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05/02/24 – Fernando
Exame parasitológico de fezes
objetivo: identificar estágios de parasitas eliminados pelas fezes: ovos de helmintos e
cistos/trofozoítos de protozoários
Rhipicephalus microplus
Popularmente conhecido como “carrapato do boi”, tendo preferência por bovinos, mas podendo
afetar outros animais também. Possui ciclo monóxeno, é vetor para outras doenças, como a
Babesiose e Anaplasmose, trazendo mais prejuízos para a produção.
O controle e profilaxia se baseiam na aplicação de carrapaticidas, que podem ser pulverizados,
em forma de banho de imersão, aplicação dorsal e injetável. É necessário se atentar ao possível
surgimento de resistência por parte dos carrapatos em relação às medicações utilizadas.
Além disso, podem ser feitas rotação de pastagens, introdução de espécies de gramíneas com
poder de repelência ou ação letal ao carrapato ou implantação de lavouras (ausência de
animais).
Amblyoma cajennense
Popularmente conhecido como “carrapato estrela”, é encontrado com frequência em equinos,
sendo o principal vetor do Rickettsia rickettssi, causador da febre maculosa (destaque para as
capivaras no ciclo do carrapato); seu ciclo é heteróxeno.
Anocentor (Dermacentor) nitens
Parasita principalmente equinos, tendo lugares como preferência, como o pavilhão auricular e
divertículo nasal, podendo causar infecções secundárias e até miíases. Seu ciclo é monóxeno, é
exclusivo das Américas e é um dos principais vetores da Babesia.
O controle e profilaxia podem ser feitos a partir da remoção manual do carrapato, uso de óleo de
andiroba, banhos com carrapaticida e aplicação tópica em pó de carrapaticida.
26/02/2024 Miíases em grandes animais
As miíases se caracterizam pela deposição de ovos e desenvolvimento de larvas em tecidos do
hospedeiro, alimentando-se de tecidos viáveis ou necrosados. São classificadas através do local
onde estão localizadas, podendo ser dérmica, subepidérmica, nasofaríngea, ocular,
gastrointestinal e genital.
As infestações maciças provocam prurido, desconforto, dor, inflamação, hiporexia (falta de
apetite) e queda da produção, podendo ter como consequências infecções secundárias,
comprometimento de estruturas e perda tecidual severa.
Os principais agentes etiológicos estão na superfamília Oestroidea, sendo divida em 4 famílias:
Família Oestridae: Oestrus ovis
A distribuição dessa mosca é de forma cosmopolita, ou seja, bem espalhada pelo ambiente,
sendo parasita obrigatório da porção nasal (cavidade nasal, seios nasais e frontais); atinge
ovinos e caprinos.
As fêmeas depositam os ovos nas narinas, tornando-se larvas que se fixam na mucosa,
estimulando a produção de muco (alimento). Elas provocam a oestrose, caracterizada por ser
uma rinite mucopurulenta, com inflamação e irritação da mucosa nasal, secreções, incômodo,
inquietação, prurido e hemoptise (saída de sangue pelo nariz). Em casos mais graves, há
migração e invasão larval do SNC pela base do crânio, desenvolvendo sinais neurológicos.
O tratamento se baseia no uso de organofosforados para desinfectar o ambiente e
antiparasitários para os animais.
Cochliomyia spp: conhecida como “mosca varejeira”, é necrobiontófaga (se alimenta de tecidos
necrosados); suas larvas provocam miíase primária (com ovoposição direta na lesão), evoluindo
para invasão de estruturas adjacentes. Após as larvas se desenvolverem, elas caem no solo e se
tornam pupas, virando adultas, as quais retornam às feridas e depositam mais ovos.
Consequências: lesões diretas, agudização de feridas, sangramento, dor, animal inquieto,
infecções secundárias; bovinos são os mais acometidos.
Tratamento: à base de inseticidas, repelentes cicatrizantes e antissépticos, remoção manual das
larvas e limpeza das feridas.