiam as amarguras de um ostracismo que podia ser defini-
tivo. Desfeito o círculo de seus antigos companheiros, lembraram-se
de que eram escritores e o grupo da Revista, que era o da fina flor de
nossa gente de letras, os acolheu com carinho. Eram dois tempera-
mentos profundamente distintos. Nabuco mostrava certa tristeza na
expressão, certa reserva na sua atitude melancólica, mas não perdeu a
altivez do porte, superior, dominador, e o sorriso, quase permanente,
que lhe aflorava aos lábios.
Machado a Azeredo:
“Na sala da Revista, Rua Nova do Ouvidor, 31, costumamos reunir-
nos alguns, entre 4 e 5 da tarde, para uma xícara de chá e conversação:
os mais assíduos são o Graça Aranha, o Nabuco, o Araripe Júnior, o
Taunay, o João Ribeiro, o Antônio Sales, e ultimamente o Tasso Fra-
goso. O José Veríssimo é da casa...”.
Mas aponta:
E em seguida:
E expõe:
“Basta essa curta história de nossa formação para se ver que não po-
demos fazer o mal atribuído às Academias pelos que não querem uma
literatura sombra da mais leve tutela, do mais frouxo vínculo, do mais
insignificante compromisso. É um anacronismo recear hoje para as
Academias o papel que elas tiveram em outros tempos, mas se aquele
papel fosse ainda possível, nós teríamos sido organizados para não o
podermos exercer.”
E em frase lapidar:
E completa:
E acrescentava:
“Temos pressa de acabar. Estamos todos eletrizados, não passamos de
condutores elétricos, e o jornalismo é a bateria que nos faz passar para
os nossos corações essa corrente contínua . . . Se fôssemos somente
condutores, não haveria mal nisso, que sofrem os cabos submarinos?
Nós, porém, somos fios dotados de uma consciência que não deixa a
corrente passar despercebida de ponta a ponta e nos receber em toda
a extensão da linha o choque constante dessas transmissões univer-
sais...”
Nesse sentido nunca virá o dia em que Herculano, Garett e seus su-
cessores deixem de ter a vassalagem brasileira.
E na conclusão:
“A formação da Academia de Letras é a afirmação de que literária
como politicamente, somos uma nação que tem o seu destino, seu ca-
ráter distinto, que só pode ser atingida por si mesma, desenvolvendo
sua originalidade com seus recursos próprios, só querendo, só aspiran-
do a glória que possa vir de seu destino.”
“Os que envelhecem não compreendem mais o valor das ilusões que
perderam; os jovens não dão valor à experiência que ainda não tem”.
A estes, no entanto, tranquilizou: “não receiem a concorrência dos
mais velhos: sejam jovens e hão de romper tão naturalmente como os
rebentos da primavera rompem a casca da árvore enregelada.”
“Não lhe parece que o Rio Branco deve entrar para a Academia na
vaga do Pereira da Silva? Com os ausentes que podem votar, eu penso
que ele teria maioria. Os trabalhos dele são os mais sérios que se tem
feito entre nós em geografia e história militar, não sei se você viu a
memória que ele apresentou ao Cleveland, é uma série de volumes de
raríssima erudição e pesquisa.”
Dizia Nabuco:
nele, porque o elogio do Taunay pelo Assis Brasil (este pode ser re-
servado para outra cadeira mais congenial com o seu temperamento)
podia ser uma peça forçada; confesso-lhe que não vejo como o Cons-
tâncio; mas se V. não pensa que o Constâncio tem a melodia interior, a
nota rara, que eu lhe descubro, submeto-me ao mestre. Com o voto do
Dória, que me prometeu, e o meu, o Constâncio já tem dois. Sr. você
viesse, era o triângulo, e podíamos até falsificar a eleição. Sério!”
“Vai em carta o que lhe posso dizer já de viva voz, mas eu tenho pres-
sa em comunicar-lhe, ainda que brevemente, o prazer que meu deu
a notícia de ontem no Jornal do Comércio. Não podia se melhor. Vi
que o governo, sem curar de incompatibilidades políticas, pediu a V.
o seu talento, não a sua opinião, com o fim de aplicar em benefício do
Brasil a capacidade de um homem que os acontecimentos de há dez
anos levaram a servir a pátria no silêncio do gabinete. Tanto melhor
para um e para outro.”
E voltando à Academia:
“Aí vai o meu voto. Dou-o ao Afonso Arinos por diversos motivos,
sendo um deles ser a vaga do Eduardo Prado. Para a cadeira do Fran-
cisco de Castro eu votaria com prazer no Assis Brasil. Por que não
reuniram as eleições num só dia?”
“V. sabe que eu penso dever a Academia ter uma esfera mais lata do
que a literatura exclusivamente literária para ter maior influência. Nós
precisamos de um certo número de grands seigneurs de todos os par-
tidos. Não devem ser muitos, mas alguns devemos ter, mesmo porque
isso populariza as letras.”
“Eu realmente penso que aos ausentes devia ser dado o direito de voto.
Era mais honroso para os eleitos reunir o maior número possível de
votos. Vs. estatuiriam o modo de enviarmos a nossa chapa, ou de po-
der alguém da Academia votar pelos ausentes. Não haveria perigo de
ata falsa nem de fósforos. O procurador ao votar, por exemplo, por
mim declararia que eu lhe escrevera (mostrando o documento) para
votar por mim nessa eleição no candidato F. Talvez o voto dos ausen-
tes devesse ser aberto e declarado. Quem são os candidatos às duas
cadeiras?”
Muitas saudades a todo o nosso grupo. Se não fosse ter vindo muito
cambaleante de lá e ter-me feito bem a mudança de clima, meu desejo
maior seria achar-me de novo no círculo da Revista. Rezo pela alegria
e bom humor de cada um. O pior é quando alguém desaparece é bem
duro para . . . quem parte.”
E com melancolia:
E acrescenta:
Nabuco responde:
E se referindo a Quintino:
“Quintino, V. sabe, esteve sempre associado para mim com V.; segun-
do me lembro, o Castor e Pólux dos meus quatorze anos, por volta de
1863, e o brilho do talento dele foi muito grande. Como todas as que
“Já deve saber que o Euclides da Cunha foi escolhido, tendo o seu
voto que comuniquei à assembléia. Não se tendo apresentado o Ja-
ceguay nem o Quintino, o seu voto recaiu, como me disse, no Eucli-
des. Mandei a este a carta que V. lhe escreveu. A eleição foi objeto
de grande curiosidade, não só dos acadêmicos, mas de escritores e
ainda do público, a julgar pelas conversações que tive com algumas
pessoas. Mostrei ao Jaceguay a parte que lhe concernia na sua carta.
Espero que ele se apresente em outra vaga, não que me dissesse, mas
pela simpatia que sabe inspirar a nós todos, e terá aumentado com a
intervenção que V. francamente tomou.
Machado informa:
“Há tempo para vir o seu voto, e estou pronto a recebê-lo; se quiser
que eu escreva a cédula, Possi ser seu secretário. Basta indicar o nome.”
“Não compreendo que ele que não teve medo de passar Humaitá o
tenha que atravessar a praia da Lapa.”
Creio que fui eu quem primeiro lhe falou da Academia. Desejo vê-
lo lá por seu talento e superioridade e também por ser Pernambuca-
no, mais um Pernambucano. Sabe que sempre fomos muito clannish.
Como lhe disse, porém, eu tinha que dar precedência ao Jaceguay por
me ter batido muito pela representação da nossa Marinha na Acade-
mia. Esqueceu-me dizer-lhe que tinha tomado há alguns anos, com o
Machado, o compromisso de votar pelo Assis Brasil, se ele se apre-
sentasse de novo. Agora dizem-me do Rio que tratam da candidatura
dele. Neste caso o meu compromisso com ele é anterior, mas o melhor
seria esperar-se por outra vaga para os elegerem juntos, se os seus
partidários são como creio os mesmos dele.
Machado responde:
da sua carta, e instei com ele para que se apresente candidato na vaga
do Teixeira de Melo (a outra está encerrada e esta foi aberta), mas in-
sistiu em recusar. A razão é não ser homem de letras. Citei-lhe, ainda
uma vez, o seu modo de ver que outrora me foi dito, já verbalmente,
já por carta; apesar de tudo, declarou que não. Quanto ao Assis Brasil,
foi instado pelo Euclides da Cunha e recusou também. A carta dele
que Euclides me leu parece-me mostrar que o Assis Brasil estimaria
ser acadêmico; não obstante, recusa sempre; creio que por causa da
non réussite. Sinto isto muito, meu querido Nabuco.
“Por cima estava o endereço com a sua letra! Então, tive a ânsia de
conhecer o mistério. Abri-a. Era a Poesia. . . Como a sua alma é gran-
de, jovem e terna! Tive uma delicada e rara emoção naquele momento
diante daquele ramo de carvalho que traduz a agonia de um poeta e
me era mandado por outro poeta”. Poderia acrescentar – “e que se
destinava a outro poeta.”
ninguém, estou certo, ele consideraria vassalagem tão honrosa para seu
nome.
Prova disso é que, mais de três meses depois, ele torna ao assunto,
em carta para Roma:
“É verdade, meu querido amigo, os colegas da Academia entenderam
mostrar por um modo expressivo que me querem, e o fizeram com
tal arte e tão boa maneira que aumentaram de muito a gratidão que já
lhes tinha.”
