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Transmissão e Distribuição de

Energia Elétrica

Introdução

Prof. Ms. Maicon Coelho Evaldt


E-mail: maicon@unisinos.br
2018 / 2
Enquadramento da Disciplina
70112 Tópicos Especiais em Energia 1 - Panorama Energético
70113 - Tópicos Especiais em Energia 2 - Energia e Ambiente
079018 - Conversão de Energia
- Circuitos magnéticos:
- Transformadores:
- Conversão eletromecânica de energia:
070116 - Tópicos Especiais em Energia 3 - Gestão da Energia
Circuitos Elétricos I e II

70122 - TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO:

70128 - Introdução às máquinas rotativas;


- Máquinas síncronas e assíncronas, e máquinas de corrente contínua.

97909 Legislação e Mercado de Energia


Competências

• Ter visão ampla, sistêmica e abrangente das linhas


de transmissão e redes de distribuição de energia
elétrica, para identificar possibilidades de melhoria e
acompanhar projetos de implantação desses
sistemas;

• Analisar projetos de linhas de transmissão e redes de


distribuição de energia elétrica, com enfoque técnico
e legal, para elaborar estratégias de gerenciamento
desses sistemas.
Conhecimentos Linhas de Transmissão
• Aspectos construtivos de linhas de transmissão:
materiais e comportamento mecânico dos cabos;

• Modelos de linhas de transmissão: resistência e


reatância, classificação das linhas de transmissão,
quadripolos equivalentes;

• Capacidade de transporte de linhas de


transmissão;

• Aspectos legais e ambientais de linhas de


transmissão;
Conhecimentos - Distribuição

• Conceitos básicos, materiais, equipamentos e


simbologia de redes de distribuição;

• Redes de distribuição aéreas e subterrâneas,


urbanas e rurais;

• Indicadores técnicos e regulatórios de redes de


distribuição.
Metodologias e técnicas de ensino e aprendizagem

• Aulas expositivas e dialogadas;

• Visitas técnicas a linhas de transmissão e


distribuição locais;

• Trabalho em grupo;
Avaliação

• GRAU A
– Prova (teórica): 60%
– Trabalho em Dupla: 30%
– Relatório Visita Técnica: 10%

• GRAU B
– Prova (teórica): 60%
– Trabalho em Dupla: 30%
– Relatório Visita Técnica (COD – RGE-SUL):10%
Cronograma Inicial
aula data Conteúdo previsto
Apresentação da Atividade e Método de trabalho e Avalição - Aspectos Gerais (Transmissão e Distribuição -
1 8/8 Aspectos técnicos e Organização do Setor Elétrico Brasileiro.)
2 15/8 Linhas de Transmissão: Projetos de Linhas Aéreas (divisão do trabalho 1 - Componentes LT)
3 22/8 Linhas de Transmissão: Manutenção (Aspectos Práticos)
Linhas de Transmissão: Dimensionamento Elétrico: Resistência e reatância, classificação das linhas de
4 29/8 transmissão, quadripolos equivalentes
Linhas de Transmissão: Dimensionamento Elétrico: Capacidade de transporte de linhas de transmissão (trabalho
5 5/9 2 - Preparação visita técnica)
6 12/9 Visita técnica: CEEE/CETAF Porto Alegre
7 19/9 Aspectos legais e ambientais de linhas de transmissão
8 26/9 GA - Prova
9 3/10 Apresentação e entrega do trabalho 1 e 2
10 10/10 Comunicação Grau A - Conceitos básicos de Redes de distribuição aéreas e subterrâneas, urbanas e rurais
11 17/10 SEMANA ACADÊMICA
12 24/10 Materiais, equipamentos, simbologia e normas de projeto de redes de distribuição
13 31/10 Indicadores técnicos e regulatórios (divisão do trabalho 3 - Indicadores técnicos)
14 7/11 Indicadores técnicos e regulatórios de redes de distribuição (trabalho 4 - Preparação visita técnica - C.O.D.)
15 14/11 Visita técnica (C.O.D. -RGE)
16 21/11 Equipamentos especiais - tempo para fechamento do trabalho 3 e 4
17 28/11 GB Prova e entrega do trabalho 3 e 4
18 5/12 Comunicação do Grau B
19 12/12 Grau C
Sistema Elétrico de Potência

