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‘empoderamento’
1. Agradecimento............................................................ 4
2. Empoderamento, eu e a mulher.................................. 5
3. Empoderamento na História...................................... 8
4. Empoderamento e você............................................. 14
5. Comece Agora............................................................ 22
6. Bibliografia / Fontes de Aprofundamento................ 23
“Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da
medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos
amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante,
atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você
para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o
mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que
as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de
você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar,
inconscientemente damos às outras pessoas permissão
para fazer o mesmo.”
Nelson Mandela
Agradecimento
Mani Alvarez
Empoderamento, eu e a mulher
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Então, eu considero que nossa maior contribuição naquela época foi
conscientizar as mulheres que elas tinham sim, direito a serem vistas
como seres humanos, que elas não podiam consentir em tudo aquilo
que vinham sofrendo em silêncio, que em briga de marido e mulher
a gente tinha sim, de meter a colher...
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Aos poucos alguns governantes influentes começaram a nos dar
ouvidos, e foram criadas as delegacias de mulheres, os abrigos para
mulheres e seus filhos que tinham fugido de casa e estavam sendo
ameaçadas pelos maridos; foi criado em Brasília o Conselho da
Mulher, surgiram muitos outros SOS pelo país inteiro, e foram
criadas Leis, como a recente Maria da Penha, que punia os agressores
de mulheres.
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Empoderamento na história
Essa foi a história tal como foi relatada pela antropologia. Mas, eu
fui além, eu fui buscar nos mitos a história do que ficou daquela era
antiga em nosso inconsciente coletivo.
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Na mitologia pós-patriarcal nós encontramos histórias da luta de
deuses e deusas para impor o poder. Mas a mitologia pré-patriarcal
contava outra história, E foi lá que eu fui resgatar a memória que
guardamos daquele tempo onde as relações não eram ainda de
poder de uns contra os outros, mas de cooperação e parceria. E
descobri que nas deusas da mitologia antiga estavam os
ensinamentos de como era a vida naquela época anterior ao
patriarcado, de como eram as relações entre homens e mulheres, de
como eles lidavam com o poder compartilhado.
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Esse princípio, o Feminino, não configura apenas uma questão ou
ponto de vista específico da mulher, mas toca profundamente no
paradigma de nossa sociedade atual, no modo como está
organizada.
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O feminino possui o atributo da receptividade, da amorosidade, da
compaixão, e o contrário disso é o sentimento de carência afetiva,
o isolamento afetivo, que gera sempre o sentimento de ser uma
vítima das circunstâncias, e por isso, não se responsabiliza por
qualquer mudança, seja na sua vida pessoal, seja na vida social,
política ou cultural.
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Empoderamento e você
A energia de Hera é tão forte que ela faz da mulher que a recebe
uma líder, uma chefe, alguém que se destaca numa multidão. Hera
foi a escolhida por Zeus, o deus maior do trono olímpico, para ser
sua esposa oficial. Segundo a história, Hera reinava em Samos antes
da chegada dos invasores arianos. De uma linhagem matriarcal, era
uma deusa poderosa e muito venerada pelos gregos. Sendo coagida
a casar-se com o chefe maior dos invasores, muda-se para o Olimpo,
ao norte da Tessália, e torna-se conhecida através do mito como
uma esposa ciumenta, irascível, briguenta e temperamental. Na
realidade, ela reflete a reação de revolta de uma rainha nativa que
foi coagida, mas nunca subjugada por um conquistador estrangeiro.
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Hoje, o arquétipo de Hera influencia de forma diferente. Quando
uma mulher-Hera se vê no topo de uma hierarquia qualquer, ela
repete o padrão do sistema e muitas vezes se torna tão implacável
ou tirana quanto qualquer outro mandachuva masculino. Por que
isso acontece com uma deusa cujo ensinamento é justamente o
poder compartilhado, e não o ditatorial e hierárquico?
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A frustração acaba despertando um sentimento de desvalor, que é
projetado em expectativas irreais principalmente sobre os filhos,
exigindo deles a realização e o sucesso que elas não tiveram. Por
isso, quase sempre os filhos de mães-Hera sofrem na pele as
frustrações maternas.
O que a deusa Hera vem simbolizar é uma antiga tradição das mais
antigas; o caráter sagrado do casamento. Não é o aspecto erótico
(Afrodite) ou maternal (Deméter) que é cultuado, mas sim, a união
do masculino e do feminino em toda sua plenitude. Em sua
sabedoria, os povos antigos reverenciavam no casamento sagrado
(o hieros gamos = o feminino e o masculino sagrados ) o congresso
dos dois poderes que movem o universo, e que os gregos
representaram como o casamento de um rei e de uma rainha.
Sabiam eles que nós não podemos nos tornar íntegros ou completos
se não pudermos vivenciar os aspectos masculinos e femininos
dentro de nós mesmos. Esse é o ensinamento maior da deusa Hera:
que a mulher volte a ter posse plena de seu poder e sua dignidade
como mulher -- não como objeto sexual, infantilizada ou tornada
clone das fantasias masculinas, mas em sua inteireza.
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O significado mais profundo do hierogamos, o casamento sagrado
entre o deus e a deusa, é a união simbólica entre o masculino e o
feminino, e o patriarcado não conseguia aceitar essa igualdade de
poderes. A cultura patriarcal divinizava no homem todos os
poderes, inclusive o de ter quantas mulheres quisesse, e Zeus foi o
exemplo maior desse costume.
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Porque a ideia de uma mulher completa e empoderada
assusta tanto e provoca tantas reações de repúdio em
nossa cultura?
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Comece Agora
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mulheres, Ed Paullus
Pensamento – SP
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Sobre a Autora
Mani Alvarez
‘empoderamento’