“Quanto à sua queixa, não preciso dizer o prazer com que a li. É sem-
pre um prazer ver que você aprecia desse modo a minha afeição. Per-
dôo-lhe as injustiças por causa do amor. Mas eu sou inocente, como o
seu coração, e, se não o seu, como o que bate ao lado dele lhe terá feito
sentir. Em primeiro lugar, esse ramo do carvalho de Tasso não foi tra-
zido por mim de Roma; foi-me mandado pelo Barros Moreira, a quem
o pedi, para substituir outro que eu de lá trouxera em 1888. Depois é
que me veio a idéia de o mandar ao Machado, mas nunca imaginei tal
festa, nem que me publicassem a carta. Tudo foi para mim uma grande
surpresa. A amabilidade que eu disse ao Graça Aranha lhe teria dito,
se você estivesse lá e ele ausente. Eu sei que o Machado o admira e
estremece e que sua saudação a ele seria inimitável, e romana, a que
o Tasso mesmo faria.”
E em carta a Nabuco:
nem a sua obra. A minha abstenção neste caso, creio ser a maior homena-
gem que prestar possa à sua ilustre memória. Não seria digno dela, nem
de mim mesmo, ler apressadamente as produções para vir aqui fazer delas
e do autor um panegírico convencional”. Certamente Jaceguai teria con-
dições de fazer o elogio do antecessor e as explicações para o fato foram
sugeridas por ter Teixeira de Melo no livro “Efemérides Nacionais”, ao
tratar da passagem de Humaitá, citado o nome do comandante da divi-
são Delfim Carlos de Carvalho, depois barão da Passagem, e omitindo o
nome de Jaceguai, Comandante do navio Barroso.
Português de Leitura na década de 80, mas divergem a meu ver das consi-
derações expendidas no discurso de inauguração da Academia.
Qual é a idéia dos Lusíadas, se eles não são o poema das descobertas
marítimas e da expansão territorial da raça portuguesa? O descobri-
mento do Brasil não fará parte desse conjunto histórico?”
E reforçando a ideia:
“Esta a primeira impressão dos Lusíadas: o culto da pátria. A obra foi
planejada para ser um monumento nacional, cujas estátuas ou meda-
lhões fossem as figuras da história portuguesa; as batalhas portugue-
sas, seus vastos frescos, a viagem à Índia, o friso que o circunda; os
mares e terras descobertos, seu pavimento de mosaico.”
Quanto ao seu livro “Memorial de Aires” li-o letra por letra com ver-
dadeira delícia por ser mais um retrato de V. mesmo, dos seus gostos,
da sua maneira de tomar a vida e de considerar tudo. É um livro que
dá saudade de V., mas também que a mata. E que frescura de espírito!
É o caso de recomendar-lhe de novo a companhia dos moços, mas
íntima, em casa. V. perece sentir isto com o Tristão e com o Mário de
Alencar. Mas o benefício de infiltrar mocidade não seria para V. só,
– Veríssimo, você mande contar este desfecho aos amigos que estão
fora – e nomeou-o, Sr. Nabuco, em primeiro lugar.
Uma das suas últimas alegrias, ainda claramente manifestada, foi ou-
vir de Graça Aranha a leitura da sua carta sobre o ‘Memorial de Aires’.
Ainda falou do Sr. com o carinho de sempre, ouvindo as suas palavras
depois.”
E da morte:
Afirma que sua eleição seria uma homenagem ao Exército, que de-
pois de considerações sobre a vida de Joaquim Nabuco, fazia afirmações
curiosas:
“sua educação literária foi desde o começo encaminhada para centros
de maior atividade, para outras civilizações mais ruidosas, sem que
talvez ele mesmo percebesse a intenção de quem o guiava para esse
destino. Já resultava conhecer melhor o francês e o inglês, do que a
língua do seu país que lia relativamente pouco”.
E noutro passo:
“E, contudo, se fosse mister isolar-se das grandes fascinações que es-
tragam a alma e o corpo, que constituem a suprema felicidade de quem
nunca soube o que eram restrições aos seus desejos saciados, Joaquim
E terminava concluindo:
“Joaquim Nabuco deixou vaga esta cadeira, talvez para sempre. Sua
sombra envolve-nos a todos os que por ela passarmos. Talvez até o
próprio Maciel Monteiro; Nabuco ter-lhe-á tomado o lugar, tornando-
se, verdadeiramente, o patrono da cadeira.
“Ele mesmo reconheceu que era político o próprio fundo de sua ima-
ginação. Ninguém viu mais longe, nem mais penetrantemente, o de-
senvolvimento de nossa vida política. Ninguém apontou, com maior
clareza, a persistência dos males resultantes do regime escravagista.
Somente ele – o maior apóstolo do abolicionismo – terá percebido
que a solução propugnada já não removeria todos os males. Somente
ele terá previsto as vicissitudes do regime federativo não realizado
oportunamente pelo Império. Somente ele terá percebido, ou percebeu
melhor que ninguém, que, preenchida a missão histórica de formar e
fortalecer a unidade nacional, cabia ainda ao Império salvá-la, organi-
zando a federação.”
do. Tratou-a com o entusiasmo habitual; confessou que nada sabia fazer
sem o concurso da profunda convicção e do seu entusiasmo. E desse caso,
pode dizer: Fiz tudo o que me era possível, empenhando no meu trabalho
toda a minha vida, dando-lhe todo o meu amor.”
E em comentário:
Na conclusão:
“Decorrido meio século, podemos dizer que se ele aqui sempre esteve,
de agora em diante mais intensa lhe sentiremos a presença e o con-
vívio, os que nunca trataram com ele até os que nem o viram, todos
os que nos reunimos aqui sob a sua definição do alto sentido desta
instituição em que transfundiu alguma coisa de sua própria persona-
lidade.”
“Já passou para a Academia a época das lutas iniciais. Agora tem ela
firmada a sua individualidade. É indiscutível a sua influência. O ardor
Não sei se a Academia se pode ainda dizer jovem, nem tão pouco se
já se pode considerar velha. Quando se trata de coisas do espírito, de-
saparece a noção do tempo. Que são quinze anos para a eternidade da
consagração póstera? Que são quinze minutos para a vertigem da pro-
dução intelectual? Como quer que seja, a Academia já chegou à idade
da parada do espírito a que se referia Nabuco. Já se pode sentar à beira
do caminho e alongar o olhar pelo passado. Nesta hora de recolhimen-
to, pensando na sua criação, não pode esquecer os seus criadores. Eis
por que entendeu chegado o momento de, antes de continuar a jorna-
da, deixar hoje aqui plantada, como marco miliario, a sua homenagem
aos três altos espíritos a quem deve a sua existência: – Machado de
Assis, Joaquim Nabuco, Lúcio de Mendonça.”
“Foi então que José Veríssimo teve a idéia ousada e feliz de fundar a
“Revista Brasileira”. Quando, na dispersão geral, ninguém se lembra-
va de coisas intelectuais, o Diretor da Revista levantou a bandeira da
cultura, chamando a campo todas as boas vontades. Não se inquiria
da idade, posição social, das opiniões políticas, religiosas ou literárias
dos colaboradores. O que se exigia era talento, cultura e desejo de
trabalhar. Cedo tornou-se a Revista o centro para onde concorreram
todas as aptidões, o campo em que se reuniam os intelectuais de todos
os matizes. Formou-se um ambiente de bom gosto e de civilidade que
Não sei que fada presidiu ao nascimento desse homem a quem nada
faltou na vida para ser completo. A beleza física sempre o acompanhou
desde a mocidade, volvendo com a mudança de idade. A distinção de
maneiras; a correção fidalga dos gestos e atitudes, a natural e despren-
dida elegância, faziam dele um tipo de outra civilização, formando
o modelo perfeito, perdoai-me a irreverência do barbarismo, do que
deve ser um gentleman. O seu talento era superior. A sua cultura vas-
tíssima. Explorou quase todas as províncias da literatura. Foi poeta,
historiador, crítico, publicista. Como orador obteve verdadeiros triun-
fos. Na praça pública arrastou as multidões. No Parlamento os seus
discursos ficaram como modelos de eloquência, elegância e elevação.
As suas orações acadêmicas são a glória da nossa companhia e seriam
a honra de qualquer Academia. Nas suas conferências não se sabe o
que mais admirar, se a beleza da forma, se a elevação dos conceitos.”
E tratando da Abolição:
Todos vós sabeis qual foi o seu papel nesse período épico da nossa
história. A sua pena cintilava na imprensa, a sua palavra quente e for-
mosa ecoava nos comícios ou na Câmara, o seu espírito atilado fazia
combinações com os elementos que podiam aproveitar à causa.
“Estes dois livros admiráveis, dos quais nunca se falará bastante nesta
casa, não absorveram, porém, a sua atividade, que coincidiu, então,
com a florescência da Revista Brasileira. Nabuco não esquecia a sua
qualidade de homem de ação, e tinha a sua atenção voltada para as
coisas políticas. Escreveu o seu belo perfil de Balmaceda, esplêndido
trabalho da psicologia política. Analisou na Intervenção Estrangeira
os documentos diplomáticos relativos à Revolta de 1893, e demons-
trou que foi graças ao auxílio das esquadras estrangeiras que ela pode
ser dominada.”
“A sua volta à atividade política foi ainda uma nova série de triunfos.