Adaptado de Pansini, A. J., Guide to Electrical Power Distribution Systems


Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico


Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Geração de Energia
Fontes Diversas
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

SE – Transformadora
Elevadora
– Converte a tensão de
suprimento para uma
tensão mais elevada;
- Reduz as perdas,
permitindo transmissões
a longas distâncias
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

- Centrais de geração
distantes dos grandes
centros de consumo.
- Longas linhas de
transmissão de alta
tensão para transportar a
energia gerada.
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

34.5 kV, 69 kV, 88 kV,


115 kV E 138 kV
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Transmitem
potências em
quantidades
menores
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Clientes em AT –
Superior a 69kV
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Rebaixamento de
Tensão para 13,8 kV
até 34,5 kV
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Linhas de Média 13,8 kV


até 34,5 kV
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Industrias de Pequeno
e médio porte /
Consumidores Rurais
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Reduz a Tensão
para 127, 220V
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Baixa Tensão
Corrente Elevada
Introdução

• Topologia básica do sistema elétrico

Entrega Final da Energia


Organização do Setor Elétrico Brasileiro

Introdução
Introdução

SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

AGENTES ENVOLVIDOS
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE)

• Presidido pelo Ministro de Estado de


Minas e Energia

• Órgão de assessoramento do Presidente


da República;

• Responsável pela formulação de políticas


e diretrizes de energia:

▪ Valorização dos recursos energéticos


▪ Proteção do consumidor
▪ Promoção da conservação de energia
▪ Identificação de soluções adequadas
para o suprimento de energia
▪ Promoção da livre concorrência
▪ Proteção do meio ambiente
▪ Atração de investimentos para o setor
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Ministério de Minas e Energia (MME)

• Órgão do governo federal;

• Responsável pela condução das


políticas energéticas do País;

• Formulação e implementação de
políticas para o setor energético
em acordo com as diretrizes do
CNPE;

• Responsável pela definição do


planejamento do setor elétrico,
monitorando a segurança do
suprimento, por intermédio do
Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico (CMSE)
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico (CMSE)

• Órgão controlado pelo MME;

• Acompanhamento e avaliação da
continuidade e segurança do
suprimento eletroenergético;

• Composto por representantes do


MME e titulares de outros órgãos
(ANEEL, ANP, CCEE, EPE e ONS);

• Algumas competências:

▪ Acompanhar o desenvolvimento das


atividades de geração, transmissão,
distribuição, comercialização, etc.
▪ Realização periódica de análises de
segurança do abastecimento.
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

• Vinculada ao MME;

• Prestação de serviços na área de


estudos e pesquisas destinadas ao
planejamento do setor energético;

• Análises de viabilidade técnica,


econômica e ambiental de usinas;

• Obtenção da licença ambiental prévia


para aproveitamentos hidrelétricos e
de transmissão;

• Elaboração de estudos para o


planejamento da expansão da geração
e da transmissão no curto, médio e
longo prazos;
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL)

• Vinculada ao MME;

• Proporcionar condições favoráveis


para que o mercado de energia se
desenvolva com equilíbrio entre
agentes e benefício da sociedade;

• Regularizar e fiscalizar a geração,


transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica;

• Zelar pela qualidade dos serviços


prestados e estabelecimento das
tarifas para os consumidores finais;

• Promover os leilões de contratação de


energia elétrica;
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE)

• Associação civil sem fins lucrativos,

• Reúne agentes que atuam no


mercado de compra e venda de
energia elétrica;

• Contabilização e liquidação de
operações de compra e venda de
energia elétrica;

• Implantar e divulgar regras e


procedimentos de comercialização;

• Gestão dos contratos do Ambiente de


Contratação Regulada (ACR) e do
Ambiente de Contratação Livre (ACL);
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS)

• Responsável por operar,


supervisionar e controlar a
geração de energia elétrico do
SIN;

• Administrar a rede básica de


transmissão de energia elétrica;

• Assegurar o suprimento de
energia no SIN, com o menor
custo possível;
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Eletrobrás

• Criada em 1962 para coordenar


todas as empresas do setor;

• A reestruturação do setor reduziu


as responsabilidades da empresa,
com a criação da ANEEL, ONS,
CCEE e EPE;

• Composta por um grupo de


empresas de Distribuição,
Geração e Transmissão
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Agentes de Transmissão

• Detentores de concessão outorgada


para transmissão de energia elétrica;

• Os agentes de transmissão não


participam da comercialização de
energia;

• Os seus preços são regulados pela


ANEEL, no contexto dos contratos de
concessão (com mecanismos de
revisões e reajustes tarifários
periódicos);

• A entrada de novos agentes de


transmissão ocorre por meio de
licitação para construção de novas
linhas;
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Agentes de Distribuição

• Titulares de concessão, permissão


ou autorização de serviços e
instalações de distribuição;

• Atividade regulada técnica e


economicamente;

• Deve conceder livre acesso a todos


os consumidores da sua zona de
atuação, mesmo não comprando
energia dessa distribuidora;

• Têm participação obrigatória no


Ambiente de Contratação
Regulada (ACR), celebrando
contratos de energia com preços
resultantes de leilões.
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Agentes de Comercialização

• São agentes da CCEE

• Os comercializadores podem
representar compradores e
vendedores, sendo os preços
livremente negociados;

• Compram energia por meio de


contratos bilaterais, podendo
revender esta energia aos
consumidores livres ou a outros
comercializadores;

• Dividem-se em dois grupos:


Livres ou Regulados;
Organização do Setor Elétrico Brasileiro
Agentes de Geração

• São classificados como geradores


os Concessionários de Serviço
Público de Geração, Produtor
Independente de Energia Elétrica e
Autoprodutor;

• Livre acesso aos sistemas de


transmissão e distribuição;

• Podem vender energia tanto


Ambiente de Contratação Regulada
(ACR) como no Ambiente de
Contratação Livre (ACL).
Linhas de Transmissão

Linhão Xingu – Sudeste

https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/linha-de-transmissao-que-liga-
hidreletrica-de-belo-monte-ao-sudeste-do-pais-e-inaugurada-em-mg.ghtml

Leilão da Transmissão 07/2018

https://g1.globo.com/economia/noticia/leilao-da-aneel-oferta-20-lotes-de-linhas-de-
transmissao-de-energia-nesta-quinta-feira.ghtml
Leilão para Linhas de Transmissão
Detalhe do Resultado Leilão
RAP Inicial RAP Contratada Deságio
Lote Empreendimento UF VENCEDOR
(R$) (R$) %

CONSÓRCIO CP II (N.A.S.S.P.E. EMPREENDIMENTOS E


1 LT 500 kV Sapeaçu - Poções III C1, com 260 km; BA 85.435.516,51 76.700.000,00 10,225% PARTICIPAÇÕES S.A. 90% E BTG PACTUAL HOLDING INTERNACIONA
S.A. 10%)

LT 500 kV Poções III - Padre Paraíso 2 C1, com 334


km;
LT 500 kV Padre Paraíso 2 - Governador Valadares CONSÓRCIO OLYMPUS (ALUPAR INVESTIMENTO S.A. 99%, PERFIN
2 6 C1, com 207 km; BA/MG 264.592.751,25 214.700.000,00 18,856% ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS LTDA 0,5% E APOLLO 11
SE 500 kV Padre Paraíso 2; PARTICIPAÇÕES S.A. 0,5%)

SE 500/230 kV Governador Valadares -


(6+1res.)x200 MVA

CONSÓRCIO COLUMBIA (TRANSMISSORA ALIANÇA DE ENERGIA


LT 500 kV Poções III - Padre Paraíso 2 C2, com 338
3 BA/MG 106.613.120,00 106.613.120,00 0,000% ELÉTRICA S.A. 50% e CTEEP - COMPANHIA DE TRASMISSÃO DE
km; ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA 50%)