Secundando a ação imortal de Rio Branco, forçou a entrada do Brasil
no convívio das nações americanas. Criou para a nossa pátria um am-
biente internacional. Só com o prestígio da sua fúlgida pessoa, o nosso
embaixador em Washington conquistou para o nosso país uma posição
igual à das grandes potências do mundo.”
sabia ler mas não escrever, limitando-se nos anos notarais a traçar, como
D. Ana Rosa trezentos anos depois, um sinal de sua mão.
“não poderão a pretexto algum ser vendidos por seu pai nem serão
sujeitos às dívidas deste, quaisquer que sejam, mas deverão ser admi-
nistrados e conservados para que com os seus créditos sejam entre-
gues ao meu dito afilhado quando se achar maior de vinte e um anos,
podendo todavia dos seus créditos gastar-se somente tanto quanto for
necessário para sua educação primária e superior, a qual quero e é
minha vontade que seja ampla e completa”.
valor dos maiores de sessenta anos oscilava entre 500 mil-réis e 25 mil-
réis. O preço das escravas podia chegar a 1 conto de réis na faixa de 30
anos; e a 400 a 500 mil-réis na faixa dos quarenta e cinquenta anos em
se tratando de mulheres sadias. E a uma criança de mais de quatro anos
foram atribuídos 400 mil-réis.
Dos “regalos de sua mesa”, pode-se ter alguma ideia graças às con-
tas que, segundo o inventário, ficaram por pagar dos artigos estrangeiros
comprados no Recife: queijo flamengo e queijo londrino, vinho do Porto,
manteiga inglesa, azeite doce, chá Lipton, bolachinha soda, macarrão,
azeitonas, passas, figos. Das iguarias feitas de produtos da terra, que com-
punham o principal de uma farta mesa de casa-grande, o inventário não
tinha obviamente o que registrar, embora refira formas para a confecção
de bolos. As compras no Recife também incluíam tecidos, com “24 cô-
vados de seda da Índia”, “2 peças de madapolão”, “um par de luvas de
seda”, um “chapéu de palha enfeitado para senhora”; e também as fazen-
das rudes destinadas à escravaria, como aqueles “15 côvados de ganga
mesclada”.
políticas imperiais que tratavam de questões que lhes eram vitais, como
a criação de engenhos centrais pelo gabinete Rio Branco, uma especu-
lação de financistas da Corte e de capitalistas ingleses, hostilizada pelos
senhores de engenho, temerosos da perda de status, consequente à sua
transformação em meros fornecedores da matéria-prima.
Na queixa de d. Ana Rosa, Elias fazia “uma falta excessiva aos meus
negócios”, pois graças a que “de tudo tomou conta [...] ficou a minha
casa com ele no mesmo pé em que era no tempo do meu marido”. Em
outra carta ao casal Nabuco de Araújo no Rio de Janeiro, ela manifestava
a esperança de ver o afilhado homem feito “para lhe dar alguma coisa
invisível, como dizia o defunto seu compadre, pois só fiava isso do Elias,
apesar de ter ficado o Vitor, mano dele, que faço também toda a fiança
nele”.
Não é plausível, contudo, que d. Ana Rosa mandasse redigir uma es-
critura de doação limitada a tais objetos; tal iniciativa só é compreensível
em termos de bens substanciais. O inventário indica, aliás, que ela deixara
cédulas, patacões e certa quantia em poder do seu agente comercial no
Recife, totalizando quase 2 contos de réis. Mas os patacões eram moeda
de cobre, não de ouro.
Segundo Nabuco,
“o laço de união para mim entre a minha primeira mãe, minha madri-
nha [...] a quem até a idade de oito anos dei aquele nome, não conhe-
cendo minha mãe [...] Meu pai mandou o Julião buscar-me a Mas-
sangano e foi ele que me levou para o Rio. Era o amigo da casa por
excelência.”
I. 2 – Sessões de posse
Devemos pedir a essas teorias, como diria Karl Popper, que sejam
capazes de nos apresentar um conhecimento correto, contrastável e ver-
dadeiro. Ou seja, correto, para que os conhecimentos tenham correspon-
dência fática com a realidade estudada, aquilo que Weber e Paul Veyne
preferem chamar verossimilhança; contratastável, a fim de que represen-
tem a disputa de teorias rivais para resolver determinada questão, sem que
a vitória ad hoc de uma delas pressuponha a derrota definitiva da outra;
e verdadeiro, pois envolvem uma verdade não no sentido metafísico da
expressão, mas no epistemológico.
renascentista, não pela volúpia da coleta de dados, mas porque essas in-
formações, colhidas pelas pequenas formigas de Bacon, foram capazes,
reunidas e articuladas, de desvelar a existência de regras, estruturas e leis
por trás da aparente atomização e singularidade de suas manifestações.
Como garantir que a opção por esta ou aquela ação, numa situação
de concorrência entre elas, melhor atende ao interesse da Casa? Na pro-
gramação de eventos, na seleção de textos para a Revista, no destaque
das efemérides, nas comemorações, na seleção de nossos futuros con-
frades – tudo supõe opções, às vezes com uma só alternativa. Somente o
exercício de referência a critérios – chamemo-los por ora ethos, valores
e políticas – poderá garantir o exercício daquela recta ratio que permite
decisões corretas e justas.
Isso é necessário para que o Instituto esteja à altura dos tempos his-
tóricos que passam, para que tenha respostas que lhe permitam deles par-
ticipar como protagonista e interlocutor.
Esse ideal quase apolíneo significa que o IHGB não abdica de sua
condição de uma instituição clássica, mas que, exatamente por isso, está
permanentemente aberta à percepção da mudança. Afinal os gregos, ainda
uma vez eles, já enunciaram simbolicamente esta situação: por detrás da
pitonisa, no oráculo de Delfos, dedicada a Apolo, o deus da harmonia, do
equilíbrio, do termo médio, estava a estátua... de Dioniso, o deus da vinha
e das emoções desenfreadas.
Paulo Knauss, nosso novo sócio honorário, que hoje toma posse nes-
ta ilustre Sala Pedro Calmon, nos é bem conhecido de várias reuniões do
CEPHAS e de seminários de que participou no IHGB. Além disso ele é
sócio do IHGRJ, onde foi admitido em 2005. Paulo vem imprimir sangue
novo em nossa vetusta instituição, pois tem apenas 44 anos de idade e
isso é importante, porque precisamos renovar o elenco de nossos sócios.
Dias atrás, um colega comentou comigo que a nossa média de idade está
muito alta e devemos recrutar gente jovem, capaz e entusiasta. Por isso
Paulo Knauss é duplamente bem-vindo pelo seu mérito pessoal e por in-
tegrar esse novo batalhão renovador da instituição.
Por outro lado, Paulo Knauss fez longas viagens em férias escolares
na região Norte. Visitou o interior da Amazônia, na região do rio Tapajós,
onde passava meses em companhia de seus pais. Ele viu a Transamazô-
nica nascer, observando as grandes balsas que passavam, atravessando o
rio plácido de outrora. Paulo viu a exploração da Serra Pelada mudar a
vida da região e tudo isso lhe deu ideia dos diversos sentidos do progresso
e do desenvolvimento de um país tão vasto quanto o Brasil. Teve assim
o nosso novo sócio honorário as oportunidades de uma valiosa experiên-
cia internacional e, ao mesmo tempo, nos traz o conhecimento do Brasil
Saliento, no entanto, que sua obra principal continua a ser Rio de Ja-
neiro da Pacificação (Biblioteca Carioca, 1991), hoje considerada como
texto clássico obrigatório para o estudo do século XVI na Guanabara. Eu
mesmo, cada vez que tenho de escrever sobre aquele período no Rio de
Janeiro, consulto Paulo Knauss, que sempre tece comentários inteligentes
e me dá explicações engenhosas que satisfazem as minhas dúvidas.
Niterói tem um especial encanto não só para ele, como para mim
também, pois lá residi muitos meses. Lá fiz o serviço militar no CPOR
local, no início dos anos 40, e estive bem perto de embarcar para lutar na
Itália. O Sorriso da Cidade nos proporciona excelente visão da história
de Niterói, a antiga capital estadual, que possui um acervo importante
da imaginária urbana. A antiga região denominada “Bandas do Além”
abrigava o aldeamento de São Lourenço, sob a orientação religiosa dos
Conferência do empossado
Festa da Imagem
Em 30 de março de 1862, a cidade do Rio de Janeiro assistiu a uma
de suas maiores festas cívicas. O motivo era a inauguração da primeira
escultura pública do Brasil, a estátua equestre de d. Pedro I. A promoção
da imagem estabeleceu um novo lugar para a escultura na sociedade, in-
tegrando o Brasil no contexto de uma prática do mundo ocidental do libe-
ralismo. O Brasil se aproximou, assim, do que na França seria conhecido
como a estatuamania no fim do século XIX. 2 Assim, a inauguração da
estátua equestre de d. Pedro I consagrou a afirmação da escultura pública
no Brasil e instalou uma tradição que atravessou os tempos até os dias de
hoje.
Ritualização da Imagem
A cerimônia de inauguração da estátua equestre de d. Pedro I, porém,
apenas completava um longo processo de ritualização da imagem carac-
terizado por várias etapas.
Construção narrativa
O conjunto escultórico inaugurado em 1862 na cidade do Rio de
Janeiro marcou a história da escultura no Brasil. Não apenas por seu ta-
manho, materiais nobres e qualidades artísticas. A estátua equestre de d.
Pedro I também abriu no Brasil a era da escultura cívica de lógica monu-
mental que mobilizava a sociedade em torno do culto da nação. A mar-
ca destas imagens é se caracterizarem, também, como representações do
passado que afirmam leituras da história.
Leituras da história
A partir do processo de ritualização da festa cívica e da estrutura
narrativa da escultura, portanto, é possível perceber que a escultura de
lógica monumental não é apenas uma imagem plasticamente definida.
Ao procurar promover a presença do passado no presente, a lógica do
monumento apresenta e favorece a experiência sensível de uma leitura
da história que mesmo quando não compreendida explicitamente é per-
cebida afetivamente pela exposição do belo e pela mobilização coletiva.