LT 500 kV Padre Paraíso 2 - Governador Valadares CONSÓRCIO COLUMBIA (TRANSMISSORA ALIANÇA DE ENERGIA
4 MG 71.424.700,00 71.424.700,00 0,000% ELÉTRICA S.A. 50% e CTEEP - COMPANHIA DE TRASMISSÃO DE
6 C2, com 208 km; ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA 50%)

SE 500 kV Padre Paraíso 2 - Compensador Estático CONSÓRCIO ECB (EMPRESA CONSTRUTORA BRASIL S.A. (LÍDER
5 MG 21.377.040,00 17.666.000,00 17,360% 99%); E MOTA ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES S.A. (1%))
(-150/+300) Mvar
LT 500 kV Governador Valadares 6 - Mutum C1, com
156 km;
LT 500 kV Mutum - Rio Novo do Sul C1, com 132 CONSÓRCIO OLYMPUS (ALUPAR INVESTIMENTO S.A. 99%, PERFIN
6 km; MG/ES 145.986.950,00 145.986.950,00 0,000% ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS LTDA 0,5% E APOLLO 11
SE 500 kV Mutum; PARTICIPAÇÕES S.A. 0,5%)

SE 500/345 kV Rio Novo do Sul - 500/345 kV (3+1


Res) x 350 MVA
LT 500 kV Governador Valadares 6 - Mutum C2, com
7 MG 56.600.880,00 - SEM PROPOSTA
165 km;
LT 500 kV Rio da Éguas - Barreiras II C2; com 259
8 BA 92.657.020,00 77.832.000,00 16,000% EQUATORIAL ENERGIA S/A
km;

LT 500 kV Barreiras II - Buritirama C1, com 213 km;


9 BA 98.038.240,00 70.588.000,00 28,000% EQUATORIAL ENERGIA S/A
SE 500 kV Buritirama.
Detalhe do Resultado Leilão
RAP Inicial RAP Contratada Deságio
Lote Empreendimento UF VENCEDOR
(R$) (R$) %

LT 500 kV Queimada Nova II - Curral Novo do Piauí


II C1, com 109 km;
CONSÓRCIO SERTANEJO (CYMI HOLDING S.A. 50% e BRASIL
10 LT 500 kV Buritirama - Queimada Nova II, C1, com BA/PI 171.256.970,00 148.308.000,00 13,400% ENERGIA FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES 50%)
376 km;
SE 500 kV Queimada Nova II;

LT 500 kV Queimada Nova II - Milagres II C1, com


11 PI/PE/CE 91.702.100,00 -
322 km; SEM PROPOSTA

LT 500 kV Buritirama - Queimada Nova II, C2, com


12 BA/PI 114.331.590,00 102.900.000,00 9,999% EQUATORIAL ENERGIA S/A
376 km;

LT 500 kV Açu III - Milagres II C2, com 292 km; CONSÓRCIO SERTANEJO (CYMI HOLDING S.A. 50% e BRASIL
13 CE/PB/RN 142.032.740,00 111.495.000,00 21,500% ENERGIA FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES 50%)
LT 500 kV Açu III - João Câmara III C2, com 143 km;

LT 500 kV Igaporã III - Janaúba 3 C1, com 257 km;


LT 500 kV Janaúba 3 - Presidente Juscelino C1, com
14 BA/MG 223.056.950,00 185.598.000,00 16,793% EQUATORIAL ENERGIA S/A
337 km;
SE 500 kV Janaúba 3 - novo pátio de 500 kV.

15 LT 500 kV Igaporã III - Janaúba 3 C2, com 257 km. BA/MG 91.107.990,00 85.642.000,00 5,999% EQUATORIAL ENERGIA S/A
LT 500 kV Janaúba 3 - Presidente Juscelino C2, com
16 MG 106.179.410,00 106.179.000,00 0,000% EQUATORIAL ENERGIA S/A
330 km.
LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II - Janaúba 3 C1,
com 304 km; TRANSMISSORA ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA
17 BA/MG 200.856.670,00 174.624.789,00 13,060%
LT 500 kV Janaúba 3 - Pirapora 2 C1, com 238 km; S.A. - TAESA
SE 500 kV Janaúba 3 - novo pátio de 500 kV.

CONSÓRCIO TRANSMISSÃO DO BRASIL II (FTRSPE


SE 500 kV Janaúba 3 - Compensadores Síncronos - EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. 1% e
18 MG 47.337.730,00 39.400.000,00 16,768%
2 x (-90/150) Mvar. PATRIA INFRAESTRUTURA III - FUNDO DE
INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES 99%)

LT 500 kV Presidente Juscelino - Itabira 5 C2, com


19 MG 57.211.880,00 -
189 km; SEM PROPOSTA
Detalhe do Resultado Leilão
RAP Inicial RAP Contratada Deságio
Lote LT 500 kV Presidente Juscelino - Itabira 5 C2, com
Empreendimento UF VENCEDOR
19 MG 57.211.880,00 -
189 km; (R$) (R$) % SEM PROPOSTA
LT 500 kV Rio das Éguas - Arinos 2 C1, com 230
CONSÓRCIO SERTANEJO (CYMI HOLDING S.A. 50%
km;
20 BA/MG/GO 158.620.390,00 130.510.000,00 17,722% BRASIL ENERGIA FUNDO DE INVESTIMENTO EM
LT 500 kV Arinos 2 - Pirapora 2 C1, com 221 km;
PARTICIPAÇÕES 50%)
SE 500 kV Arinos 2.

LT 345 kV Viana 2 – João Neiva 2, com 79 km;


SE 345/138-13,8 kV João Neiva 2, (9+1Res) x 133 CTEEP - COMPANHIA DE TRAMISSÃO DE ENERGIA
21 ES 63.059.310,00 47.200.000,00 25,150%
MVA; ELÉTRICA PAULISTA
Compensador Estático (-150/+150) Mvar.

LT 500 kV Mesquita - João Neiva 2, com 236 km;


EMPRESA AMAZONENSE DE TRANSMISSÃO DE
22 SE 500/345-13,8 kV João Neiva 2, 500/345 MG/ES 101.019.644,89 101.019.640,00 0,000%
ENERGIA S.A.
kV (3+1Res) x 350 MVA.

LT 500 kV Vila do Conde - Marituba - 56,1 km;


LT 230kV Marituba - Castanhal - 68,6 km.
23 PA 89.784.520,00 89.784.000,00 0,001% EQUATORIAL ENERGIA S/A
SE 500/230-13,8 kV Marituba - (3+1R)x300MVA;
SE 230/69-13,8 kV Marituba - 2X200MVA;

SE 230/138-13,8 kV São Mateus 2 (nova) -


24 (3+1R)x50MVA ES 21.854.510,00 20.718.075,00 5,200% EDP - ENERGIAS DO BRASIL S.A.
LT 230 kV Linhares 2 - São Mateus 2 - 113 km
ONS – Sistema Interligado Nacional (SIN)
Sistema Interligado Nacional

– O Sistema Interligado Nacional é formado pelas


empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste,
Nordeste e parte da região Norte.

– Apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade


do país encontra-se fora do SIN, em pequenos sistemas
isolados localizados principalmente na região amazônica
Sistema Interligado Nacional
• Sistemas interligados

Possibilidade de integração eletroenergética

Aumento da confiabilidade do sistema

• A possibilidade de melhores níveis de tensão, frequência e flexibilidade nos


programas de manutenção programada leva a um aumento no nível global de
confiabilidade da rede.

Aproveitamento energético da diversidade hidrológica entre bacias


distintas

Aumento do nível de curto-circuito

Propagação de distúrbios
Sistema Interligado Nacional

Adaptado – CEESP/ UFSM


Quantificação de Potência instalada e Energia

Matriz Energética (2017)= 151.685 MW - 1


• Consumo 47.339 MWmed (2014) - 2
• Brasil tem 68,6 milhões de unidades consumidoras
(58,3 milhões Residenciais) - 1