Por sua vez, é o argumento crítico sobre o belo que pode também
conduzir à rejeição de uma escultura de lógica monumental na cidade.
Nesse caso, que não se coloca em xeque apenas a forma, mas, igualmente,
a leitura da história.
Obrigado!
Mas não fica nisso sua produção. De há algum tempo, voltou-se para
a história de logradouros e instituições cariocas e publicou, entre outros,
Memória de Ipanema (1994), Gávea – uma história do Rio (1997) e De
Engenho a Jardim – Memórias históricas do Jardim Botânico (2008), os
dois últimos em coautoria com Claudia Braga Gaspar, e, já agora, domi-
nando o mundo digital, tem apresentado numerosas edições de imagens
do Rio de Janeiro, garimpadas nas obras de antigos viajantes e nas ga-
lerias de nossos principais museus, e cotejadas, umas e outras, com a
realidade atual, num verdadeiro recapitular da evolução, nem sempre para
melhor, de nossa cidade.
Mas há, ainda, uma circunstância, Senhor Presidente, que não pode
ficar sem registro nesta hora, porque ela também atualiza, por assim dizer,
um outro traço de nossas tradições.
Seja bem-vindo!
Conferência do empossado
MORRO DO CASTELO:
O que foi, sem nunca ter sido (1567-1808)
Carlos Eduardo de Almeida Barata1
Memórias...
Memórias Históricas da Cidade do Rio de Janeiro – eis um clássico
da literatura histórica da Cidade, obra de Monsenhor Pizarro, escrita a
partir do segundo quartel do século XVIII e, que, após sucessivas revisões
e acréscimos, somente foi impressa em 1822, ainda em vida do autor.
Sim, não nego esta reconstrução, como não nego que uma inven-
ção seja necessariamente um dado negativo da memória. Porém, neste
momento, estou apenas querendo entender de que forma muitos fatos ou
denominações utilizadas para descrever a história da Cidade do Rio de
Janeiro, não aconteceram ou não existiram ao seu tempo, sendo “empres-
tadas” às narrativas modernas, como se assim o fossem no passado.
Seja como for, somos quase sempre obrigados em acreditar nas in-
formações constantes nas velhas “Memórias”, até que novas investiga-
ções provem o contrário.
Hoje, então, eis-me aqui a discorrer aos senhores sobre aquele que,
por quase 250 anos, “nunca foi o que dizem ter sido”. O objetivo é resga-
tar a verdadeira identidade da brava colina que abrigou os primeiros po-
voadores desta cidade onde nasci, tenho vivido e onde pretendo descansar
um dia meu corpo e meu espírito.
Introdução
Começo por afirmar, contrariando alguns estudiosos, que não existia
a denominação de MORRO DO CASTELO, por ocasião da transferência
da Cidade Velha para o alto da colina que ficava no local ainda hoje co-
nhecido por Esplanada do Castelo. Adianto, também, que tal denomina-
ção só passou a ser utilizada a partir do século XIX.
“... escolhi um sítio que parecia mais conveniente, para edificar nêle
a Cidade de São Sebastião o qual sítio era de um grande mato espeço
cheio de muitas árvores grossas em que se levou asaz de trabalho em
as cortar a alimpar o dito sítio e edificar uma cidade grande cercada de
muro por cima com muitos baluartes e fortes cheios de artilharia.”
SÉCULO XVI
1567
CIDADE, MONTANHA e MONTE DE SÃO SEBASTIÃO
1567 – São Sebastião: O mais certo seria chamarem de *Morro de
São Sebastião, devido ao padroeiro da nova cidade, transferida no dia 20
de janeiro, para o alto de uma colina, onde se construiu o forte de São
Sebastião e a Igreja da Sé, esta também dedicada a São Sebastião e ergui-
da entre 1567 e 1583. Pressuponho que os moradores da nova urbe, que
da várzea tomassem a direção da Cidade Alta, diriam estar se dirigindo
ao *Morro de São Sebastião, que bem poderia ser um nome popular. No
entanto, não há documentos que registrem este nome, pelo menos nos pri-
meiros dois séculos da história da Cidade, onde sempre aparece como Ci-
dade de São Sebastião. Assim o vemos na Carta de Luiz Teixeira, datada
de cerca de 1586, considerada a primeira carta portuguesa especializada
do Rio de Janeiro, na qual está assinalada a cidade, no alto da colina, com
a denominação Cidade de S. Sebastião.
1573
1. PENEDO DO DESCANSO
Penedo do Descanso [1573] – Penso que tal denominação nunca
tenha sido oficial, para identificar a colina onde se estabeleceu a cidade,
seis anos antes. Talvez, da mesma maneira que, somente uma vez tenha
surgido o nome de Monte de Boa Vista [1584], dado inocentemente, para
enfatizar a belíssima vista que se descortinava do alto da cidade – vendo-
se a Montanha do Pão de Açúcar, marcando a entrada da baía de Guana-
bara, ao longe e toda a costa da hoje cidade de Niterói – o mesmo teria
acontecido com a denominação de Penedo do Descanso.
1579
ALTO DA CIDADE
Eu vou para o Alto da Cidade.
Eu moro no Alto da Cidade.
Esta é a primeira indicação nominal dada ao local em que se esta-
beleceu a Cidade do Rio de Janeiro. É curioso que entre 1567, ano da
transferência da cidade para a colina, e 1579, não foi possível encontrar
nenhuma outra indicação para o lugar da cidade. Simplesmente se escre-
ve: Cidade de São Sebastião.
Este interessante documento deixa claro que por estas épocas encon-
trava-se a Cidade Alta quase que totalmente despovoada, como já havia
atestado o padre Fernão Cardim, em 1585. Sua função de urbe estava
ultrapassada, e toda a cidade já se espraiava pela várzea de Nossa Senhora
do Ó, que bem poderia denominar-se *Cidade Baixa.
“...E q’actual.te se vai continuando com o alto da Cidade p.ª que fique
servindo a fortaleza de Saõ Sebastiaõ da Cidade E praça de armas com
cujo sitio fortificado.”
Século XVII
1631
3. MONTANHA DO COLÉGIO
4. MONTANHA DA SÉ
Montanha do Colégio [1631] – Aqui surgem, pela primeira e única
vez, duas denominações dadas ao Morro para onde se transferiu a Cida-
de. Este nome aparece 64 anos depois da sua transferência, na descrição
da Planta da Capitania do Rio de Janeiro, que é a folha n.º 12, do atlas
Século XVIII
1710
5. MONTE DE SÃO JANUÁRIO
Monte de São Januário [1710] – Esta é outra denominação que para
muitos parece ser do tempo da fundação da Cidade. Não é verdade, pois
este nome só começa a aparecer a partir do ano de 1710, quando da vi-
tória das forças luso-brasileiras, no dia 19 de setembro, contra o exército
Assim, penso que não teriam sido os festejos de São Januário que
levaram o povo carioca a apontar a Cidade de São Sebastião como estabe-
lecida no alto do “morro de São Januário”, e sim o cumprimento da carta
régia de 25.09.1711, que determinava a construção de um novo fortim,
no alto do mesmo morro, feito de taipa de pilão e paliçada, pelo capitão
Francisco Dias da Luz, que foi batizado de forte de São Januário, tam-
bém conhecido por baluarte da Se, por ter sido erguido em local onde no
passado existiu essa antiga bateria.
1808
6. MONTE DO CASTELO
CASTELO
O nome Castelo teve origem na grande fortificação erguida no alto
do morro, que por ocasião da sua construção, em 1567, estava muito lon-
nome para a Cidade, no alto da Colina, ou seja, não fugindo à regra dos
que o antecederam, nem dos seus contemporâneos, aponta a fundação do
Rio de Janeiro no cume de um monte. Transcrevo:
RUA DO CASTELO
Na segunda metade do séc XVIII, quando já se encontrava bem cris-
talizada a identificação do forte de São Sebastião como Castelo, e os do-
cumentos oficiais ainda usavam a indicação alto¸ ao que se encontrava no
topo da colina da cidade, surge pela primeira vez o nome de um antigo
logradouro com a indicação de Castelo. A Carta de Trespasse e Afora-
mentos, datada de 1762, passada a Antônio Martins Santiago, refere-se a
uns chãos, no alto da Sé Velha, que foram comprados a Antônio da Silva
Ribeiro. Este terreno tinha a testada principal, com três braças, voltada
para a rua do Castelo, e fundos, com 12 braças, olhando o mar.
MONTE DO CASTELO
1808/1812 – O Príncipe Regente D. João, no ano de 1808, manda
confeccionar a Planta da Cidade do Rio de Janeiro, cuja impressão se dá
apenas em 1812. Nela, PELA PRIMEIRA VEZ, surge a expressão MON-
TE DO CASTELLO para o local onde Mem de Sá fundou a Cidade de
São Sebastião do Rio de Janeiro, no ano de 1567. Portanto, passados 241
anos, é que o vocábulo Castelo denomina o Monte, não mais a fortaleza.
Na pág. 8,
MORRO DO CASTELO
1825 – Coube ao historiador padre Luiz Gonçalves dos Santos, co-
nhecido pelo apelido de Padre Perereca, em suas Memórias para servir á
História do Reino do Brazil, escritas no ano de 1821, e impressas em Lis-
boa em 1825, a primazia na denominação precisa de Morro do Castelo.