• 1.516.800.000 - Lâmpadas incandescentes 100 W


• 15.168.000.000 - Lâmpadas Led
• 20.224.704 – Chuveiros
• Gerdau RS: 216 – 720 GWh – (1 Circuito – Hidr. Tucuruí = 40 Gerdau)
• Residencial – São Leopoldo: 252,8GWh – 3
• Cidade de São Paulo: 136.359 GWh – 4 – (15.566 MWmed – 1,1 Itaipu)

1 – ANEEL, 2 –ONS, 3 - Jornal VS (2015), 4 - Globo.com (2016)


Sistema Interligado Nacional

Fonte: ONS/2017.
Sistema Interligado Nacional

Fonte: ONS/2015.
Sistema Interligado Nacional

Fonte: ONS/2015.
Sistema Interligado Nacional

Fonte: ONS/2017.
Sistema Interligado Nacional

Fonte: ONS/2010.
Sistema Interligado Nacional

Fonte: ONS/2015.
Linhas de Transmissão
Linhas de Transmissão
Linhas de Transmissão

• Extensão das linhas de transmissão da rede básica:

Fonte: ONS/2017.
http://www.ons.org.br/biblioteca_virtual/publicacoes_operacao_sin.aspx
Linhão Tucuruí – Macapá – Manaus

– Integração dos estados do Amazonas, Amapá e do oeste


do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com
aproximadamente 1.800 km de extensão total em tensões
de 500 e 230 kV em circuito duplo, passa por trechos de
florestas e atravessa o Rio Amazonas.
Linhão Tucuruí – Manaus
Linhão Tucuruí – Manaus
Rio Madeira e Belo Monte
• Sistema de interligação das usinas do Rio Madeira
Rio Madeira e Belo Monte
• Rio Madeira
– 6450 MW (UHE Jirau e UHE Santo Antônio)
– A interligação das usinas do rio Madeira com o Sudeste
do Brasil representará mais 5,2% ao total de linhas de
transmissão existentes em todas as regiões em País.
– Linhas em corrente contínua 600 kV (2x3150MW) entre a
SE coletora Porto Velho e Araraquara, 2.375 km, além de
reforços nas linhas existentes.

– Belo Monte
• A hidrelétrica terá capacidade instalada de 11.233,1 megawatts
(MW) de potência.
• 5 linhas de transmissão de 500 kV CA, conectando Belo Monte à
SE Xingu 500 kV.
• Primeira linha do país em Ultra Alta Tensão - 800 kV – entre Xingu
(PA) - Estreito (MG), totalizando 2.087 quilômetros de extensão.
Introdução

• Outras Informações
Linha de Transmissão - Conceito Básico
Processo de transportar energia entre dois pontos (subestações ou
consumidores de Alta Tensão), través de um conjunto de condutores
metálicos suspenso e isolados em torres de sustentação.

As linhas de transmissão são basicamente torres metálicas com fios


condutores suspensos, por meio de isoladores cerâmicos ou de outros
materiais altamente isolantes. Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (ABRADEE)

E conjunto de condutores, isoladores, estruturas e acessórios, utilizada


para o transporte da energia elétrica entre as subestações e que operam
com tensões iguais ou superiores a 69 kV (sessenta e nove kilovolts).
Resolução Conjunta SEMA/IAP nº 009 - 03 de Novembro de 2010

As linhas de transmissão são os equipamentos e estruturas empregados


para transportar grandes blocos de energia por grandes distâncias, entre
os centros consumidores e os centros geradores. Adaptado de Edson Nunes -
FAN
Linha de Transmissão - Conceito Básico

• Tensões Usuais no Sistema Elétrico

• Distribuição (média tensão): 13,8 kV até 34,5 kV


• Sub-Transmissão e Transmissão (AT): 69 kV, 138 kV e 230 kV
• Transmissão (EAT): 345 kV, 440kV, 500 kV e 765 kV
• Ultra Alta Tensão: 800 kV e 1200 kV (Exemplo: interligação da
subestação de Xingu, no Norte do país, à subestação do Rio,
no Sudeste.)
• Observações sobre estas tensões:
Histórico

• Em 1883 a LT mais longa do mundo estava


localizada no Brasil em Diamantina-MG e tinha a
extensão de 2 km.

A energia gerada em uma usina


hidrelétrica, constituída por duas
rodas d’água e dois dínamos,
acionava bombas hidráulicas em
uma mina de diamantes.
Histórico
• 1887 - Porto Alegre foi a primeira cidade a contar
com iluminação pública - usina termelétrica da
Companhia Fiat Lux (160 kW);

• 1889 - Primeira usina hidrelétrica de grande porte


do País. Companhia Mineira de Eletricidade (CME)
(3 x 125 kW);

• 1903 - Primeiro texto de Lei que disciplina o uso de


energia elétrica no país.
Histórico

• 1945 primeira empresa de eletricidade pública de


âmbito federal: CHESF – Companhia Hidro Elétrica
do São Francisco;

• 1960 - Criado o Ministério das Minas e Energia;

• 1961 - Criação da Centrais Elétricas Brasileiras S/A


(Eletrobrás) coordenação técnica, financeira e
administrativa do setor de energia elétrica no Brasil.
Histórico

• 1963 - entrada em operação da UHE de Furnas


permitiu a interligação de RJ, MG e SP;

• 1973 - Criação de Itaipu Binacional criação da


Nuclebrás – Empresas Nucleares Brasileiras S.A;

• 1974 - Criação do Centro de Pesquisas de Energia


Elétrica (CEPEL), ligado ao sistema Eletrobrás.
Histórico
• 1984 - Entrada em operação de Itaipu e Conclusão
da interligação “Norte” – Nordeste

• 1986 - Criação do sistema de transmissão


interligado Sul – Sudeste

• 1989 - Entrada em operação da primeira etapa da


interligação Norte – Sudeste

• 1990 - lei nº 8.031 – Programa Nacional de


Desestatização (PND) e criação do Sistema
Nacional de Transmissão de Energia Elétrica
(SINTREL)
Histórico
• 1995 – 2000 – Privatizações

• 1997-1998 - Criação da ANEEL e ONS


- Lei 9.648 estabelece os fundamentos da
restruturação do SEB;

• 2000 - Início do funcionamento do Mercado


Atacadista de Energia;

• 2001 – Racionamento e Criação da Câmara de


Gestão da Crise
Elementos de uma LT
O desempenho de uma linha de transmissão depende das características dos
seus componentes:

▪ Estrutura isolante e o seu desempenho técnico


▪ Capacidade para suportar esforços mecânicos

À construção de uma linha são múltiplas as variáveis associadas:


▪ Valor da tensão de transmissão;
▪ Número, tipo e bitolas dos cabos condutores por fase;
▪ Número e tipo dos isoladores e distâncias de segurança;
▪ Número de circuitos trifásicos;
▪ Materiais estruturais e a forma dos suportes resistirem aos esforços:
▪ etc.

A solução ideal é encontrada através de estudos de planejamento.

Para cada configuração são avaliados os projetos elétricos e mecânicos e


antecipados os seus desempenhos. A orçamentação também é um fator
ponderado na escolha.
Elementos de uma LT
Principais elementos de uma linha de transmissão:
▪ Cabos condutores de energia e
acessórios; ▪ Cabos de guarda ou para-raios;
▪ Estruturas isolantes; ▪ Aterramentos
▪ Estruturas de suporte; ▪ Acessórios diversos
▪ Fundações
Elementos de uma LT

• Condutores
– Responsáveis pela transmissão da energia
desde as centrais geradoras até as cargas
Elementos de uma LT

Condutores

• São o instrumento para o transporte da energia


elétrica.

• A sua escolha e dimensionamento são


fundamentais para a minimização das perdas
(por efeito de Joule ou Corona).

• As perdas por efeito de Joule são minimizadas pela escolha de secções


transversais adequadas.

• As perdas por efeito Corona aumentam com o nível das tensões e diminuem
com o aumento do diâmetro dos condutores.

• As falhas em condutores estão associadas aos tipos e intensidades das


solicitações a que são submetidos e a sua capacidade de resistir às mesmas.
Elementos de uma LT
Condutores

• Os condutores utilizados em linhas aéreas de


transmissão são constituídos por cabos.

• Sobre um fio de secção transversal circular são


enrolados, em forma espiral, outros fios em diferentes
camadas.