No primeiro tomo da sua obra adota o nome Monte do Castelo, ao falar
da história da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro:
“Da parte do sul da cidade, e algum tanto arredado do mar, está si-
tuado o monte do Castelo, onde os jesuítas fundaram o seu colégio,
que presentemenet é o Hospital Real Militar; na parte mais alta dêste
mesmo monte se vê sombranceiro à cidade a Fortaleza, ou Castelo de
“No alto desse morro, que hoje se diz ‘Castelo’, assentou pois Mem de
Sá a nova povoação que faz fortificar, acompanhando-a dos edifícios
competentes para a casa da câmara e outros.”
FINAL
Senhores,
I. 3 – Sessão Magna
FALA DO PRESIDENTE1
Arno Wehling
O horizonte não fecha, mas abre o mundo ao olhar. Por isso o hori-
zonte é liberdade, mas liberdade concreta, liberdade dentro de uma
estrutura dada de coisas.”
1 –11ª secretária.
Tomaram posse (ato formal que consagra a eleição), com todo o ri-
tual estatutário, Vera Lucia Cabana de Andrade (recebida por Miridan
Britto Falci), d. João de Orleans e Bragança (por Arno Wehling), Paulo
Knauss de Mendonça (por Vasco Mariz) e Carlos Eduardo Barata (por
Victorino Chermont de Miranda).
Por seu sócio Eduardo Silva, participou de eventos pelo Dia da Cons-
ciência Negra, em 20 de novembro de 2009.
Como não pode haver história sem análise sociológica, Maria Thétis
procurou sempre compreender, interpretar o fato educacional no contex-
to das estruturas sociais. Valeu-lhe nesse ponto a influência de Alberto
Guerreiro Ramos, que por esse tempo no ISEB procurava elaborar uma
sociologia que refletisse a realidade brasileira e não mera repetição de
teorias exóticas.
Coisa rara nos dias de hoje foi crítico literário, o maior de sua gera-
ção. Quando hoje vemos a crítica de rodapé substituída pela resenha de
livros ou pior pela curta notícia, distribuída ao sabor de interesses comer-
ciais que dão prioridade ao best-sellers ou a simples pornografia – sen-
timos o vazio que representa a perda de Wilson Martins. Seus Pontos de
Vista, escritos de 1991 até data recente, refletem o que de mais importante
se publica nesta década e em dado século.
Essa tentativa de compreensão dos mitos foi ampliada pelo que mui-
tos consideram sua obra-prima – As mitológicas que abrange O cru e o
cozido, do Mel as cinzas, A origem das boas maneiras à mesa e o Homem
nu.
Aos dezesseis dias do mês de junho de dois mil e dez, na Sala Pedro
Calmon, realizou-se a Sessão Extraordinária de posse do sócio honorário
brasileiro Paulo Knauss de Mendonça, presidida pelo prof. Arno Wehling,
com secretária de Cybelle Moreira de Ipanema. A Sessão foi aberta às
dezessete horas e dez minutos pelo presidente que compôs a Mesa com
membros da Diretoria: além dele próprio e da 1ª secretária, o primeiro
vice-presidente, Victorino Chermont de Miranda, o 2º secretário, Elysio
de Oliveira Belchior, e o tesoureiro Fernando Tasso Fragoso Pires. Men-
cionou a presença, no plenário, dos dirigentes das seguintes entidades:
Arquivo Nacional, Museu Histórico Nacional, Fundação Casa de Rui
Barbosa, Museu do Primeiro Reinado, Museu Imperial e Museu da Jus-
tiça, todos sócios do Instituto, e a DAD, o Instituto Histórico e Geográfi-
co de Vassouras, e também o diretor da Revista da Biblioteca Nacional.
Como de praxe, foram lidas, pela secretária, as Efemérides brasileiras, do
barão do Rio Branco, relativas à data. Em seguida, o presidente designou
Comissão para introduzir no recinto o novo sócio: José Arthur Rios, Es-
ther Caldas Bertoletti e Carlos Wehrs. Chegado à Mesa, recebido de pé e
sob aplausos, Paulo Knauss ouviu o Termo de Posse, lido pela secretária,
e proferiu, por indicação do presidente, o Termo de Compromisso. Rece-
beu o Diploma, e presidente e empossando assinaram o Livro de Posse.
A insígnia do IHGB foi-lhe colocada por Mauricio Vicente Ferreira Jr.,
diretor do Museu Imperial. Convidado o sócio emérito Vasco Mariz a
Aos trinta dias do mês de junho de dois mil e dez, realizou-se na Sala
Pedro Calmon, a Sessão do Instituto destinada a comemorar o Centenário
de Nascimento de Tancredo Neves, com a conferência do sócio honorário
José Murilo de Carvalho. Sessão presidida pelo prof. Arno Wehling e se-
cretariada por Cybelle Moreira de Ipanema. A Sessão foi aberta às dezes-
sete horas e cinco minutos, compondo-se a Mesa com os membros da Di-
retoria, Arno Wehling, Victorino Chermont de Miranda, Cybelle Moreira
de Ipanema, Elysio de Oliveira Belchior e José Arthur Rios. O presiden-
te, inicialmente, lembrou o evento programado, o Ciclo de Conferências
“Joaquim Nabuco: intelectual e homem de ação”, de cinco a oito de julho
próximo e falou na recomposição do calendário, em função da presença
do Brasil na Copa do Mundo. Justificou a comemoração do dia, tratando-
se do vulto de Tancredo Neves, presente na política nacional desde os
anos mil novecentos e quarenta. Deu a palavra ao conferencista que falou
da tribuna, lembrando a circunstância dos cem anos de vida e vinte e
cinco do desaparecimento do político mineiro. A conferência, intitulada
“Tancredo Neves e a tradição política mineira”, segundo o próprio orador,
não se deteria na trajetória pessoal do homenageado, mas sua inserção
SÓCIO EMÉRITO
Carlos Wehrs
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
Proposta
b – Comissão de História
Parecer
Parecer
Parecer
Parecer
Parecer
8. Frequência: assistentes
a. Número de sócios presentes: 11
b. Número de convidados: 30
c. Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Carlos Wehrs, Tasso Fragoso Pires, Maria de Lourdes Viana Lyra,
Carlos Francisco Moura, Ronaldo Mourão, Claudio Aguiar, Dora M.
S. Alcântara, Miridan Britto Falci e Lucia Maria Paschoal Guima-
rães
EDITAIS E PORTARIAS
Edital nº 1/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios cor-
respondentes brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Wilson
Martins. Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2010. Arno Wehling, Presiden-
te.
Edital nº 2/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios hono-
rários brasileiros em decorrência do falecimento do sócio José Ephraim
Mindlin. Rio de Janeiro, 7 de março de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital nº 3/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios eméri-
tos em decorrência do falecimento do sócio Joaquim Victorino Portella F.
Alves. Rio de Janeiro, 27 de março de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital Nº 4/10
Ficam convidados os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes
Brasileiros a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária e em Assem-
bleia Geral Extraordinária no dia 14 de julho, em primeira convocação às
12h, em segunda convocação às 14h, com o quórum previsto no art. 20
do Estatuto, com a seguinte ordem do dia, para a apreciação e votação das
matérias seguinte: I – Em Assembleia Geral Ordinária: a – Prestação de
Contas 2009, b – Previsão orçamentária 2010. II – Em Assembleia Geral
Extraordinária: apreciação de proposta de alteração estatutária e regimen-
tal, no tocante aos arts. 2º e §§ 1º, 2º e 3º, 5º, 10º § 1º e 27º do Estatuto;
arts. 1º, 2º, 3º das Disposições Gerais e Transitórias e introdução de nova,
e dos arts. 2º, V, 3º 9º, 14º, 20º, 21º, 22º, 26º, 32º, 47º e 52º do Regimento
Interno e introdução de cinco novos artigos, conforme texto enviado ao
Quadro Social. Consolidação do Estatuto e Regimento, com numeração
de capítulos e renumeração de artigos. Assuntos Gerais. Rio de Janeiro, 1
de julho de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital nº 5/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios eméri-
tos em decorrência do falecimento da sócia Lucinda Coutinho de Mello
Coelho. Rio de Janeiro, 19 de julho de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital Nº 6/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara que ficam abertas para apresentação, no
prazo de 30 (trinta) dias, de propostas de candidatos às vagas, nas catego-
rias abaixo relacionadas, observando-se os procedimentos estabelecidos
no art. 2º do Estatuto. Sócio Emérito 2 vagas, Sócio Titular 2 vagas, Sócio
Edital nº 7/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios corres-
pondentes portugueses em decorrência do falecimento do sócio Aníbal
Pinto de Castro. Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2010. Arno Wehling,
Presidente.
Edital nº 8/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios hono-
rários brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Pe. Fernando
Bastos de Ávila. Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2010. Arno Wehling,
Presidente.
Edital nº 9/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara que ficam abertas para apresentação, no
prazo de 60 (sessenta) dias, de propostas de candidatos à vaga, na catego-
ria abaixo relacionada, observando-se os procedimentos estabelecidos no
art. 2º do Estatuto. Sócio Honorário Estrangeiro 1 vaga. Rio de Janeiro,
15 de outubro de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital Nº 10/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara que ficam abertas para apresentação, no
prazo de 30 (trinta) dias, de propostas de candidatos às vagas, nas catego-
rias abaixo relacionadas, observando-se os procedimentos estabelecidos
no art. 2º do Estatuto. Sócio Emérito 1 vaga, Sócio Titular 2 vagas, Sócio
Honorário brasileiro 2 vagas e Sócio Correspondete Brasileiro 4 vagas.
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital Nº 11/10
Ficam convidados os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes
Brasileiros a se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária no dia 15
de dezembro, em primeira convocação às 13 horas e em segunda con-
vocação às 15 horas, com o quorum previsto no § 2º do artigo 20 do
Estatuto, com a seguinte pauta: Eleição de novos membros do Quadro
Social nas categorias: Sócio Emérito 1 vaga, Sócio Titular 2 vagas, Sócio
Honorário Brasileiro 2 vagas, Sócio Correspondente Brasileiro 4 vagas e
Sócio Honorário Estrangeiro 1 vaga. Rio de Janeiro, 01 de dezembro de
2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital nº 12/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios cor-
respondentes brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Carlos
Humberto Pederneiras Correa. Rio de Janeiro, 1 de dezembro de 2010.
Arno Wehling, Presidente.
Edital nº 13/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de sócios corres-
pondentes estrangeiros em decorrência do falecimento do sócio Anthony
John R. Russell-Wood. Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2010. Arno
Wehling, Presidente.
Edital nº 14/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta 2 (duas) vagas no quadro de sócios
correspondentes estrangeiros em decorrência da transferência dos sócios
abaixo, para a categoria de sócios correspondentes paraguaios, haja vis-
ta convênio de reciprocidade firmado em 2 de agosto de 2010, entre as
Instituições: • Juan Bautista Rivalora Paoli, • Roberto Quevedo. Rio de
Janeiro, 30 de dezembro de 2010. Arno Wehling, Presidente.
Edital Nº 15/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por de-
terminação estatutária, declara aberta vaga no quadro de sócios corres-
pondentes brasileiros em decorrência da transferência de D. Carlos Tasso
de Saxe-Coburgo e Bragança para a categoria de sócio titular. Rio de
Janeiro, 30 de dezembro de 2010. Arno Wehling, Presidente.
PORTARIA Nº 01/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 02/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 03/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 04/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 05/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 06/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 07/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 08/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 09/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 10/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 11/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 12/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 13/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 14/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 15/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 16/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 17/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Portaria nº 18/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Portaria nº 19/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria Nº 20/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Portaria nº 21/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 22/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 23/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 24/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 25/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 26/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 27/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 28/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 29/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
Portaria nº 30/10
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
BIBLIOTECA
1. Atividades de rotina:
Agradecimentos, registro, catalogação e arranjo das publicações re-
cebidas
Higienização das publicações e encadernação, quando necessária
Análise das publicações, com descarte das duplicatas
Digitalização das publicações correntes
Colocação no computador, com nova catalogação, do acervo antigo,
que ainda se encontra em fichas datilografadas
Atendimento a consultas internas e externas
Estatística dos livros recebidos e do movimento da Sala de Leitura
Colaboração no Noticiário do IHGB : Algumas Pesquisas e Livros
Recebidos
Autorização para reprodução de documento
Atendimento aos consulentes na Sala de Leitura
Atendimento à pesquisas dos sócios do IHGB
2. Atividades desenvolvidas:
Continuação dos trabalhos de restauração dos livros da Biblioteca
Americana de Von Martius, séc. XVI-XVIII : 2 títulos
Encadernação corrente: 33 volumes
3. Enriquecimento do acervo:
Doação – 658 livros
Compra (FARP) – 41 livros
ARQUIVO
A – ATIVIDADES DE ROTINA
1. Análise crítica dos documentos manuscritos.
2. Pesquisas para identificação e classificação da documentação.
3. Digitação do material produzido pela equipe técnica (planilhas, re-
lações, inventários).
4. Correspondência interna e externa.
5. Arranjo da documentação.
6. Confecção do material de acondicionamento da documentação (pas-
tas, envelopes).
7. Higienização dos documentos.
8. Autorização para reprodução fotográfica ou xerográfica de peças do
acervo.
9. Acompanhamento das reproduções fotográficas (documentos textu-
ais e iconográficos).
10. Levantamento estatístico da documentação consultada.
B – TRATAMENTO DO ACERVO
1. Em andamento o tratamento técnico dos arquivos: General Osório,
Epitácio Pessoa e Jackson de Figueiredo.
C – ENRIQUECIMENTO DO ACERVO
1 – Doações:
1. Documentos referentes a Virgílio Alvim de Melo Franco e Afonso
Arinos.
Doação do embaixador Afonso Arinos de Melo Franco.
2. Certidão de nascimento do duque de Saxe. Cópia xerox.
Doação de Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança.
E – AUTOMAÇÃO DO ACERVO
Disponibilizados para usuário:
a) – Coleção IHGB e Arquivos: General Osório, Victorino Chermont
de Miranda, João Severiano, Fonseca Hermes, Paulo de Frontin, Hé-
F – VISITAS AO ARQUIVO
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – Departamento de Histó-
ria – Disciplina de Arquivística.
Prof. Jaime Antunes da Silva
Nº de alunos: 8
2. Camila Quintela – Assessora de Imprensa do IHGB
Roberta Jansen. Caderno de História do Jornal O Globo.
3. Visita da equipe técnica do Arquivo Nacional – Coordenação de Pre-
servação do Acervo (COPRA/COPAC); Gabinete da Direção-Geral/
Sistema de Informações do AN (GABIN/SIAN); Coordenação de
Documentos Escritos (COPRA/CODES) por solicitação do presi-
dente do IHGB, prof. Arno Wehling.
G – MOVIMENTO DE CONSULTA AO ACERVO (Anexo 1)
CONCLUSÃO
O Arquivo funcionou, durante o ano de 2010, com 3 funcionárias: 1 ar-
quivista, 2 auxiliares de Arquivo.
Os programas de trabalho foram desenvolvidos dentro do tempo previs-
to.
ICONOGRAFIA
A – TRATAMENTO DO ACERVO:
1. Iniciada a revisão do acervo para verificar o estado de conservação e
condições de acondicionamento.
Número de latas revisadas: 12
B – ENRIQUECIMENTO DO ACERVO:
1 – Doações:
1. Foto de Hermínia Reichelt
– Foto do marco alusivo à 1ª experiência de chuva artificial realizada
no mundo
– Foto de Frederico de Marco
– Foto de Edgard e Sílvia Ribas Carneiro
Doação de Francisco José Andrade Ramalho.
2. Retrato de Luís de Orléans e Bragança (colorido)
3. Fotografia de Afonso Arinos e outros: 4 fotos
Doação do embaixador Afonso Arinos.
6. Cartões-postais – 2
7. Fotografias de Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas e outros – 2
– Fotografia de Getúlio Vargas almoçando em companhia de seus
sobrinhos. Fazenda Santos Reis. 1945 - 1
– Fotografias de Jânio Quadros - 6
C – TRANSFERÊNCIA:
1. Retrato do almirante de esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fon-
seca.
Transferido pela museóloga do IHGB Magda Beatriz Vilela.
D – ATENDIMENTO DE PEDIDOS DE REPRODUÇÃO:
– Total de imagens: 49
Finalidades: projetos editoriais; galeria dos presidentes da Repúbli-
ca; galeria dos embaixadores do Brasil em Portugal; galeria dos ex-
diretores – Espaço Memória Histórica da Diretoria de Hidrografia e
Navegação; dissertações de mestrado.
E – AUTOMAÇÃO DO ACERVO:
– Itens disponibilizados para o usuário até a presente data: 5.122
F – MOVIMENTO DE CONSULTAS AO ACERVO: (anexo 1)
HEMEROTECA
VISITANTES
Visita de Roberta Jansen, da Editoria de História do jornal O Globo
e de Camila Quintela, assessora de imprensa do IHGB; da profª drª Maria
Aparecida Rezende Mota, do Curso de Graduação em História da UFRJ,
no âmbito da disciplina “Historiografia do Brasil I : a nação como tema e
problema na historiografia oitocentista”, com 30 alunos.
Celia da Costa
Chefe da Hemeroteca
MAPOTECA
Celia da Costa
Chefe da Mapoteca
MUSEU
Doações
Mês de maio:
Foram doadas pelo Dr. Victorino Coutinho Chermont de Miranda, sócio
e vice-presidente da instituição, as seguinte peças:
–– Caixa de Fósforo brinde de campanha eleitoral do candidato à Pre-
sidência da República Juarez.
–– Caixa de Fósforo brinde de campanha eleitoral do candidato à Pre-
sidência da República Juarez e vice Milton.
–– Caixa de Fósforo brinde de campanha eleitoral do candidato à Pre-
sidência da República Plínio Salgado.
–– Caixa de Fósforo brinde de campanha eleitoral do candidato à Pre-
sidência da República Jânio.
–– Caixa de Fósforo brinde de campanha eleitoral do candidato à Presi-
dência da República Juscelino – “Governar e abrir estradas”.
–– Caixa de Fósforo brinde de campanha eleitoral do candidato à Pre-
sidência da República Juscelino – “Energia, transporte e Alimenta-
ção”.
Mês de setembro:
Foram doadas pela Srª Neidimar Maria de Souza Silva, funcionária da
instituição, as seguinte peças:
–– Medalha Comemorativa da EXPOSIÇÃO FILATÉLICA NACIO-
NAL – BRAPEX II – Rio de Janeiro; referente ao Centenário do
primeiro selo brasileiro – 1843/1943.
Coleta
–– Bandeira de Campanha Presidencial PV – Candidata Marina –
2010
–– Bandeira de Campanha Presidencial Coligação o Brasil pode mais/
PSDB/DEM/PPS/PTB/PMN/PTdoB – Candidato José Serra e can-
didato a vice Índio da Costa
Atendimento a pesquisadores
Foram atendidas pesquisadores de áreas diversas, sendo eles:
–– Maria Elizabete Santos Peixoto – Representando a Association des
Amis du Vieux Chambéry, no intuito de fazer levantamento das obras
de autoria do pintor Claude Joseph Barandier e fotografá-las para
ilustrar artigo sobre o artista na revista da instituição.