• O sentido de enrolamento de cada uma das camadas é


sempre oposto ao da camada anterior.

• Os fio que compõe o cabo podem ser todos de um mesmo diâmetro, diferentes
diâmetros e diferentes materiais (desde que eletroliticamente compatíveis).

• Os cabos são especificados pelo seu diâmetro nominal, área de secção


transversal nominal, número de fios componentes e pelos metais e ligas que
os compõe.
Elementos de uma LT
Tipos de cabos para condutores de linhas de transmissão:

▪ Cobre: Elevada condutividade elétrica, porém desfavorável do ponto de vista


econômico. Cada vez menos utilizado (Normas – NBR 5111, NBR 5159, NBR
5349).

▪ Alumínio: Mais comum. Condutividade de cerca de 61% comparada com o


cobre, porém devido ao seu baixo peso específico, a condutividade do
alumínio é mais do que o dobro daquela do cobre por unidade de peso.
Resistentes à corrosão e o seu preço por unidade de peso é cerca de metade
do preço do cobre.

➢ Cabos de Alumínio
➢ Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA)
➢ Ligas de Alumínio
➢ Cabos Especiais (p. ex. Cabos Auto-Amortecidos)
Inspeção de Linha
Elementos de uma LT
Cabos para para-raios

• Tem como função interceptar as


descargas atmosféricas e evitar que estas
atinjam os condutores.

• Podem ser usados como condutores para


sistemas de tele medição ou comunicação
por onda portadora.

• Tipos de cabos normalmente empregados:


➢ Cordoalha de fio de aço zincada
➢ Cabos CAA extrafortes
➢ Cabos aço-alumínio

• Outros dispositivos de proteção comumente


utilizados são as hastes de descarga.
Elementos de uma LT
• Isoladores
– Os cabos são suportados pelas estruturas através dos
isoladores, que os mantêm isolados eletricamente das
mesmas.
– Devem resistir tanto às solicitações mecânicas como às
elétricas.
Elementos de uma LT
Isoladores

• A sua função principal é isolar eletricamente os condutores das linhas de


transmissão de seus suportes e do solo.

• Em linhas aéreas é feito basicamente pelo ar que os envolve, auxiliados por


elementos feitos de material dielétrico, denominados isoladores.

• Problemas Possíveis?
➢ Sobretensões de impulso devidas às descargas atmosféricas.
➢ Sobretensões internas (de manobra ou chaveamento).
• Para além das solicitações elétricas os isoladores são solicitados
mecanicamente.
• Os isoladores podem ser confeccionados com diferentes materiais:
➢ Porcelana vitrificada
➢ Vidro temperado
➢ Material sintético composto
Elementos de uma LT
Tipos de isoladores:

▪ Isoladores de pino:

▪ Isoladores tipo pilar ou coluna:

▪ Isoladores de suspensão:

▪ Isoladores roldana:
Limpeza de Isoladores
Elementos de uma LT
• Estruturas
– Constituem os elementos de sustentação
dos cabos das linhas de transmissão.

• Material:
➢ Madeira
➢ Metálicos
➢ Concreto Armado
Elementos de uma LT
• Estruturas
– Constituem os elementos de sustentação
dos cabos das linhas de transmissão.
Elementos de uma LT
• Elementos de sinalização
– Garantir a segurança dos envolvidos na operação da
LT, assim como a de terceiros.
• Identificação das estruturas, sinalização de
deflexões, cruzamento de linhas, advertência
para pedestres, entre outras.
Instalação de Sinalizador
• Elementos de sinalização
Elementos de uma LT
Acessórios e Fundações

▪ Separadores de feixe:

▪ Amortecedores (“Stock bridge”):

Fundações

• Material:
➢ Madeira (Solo, Bases, Maciços)
➢ Concreto (Solo)
➢ Concreto Armado (Solo, Maciços)
Próxima Aula – 22/8
Assunto:

Linhas de Transmissão: Definição Pendente: Palestra, BRASIL CORÉIA –


ANAREDE ou Parâmetros Elétricos

Avisos:

Informações por e-mail até sexta-feira

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