Mostras e Exposições:
Realizada pequena mostra sobre Joaquim Nabuco em comemoração
ao centenário de seu falecimento, tendo sido utilizados objetos pertencen-
tes aos acervos arquivísticos, iconográficos e bibliográficos do IHGB.
No dia 21 de outubro, por ocasião do 172º Aniversário do IHGB,
foi inaugurada na Antessala do Salão Nobre a exposição temporária sob
o título “Campanha eleitoral em uma época sem a força da televisão”.
Foram expostos acervo da Memorabilia Política, do período entre 1930 e
1965, pertencentes ao museu e arquivo do IHGB, como: flâmulas, caixas
de fósforo, cartazes, cédulas e envelopes de votação, bônus eleitorais,
lenço, discos com jingles. Vale ressaltar que nesse mesmo ambiente fica
em exposição permanente uma vitrine com buttons e alfinetes de campa-
nhas eleitorais e partidos políticos, desde 1929 até 2006.
Empréstimos de Acervo
As peças Carrinho de Mão e Pá, em madeira e prata, que pertenceram
ao Barão de Mauá, saíram em empréstimo ao Museu Histórico Nacio-
nal, através da empresa EXPOMUS, para compor a exposição temporária
“Pioneiros e Empreendedores: A Saga do Desenvolvimento no Brasil”,
ficando aberta à visitação no período de 28/10 a 28/11/2010.
Visitação
As visitações ao Museu IHGB aconteceram mesmo no período em
que não havia um profissional museólogo. Assim sendo, foi atingido um
total de 172 visitas no ano de 2010. Devemos destacar que, dentre estas,
ressaltamos a visitação da Profª Drª Maria Aparecida Rezende Mota com
grupo de 17 alunos do Curso de História da UFRJ e da Profª Ivana Stolze
com grupo de 7 alunos do Curso de História da PUC-RJ.
LIVROS RECEBIDOS
ABREU, Manuel de. Una historia de la Independencia del Perú : el diario del
comisionado de paz Manuel deAbreu. Introducción y selección documental
John Fisher. Madrid: Fundación MAPFRE, 2009. 160 p.
ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A identidade da beleza : dicionário dos artistas e
artífices do século XVI a XIX em Pernambuco. Recife : Fundação Joaquim
Nabuco: Massangana, 2008. 436 p.
ALDEN, Dauril. The making of an enterprise: the Society of Jesus, its
Empire, and beyond : 1540-1750. Stanford : Stanford University Press, 1996.
xxxi,707 p.
ALEIJADINHO : um artista muito especial. Rio de Janeiro : Instituto Muito
Especial, 2009. 198 p.
ALEIXO, José Carlos Brandi. Relações entre Brasil e Filipinas: uma visão
abrangente.
Brasília : Thesaurus, 2009. 150 p.
ALEIXO, José Carlos Brandi et al. Missão Cruls: uma trajetória para o
futuro. Brasília : Animatógrafo, 2010. 220 p.
ALENCAR, José de. Cartas de Erasmo. Organizador José Murilo de Carvalho.
Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Letras, 2009. xxxvi, 389 p.
ALENCASTRO, Aníbal et al. Cuiabá : de vila a metrópole nascente. 2. ed.
Cuiabá : Entrelinhas, 2007. 208 p.
ALMEIDA, Maria Luisa Nabinger. A diplomacia brasileira no Prata
: injúrias, motivos e pretextos : (1863-1865). São Paulo: Universidade
Presbiteriana Mackenzie, 2009. 152 p.
ALMEIDA, Miguel Ozório de. Um depoimento. Rio de Janeiro : Centro de
História e Documentação Diplomática; Brasília: Fundação Alexandre de
Gusmão, 2009. 152 p.
ALMEIDA, Paulo Roberto de ; BARBOSA, Rubens Antônio; FINS,
Francisco Rogido (Org.). Guia dos arquivos americanos sobre o Brasil :
coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos. Brasília : Fundação
Alexandre de Gusmão, 2010. 240 p.
GRAHAN, Richard. Feeding the city : from street market to liberal reform,
Salvador, Brazil, 1789-1860. Austin: University of Texas Press, c2101. xv,
334 p.
GUEDES, Angela Cardoso ; FERNANDES, Lia Silvia Peres.
GUIA de fontes para a história de Santos. Santos: Fundação Arquivo e
Memória de Santos, 2009. 186 p.
HAUSSER, Christian. Auf dem Weg der Zivilisatiion: Geschichte und
Konzepte gesellschaftlicher Entwicklung in Brasilien (1808-1871). Stuttgart:
F. Steiner, 2009. 349 p.
HELLER, Milton Ivan. Conspiração nazista nos céus da América : Hitler
e os planos da Alemanha Antártica com base na população germânica do
Brasil. Curitiba : Instituto Memória, 2009. 236 p.
HERRERA, Luís Alberto. La Revolución Francesa y Sudamérica.
Montevideo: Instituto Manuel Oribe : Arca, 2009. 275 p.
IPANEMA, Marcello de ; IPANEMA, Cybelle de. A tipografia na Bahia :
documentos sobre suas origens e o empresário Silva Serva. 2. ed. Salvador :
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JOANONI NETO, Vitale. Fronteiras da crença : ocupação do norte de Mato
Grosso após 1970. Cuiabá : EdUFMT : Carlini & Caniato, 2007. 256 p.
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KAUTSKY, Karl. A origem do cristianismo. Tradução, introdução, apêndice
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LA ROCQUE, Ivan de. O Rio do terceiro milênio. [S.l.] : I. de La Roque,
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São Paulo : Brasiliense, 2010. 157 p.
RABAÇA, Silvio Roberto ; BARBOSA, Gustavo Guimarães. De pai para
filho : imigrantes portugueses no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro : Documenta
Histórica, 2010. 208 p.
RAMOS, Silvia ; PAIVA, Anabela. Mídia e violência : novas tendências na
cobertura de criminalidade e segurança no Brasil. Rio de Janeiro : IUPERJ,
2007. 192 p.
RÊGO, André Heráclio do. Família e coronelismo no Brasil : uma história de
poder. São Paulo : A Girafa, 2008. 379 p.
REPOLÊS, Maria Fernanda Salcedo. Identidade do sujeito constitucional
e controle da constitucionalidade : raízes históricas da atuação do Supremo
Tribunal Federal. Rio de Janeiro : Edições Casa de Rui Barbosa, 2001. 154 p.
PERIÓDICOS RECEBIDOS
III. 4 – Estatísticas
VISITAS AO MUSEU
NO ANO DE 2010
VISITAS: .................................................................................. 172
ACESSOS AO SITE
NO ANO DE 2010
ACESSOS: ............................................................................... 36.103
IV – QUADRO SOCIAL
IV. 1 – Cadastro Social
A – POR CLASSES
Presidentes Honorários
1. Dom Juan Carlos de Palácio de La Zarzuela – Madrid –
25-05-1983
Bourbon, da Espanha Espanha
Ala Sen. Ruy Carneiro - Gab. 3 - Anexo
2. José Sarney 02-10-1985 II/B – Senado Federal – 70165-900 –
Brasília – DF
Jornal Gazeta de Alagoas – Av. Aristeu
3. Fernando Collor de Mello 13-12-1991 de Andrade, 355 – Farol – 57051-090 –
Maceió – AL – Fone: (82) 3218-7700
Instituto Fernando Henrique Cardoso –
4. Fernando Henrique Rua Formosa, 367 – 6º andar – Centro
03-10-1999
Cardoso – 01049-000 – São Paulo – SP – Fone:
(11) 3359-5000
Praça Afonso de Albuquerque – Palácio
5. Jorge Sampaio 24-04-2000
de Belém – 1300 – Lisboa – Portugal
Palácio de Belém – Calçada da Ajuda, nº
6. Aníbal Cavaco Silva 07-03-2008
11 – 1349022 – Lisboa – Portugal
Sócios Eméritos
1 – Beneméritos
Rua Sebastião Lacerda, 31/507
1. Luiz de Castro Souza -
26-06-1963 Laranjeiras – 22240-110 – Rio de
Decano
Janeiro – RJ – Fone: (21) 2557-3425
Rua Sambaíba, 166/104 – Leblon –
2. Max Justo Guedes 15-12-1967 22450-140 – Rio de Janeiro – RJ – Fone:
(21) 2274-0374
Rua Tonelero, 125/801 – Copacabana –
3. Isa Adonias 04-09-1968 22030-000 – Rio de Janeiro – RJ – Fone:
(21) 2257-3304
02 - Eméritos
Rua Açu, 703 – Tirol – 59020-110 –
4. Enélio Lima Petrovich 21-05-1969
Natal – RN – Fone: (84) 3222-3050
5. Augusto Carlos da Silva Caixa Postal 85828 – 26950-000 – Pati
19-05-1971
Telles do Alferes – RJ – Fone: (24) 2485-6690
Rua Gago Coutinho, 66/901 – Laranjeiras
6. João Hermes Pereira de
19-05-1971 – 22221-070 – Rio de Janeiro – RJ –
Araújo
Fone: (21) 2558-0100
Praia de Botafogo, 130/801 – Botafogo
7. Affonso Arinos de Mello
19-05-1971 22250-040 – Rio de Janeiro – RJ – Fone:
Franco
(21) 2552-5922
Av. Celso Garcia, 564 – Palmas – 26650-
8. Affonso Celso Villela de
11-12-1974 000 – Paulo de Frontin – RJ – Fone: (24)
Carvalho
2471-2566/2468-1340
Av. Princesa Leopoldina, 214/1003 –
9. Luís Henrique Dias
15-12-1975 Edf. Serza Real – Graça – 40150-080 –
Tavares
Salvador – BA – Fone: (71) 3245-3524
Rua Rui Vaz Pinto, 130/302 – Jardim
10. Cybelle Moreira de Guanabara - Ilha do Governador Rio de
15-12-1976
Ipanema Janeiro - RJ - 21931-390 – Fone: (21)
3393-3927
Rua Lemos Cunha, 414/402 – Icaraí –
11. Thalita de Oliveira
15-12-1976 24230-130 – Niterói – RJ – Fone: (21)
Casadei
3711-8385.
Casa da Palmeira Imperial – Rua
Florença, 266 - Jardim das Rosas –
12. Claudio Moreira Bento 13-12-1978
27580-000 – Itatiaia – RJ – Fone: (24)
3354-2988
Rua Frei Evaristo, 172 – Centro –
13. Walter Fernando Piazza 13-12-1978 88015-410 – Florianópolis – SC – Fone:
(48) 3222-3014
Rua Paul Redfern, 23/C. 01 – Ipanema
14. Lêda Boechat Rodrigues 17-12-1979 – 22410-080 – Rio de Janeiro – RJ –
Fone: (21) 2239-8233
Sócios Titulares
Rua Senador Eusébio, 30/204 –
1. Pedro Jacinto de Mallet
11-12-1974 Flamengo – 22250-020 – Rio de Janeiro
Joubin
– RJ – Fone: (21) 2552-7460
Rua Soares Cabral, 59/603 – Laranjeiras
2. Arno Wehling 15-12-1976 – 22240-070 – Rio de Janeiro – RJ –
Fone: (21) 2553-5677
Rua Belfort Roxo, 158/302 – Copacabana
3. Waldir da Cunha 15-12-1976 – 22020-010 – Rio de Janeiro – RJ –
Fone: (21) 2541-5613/9826
Rua Comandante Miguelote Viana, 141
4. José Pedro Pinto Esposel 13-12-1978 Icaraí – 24220-190 – Niterói – RJ –
Fone: (21) 2711-8663
Rua Domingos Ferreira, 102/303 –
Copacabana – 22050-010 – Rio de
5. Evaristo de Morais Filho 10-12-1980
Janeiro – RJ –Fone: (21) 2547-5629 /
2240-8314
Rua Canning, 10/602 – Ipanema –
6. Paulo Werneck da Cruz 10-12-1980 22081-040 – Rio de Janeiro – RJ – Fone:
(21) 2287-6966
Sócios Institucionais
Diretor do Arquivo Nacional – Rua
Praça da República, 173 – Centro –
1. Jaime Antunes da Silva 09-06-2004
20211-350 – Rio de Janeiro – RJ – Fone:
(21) 2179-1313
Presidente da Fundação Biblioteca
2. Muniz Sodré de Araújo Nacional – Av. Rio Branco, 219/4º and.
24-10-2005
Cabral Centro – 20040-008 – Rio de Janeiro –
RJ – Fone: (21) 2220-2057
Presidente do IPHAN – SBN Qd. 2, Edf.
3. Luiz Fernando de
08-02-2006 Central – 6º and. – 70040-904 – Brasília
Almeida
– DF – Fone: (61) 326-7111
Presidente do IBRAM – SBN Qd. 2 Edf.
4. José Nascimento Junior 11-08-2010 Central – 2º and. – 70040-504 – Brasília
– DF – Fone: (61) 2024-4002
Presidente do Instituto Histórico de
Petrópolis – Praça da Liberdade, 247
5. Luiz Carlos Gomes 11-08-2010 – Casa de Cláudio de Souza – Centro
– 25685-050 – Petrópolis – RJ – Fone:
(24) 2237-1770
ELEIÇÕES
Correspondente brasileiro:
Angelo Oswaldo de Araújo Santos
Guilherme Gomes da Silveira D’Ávila Lins
Fernando Lourenço Fernandes
Maria Efigênia Lage de Resende
Honorário brasileiro:
Pe. Jesús Hortal Sánchez, S.J
Marcílio Marques Moreira
Honorário Estrangeiro:
António José Emauz de Almeida Lima
TRANSFERÊNCIAS
Para sócio emérito
Carlos Wehrs
Para sócio titular
D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança
Célio de Oliveira Borja
Mary Lucy Murray Del Priore
FALECIMENTOS
Wilson Martins, correspondente brasileiro
José Ephraim Mindlin, honorário brasileiro
Joaquim Victorino Portella Ferreira Alves, emérito
Lucinda Coutinho de Mello Coelho, emérita
Pe. Fernando Bastos de Ávila, honorário brasileiro
Aníbal Pinto Castro, correspondente português
Carlos Humberto Pederneiras Correa, correspondente brasileiro
Anthony John R. Russell-Wood, correspondente estrangeiro
Emérito – 1
Titulares – 2
Correspondentes brasileiros – 14
Correspondentes portugueses – 1
Correspondentes estrangeiros – 5
Honorários brasileiros – 5
Honorários estrangeiros – 17
NORMAS EDITORIAIS
• As contribuições deverão ser inéditas e destinar-se exclusivamente à R.IHGB, escritos em português,
inglês, francês, espanhol ou italiano.
• Exceto os trabalhos dirigidos à seção Bibliografia, os autores deverão, obrigatoriamente, apresentar
resumos nos idiomas português e inglês, independentemente do idioma do texto original, e caso este
não esteja em português ou inglês, acrescentar resumo na língua original, não podendo ultrapassar 250
(duzentos e cinqüenta) palavras, seguidas das palavras-chave, mínimo 3 (três) e máximo de 6 (seis),
representativas do conteúdo do trabalho, também em português e inglês, e no idioma original quando
for o caso.
• Documentos enviados para publicação devem estar transcritos e assinalados o códice ou indicação
arquivística equivalente de onde foram copiados, acompanhados de uma introdução explicativa.
• A Revista reserva-se a oportunidade de publicação de acordo com o seu cronograma ou interesse,
notificando o autor a aprovação do mesmo ou a negativa para a publicação. Não serão devolvidos
originais.
• No caso de aprovação para publicação, o autor terá quinze dias para a devolução do termo de autorização,
contados da data de envio da correspondência pela R.IHGB.
• Os autores receberão 10 volumes da revista quando publicada sob os auspícios da Gráfica do Senado
Federal.
EDITORIAL RULES
• The contributions must be unpublished and exclusively written to R.IHGB, in Portuguese, English,
French, Spanish or Italian.
• Except works addressed to bibliography section, the authors must, mandatorily, present abstracts in
Portuguese and English, independently of the language of the original text. If it is not in Portuguese or
English, it will be necessary to add the abstract in the original language as well. The abstract cannot
have more than 250 (two hundred and fifty) words, followed by the keywords, minimum 3 (three) and
maximum 6 (six), in English and Portuguese, representing the content of the work.
• Documents sent to publication have to be transcribed and have the codex or archival indication from
where they were copied, followed by an explanatory introduction.
• The R. IHGB limits the opportunity of publication according to its schedule and interest, notifying the
approval or disapproval of the publication to the author. The original texts will not be returned.
• If the contribution is approved, the author will have fifteen days to give the authorization term back,
from the date R.IHGB has posted it .
• The authors will receive 10 volumes of the Revista when the publication is supported by the Gráfica
do Senado Federal.
TEXTS PRESENTATION
• Original typing in high density disk or CD, properly identified with the title of the text and name(s) of
the author(s), and three printed copies, including tables and references; in format A4, margins 2,5cm,
space between lines 1,5cm, on one side of the paper, font Times New Roman size 12, and consecutive
numbering. The Microsoft Word text editor or a compatible one should be used. If there are images,
identify in the text the places of the pictures and other types of illustration.
• Illustrations and captions have to be put in separate sheets of paper. The images have to be scanned in
300 dpi in format jpg and approximately dimensioned in format 5 x 5 cm;
• Front page: all the articles should have a front page with the title, the author’s whole name and the
institution they come from. The footnote has to mention the complete address and e-mail of the author, to
whom the mail will be sent. Only on this page the author’s identification will appear, for the secrecy.
• The translations, preferably unpublished, should have the author’s authorization and the respective
original text.
• The notes should be put in the footnote and the bibliography at the end of the texts. Both have to follow
ABNT standard. Norms for presenting footnotes:
• Books: LAST NAME, First Name. Title of the book in italics: subtitle. Translation. Edition. City:
Publisher, year, p. or pp.
• Chapters: LAST NAME, First Name. Title of the chapter. In: LAST NAME, First Name (ed.). Title of
the book in italics: subtitle. Edition. City: Publisher, year, p. nn-nn.
• Article: LAST NAME, First Name. Title of the article. Title of the jounal in italics. City: Publisher.
Vol., n., p. x-y, year.
• Thesis: LAST NAME, First Name. Title of the thesis in italics: subtitle. Thesis (PhD in …..) Institution.
City, year, p. nn-nn.
• Internet: LAST NAME, First Name. Title. Available at: www….., consulted dd.mm.yy.
Only the texts presented accordingly to the rules defined above will be ac-
cepted.
Address:
Revista do IHGB/IHGB
Avenida Augusto Severo, 8 – 10º andar – Glória
20021-040 – Rio de Janeiro – RJ
E-mail: revista@ihgb.org.br
ESTA OBRA FOI IMPRESSA
PELA GRÁFICA DO SENADO,
BRASÍLIA/DF,
EM 2010, COM UMA TIRAGEM
DE 700 EXEMPLARES